Gergelim
Gergelim
Gergelim
Valdemiro Veloso
Universidade Pedagógica
Quelimane
2018
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4º Grupo
Valdemiro Veloso
Universidade Pedagógica
Quelimane
2018
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Índice pág.
I CAPÍTULO: QUESTÕES INTRODUCIONAIS..........................................................................4
1. Introdução.....................................................................................................................................4
1. Objectivos.....................................................................................................................................5
1.1. Geral..........................................................................................................................................5
1.2. Específicos.................................................................................................................................5
1.3. Metodologias.............................................................................................................................5
II CAPÍTULO: CONTEXTUALIZAÇÃO......................................................................................6
2. Cultura de Gergelim.....................................................................................................................6
2.2.5. Desbaste................................................................................................................................10
2.3.1.1. Danos.................................................................................................................................11
2.3.2.2. Danos.................................................................................................................................11
2.3.3.2. Danos.................................................................................................................................12
3. Conclusão...................................................................................................................................19
4. Referências Bibliográficas..........................................................................................................20
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O gergelim (Sesamum indicum L. ) é uma das primeiras espécies domesticadas pelo homem,
sendo na actualidade uma das dez principais oleaginosas do mundo, ocupando área plantada
superior a oito milhões de hectares e produz um dos melhores óleos para a alimentação humana,
tendo na sua constituição substâncias antioxidantes como as sesamina e sesamolina e cerca de
40% de seus ácidos-graxas é o oleico, monoinsaturado, sendo assim um óleo recomendado para
alimentação do homem, além de ser medicinal. (Queiroga, Arriel & Silva; 2010).
No presente trabalho será descrito a origem desta cultura, tendo em conta a história que ela
carrega a nível das civilizações, será explicado o seu processo de produção deste, o preparo do
solo até ao processamento industrial e não deixando de lado a sua aplicabilidade actual na vida do
homem.
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Objectivos
Geral
Específicos
Metodologias
No que diz respeito aos aspectos metodológicos, a pesquisa compreendeu, como método de
abordagem, o método hipotético-dedutivo: onde na documentação indirecta, abrangeu a pesquisa
bibliográfica (LAKATOS e MARCONI, 2001).
II CAPÍTULO: CONTEXTUALIZAÇÃO
Cultura de Gergelim
Origens e Características
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O gergelim (Sesamum indicum L.) tem sua origem no continente africano e asiático, mas
considera-se a África o continente de origem básico, haja vista contar com a maioria das espécies
silvestres do género Sesamum, porém é na Ásia que se encontra uma riqueza de variedades das
espécies cultivadas (KOBAYSHI, 1981).
Pertencente à família das pedaliáceas, com propriedades medicinais, de flores alvas, róseas ou
vermelhas, hermafroditas, malcheirosas, dispostas nas axilas das folhas, e cujo fruto, é uma
cápsula oblonga, pubescente, com sementes oleaginosas, pequenas, amarelas, alvas ou pretas,
arredondadas e levemente comprimidas.
O gergelim é entre as oleaginosas, uma das culturas mais antigas, apresentando bom nível de
resistência à seca e de fácil cultivo, sendo adaptada às condições semiáridas em diversos países. É
uma cultura bastante antiga, sendo considerada uma das principais oleaginosas cultivadas em
todo o mundo (QUEIROGA et al., 2008).
Segundo Arriel et al. (2007) o gergelim é uma planta anual ou perene, de altura variável (0,5 a 3
m), caule erecto, com ou sem ramificações, com ou sem pelo, e apresenta sistema radicular
pivotante, suas folhas apresentam-se alternadas ou opostas, sendo as da parte inferior da planta
adulta mais largas, irregularmente dentadas ou lobadas, enquanto as da parte superior são
lanceoladas; as flores são completas e axilares, em número de 1 a 3 por axila foliar; o fruto é uma
cápsula alongada, pilosa, deiscente ou indeiscente, de tamanho variando de 2 a 8 cm, dependendo
da variedade; as sementes são pequenas, onde as cores variam de branca a preta. O gergelim é
considerado uma espécie predominantemente autogâmica, porém alguns autores relatam
diferentes taxas de alogamia que podem variar com a região, cultivares, condições climáticas e
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populações de insectos, com probabilidade para a polinização cruzada natural aumentando nas
manhãs de dias nublados, frios e chuvosos, quando a liberação do pólen é frequentemente
retardada até uma a duas horas depois da abertura da flor (ARRIEL et al., 2001). Além disso,
gergelim é considerado uma planta esgotante do solo, apresenta baixa produtividade média,
muitas vezes inferior a 400 kg.ha-1 de sementes (BELTRÃO et al., 1994).
De acordo com Beltrão et al. (2006) para se aumentar o rendimento da cultura do gergelim deve-
se levar em consideração alguns aspectos como potencial genético da cultivar, clima, solo,
espaçamento, adubação bem como factores fitossanitários. Em termos médios num plantio bem
conduzido, um rendimento de até 1500 kg de sementes por hectare em condições de sequeiro.
Arriel (2000) afirma que na exploração racional da cultura do gergelim, faz-se necessário uma
organização no sistema de produção, ou seja, deve-se ter um planeamento, bem como um maneio
cultural adequado das áreas de produção.
Preparo do solo
De acordo com Lima et al. (2008) os solos, mas indicados para a cultura do gergelim são aqueles
arejados franco-argilosos, ricos em matériaorgânica, bem drenados e como capacidade de
retenção de umidade; além disso, o gergelim é extremamente sensível a sais portanto deve-se ter
algumas precauções em áreas irrigadas na região nordeste uma vez que várias áreas do perímetro
irrigado apresentam problema de salinização.
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Para Queiroga et al. (2011) na cultura do gergelim, pode-se utilizar tanto o método
convencionalmente, ou mesmo a técnicas de preparo mínimo. O importante nas técnicas adotadas
é que no preparo do solo sejam utilizadas máquinas, implementos agrícolas adequados para cada
tipo de solo e que as operações sejam feitas no momento oportuno
A COPERBIO (2011) ressalta que devido à semente de gergelim ser muito pequena e apresentar
crescimento lento, é essencial o controle das plantas invasoras uma vez que estas se estabelecem
primeiro que o gergelim, e consequentemente, competem por água, nutrientes e luz; outro fator a
considerar formações de torrões no preparo do solo, o que deve ser evitado, pois podem reduzir a
germinação. Todavia Arriel (2007) destaca que o preparo do solo inicia-se com a limpeza da área,
a trituração, assim como a pré-incorporação dos resíduos vegetais com grade leve ou niveladora
(Figura 1). Depois de 7, 15 dias da incorporação, faz-se uma aração profunda dependendo do tipo
e da profundidade do solo, com arado de aiveca, e, posteriormente, gradeia-o com grade simples
(COPERBIO, 2011; citado por Beltrão et. al, 2013).
Segundo Beltrão et al. (2010) estudando época de plantio no consórcio mamona e gergelim,
concluiu que a época de plantio é um factor que deve-se levar em consideração. Em sistemas
consorciados deve-se efectuar o plantio do gergelim entre 15 a 20 dias após o semeio da mamona.
Por sua vez, Lima et al. (2008) estudando a época relativa de plantio e adubação introdução do
gergelim consorciado com algodão verificou que na época relativa em que o algodão foi plantado
15 dias antes do gergelim, houve a menor relação de competição entre as espécies, enquanto na
época relativa onde o algodão foi plantado 15 dias depois verificou-se maior relação de
competição, ou seja, o gergelim foi mais agressivo no sistema em que foi plantado 15 dias antes
do algodão. Enfim a época de plantio do gergelim no sistema consorciado vai depender da cultura
que está em consórcio.
Espaçamento de Sementeira
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O cultivar de pequeno porte deve ser semeado com distância de 0,05 m a 0,15 m entre plantas, de
acordo com a fertilidade do solo. Em função do seu hábito de ramificação e grande diversidade
entre as cultivares, recomenda-se a distância de 0,40 m a 0,90 m entre fileiras para o plantio
manual, e de 0,60 m para o plantio mecanizado, dependendo do solo e da cultivar. Foi verificado,
na Venezuela, que em cultivares não ramificadas, as maiores densidades de semeadura
forneceram as maiores produtividades, fato que também foi constatado no Nordeste brasileiro,
com a cultivar IAC Ouro, que foi mais produtiva no espaçamento de 0,5 m e população de 100
mil plantas.ha-1 (BELTRÃO e VIEIRA, 2001).
Densidade de Plantio
A quantidade de sementes por hectare varia entre de 1,5 kg a 3,5 kg, de acordo com o
espaçamento e da densidade de plantio (ARIEL et al., 2006). A população de plantas é um dos
principais componentes da produção do gergelim, ao lado do número de frutos/planta e de
sementes/fruto e do peso de 1.000 sementes. Para se obter altos rendimentos se utilizam elevadas
densidades de plantio. Nas variedades não ramificadas utilizam as populações entre 250.000-
350.000 plantas.ha-1 (entre fileiras 0,3 a 0,40 m e entre plantas 0,075 cm). Já nas variedades
ramificadas, a população poderá ficar entre 150.000-200.000 plantas.ha-1 entre fileiras 0,50 a
0,60 m e entre plantas 0,10 a 0,15 m (MAZZANI, 1999, citado por Beltrão et. al, 2013).
Desbaste
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Esta prática deverá ser feita com o solo húmido e em duas etapas. Beltrão et al. (1994) recomenda
que o primeiro desbaste seja realizado quando as plantas estiverem com quatro folhas, deixando-
se quatro ou cinco plantas por unidade de espaçamento, e o segundo, quando as plantas atingirem
12 a 15 cm de altura; ou seja, entre 18 a 30 dias após a emergência das plantas. Se ultrapassar os
30 dias, pode ocasionar significativa queda na produção. (Beltrão et al, 1994; citado por
Queiroga, 2010).
De acordo com EMBRAPA (2000) tanto na semeadura manual, como na utilização de máquina
simples, onde a precisão do fluxo de sementes é baixa, é necessário fazer o desbaste para deixar a
população de plantas na faixa recomendada, assim deve-se fazer um pré-desbaste que deve ser
feito quando as plantas tiverem quatro folhas e deixa-se de quatro a cinco por unidade de
espaçamento e o segundo, quando as plantas estiverem com 12,0 a 15,0 cm de altura.
Rotação de Cultura
A rotação de culturas é uma técnica que consiste em alternar espécies vegetais, no correr do
tempo, numa mesma área agrícola. Um bom planeamento da rotação ocasionará uma máxima
eficiência produtiva, assim alguns aspectos devem ser considerados como espécies escolhidas,
uma vez que deve procurar espécies com propósitos comerciais, bem como que promovam a
manutenção e/ou recuperação do meio-ambiente (EMBRAPA, 2004).
Beltrão et al. (1994) ressalta que o gergelim pode ser utilizado na rotação de cultura uma vez que
promove a redução de pragas, tanto as do gergelim como das demais culturas que entram no
sistema de rotação. De igual forma afirma Queiroga et al. (2008), dizendo que é necessário que o
produtor esteja sempre atento, fazendo anualmente a rotação da área do gergelim com outras
culturas, pois promoverá o menor custo de produção e ausência de pragas na lavoura.
A cultura do gergelim apresenta inúmeros artrópodes associados, onde uma grande parcela causa
danos económicos, e, por isso, merecem especial atenção. Assim, a correta identificação e
quantificação desses artrópodes é imprescindível para o seu controle.
Danos
No estágio inicial do ataque ocorre o atrofiamento de ramos e folhas. O ataque desta praga é
geralmente observado a partir do 15º dia de emergência das plantas até o amadurecimento das
cápsulas (ARRIEL et al., 2007).
Seu controle é feito pela eliminação das ervas daninhas e com o uso dos insecticidas
Deltamethrin ou Carbaryl antes da frutificação (ARRIEL et al., 2007). O controlo através de
insecticidas biológicos que provoca doenças na praga, também vem sendo utilizado. Produtos
biológicos a base de Bacillus thuringiensis (Bt), baculovírus ou fungos são boas alternativas para
o maneio das lagartas (SOARES e ARRIEL, 2009).
Descrição do Insecto
Danos
Seu ataque tem início primeiramente em rebolearas e, depois infesta toda a plantação (SOARES e
ARRIEL, 2009). Estes afídios são importantes transmissores de vírus, e além disso, liberam uma
substância açucarada que propicia o aparecimento do fungo Capnodium sp., conhecido como
fumagina, que dificulta as trocas gasosas, interferido assim, no processo de fotossíntese
(VENDRAMIN e MARCHINI, 1992).
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Uma das formas de maneio da praga é eliminando plantas daninhas hospedeiras desta, o uso de
barreiras físicas, como por exemplo, armadilhas adesivas amarelas que são atractivas aos pulgões,
também são recomendadas (GUIMARÃES et al., 2005). O controlo biológico desta praga é
realizado por parasitóides como a microvespa Lysiphlebus testaceipes (responsável pelo aspecto
de múmia em Aphis sp), e as Aphidius spp. No grupo dos predadores estão as joaninhas,
Cycloneda sanguinea e Scymnus sp., as crespidões da espécie Chrysoperla externa e o percevejo
Orius sp. Os fungos do gênero Verticillium, também são apontados como importantes agentes
controladores da praga (SOARES e ARRIEL, 2009).
Descrição do insecto
Os ovos são colocados dentro do tecido da planta (endofítico). Suas ninfas são amareladas e
locomovem-se lateralmente quando perturbadas. São encontradas geralmente na face ventral das
folhas e passam por cinco instares. Na fase adulta é verde e muito ágil, podendo viver até 60 dias.
Seu ciclo biológico dura em torno de 25 dias (ZUCCHI et al., 1993).
Danos
Tanto os adultos quanto as ninfas sugam a seiva e injectam toxinas na planta (ZUCCHI et al.,
1993). Quando atacadas as plantas apresentam folhas com coloração verde-amarelado,
encarquilhadas e estiolamento dos ramos tenros (ARAUJO e SOARES, 2001).
controlos alternativos, de menor impacto ambiental. Nas fases iniciais da praga os insecticidas a
base de extractos de plantas, como, por exemplo, extracto de neen (Azadiracta indica) são
bastante eficientes, pois nas fases de ninfas e larvas esta praga é mais vulnerável a acção dos
insecticidas naturais (QUEIROGA et al., 2008).
Dentre as medidas preventivas que se pode adoptar, uma fundamental é evitar o plantio de
gergelim próximo a outras culturas que constantemente são atacadas por este insecto, como a soja
e o feijão. Existem cultivares que apresentam caules e frutos cobertos por uma cera que
demonstram ser menos atraentes para a cigarrinha-verde (Empoasca sp), mantendo a população
em baixos níveis e consequente diminuição dos danos provocados pela praga (SOARES e
ARRIEL, 2009).
Principais Doenças
O Gergelim, dependendo da cultivar, das condições do cultivo, bem como do maneio cultural
fornecido, pode ser acometido por diversos agentes (bactérias, fungos, vírus, etc.), que causam
doenças, destacando-se a mancha angular que afecta em geral as folhas, produzindo lesões
angulares, cujo controle deve ser feito com o uso de cultivares resistentes ou tolerantes, como as
CNPA G3 e CNPA G4, a mancha de cercos-porá que ataca folhas e frutos, promovendo manchas
arredondadas e mais ou menos regulares, sendo o agente transmitido pela semente e o controle
deve ser feito com fungicida à base de sulfato de cobre ou tratamento da semente ou tiofanato
metílico; a podridão negra do caule, também causada por fungo é perigosa e deve-se ser tratada
com rotação cultural e uso de fungicida à base de propino, no tratamento de sementes, na
concentração de 1%. Outras doenças são: murcha de fusarium, murcha bacteriana, mancha de
alternaria e filoidia (anomalia) (Embrapa, 2000).
Distribuição Mundial
O gergelim é uma planta oleaginosa de ampla adaptabilidade, seu cultivo se estende de 25º S e
25º N, porém pode ser encontrado também até 40º N na China, Rússia e USA a 30º S na Austrália
e a 35º S na América do Sul. O cultivo desta oleaginosa prospera em regiões de alta temperatura,
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baixa altitude e iluminação solar abundante. Em geral, é resistente à seca e apto para o cultivo em
zonas áridas e semiáridas e em épocas de escassa precipitação.
A posição do gergelim no cômputo geral das oleaginosas comestíveis de origem vegetal, não é
das mais vantajosas, tanto no que se refere às quantidades produzidas quanto as transaccionadas
no comércio mundial. De 1985 a 1995 a produção obtida de sementes de gergelim, praticamente
não sofreu alterações, ocorre que apesar de haver incremento na produção de alguns países, há
sempre diminuição de safras em outros. As exportações mundiais de gergelim foram, durante o
período 1990-2001, lideradas pela Índia, pelo Sudão e pela China, países que no ano 2001
contribuíram com 62% do total do mercado.
1.1.
Importância do Gergelim
Segundo levantamento estatístico feito pelo IICA (2004), a maior demanda de gergelim vai para
a indústria alimentícia, sendo que 70% da produção, na maioria dos países importadores, são
utilizadas para a elaboração de óleo e farinha. Cerca de 88% do comércio mundial deste produto
é de sementes, seguido da torta com 8% e de óleo com 4% (BELTRÃO et al., 1994). Segundo
levantamento estatístico feito pelo IICA (2004), a maior demanda de gergelim vai para a indústria
alimentícia, sendo que 70% da produção, na maioria dos países importadores, são utilizadas para
a elaboração de óleo e farinha. Cerca de 88% do comércio mundial deste produto é de sementes,
seguido da torta com 8% e de óleo com 4% (BELTRÃO et al., 1994).
Actualmente, pesquisas revelam que o hábito de comer gergelim habitualmente pode trazer
benefícios para a saúde humana, auxiliando na prevenção de várias doenças: depressão,
osteoporose (por ser rico em cálcio), colesterol (lecitina) e arteriosclerose. (Queiroga, Arriel &
Silva; 2010).
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1.1.1. Culinária
O processamento de óleo de gergelim para consumo humano tem longa história e depende da
região e costumes dos povos que fazem essa extracção, a utilização das sementes de gergelim em
escala industrial envolve a fabricação de vários produtos para fins alimentares, como as
confecções de farinhas, farelos, tortas e produtos de confeitaria (GODOY et al., 1985; SAVY
FILHO e BANZATTO, 1988). Os autores comentam que as sementes de gergelim podem ser
usadas como tempero em saladas e arroz, ou ingerido diariamente e quando torrada e moída
(farinha) é utilizada como massa para biscoitos, bolachas, bolos, doces, sopas, mingaus, pães e
pastas, que também pode ser empregada no enriquecimento de alimentos.
As preparações caseiras de uso interno e externo são recomendadas pela medicina popular. O chá
das folhas de gergelim é adstringente para diarreia; o óleo das sementes é usado em emplastros
contra queimaduras; é considerado um galactagogo (estimula a liberação de leite materno), bem
como é conhecido por ter acção anti-reumática e anti-inflamatória; tradicionalmente, o gergelim é
usado em países asiáticos no tratamento de feridas, especialmente as causadas por queimaduras,
também há relatos de sua eficiência em condições dérmicas como eczema, seborreia, psoríase e
queimaduras de sol (ALVAREZ; RODRÍGUEZ, 2000; KIRAN; ASAD, 2008).
O óleo de gergelim é conhecido por sua habilidade de penetrar facilmente na pele, nutrindo e
detoxificando as camadas mais profundas do tecido (MORRISON e FOERSTER LLP, 2008). Foi
elaborada uma composição para aumento da elasticidade da pele, baseada em um fermentado de
sementes de gergelim e de soja recém-geminadas, que pode ser usada em emulsão, creme, gel,
espuma ou outras formulações (AMOREPACIFIC CORP, 2009).
O uso de óleos vegetais directamente sobre as plantas tem sido pouco estudado. A forma de acção
dos óleos também foi comentada por Villas-Boas et al. (1997), segundo os quais o provável
modo de acção dos óleos é o dano causado à película de cera sobre a cutícula que interfere no
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2. Conclusão
3. Referências Bibliográficas
1) ARRIEL, N. H. C.; FREIRE, E. C.; ANDRADE, F. P. Melhoramento genético. In.:
BELTRÃO, N. E. de M.; VIEIRA, D. J.(Ed.). O agronegócio do gergelim no Brasil.
Brasília: Embrapa Informação Tecnológica; Campina Grande: Embrapa Algodão, 2001,
p. 247-284.
2) ARRIEL, N.H.C.; FIRMINO, P.T.; BELTRÃO, N.E.M.; SOARES, J.J.; ARAÚJO, A.E.;
SILVA, A.C.; FERREIRA, G.B. A cultura do gergelim. EMBRAPA, Brasília.
Informação Tecnológica, 2007. 72p.
3) BELTRÃO, N. E. de M.; FREIRE, E. C.; LIMA, E. F. Gergelim cultura no trópico
semiárido nordestino. Campina Grande: EMBRAPA - CNPA, 1994. 52 p. (EMBRAPA -
CNPA. Circular Técnica, 18).
4) BELTRÃO, N. E. M; SOUZA, J. G. de; PEREIRA, J. R.. Fitologia. In: BELTRÃO, N. E.
de M.; VIEIRA, D. J.(Ed.). O agronegócio do gergelim no Brasil. Brasília: Embrapa
Informação Tecnológica;Campina Grande: Embrapa Algodão, 2001, p. 37-57.
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