008 Anatomia I
008 Anatomia I
008 Anatomia I
do Sistema digestório,
endócrino, urinário e
reprodutor
Prof. Fábio Rodrigo Mesquita Borges
Prof. Anderson Savaris Ribas
Indaial – 2019
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof. Fábio Rodrigo Mesquita Borges
Prof. Anderson Savaris Ribas
B732a
ISBN 978-85-515-0353-9
CDD 612
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico, como você poderia conceituar a vida? Seria o
simples ato de respirar? Seria como sentimos e interagimos com o mundo?
Seria como nos nutrimos e obtemos energia?
Bom estudo!
III
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – SISTEMA DIGESTÓRIO............................................................................................. 1
VII
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 147
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 148
VIII
UNIDADE 1
SISTEMA DIGESTÓRIO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos, no decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Prezado acadêmico, seja muito bem-vindo a esta fantástica viagem por
nosso organismo! Vamos começar entendendo como está organizado o nosso
sistema digestório. Tenho certeza que você possui preferência por certos alimentos,
correto? Aposto, porém, que você nunca parou para pensar no caminho que estes
alimentos percorrem em nosso organismo até serem absorvidos e os restos, não
absorvidos, serem eliminados, não é mesmo?
Vale lembrar que não somente a energia, que citamos anteriormente, mas
o sistema digestório também é responsável por nos suprir de água, vitaminas e
eletrólitos (GUYTON; HALL, 2017).
3
UNIDADE 1 | SISTEMA DIGESTÓRIO
Glândula parótida
Boca
Glândula salivares
Esôfago
Fígado Estômago
Duodeno
Jejuno
Cólon
transverso
Cólon
descendente
Cólon
ascendente Íleo
Ânus
4
TÓPICO 1 | ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO
NOTA
FIGURA 3 – DENTES
Incisivos centrais
Incisivos laterais
Fossa incisiva
Caninos
Processo
palatino 1º pré-molares
do maxilar
2º pré-molares
1º molares
2º molares
3º molares
Lâmina horizontal
do osso palatino
Forame palatino maior Forame palatino menor
Dentes permanentes superiores Dentes permanentes inferiores
Bom, uma vez que o alimento chegue à boca, é triturado pelos dentes e
misturado à saliva, o mesmo passa a ser chamado bolo alimentar, e você precisa
degluti-lo, certo? Quando se inicia este processo, uma série de eventos voluntários
e involuntários que visam fazer com que você não se engasgue com o alimento,
visto que tanto o processo de deglutição quanto o processo de respiração
compartilham uma estrutura em comum: a faringe.
6
TÓPICO 1 | ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO
• Fase oral (voluntária): esta fase voluntária tem como principal estrutura a língua
que é capaz de empurrar o alimento do seu ápice para trás, levando o bolo
alimentar a ser pressionado contra o palato duro; desta forma, o bolo alimentar
é forçado em direção a faringe, onde ocorre a estimulação de receptores táteis
que começarão o processo de deglutição.
• Fase faríngea (involuntária): uma vez que o bolo alimentar estimula os
receptores faríngeos, ocorre uma sequência de eventos muito rapidamente
(menos de um segundo), e que culminam com a inibição, de maneira reflexa,
da respiração.
• Fase esofagiana (involuntária): por último, esta fase leva o bolo alimentar do
esôfago ao estômago através de movimentos peristálticos, muito rapidamente,
fazendo com que o bolo alimentar percorra todo o esôfago em menos de dez
segundos.
Você deve estar pensando: mas o que são movimentos peristálticos? Como
isso ocorre? Veremos no próximo tópico!
7
UNIDADE 1 | SISTEMA DIGESTÓRIO
DICAS
0 Orofaringe
Epiglote
Recesso piriforme
Cartilagem tireóide
Constrição Cartilagem
cricofaringea cricóide
16 Músculo
Extenção cricofaríngeo
média em Constrição
centímetros da aorta Traquéia
23
Aorta
Brônquio principal
Esfíncter esquerdo
sofágico
inferior
38 Diafragma
40
8
TÓPICO 1 | ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO
FIGURA 6 – ESÔFAGO
Esôfago cervical Músculo longo do pescoço
Nervos laríngeos recorrentes (no esôfago).
Artéria carótida comum esquerda
Artéria carótida comum direita
Músculo escaleno anterior Ducto torácico
Músculo escaleno posterior Veia jugular interna (seccionada)
Plexo branquial Veia braquiocefálica esquerda (seccionada)
Nervo frênico direio Veia subclávia (seccionada)
Artéria subclávia direita Artéria torácica interna (seccionada)
Tronco tireocervical Nervo frênico esquerdo (seccionado)
Artéria subclávia esquerda
Nervo vago direito (X)
Nervo vago esquerdo (X)
1ª costela (seccionada) Arco da aorta
Tronco branquiocefálico Pleura costal (margem seccionada)
Nervo laríngeo recorrente esquerdo
Traquéia
Bifurcação da traquéia
Veia ázigo Brônquio principal esquerdo
Brônquio eparterial Esôfago torácico
Brônquio principal direito
Aorta torácica descendente
Pleura mediastinal (margem
selecionada)
Plexo esofágico
Tronco vagal anterior Esôfago abdominal
Pericárdio (margem seccionada) Pleura diafragmática
Pilar direito do diagragma
Diafragma
Tronco celíaco
Aorta abdominal
FONTE: Adaptado de Netter (2000)
Agora, o bolo alimentar, que passou pelo esôfago, deve chegar até o
estômago, sempre impulsionado pelos movimentos peristálticos. Vamos observar
as estruturas estomacais na Figura 7:
9
UNIDADE 1 | SISTEMA DIGESTÓRIO
Fórnice gástrico
Fundo gástrico
Incisura cárdica
Corpo gástrico
Curvatura menor
Curvatura maior
Pregas gástricas
Incisura angular
Duodeno, Parte
superio, Ampola
Pregas circulares
Duodeno, Piloto
Parte descendente Parte pilórica, Canal pilórico, Antro pilórico
FIGURA 8 – ESTÔMAGO
10
TÓPICO 1 | ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO
Esôfago
Fundo Gástrico
Pequena
Curvatura
Bulbo duodenal
Corpo
Piloro
Antro
Duodeno Grande
2º estágio Curvatura
Duodeno
3º estágio
Também, neste órgão, temos uma coluna de células secretoras que são as
glândulas gástricas. Estas glândulas gástricas possuem três tipos celulares: célu-
11
UNIDADE 1 | SISTEMA DIGESTÓRIO
las mucosas do colo, células principais e células parietais. Quando várias glân-
dulas gástricas se abrem em canais estreitos, temos o que chamamos de fovéolas
gástricas (você pode observar no link disponibilizado no Uni Dicas, a seguir)
(TORTORA; DERRICKSON, 2016).
DICAS
Fica bem mais fácil entender quando observamos estas estruturas no link:
http://bit.ly/2PlFfSe.
Aproveite para observar as várias lâminas histológicas que demostram o epitélio estomacal,
é só você ir passando as páginas!
Você sabe como o seu estômago produz o ácido? Ele produz o ácido
clorídrico (HCl) através das glândulas parietais (ou oxínticas), que você pode
observar na figura a seguir:
12
TÓPICO 1 | ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO
DICAS
FIGURA – ESCALA DE PH
Você pode saber um pouco mais sobre o pH, como ele é medido e o que indica,
lendo o artigo Conceito de PH, escrito por Diogo Lopes Dias, disponível no site Brasil Escola,
acessando o seguinte endereço: http://bit.ly/2HxbxDo.
13
UNIDADE 1 | SISTEMA DIGESTÓRIO
DICAS
FIGURA 11 – DUODENO
M. esfincter do
Duodeno, Parte piloro
superior, Ampola
Piloro, Óstio pilórico
Pregas
Canal pilórico
circulares
Antro pilórico } Parte pilórica
Duodeno, Parte M. suspensor
descendente do duodeno
Flexura
Ampola duodenojejunal
hepatopancreática
Duodeno,
Papila maior
Parte ascendente
do duodeno
Duodeno, Parte
horizontal
14
TÓPICO 1 | ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO
Prega longitudinal
Flexura inferior Parte ascendente (4ª) do duodeno
Ducto pancreático Artéria e veia mesentéricas superiores
acessório (de Santorini)
Parte horizontal
Ducto pancreático Cabeça do pâncreas (3ª) do duodeno
principal (de Wirsung)
FONTE: Adaptado de Netter (2011)
15
UNIDADE 1 | SISTEMA DIGESTÓRIO
16
TÓPICO 1 | ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO
FIGURA 15 – PÂNCREAS
Ducto colédoco
Incisura do pâncreas
Ligamento triangular
Impressão direito
esofágica
Impressão Ducto colédoco
gástrica
Ducto hepático
Fissura do
comum
ligamento venoso
Ducto cístico
Lobo caudado
Processo papilar
Artéria hepática Impressão renal
própria Veia porta
Impressão duodenal
Fissura do
ligamento redondo Lobo
Ligamento falciforme quadrado Vesícula biliar
Ligamento redondo
Porta do Impressão cólica
fígado
FONTE: Netter (2000)
17
UNIDADE 1 | SISTEMA DIGESTÓRIO
A fim de tornar um pouco mais clara a relação entre órgãos, como o fígado,
a vesícula biliar e o pâncreas, e a liberação de seus produtos na porção inicial do
intestino delgado (duodeno), expomos a seguinte figura:
Óstio glandulares
Ducto pancreático
Papila principal do duodeno (de Vater)
Ampola (de Vater)
Por fim, o quimo segue seu caminho em direção ao intestino grosso onde
os restos não absorvíveis da alimentação, juntamente à reabsorção de água,
formarão as fezes.
18
TÓPICO 1 | ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO
DICAS
Jejuno (seccionado)
Mesocolo sigmóide
Colo sigmóide
Recesso (fossa) retrocecal
Apêndice vermiforme
Reto
20
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
21
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Esôfago.
b) ( ) Traqueia.
c) ( ) Estômago.
d) ( ) Faringe.
e) ( ) Laringe.
a) ( ) Células enterocromafins.
b) ( ) Células parietais ou oxínticas.
c) ( ) Células secretagogas.
d) ( ) Células Epiteliais.
e) ( ) Nenhuma das alternativas acima.
a) ( ) Macrovilosidades.
b) ( ) Vilosidades.
c) ( ) Microvilosidades.
d) ( ) Criptas de Liberkühn.
e) ( ) Nenhuma das respostas acima.
Este texto esclarece que grande parte da absorção de íons e água que
percorrem o nosso tubo digestório ocorre em nosso intestino grosso. Grande
parte desta absorção dá-se no cólon. Assinale a alternativa que contempla as
diferentes divisões anatômicas do cólon:
23
24
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Prezado acadêmico, no tópico anterior entendemos como está constituído
anatomicamente nosso sistema digestório. A partir deste tópico, vamos começar
a entender como o nosso sistema digestório, literalmente, funciona.
Uma vez que você possua fome e tenha apetite pelo prato de macarrão,
precisamos ingerir a comida, para isto necessitaremos do processo de deglutição.
Este processo pode ser dividido em três partes: um estágio voluntário que inicia
25
UNIDADE 1 | SISTEMA DIGESTÓRIO
DICAS
Como você deve ter percebido, o alimento segue um sentido único, uma
vez que ele é deglutido. Mas como ele é impedido de “voltar” do estômago ao
esôfago, por exemplo? Isso se deve à presença de estruturas musculares em forma
de anéis, chamadas de esfíncteres, que se fecham rapidamente após a passagem
do bolo alimentar por estas estruturas. Na figura a seguir você verá a presença
destes anéis musculares (esfíncteres) localizados na parte superior (constrição
cricofaríngea) e inferior do esôfago (esfíncter esofágico inferior ou válvula cárdia).
26
TÓPICO 2 | FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO
Dentes incisivos
Orofaringe
Epiglote
Recesso piriforme
Cartilagem tireóide
Cartilagem cricóide
Músculo cricofaríngeo
Constrição
Extensão média cricofaríngea
em centímetros Constrição Traquéia
da aorta
Aorta
Esfíncter
esofágico
inferior
Diafragma
Fundo do estômago
Parte cárdica do estômago
27
UNIDADE 1 | SISTEMA DIGESTÓRIO
E
IMPORTANT
“A DRGE é mais comum em adultos acima dos 40 anos de idade, mas também
ocorre em bebês e crianças. Os sintomas clínicos mais comuns são disfagia (dificuldade de
deglutição), azia e menos frequentemente regurgitação perceptível de conteúdos gástricos
com sabor ácido” (KUMAR et al., 2010, p. 2040).
Funções do Estômago
Armazenamento – Atua como reservatório temporário para o alimento que
chega a ele.
Secreção de H+ – Objetiva destruir micro-organismos patogênicos e converter o
pepsinogênio em sua forma ativa.
Secreção de fator intrínseco – Visa permitir a absorção de vitamina B12.
capaz de armazenar até 1,5L de alimento em uma única refeição. Vale ressaltar
que durante o jejum, as paredes do estômago se encontram colabadas (unidas)
e este possui uma atividade motora estreitamente coordenada com o intestino,
o que leva a um padrão de atividade elétrica contrátil, como ondas que se
propagam pelo estômago e intestino delgado, chamadas complexos miolétricos
interdigestivos.
Muitas vezes você já disse ter sentido dor “de fome” no estômago, não é
verdade? Isto realmente pode acontecer, pois, no estômago, além dos movimentos
peristálticos que já citamos — e que ocorrem em todo o sistema digestório —, um
outro tipo de contração intensa também pode ocorrer: a chamada contração de
fome, que ocorre, geralmente, quando o estômago fica vazio por muito tempo
(várias horas) (GUYTON; HALL, 2017).
29
UNIDADE 1 | SISTEMA DIGESTÓRIO
e assim chamada por ser de localização mais craniana e a porção distal que possui
localização mais distante da boca.
30
TÓPICO 2 | FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO
Uma vez que o quimo chegou ao intestino delgado, ele deve seguir seu
caminho em direção ao intestino grosso para posterior eliminação dos restos não
absorvíveis (fezes). Os movimentos peristálticos, assim como no restante do tubo
digestório, seguem no intestino delgado, o quimo é impulsionado no intestino
delgado por meio de ondas peristálticas que ocorrem em qualquer parte desta
porção do intestino, e são ondas que se movem a velocidades lentas entre 0,5 a
2cm/s (GUYTON; HALL, 2017).
DICAS
ATENCAO
Esta doença é uma enteropatia (doença dos enterócitos ou células epiteliais especializadas)
ocasionada por alterações imunológicas do indivíduo e desencadeada pela ingestão de
cereais que contém glúten, tais como trigo, centeio ou cevada, por indivíduos que são
geneticamente dispostos a essa doença (KUMAR et al., 2010). Em países onde a maioria da
população é caucasiana e de ascendência europeia, esta doença pode ser relativamente
comum, com uma prevalência variando entre 0,5 – 1% nesta população. As figuras a seguir
mostram a atrofia das microvilosidades intestinais que podem aparecer nesta doença,
prejudicando intensamente a absorção de nutrientes pelos indivíduos acometidos por ela.
32
TÓPICO 2 | FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO
33
UNIDADE 1 | SISTEMA DIGESTÓRIO
Antes, vamos ver um pouco mais do que a ciência tem recentemente pes-
quisado. Você já leu ou ouviu falar sobre o transplante de fezes? Parece nojento
à primeira vista, não é? Mas novas pesquisas têm demonstrado que esta técnica
pode ser promissora para o tratamento de diversas doenças!
E
IMPORTANT
http://bit.ly/2Z3o2N6
http://bit.ly/2Z7wK0Z
34
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
35
AUTOATIVIDADE
I- Fatores gástricos.
II- Fatores intestinais.
( ) Gastrina.
( ) CCK.
( ) Volume alimentar gástrico.
( ) Inibição por reflexos enterogástricos.
a) ( ) I, I, I e II.
b) ( ) II, II, I e I.
36
c) ( ) II, II, II e I.
d) ( ) I, II, I e II.
e) ( ) I, I, II e II.
37
38
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
39
UNIDADE 1 | SISTEMA DIGESTÓRIO
Então, vamos imaginar que quando estamos com fome nos é apresentado
o prato que mais gostamos! Obviamente, esta simples visão nos desperta o
apetite e imediatamente começamos a salivar. Esta fase do processo digestivo
é denominada fase cefálica e torna o nosso trato gastrointestinal pronto para
receber a refeição. A ativação da fase cefálica pode se dar por diversos estímulos:
olfatório, cognitivos (antecipação e pensamento sobre o consumo da comida),
visuais e, até mesmo, estímulos auditivos como ouvir alguém dizendo que o
jantar está na mesa.
Vamos olhar mais de perto como o SNA se organiza e como ele pode
influenciar diretamente na secreção glandular:
40
TÓPICO 3 | SECREÇÃO ENZIMÁTICA, DIGESTÃO E ABSORÇÃO
41
UNIDADE 1 | SISTEMA DIGESTÓRIO
NOTA
Glândulas
Ducto de na mucosa Mesentério
glândula situada Veia
fora do trato
Plexo submucoso
gastrintestinal
(plexo de Meissner)
Glândulas na
Tecido linfático submucosa
associado à
mucosa (MALT) Artéria
Nervo
Lume
TÚNICA MUCOSA:
Epitélio Plexo mioentérico
Lâmina própria (plexo de Auerbach)
Lâmina muscular da
mucosa
TÚNICA TÚNICA SEROSA:
SUBMUCOSA Tecido conjuntivo frouxo
Epitélio
TÚNICA MUSCULAR:
Músculo circular
Músculo longitudinal
42
TÓPICO 3 | SECREÇÃO ENZIMÁTICA, DIGESTÃO E ABSORÇÃO
43
UNIDADE 1 | SISTEMA DIGESTÓRIO
Esta lesão na mucosa gástrica pode ocasionar a gastrite ou, em casos mais
graves, a úlcera.
44
TÓPICO 3 | SECREÇÃO ENZIMÁTICA, DIGESTÃO E ABSORÇÃO
NOTA
Você pode saber um pouco mais sobre a diferença entre gastrite e úlcera acessando o link:
http://bit.ly/2KAyZ4G
FIGURA 22 – REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DE HCL
45
UNIDADE 1 | SISTEMA DIGESTÓRIO
A seguir você tem uma figura que explica o funcionamento dessa bomba:
Cl- K+ H+
CO₂ + H₂O
AC
H+
H₂CO₃
HCO₃-
Cl-
Transporte
Cl-
ativo secundário HCO₃- Capilares sanguíneos
Figura 18.8 Secreção de ácido pelas células parietais. A membrana apical (face voltada para o lúmen) secreta
H+ em troca de K+ utilizando um transportador ativo primário que é ativado pela hidrólise do ATP. A membrana
basolateral (face voltada para o sangue) secreta bicarbonato (HCO₃-) em troca de CL-. O CL- move-se para o
interior da célula contra o seu gradiente eletroquímico, ativado pelo movimento descendente do HCO3- para fora
da célula. Esse HCO₃- é produzido pela dissociação do ácido carbônico (H₂CO₃), que é formado a partir do CO₂
e da H₂O pela ação da enzima anidrase carbônica (abreviada como AC). A seguir, o Cl- deixa a porção apical da
membrana por difusão através de um canal da membrana. Portanto, as células parientais secretam HCl para o
interior do lúmen gástrico à medida que secretam HCO₃- para a corrente sanguínea.
FONTE: Fox (2007, p. 619)
7,0). Logo, podemos concluir que a chegada do alimento no estômago cessa, pelo
menos temporariamente, a digestão iniciada na boca (NELSON; COX, 2011).
NOTA
48
TÓPICO 3 | SECREÇÃO ENZIMÁTICA, DIGESTÃO E ABSORÇÃO
DICAS
Você pode saber um pouco mais sobre o Omeprazol acessando o link: http://
bit.ly/32cwLyo.
Esta anemia, quando não tratada, pode levar até mesmo a alterações
psiquiátricas, como demonstrado no resumo do artigo, Síndrome depressiva
como apresentação de uma anemia perniciosa, a seguir:
Resumo
FONTE: VIEIRA, N. et al. Síndrome depressiva como apresentação de uma anemia perniciosa.
Medicina Interna, Lisboa, v. 11, n. 1, p. 13-16, 2004. Disponível em: <http://bit.ly/31ReOFz>. Acesso
em: 3 jul. 2019.
49
UNIDADE 1 | SISTEMA DIGESTÓRIO
Ducto colédoco
Incisura do pâncreas
Ducto pancreático
FONTE: Netter (2011, p. 372)
50
TÓPICO 3 | SECREÇÃO ENZIMÁTICA, DIGESTÃO E ABSORÇÃO
Óstio glandulares
Ducto pancreático
Papila principal do duodeno (de Vater)
Ampola (de Vater)
51
UNIDADE 1 | SISTEMA DIGESTÓRIO
Para que isso aconteça, as mesmas células que secretam as enzimas citadas
acima, também secretam uma substância denominada inibidor de tripsina, esta
substância é capaz de manter estas enzimas inativas até que cheguem ao duodeno
(GUYTON; HALL, 2017).
52
TÓPICO 3 | SECREÇÃO ENZIMÁTICA, DIGESTÃO E ABSORÇÃO
Figura 1 Pancreatite aguda. Região com necrose gordurosa (dir.) e necrose parenquimatosa focal
(centro)
Figura 1 Pancreatite aguda. Áreas escuras de hemorragia na cabeça do pâncreas e uma área focal
clara de necrose gordurosa peripancreática (sup. à esq.)
53
UNIDADE 1 | SISTEMA DIGESTÓRIO
54
TÓPICO 3 | SECREÇÃO ENZIMÁTICA, DIGESTÃO E ABSORÇÃO
COMPONENTE CONCENTRAÇÃO
Água 92 g/dL
Sais biliares 6 g/dL
Bilirrubina 0,3 g/dL
Colesterol 0,3 a 0,9 g/dL
Ácidos Graxos 0,3 a 1,2 g/dL
Lecitina 0,3 g/dL
Na + 130 mEq/L
K+ 12 mEq/L
Ca+2 23 mEq/L
Cl- 25 mEq/L
HCO3- 10 mEq/L
FONTE: O autor
55
UNIDADE 1 | SISTEMA DIGESTÓRIO
56
TÓPICO 3 | SECREÇÃO ENZIMÁTICA, DIGESTÃO E ABSORÇÃO
que este órgão tenha uma absorção diária de cerca de 200 – 300g de carboidratos,
100g de gordura, entre 50 – 100g de aminoácidos, além de íons e água. Com relação
à água, a mesma é absorvida pelo intestino delgado por osmose; já os íons podem
ser transportados de diferentes maneiras, tanto de forma ativa (com gasto de
energia – ATP), quanto de maneira passiva (sem gasto energético). Os principais
íons absorvidos no intestino e suas formas de absorção estão exemplificados no
quadro a seguir:
57
UNIDADE 1 | SISTEMA DIGESTÓRIO
FONTE: O autor
58
TÓPICO 3 | SECREÇÃO ENZIMÁTICA, DIGESTÃO E ABSORÇÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
RESUMO
INTRODUÇÃO
59
UNIDADE 1 | SISTEMA DIGESTÓRIO
MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
60
TÓPICO 3 | SECREÇÃO ENZIMÁTICA, DIGESTÃO E ABSORÇÃO
Classificações
61
UNIDADE 1 | SISTEMA DIGESTÓRIO
62
TÓPICO 3 | SECREÇÃO ENZIMÁTICA, DIGESTÃO E ABSORÇÃO
No teste oral, que não é um teste invasivo, o paciente ingere uma quantidade
desse dissacarídeo, e a glicemia é dosada antes e depois da ingestão, tomando-se
como parâmetro que os indivíduos capazes de digerir a lactose apresentam um
aumento de glicose no sangue. É também possível medir o hidrogênio (H2) no
ar expirado após a ingestão oral, pois a fermentação da lactose pelas bactérias
presentes no intestino produz H2, que é absorvido no intestino e parcialmente
eliminado pelos pulmões. Quando se observa um aumento na produção de
hidrogênio depois da ingestão da lactose, isso pode significar má absorção de
lactose e sua fermentação.
63
UNIDADE 1 | SISTEMA DIGESTÓRIO
64
TÓPICO 3 | SECREÇÃO ENZIMÁTICA, DIGESTÃO E ABSORÇÃO
FONTE: CASTELO BRANCO, M. S. et al. Classificação da intolerância à lactose: uma visão geral
sobre causas e tratamentos. Rev Ciênc Méd. v. 26, n. 3, 2017. Disponível em: <http://bit.ly/2NhkEfd>.
Acesso em: 25 jul. 2019.
65
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• A secreção de bile pelo fígado e sua liberação pela vesícula biliar é fundamental
para a emulsificação de gorduras e digestão de lipídios.
66
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Noradrenalina.
b) ( ) Neuropeptídeo Y.
c) ( ) Glutamato.
d) ( ) Acetilcolina.
e) ( ) Nenhuma das alternativas acima.
a) ( ) Hidrolisar os lipídios.
b) ( ) Agir como detergentes.
c) ( ) Tornar os lipídios anfifílicos.
d) ( ) Promover a secreção de lipases.
e) ( ) Estimular o trânsito intestinal dos lipídios.
68
UNIDADE 2
ANATOMORFOFISIOLOGIA DO
SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
69
70
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Bom estudo!
71
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
Diafragma
Esôfago
Glândula suprarrenal
esquerda
A. renal direita
V. renal esquerda
RIM DIREITO RIM ESQUERDO
Parte abdominal
da aorta
URETER
V. cava inferior
DIREITO
URETER
ESQUERDO
BEXIGA
URINÁRIA Reto
Ovário
URETRA esquerdo
Útero
72
TÓPICO 1 | ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
Cápsula fibrosa
Córtex renal
Cálices renais
Medula renal menores
(com pirâmides renais) Vasos sanguíneos entrando no
parênquima renal
Seio renal
Paila renal
Cálices renais
maiores
Pelve renal
Coluna renal
(de Bertin)
Gordura no seio renal
Cálices renais
Base da pirâmide menores
renal
Ureter
DICAS
73
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
• Filtração glomerular.
• Reabsorção tubular passiva.
• Secreção tubular ativa.
74
TÓPICO 1 | ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
Ureteres
Peritônio
Músculo detrusor
Trígono
A bexiga, por sua vez, é um órgão muscular oco formado por duas partes:
fundo e colo. A porção denominada fundo, ou corpo da bexiga, é responsável por
armazenar a urina, enquanto que a porção denominada colo se liga diretamente à
uretra e é responsável por escoar a urina (GUYTON; HALL, 2017).
75
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
Espaço paravesical
e plexo venoso
Corpo da bexiga
Arco tendíneo
do músculo
levantador do ânus Prega interuretral
Músculo
obturador Trígono da bexiga
interno
Músculo levantador
do ânus Úvula da bexiga
Arco tendíneo da fáscia pélvica Fáscia prostática
Ligamento puboprostático lateral
Músculo esfíncter Próstata e uretra prostática
da uretra no
diafragma urogenital Ramo inferior do osso público
Bulbo uretral
Base do pênis e músculo
Fáscia profunda (de Gallaudet) isquiocavernoso
Colículo seminal
Bulbo vestibular e músculo bulboesponjoso (verumontanum)
Fáscia superficial do períneo (de Colles)
Plano
sagital
Útero
Bexiga
urinária
Reto Sínfise pública
Vagina Uretra
76
TÓPICO 1 | ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
Plano sagital
Bexiga urinária
Sínfise pública
Reto
Próstata
Pênis
Óstio externo
da uretra
A PARTE PROSTÁTICA DA
Testículo
URETRA passa através da A PARTE ESPONJOSA DA
próstata. Alem da urina, URETRA passa através do pênis. É
recebe secreções contendo o segmento mais longo e recebe
espermatozoides, fatores de secreções que incluem muco e
motilidade e viabilidade do substâncias que neutralizam o PH
esperma, e substâncias que da uretra. Durante a ejaculação
neutralizam o pH da uretra. no homem, o sêmen passa
A PARTE MEMBRANÁCEA DA através de todos os segmentos
URETRA passa através do períneo. da uretra até o exterior.
Trata-se do segmento mais curto
da uretra.
A. Corte sagital, sexo masculino
períneo e a parte esponjosa da uretra, segmento mais longo, que atravessa o pênis
(TORTORA; DERRICKSON, 2016). Esta divisão fica mais clara na figura anterior.
Você sabia que, apesar de ser um metabólito, que deve ser eliminado do
nosso organismo, a urina nos fornece informações importantes sobre a nossa
função renal?
DICAS
Veja mais sobre a importância do exame comum de urina no seguinte livro (que
se encontra disponível em sua Biblioteca Virtual):
78
TÓPICO 1 | ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
NOTA
Sínfise pública
Reto Espaço retropúbico (pré-
vesical) + plexo venoso
Vagina
Ligamento arquado
do púbis
Músculo esfíncter
Veia dorsal profunda do clitóris
externo anal
Perimétrio
Miométrio
Endométrio
Cavidade uterina
DICAS
• http://bit.ly/32eqpOW.
DICAS
81
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
82
TÓPICO 1 | ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
DICAS
• http://bit.ly/2HxBqDb.
83
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
Lâmina parietal da
túnica vaginal
Epidídimo
Músculos e fáscias
cremastéricos
Testículo (recoberto por lâmina
visceral da túnica vaginal)
Pele do escroto
Dúcto eferentes
Dúcto deferentes
Rede resticular (no
mediastino testicular)
Lóbulos
Cauda do epidímo
85
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
Parte intramural
da uretra Próstata
Parte prostática
da uretra
Parte no
bulbo do
pênis
Corpo cavernoso
Túnica albugínea
Corpo esponjoso
Parte esponjosa da uretra
Túnica albugínea
Artéria profunda
do pênis
Septo da fáscia
(profunda) do pênis
(de Buck)
Parte no
Lacunas uretrais (de
corpo do
Morgagni) e glândulas
pênis
uretrais (de Littré)
Lacuna uretral
magna (inconstante)
Fossa navicular
da uretra
Glande do pênis
Óstio externo
da uretra
86
TÓPICO 1 | ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
Vesícula
seminal
Utrículo
prostático
Colículo seminal
(verumontanum) Reto e fáscia retal
Óstio do ducto
ejaculatório
Fáscia retovesical
(de Denovillier)
87
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
Glande do pênis
Corpo esponjoso
Ramo isquiopúblico
Fáscia inferior do
diafragma urogenital
Músculo esfíncter
Centro tendíneo externo anal
do períneo Tuberosidade
isquiática
88
TÓPICO 1 | ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
DICAS
Vale a leitura!
89
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• A urina formada escoa pelos cálices renais e pela pelve renal em direção aos
ureteres.
90
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Miométrio e Perimétrio.
b) ( ) Miométrio e Serométrio.
c) ( ) Perimétrio e Lactífero.
d) ( ) Miométrio e Fáscil.
e) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
a) ( ) Próstata.
b) ( ) Vesícula seminal.
c) ( ) Epidídimo.
d) ( ) Ducto deferente.
e) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
a) ( ) Glândulas bulbouretrais.
b) ( ) Glândulas seminais.
c) ( ) Glândulas de Cooper.
d) ( ) Glândulas espermáticas.
e) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
a) ( ) Apenas I, II e IV.
b) ( ) Apenas II e IV.
c) ( ) Apenas I, II e III.
d) ( ) Apenas I, II e IV.
e) ( ) Todas as afirmativas estão corretas.
92
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, conforme você já deve saber, nossos rins exercem diversas
funções, como, por exemplo, o controle da pressão arterial, secreção hormonal,
regulação hídrica, entre outras.
93
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
Esta estrutura ocupa tanto a região medular quanto cortical do rim e está
envolvida diretamente no processo de formação de urina. Antes de iniciarmos
a discussão de como ocorre a formação da urina, vamos ver microscopicamente
como se organizam as porções cortical e medular do rim?
DICAS
• http://bit.ly/2ZCTki2.
94
TÓPICO 2 | FISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO
A filtração glomerular ocorre no corpúsculo renal. A reabsorção tubular e a secreção tubular ocorrem ao longo do
túbulo renal e túbulo coletor.
Corpúsculo renal Túbulo renal e ducto coletor
Arteríola
Cápsula Glomérulo
glomerular
glomerular
aferente
1 Urina (contém
Filtrado glomerular no túbulo renal
substâncias
secretadas)
Arteríola 2 3
glomerular Capilares
eferente perítubulares Sangue (contém
substâncias
reabsorvidas)
Ateríola Intervação
glomerular
Camada parietal da cápsula glomerular
aferente
Célula
Célula mesangial
justaglomerular
Espaço capsular
Mácula densa
Parte ascendente
da alça de Henle Túbulo contorcido
proximal
Célula mesangial
Ateríola
glomerular Podócito da camada visceral da
eferente cápsula glomerular
Pedículo
Endotélio do
glomérulo
95
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
DICAS
• http://bit.ly/2PkoF5o.
Cápsula de Bowman
Mácula densa
Túbulo coletor cortical
MEDULA
Alça de Henle: Porção espessa do
segmento ascendente
Porção fina do Túbulo coletor medular
segmento ascendente
Segmento descendente
Ducto coletor
Estes túbulos renais formam a porção tubular do néfron, que além de ser
formada pela cápsula glomerular também é constituída pelo túbulo proximal, alça
de Henle ascendente e descendente, túbulo distal e túbulo coletor (FOX, 2007).
96
TÓPICO 2 | FISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO
Estes poros fazem com que estes capilares sejam altamente permeáveis
à água e, também, aos solutos que se encontram dissolvidos na circulação
sanguínea (plasma); entretanto, apesar de permitir a passagem de água e solutos,
estes poros não possuem tamanho suficiente para que permitam a passagem de
elementos figurados do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas).
Podócitos
Alças capilares
Poros em fenda
A
Epitélio
Membrana basal
Endotélio
B Fenestrações
98
TÓPICO 2 | FISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO
Isso quer dizer que urinamos 180L por dia? Claro que não! Como a maior
parte deste filtrado glomerular é formado por água e grande parte desta água é
reabsorvida, produziremos cerca de 1 a 2L de urina por dia, somente (GUYTON;
HALL, 2017).
DICAS
DICAS
Gloméulo Túbulo
Cápsula de proximal
Arteríola Bowman
eferente
Aparelho
justa-glomerular
Arteríola
aferente
Túbulo coletor
cortical
Túbulos distais
Ducto coletor
100
TÓPICO 2 | FISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO
101
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
FIGURA 27 - COTRANSPORTE
Neste momento, você pode estar se perguntando, mas e a água? Como ela
é reabsorvida?
102
TÓPICO 2 | FISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO
DICAS
103
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
DICAS
104
TÓPICO 2 | FISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO
Líquido Lúmen
Células tubular
intersticial
tubulares
renal
Na+
ATP
Na+
K+
Cl-
Cl-
DICAS
Você pode saber mais sobre equilíbrio ácido básico lendo a Seção 3 – Equilíbrio
Ácido-base (p. 271) do livro Fisiologia de Margarida de Mello Aires.
105
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
DICAS
E
IMPORTANT
Você sabia que existe mais de um tipo de diabetes? O mais comum é o que
você conhece: o Diabetes mellitus, mas existe uma doença chamada diabetes insípido. Esta
doença ocorre justamente pela secreção ou ação inadequada do ADH. Vamos olhar o texto
a seguir:
107
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
é reduzida, isso faz com que a urina formada possua grande parte deste íon.
Entretanto, quando acontece a liberação máxima de aldosterona, o sódio é
completamente reabsorvido no túbulo distal e a urina praticamente não contém
sódio.
Arteríola
Túbulo aferente
Glomérulo
contornado distal
Arteríola
aferente
Células granulosas
Mácula densa
Arteríola Aparelho
eferente justaglomerular
Alça de Henle
Ramo ascendente
FONTE: Adaptado de Fox (2007)
109
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
Hipófise
ADH
Retenção de água
110
TÓPICO 2 | FISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO
DICAS
Você pode saber mais sobre reflexo barorreceptor lendo o Capítulo 18 do livro:
BERNE, R. M; LEVY, M. N. Fisiologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
111
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
Hipotálamo da aldosterona
de ADH da angiotensina II
da atividade
nervosa simpática
112
TÓPICO 2 | FISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO
113
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
indivíduo possua uma maior quantidade de potássio, fazendo com que ele possua
perda aumentada deste íon (FOX, 2007).
Ficou curioso para saber quais diuréticos podem fazer com que a pessoa
tenha redução da concentração plasmática de Potássio (Hipocalemia)?
E
IMPORTANT
Logo, uma pessoa que possui uma situação de acidose grave, a fim de
tentar normalizar o pH sanguíneo, terá um aumento da secreção de H+ dos vasos
sanguíneos em direção aos túbulos renais, o que poderá gerar um aumento da
concentração plasmática de K+, pois somente um dos íons positivos (sódio e
potássio) será secretado.
Na+ K+ ou H+
Sangue
Na+ H+ Na+ K+
Na+ Na+
K +
Na+ Na+ K+/H+ Na+
K+ Na+
Na +
Na+ K+
Túbulo coletor cortical
Na+
Esta reação é a mesma que ocorre no interior dos eritrócitos nos capilares
pulmonares (DEVLIN, 2002).
115
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
DICAS
Você pode saber um pouco mais desta reação catalisada pela AC, sobre
regulação ácido-base e sistemas tampões orgânicos lendo o Capítulo 31 do livro: GUYTON,
A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 13. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
E
IMPORTANT
116
TÓPICO 2 | FISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO
117
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
118
AUTOATIVIDADE
119
I- É formado pela ação da enzima ECA pulmonar que converte
Angiotensinogênio em Angiotensina II.
II- Estimula a produção de aldosterona pela glândula suprarrenal.
III- Promove vasoconstrição.
IV- Inibe a liberação de ADH pelo eixo hipotálamo-hipófise.
a) ( ) Apenas I, II e III.
b) ( ) Apenas II, III e IV.
c) ( ) Apenas II e III.
d) ( ) Apenas III e IV.
e) ( ) Todas as afirmativas estão corretas.
120
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
121
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
NOTA
“Depois que cumprimos nossa função, somos descartados. Mas os genes são
para sempre” (Richard Dawkins).
122
TÓPICO 3 | FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO E MASCULINO
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
6 7 8 9 10 11 12 6 7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18 13 16 17 18
14 15
20 21 22 X Y 19 20 21 22 X
19
(a) (b)
123
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
Glande do pênis
PREGAS Clitóris
URETRAIS
PROTUBERÂNCIA
LABIOESCROTAL
Períneo
Ânus
Ânus
Próximo do nascimento
Alguns dos hormônios secretados pelo SNC, no que se refere a sua função
local, junto ao sistema reprodutor, bem como hormônios produzidos localmente,
serão abordados posteriormente neste tópico. Os demais hormônios secretados pelo
SNC e que possuem ação local (junto ao SNC), mas que participam da maturação
sexual, serão abordados no decorrer da próxima unidade.
124
TÓPICO 3 | FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO E MASCULINO
125
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
126
TÓPICO 3 | FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO E MASCULINO
Antro
Células da granulosa
Antro
Coroa radiada
Ovócito secundário
Zona pelúcida
Cúmulo cóforo
Teca interna
127
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
Ciclo ovariano
gonadotropinas
Secreção do
FSH
LH
FSH LH
Corpo lúteo em
Eventos ovarianos
Fase folícular
Fase lútea
Ovulação
Dias 1 7 14 21 28
hormônios ovarianos
Estrogênio
Estrogênio Progesterona
Espessura do
endométrio
Dias 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 1
128
TÓPICO 3 | FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO E MASCULINO
Fase folicular
129
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
Fase ovulatória
O ovócito secundário é liberado pelo ovário e levado por ação dos cílios
(fímbrias) para dentro da tuba uterina; este ovócito ainda se encontra protegido
pela coroa radiada e pela zona pelúcida. Fluindo pela tuba uterina o ovócito
secundário chega ao útero.
Fase lútea
Uma vez que ocorra a ovulação, o folículo vazio sofre estimulação pelo
LH a tornar-se corpo lúteo. Como já citado, esta estrutura secreta estradiol e, em
maior quantidade, progesterona, o qual possui níveis mínimos antes da ovulação,
elevando-se rapidamente durante a fase lútea (o que acontece uma semana após
a ocorrência da ovulação).
130
TÓPICO 3 | FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO E MASCULINO
Fase proliferativa
Fase secretora
Fase menstrual
Infundibulo da Ligamento
tuba uterina suspensor do ovário
Tuba uterina
Ovário
Cavidade uterina
Ligamento
Endométrio útero-ovário
Micrométrio
Ligamento
Perimétrio
largo do útero
Óstio anatômico Corpo do útero
interno do útero Ureter
Colo do útero Istmo do útero
Canal do colo do
útero Ligamento uterossacro
Lateral do fórmice
Óstio do útero
da vagina
Vagina
Vista Rugas
vaginais
Vista posterior do útero e estruturas associadas
FONTE: Adaptado de Tortora e Derrickson (2016)
132
TÓPICO 3 | FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO E MASCULINO
DICAS
133
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
FIGURA 43 – ESPERMATOGÊNESE
(2n)
Espermatogônia
Espermatócitos
primários (2n)
Primeira
divisão
meiótica
Espermatócitos
segundários (1n)
Segunda
divisão
meiótica
Espermátides (1n)
Espermatozóides (1n)
134
TÓPICO 3 | FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO E MASCULINO
Citoplasma
Núcleo
136
TÓPICO 3 | FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO E MASCULINO
Ducto deferente
Cabeça do epidídimo
Ducto eferente
LÓBULO DO TESTÍCULO
SEPTO DO TESTÍCULO
Cauda do epidídimo
Célula intersticial
CÉLULAS
Capilar sanguíneo ESPERMATOGÊNICAS:
Núcleo da célula
Espermatócito primário (2n)
de Sertoli
Barreira hematotesticular
Espermatócito secundário (n)
(junção oclusiva)
Espermátide (n)
Espermatozoide
(n)
Lúmen do túbulo
seminífero
137
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
Para que a ocorrência do ato sexual seja consumada e ocorra a liberação dos
espermatozoides no interior da vagina, é necessária a ocorrência dos processos de
ereção e ejaculação, os quais explicamos no Tópico 1 desta unidade.
E
IMPORTANT
• http://bit.ly/30hFgb5
DICAS
138
TÓPICO 3 | FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO E MASCULINO
LEITURA COMPLEMENTAR
Resumo
Palavras-chave
“Até os 75 anos, não detestei a velhice. Encontrava nela até mesmo certo
contentamento, uma calma nova, e desfrutava, como de uma libertação,
do desaparecimento do desejo sexual e de todos os outros desejos.
Não tenho vontade de nada, nem de uma casa à beira-mar, nem de
um Rolls-Royce, nem sobretudo de objetos de arte. Penso, renegando
os clamores da minha mocidade: abaixo o amor desenfreado! Viva a
amizade!”
139
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
A vida de Buñuel parece ter sido norteada pela busca desse objeto a que
ele próprio denominou obscuro – o desejo.
140
TÓPICO 3 | FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO E MASCULINO
Surgiu daí o Viagra, nome pelo qual o citrato de sildenafila passou a ser
comercializado. A indústria farmacêutica começou a financiar estudos e pesquisas.
A repercussão do advento dessa droga tem sido tão expressiva na mídia desde
então, que o Viagra se tornou um evento farmacológico e mercadológico quase
sem precedentes. As implicações e os interesses econômicos, sociais e políticos
em jogo no caso dessa descoberta são muito grandes.
141
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
Freud vincula a sexualidade às pulsões e nos ensina que elas são parciais
e ligadas aos orifícios corporais. Quando o corpo é cuidado, tocado e falado, ele
é contornado pela linguagem e as pulsões se transformam em libido. No entanto,
essa libidinização do corpo precisa ser barrada para que o sujeito possa avançar. O
complexo de Édipo vem como uma estrutura simbólica que faz incidir a castração
para que o sujeito possa se inserir no mundo da cultura.
Para Lacan, este Outro será aquele que representa a Lei, ou o Outro do
Código.
142
TÓPICO 3 | FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO E MASCULINO
Por sermos seres falantes, então, não somos seres naturais. O preço que
pagamos para nos tornarmos humanos é esse rompimento com a natureza. A
perda do paraíso é não sermos mais seres meramente biológicos.
143
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
Lacan elabora que a lacuna psíquica de que fala Freud é o buraco do real.
Considera que a cultura produz semblantes, simulacros de objetos de gozo para
tentar tamponar esses furos que são causadores de angústia. Os semblantes são
formas de revestir uma lacuna psíquica com uma significância qualquer para que
o sujeito possa gozar falicamente. Sabemos que a cultura é pródiga em produzir
objetos semblantes. O Viagra parece ter se tornado mais um deles.
O efeito dessa tirania da potência sexual no imaginário social faz com que
as vendas do Viagra atinjam a cifra espantosa de um bilhão de dólares por ano.
144
TÓPICO 3 | FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO E MASCULINO
Voltando a Buñuel: seu dito comemora o fim do que ele chamou de desejo
como um alívio e celebra a amizade como um calmante para o que nomeou amor
desenfreado.
Podemos pensar que ele conseguiu uma saída sublimatória para o gozo,
aliando as relações de amizade à escrita, em conjunto com um escritor profissional,
do seu livro autobiográfico, não por acaso chamado Meu último suspiro.
“Mas é nisso que reconheço que esse Um-aí é tão somente o saber
superior ao sujeito, inconsciente, na medida em que ele se manifesta
como ex-sistente — o saber, digo, de um real do Um-todo-só (Untout-
seul) totalmente sozinho, todo só onde se diria a relação”.
145
UNIDADE 2 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR
E que, a partir dessa castração, o sujeito possa, ele mesmo, tornar seus dias
um pouco mais azuis.
FONTE: COUTO, O. H. Tudo azul com o sexual? Viagra e sexualidade. Reverso, Belo Horizonte, a.
33, n. 61, p. 83-90, jun. 2011.
146
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
147
AUTOATIVIDADE
a) ( ) LH.
b) ( ) FSH.
c) ( ) GH.
d) ( ) GnRH.
e) ( ) Testosterona.
148
4 (IF-SC, 2015) Durante a vida intrauterina, nos testículos humanos, as células
diploides, denominadas células germinativas primordiais, passam a sofrer
sucessivas divisões mitóticas, dando origem a várias espermatogônias. As
espermatogônias permanecem em repouso nos túbulos seminíferos dos
testículos e, na puberdade, aumentam de número e sofrem maturação
que continua até a velhice. As espermatogônias por mitose dão origem a
espermatócitos primários. O espermatócito primário sofre uma divisão
meiótica (meiose I) em dois espermatócitos secundários; cada um desses
espermatócitos secundários divide-se em duas espermátides na meiose II.
Essas diferenciam-se, através de um processo chamado espermiogênese, em
espermatozoides. Esse processo relacionado à reprodução humana denomina-
se _________________. Assinale a alternativa que CORRETAMENTE
preenche a lacuna do texto acima.
a) ( ) Ovogênese.
b) ( ) Espermograma.
c) ( ) Espermatogênese.
d) ( ) Oligospermia.
e) ( ) Protandria.
a) ( ) Apenas I e II.
b) ( ) Apenas I, II, III e IV.
c) ( ) Apenas I, II, III e V.
d) ( ) Apenas I, II, IV e V.
e) ( ) Todas as alternativas estão corretas.
149
150
UNIDADE 3
ANATOMORFOFISIOLOGIA DO
SISTEMA ENDÓCRINO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
151
152
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
H.S. tinha 23 anos quando os primeiros sintomas apareceram. Inicialmente
ela achou que o sono demasiado era devido à jornada diária de trabalho e os
estudos no período noturno, pois sempre estava com sono e dormindo no tempo
disponível. Com a sonolência também sentiu cansaço frequente, cada vez mais
intenso, que não passava mesmo após uma longa noite de sono. O seu peso
corporal aumentou mesmo mantendo a rotina de academia que, logo após a
constatação do aumento súbito de dez quilos em quatro meses, foi deixada de
lado. A queda de cabelo era intensa e as unhas estavam quebradiças e então ao
relatar para sua melhor amiga o que acontecia decidiu ir ao médico e fazer alguns
exames. O médico informou a ela que tinha desenvolvido hipotireoidismo,
doença a qual os hormônios da tireoide deixam de ser produzidos acarretando
na lentidão do metabolismo. H.S. começou seu tratamento e, apenas com uma
pílula de hormônio tomada em jejum todos os dias, tudo voltou ao normal, esse
tratamento que duraria o resto da vida fez com que ela voltasse a ter a disposição
e saúde que tinha antes.
Há cem anos, H.S. teria sofrido com essa doença até a sua morte. A
endocrinologia, área destinada ao estudo dos hormônios, ainda estava no
início. A maioria dos hormônios não tinha sido descoberta e suas funções eram
desconhecidas. Não havia tratamento para a maior parte das doenças, incluindo
o hipotireoidismo.
153
UNIDADE 3 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
Bons estudos!
154
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS DO SISTEMA ENDÓCRINO
RESUMO ANATÔMICO
Localização Hormônios
HORMÔNIOS
Glãndula pineal Melatonina [A]
Hipotálamo (N) Hormônios tróficos [P] (ver Fig. 7-13);
Neuro-hipófise (N) Ocitocina [P]
Vasopressina (ADH) [P]
Adeno-hipófise (G) Prolactina [P]
Hormônio do crescimento (GH,
somatotrofina) [P]
Corticotrofina (ACTH) [P]
Tireotrofina (TSH) [P]
Hormônio folículo-estimulante (FSH) [P]
Hormônio luteinizante (LH) [P]
Tireoide (G) Tri-hidrotironina e tiroxina (T3,T4)
Calcitonima (CT) [P]
Paratireide (G) Hormônio da paratireoide (PTH) [P]
Timo (G) Timosina, timopoletina [P]
Coração (G) Peptídeo atrial natriurético [P]
Figado (C) Angiotensinogênio [P]
Fatores de crescimento semelhantes à
insulina (IGFs) [P]
Estômago e intestino delgado Gastrina, colecistocinina (CCK), secretina
(C) e outros [P]
Pâncreas (G) Isulina, glucagon, somatostatina,
polipeptídeo pancreático [P]
Córtez da suprarrenal (G) Aldosterona [E]
Cortisol [E]
Androgênios [E]
Medula da suprarrenal (N) Adrenalina, noradrenalina [A]
Rim (C) Eritropoetina [P]
1,25-di-hidroxivitamina D3 (calciferol) [E]
Pele (C) Vitamina D3 [E]
Testículos (homens) (G) Androgênio [E]
Inibina [P]
LEGENDA Ovários (mulheres) (G) Estrogênios e progesterona [E]
G= glândula Inibina [P]
C= células endócrinas Relaxina (gestação) [P]
N= neurônios Tecido adiposo (C) Leptina, adiponectina, resistina [P]
P= peptídeo
S= esteroide Placenta (apenas mulheres Estrogênios e progesterona [E]
A= derivados de grávidas) (C) Somatotropina coriônica [P]
aminoácidos Go nadotropina coriônica [P]
155
UNIDADE 3 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
156
RESUMO DO TÓPICO 1
157
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Timo e ovários.
b) ( ) Timo e placenta.
c) ( ) Testículos e placenta.
d) ( ) Ovários e testículos.
e) ( ) Rins e Placenta.
158
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Bons estudos!
159
UNIDADE 3 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
162
TÓPICO 2 | BASES FISIOLÓGICAS DO SISTEMA ENDÓCRINO
163
UNIDADE 3 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
FIGURA 4 – ENCÉFALO
DIENCÉFALO TELENCÉFALO
(CÉREBRO)
Tálamo
Hipotálamo
Glândula pineal
(parte do epitálamo)
TRONCO
ENCEFÁLICO:
Mesencéfalo
Ponte
Bulbo Hipófise
CEREBELO
Medula espinal
POSTERIOR ANTERIOR
A. Corte sagital bista medial
Hipotálamo
Núcleos
supraópticos
(para a neuro-
hipófise)
Núcleos
paraventriculares
(para a neuro-
Hipófise
hipófise)
Núcleos que
enviam axônios
para a eminência
Quiasma óptico mediana
Suprimento arterial e capilares
Infundíbulo
Vasos do sistema porta
hipotálamo-hipofisário
Eminência mediana
165
UNIDADE 3 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
DICAS
166
TÓPICO 2 | BASES FISIOLÓGICAS DO SISTEMA ENDÓCRINO
167
UNIDADE 3 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
168
TÓPICO 2 | BASES FISIOLÓGICAS DO SISTEMA ENDÓCRINO
Hormônio da adeno-hipófise.
DICAS
Para conhecer um pouco sobre a histologia das células que compõem a adeno-
hipófise, acesse: http://bit.ly/2MJuyqy.
Histologia é o termo cunhado para definir o estudo dos tecidos. Para tal, é
necessário extrair uma amostra do tecido a ser estudado e realizar uma preparação
que inclui o corte e coloração por corantes naturais ou artificiais. O método de
coloração mais frequentemente usado, o da hematoxilina-eosina (H.E.), contém
dois corantes: a hematoxilina, que cora em azul-violeta os componentes ácidos
(por exemplo, os ácidos nucléicos onde quer que ocorram, no núcleo das células
e nos ribossomos), e a eosina, que cora em vermelho numerosas estruturas (por
exemplo, fibras colágenas, fibrilas musculares, eritrócitos) (SOBOTTA, 2007). As
células que são coradas pela hematoxilina são denominadas como acidófilas,
enquanto as tingidas pela eosina de basófilas e as que não se coram ou coram
169
UNIDADE 3 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
Tireotrofo
Somatotrofo
Gonadotrofo
Corticotrofo
Lactotrofo
170
TÓPICO 2 | BASES FISIOLÓGICAS DO SISTEMA ENDÓCRINO
171
UNIDADE 3 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
172
RESUMO DO TÓPICO 2
173
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Hipófise.
b) ( ) Tiroide.
c) ( ) Pineal.
d) ( ) Timo.
e) ( ) Paratireoide.
3 Qual é a glândula em nosso organismo que tem funções endócrinas e exócrinas?
a) ( ) Tireoide.
b) ( ) Pâncreas.
c) ( ) Ovário.
d) ( ) Hipófise.
e) ( ) Hipotálamo.
174
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Bons estudos!
2 OS HORMÔNIOS DA TIREOIDE
A glândula tireoide foi descrita pela primeira vez em 1656 por Wharton.
Recebeu essa denominação por apresentar um formato de escudo (em grego,
thyreós significa “escudo” e eîdos significa “na forma de”). No entanto, existem
controvérsias se essa denominação deriva de fato da sua forma ou por ela estar
situada abaixo de uma cartilagem que apresenta a forma de escudo, a cartilagem
tireóidea (CURI; PROCÓPIO, 2017).
175
UNIDADE 3 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
DICAS
177
UNIDADE 3 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
E
IMPORTANT
178
TÓPICO 3 | OS HORMÔNIOS E SEUS EFEITOS
bócios endêmicos é o seguinte: a falta de iodo impede a produção tanto de tiroxina quanto
de triiodotironina. Como resultado, não há hormônios disponíveis para inibir a produção de
TSH pela hipófise anterior, que passa a secretar uma quantidade excessiva deste hormônio.
O TSH, então, estimula as células tireoidianas a secretar grandes quantidades de coloide de
tireoglobulina nos folículos, e a glândula torna-se cada vez maior. Entretanto, devido à falta
de iodo, a produção de tiroxina e triiodotironina não ocorre na molécula de tireoglobulina
e, portanto, não causa a supressão normal da produção de TSH pela hipófise anterior. Os
folículos adquirem um enorme tamanho, e a tireoide pode aumentar de 10 a 20 vezes.
179
UNIDADE 3 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
180
TÓPICO 3 | OS HORMÔNIOS E SEUS EFEITOS
181
UNIDADE 3 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
182
TÓPICO 3 | OS HORMÔNIOS E SEUS EFEITOS
2. A queda nos níveis é detectada pelo sistema nervoso, que estimula o hipotálamo,
especificamente o grupo de neurônios que regulam a secreção tireoidiana, a
aumentar a secreção do hormônio liberador de tireotropina (TRH).
ATENCAO
183
UNIDADE 3 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
3 HORMÔNIOS PANCREÁTICOS
CABEÇA DO PÂNCREAS
A. Vista anterior
Capilar sanguíneo
Ácinos exócrinos
Ácino
CÉLULA ALFA exócriono
(secreta glucagon) ILHOTA
CÉLULA BETA PANCREÁTICA
(secreta insulina)
CÉLULA DELTA CÉLULA BETA
(secreta somatostatina)
CÉLULA F (secreta polipeptídio CÉLULA ALFA
pancreático)
184
TÓPICO 3 | OS HORMÔNIOS E SEUS EFEITOS
Refletindo sobre o exposto, até o momento, fica claro que o pâncreas tem
a função de regular os níveis de glicose para que eles se mantenham constantes e,
assim, os tecidos citados não tenham danos devido queda nos níveis de substrato
energético.
E
IMPORTANT
Na metade do século XIX (em 1843), Claude Bernard (médico e fisiologista francês)
estabeleceu os princípios da investigação científica baseada em evidências e demonstrou
que o fígado tinha essencial papel na manutenção da homeostase (estado de equilíbrio da
concentração) da glicose. Mais do que isso, esse estudioso afirmou que a homeostase da
glicose era regulada por mecanismos neuro-humorais. Já na época havia a suspeita de que
o pâncreas, cuja atividade exócrina fora claramente confirmada pela conexão anatômica
com o intestino, desempenhasse importante papel na regulação da homeostase glicêmica.
Em 1869, Paul Langerhans descreveu a existência de grupamentos de células pancreáticas
que não se relacionavam com o sistema de ácinos e ductos do pâncreas exócrino, e
que, portanto, poderiam representar o pâncreas endócrino. Na sequência (em 1886), von
Mering e Minkowski alcançam sucesso na cirurgia de extirpação do pâncreas de um cão,
demonstrando a imediata perda da homeostase da glicose (pois ocorria hiperglicemia) e
evidenciando que o fator humoral que participava desse controle era de origem pancreática.
No século XX, Frederick Banting e Charles Best isolaram e caracterizaram o hormônio
insulina, pelo que foram laureados com o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina, em 1923
(AIRES, 2018, p. 1032).
185
UNIDADE 3 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
GLUCAGON INSULINA
187
UNIDADE 3 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
189
UNIDADE 3 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
E
IMPORTANT
O uso de esteroides anabólicos, ou anabolizantes, por atletas tem recebido cada vez mais
atenção. Esses hormônios esteroides similares à testosterona, são usados para o aumento
do tamanho muscular, intensificando a síntese de proteínas no músculo e, desse modo,
aumento a performance esportiva. Entretanto, as grandes doses necessárias para produzir
efeitos exercem efeitos colaterais danosos, muitas vezes devastadores, como câncer de
fígado, lesão renal, aumento do risco de doença cardíaca, retardo de crescimento, alterações
de humor, acne e aumento da irritabilidade e agressividade. Ademais, as mulheres que
usam esteroides anabólicos podem apresentar atrofia das mamas e do útero, irregularidades
menstruais, esterilidade, crescimento de pelos faciais e engrossamento da voz. Os homens
podem ter diminuição da secreção de testosterona, atrofia dos testículos, esterilidade e
calvície (TORTORA; DERRICKSON, 2016, p. 453).
190
TÓPICO 3 | OS HORMÔNIOS E SEUS EFEITOS
191
UNIDADE 3 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
Por volta dos 60 anos de idade os homens passam novamente por extrema
modificação nas características anatômicas e fisiológicas de seu organismo. As
alterações do sistema reprodutor masculino, observadas com o envelhecimento,
são menos drásticas do que as que ocorrem em mulheres, mas ocorrem da
mesma forma. Uma vez iniciada a secreção de testosterona e das gonadotrofinas
hipofisárias na puberdade, ela continua, pelo menos em certo grau, durante
toda a vida adulta. Entretanto, ocorre uma diminuição uniforme da secreção
de testosterona, que começa em torno dos 40 anos progredindo até os 60 anos,
onde a queda é exponencial. Juntamente à diminuição das concentrações de
testosterona no sangue, a libido diminui, e os espermatozoides tornam-se menos
móveis. Apesar desses eventos, muitos homens idosos continuam férteis, pois
ainda produzem espermatozoides. Com o processo do envelhecimento, alguns
192
TÓPICO 3 | OS HORMÔNIOS E SEUS EFEITOS
Com base nesta perspectiva, torna-se didático apresentar uma tabela com
os nomes, locais de produção e ações os principais hormônios do nosso organismo
sendo que alguns não foram abordados anteriormente. Para esse estudo observe
o Quadro 3 apresentado a seguir:
193
UNIDADE 3 | ANATOMORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
LEITURA COMPLEMENTAR
194
conhecimento, a caracterização dos sistemas neuroendócrinos gerou a criação do
termo neuro-hormônio para referir-se às moléculas neles envolvidas. Entretanto,
esse termo pouco contribuiu para clarear o conhecimento. O importante hoje é
saber que há moléculas como a epinefrina, por exemplo, que agem como hormônio
e como neurotransmissor na transmissão sináptica.
FONTE: AIRES, Margarida de Mello. Fisiologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
195
RESUMO DO TÓPICO 3
196
AUTOATIVIDADE
197
É correto o que se afirma em:
a) ( ) I, II e IV.
b) ( ) II e III e IV.
c) ( ) III, I e II.
d) ( ) IV e I.
e) ( ) I, II, III e IV.
3 Para identificar doenças que afetam a tireoide, existem diversos exames que
podem ser solicitados pelo médico, que avaliam o seu tamanho, a presença
de tumores e a quantidade de hormônios que refletem o funcionamento
adequado desta glândula. Alguns dos exames mais comuns são a dosagem
de TSH, T4 livre ou ultrassom da tireoide, que identificam, mais facilmente,
alterações frequentes como hipotireoidismo, hipertireoidismo ou nódulos da
tireoide. Segue um exame onde estão apresentados os valores dos hormônios
(TSH e T4) do paciente e os valores de referência:
FONTE: O autor
198
REFERÊNCIAS
AIRES, M. M. Fisiologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
199
NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
Disponível em: http://bit.ly/2TzE9kp. Acesso em: 9 jul. 2019.
WIDMAIER, E. P.; RAFF, H.; STRANG, K. T. Vander: fisiologia humana. 14. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
200