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Relatório 5 - Potabilidade Da Água

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS – UFT

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE PALMAS – CUP


CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS LABORATORIO
DE QUÍMICA ANALÍTICA

KEILLON LEO ALVES TELES

GUILHERME SÁ

RELATÓRIO 8: COLETA DE AGUA PARA ANÁLISE MICROBIOLÓGICA,


ANÁLISE DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO E PARA PADRÕES DE
POTABILIDADE DE ÁGUA.

Palmas – TO
2024
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1. INTRODUÇÃO

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS) e seus países membros, “todas as


pessoas, em quaisquer estágios de desenvolvimento e condições sócio-econômicas têm o
direito de ter acesso a um suprimento adequado de água potável e segura”. “Segura”, neste
contexto, refere-se a uma oferta de água que não representa um risco significativo à saúde,
que é de quantidade suficiente para atender a todas as necessidades domésticas, que estão
disponíveis continuamente e que tenham um custo acessível. Estas condições podem ser
resumidas em cinco palavras-chave: qualidade, quantidade, continuidade, cobertura e
custo (SOUZA. M. G, 2008).

No foco da saúde, segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, a saúde não


é somente a ausência de doenças, mas um conjunto de condições que propiciam o bem-
estar físico, mental e social, e que se traduz como qualidade de vida. Tendo como baliza
esta noção de saúde, à medida que novas tecnologias são incorporadas no cotidiano,
ocorrem modificações nas relações sociais, nas relações de consumo, no meio ambiente,
na saúde pública, que fica mais vulnerável, onde a necessidade de controle público e social
se amplia. A percepção dos cenários e a identificação das necessidades serão maiores ou
menores dependendo da informação, do conhecimento e da cultura de uma população.
Assim, o conhecimento pode proporcionar à população a capacidade de estabelecer uma
relação causal entre o fato e o que o motivou (SOUZA. M. G, 2008).

O Ministério da Saúde e a ANVISA estabelecem na Portaria número 518, de 2004,


algumas normas para que a água seja considerada potável e não ofereça risco à saúde.
Segundo esses parâmetros, a água é considerada própria para o consumo humano quando
não apresenta coliformes totais e termotolerantes em 100 mL de amostra. A análise da
qualidade da água para consumo humano tem como objetivo avaliar as condições das
amostras de acordo com as normas em vigência no Brasil. O labotório Venturo é
acreditado pelo INMETRO e possui todas as qualificações necessárias para prestar
serviços com confiabilidade analítica (VENTURO, 2024).

O controle da qualidade da água é muito mais que uma obrigação legal, é imprescindível
para garantir a saúde de consumidores e colaboradores. Amplamente utilizada, e para as
mais diversas funções, os requisitos de pureza da água variam de acordo com o tipo de
uso em cada setor, seja ele industrial, hospitalar, comercial ou residencial. Mas,
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independente da sua finalidade, a água de consumo humano é um dos principais veículos


de transmissão tanto de patógenos, quanto de diferentes vetores, atingindo rapidamente
uma grande quantidade de indivíduos (MICROAMBIENTAL, 2019).

O município tem a obrigação legal de fornecer água tratada para as residências e,


embora muitas vezes ela saia da estação de tratamento em boas condições, passa por
caminhos e problemas. Muitas vezes a água deixa a estação de tratamento em boas
condições, mas passa por caminhos e problemas até chegar em nossas torneiras. Além
disso, a Sabesp só tem responsabilidade sobre a qualidade da água até o cavalete; a partir
deste ponto, toda a responsabilidade de potabilidade é local. Quando negligenciamos a
limpeza de caixas d’água e higienização de reservatórios podemos ter diversos
problemas na potabilidade da água do local (MICROAMBIENTAL, 2019).

2. OBJETIVO

Tem como objetivo realizar a coleta de água para analises físico-químicas e


microbiológicas, verificar e analisar a potabilidade da água e alguns fatores envolvidos
nesta análise conforme a metodologia e comparar os resultados com a legislação.

3. PARTE EXPERIMENTAL

3.1. MATERIAS

Álcool 70°

Capela de fluxo laminar

Garrafa Pet

PHmetro

Turbidimetro

Espectrofotômetro

Cubeta

Reagentes
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Luvas

Pote esterilizado

Estufa

3.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Colocou-se a luva na mão e, em seguida, limpou-se a torneira do bebedouro com álcool


70%. Abriu-se a torneira e deixou-se a água escorrer por 1 a 2 minutos. Coletou-se a
amostra de água em um frasco esterilizado de 100 mL, que foi imediatamente tampado.
A amostra foi levada para a capela de fluxo laminar, onde o local foi completamente
higienizado. Após a higienização, o reagente foi adicionado à amostra de água. O frasco
foi fechado e agitado até que o reagente estivesse completamente dissolvido. Em seguida,
o frasco foi colocado em uma estufa a 37°C, onde permaneceu por 24 horas para análise
microbiológica.
Após o período de 24 horas, se a água apresentasse coloração amarela, indicaria a
presença de coliformes totais, e se apresentasse fluorescência, indicaria a presença de
Escherichia coli. Para as análises físico-químicas, a água foi coletada do bebedouro
utilizando os mesmos procedimentos de esterilização, em uma garrafa PET. Após a coleta,
a amostra foi levada ao pHmetro para medir o pH. Em seguida, realizou-se a análise de
cloro da amostra. A água foi colocada em uma cubeta limpa no turbidímetro para zerar o
equipamento com o branco. Após esse passo, o reagente foi adicionado à amostra em
outra cubeta, aguardando-se o tempo de reação. Logo após, a cubeta foi colocada no
turbidímetro para realizar a leitura e obter o resultado.

4. RESULTADOS

De acordo com o pHmetro, foi analisado que a amostra de água apresentou um pH


de 7,45, estando dentro do intervalo ideal para consumo.
Na análise química, obteve-se o resultado de 0,02 mg/L de cloro presente na água,
valor inferior ao exigido pela Portaria GM/MS Nº 888, de 4 de maio de 2021. Após as 24
horas de incubação, foi constatada a ausência de coliformes totais e de Escherichia coli
na amostra de água.
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5. CONCLUSÃO

Considerando os dados apresentados, a água do bebedouro está em conformidade


com a legislação que regulamenta as análises de água no Brasil, como a Portaria GM/MS
nº 888/2021, a RDC 275/2002 da ANVISA e a Portaria nº 518/2004.
A segurança da água para consumo humano é um direito fundamental, e sua
garantia deve ser prioridade tanto para instituições públicas quanto privadas. É essencial
que a população esteja ciente dos riscos associados ao consumo de água contaminada e
que sejam adotadas medidas rigorosas para prevenir a contaminação da água em todos os
ambientes onde ela é utilizada.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

VENTURO ANÁLISES. Análise da qualidade da água para consumo humano.


Disponível em: https://www.venturoanalises.com.br/analise-da-qualidade-da-agua-
consumo-
humano#:~:text=O%20Minist%C3%A9rio%20da%20Sa%C3%BAde%20e,em%20100
%20mL%20de%20amostra. Acesso em: 29 set. 2024.

MICROAMBIENTAL. Como a qualidade da água pode afetar sua saúde. Disponível


em: https://microambiental.com.br/agua-segura-para-hospitais/como-a-qualidade-da-
agua-pode-afetar-sua-saude/. Acesso em: 29 set. 2024.

SOUZA. M. G. PRINCÍPIOS E MÉTODOS UTILIZADOS EM SEGURANÇA DA


ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO. São Paulo: Secretaria de Estado da Saúde, 2008.
Disponível em: https://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-
epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-ocasionadas-pelo-meio-
ambiente/doc/seguranca_agua.pdf. Acesso em: 29 set. 2024.

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