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Ministério da Saúde

Secretaria de Vigilância em Saúde


Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador
Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental

ORIENTAÇÕES TÉCNICAS PARA


COLETA, ACONDICIONAMENTO E
TRANSPORTE DE AMOSTRAS DE
ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO.

Brasília, abril de 2013

1
©2013 Ministério da Saúde.
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a
fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.
A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é da área técnica.
Elaboração e edição

MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador – DSAST
Organização: Coordenação-Geral de Vigilância em Saúde Ambiental – CGVAM/SVS/MS
Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública – CGLAB/SVS/MS
Endereço
SCS Quadra 4 Bloco A – 5º andar
CEP: 70.304-000 Brasília/DF
Endereço eletrônico: www.saude.gov.br/svs/pisast

Equipe de Elaboração
Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental/DSAST/SVS/MS
Demetrius Brito Viana
Fernanda Barbosa de Queiroz
Mariely Helena Barbosa Daniel
Rodrigo Matias de Sousa Resende
Simone KrügerSabbag

Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública/CGLAB/SVS/MS


Fábio Sidonio de Barros Evangelista
Nelma do Carmo Faria

2
SUMÁRIO

Apresentação 4

Procedimentos e programação de coleta de amostras de água para 5


consumo humano

Etapa 1 – Planejamento 5

Etapa 2 – Infra-estrutura 5

Etapa 3- Operacional 6

Referências 9

Glossário 10

Tabelas 11 a 18

3
APRESENTAÇÃO
A vigilância da qualidade da água para consumo humano (Vigiagua) consiste no conjunto de
ações adotadas continuamente pelas autoridades de saúde pública para garantir que a água
consumida pela população atenda ao padrão de potabilidade estabelecido na legislação vigente
(Portaria MS nº 2.914/2011), bem como avaliar e prevenir os possíveis riscos que os sistemas e
as soluções alternativas de abastecimento de água podem representar à população abastecida. O
campo de atuação do Vigiagua engloba todas as formas de abastecimento de água, coletivas e
individuais, utilizadas pela população cujas características e complexidades variam conforme
especificidades locais, tais como: qualidade da água bruta, estrutura do serviço de
abastecimento, técnica de tratamento de água aplicada, população abastecida, renda da
população e, ou disponibilidade de recursos do município (BRASIL, 2005).

Dentre as ações do Vigiagua está a aferição da qualidade da água fornecida à população por
meio de exames analíticos realizados em laboratório e em campo. Basicamente, o
monitoramento realizado pela vigilância da qualidade da água para consumo humano visa
(BRASIL, 2005):
• avaliar a qualidade da água consumida pela população ao longo do tempo;
• subsidiar a associação entre agravos à saúde e situações de vulnerabilidade;

• identificar pontos críticos/vulneráveis (fatores de risco) em sistemas e soluções


alternativas de abastecimento;
• identificar grupos populacionais expostos à situações de risco;

• orientar a adoção de medidas preventivas, tais como proteção de mananciais, otimização


do tratamento, manutenção dos sistemas de distribuição, entre outras.

Neste sentido, o objetivo deste documento é auxiliar as ações de vigilância em saúde, no que se
refere aos procedimentos de coleta e preservação de amostras de água para consumo humano,
propiciando maior qualidade às amostras coletadas, maior confiabilidade aos resultados
analíticos disponibilizados e maior segurança ao processo de tomada de decisões inerentes ao
Sistema Único de Saúde (SUS).

4
Procedimentos e programação de coleta de amostras de água para consumo
humano

A etapa de amostragem é crucial no processo de vigilância da qualidade da água para consumo


humano, pois a amostra deve representar de forma fidedigna a situação da água no momento da
coleta.

Desta forma, segue um roteiro para arealização do monitoramento da qualidade da água:

Etapa 1 – Planejamento

 Elaborar, juntamente com o laboratório de saúde pública, o plano de amostragem a ser


seguido, definindo-se frequência, número de amostras, parâmetros monitorados, volume
das amostras e local de realização das análises;
 Definircronograma de encaminhamento das amostras ao laboratório de saúde pública,
de acordo com a capacidade instalada no laboratórios municipal, regional, estadual ou
nacional selecionados para envio das amostras.
 Definir, conforme plano de amostragem estabelecido, as formas de abastecimento de
água (SAA, SAC e SAI) que serão monitoradas e respectivos pontos de coleta;
 Selecionar os pontos de coleta(endereços de coleta) e definir um roteiro de coleta;
 Preencher as fichas de solicitação de análise no sistema de gerenciamento de ambiente
laboratorial (GAL);

Etapa 2 – Infra-estrutura

 Definir e preparar os tipos e quantidades de frascos/bolsas de coleta a serem levados a


campo, em função dos parâmetros a serem analisados e a quantidade de amostras a
serem coletadas;
 Definir, quando necessário, os procedimentos para conservação das amostras.
Obs: seguir as Tabelas referente aos cuidados com a conservação das amostras e volume
a ser coletado;

 Verificar a existência de tiossulfato de sódio (inibidor de cloro) nos frascos/bolsas de


coleta para análise microbiológica proveniente de sistemas e, ou, soluções alternativas
que sejam submetidas à cloração;
 Verificar o prazo de validade da esterilização dos frascos de vidro ou das bolsas de
coleta;

5
 Levar sempre frascos/bolsas sobressalentes para o caso de ocorrência de contaminação
ou danificação;
 Selecionar e checar equipamentos ou kits de medições de campo (cloro residual total e
livre, turbidez, pH), verificar calibração de equipamentos, a existência de reagentes e
seu prazo de validade;
 Separar todo o material de apoio necessário para a coleta: álcool 70º, algodão, avental,
barbante para amarrar frascos de coleta para amostragem de água em profundidade,
caixa térmica, etiquetas para identificação de amostras, fita crepe, gelo reciclável, luvas
e máscaras descartáveis, papel-toalha, pincel atômico e caneta esferográfica, fichas de
solicitação de análise(GAL), sacos plásticos para acondicionamento dos frascos e para
descartes de resíduos; termômetro; tesoura;
 Confirmar a disponibilidade de transporte.
Etapa3- Operacional
3.1.Procedimentos de coleta de águas no sistema de distribuição

 Identificar-se ao proprietário quando a coleta for realizada em imóveis particulares,


apresentando crachá de identificação, esclarecendo o objetivo da coleta a ser realizada;;
 Verificar a existência de torneira junto ao cavalete, no caso de sistema de abastecimento
de água;
 Abrir a torneira e deixar escoar por dois a três minutos ou o tempo suficiente para
eliminar a água estagnada na tubulação. A torneira não deverá ter aeradores ou filtros,
nem apresentar vazamento. É necessário ter certeza que a água seja proveniente da rede
de distribuição e não de caixas ou reservatórios internos, por meio do teste de cavalete.
Esse teste consiste em fechar o registro de entrada de água da rede de distribuição e
abrir a torneira indicada para a coleta; se não houver escoamento de água pela torneira,
conclui-se que realmente a água é proveniente da rede de distribuição.
 Se necessário a torneira pode ser limpa com aplicação de uma solução de hipoclorito de
sódio 100mg/L. Neste caso, o excesso de hipoclorito de sódio deve ser removido antes
da coleta. Para isso, abrir a torneira em jato forte, deixando a água escoar por
aproximadamente 2 a 3 minutos. O objetivo desse procedimento é eliminar possíveis
resíduos de desinfetante aplicado (hipoclorito de sódio) ou outras incrustações
existentes na canalização, bem como deixar escoar a água que estava parada na rede de
distribuição e no cavalete;
 Para coleta em torneiras de reservatórios domiciliares os procedimentos são os mesmos
dos 3º e 4º itens;

6
 Se houver medida de temperatura, encher um frasco de plástico com um pouco de água
para fins de medição de temperatura, enquanto se realizam os demais procedimentos,
pois é necessário um tempo de contato entre a água e o termômetro para fins de
estabilização da temperatura;
 Identificar os frascos/bolsas de amostras;
 Ajustar a abertura da torneira em fluxo médio, calçar as luvas de procedimentos e
efetuar as coletas na seguinte sequência:
i. coleta para análise microbiológica;
ii. coleta para análise físico-química;
iii. medições de campo (pH, cloro residual total e livre e turbidez).
 Deve-se ter o cuidado de não encher o frasco/bolsa até a boca (até ¾), permitindo desta
forma a homogeneização do seu conteúdo;

3.2.Procedimentos de coleta em águas superficiais

 Encher o balde de aço inox ou a garrafa de Van Dorn de fluxo horizontal e distribuir seu
volume proporcionalmente nos diversos frascos destinados aos ensaios químicos, como
forma de garantir a homogeneidade da amostra, tomando o cuidado de manter um
espaço vazio no frasco para sua posterior homogeneização;

 Efetuar as preservações necessárias (ver Tabelas);


3.3.Procedimentos de coleta em poços freáticos e profundos equipados com bomba

 A água do poço deve ser bombeada por tempo suficiente para eliminar a água estagnada
na tubulação.

 A coleta deve ser realizada em uma torneira próxima da saída do poço ou na entrada do
reservatório.

 Caso necessário, a torneira pode ser desinfetada com a aplicação de uma solução de
hipoclorito de sódio 100mg/L. Neste caso, o excesso de hipoclorito de sódio deve ser
removido antes da coleta.

 Realizar a determinação de cloro residual livre se o poço for clorado.


3.4.Procedimento de coleta em poços freáticos sem bomba

 A coleta deve ser realizada com auxílio de balde de aço inox e corda estéril. O conjunto
balde e corda devem ser desembalados no momento da coleta, para evitar
contaminação.

 Utilizar um conjunto para cada ponto de amostragem, para evitar a contaminação


cruzada de um ponto de coleta para outro e, consequentemente, da própria amostra.
7
 Descer o balde até que afunde na água evitando-se o contato com as paredes do poço e
da corda com a água. Após enchimento, retirá-lo com os mesmos cuidados.

 Realizar a determinação de cloro residual livre se o poço for clorado


3.5.Procedimentos finais para todas as coletas realizadas.

 Completar o preenchimento da Ficha de solicitação de análise com todos os dados


disponíveis, incluindo os dados medidos em campo e o horário do início do
procedimento da coleta. A letra deve ser legível, de preferência em letra de fôrma para
evitar dúvidas ou enganos;
 Acondicionar os frascos/bolsas com amostras de água em sacos plásticos para mantê-los
protegidos do contato direto com o gelo reciclável, evitando inclusive que a
identificação dos frascos seja comprometida pela umidade do gelo;
 Organizar os frascos dentro da caixa térmica, de forma a evitar tombamentos;
 Fechar e lacrar a caixa térmica e enviar o material imediatamente ao laboratório.

Observações Gerais:

1) No caso de eventual interesse sobre a contaminação do próprio ponto de coleta ou dos


efeitos de estagnação da água na tubulação, os procedimentos descritos nos 3º e 4º itens
não devem ser efetuados;

2) Atentar para o prazo máximo de transporte e realização das análises (itemprazo de


validade), conforme tabelas“Armazenamento e preservação de amostras – Água e
Sedimento”;

3) Se no município existir laboratório de baixa complexidade, as análises de coliformes e


de flúor serão realizadas no município. Caso não exista, identificar se há na regional,
enão havendo, enviar para o laboratório do estado (LACEN);
4) Antes da realização da coleta, entrar em contato com o LACEN, para verificar os
trâmites necessários para a viabilização das análises das substâncias não realizadas pelo
mesmo. Este será o responsável porencaminhar para um Laboratório de Referência
Regional ou Nacional;

5) Caso necessite de maiores esclarecimentos sobre coleta de amostras, consultar o Guia


Nacional de Coleta e Preservação de Amostras (água, sedimento, comunidades
aquáticas e efluentes industriais)no site da Agência Nacional de Água (ANA):

http://arquivos.ana.gov.br/resolucoes/2011/724-2011.pdf

8
REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Vigilância Ambiental em Saúde


Relacionada à Qualidade da Água para Consumo Humano. Secretaria de Vigilância
em Saúde.Coordenação Geral de Vigilância Ambiental em Saúde. Brasília: Ministério
da Saúde Brasília, 2005.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretriz Nacional do
Plano deAmostragem da Vigilância da qualidade da água para consumo humano.
Brasília: Ministério daSaúde/Secretaria de Vigilância em Saúde/Coordenação-Geral
de Vigilância em Saúde Ambiental.Brasília, DF, 2006.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria no 2.914, de 12 de dezembro de 2012. Dispõe
sobre osprocedimentos de controle e vigilância da qualidade da água para consumo
humano e seu padrão depotabilidade. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diário
Oficial [da] República Federativa do Brasil,Poder Executivo, Brasília, DF, 14 dez.
2011. Seção 1, p. 39 46.
Brasil. Agência Nacional de Águas. Resolução n° 724, de 3 de outubro de 2011.
Estabeleceprocedimentos padronizados para a coleta e preservação de amostras de
águas superficiais para finsde monitoramento da qualidade dos recursos hídricos, no
âmbito do Programa Nacional deMonitoramento da Qualidade das Águas (PNQA).
Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil,Poder Executivo, Brasília, DF, 19out.
2011a. Seção 1, p.105.

9
GLOSSÁRIO

ÁGUA BRUTA — Água que não passou por nenhum tipo de tratamento simplificado ou convencional ("in natura"), proveniente de rio,
represa, lago, poço freático, nascente, estuário, mar entre outros.

ÁGUA BRUTA EM PROFUNDIDADE — Todas as profundidades superiores a 30cm da lâmina d'água até 1m acima do fundo.

ÁGUA INDUSTRIAL — Água utilizada exclusivamente em processamento industrial, como matéria-prima ou parte do sistema de produção.

ÁGUA PLUVIAL — Água proveniente da precipitação atmosférica. 0 mesmo que água meteórica e água de chuva.
ÁGUA RESIDUÁRIA — Despejo ou resíduo líquido proveniente de atividades domésticas (efluentes domésticos), industriais (efluentes
industriais), comerciais, agrícolas e outras, bem como as de sistemas de tratamento de disposição de resíduos sólidos.

ÁGUA SUBTERRÂNEA — Água de subsolo que ocupa a zona saturada; num sentido geral, toda a água situada abaixo da superfície do
solo.
ÁGUA SUPERFICIAL — Aquela que ocorre entre a superfície e 30cm da lâmina d'água
ÁGUA TRATADA — Água destinada ao consumo humano que é submetida a algum tipo de tratamento convencional (ETA - Estação de
Tratamento de Água) ou simplificado (filtração, cloração, fluoretação etc.).

CÓDIGOS DOS TIPOS DAS AMOSTRAS - utilizados nas tabelas - Armazenamento e Preservação de amostras para análises laboratoriais.

A - amostra de água tratada


B - amostra de água bruta
C - amostra de água residuária
D - amostras de solo, sedimento, material sólido de drenagem, resíduo sólido e semi sólido em geral

10
Tabela 1 Armazenamento e preservação de amostras para ensaios físico-químicos inorgânicos – Água e Sedimento
Classe
Recipiente Volume de
Ensaio da Preservação Armazenamento Prazo de Validade (2)
(1) amostra
Amostra
Acidez A, B P, VB 250mL Resfriamento(em gelo) Refrigeração a 4º C +/- 2ºC 24h

NaOH até pH>12


Cianeto total e Cianeto Refrigeração a 4º C +/- 2ºC
A, B, C P, V 250mL Resfriamento (em gelo) 24h
livre Manter ao abrigo da luz
Manter ao abrigo da luz

Cloreto A, B, C P 250mL Resfriamento(em gelo) Refrigeração a 4º C +/- 2ºC 28 dias


Fluoreto A, B, C P 250mL Resfriamento(em gelo) Refrigeração a 4º C +/- 2ºC 28 dias
Nitrato A, B, C P 250mL Resfriamento(em gelo) Refrigeração a 4º C +/- 2ºC 48 horas
Nitrito A, B, C P 250mL Resfriamento(em gelo) Refrigeração a 4º C +/- 2ºC 48 horas
Sulfato A, B, C P 250mL Resfriamento(em gelo) Refrigeração a 4º C +/- 2ºC 28 dias
Cloro residual total e livre
A Ensaio imediato
(em campo)
Cor, Turbidez A, B P, V 250mL Resfriamento(em gelo) Refrigeração a 4º C +/- 2ºC 48h

Metais * (exceto cromo


hexavalente), Semimetais* Metais, Arsênio, Selênio, Antimônio e
e Dureza Adicionar HNO31+1até pH<2 Dureza - 6 mesesBoro e Mercúrio -
A, B, C P LE, V LE 250mL(aproximadamente) Resfriamento (em gelo) Refrigeração a 4º C +/- 2ºC 28dias
Metais dissolvidos
(solúveis)** A, B, C P LE, V LE 100mL (3) Resfriamento(em gelo) Refrigeração a 4º C +/- 2ºC 6 meses
Nitrogênio amoniacal H2 SO4 1+1 até pH<2
(Amônia) A, B, C P,V 250 mL Resfriamento(em gelo) Refrigeração a 4º C +/- 2ºC Nitrogênio - 7 dias
Odor A, B VDBO 300mL Resfriamento(em gelo) Refrigeração a 4º C +/- 2ºC 24h
pH (em campo) A, B, C,D Ensaio imediato
Turbidez (em campo) A, B, C Ensaio imediato

Legenda: (1) Recipientes: V = Frasco de vidro neutro; VDBO = Frasco do tipo DBO (300mL), com tampa esmerilhada; LE = Limpeza especial ( responsabilidade do Laboratório, ver Capitulo
3 do Guia nacional de Coleta de Amostras); P = Frasco plástico descartável (de polímero inerte); PP = Frasco plástico descartável (de polímero inerte) do tipo pote; (2) A partir do momento
da coleta das amostras; (3) Filtrar em campo em membrana 0,45mm e adicionar HNO3 (1+1)até pH<2 ; * Bário, Cádmio, Chumbo, Cromo, Mercúrio, Níquel, Alumínio, Ferro, Manganês,
Sódio, Zinco, Antimônio, Arsênio, Selênio, Urânio. ** Alumínio, Cromo,Cobre, Ferro, Manganês, Chumbo, Zinco, Cádmio, Níquel, Potássio, Cálcio, Vanádio.

11
Tabela 2 Armazenamento e preservação de amostras para ensaios de compostos químicos orgânicos —Água e Sedimento

Classe da Volume de Prazo de


Ensaio Recipiente (1) Preservação Armazenamento
Amostra amostra Validade (2)
Compostos orgânicos
voláteis (COV) aromaticos
(9) Na2 S2O3 Refrigeração a 4º C
(Benzeno, Tolueno, A (4) V "Vial"LE 40 mL 14 dias
Resfriamento(em gelo) +/- 2ºC
Etilbenzeno, Xileno e
Estireno) (BTEXE)
Refrigeração a 4º C
COV aromáticos (BTEXE) B, C (4) V "Vial"LE 40 mL Resfriamento (em gelo) 14 dias
+/- 2ºC
(9) Na2
Refrigeração a 4º C
COV halogenados (SH) A (4) V "Vial"LE 40 mL S2O3Resfriamento(em 14 dias
+/- 2ºC
gelo)
Refrigeração a 4º C
COV halogenados (SH) B,C (4) V "Vial"LE 40 mL Resfriamento (em gelo) 14 dias
+/- 2ºC
Refrigeração a 4º C
COV varredura A (4) V "Vial"LE 40mL Resfriamento (em gelo) 14 dias
+/- 2ºC
Refrigeração a 4º C
COV varredura B,C (4) V "Vial"LE 40mL Resfriamento (em gelo) 14 dias
+/- 2ºC
(9) Na2
Fenóis por cromatografia Refrigeração a 4º C
A (5) VA LE 1L S2O3Resfriamento(em 7 dias
(Pentaclorofenol ) +/- 2ºC
gelo)
Fenóis por cromatografia Refrigeração a 4º C
B,C (5) VA LE 1L Resfriamento (em gelo) 7 dias
(Pentaclorofenol ) +/- 2ºC

12
Classe da Volume de Prazo de
Ensaio Recipiente (1) Preservação Armazenamento
Amostra amostra Validade (2)
Na2
Herbicidas fenóxiácidos Refrigeração a 4º C
A (5) VA LE 1L S2O3(9)Resfriamento(em 7 dias
clorados (2,4-D) +/- 2ºC
gelo)
Herbicidas
fenóxiácidosclorados(2,4-
Refrigeração a 4º C
D;2,4,5-T; 2,4,5-TP) B,C (5) VA LE 1L Resfriamento (em gelo) 7 dias
+/- 2ºC
monoclorobenzeno,
triclorobenzeno
HAP (Hidrocarbonetos
Policíclicos Aromáticos) / (9) Na2
Refrigeração a 4º C
Benzo(a)Pireno ; 1,1 A (5) VA LE 1L S2O3Resfriamento(em 7 dias
+/- 2ºC
Dicloroetano; 1,2 gelo)
Dicloroeteno; Diclorometano
Refrigeração a 4º C
HAP / Benzo(a)Pireno B,C (5) VA LE 1L Resfriamento (em gelo) 7 dias
+/- 2ºC
Pesticidas organoclorados /
PCB (Aldrin, (9) Na2
Refrigeração a 4º C
Diedrin,Atrazina, Clordano, A (5) VA LE 1L S2O3Resfriamento(em 7 dias
+/- 2ºC
Endrin, Endosulfan, Lindano, gelo)
( Bifenilaspolicloradas)
Pesticidas organoclorados / Refrigeração a 4º C
B,C (5) VA LE 1L Resfriamento (em gelo) 7 dias
PCB +/- 2ºC
Pesticidas
organofosforadosClorpirifós,
(9) Na2
Metamidofos, Refrigeração a 4º C
A (5) VA LE 1L S2O3Resfriamento(em 7 dias
ParationaMetilica, +/- 2ºC
gelo)
Profenofós, Terbufós,
Trifuralina,

13
Classe da Volume de Prazo de
Ensaio Recipiente (1) Preservação Armazenamento
Amostra amostra Validade (2)
Pesticidas
organofosforadosClorpirifós,
Metamidofos, Refrigeração a 4º C
B,C (5) VA, LE 1L Resfriamento (em gelo) 7 dias
ParationaMetilica, +/- 2ºC
Profenofós, Terbufós,
Trifuralina,
(9) Na2
Pesticidas carbamatos( Refrigeração a 4º C
A (5) VA, LE 1L S2O3Resfriamento(em 7 dias
Aldicarbe, carbofurano) +/- 2ºC
gelo)
Pesticidas carbamatos( Refrigeração a 4º C
B,C (5) VA, LE 1L Resfriamento (em gelo) 7 dias
Aldicarbe, carbofurano) +/- 2ºC
Refrigeração a 4º C
Surfactantes aniônicos A,B P 250mL Resfriamento (em gelo) 48h
+/- 2ºC
THMFP (potencial de 3 frascos de Refrigeração a 4º C
B VA BE Resfriamento (em gelo) (7)
formação de THM) 1L +/- 2ºC
(9) Na2
Refrigeração a 4º C
Trihalometanos (THM) A (4) V "Vial"LE 40 mL(8) S2O3Resfriamento(em 14 dias
+/- 2ºC
gelo)
Refrigeração a 4º C
Trihalometanos (THM) B (4) V "Vial"LE 40 mL(8) Resfriamento (em gelo) 14 dias
+/- 2ºC

Legenda: (1) Recipientes:BE = Boca estreita; LE = Limpeza especial (ver Capitulo 3 do Guia Nacional de Coleta de Amostras); P = Frasco plástico descartável (de
polímero inerte); THM = Lavagem especial para uso em análise de THMFP (potencial de formação de THM); VA = Frasco de vidro de cor âmbar; V "Vial" = Frasco de
vidro de cor âmbar, de borosilicato, com capacidade de 40mL (tipo "Vial"), (2) A partir do momento da coleta das amostras; (3 )Com tampa rosqueável com septo de
teflon; (4) Os frascos devem estar totalmente preenchidos com a amostra, de maneira a evitar a presença de ar; (5) Com tampa de rosca com septo de teflon ou folha de
alumínio entre o frasco e a tampa; (6) Prazo máximo regulatório segundo o Standard Methods, 21° ed., 2005; (7) Analisar o mais breve possível; (8) Coletar 2 (dois)
frascos; (9) 50mg de Na2S203 para 1 L de amostra e 3mg em 60mL para análises deTHMFP.

14
Tabela 3 Armazenamento e preservação de amostras para ensaios de cianobactérias e cianotoxinas
Classe da Recipiente Quantidade Prazo de
Ensaio Preservação (2) Armazenamento
Amostra (1) de amostra Validade(3)
1 mês a 1 ano
Cianobactérias Formol/lugol ou Armazenar em
B VA 1L dependendo da
(qualitativa) Transeau temperatura ambiente
preservação
Armazenar em 1 mês a 1 ano
Cianobactérias Formol/lugol ou
B VA 1L temperatura ambiente, dependendo da
(quantitativa) Transeau
protegido da luz preservação
Refrigerar (4ºC a 8ºC)
Resfriamento (em
Microcistinas (4) A,B VA 1L e manter protegido da 24h (5)
gelo)
luz
Refrigerar (4ºC a 8ºC)
Cianotoxinas VA Boca Resfriamento (em
A,B 1L e manter protegido da 48h
(LC-MS/MS) (6) larga gelo)
luz

Legenda: (1) Recipiente: VA = Frasco de vidro de cor âmbar; (2) A preservação química necessária é adicionada no recipiente no
momento de sua preparação (ver capitulo 3 do Guia nacional de Coleta e Preservação de Amostras); (3) A partir do momento da coleta
das amostras; (4) Enzimelinkedimmunoassay; (5) A amostra pode ser mantida a -20ºC por tempo não definido na literatura, nesse caso
somente as microcistinas totais serão determinadas, devido a ruptura das células; (6) Cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a
espectrometria de massa.

15
Tabela 4 Armazenamento e preservação de amostras para ensaios microbiológicos - Água e Sedimento
Classe da Volume de Prazo de
Ensaio Recipiente (1) Preservação (3) Armazenamento
Amostra amostra (2) Validade (4)
A, B (água de
Indicadores bacterianos 30h ( R ) 24h
consumo P, V, SP LE 100mL
(5) Coliformes totais, (AC)
humano)
Coliformes
Refrigeração entre 2ºC 8h ( R ) 24
termotolerantes, E.coli, B P, V, SP LE 100mL Resfriamento (em
e 8ºC e proteger da luz. (AC)
Enterococos, Clostridium gelo)
Não congelar.
perfringens e
Pseudomonasaeruginosa;
C P, V, SP LE 100mL 24 (R, AC)
bactérias heterotróficas -

Refrigeração entre 2ºC


Resfriamento (em
Vírus Ambientais A, B, C P, V, SP LE 2 L(6) (7) (8) e 8ºC e proteger da luz. 48h
gelo)
Não congelar.
Refrigeração entre 2ºC
P, V , SP LE Resfriamento (em
Bactérias Patogênicas A, B, C 1 L(6)(7) (8) e 8ºC e proteger da luz. 24h (10)
(10) gelo)
Não congelar.
Refrigeração entre 2ºC
20 L(6) (7) (8) Resfriamento (em
Protozoários e giárdias A, B, C P, V, SP LE e 8ºC e proteger da luz. 24h (9)
(9) gelo)
Não congelar.

16
Legenda: (1) Recipiente: LE = Limpeza e preparo especial (ver Capitulo 3 do Guia Nacional de Coleta de Amostras); P = Frasco plástico
descartável (de polímero inerte); V = Frasco de vidro neutro; SP = sacos plásticos estéreis; (2) Coletar volumes suficientes de amostra
para as análises a serem realizadas; (3) A preservação química necessária para as amostras das classes A, B e C é adicionada no
recipiente no momento de sua preparação (ver capitulo 3 do Guia Nacional de Coleta de Amostras); (4) A partir do momento da coleta das
amostras (R = prazo regulatório, AC = análise para controle); (5) Coliformes totais, Coliformes termotolerantes, E.coli, Enterococos,
Clostridium perfringens e Pseudomonasaeruginosa; bactérias heterotróficas - somente para água de consumo humano. (6) Em amostras de
água de classe B e C, pode-se realizar o ensaio de bactérias patogênicas com mecha (técnica de Moore), em meio de transporte Cary e
Blair (ver capitulo 3do Guia Nacional de Coleta de Amostras), sendo o prazo de validade a de 96 horas; (7) Coletar volumes compatíveis
com a contaminação da amostra, ou seja, quanto melhor a qualidade da matriz, maiores devem ser os volumes coletados; (8) Volumes
elevados devem ser concentrados em campo; (9) Para Giardiasp. eCryptosporidiumsp.;. O prazo de validade é de 72 horas; (10) Para os
microrganismos anaeróbios estritos os frascos devem estar totalmente preenchidos com a amostra, de maneira a evitar a presença de ar
(anaerobiose requerida)

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Tabela 5 Armazenamento e preservação de amostras para ensaios clorofila a - Água Bruta
Classe da Quantidade de Prazo de
Ensaio Recipiente (1) Preservação Armazenamento
Amostra amostra Validade (2)

Refrigeração entre 4ºC e


Clorofila a (Filtrada Resfriamento (em
B VA, BL 1L(3) 10ºC e manter ao abrigo 48h
no laboratório) gelo) e proteger da luz
da luz.

Resfriamento (em
Clorofila a (Filtrada gelo) e proteger da luz
B VA, BL 1L(3) (4) 28 dias
em campo) até o momento da
filtração

Legenda: (1) Recipientes: BL = Boca larga; VA = Frasco de vidro de cor âmbar; (2) A partir do momento da coleta das amostras; (3) O frasco não
deve ser totalmente preenchido e quando solicitado as amostras devem ser coletadas em réplicas; (4) Após a filtração, a membrana filtrante deve ser
colocada em um envelope de papel do tipo "kraft", devidamente identificado. O envelope deve ser acondicionado em frasco (ou dessecador) contendo
sílica gel, sendo o frasco envolvido em papel alumínio, para proteger da luz. O frasco deve ser, enviado ao laboratório sob refrigeração e protegido da
luz no prazo de 24 horas. Na impossibilidade de cumprimento desse prazo, o frasco contendo as amostras filtradas deve ser mantido no freezer e
encaminhado sob refrigeração ao laboratório.

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