Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Relatório de Micro - Análise Da Água

Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 9

Universidade do Estado da Bahia (UNEB) Campus II (Alagoinhas) Departamento de Cincias Exatas e da Terra Curso : Cincias Biolgicas

RELATRIO DE MICROBIOLOGIA
Anlise microbiolgica da gua

Alagoinhas BA 2011

Camila Dos Anjos Eunice Soares Gonalves, Maria Antonia Pinheiro e Maria Carolina Dantas Ucha

Anlise microbiolgica da gua

Relatrio solicitado pelo docente Edson Marques, como atividade avaliativa da matria de Microbiologia, para discentes do Curso de Cincias Biolgicas cursando o V semestre, atravs de anlise microbiolgica, realizada no laboratrio da UNEB.

Alagoinhas BA 2011

SUMRIO

1.INTRODUO..........................................................................................................04 2. MATERIAIS E MTODOS.....................................................................................05 3. RESULTADO E DISCUSSO.................................................................................06 4.CONCIDERAES FINAIS....................................................................................07 5.REFERNCIAS..........................................................................................................08

1. INTRODUO A gua uma substncia muito abundante da natureza. Ela cobre mais de 70% da superfcie terrestre. A abundncia de gua no planeta causa uma falsa sensao de recurso inesgotvel. Segundo especialistas em meio ambiente, 95,9% da gua salgada, sendo imprpria para consumo humano. Dos 5% restantes, 4,7% esto na forma de geleiras ou regies subterrneas de difcil acesso, e somente os 0,147% esto aptos para o consumo humano em lagos, nascentes e em lenis subterrneos, locais que permitem sua explorao (GALLETI,1981). Atualmente, 29 pases no possuem gua doce para toda a populao. Segundo a ONU, em 2050, cerca de 50 pases estaro sem gua em quantidade suficiente para toda a populao (MACEDO, 2001). As principais fontes de contaminao dos recursos hdricos so: esgotos de cidades sem tratamento que so lanados em rios e lagos; aterros sanitrios que afetam os lenis freticos, os defensivos agrcolas que escoam com a chuva sendo arrastados para os rios e lagos, os garimpos que lanam produtos qumicos, como o mercrio, em rios e crregos e as indstrias que utilizam os rios como carreadores de seus resduos txicos. Como resultado dos baixos ndices de tratamento no pas, 65% das internaes hospitalares so devidas s doenas transmitidas pela gua, como por exemplo disenteria, hepatite, meningite, ascaridase, tracoma, esquistossomose, clera, febre tifide e outras. Segundo a OMS (organizao Mundial da Sade), mais de cinco milhes de pessoas morrem por ano no mundo devido s doenas transmitidas pela gua (EMPRAPA, 1994). Para que a gua seja considerada potvel, aps o tratamento convencional, os parmetros fsico-qumicos e microbiolgicos devero estar de acordo com a Portaria n 36, do Ministrio da Sade, de 19 de janeiro de 1990, que em seu Anexo apresenta as normas e o padro de portabilidade da gua destinada ao consumo humano, a serem observadas em todo o territrio nacional (BRASIL, 1990). A avaliao da presena de organismos patognicos na gua determinada pela presena ou ausncia de um organismo indicador e sua respectiva populao. O isolamento e identificao de cada tipo de microorganismo exige uma metodologia diferente e a ausncia ou presena de um patgeno no exclui a presena de outros. Para um microorganismo ser considerado indicador ideal, so necessrias algumas caractersticas, tais como: ser aplicvel a todos os tipos de gua, ter uma populao mais numerosa no ambiente que outros patgenos, sobreviver melhor que os possveis patgenos,

possuir resistncia equivalente a dos patognicos aos processos de autodepurao e ser detectado por uma metodologia simples e barata. Infelizmente, no existe um indicador ideal de qualidade sanitria da gua, mas sim alguns organismos que se aproximam das exigncias referidas (LEITO et al., 1988). A anlise bacteriolgica da gua no feita apenas a guas que se destinam ao consumo das populaes, mas tambm a guas destinadas ao recreio (praias, rios, piscinas, etc.), aquacultura e rega. igualmente importante, numa perspectiva de preservao dos ecossistemas, vigiar a qualidade das guas que no tm uma utilizao especificamente humana. Por ser um bem aprecivel e necessrio vida, torna-se necessrio o constante monitoramento microbiolgico da gua , como forma de se assegurar a qualidade da mesma. O objetivo deste trabalho foi relatar a avaliao da qualidade microbiolgica da gua potvel do municpio de Dias Dvila, quanto presena de coliformes totais e fecais . 2. MATERIAIS E MTODOS Todos os materiais a serem utilizados foram previamente esterilizados na autoclave (calor mido) por 30 min, posteriormente a vidraria enrolada com jornal e lacrada com fita durex para secagem na estufa (calor seco). A gua utilizada no experimento proveio de Dias D'vila, um municpio brasileiro no estado da Bahia localizado a 12 36' 46" S 38 17' 49" O 12 36' 46" S 38 17' 49" O, a 56 km da capital, lugar onde encontram-se as melhores fontes de gua da Bahia, fato de onde provm o apelido da cidade de "Cidade Das guas'. A amostra proveio da casa de uma discente da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), coletada na torneira da cozinha . No laboratrio da UNEB a discente preparou o material destinado coleta da gua, um frasco de vidro estril de 400ml, colocando duas gotas (0,1 ml) de Tiossulfato de Sdio (Na2S2O3) a 10%, mtodo que segundo Silva et al. ( 2001), apud Silva et al. (2010), inativa a ao do cloro sobre o crescimento dos microorganismos. Em seguida a boca do frasco foi envolvida com papel-alumnio e amarrada com barbante para evitar a proliferao de microrganismos do meio. Ao chegar residncia a estudante higienizou as mos com gua, sabo e lcool a 70%, desinfectou a torneira com um pedao de algodo embebido em lcool a 70%; abriu-a e deixou a gua escoar durante 1 ou 2 minutos. Coletou a amostra de gua e encheu o frasco com pelo menos de seu volume, lacrou-o com papel alumnio e barbante e tampou-o. Ao ser transportado para o laboratrio da universidade, o frasco contendo a

amostra, foi posto em uma caixa tmica com gelo (ICE FOAM), que por refrigerao possibilita a manuteno de temperatura (48h a 72h) e reduz o custo do transporte. Ao iniciar os procedimentos de anlise, a bancada e as mos dos discentes foram desinfectadas com lcool 70% para evitar a contaminao das culturas no experimento por microorganismos. Foram utilizados 15 tubos de ensaio contendo meio de cultura em estado lquido caldo lactosado. Dentro dos tubos de ensaio foram colocados tubos de durhan na posio invertida, estes servem para evidenciar a proliferao de bactrias atravs de gases provenientes de sua respirao; cinco meios de cultura em estado slido compostos de gar cetremida ( para a proliferao das Pseudomona) gar Monitol ( para a proliferao de Estafilococos), EMB (para a proliferao de Escherichia coli), gar Salmonella Shigella (para a proliferao de Salmonella) e o gar padro; pipetas; um pipetador; Ala de Drigalski; Bico de Bunsen; placas de petri, onde encontravam-se os meios de cultura slidos; e a estufa. Os 15 tubos de ensaios, contendo o caldo lactosado, foram separados em trs grupos de cinco. Com auxlio de uma pipeta foram inoculados no primeiro grupo de tubos 10 ml de gua, no segundo grupo 1 ml e no terceiro 0,1 ml. Todo esse procedimento ocorre perto da chama do Bico de Bunsen. Nos cinco meios de cultura slidos so inoculados, com auxlio da pipeta, 0,1 ml da amostra da gua e espalhada no meio por uma ala de Drigalski, previamente esterilizada na chama. Por fim o tubo controle, os tubos de ensaios e as placas contendo os meios de culturas e gua, iro para a estufa por 24 horas a uma temperatura de 37C. 3. RESULTADO E DISCUSSO Os resultados obtidos mostraram que a gua analisada no apresenta contaminao por coliformes totais e fecais. Apesar de que uma amostra em meio de cultura lquido encontrava-se contaminada, esta ocorreu por erro de manipulao, portanto este fato no relevante ao resultado observado. Torna-se necessrio um monitoramento constante por parte dos rgos governamentais para garantir a qualidade desse recurso vital, para que todos tenham acesso gua de boa qualidade para suas necessidades bsicas. De acordo com a portaria n 518/2004 do Ministrio da Sade apud Funasa (2004,

p.8), para que se possa determinar a potabilidade da gua, deve-se avaliar a presena de bactrias heterotrficas (bactrias aerbicas mesfilas) e indicadores de contaminao fecal coliformes totais e termotolerantes principalmente a Escherichia coli, que em amostras de 100 mL de gua deve ser zero. A mesma portaria recomenda que a contagem padro no deva exceder a 500 Unidades Formadoras de Colnias por 1 mililitro de amostra (500/UFC/ml). A concentrao mnima de cloro residual livre em qualquer ponto da rede de distribuio dever ser de 0,2 mg/L de gua. Isso significa que, se os valores de cloro encontrados forem inferiores a estes, existe o risco potencial desta gua estar contaminada por agentes patognicos ainda na rede de distribuio e, caso seja constatada a presena de uma nica clula de E. coli na amostra, considera-se a gua imprpria para consumo. 4. CONSIDERAES FINAIS De acordo com as normas de potabilidade da gua, determinadas pelo Ministrio da Sade e os resultados observados da anlise microbiolgica da gua, realizadas em aulas prticas, conclui-se que a gua proveniente do municpio de Dias Dvila est dentro dos padres legais vigentes, considerada apropriada para o consumo. Este resultado sugere condies higinicas e sanitrias eficientes, o que muito satisfatrio e importante, pois a gua fundamental para a sobrevivncia do homem e a cada dia aumenta-se a preocupao com este recurso natural, diante das ameaas de poluio, mudanas climticas e do uso insustentvel.

5. REFERNCIAS EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECURIA. Atlas do meio ambiente do Brasil.Braslia, DF: Terra Viva, 1994. GALLETI, P. A. Mecanizao agrcola: preparo do solo. Campinas: Instituto Campineiro de Ensino Agrcola, 1981. LEITO, M. F. F.; HAGLER, L. C. S. M.; HAGLER, A. N.;MENEZES, T. J. B. Tratado de microbiologia. So Paulo:Manole, 1988. SILVA, Alana de Souza Morais.; MELO, Adriana Mary Mestriner Felipe de.; ALVA, Roberto Veiga. Anlise Microbiolgica da gua de Abastecimento de um Hospital do Interior do Estado de Mato Grosso do Sul. 2010. MACEDO, J. A. B. guas & guas. So Paulo: Varela, 2001. AULICINO,F.A et al .La qualit microbiologica delle acque marine del litorale di Catania. Ann Ig.v.12,n.6, 2000. BRASIL. Fundao Nacional de Sade.Manual prtico de anlise de gua. 2 ed. rev. -Braslia: Fundao Nacional de Sade, 2006.146 p.1. Saneamento. Ministrio da Sade. Departamento de Informtica do SUS. Desenvolvido pelo Ministrio da Sade. Apresenta informaes sobre sade [monografia na Internet]. Braslia: MS [acessado em 04 agosto 2011]. Disponvel em: http://www.tabnet.datasus.gov.br/cqi/sim/obtmap.htm Brasil. Fundao Nacional de Sade. Manual Prtico de Anlise de gua. 1 ed. Braslia: Fundao Nacional de Sade, 2004. 146p.

Você também pode gostar