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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÓMICAS

Avaliação do rendimento da cultura de Beterraba (Beta Vulgaris) em


diferentes compassos nas condições\ agro-ecológicas de Cuamba

Ivone Artur Covane

Cuamba, Novembro de 2021


AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO DA CULTURA DE BETERRABA (Beta vulgar)
EM DIFERENTES COMPASSOS NAS CONDIÇÕES AGRO-ECOLÓGICAS DE
CUAMBA

IVONE ARTUR COVANE

A presente Monografia é submetida a


Universidade Católica de Moçambique,
Faculdade De Ciências Agronómicas, como
condição para a obtenção do grau de
Licenciatura em Ciências Agrarias.

Supervisor: Eng. Miguel Benjamim

Cuamba, Novembro 2021


Dedicatória

Dedico esta monografia aos meus queridos reis Victoria José Notico e Artur Lourenço
Covane, pelo dom da vida, pela educação, ensinamentos, paciência, que tiveram para o meu
bom crescimento e desenvolvimento nesta estrada da vida. Agradecer pelo apoio que me
deram desde o meu primeiro dia de aulas ate o ultimo dia, muito obrigada meus queridos
pilares que Deus me concedeu.

Aos meus queridos irmãos Linocas Artur Covane, Durcia Artur Covane, Billerio Artur
Covane, Aires Artur Covane e Fidel Cesar Covane, pelo apoio, pelas conversas pela
companhia que deram nesta caminhada pois sempre caminhei com eles.

Aos meus tios Jose Savanguane e Barreta Savanguane, estiveram por perto cuidando de mim
e da minha saúde, pois se nao fosse os vossos cuidados a vossa paciência eu não teria chegado
no final de tudo isso.

Ao meu amigo pessoal Abdul Momade Buana, pois ele foi e é tão amável, paciente, presente
na minha vida. Pelos ensinamentos, pelo contributo para a minha formação, por sempre
insistir que as coisas sempre tenho que fazer sozinha para nunca ter que depender de alguém
para o seu sucesso, e pelas palavras de encorajamento. Quando mais precisei você esteve
presente na minha vida, quando podia mesmo ter desistido de mim. Pelas noites passadas em
claro para poder cuidar de mim. Se não fosse pela sua existência eu não estaria aqui hoje,
muito obrigada por estar presente na minha vida para continuar a cuidar de mim.
Agradecimentos

A Deus pelo dom da vida, por todas as bênçãos concedidas na minha vida e pela protecção
segurança e bênção por aquilo que me tornei hoje.

Aos meus pais Artur Lourenço Covane e Victoria José Notiço, por não terem perdido a
esperança de que um dia daria certo, pela motivação de nunca desistir pois o caminho é
sempre a frente, pelo encorajamento e pelas palavras sabias que eu sempre contei com elas,
por terem suportado as minhas ligações nocturnas e por muito mais. Pelas orações sem cessar,
pelo amor incondicional, e por tudo que vocês os dois representam na minha vida.

Aos meus queridos tios da faculdade, Tia Malu e Tio Zeca que tiveram a paciência de me
aturar e aturar o meu barrulho e a minha felicidade, saibam que vocês foram mais que simples
conhecidos. Eu pude contar com vocês para tudo.

Ao Eng Eduardo Liceu Fonseca e Eng Langa pelos cuidados e pela paciência que tiveram
quando fiquei muito incomodada.

A uma família que sempre serei grata por Deus ter o colocado na minha vida Olga Mónica
Tiago e Momade Buana, cuidaram de mim desde o dia que nos conhecemos ate os dias de
hoje.

A companheira amiga de estrada Ângela Isaque, pela paciência e pelo incentivo de podermos
ser forte para podermos caminhar juntas e nunca perder o foco.

Ao meu supervisor Engenheiro Miguel Bejamim, pela paciência de acompanhar o meu


trabalho sempre que puder, ele me ajudou bastante no meu trabalho de campo estivemos la
juntos para que saísse algo melhor e bonito.

A todos docentes da UCM-Cuamba por todos ensinamentos que tive com vocês. Muito
obrigada.

Aos companheiros e colegas da minha turma 2018-2021 vocês se tornaram uma família e
cada um de vocês ensinaram alguma coisa a vossa amizade foi tao importante e poder contar
com vocês. Turma C não esquecerei por tudo.

A instituição(SDAE) que eu tivi o meu estagio o meu muito obrigada pela recepção e por
todos ensinamentos. Ao eng Rassul muito obrigada.

A minha família Covane por todo o suporte, muito KANIMAMBO


Resumo

A beterraba é uma espécie que pertence a família Quenopodiaceae, é bastante exigente em


termos nutricionais e os produtores de Cuamba enfrentam problemas em relação a produção
de boa qualidade e boa quantidade para um bom rendimento, devido a baixa falta de
conhecimento em como e quando produzir. Diante disso, ha uma necessidade de procurar
alternativas para minimizar esses problemas. O presente trabalho tem por objectivo avaliar o
rendimento da cultura de Beterraba (Bera Vulgaris) em diferentes compassos nas condições
agro-ecológicas de Cuamba.
O experimento foi conduzido em Cuamba no bairro da pista, com delineamento experimental
em blocos ao acaso, no esquema de parcela subdivididas, com três blocos. Tivemos que usar
36 estacas e uma corda para poder alinhar adequadamente as parcelas. As variáveis analisadas
foram, numero de folhas, altura da planta, diâmetro do tubérculo e o peso do tubérculo. Uma
vez que foram usados três tipos de compassos diferentes (30cm*30cm, 20cm*20cm e
60cm*40cm) para cada bloco, para verificar qual e o adequado para os produtores usarem
para uma boa produção, considerando que foi feito uma única adubação por cada planta.
Verificou-se efeito positivo do adubo durante o ciclo de cultivo, sendo expressos maiores
teores nutricionais na colecta de substrato realizada ao final do experimento. Favoreceu a
todas as variáveis altura da planta, numero de folhas diâmetro e o peso do tubérculo. O
tratamento tres se saiu bem, ela teve os melhores resultados e é o aconselhado a si usar.
Palavras-chave: Beta vulgaris. Compasso Produção
Abstract

Beetroot is a species that belongs to the Quenopodiaceae family, it is very demanding in


nutritional terms and Cuamba producers face problems in relation to production of good
quality and good quantity for a good yield, due to the low lack of knowledge on how and
when to produce. Therefore, there is a need to look for alternatives to minimize these
problems. The aim of the present work is to evaluate the yield of the beetroot (Bera Vulgaris)
crop in different measures under the agro-ecological conditions of Cuamba.
The experiment was carried out in a cuamba in the neighborhood of the track, with an
experimental design in randomized blocks, in a split-plot scheme, with three blocks. We had
to use 36 pegs and a rope to be able to properly align the parcels. The analyzed variables
were, number of leaves, plant height, tuber diameter and tuber weight. Since three different
types of compasses were used (30cm*30cm, 20cm*20cm and 60cm*40cm) for each block, to
check which one is suitable for producers to use for a good production, considering that only
one fertilization was made per each plant.
There was a positive effect of the fertilizer during the cultivation cycle, with higher nutritional
contents being expressed in the substrate collection carried out at the end of the experiment. It
favored all the variables that are plant height, number of leaves, diameter and tuber weight.
Treatment three did well, it had the best results and is advised for you to use.

Key-words: Beta vulgaris. Compass Production


Índice
Dedicatória........................................................................................................................................3
Agradecimentos................................................................................................................................4
CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO..............................................................................................................1
1.1. Generalidades............................................................................................................................1
1.2. Definição do problema..............................................................................................................2
1.3. Justificativa................................................................................................................................3
1.4. Objectivos...................................................................................................................................3
1.4.1. Objectivo geral....................................................................................................................3
1.4.2. Específicos...............................................................................................................................3
1.5. Hipóteses....................................................................................................................................3
CAPÍTULO II. REVISÃO DE LITERATURA.....................................................................................4
2.1. Origem e historial a da Cultura................................................................................................4
2.2. Classificaçãohehcaracterísticashbotânicas..............................................................................5
2.3. Produção de Beterraba em Moçambique e no Mundo...........................................................7
2.4. Importânciahdahbeterraba......................................................................................................8
2.4.1. Importância económica......................................................................................................8
2.4.2. Benefícios da beterraba......................................................................................................9
2.5. Doenças.....................................................................................................................................10
2.5.1 Tombamento ou “Damping-off”.......................................................................................10
2.5.2. Nematóides........................................................................................................................11
2.5.3. Mancha Bacteriana da Folha...........................................................................................11
2.5.4. Cercosporiose....................................................................................................................12
2.5.5. Podridão Branca ou Podridão de Sclerotium.................................................................13
2.5.6. Mancha de Phoma............................................................................................................13
2.5.7. Murcha Bacteriana...........................................................................................................13
2.6. Pragas.......................................................................................................................................14
2.6.1. Pulga de beterraba............................................................................................................14
2.6.2. Nematóide..........................................................................................................................14
2.7. Compassos da beterraba.........................................................................................................15
CAPÍTULO III: MATERIAL E MÉTODOS......................................................................................16
3.1. Localhdohensaio......................................................................................................................16
3.2. MaterialhExperimental...........................................................................................................16
3.3. Métodos....................................................................................................................................16
3.3.1.DelineamentohExperimental............................................................................................16
3.3.2. Preparação do terreno......................................................................................................16
3.3.3. Preparação do alfobre......................................................................................................16
3.3.4. Sementeira.........................................................................................................................16
3.3.5. Transplante.......................................................................................................................17
3.3.6. Etiquetagem......................................................................................................................17
3.3.7. Analise de dados...............................................................................................................17
CAPÍTULOhIII. RESULTADOS EhDISCUSSÃO.............................................................................18
4.1. Altura media da planta (cm)...................................................................................................18
4.2. Número médio folhas por planta............................................................................................19
4.3. Diâmetro médio do tubérculo.................................................................................................19
4.4. Peso do Tubérculo...................................................................................................................20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................................23
Apêndices.............................................................................................................................................26
CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO
1.1. Generalidades

A Beterraba (Beta Vulgar), é de extrema importância económico e com alto valor nutricional,
entre tanto, as suas raízes tuberosas são partes de planta com maior valor comercial. Neste
caso a implementação desta cultura requer uma boa planificação começando com o tipo de
sistema de produção de acordo com as condições edafoclimaticas e condições económicas do
produtor, não só, mas também a modalidade do cultivo e a cultivar utilizada.

A escassez da cultura de Beterraba no distrito de Cuamba, pode estar aliada aos hábitos
alimentares ou não conhecimento dos benefícios trazidos pela cultura para a nutrição da
comunidade entre outras utilidades industriais, verificando-se nos mercados poucos que
vendem este tipo de tubérculo. Entretanto a sua oferta relativamente a demanda, influência no
elevado preço da venda, com intuito de optimizar a produção, um dos primeiros pontos
observados é o espaçamento ideal entre as plantas e entre linhas.

Em muitas culturas agrícolas, o aumento da produtividade tem tido um limite quando se lança
maior numero de plantas por unidade de área, sendo que quando isso acontecer, verifica-se
aumento na competição entre plantas e como consequência prejudicar o desenvolvimento
individual da cultura, isto podendo criar a ocorrência de queda do rendimento e qualidade do
produto final. A beterraba é considerada uma das principais hortaliças cultivadas no Brasil. E
o cultivo de beterraba representa 2,1 % do mercado nacional de hortaliças com produtividades
oscilando entre 20 e 35 por t.ha-1 (Nascimento, 2012). As principais regiões produtoras de
beterraba estão nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, onde
encontram-se 42% das propriedades e produtoras.

No Nordeste, seu cultivo é reduzido, pois as temperaturas mais elevadas tendem a reduzir a
pigmentação e consequentemente também a qualidade do produto (Grangeiro et al., 2007) Em
Minas Gerais a comercialização nas centrais de abastecimento gira em torno de 23 mil
toneladas anual, sendo 62 % oriundas da mesorregião Campo das Vertentes com destaque do
município de Carandaí sendo a maior fornecedor da hortaliça do estado (Central de
Abastecimento de Minas Gerais - CEASA-MG, 2015). Esta região é estrategicamente
favorável que se refere ao clima, altitude e localização geográfica se posicionando em locais
próximos as vias de fácil acesso para as grandes metrópoles de Minas Gerais, São Paulo e Rio
de Janeiro. No que se refere as condições edafoclimáticas a mesor região Campo das
Vertentes atende as necessidades da cultura. Conforme o Tivelli et al. (2011), a cultura pode

1
ser semeada durante todo ano desde que a região produtora tenha a temperatura média anual
inferior a 25 ºC e altitude superior a 800 metros. A beterraba desempenha um papel
importante na composição de cultivo de hortaliças praticados por pequenos produtores, em
que a sua maioria explora a beterraba de forma empírica e com práticas culturais largamente
dependentes de mão-de-obra. A adopção das técnicas de manejo de irrigação pode beneficiar
diversos segmentos económicos para o produtor, como uma melhor eficiência do uso da água
e energia, o que também possibilita um aproveitamento dos recursos hídricos e aumento da
própria renda.

A adopção do critério de manejo da própria cultura a ser estabelecido vai depender também ao
nível de tecnificação da propriedade, disponibilidade de água e a sua própria rentabilidade
(Pires et al., 2008). Para a maioria das hortaliças, o excesso de água é tão prejudicial quanto a
deficiência podendo ocasionar em distúrbios fisiológicos que inviabilizam a nossa própria
comercialização (Souza et al., 2007).

Portanto è importante manter a humidade do solo dentro da faixa de necessidade da cultura


trabalhada, ou seja, o manejo de irrigação constitui como factor determinante na obtenção de
produtos de boa e alta qualidade. Neste sentido, o manejo adequado da irrigação, pode
garantir uma produção da melhor qualidade, quantidade e regularidade do produto de acordo
com as exigências do próprio mercado consumidor.

1.2. Definição do problema

A beterraba é de extrema importância económica e com alto valor nutricional, tanto as suas
raízes tuberosas assim como as suas partes da planta contem maior valor comercial. Neste
caso a implementação desta cultura requer uma boa planificação começando com o tipo de
sistema de produção de acordo com as condições edafoclimaticas também dos compassos ou
espaçamento que serà usada para há produção de uma boa beterraba.

Será que o conhecimento de uso de diferentes compassos para a produção de


cultura de Beterraba é factor crucial que pode afectar a qualidade do produto
final?

Contudo, fez com que haja interesse em estudar a sua adaptabilidade e seu crescimento de
acordo com as condições favoráveis do lugar. E a produção deste tubérculo na cidade de
Cuamba serviu de um grande aprendizado seguindo por três (3) compassos diferentes com a

2
finalidade saber qual é o compasso que oferece melhor rendimento em termos de crescimento
e boa produtividade.

1.3. Justificativa

Cuamba é uma cidade que esta na fase de desenvolvimento, entretanto o desempenho


agronómico da cultura de Beterraba, depende de vários factores como cultivares adaptadas ao
sistema de cultivo, da dinâmica de crescimento, nutrição mineral, densidade de plantas entre
outros factores. Contudo faz com que haja interesse em estudar os diferentes compassos entre
linhas em cada parcela do meu campo, para testar qual é que é a mais adequada para uma
maior produção. Esta produção é uma forma de incentivar os produtores a produzirem, pois é
uma cultura simples de produzir, uma vez que o beta vulgaris não é muito consumido na
localidade de Cuamba por falta de conhecimento e costume para a produção.

Por outro lado, a produção deste tubérculo nas condições agro-ecológicas de Cuamba, serviu
de um ganho que impulsionou aos produtores locais a produzir um alimento de qualidade
devido ao seu valor nutricional e económico como também obterem altas produtividades,
sendo esta uma das alternativas para trazer um aumento de renda familiar e sustentabilidade
para os produtores locais.

1.4. Objectivos

1.4.1. Objectivo geral

o Avaliar o rendimento da cultura de Beterraba (Bera Vulgaris) em diferentes


compassos nas condições agro-ecológicas de Cuamba.

1.4.2. Específicos

o Determinar os componentes de crescimento (númerohde folhashfinais,he altura da


planta);
o Determinar ohdiâmetro dohtubérculohcomercial;
o Determinar o pesohda massahfrescahcomercial.

1.5. Hipóteses

H0: O Compassohnão influenciahsignificativamente no rendimento da cultura de beterraba

H1: O Compassohinfluenciahsignificativamente no rendimento da cultura de beterraba.


3
CAPÍTULO II. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Origem e historial a da Cultura

A beterraba (Beta vulgaris) é uma planta que pertence à família quenopodiácea, os primeiros
registos dessa raiz surgiram por volta do século XVIII AC, na Mesopotâmia originária da
Europa e do Norte da África. Embora existam variedades forrageiras e de produção de açúcar,
as cultivares exploradas destinam-se ao consumo como hortaliça de mesa. A parte utilizada é
a raiz (tuberosa), de coloração vermelho-escura, devido à presença do pigmento antocianina, e
de sabor acentuadamente doce. A beterraba (Beta vulgaris) pertence à família
Quenopodiáceae, sendo originária das regiões de clima temperado da Europa e do Norte da
África. Apresenta raiz bem tuberosas de formato globular que se desenvolve quase à
superfície do solo, com sabor acentuadamente doce e coloração púrpura utilizada para cultivo
em olericultura, como forrageira ou como matéria prima para a produção de açúcar, sendo
esses últimos predominantes na Europa (Shrestha et al., 2010).

A beterraba (Beta vulgarisL.) situa-se na13ª posição das principais hortaliças cultivadas no
Brasil em referência ao seu valor económico de sua própria produção (Souza et al.,2003). Sua
utilização pode-se dar nas mais diversas formas, consumindo-se tanto a raiz, devido ao seu
sabor adocicado e agradável ao paladar, e quanto as folhas em podem ser feitas saladas. Além
das características sensoriais peculiares, a sua composição nutricional abrange elevados níveis
de substâncias antioxidantes, mostrando-se cada vez mais presente naquelas que sao as nossas
refeições do dia a dia dos brasileiros Lacerda (2014), Aquino et al.(2006).

A cultura da beterraba (Beta vulgaris L.) apresenta a raiz tuberosa de formato globular que se
desenvolve quase à superfície do solo. Sendo de origem de regiões de clima temperado da
Europa e norte da África Resende; Cordeiro (2007). A forma primitiva da beterraba cultivada
corresponde a (Beta vulgaris perennis), da qual se desenvolveu para as subespécies beterraba
açucareira (Beta vulgaris altíssima) destinada para produção de açúcar, beterraba forrageira
(Beta vulgaris crassa) cultivada principalmente para a alimentação animal e a beterraba de
mesa (Beta vulgaris esculenta), sendo esta destinada para consumo in natura da raiz tuberosa
Cásseres (1980) Tivelli et al (2011). As cultivares desenvolvidas no Brasil são de origens
norte-americana ou europeia, sendo grande parte do grupo Wonder, que possuem como
aspecto físico o formato globular e de excelente adaptação, de ciclo mais curto e peso médio

4
das plantas superior as demais cultivares. Sendo este o biótipo mais cultivado no Brasil
devido à sua alta demanda de consumo da raiz tuberosa in natura Tivelli et al (2011).

A beterraba (Beta vulgaris L.) é uma das principais hortaliças cultivadas no Brasil, com
diversos biótipos, sendo três deles de significativa importância económica. Estes biótipos são:
a beterraba açucareira, forrageira e hortícola. Na beterraba açucareira, as raízes possuem altos
teores de sacarose, sendo utilizadas para a extracção de açúcar. Os subprodutos dessa
extracção (melaço e polpa) podem ser empregados na alimentação animal ou como
fertilizante orgânico e as folhas podem ser utilizadas como forragem. Na beterraba forrageira,
as raízes e folhas são empregadas na alimentação do animal. Por sua vez, a beterraba
hortícola, também conhecida como beterraba vermelha ou beterraba de mesa, é o biótipo
cultivado no Brasil e em quase todo mundo. As raízes e as folhas são utilizadas na
alimentação humana. E as beterrabas são ricas em vitaminas A do complexo b e C, entretanto,
essa ultima só é aproveitada quando as mesmas são consumidas apenas quando cruas.

A raiz também possui boas quantidades de sais minerais, especialmente de Sódio, Magnésio,
Potássio, Zinco, e principalmente do Ferro. A beterraba ainda é rica em fibras agentes
anticancerígenos e antioxidantes. No Brasil, o cultivo de beterraba intensificou-se
grandemente com a imigração europeia e asiática, sendo cultivadas exclusivamente como
variedades para mesa ou consumo. Nos últimos dez anos, pôde-se observar um aumento
crescente na procura por esta hortaliça, tanto para a utilização nas indústrias de conservas de
alimentos infantis como para o nosso consumo (Souza e outros, 2003 citados por Marques e
outros, 2010).

A beterraba é uma das hortaliças mais ricas em ferro e possui bom teor de proteínas. Combate
a anemia, pois ajuda a formar os glóbulos vermelhos do sangue. Também é rica em potássio,
sódio e cloro, e contém zinco, elemento necessário aos tecidos cerebrais. Prefere solos ricos
em matéria orgânica e com pH variando de 5,5 a 6,2. O ciclo varia de 60 dias no Verão até
100 dias no inverno, dependendo da cultivar e do modo do próprio plantio. Tradicionalmente,
a cultura da beterraba tem sido estabelecida por semeadura directa, por transplante de mudas
produzidas em bandejas ou pelo transplante de mudas de uma raiz nua. No entanto, estes
métodos proporcionam estandes desuniformes em função da germinação ou do estresse
causado pelo transplante. As mudas que sao formadas em sementeiras são transplantadas com
raiz nua, sem torrões ao seu redor, sendo muito sensíveis às condições ambientais, além de
provocar danos no sistema radicular e serem contaminadas por patógenos (SOUZA e
FERREIRA, 1997 citado por ECHER e outros, 2007)

5
2.2. Classificaçãohehcaracterísticashbotânicas

A beterraba é uma hortaliça da família Chenopodiaceae, originária do sul e do leste da Europa


e norte da África. Há relatos da utilização da beterraba de raiz branca na Sicília no ano de
1.000 a.C. Na Grécia foi comprovada sua presença desde o ano de 425 a.C. A forma primitiva
da qual se derivou a beterraba cultivada corresponde a Beta vulgaris perennis. São verificadas
as formas: anual, bianual e tetra-anual, que produzem sementes e raízes de diferentes formas,
cores e tamanhos. As beterrabas são classificadas em três tipos: a açucareira, usada para
produção de açúcar, a forrageira, usada para alimentação animal e aquelas cujas raízes são
consumidas como hortaliça, sendo a mais conhecida no Brasil.

Embora produza melhor em épocas de clima ameno, a beterraba é cultivada durante todo o
ano. Quanto aos solos, são preferíveis aqueles leves e bem drenados. A planta desenvolve
uma típica parte tuberosa, purpúrea, pelo intumescimento do hipocótilo. A coloração
característica se deve a um pigmento, que também ocorre nas folhas, nas nervuras e nos
pecíolos. A parte tuberosa apresenta formato globular, desenvolvendo-se quase à superfície do
solo Filgueira (2003). O sistema radicular é do tipo pivotante e a raiz principal atinge
profundidade de 60 cm, com poucas ramificações laterais. A beterraba não é uma raiz
tuberosa típica, tal como a cenoura, razão pela qual se pode efectuar o transplante de mudas,
optativamente Filgueira (2003). Segundo Lange e outros (1999) citados por Hernandes
(2006), a beterraba se divide em três subespécies:

a) Beta vulgaris ssp. adanesis, grupo distinto de plantas semi-anuais, com


características morfológicas específicas, que apresentam um grande declínio na
autofertilização;

b) Beta vulgaris ssp. maritima, formada por um grande complexo de tipos


morfológicos que ocorrem em uma vasta área geográfica e cujas diferenças são insuficientes
para estabelecer outras subdivisões;

c) Beta vulgaris ssp. vulgaris, que agrupa todas as cultivares já domesticadas. Ainda
segundo Lange e outros (1999) citados por Hernandes (2006), todas as cultivares de
subespécie Beta vulgaris ssp. Vulgaris, conhecidas até então, podem ser subdivididas em
quatro grupos: beterrabas folhosas (Leaf Beet Group), que agrupa as cultivares cuja a parte
comestível são as folhas e os pecíolos, pois suas raízes não exibem diâmetro
significativamente aumentado; beterrabas açucareiras (Sugar Beet Group), em sua maioria de
coloração branca e que são cultivadas nos Estados Unidos da América e no continente

6
europeu para produção de açúcar; beterrabas forrageiras (Fodder Beet Group), cultivares
destinadas à alimentação dos rebanhos das regiões já citadas; e beterrabas hortícolas (Garden
Beet Group), único grupo cultivado comercialmente no Brasil, formado por cultivares que
apresentam uma parte tuberosa comestível. Há poucas cultivares plantadas no Brasil, a
maioria delas é de origem norte-americanas ou europeias, sendo as sementes importadas.

A tradicional cultivar é a Early Wonder, da qual há algumas seleções diferenciadas


comercializadas, que se tornou padrão de qualidade. Atualmente estão sendo 33 introduzidas
novas cultivares híbridas, o híbrido Rossete apresenta boa adaptação a regiões serranas de
altitude. A cultivar Itapuã 202 de verão é a única de origem nacional, sendo as sementes
produzidas no Rio Grande do Sul Filgueira(2003).

O sistema radicular do tipo pivotante da beterraba pode atingir profundidade de até 60 cm,
com poucas ramificações laterais. A planta desenvolve raiz do tipo tuberosa púrpura, pelo
intumescimento do hipocótilo (caule localizado logo abaixo dos cotilédones). A coloração
vermelho-escura, típica das cultivares comerciais, deve-se ao pigmento antocianina, cor
presente também nas nervuras e nos pecíolos das folhas. As sementes popularmente
conhecidas, na verdade são frutos botânicos denominados de glomérulos ou sementes
multigérmicas. Essas sementes contêm de dois a seis embriões, que podem originar mais de
uma plântula por glomérulo. Na segunda metade da década de 80, foi introduzida no Brasil, a
semente descortiçada, que nada mais é do que o glomérulo quebrado mecanicamente visando
obter um único embrião por semente, ou a semente monogérmica. Essa tecnologia foi
desenvolvida na década de 60 na Europa para a beterraba açucareira.

Existe também um carácter monogérmico condicionado por gene recessivo. Algumas


empresas de sementes têm desenvolvido cultivares com essa característica, utilizando como
um dos pais no cruzamento, durante o melhoramento genético, uma linhagem de beterraba
açucareira com a característica desejada. A obtenção de sementes através dessa técnica auxilia
na semeadura direta, por facilitar a operação de raleio.

2.3. Produção de Beterraba em Moçambique e no Mundo

No Brasil as regiões sudeste e Sul cultivam 77%da beterraba do que é produzido. O estado de
São Paulo planta em media 5000 hectares dessa hortaliça por ano, produzindo 115.000
toneladas. Os principais municípios produtores encontram-se nos escritórios de
Desenvolvimento Rural de Sorocaba, Mogi das Cruzes e São Paulo. Os meses mais frescos
são os preferidos para o seu cultivo (Tiveli, SW, Train, PE, 2008).

7
Em Moçambique mais de 80% das famílias pobres vivem em áreas rurais. A agricultura é a
principal fonte de alimento e renda, a produtividade agrícola é uma das mais baixas da África
Austral contribuindo para um acentuado défice na balança agrícola do pais e para escassez de
bens alimentares (Romeu da Silva, 2011). A produção de beterraba em Moçambique tem sido
um pouco fraca principalmente na zona Norte do pais, isso devido ao conhecimento deste
tubérculo e falta do conhecimento o quão o tubérculo é bom para a nossa saúde e o nosso dia-
a-dia. Muitas famílias dedicam-se á prática de agricultura urbana para sobreviver, e a prática
de agricultura também tem sido feita nos recintos escolares para um bom aprendizado.

2.4. Importânciahdahbeterraba

O pigmento que da beterraba sua cor roxa -avermelhado é a beta cianina, um poderoso
agentes de combate ao câncer, principalmente o câncer de cólon. Os glóbulos sanguíneos
absorvem a beta cianina e podem aumentar a capacidade de transporte de oxigénio em até
400%, possui também um fitonutrientehchamado proantocianidinas que é anticacerigenos
(Valeria Viana 2005).

As beterrabas são ricas em vitaminas A do complexo B e C, no entanto, essa última só


é aproveitada quando ashmesmas são consumidas cruas. A raiz também possui boas
quantidades de sais minerais,hespecialmente de Sódio, Magnésio, Potássio, Zinco, e Ferro,
principalmente. A beterraba aindahé rica em fibras,hagentes anti-cancerigenos ehanti-
oxidantes. É recomendávelhoptar por beterrabashde tamanho médio e cor concentrada sua
casca deve estar lisa e sem ferimentos, é melhor que sejam consumidas cruas em saladas já
que os seus nutrientes são perdidos durante o cozimento.

As beterrabas são excelentes fontes de vitaminas do complexo B, tais como B1,B2, B5, B6,
B9. A B9, é chamada também de acido fólico, é importantíssimo para a mulher grávida, uma
vez que é utilizada para o desenvolvimento normal da coluna vertebral da criança (Valeria
Viana 2005).

2.4.1. Importância económica

A beterraba desempenha um importante papel na composição de cultivo de hortaliças


praticados por pequenos produtores. Segundo a Associação Brasileira do Comércio de
Sementes e Mudas - Abcsem (2013), a cultura representa uma das 18 hortaliças propagadas
por sementes de maior importância no mercado brasileiro. Os produtores de beterraba
movimentaram 192 milhões de reais no ano de 2012, no varejo a cadeia produtiva desta
hortaliça atingiu cerca de 618,8 milhões de reais, no levantamento para o mesmo ano.
8
Segundo a Central de Abastecimento de Minas Gerais S.A (Ceasamg, 2015), a produção da
beterraba no estado gira em torno de 23 mil toneladas 14 anual. Com destaque para a
mesorregião Campo das Vertentes no qual foi responsável por cerca de 62% da produção para
o ano de 2015, esta região tem o destaque de possuir um clima favorável e vias de fácil acesso
para as grandes metrópoles de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

A beterraba é rica em açúcares. Quando em condição natural, a beterraba se conserva por até
uma semana, se mantida em local fresco e sombreado. Também é usada como combustível
alternativo na Europa, sendo usada para a preparação de etanol. A beterraba é recomendada
para situações de anemia, devido à riqueza em ferro e ácido fólico. As folhas de beterraba
possuem propriedades benéficas, semelhantes às folhas do espinafre, ambas sendo utilizadas
na indústria farmacêutica devido às suas qualidades terapêuticas. A beterraba tem valiosas
propriedades medicinais devido ao seu elevado conteúdo de sais minerais, vitaminas e
carboidratos (Balbach e Boadim, 1992).

As raízes de beterraba são de grande importância económica devido ao seu alto valor nutritivo
e industrial sendo também uma planta de fácil cultivo. A propagação se faz directamente pela
semente podendo-se transplantar. Os melhores solos para o cultivo da beterraba são
profundos, bem drenados soltos e com alto teor de matéria orgânica. É uma hortaliça sensível
à acidez, devendo o solo apresentar pH de 6,0 a 7,0. Tendo em vista a importância da cultura
para a região e a necessidade de maiores informações sobre a cultura nas condições de clima
quente e húmido, este trabalho foi desenvolvido com o objectivo de avaliar a produtividade de
diferentes cultivares em semeadura directa e em transplantio. (Embrapa 1986).

2.4.2. Benefícios da beterraba

Os médicos recomendam consumi-la crua, ralada, em salada. Se preferir comê-la cozida, a


sugestão é cozinhá-la inteira, com casca e com 5 cm do talo, acrescentando duas colheres de
vinagre na água para que mantenha intacta a cor vermelha. Tem ação neutralizadora de
ácidos, auxilia a formação de glóbulos vermelhos; por ser rica em ferro e cobre, auxilia na
produção de plaquetas, promove fortalecimento muscular devido à sua alta concentração de
potássio e manganês, fortalece tendões e tem ação anti-inflamatória (Balbach e Boadim,
1992). Ela fortalece o coração, aumenta a circulação sanguínea, purifica o sangue. Quando
utilizada junto com a cenoura tem ação na regulação hormonal. (Pitchford 2002)

o Bom para diabéticos pois possui um alto teor em fibras que ajudam a controlar o nível
de açúcar no organismo.

9
o Melhora a digestão e previne constipação pois é rica em fibra alimentar que ajuda a
digestão e melhora a evacuação.
o Ajuda a desintoxicar o organismo.
o Manutenção dos tecidos cerebrais.
o Auxilia na formação dos ossos.
o Regula as funções musculares e nervosas.
o Previne problemas no baço e no fígado.
o Promove o descongestionamento das vias urinárias.
o Fortalecimento do sistema imunológico.
o Estimula a produção de glóbulos vermelhos.
o Estimula a concentração e aumenta a oxigenação do cérebro, protegendo-o contra
demências.
o Diminui riscos de doenças cardiovasculares

2.5. Doenças

O controle de pragas e doenças nas culturas é um desafio enfrentado frequentemente pelos


horticultores. Uma das pragas da cultura da alface é a Larva minadora (Liriomyza ssp.), que
se destaca como uma das pragas de maior importância económica na horticultura mundial
(Reitz; Gao; LEI, 2013). A larva minadora coloca seus ovos na parte abaxial das folhas,
aproximadamente três dias após a postura, as larvas eclodem e já começam a se alimentar do
mesófilo foliar (Guimarães et al., 2009). O ataque causa prejuízo nas folhas, acarretando na
redução da área fotossintética e a produção de metabólitos e parte da planta ficam
comprometidas A principal característica dessa praga é causar galerias nas folhas de alface,
causando danos graves, fazendo com que tenha uma depreciação do produto comercialmente
(Pratissoli et al., 2015)

Na cultura da beterraba existem diversas doenças que podem causar prejuízo ao produtor
dependendo da intensidade que estas ocorrem. As principais doenças são a mancha das folhas
e os nematóides porque podem causar os maiores prejuízos. Evidentemente que em alguns
locais de produção, os fungos causadores de tombamento também são sinónimos de baixo
rendimento por área.

2.5.1 Tombamento ou “Damping-off”

O tombamento ocorre na fase inicial da cultura. O sintoma característico é o tombamento das


plântulas decorrentes do ataque dos fungos na base da plântula (coleto), rente ao solo. Em
10
condições de campo, a doença manifestase em sua fase inicial em reboleiras. O tombamento
ocorre em maior ou menor intensidade em função de diversos fatores, tais como: histórico de
cultivo da área, solos com problemas de drenagem e solos compactados. As perdas são
decorrentes do número de plantas atacadas, pois há redução no número final de plantas e,
consequentemente, na produtividade final por área. A doença é favorecida por condições de
alta umidade do solo, altas densidades de plantio, cultivos sucessivos e temperaturas entre 15
e 25 oC. A disseminação destes patógenos ocorre por implementos agrícolas, água de
irrigação (principalmente os zoósporos de Pythium e Phytophthora), sementes e mudas
contaminadas.

Em geral, estes fungos sobrevivem no solo por vários anos, pois formam estruturas de
resistências (escleródios, clamidósporos e oósporos) bem como em restos de culturas
deixados no campo e em sementes. No controle desta doença as medidas devem ser adotadas
de forma preventiva. Portanto, o produtor deve fazer rotação de cultura; utilizar matéria
orgânica no plantio; evitar plantios em solos contaminados; utilizar sementes sadias; evitar
solos compactos e com problemas de drenagens; manejar adequadamente a irrigação na fase
inicial do cultivo.

2.5.2. Nematóides

Vários são os nematóides na cultura da beterraba no Brasil, dentre eles Meloidogyne arenaria,
Meloidogyne incognita, Meloidogyne javanica, Aplelenchus avenae e Helicotylenchus
dihystera, sendo os mais importantes aqueles causadores de galhas radiculares, ou seja, do
gênero Meloidogyne. Os nematóides causam maiores danos em locais onde são feitos plantios
sucessivos na mesma área, principalmente sob pivô-central e em solos arenosos.

Em plantas infectadas por nematóides do género Meloidogyne ocorrem diferentes sintomas,


como redução no crescimento, amarelecimento e murcha nas horas mais quentes do dia.
Contudo, os sintomas característicos da doença são observados nas raízes onde se tem a
formação de galhas. Quando a população de nematóides está alta, a raiz tuberosa pode
apresentar essas galhas, comummente chamadas de “pipoca”. O ataque de nematóides do
género Meloidogyne é favorecido por temperaturas entre 23-30 oC, solos de textura arenosa e
ausência de rotação de cultura. As medidas de controle devem ser adoptadas preventivamente,
pois geralmente pouco poderá ser feito na mesma estação de cultivo.

Neste contexto, recomenda-se a rotação de cultura com a inclusão da adubação verde com
crotalária e evitar o trânsito de máquinas agrícolas e pessoas em áreas infestadas. Outra

11
medida alternativa para reduzir a população de nematóides na área é a utilização de
compostos orgânicos com o intuito de fertilizar a cultura e aumentar a população microbiana
do solo (Trani, P.E.; Cantarella, H.; Tivelli, S.W 2005)

2.5.3. Mancha Bacteriana da Folha

Essa doença é causada por uma bactéria de nome Xanthomonas campestris pv. betae. Os
sintomas da doença aparecem, como pequenas lesões de aspecto encharcado nos limbos das
folhas que, ao se desenvolverem, adquirem contornos arredondados e anéis concêntricos.
Posteriormente, as lesões tornam-se translúcidas e coalescem com as vizinhas,
comprometendo extensas áreas do tecido foliar. Esporadicamente, as nervuras secundárias são
atingidas e se tornam enegrecidas. A doença tem sido verificada de forma endêmica em áreas
olerícolas. A bactéria penetra através de aberturas naturais, como estómatos e hidatódios, ou
através de ferimentos em folhas. As condições de alta humidade relativa do ar favorecem a
ocorrência da doença. Para o controle desta doença são recomendadas apenas medidas
preventivas. (Trani, P.E.; Cantarella, H.; Tivelli, S.W 2005).

2.5.4. Cercosporiose

A principal doença na cultura da beterraba é a cercosporiose, causada por Cercospora


beticola Sacc. É responsável pela destruição total do limbo foliar e, consequentemente,
redução na produtividade. Sua ocorrência generalizada pode representar redução na
produtividade de 15% a 45%. A doença encontra condições favoráveis quando há alta
umidade relativa do ar (acima de 90%) e sob temperatura entre 22ºC e 26 oC. Apesar do
controle químico disponível, a cercosporiose normalmente inviabiliza a comercialização das
plantas através de maços, em decorrência da aparência das folhas doentes e senescentes
(Tivelli et al, 2011; Puiatti & Finger, 2005).

Esta doença é muito destrutiva, causando necrose foliar intensa, enfraquecimento das plantas
e redução dos rendimentos. Mundialmente, o patógeno causa a principal doença foliar da
cultura da beterraba, sendo especialmente destrutor durante o verão úmido nas regiões mais
cálidas da Europa. A mancha-de-Cercospora está amplamente distribuída no mundo, com
incidência em todas as regiões dedicadas à cultura da beterraba-açucareira e beterreba-de-
mesa. No Brasil, existem registros nos estados do Amapá, Amazonas, Bahia, Minas Gerais,
Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, no arquipélago de Fernando de
Noronha e em várias regiões do Nordeste do país. Cercospora beticola é um patógeno quase
exclusivo de espécies da família Chenopodiaceae, embora existam registros em alguns
hospedeiros de outras famílias, como Malvaceae, Pedaliaceae e Polygonaceae.
12
Os sintomas característicos são observados nas folhas mais velhas por serem mais suscetíveis
(Weiland & Koch, 2004). Inicialmente são pontuações que evoluem e tendem a alcançar de
4mm a 5mm, de formato mais ou menos arredondado, centro claro e bordas com perímetro de
coloração vermelho-púrpura. À medida que as lesões aumentam, se tornam com tonalidade
acinzentada, porém, com a necrose, o tecido lesionado cai e a folha torna-se perfurada. O
aumento do número de lesões e o crescimento da área induzem à senescência e à redução
significativa da área foliar. A planta repõe as folhas a partir de reservas do tubérculo, o que
pode causar a perda de rendimento e esse processo é repetido várias vezes durante o ciclo de
crescimento da planta.

2.5.5. Podridão Branca ou Podridão de Sclerotium

Doença de ocorrência esporádica na maioria das lavouras, mas que em algumas áreas pode
ocasionar perdas, notadamente em solos muitocultivados, compactados e com baixo teor de
matéria orgânica. A temperatura ideal está na faixa de 23 a 30 oC. O Scleorotium rolfssi pode
causar o tombamento de mudas na sementeira assim como de plantas adultas no campo. Os
sintomas característicos são a murcha das plantas, principalmente nas horas mais quentes do
dia e a podridão de raízes. Observa-se também escurecimento na região do colo da planta e a
formação de micélio branco de aspecto cotonoso nas regiões atacadas e na superfície do solo.

Com o desenvolvimento da doença observa-se a formação de escleródios, que são estruturas


esféricas de aproximadamente 2 mm de diâmetro, rígidas, inicialmente de coloração branca e
que, posteriormente, tornam-se marrons. Geralmente, a doença ocorre em reboleiras no
campo. O fungo sobrevive no solo por meio de escleródios por vários anos e saprofiticamente
em restos de culturas em decomposição. Além das medidas preventivas relacionadas
anteriormente para outras doenças, no caso do Scleorotium rolfssi pode-se promover uma
aração profunda.

2.5.6. Mancha de Phoma

A doença é causada pelo fungo Phoma betae Frank, que se desenvolve sobre condições de alta
umidade relativa (maior que 90%) e temperaturas médias entre 15 e 18 oC. A disseminação
do fungo ocorre por respingos de água de chuva e irrigação. Este fungo sobrevive em
sementes infectadas e em restos culturais. Os sintomas aparecem geralmente em folhas velhas
da cultura e às vezes nas raízes. Aparecem nas folhas lesões de formato circular, coloração
pardo-escura e diâmetro entre 1 e 2 cm. Em condições de alta umidade relativa do ar, observa-
se no centro das lesões a formação de pequenos pontos pretos que são as estruturas dos
fungos. Para o controle desta doença são recomendadas apenas medidas preventivas.
13
2.5.7. Murcha Bacteriana

A murcha bacteriana é causada por uma bactéria de nome Pseudomonas solanacearum, e os


sintomas são murcha acentuada dos folíolos mais velhos, seguido da murcha dos ponteiros;
amarelecimento, nanismo e produção de raízes adventícias. A Pseudomonas solanacearum é
uma bactéria tipicamente do solo. Sua disseminação em média e longa distância é feita por
meio de material de propagação contaminado. A bactéria penetra através de ferimentos
causado nas raízes por nematoides, insetos ou mesmo por tratos culturais realizados pelo
homem.As temperaturas elevadas e a alta umidade relativa do ar favorecem a ocorrência
dessa doença. Para o controle desta doença são recomendadas apenas medidas preventivas.

2.6. Pragas

As principais pragas na cultura da beterraba são cosmopolitas, que podem causar danos em
diversas culturas. No início do desenvolvimento da cultura no sistema de semeadura directa, a
lagarta rosca (Agrotis ipsilon) representa um potencial risco ao cultivo, especialmente em
rotações com milho. Essa lagarta tem hábito nocturno e se alimenta da haste da planta,
provocando o seccionamento. A vaquinha (Diabrotica speciosa) e a mosca minadora
(Liriomyza sp.) também podem representar algum risco de dano económico ao produtor, mas
a ocorrência destas pragas na cultura da beterraba é restrita a alguns locais e em anos em que
a população está desequilibrada. Observação semelhante é valida para ácaros. Em Abril de
2011, o AGROFIT não indicava um único insecticida registado para a cultura da beterraba
(SW ,Tevilli et al 2011).

2.6.1. Pulga de beterraba

A presença de pequenos percevejos de cor bronzeada nos canteiros é sinal do aparecimento de


uma pulga da beterraba, que, com o aparecimento de brotos de plantas jovens, se alimenta de
seus cotilédones e interfere no desenvolvimento normal da planta. Se não foi possível evitar o
aparecimento da praga com medidas preventivas na forma de desinfecção do solo e
eliminação de ervas daninhas, o agricultor deve prestar atenção a um método popular eficaz.
Sua essência está na introdução de uma solução aquosa de cinzas preparada a partir de uma
proporção de 1/10 para os leitos. Pulverizar sobre brotos de pó de tabaco também é eficaz.

2.6.2. Nematóide

Esta praga é perigosa não apenas para a beterraba, mas também para a maioria das outras
culturas hortícolas, portanto, as medidas para combatê-la devem ser sérias. Remover ervas
daninhas e manter a rotação de culturas ajudará a remover a praga do jardim
14
Práticas agrícolas inadequadas, especialmente a destruição prematura de ervas daninhas em
canteiros de beterraba e a não observância da rotação de culturas leva à derrota da beterraba
por várias pragas. Os mais comuns são os seguintes:

o Mosca da beterraba - larvas amarelas causam danos, devorando grandes passagens nas
folhas da beterraba;
o Mosca-mineira - da mesma forma "perfura" as folhas, mas suas larvas são brancas;
o Pulgão da beterraba - localiza-se na parte inferior das folhas da beterraba e suga o suco
delas, impedindo o desenvolvimento de toda a planta;
o Pulga da beterraba - suas larvas brancas de meio centímetro se alimentam de raízes de
beterraba;
o Beterraba - um insecto semelhante a um insecto danifica os brotos das beterrabas e faz
buracos nas folhas das plantas adultas.

2.7. Compassos da beterraba

Para a semeadura, mantenha espaçamento entre as linhas de 20 a 30 centímetros; no


transplante ou após o raleio, a recomendação é manter de dez a 15 centímetros entre plantas.
Para facilitar o cultivo inicial, o indicado é adquirir sementes descortiçadas. Elas já passaram
por um processo mecânico de quebra do glomérulo (Consultora 2006). Os compassos da
beterraba servem para distingui qual é o melhor a si usar para um bom desenvolvimento do
tubérculo da beterraba.

Segundo o (Tivelli 2015) diz que o melhor compasso a seguir-se seria de 20 a 30cm entre as
linhas, e 10 a 15cm entre plantas pois ira ajudar na hora da escarificação, e no crescimento do
tubérculo. Outro compasso recomendado é de 30cm entre linhas e 5 a 10 cm entre plantas
(autor desconhecido). O espaçamento definitivo geralmente deve ser de 25-30 e 10-15cm.
Geralmente os espaçamentos mais estreitos aumentam a incidência de beterrabas pequenas, de
menor valor comercial.

15
CAPÍTULO III: MATERIAL E MÉTODOS

3.1. Localhdohensaio

O ensaiohfoihrealizado nohdistrito dehCuamba, o distritohde Cuamba estáhlocalizado


nahparte Sul da Província dohNiassa, ah295KmhdehLichinga,hconfinando ahNorte com os
distritoshdehMandimba e Metarica,ha Sul comhoshdistritos dehMecanhelas ehGurué, este
últimohda Província dahZambézia, a Estehcom os distritoshde Lalaua e Malema da Província
de Nampulahe com ohdistrito dehGurué da província dahZambézia, eha Oeste comho distrito
dehMecanhelas.

3.2. MaterialhExperimental

Parahestehensaiohfoi usadohapenas ashsementes de beterraba (Beta vulgari) usou-se


sementes de Beterraba, variedade avermelhada. A beterraba com cor roxa avermelhada tem
como característica de um caule meio longo e fino com as folhas abertas e de cor verde, o
tubérculo da beterraba tem uma cor roxa-avermelhada.

3.3. Métodos

3.3.1.DelineamentohExperimental

O Delineamentohexperimentalhquehfoihusado, foi ohde BlocoshCompletos casualizados


com 3 blocos com 3 tipos de tratamentos, e com 3 repetições, integrando um total de 9
unidades experimentais.

3.3.2. Preparação do terreno

Nahpreparação dohsolo foi efectuadahumahlimpeza, lavoura ehgradagem dohterreno. De


formahahrespeitarhprincípioshdehconservação ahquehohprogramahrege, 80%hdessa
preparação do solo foi manual, por ter sido uma area normal para o ensaio.

16
3.3.3. Preparação do alfobre

Para ahobtençãohdehplântulashparahohcampohdefinitivo foihusado ohsistema de alfobre


semi suspenso que contou com o seguinte material: 36 estacas (paus).

3.3.4. Sementeira

A sementeira no alfobre foi efectuada no dia 18.04.2021 com 2 pacotes de beterraba de


variedade beta vulgar (10g), ashsementeshforam enterradas a umahprofundidade de 2 a 3 cm,
numahdistância entrehlinhashdeh0,3 metros.

3.3.5. Transplante

O transplante,hfoihrealizado após ashplântulas apresentaremh3 ah4


folhashverdadeiras,haltura de 15 a 18 cm e diâmetrohdo talo de 4 a 5 mm objectivando a
obtenção de uma densidade dehplantas adequada,he colocarhuma plântula porhcovacho de
modoa proporcionar bom desenvolvimentohda mesma.

3.3.6. Etiquetagem
O objectivohdahetiquetagem erahparahfacilitar ahidentificaçãohdos blocos ehdoshtratamentos
no processohde controlo dohensaio assimhcomo da colecta dehdados.

3.3.7. Analise de dados

Parahanálisehdehdadoshforam feitoshAnálise dehvariância (Teste F); Testehdehcomparação


de médias (teste de Tukey).hUma vezhque seramh3tratamentoshesteshtestes iramhfacilitar na
comparaçãohdashmédiashehtambém porque é fácil.

17
CAPÍTULOhIII. RESULTADOS EhDISCUSSÃO

Nahtabela 4, é apresentado ahsumário dos resultadoshdo teste F (pr<0.05) e do


testehdehTukey (Pr<0.05) as variáveishalturas da planta,hnúmero médiohde
folhas/planta,hDiâmetro médio do tubérculo e pesohmédio de uma beterraba em função do
efeito dos compassos testados. Igualmente, objectivando aferir a variaçãohexperimental
porhfactores não controláveis foram apresentadoshoshvaloreshpercentuais dohCv
parahtodashashcaracterísticas avaliadas, onde os valores observados variaram dehmaior para
menor,hdos quais o menorhencontrado na variável altura media dahplanta
(6.7%)hehmaiorhencontrado na variável numerohmédio de folhas/planta (19.9%), valores
estes, consideradoshcomohsendo dehóptimahehmediahprecisão
experimental,hrespectivamente,hconsiderando ahclassificação propostahpor Ferreira (1991).
Os factoreshquehpossam estar por detráshdos elevadoshCV's nestehestudo foram
heterogeneidade dohsolo entre as parcelas e ohprocesso de colheitahda beterraba.

Tabela 1. Resultados dohteste F(Pr<o.05)he dehTukey (Pr<0.05) hpara ashcaracterísticas


Alturahmedia dahplanta (AMP), Númerohmédio dehfolhas/planta (NMF/P),hDiâmetro
médiohdohtubérculohehpeso médiohde umahbeterrabah (PMB).
Compassos Variáveis analisadas
AMP (cm) NMF/P DMT (cm) PMB(g)
30cm*30cm 42.3±1.6 10.8±1.5 13.3±0.2ª 266.6±29.8
20cm*20cm 43.6±1.6 14.0±1.5 15.0±0.2b 273.3±29.8
60cm*40cm 45.3±1.6 16.0±1.5 17.1±0.2c 400±29.8
Probabilidade 0.5149n.s 0.1731n.s 0.0022** 0.0574n.s
Cv (%) 6.7 19.9 3.3 16.5
Media geral 43.7 13.6 15.2 313.3
DMS 8.5 7.8 1.4 150.1
¹** -hSignificativo pelohteste F(Pr<0.05); ²ns -hNãohsignificativohteste F(Pr<0.05);h³Mediashseguidas da
mesmahletra nohsentido vertical,hnão apresentamhdiferenças estatísticashentre si pelo testehdehTukey
(Pr<0.05)

4.1. Altura media da planta (cm)

Os resultados do teste F(pr<0,05) apresentados na tabela1 inferiram ausência de efeito


significativo dos compassos sobre a variável altura media da planta. As médias observadas
foram de 41.3cm para 30cm*30cm, 44.3cm para 20cm*20cm, e 45.3cm para 60cm*40cm,
respectivamente. Estes valores foram superiores aos observados por. Magro (2012) que
obteve uma media de 32,6cm, Marques et.al.(2010) para a altura da parte aérea ou das plantas
de beterraba cultivada em função de doses de esterco bovino obteve altura máxima de

18
28,81cm. E comum observar a comercialização de beterraba em macos com a presença da
parte aérea, e com a parte aérea em bom estado e bem desenvolvida permitem maior
facilidade de comercialização. Estes resultados.

A grande variação entre as parcelas no experimento pode ter sido um dos factores que
potencializou esta pequena variabilidade.

4.2. Número médio folhas por planta

O número médio de vagens/planta é um dos aspectos fundamentais para índices de colheita na


beterraba. Portanto, de acordo com os resultados na análise de variância apresentados na
tabela 4, não se detectou efeito significativo (pr<0.05) dos compassos sobre esta característica
(Tabela 1).

Considerando os resultados de comparação de medias pelo teste de Tukey (pr> 0,05),


observaram-se as seguintes medias deh10.8, 14.0 e 16.0 parahoshcompassosh30cm*30cm,
20cm*20cm e 60cm*40cm, respectivamente.

Segundo Jailson (2018) o numero de folhas por planta foi favorecido pela aplicação de doses
de biofertilizantes com ajuste polinomial quadrático e teve como maior numero de folhas 9,5
que foi verificado nas maiores doses de biofertilizantes, que podem ter suprido as
necessidades nutricionais das plantas, permitindo um bom desenvolvimento das plantas de
beterraba. Esses resultados diferem do meu, pois o maior número de folhas foi de 16.0, que
foi apenas usado adubo, e por cada parcela teve uma e única adubação.

4.3. Diâmetro médio do tubérculo

O tamanho da beterraba e caracterizado pelo calibre da raiz, medido no seu maior diâmetro
transversal, e a homogeneidade visual do lote e garantida pela obediência a amplitude de
variacao do calibre dentro de cada classe. Os diametros atingidos pelas raizes de beterraba
permitem classifica-las como extra A ou 2ª (raízes com diâmetro maior ou igual a 50 e menor
que 90) de acordo com CEAGESP (2013), sendo assim, uma característica que define seu
valor comercial. Estes resultados foram próximos aos encontrados por. Magro (2010) que
obteve valor máximo de 62,2mm. Segundo o Jailson (2018) a analise de regressão para o
diâmetro do tubérculo da beterraba em função das doses de biofertilizante misto, para cada
fonte orgânica, e teve como o maior diâmetro de 41,08mm proporcionado pela dose de
biofertilizante bovino.

19
E usando a fonte ovina o maior valor foi de 51,18mm. O actor teve maior performance usando
a fonte ovina, e isto se deve provavelmente a solubilidade do biofertilizante bovino em
relação ao biofertilizante ovino. Assim o biofertilizante bovino pode ter fornecido teores
elevados de nitrogénio, fosforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre, importante na nutrição
das plantas Jailson (2018).

Os resultados\experimentais inferem efeito significativo dos diferentes compassos (pr <0.05)


sobre a característica Diâmetro médio do tubérculo. Todos os compassos apresentaram
diâmetros do tubérculo completamente diferentes entre si estatisticamente, sendo o compasso
de 60cm*40cm o que obteve\melhor performance, resultando em 33,9mm de diâmetro usando
o adubo composto e o compasso de30cm*30cmhobtevehamediahinferiorhcomparativamentre
aos restantes compassos, com26,7mm.
4.4. Peso do Tubérculo

Os valores obtidos a partir da fonte do adubo devem se, ao fato de ter sido composto e a sua
aplicação tenha sido directamente no solo onde encontramos o tubérculo, disponibilizando os
nutrientes atendendo as exigências nutricionais da cultura de beterraba, e a contribuição da
agua também influenciou bastantes, distribuindo macro e micronutrientes e capacidade de
troca de catiões, proporcionando melhor aproveitamento pela cultura dos nutrientes
originalmente presentes no solo. Lacerda (2014) encontrou pessoa inferiores utilizando urina
de vaca, tendo variado de 31,2 a 42,9g para a mesma variedade. Carla e António (2017)
tiveram um peso do tubérculo que variou de 104,1 a 136,6g. Magro (2012) constatou que o
maior peso médio foi de 133,7g, ou seja, valores muito próximo aos obtidos na presente
pesquisa e superiores aos de marques et al. (2010) que obtiveram o peso médio de beterraba
de 88g, demonstrando que todos os matérias apresentam peso de raiz com padrões comerciais.

Para a variável Peso médio de uma Beterraba não se observou igualmente efeito significativo
dos diferentes compassos testados, sendo que, as medias observadas foram de 266.6g,
h273.3gheh400ghparahoshcompassos 30cm*30cm, 20cm*20cm e 60cm*40cm,
respectivamente. Estes resultados ………………….

20
V. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÃO

5.1. Conclusões

A analise do solo realizada no final ciclo, apos a aplicação do adubo apresentou superioridade
em relação a análise inicial do tubérculo, indicando efeito positivo na aplicação do mesmo.

As variáveis analisadas apresentaram rendimento positivo com a dose de adubo colocada em


cada planta.

No compasso 30cm*30cm e no compasso 60cm*40cm observou-se uma grande diferença na


massa fresca, porem a cultivar redondo apresentou, maior numero de folhas, maior altura,
sendo mais indicada para o produtor que comercializa seus produtores em Cuamba.

O compasso 60cm*40cm, teve a melhor performance em tudo principalmente no diâmetro do


tubérculo e no peso do próprio tubérculo.

21
5.2. Recomendações

Depois deste estudo recomenda-se aos produtores de Cuamba a usarem um compasso de


60cm*40cm, pois o tubérculo será maior, pois eles sentiram mais confortável no solo e terá a
possibilidade de se alastrar ou crescer mais, e também pode muito bem fazer apenas uma
adubação será suficiente para um tubérculo que trara bom rendimento, e pode adubar apos
15dias no campo definitivo os resultados serão surpreendentes.

22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas - ABCSEM. (2013). Pesquisa de


mercado de sementes de hortaliças. Disponível em Acessado em, 2015

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Rio Branco (UEPAE de Rio Branco), Caixa Pos tal 392, CEP 69900 Rio Branco, AÇ.
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1598- 1603, 2010.

25
Apêndices

26
Apêndice 1 Cronograma de Actividades

Actividades Meses

Marco Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro

1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

Limpeza do
campo

Lavoura

Gradagem

Demarcação
do campo

Montagem
de alfobre

Sementeira

Arrumação
do terreno

Transplante

Regas

Retancha

Sacha e
escarificaçã
o

Amontoa

Pulverizaçã
o

Colecta de
dados

Análise de
dados

27
Elaboração
do relatório

Apêndice 2 Esquema do ensaio

8m

T2 T3 T2

5.5 m T2 1m T3 T1 1.5 m

T3 T2 T2

2m

T1: 30x30

T2: 20x20

T3: 60x40

28
Figura 1. (1) (b)

(a) Dia de adubação na cultura de Beterraba


(b) Dia de colheita de Beterraba

Figura 2. (a) (b)

(a) Vista geral do campo de ensaio


(b) 3 semanas depois de transplante

29
Arquivos de Sisvar
Arquivo analisado:

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
BLOCOS 2 29.555556 14.777778 1.716 0.2897
COMPASSOS 2 13.555556 6.777778 0.787 0.5149
erro 4 34.444444 8.611111
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 8 77.555556
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 6.70
Média geral: 43.7777778 Número de observações: 9
--------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV COMPASSOS
--------------------------------------------------------------------------------

DMS: 8,53511354570659 NMS: 0,05


--------------------------------------------------------------------------------

Média harmonica do número de repetições (r): 3


Erro padrão: 1,69421674244188
--------------------------------------------------------------------------------

Tratamentos Médias Resultados do teste


--------------------------------------------------------------------------------
30cm*30cm 42.333333 a1
20cm*20cm 43.666667 a1
60cm*40cm 45.333333 a1
--------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------

Variável analisada: NUMERO_MED

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

--------------------------------------------------------------------------------

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
BLOCOS 2 3.226667 1.613333 0.219 0.8121
COMPASSOS 2 41.280000 20.640000 2.807 0.1731
erro 4 29.413333 7.353333
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 8 73.920000

30
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 19.94
Média geral: 13.6000000 Número de observações: 9
--------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV COMPASSOS
--------------------------------------------------------------------------------

DMS: 7,88718146893057 NMS: 0,05


--------------------------------------------------------------------------------

Média harmonica do número de repetições (r): 3


Erro padrão: 1,56560247544232
--------------------------------------------------------------------------------

Tratamentos Médias Resultados do teste


--------------------------------------------------------------------------------
30cm*30cm 10.800000 a1
20cm*20cm 14.000000 a1
60cm*40cm 16.000000 a1
--------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------

Variável analisada: DIAMETRO_M

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

--------------------------------------------------------------------------------

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
BLOCOS 2 3.315556 1.657778 6.390 0.0568
COMPASSOS 2 20.962222 10.481111 40.398 0.0022
erro 4 1.037778 0.259444
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 8 25.315556
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 3.36
Média geral: 15.1777778 Número de observações: 9
--------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV COMPASSOS
--------------------------------------------------------------------------------

DMS: 1,4815008134124 NMS: 0,05


--------------------------------------------------------------------------------

Média harmonica do número de repetições (r): 3


Erro padrão: 0,294077339285912
--------------------------------------------------------------------------------

Tratamentos Médias Resultados do teste


--------------------------------------------------------------------------------
30cm*30cm 13.366667 a1
20cm*20cm 15.066667 a2
60cm*40cm 17.100000 a3
--------------------------------------------------------------------------------

31
--------------------------------------------------------------------------------

Variável analisada: PESO_MEDIO

Opção de transformação: Variável sem transformação ( Y )

--------------------------------------------------------------------------------

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
BLOCOS 2 27466.666667 13733.333333 5.150 0.0782
COMPASSOS 2 33866.666667 16933.333333 6.350 0.0574
erro 4 10666.666667 2666.666667
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 8 72000.000000
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 16.48
Média geral: 313.3333333 Número de observações: 9
--------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------
Teste Tukey para a FV COMPASSOS
--------------------------------------------------------------------------------

DMS: 150,197973342905 NMS: 0,05


--------------------------------------------------------------------------------

Média harmonica do número de repetições (r): 3


Erro padrão: 29,8142396999972
--------------------------------------------------------------------------------

Tratamentos Médias Resultados do teste


--------------------------------------------------------------------------------
30cm*30cm 266.666667 a1
20cm*20cm 273.333333 a1
60cm*40cm 400.000000 a1
--------------------------------------------------------------------------------

32

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