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Métodos de Colheita

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Métodos de colheita

 Mecanizada através de (corte, arranque, abano, recolha);


 Manual.

Colheita mecânica refere a operação de retirada dos produtos agrícolas do campo através do uso
de máquinas colhedoras.

A colheita mecânica pode ser total ou parcial, total ou mecanizada quando a máquina realiza
todas as etapas referentes à colheita. E parcial ou semimecanizado quando a maquina realiza
parcialmente essas etapas.

Vantagens da colheita mecânica

 Rapidez das operações;


 Redução de custos;
 Aumento da eficiência;
 Melhor qualidade de produtos;
 Mais conforto e segurança no trabalho;
 Oportunidade de exploração de maiores áreas;
 Menores perdas.

Colheita manual refere a operação de retirada dos produtos agrícolas do campo através do uso de
ferramentas manuais e equipamentos básicos.

Exemplos de ferramentas e equipamentos básicos usados na colheita

Ferramentas e equipamento básico: manuais (facas, tesouras, enxadas, foices, tabuleiros, sacos
de colheita, caixas, grades, escadas) e mecânicas (segadoras, debulhadeiras, arrancadores).

Facas (alface, couve, repolho)


Tesoura: usado normalmente para a colheitas de frutas (ex: Mangas)
Cestas de colheita: usada normalmente na colheita de frutas que se encontram na parte alta.
Enxada: normalmente usada na colheita de raízes e bolbos.
Foices usados normalmente para colher cereais (arroz, mapira, etc)
Culturas a ser colhidas manualmente
Hortícolas Cereais Raízes

Leguminosas Fruteiras Bolbos

Colheita e pós-colheita

O período necessário para a maturação dos frutos depende da cultivar, do clima da região, do
estado nutricional e da quantidade de água disponível para as plantas. Quando submetidas a
estresse, as plantas tendem a reduzir o ciclo.

Foto: Acervo da Embrapa


Hortaliças

Fig. 1 - Cultura em ponto de


colheita.

Colheita manual de tomate - A colheita manual (Figura 2) é geralmente feita em duas etapas.
A primeira, quando 70% a 80% dos frutos estão maduros, e a segunda, cerca de dez a quinze
dias após a primeira colheita. É possível realizar a colheita em uma única etapa utilizando-se
cultivares de maturação concentrada, desde que o período de maturação coincida com dias
quentes e não ocorra excesso de fornecimento de nitrogênio. Pode-se também acelerar a
maturação dos frutos reduzindo as irrigações aproximadamente 90 dias após germinação, e/ou
quando cerca de 20% dos frutos encontram-se maduros. A decisão de fazer uma segunda
colheita irá depender do preço do tomate e da quantidade de frutos a serem colhidos nessa
etapa, levando-se sempre em conta que os custos da segunda colheita são maiores e que a
qualidade do produto é inferior.

Foto: Acervo da Embrapa


Hortaliças

Fig. 2 - Colheita manual.

Se a lavoura estiver com maturação muito irregular, não se deve esperar o amadurecimento da
maioria dos frutos, pois as pencas inferiores podem apodrecer. Nesse caso, faz-se a primeira
colheita antes que se inicie o apodrecimento dos frutos das primeiras pencas. Na segunda
colheita, parte dos frutos ainda está verde ou em fase de maturação, exigindo maior vigilância
para que não se ultrapassem os limites mínimos de qualidade, principalmente quanto à presença
de frutos com escaldadura, amarelados, verdes e podres.

Colheitas antecipadas – para evitar o apodrecimento de frutos ou para destinar parte da


produção ao mercado de frutos in natura – têm o inconveniente de causar uma exposição dos
remanescentes à radiação solar directa, o que resulta em escaldadura dos mesmos, prejudicando
a qualidade.

A colheita deve ter início nos carreadores, procedendo-se simultaneamente ao deslocamento


dos ramos para cima dos canteiros (penteamento), deixando livre o carreador para o trânsito de
veículos e de pessoas. Os operários devem ser distribuídos em grupos de cerca de 30 pessoas,
comandados por um fiscal encarregado de contabilizar a produção, fazer o controle de
qualidade, orientar os operários para não danificarem as plantas e controlar a distribuição da
caixaria. As caixas usadas na colheita são do tipo Cruzeiro, com capacidade para 20 a 22 kg.

Colheita mecanizada - Atualmente, a maior parte da colheita vem sendo feita com
colheitadeira mecânica (Figura 3). Os equipamentos atualmente em uso no Brasil são
automotrizes que cortam as plantas rente ao solo, sendo a parte aérea recolhida e os frutos
destacados por meio de intensa vibração. Essas colhedeiras têm capacidade de colher cerca de
15 toneladas por hora, o que corresponde a aproximadamente 3 ha/dia.

Foto: João Bosco Carvalho da


Silva
Fig. 3 - Colheita mecanizada.

O uso de cultivares com maturação concentrada e com frutos firmes contribui para o sucesso da
colheita mecanizada. O cultivares mais indicadas para esse tipo de colheita devem apresentar
maior capacidade de permanência em campo, folhagem sadia, frutos firmes e baixa
percentagem de frutos podres ao atingirem o estádio de maturação.

A colheita mecanizada reduz a qualidade da produção por causar mais danos aos frutos e
resultar em maior acúmulo de impurezas junto ao produto colhido, quando comparada à
colheita manual. Além disso, as colhedeiras necessitam de um bom serviço de assistência
técnica e manutenção para perfeito funcionamento. Do ponto de vista sanitário, o uso da
colheita mecanizada é vantajoso, pois diminui o trânsito de pessoal e de caixas nas lavouras,
reduzindo a disseminação de pragas e de doenças. A colheita mecanizada também favorece a
programação da colheita; pois, além de depender de um menor número de pessoas, não depende
da disponibilidade de caixas de plástico para armazenamento e transporte da produção.

Transporte - O transporte do tomate nas principais regiões produtoras é feito a granel (figura
4). O transporte a granel facilita a descarga nas fábricas, reduzindo o gasto com mão-de-obra e
os custos de aquisição, transporte e manuseio das caixas. Entretanto, o transporte a granel exige
que a cultivar possua frutos menos sujeitos a danos mecânicos para minimizar perdas.

Foto: Acervo da Embrapa


Hortaliças

Fig. 4 - Uma das formas de


transporte.

Apesar de a maior parte da produção de tomate para as indústrias processadoras ser feita a
granel, esse tipo de transporte resulta em perdas para o produtor e para as indústrias. Para o
produtor, ocorre perda pela drenagem do suco, que geralmente é feita antes da pesagem; na
indústria, é resultante da perda de suco de frutos amassados na água de descarga e nas piscinas.
Além da perda quantitativa, o transporte a granel também reduz a qualidade da matéria-prima,
pois os frutos amassados são facilmente contaminados por fungos e bactérias.

Destruição dos restos da cultura –  Imediatamente após a colheita, deve-se providenciar a


destruição dos restos culturais, por meio de aração, visando reduzir a proliferação de pragas e
doenças. Porém, antes de se fazer essa operação, é necessário descompactar pelo menos as
faixas dos carreadores, usando subsoladores. Na indisponibilidade de equipamentos, deve-se
enleirar e queimar os restos culturais.

Qualidade - O tomate destinado ao processamento deverá apresentar coloração vermelho-


intensa e ser uniforme, sem pedúnculo, fisiologicamente desenvolvido, maduro, limpo, com
folha de textura firme e avermelhada, livre de danos mecânicos e fisiológicos e de pragas e
doenças. No entanto, a presença de frutos com defeitos é tolerada dentro dos limites
estabelecidos pela Portaria nº 278, de 30 de novembro de 1988, do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Tabelas 1 e 2). Além dos cuidados com a qualidade, na primeira
colheita ainda devem ser observados os seguintes pontos: não colocar as caixas sobre as
plantas, não revolver as plantas em demasia, não permitir que os operários transitem sobre os
canteiros e se assentem sobre as plantas.

No transporte a granel, o carregamento deverá ter início quando existir uma quantidade de
caixas cheias que permita completar a carga do caminhão. A operação deverá ser feita o mais
rápido possível, para evitar a compactação excessiva das camadas inferiores dos frutos. O
período entre o início do carregamento e a descarga na indústria deve ser o menor possível. Ao
lado da carroceria do caminhão, colocam-se suportes metálicos removíveis, que servem de
sustentação para uma tábua de aproximadamente 60 cm de largura e 2 m de comprimento, onde
ficam dois operários para receber as caixas cheias e derramá-las dentro da carroceria. O
esvaziamento das caixas por operários no interior da carroceria do caminhão deve ser evitado,
porque o pisoteio excessivo causa muitos danos nos frutos.

Tabela 1. Defeitos apresentados pelos frutos do tomate destinados ao processamento.


Defeitos Descrição
GRAVES
Verde Tomate imaturo que apresente mais de 50% da superfície verde.
Bichado ou brocado Tomate com presença de larvas ou seus efeitos (furos).
Mofado Tomate apodrecido em decorrência da ação de fungos.
Tomate com rachadura profunda (lóculo visível), não-cicatrizada,
Rachado
expondo os tecidos internos, com perda de líquido.
Tomate ou fragmentos em decomposição, por causa da excessiva
Desintegrado
compressão ou açãodo agentes microbiológicos.
Pequeno Tomate com diâmetro horizontal maior ou igual a 15 mm.
Com fundo preto Tomate com podridão apical.
GERAIS
Queimado Tomate com escaldadura provocada pela ação do sol ou nó.
Tomate com a coloração amarela (fisiológico), que jamais atinge o
Descolorido
ponto ideal de maturação.
Com rachaduraTomate com fenda na película ou atingindo a polpa, mas sem perda
superficial de líquido.
Tomate com ferimentos ou depressões devidos à ação de granizo ou
Lesionado
outras causas mecânicas, porém sem contaminação microbiológica.
Murcho Tomate sem turgência, de enrugado a flácido.
Com coração preto Tomate com necrose na polpa ou na placenta.
Com pedúnculo Tomate com o pedúnculo aderido.
Fonte: Portaria nº 278, de 30 de Novembro de 1988, do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento.
 

Tabela 2. Classificação do tomate para processamento industrial.


Exigência mínima deTolerância máxima dePrémio ou desconto
Tipo/padrões
frutos bons (%) defeitos graves (%) sobre o peso (%)
Especial 50 0 a 10 + 10
Standard 40 10 a 20 0
Utilizável I 40 20 a 25 -5
Utilizável II 40 25 a 30 - 10
Utilizável III 40 30 a 35 - 20
Utilizável IV 40 35 a 40 - 30
Fonte: Portaria nº 278, de 1988, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Colheita de Manga

Atributos de qualidadePadrões mínimos

O fruto deve apresentar-se inteiro;firme; fresco; sadio; livre de materiais estranhos; isento de
humidade externa anormal, anão ser a condensação que se segue à remoção da câmara; sem
manchas ou danosmecânicos; sem danos causados por pragasou por baixas temperaturas; isento
de sabore odor estranhos; deve estar suficientemente desenvolvido e apresentar
maturaçãoadequada; o tamanho do pedúnculo nãodeve exceder 1,0 cm.

Todas as normas referentes a padrões dequalidade de manga para os mercados internacionais,


como por exemplo a FFV-45, daComissão Económica para a Europa, daONU, estabelecem
como padrões mínimosque os frutos para consumo in natura, após apreparação e embalagem,
devem estar:

Intactosfirmem com aparência frescasadios

– Os frutos afectados por podridões ou deterioração que os torneminadequados para consumo


devem ser eliminadoslimpos

– praticamente livres de qualquer matéria estranha visívelpraticamente livres de


pragaspraticamente livres de danoscausados por pragaslivres de manchas negras que
seprolonguem para abaixo da cascalivres debruisingacentuadoslivres de danos causados por
temperatura baixalivres de humidade externa anormallivres de quaisquer cheiro ou
gostoestranhossatisfatoriamente desenvolvidos e
apresentando estádio de maturaçãosatisfatório.

FATORES QUE AFETAM AQUALIDADE da fruta (Manga)

Os atributos de qualidade do fruto sedesenvolvem ainda na planta, durante asfases de


crescimento e maturação, Portanto, para a obtenção de frutos de qualidadehá necessidade de:
Mudas de boa qualidade e procedência garantida;floração plena e equilibrada – flores
sadias dão frutos sadios;polinização adequada – se os embriões contidos nas sementes forem
vigorosos, garante uma produção adequada de harmónios que induzem a frutificação;condições
de irrigação, insolação enutrição adequadas à planta. Para que ofruto se desenvolva plenamente e
acumuletodas as reservas necessárias ao desenvolvimento das características de qualidade,
incluindo a cor, é indispensável que sejamsupridas todas as necessidades de água,nutrientes, sol e
ar puro;a cor da casca influi no valor demercado da manga (Figura 10), e é afectada.

Pelaexposição ao sol - os frutos mais expostos colorem melhor, e pelo nível


de nitrogénio. Se o nível de nitrogénio for alto, duranteo desenvolvimento
do fruto, poderá havercomprometimento da cor, da sensibilidade àqueima
pelo látex e ao colapso interno;

Maneio fitossanitário pré-colheitado pomar - determinante para a


qualidadepós-colheita, pois as principais doenças epragas atacam o fruto
antes da colheita e ossintomas podem vir a se manifestar apenasdepois de
iniciado o amadurecimento;

Colheita no estádio de maturaçãoadequado – só assim pode-se


conseguirfrutos que amadurecem com qualidade apósa colheita;

Observar as precauções para evitar oescorrimento de látex no momento da


colheita, para evitar queimaduras no fruto;

Evitar qualquer tipo de estresse aofruto durante o manuseio pós-colheita –


danos mecânicos, temperatura alta, falta deventilação, contacto com
materiais contaminados ou frutos estragados;adoptar as técnicas e
procedimentosmais adequados para prolongar a vida útil
dos frutos;ter sempre em mente que a qualidade do fruto é definida
enquanto ele estáligado à planta. Após a colheita só é possívelmanter a
qualidade, nunca melhorá-la.

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