Finall (Miminho) para Disco
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Declaração de honra
Eu, Miminho Cornélio, declaro por minha honra que o presente trabalho de
Monografia para obtenção de grau de licenciatura em Ciências Agrárias, intitulado
Avaliação do efeito de biofertilizantes no rendimento da Cenoura (Daucus carota
L.), variedade Kuroda, nas condições agro-ecológicas de Montepuez, é o fruto do
trabalho de campo e de pesquisa literária onde toda informação é referente a dados,
tabelas e gráficos com excepção das referências bibliográficas são da minha autoria e
nunca foi submetido para obtenção de qualquer grau superior nesta ou em qualquer outra
instituição de ensino.
O autor
______________________________________________________
(Miminho Cornélio)
Dedicatória
Em memória do meu avô António Coelho, a minha avó Fátima e ao meu irmão Chabú
Cornelio, que não poderá presenciar o momento tão especial da minha vida.
A minha mãe Elisa António Coelho, meu Pai Cornélio Seta, dedico.
Aos meus irmãos que dou o meu maior apreço. Chabane Cornélio, Mário Cornélio,
Noémia Cornélio. Chabia Cornélio, Chabu Cornélio, Chababe Cornélio, Irene Cornélio,
Osvaldo Cornélio, Chabina Cornélio, Diamantino Cornélio, Femida Cornélio, Neyma
Cornélio e Wiliamo Cornélio. Pelo incentivo, apoio que e carinho que cada um
depositou em mim, que propiciam minha realização, felicidade e por ser o que são.
Agradecimento
A Deus todo-poderoso, pela vida, pela saúde, pela fé e de todas bênções que tem
proporcionado.
Aos meus pais Cornélio Seta e Elisa António Coelho, em especial pelo seu apoio moral,
financeiro, psicológico, pelo todo encorajamento e seu amor incondicional.
Ao meu supervisor Eng°. Banú Belmiro Irénio pela compressão, paciência, pelo
conhecimento depositado no decorrer do período do estágio e por estar presente sempre
que necessário.
Ao meu colega estagiário: Jorge Duarte Cossa pelo convívio e troca de experiencia
durante a execução das actividades.
Aos meus irmãos que dou o meu maior apreço. Chabane Cornélio, Mário Cornélio,
Noémia Cornélio. Chabia Cornélio, Chabu Cornélio, Chababe Cornélio, Irene Cornélio,
Osvaldo Cornélio, Chabina Cornélio, Diamantino Cornélio, Femida Cornélio, Neyma
Cornélio e Wiliamo Cornélio. Pelo incentivo, apoio que e carinho que cada um
depositou em mim, que propiciam minha realização, felicidade e por ser o que são.
Aos meus amigos: Tendai Makuakua, Vicente Sumail Daimo, Edmiro António,
Florêncio Juvencio, Luciano Adolfo José, Marcelino Amisse Albano e Rajabali
Aquimo. Um especial agradecimento vai para minha querida amada Rabia Mussa
Alberto.
A todos que não pude mencionar irmãos e amigos presentes em todos momentos, que
directa e indirectamente sempre me deram moral forca e vontade.
Resumo
O presente trabalho intitulado do efeito de biofertilizantes no rendimento da Cenoura
(Daucus carota L.), variedade Kuroda, nas condições agro-eológicas de Mapupulo,
realizou-se na campanha 2021/2022, entre Marco a Setembro, nos Campus da IIAM-
CIAM, Mapupulo, região norte de Moçambique. Para o efeito, foi usado Delineamento
de Blocos Completamente Casualizados (DBCC), com quatro (3) repetições/blocos e dez
(10) tratamentos num esquema monofactorial, distribuídos em 30 parcelas. Para a
concretização do estudo, foram determinados os seguintes dados como: Índice de
velocidade de germinação, germinação, densidade inicial e final, comprimento da raiz,
diâmetro da raiz, peso da raiz, rendimento em kg/ha, posteriormente amansados a análise
de variância(ANOVA) e teste de Tukey a nível de 5% de significância no pacote R-
Studion. Factor este que fez com que, fosse viável recomendar para os produtores e os de
mais instituições de pesquisas o uso de biofertilizantes. os resultados das analises feitas
mostraram que existe diferença significativa dos biofertilizantes em relacao aos
tratamentos. Em termos de rendimento, o tratamento que foi usado esterco de cama
aviaria sólido apresentou a maior media em relação aos aos tratamentos aplicados com
esterco bovino e caprino.
Abstract
The present work entitled the effect of biofertilizers on the yield of Carrot (Daucus carota
L.), variety Kuroda, in the agro-eological conditions of Mapupulo, was carried out in the
2021/2022 campaign, between March and September, on the IIAM-CIAM Campus ,
Mapupulo, northern region of Mozambique. For this purpose, a Completely Randomized
Block Design (DBCC) was used, with four (3) replications/blocks and ten (10) treatments
in a single-factorial scheme, distributed in 30 plots. To carry out the study, the following
data were determined such as: germination speed index, germination, initial and final
density, root length, root diameter, root weight, yield in kg/ha, subsequently tamed by
analysis of variance (ANOVA) and Tukey test at 5% significance level in the R-Studion
package. This factor made it feasible to recommend the use of Biofertilizers to producers
and those from more research institutions. the results of the analyzes carried out showed
that there is a significant difference between biofertilizers in relation to the treatments. In
terms of yield, the treatment that used solid poultry manure had the highest average yield
compared to treatments applied with cattle and goat manure.
Lista de abreviaturas
AF Altura da folha
CR Comprimento da raiz
CV Coeficiente de Variação
DF Densidade final
DI Densidade inicial
DR Diâmetro da raiz
G Germinação
Pr Probabilidade
PR Peso da raiz
Lista de Tabelas
Tabela 1: Codificação dos tratamentos testados..............................................................30
Tabela 2: Esquema de ANOVA para DBCC..................................................................33
Tabela 3: Resultados médios de velocidade de germinação, germinação, densidade
inicial e final....................................................................................................................35
Tabela 4: Resultados médios de diametro da raiz, comprimento da raiz, peso da raiz e
rendimento em kg/ha.......................................................................................................37
Índice
Declaração de honra...........................................................................................................i
Dedicatória........................................................................................................................ii
Agradecimento.................................................................................................................iii
Resumo.............................................................................................................................iv
Abstract..............................................................................................................................v
Lista de abreviaturas.........................................................................................................vi
Lista de Tabelas...............................................................................................................vii
1.0. Introdução...............................................................................................................1
1.1. Problema.................................................................................................................2
1.2. Justificativa.............................................................................................................2
1.4. Objectivos...................................................................................................................3
1.4.1. Geral........................................................................................................................3
1.4.2. Específicos...............................................................................................................3
1.5. Hipóteses....................................................................................................................4
Revisão bibliográfica.........................................................................................................5
2.2.1. Temperatura........................................................................................................6
2.3.1. Sementeira..........................................................................................................7
2.3.2. Irrigação..............................................................................................................7
2.3.3. Desbaste..............................................................................................................8
2.4.1. Pragas..................................................................................................................8
Queima-das-folhas...........................................................................................................10
Nematóides......................................................................................................................11
3.0. Método......................................................................................................................15
3.1.2. Clima.....................................................................................................................15
3.1.3. Solos......................................................................................................................15
3.1.4. Relevo....................................................................................................................16
3.2. Materiais...................................................................................................................16
3.2.3. Codificação............................................................................................................17
Controle de pragas.......................................................................................................20
3.4.2. Germinação....................................................................................................21
4.2. Germinação...............................................................................................................25
5.1. Conclusão.................................................................................................................31
5.2. Recomendações....................................................................................................32
Referências bibliográficas...............................................................................................33
1.0.
2.0. Introdução
A cultura da cenoura (Daucus carota L), é uma das culturas mais importantes no mundo
das hortaliças mais populares da família das apiáceas, espécie originária da Ásia central
e do Mediterrâneo, também é uma planta de raiz túberosa comestível umas das fontes
vegetais mais ricas em vitamina A, que possui maior valor económico no mundo e o seu
ciclo é de 120 dias, Além do consumo natural é utilizada como matéria-prima para
indústrias processadoras de alimento, que a comercializam na forma de legumes,
alimentos infantis e sopas instantâneas (Filgueira, 2008).
Também de realçar que a adubação orgânica traz como benefícios melhor estruturação
no solo, maior retenção de agua e maior disponibilidade de nutrientes. Outro aspecto
importante na matéria orgânica é a sua capacidade de impedir a formatação de crostas
na superfície do canteiro, proporcionando uma alta resistência à emergência das
plântulas (Aguiar, 2012).
Os biofertilizantes líquidos podem ser aplicados sobre as folhas das plantas e sobre o
solo, tendo a vantagem de serem rapidamente assimilados pelas plantas. A produção de
biofertilizantes ou caldas orgânicas é decorrente do processo de fermentação, ou seja, da
actividade dos microrganismos na decomposição da matéria orgânica e complexação de
nutrientes, o que pode ser obtido com a simples mistura de água e esterco (Santos et al,
2000).
2.1. Problema
Moçambique é um dos países que apresenta condições agroecologias favoráveis para a
produção da cenoura (Daucus carota L). Mas entretanto o rendimento que é obtido pela
comunidade que produz a cultura de cenoura é baixo, pôs deixa cada vez mais a
população fraca em termos económicos, nutricionais e saúde em geral, devido a vários
factores como solo impróprio, erro de fertilização, rega inadequada, adubação não ideal
e danos causados na raiz no momento da colheita (Ecole, 2014).
A produção da cenoura verifica-se em todas épocas do ano, o que nos permite a maior
parte que produz cenoura em todas épocas são os pequenos produtores que fazem esta
actividade como meio de subsistência, pôs a produção é a base de adubos inorgânicos,
sendo assim o adubo inorgânico ex: NPK, pode sair mais carro em relação os adubos
orgânicos (Aguiar, 2012).
É nessa óptica que pretende se estudar " quais efeitos de aplicação de biofertilizantes
como: esterco caprino, esterco bovino e cama de aviário. No rendimento da cultura
da cenoura?
2.2. Justificativa
Segundo Chitarra & Chitarra (1990) a cenoura é uma raiz que é excelente fonte de
cretinóide, potássio, fibras e antioxidante. Onde os quais proporcionam diversos
benefícios para a saúde humana. A cenoura pode ser consumida crua ou cozida, em
saladas, sopas e refogados. É usada também no preparo do solo, cremes, doces, a parte
folhosa da planta não é comestível pela maioria mas é comestível. Por isso sempre há
necessidade ou importância de continuarmos a produzir esta cultura cenoura como
sendo a base subsistência e também a nossa fonte nutricional.
1.4. Objectivos
1.4.1. Geral
Avaliar o efeito de biofertilizantes no rendimento da cultura de cenoura nas
condições agro-ecológicas do distrito de Mapupulo.
1.4.2. Específicos
Comparar as variáveis de crescimento (germinação, índice de velocidade de
germinação, altura das folhas, densidade inicial e final,) nos diferentes
tratamentos;
1.5. Hipóteses
Revisão bibliográfica
A cenoura possui ciclo de colheita de 85 – 120 dias e tem uma produtividade média de
30 ton/ha, segundo dados fornecidos por Matos et al. (2011). Essa hortaliça de porte
herbáceo possui raízes tuberosas aprumadas que reserva principalmente açúcares,
diferentemente de outras olerícolas de raízes comestíveis, como o inhame, que reserva
insulina (Aguiar, 2012).
com dois estilos e um ovário inferior formado de duas células, que amadurecem gerando
dois frutos pequenos com uma semente cada, sendo cada fruto chamado de mericarpo e
o conjunto de esquizocarpo. A família Apiaceae compreende cerca de 200 gêneros e
cerca de 3.000 espécies, encontradas principalmente nas regiões temperadas e nas
montanhas das regiões tropicais (Embrapa, 1984).
O caule não é perceptível, estando situado no ponto de inserção das folhas, na parte
superior da raiz, parte esta que fica exposta ao sol. O ciclo de vida da cenoura abrange
uma fase vegetativa, formação da raiz, e a fase reprodutiva, com emissão do pendão
floral, o qual termina com uma inflorescência do tipo umbela. O pendão floral apresenta
ramificações que também terminam em inflorescências, para passarem da primeira para
a segunda fase (que apenas interessa na produção de sementes, ou melhoramento
vegetal), a cenoura necessita de um choque de frio e fotoperíodos longos (Embrapa,
1984).
Segundo Tivelli et al. (2011), os tipos de solo mais indicados para o cultivo de olerícolas
tuberosas são, no geral, os areno-argilosos ou argilo-arenosos, devendo ser friáveis e bem
drenados, pois em solos muito argilosos as raízes podem ficar deformadas em razão da
maior dificuldade em se aprofundar. De acordo com Filgueira (2008), o crescimento da
cenoura é muito influenciado pelas condições climáticas da região. A cultura da cenoura
é extremamente exigente em água, em todo seu ciclo produtivo, já que a qualidade e a
produtividade das raízes são influenciadas pelas condições de humidade do solo (Matos
et al., 2011).
3.2.1. Temperatura
A temperatura é o factor climático mais importante para a produção de raízes.
Temperaturas de 10 a 15ºC favorecem o alongamento das raízes e o desenvolvimento de
coloração característica, ao passo que temperaturas superiores a 21ºC estimulam a
formação de raízes curtas e de coloração deficiente. Existem cultivares que formam boas
raízes sob temperaturas de 18 a 25ºC. Acima de 30ºC, a planta tem o ciclo vegetativo
reduzido, o que afecta o desenvolvimento das raízes e a produtividade. Temperaturas
baixas associadas a dias longos induzem o florescimento precoce, principalmente
daquelas cultivares que foram desenvolvidas para plantio em épocas quentes do ano.
(Vieira, Pessoa e Makishima, 2008).
A germinação das sementes ocorre sob temperaturas de 8 a 35ºC, sendo que a velocidade
e a uniformidade de germinação variam com a temperatura dentro destes limites. A faixa
ideal para uma germinação rápida e uniforme é de 20 a 30 ºC, dando-se a emergência de
7 a 10 dias após a sementeira. A alta humidade relativa do ar associada a temperaturas
elevadas favorece o desenvolvimento de doenças nas folhas durante a fase vegetativa da
cultura. (Vieira, Pessoa e Makishima, 2008).
3.3.1. Sementeira
O cultivo da cenoura dispensa a produção de mudas. As sementes são distribuídas directa
e uniformemente nos canteiros, em linha contínua, em sulcos com 1,0 a 2,0 cm de
profundidade e distanciados de 20 cm entre si. A distribuição das sementes pode ser feita
manualmente ou com o emprego de semeadora manual ou mecânica. Rosane, (2016).
3.3.2. Irrigação
De acordo Marouelli et all, (2007). A cenoura é irrigada predominantemente por
aspersão. Pode também ser irrigada por sulco e gotejamento. Os sistemas superficiais
por faixa e por inundação, mesmo que temporária, não devem ser utilizados em razão da
3.3.3. Desbaste
3.4.1. Pragas
As principais pragas da cultura da cenoura são lagartas e pulgões, que são controlados
através de práticas culturais, e pela acção de inimigos naturais como parasitóides e
predadores. São muito poucos, os insecticidas registados para o controle de pragas da
cenoura, o que torna o controlo químico é uma prática pouco recomendável para a cultura.
Alves, (2001).
Os danos de lagarta-rosca em cenoura são mais comuns até 30-40 dias após a
semeadura. O controlo mais eficiente destas espécies é alcançado através de práticas
culturais como o adequado preparo de solo, incorporação dos restos culturais e
eliminação das plantas daninhas, especialmente gramíneas. Para o controle químico, as
pulverizações devem ser feitas preferencialmente no período da tarde, e dirigidas à base
das plantas porque as larvas se escondem no solo durante o dia e saem a noite para se
alimentar. (Raid, 2002).
Os pulgões raramente chegam a causar dano económico à cultura da cenoura, porque não
ocorrem em grandes populações e são altamente parasitados por micro-himenópteros.
Pulverizações com produtos à base de Fenitrothion e Pirimicarb controlam eficientemente
estes afídeos. (Shibata et al., 2008).
Queima-das-folhas
É a doença mais comum da cenoura. É causada por Alternaria dauci (mais comum),
Cercospora carotae e Xanthomonas campestris pv. carotae. Caracteriza-se
principalmente por uma necrose das folhas que, dependendo do nível de ataque pode
causar a completa desfolha da planta e, consequentemente, resultar em raízes de tamanho
pequeno. Os três patógenos que causam a queimadas-folhas podem ser encontrados na
mesma planta, e até em uma única lesão. É difícil determinar o(s) agente(s) causal(is)
envolvido(s) pelos sintomas nas folhas, principalmente porque as cultivares reagem de
maneira diferenciada ao ataque. Alternaria dauci produz lesões nas folhas mais velhas e
é caracterizada por necrose da borda dos folíolos, enquanto Cercospora carotae produz
lesões individualizadas. O controlo químico, quando os três patógenos estão presentes,
deve ser feito com produtos à base de cobre (mais eficientes contra Xanthomonas
campestris pv. carotae), intercalados com outros fungicidas ditiocarbamatos. Cebas, et
all (2011).
O controlo químico normalmente não é económico para nenhum dos três patógenos.
Após a colheita, ocorrem podridões secas e podridões moles, sendo essas últimas as
mais importantes. O principal agente apodrecedor é a bactéria Erwinia carotovora, que
causa grandes perdas quando as raízes são colhidas em solos molhados e/ou quando
após a lavação, as raízes não são adequadamente secas antes de serem embaladas.
Nematóides
Para Lopes & Pardo, (2007). Os nematóides Meloidogyne incognita, Meloidogyne
javanica, Meloidogyne arenaria e Meloidogyne hapla são os mais comuns em cultivos
de cenoura. As plantas infectadas mostram crescimento reduzido e amarelecimento nas
folhas, semelhante à deficiência de nutrientes. As raízes são pequenas, deformadas e
apresentam a formação de galhas. A rotação de culturas é o principal e mais eficiente
método de controlo dos nematóides. Além da rotação, em áreas reconhecidamente
infectadas, recomenda-se fazer arações profundas em dias quentes e secos, para expor
larvas e adultos à insolação. Após essa operação a área deve ser deixada em pousio no
mínimo por dois meses.
Outro factor que pode ser levado em consideração é que a eficiência dos adubos orgânicos
é maior no período inicial de aplicação, devido à taxa de mineralização do N ser maior
nos materiais orgânicos (Mueller et al., 2013).
Segundo Damatto Júnior et al., (2009), aplicados no solo, os adubos orgânicos melhoram
as características físicas, químicas e biológicas, além de proporcionarem às plantas maior
tolerância ao ataque de pragas e doenças, quando aplicados na forma líquida via foliar, e
de funcionarem como estimulante fitohormonal, resultando em plantas mais equilibradas
Segundo Gross et al. (2008) relatam que, em Israel, a adubação aplicada antes do
plantio na forma sólida não tem sido suficiente para suprir as necessidades de nutrientes
dos cultivos orgânicos, principalmente com relação ao nitrogénio, sendo feito
complementação com fertilizantes orgânicos por meio do sistema de irrigação.
3.0. Método
3.1.2. Clima
O posto administrativo de Mapupulo é predominante clima do tipo semi-árido e sub-
húmido seco. A precipitação média anual varia de 800 a 1200 mm, em termos da
temperatura médias durante o período de crescimento das culturas, há regiões cujas
temperaturas excedem os 25oC, embora em geral a temperatura média anual varie entre
os 20 e 25oC (MAE, 2005, p. 2).
3.1.3. Solos
Os solos nesta região são muito profundos, bem drenados de textura franco – arenoso,
possuindo cores castanho-escura ou castanho-avermelhada na superfície do solo
variando assim gradualmente no subsolo para vermelha – sombria. Nas encostas dos
3.1.4. Relevo
Uma parte do interior a altitude vária de 200 a 500m, de relevo ondulado pelas formações
rochosas. A área é constituída por uma zona planáltica baixa que gradualmente passa um
relevo mais dissecado com encostes declivosos intermédios da zona planáltica (MAE,
2005).
3.2. Materiais
qual, o tempo de preparação do esterco com a água são 30 dias para obter boa
fermentação do biofertilizante liquido para redução da impureza.
3.2.3. Codificação
O estudo foi realizado em 2021, no mês de Abril e o seu término no mês de Agosto do
ano corrente. As actividades que foram realizadas durante o estudo, estão descritas a
seguir:
3.2.4.2. Sementeira
No dia 05 de Maio de 2021, deu-se continuidade das actividades, mas desta vez com
arrumação e levantamento das camas dos ensaios. Em que consistia em destruição de
pequenos torrões e remoção de resíduos com auxílio de enxada curta e ancinho e depois
fez se a sementeira directa usando o compasso de 20cmX5cm, lançando duas sementes
por covacho.
3.2.4.3. Rega
3.2.4.4. Desbastes
Após 23 dias da sementeira, foi feito o desbaste como forma de reduzir o número de
plantas na mesma cova, deixando apenas 2 plantas por cova, evitando deste modo a
competição intra-específica, diminuindo a concorrência de água, luz e nutriente sobre a
raiz. Deixando espaço de 5 a 8 cm entre plantas Sendo assim, esta actividade foi
realizada no dia 29 de Maio de 2021.
3.2.4.5. Adubação
A adubação foi feita de três formas: (1) Incorporada no solo, (2) foliar e (3) a
combinada.
Incorporada no solo foi feita em duas fases. A primeira fase foi feita no mesmo dia da
sementeira 05 de Maio de2021, foram aplicados 1.6 kg por cada tratamento e teve um
intervalo de aplicação de 45 dias sem incorporar. A segunda fase também levou a
mesma quantidade de 1.6 kg por tratamento, a segunda fase foi feita no dia 20 de Junho
de 2021.
Foliar- A adubação líquida foi feita o dia 30 de Maio, iniciando 15 dias após a
emergência das plantas, seguindo o intervalo de aplicação de 7 dias. Aplicando 0.5 L de
biofertilizantes líquido para cada tratamento.
utilizando modificações de Trani (1997), segundo o qual para cada metro quadrado (m 2)
devem ser aplicados 2 kg de esterco para produção da cultura de cenoura.
3.2.4.6. Sacha
3.2.4.7. Cobertura
3.2.4.9. Colheita
A colheita foi feita depois de atingir os 90 a 120 dias após o plantio, período pelo qual
foi caracterizado pela sua maturação fisiológica. Esta actividade foi realizada na sua
totalidade manualmente usando enxada de modo a evitar ferir as raízes, separando as
raízes tuberosas da planta, esta actividade foi feita no dia 05 de Setembro.
3.3.2.10. Pesagem
Depois da secagem foi feita a pesagem das raízes usando uma balança electrónica onde
foram pesadas e registados os dados relativos ao peso das raízes tuberosas.
N1 N2 Nn
IVG= + +......+
D1 D2 Dn
3.4.2. Germinação
É a razão entre as plantas germinadas e as plantas testadas e multiplicando por 100.
Sendo para o efeito, fez-se a contagem das plantas que germinaram a cada parcela.
Foram escolhidos 30 tubérculos por parcela, de seguida foi medido o diâmetro. Depois
foi achada a média mediante a divisão entre o somatório de frutos por planta e número de
plantas seleccionadas. Para esta varia foi usado o paquímetro graduado em cm.
pf × 100002
Rendimento ( Kg ̸ ha ) ≡
areautil
FV g.l SQ QM F calculado
Bloco b-1 SQ Bloco QM B=SQT/glT QM bloc/QM err
Tratamento t-1 SQ Tratamento QM T=SQB/glB QM trat/QM err
Erro (b -1) (t – 1) SQ Erro QM E=SQE/glE
Total tb– 1 SQ total
Onde: FV-fonte de variação, g.l- grau de liberdade, SQ- soma de quadrados, QM- quadrado
médio.
O coeficiente de variação foi 39,08 %. Segundo Gomes (1985, citado por Guido, 2015).
4.2. Germinação
Com relação a germinação, notou-se não haver diferenças estatisticamente a 5% de
significância no Teste de Tukey. O tratamento foi usado esterco caprino combinado
apresentou o maior media de 204,3 plantas e no tratamento sem aplicação apresentou
uma menor média de 109 plantas respectivamente.
O coeficiente de variação foi 39,08 %. Segundo Gomes (1985, citado por Guido, 2015).
Segundo Muller (2019), em seu estudo sobre a adubação orgânica e mineral, observou
aumento de plantas germinadas em relação naqueles tratamentos que ele usou a
adubação mineral, estes resultados estão de acordo com o presente estudo.
O coeficiente de variação foi 25,99 %. Segundo Gomes (1985, citado por Guido, 2015).
O coeficiente de variação foi 21,46 %. Segundo Gomes (1985, citado por Guido, 2015).
O coeficiente de variação foi 19,15 %. Segundo Gomes (1985, citado por Guido, 2015),
se o coeficiente de variação for superior a 10% considera-se o mesmo como media, ou
seja, o experimento tem media precisão, de mais de 30% o que dá media fiabilidade ao
estudo.
Portanto, de acordo com Júnior (2007), em densidades maiores, as plantas mais fracas
apresentam maior condição de competir durante o seu crescimento não resistindo ate a
fase da colheita; enquanto em densidades menores, elas sobrevivem. Esta inferência vai
de acordo com os resultados obtidos neste ensaio, onde a maior mortalidade de plantas
foi registada na densidade mais alta do ensaio.
O coeficiente de variação foi 24,994%. Segundo Gomes (1985, citado por Guido, 2015),
se o coeficiente de variação for superior a 10% considera-se o mesmo como alto, ou
seja, o experimento tem alta precisão, de 20 a 30% o que dá menor fiabilidade ao
estudo.
Segundo Gonsalvez (2009), estudando sobre diferentes tipos de adubação, observou que
não houve diferença significativa entre os tratamentos, tendo encontrado maiores
médias nos tratamentos onde aplicou maior dose de adubos orgânicos.
O coeficiente de variação foi 26,998 %. Segundo Gomes (1985, citado por Guido,
2015), se o coeficiente de variação for inferior a 10% considera-se o mesmo como alto,
ou seja, o experimento tem baixa precisão, de mais de 30% o que dá menor fiabilidade
ao estudo.
O coeficiente de variação foi 31,009 %. Segundo Gomes (1985, citado por Guido,
2015), se o coeficiente de variação for superior a 10% considera-se o mesmo como alto,
ou seja, o experimento tem alta precisão, de mais de 30% o que dá menor fiabilidade ao
estudo.
O efeito positivo registado entre o peso da raiz pode estar aliado pelo facto de que a
adubação orgânica por ter maior taxa de nitrogénio, as plantas produzem mais folhas
causam maior capacidade de intercessão da radiação solar havendo deste modo maior
produção de foto-assimilados para o enchimento dos tubérculos tornando assim mais
pesados. Pois Jadoski, at al, (2000), afirma que acumulação de massa seca depende da
interceptação da radiação solar pela cultura e da capacidade de conversão em biomassa,
assim, para uma maior produção de massa seca, a densidade de planta mais eficiente
para interceptação de energia é a que proporciona maior cobertura superficial é a parte
aérea da planta.
O coeficiente de variação foi 25,33 %. Segundo Gomes (1985, citado por Guido, 2015),
se o coeficiente de variação for superior a 10% considera-se o mesmo como alta, ou
seja, o experimento tem baixa precisão, de mais de 30% o que dá menor fiabilidade ao
estudo.
Segundo Carvalho (2015), perpetua que a cultura de cenoura, pode atingir uma
produtividade que varia entre 48 a 70 toneladas por hectare. Mas esta produtividade
depende das condições climáticas, e biológicas do local.
5.2. Recomendações
De acordo com as observações de campo e com os resultados obtidos no estudo
efectuado, recomenda-se:
Ao IIAM-CIM
Que se façam mais estudos do género para a confirmação dos resultados ora
obtidos neste estudo, em particular nas condições agro-ecológicas do local em
que o ensaio foi implantado;
Referências bibliográficas
5. Damatto Júnior, E.R.; Villas BÔAS, R.L.; Leonel, S.; Fernandes, D.M. (2006).
Alterações em propriedades de solo adubado com doses de composto orgânico sob
cultivo de bananeira. Revista Brasileira de Fruticultura.
6. Dias, P.F. Souto, S.M.; Leal, M.A.A. Schimidt, L.T.(2003). Efeito do biofertilizante
líquido na produtividade e qualidade de Alfafa (Mendicago sativa) L. no município de
Seropédica – RJ. Revista Agronomia, Seropédica.
9. Gross, A.; Arusi, R.; Fine, P.; Nejidat, A.(2008). Assessment of extraction methods
with fowl manure for the production of liquid organic fertilizers. Journal Bioresource
Technology, Ohio.
11. Matos, F.A.C.; Lopes, H.R.D.; Dias, R. de L.; Alves, R.T. (2011). Agricultura
familiar: Beterraba. Brasília: Plano Mídia.
13. Mueller, S.; Wamser, A. F.; Suzuki, A.; Becker, W. F. (2013). Produtividade de
tomate sob adubação orgânica e complementação com adubos minerais. Revista
Horticultura Brasileira, v. 31, n. 1, p. 86-92, 2013.
16. Santos, A.C.V.; Sampaio, H. N.( 1993). Efeito do biofertilizante líquido obtido a
partir da fermentação anaeróbia do esterco bovino, no controle de insectos prejudiciais
à lavoura de citros e seus inimigos naturais. In: Seminário Bienal de Pesquisa,1993, 17.
Seropédica, Rio de Janeiro. Resumos.
18. Santos, A.O. (2010). Produção de olerícolas (alface, beterraba e cenoura) sob
manejo orgânico nos sistemas mandalla e convencional. Vitória da Conquista, 2010.
19. Dissertação (Mestrado em Agronomia) Programa de Pós-graduação em Agronomia,
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
22. Prado, R. M.; Franco, C. F.; & Puga, A. P.(2010). Deficiências de macronutrientes
em plantas de soja cv. BRSMG 68 (Vencedora) cultivada em solução nutritiva. Revista
Comunicata Scientiae.
23. Castelo, G. (2008). produtividade e comercialização sub produção de hortaliças,
Revista Horticultura Brasileira, v. 31, n. 1, p. 86-92, 2013.
24. Djennifer, A. (2013), Control e combate de pragas para produtos agrícolas, Revista
Brasileira de Orticolas.
25. Afonso, S.; Brunoz, A. C.; Cebas, A.; & Dragor, A. M. (2011). Doencas comuns em
Cenoura. Revista agroecológica e Desenvolvimento Rural Sustentável, Porto Alegre.
26. Alves, S.B.; Medeiros, M.B.; Tamai, M.A.; & Lopes, R.B. (2001). Trofobiose e
microrganismos na proteção de plantas: biofertilizantes e entomopatógenos na
citricultura orgânica. Revista de Biotecnologia, Ciência e Desenvolvimento, Brasília.
27. Pardo, S. & Tomas, A,. Lopes (2007). Produtos fitossanitario agricultura de
precisao. Brasília: Plano Mídia.
30.http://landportal.org/pt/organization/instituto-de-investigacao-agraria-de-
mocambique- Acesso em 9 de outubro.
36. Marouelli, W,.A., Oliveira, R,. A., & Silva, W,. L. C. irrigacao na cultura de
cenoura Brasília, DF Janeiro, (2007).
Apêndices
3. PROTOCOLO DE ENSAIO
3.1 Responsável pela condução do ensaio: Miminho Cornélio.
3.2 Local do ensaio: distrito de Montepuez, Centro de Investigação Agrária de
Moçambique (CIAM).
3.3 Ano do ensaio: 2021.
3.4Cultura (Espécie vegetal): Cenoura (Daucus carota L).
Área útil: 48 m2
Preparação do terreno;
Sementeira;
Adubação;
Desbaste;
Sachas;
Colheita.
Stand inicial;
Stand final;
Altura da folha;
Germinação;
Peso da raiz;
Comprimento da raiz;
Diâmetro da raiz;
Rendimento.
Período
Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro
Actividades
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Preparação do terreno
(Lavoura e Gradagem)
Demarcação do campo
Delineamento e Sementeira
Desbaste
Sachas
Envio do protocolo
harmonizado
Controle fitossanitário (*)
Cobertura
Adubação
Colheita
Pesagem
Processamento de dados
df<-read.table("CORNELIO.txt.",header=T)
names(df)
plot(Comprimento~ Tratamento,data=df)
boxplot(Comprimento~ Tratamento,data=df)
model<-lm(Comprimento~ Tratamento,data=df)
anova(model)
library(agricolae)
comparison
model<-lm(Diametro~ Tratamento,data=df)
anova(model)
library(agricolae)
comparison
shapiro.test(df$Comprimento)
fligner.test(Comprimento~ Tratamento,data=df)
shapiro.test(df$Diametro)
fligner.test(Diametro~ Tratamento,data=df)
> df<-read.table("CORNELIO.txt.",header=T)
> names(df)
[1] "Repeticao" "Tratamento" "Comprimento" "Diametro"
> plot(Comprimento~ Tratamento,data=df)
> boxplot(Comprimento~ Tratamento,data=df)
> model<-lm(Comprimento~ Tratamento,data=df)
> anova(model)
Analysis of Variance Table
Warning message:
package ‘agricolae’ was built under R version 3.4.4
> comparison <- HSD.test(model,"Tratamento", group=TRUE,main="")
> comparison
$statistics
MSerror Df Mean CV MSD
4.065416 890 7.468222 26.99823 0.9533406
$parameters
test name.t ntr StudentizedRange alpha
Tukey Tratamento 10 4.485562 0.05
$means
Comprimento std r Min Max Q25 Q50 Q75
T0 8.072222 2.788984 90 2.0 14 6.0 8 10.000
T1 7.844444 2.315852 90 3.0 13 6.0 8 9.375
T2 7.911111 1.680319 90 4.5 12 7.0 8 9.000
T3 7.727778 1.677949 90 3.0 12 6.5 8 9.000
T4 7.655556 2.094193 90 4.0 15 6.0 7 9.000
T5 7.426667 1.826693 90 4.0 13 6.0 7 8.975
T6 7.072222 1.785650 90 4.0 14 6.0 7 8.000
T7 6.811111 2.042495 90 3.0 12 5.0 7 8.375
T8 6.733333 1.906818 90 2.0 12 6.0 7 8.000
T9 7.427778 1.776186 90 4.0 14 6.0 7 8.000
$comparison
NULL
$groups
Comprimento groups
T0 8.072222 a
T2 7.911111 ab
T1 7.844444 ab
T3 7.727778 abc
T4 7.655556 abcd
T9 7.427778 abcd
T5 7.426667 abcd
T6 7.072222 bcd
T7 6.811111 cd
T8 6.733333 d
attr(,"class")
[1] "group"
> model<-lm(Diametro~ Tratamento,data=df)
> anova(model)
Analysis of Variance Table
$parameters
test name.t ntr StudentizedRange alpha
Tukey Tratamento 10 4.485562 0.05
$means
Diametro std r Min Max Q25 Q50 Q75
T0 2.063333 0.6062317 90 1.0 3.3 1.500 2.0 2.5
T1 2.378889 0.4961638 90 1.5 3.5 2.000 2.5 2.7
T2 2.021111 0.4594805 90 1.5 3.3 1.700 2.0 2.0
T3 2.066667 0.5670741 90 1.0 4.5 2.000 2.0 2.5
T4 2.322222 0.5031983 90 1.5 3.5 2.000 2.0 3.0
T5 2.264444 0.6208568 90 1.0 4.0 2.000 2.0 2.5
T6 2.262222 0.5472254 90 1.0 4.0 2.000 2.0 2.5
T7 2.087778 0.5634620 90 1.0 4.0 1.525 2.0 2.5
T8 1.787778 0.5168678 90 1.0 3.0 1.500 2.0 2.0
T9 2.077778 0.4167228 90 1.0 3.0 2.000 2.0 2.0
$comparison
NULL
$groups
Diametro groups
T1 2.378889 a
T4 2.322222 ab
T5 2.264444 abc
T6 2.262222 abc
T7 2.087778 bc
T9 2.077778 bc
T3 2.066667 c
T0 2.063333 c
T2 2.021111 cd
T8 1.787778 d
attr(,"class")
[1] "group"
> shapiro.test(df$Comprimento)
data: df$Comprimento
W = 0.97155, p-value = 2.95e-12
> shapiro.test(df$Diametro)
data: df$Diametro
W = 0.92268, p-value < 2.2e-16