Radiomensagens de Pio Xii
Radiomensagens de Pio Xii
Radiomensagens de Pio Xii
Pio XII
RADIOMENSAGENS DE NATAL
1939 - 1953
■ MENSAGEM DE NATAL
DE 1939: PONTOS
FUNDAMENTAIS PARA A
PACÍFICA CONVIVÊNCIA
DOS POVOS
■ MENSAGEM DE NATAL
DE 1940: ALEGRIA NA
TORMENTA
■ RADIOMENSAGEM DE
NATAL DE 1941: BASES
DA ORDEM NOVA
■ RADIOMENSAGEM DE
NATAL DE 1942: A PAZ
NA VIDA SOCIAL
■ RADIOMENSAGEM DE
NATAL DE 1943: NATAL
DE GUERRA
■ RADIOMENSAGEM DE
NATAL DE 1944: SOBRE
A DEMOCRACIA
■ RADIOMENSAGEM DE 9
DE MAIO DE 1945:
SOBRE O FIM DA
GUERRA NA EUROPA
■ RADIOMENSAGEM DE
NATAL DE 1945: MISSÃO
DA IGREJA E
PRESSUPOSTOS DE
UMA PAZ DURADOURA
■ RADIOMENSAGEM DE
NATAL DE 1946: O
CAMINHO DA PAZ
■ RADIOMENSAGEM DE
NATAL DE 1947: O
MUNDO NA CURVA DE
SEU DESTINO
■ RADIOMENSAGEM DE
NATAL DE 1948: A
SEGURANÇA E O
APERFEIÇOAMENTO DA
PAZ
■ RADIOMENSAGEM DE
NATAL DE 1949: O
JUBILEU DE 1950
■ RADIOMENSAGEM DE
NATAL DE 1950: O FIM
DO ANO SANTO
■ RADIOMENSAGEM DE
NATAL DE 1951: SOBRE
A IGREJA E A PAZ
■ RADIOMENSAGEM DE 31
DE DEZEMBRO DE 1951:
AOS DETIDOS NOS
INSTITUTOS PENAIS
■ RADIOMENSAGEM DE
NATAL DE 1952: A
DESPERSONALIZAÇÃO
DO HOMEM MODERNO
■ RADIOMENSAGEM DE
NATAL DE 1953: SOBRE
OS PERIGOS DO
TECNICISMO
Pio XII
Índice Geral
INTRODUÇÃO
A LUZ DA FÉ
AO TROAR DO CANHÃO
DEUS O QUER!
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/0-MCMXXXIX.htm2006-06-03 00:09:57
Pio XII MENSAGEM DE NATAL DE 1940 ALEGRIA NA TORMENTA: Index.
Pio XII
ALEGRIA NA TORMENTA
Índice Geral
INTRODUÇÃO
A ALEGRIA DO NATAL
OTIMISMO E PESSIMISMO
EXORTAÇÃO À ORAÇÃO
Pio XII
Índice Geral
INTRODUÇÃO
FUNESTAS CONSEQÜÊNCIAS
Pio XII
Índice Geral
CONVIVÊNCIA NA ORDEM
DESENVOLVIMENTO E APERFEIÇOAMENTO DA
PESSOA HUMANA
CONVIVÊNCIA NA TRANQÜILIDADE
O MUNDO OPERÁRIO
Pio XII
NATAL DE GUERRA
Índice Geral
INTRODUÇÃO
AOS DESENGANADOS
EXORTAÇÃO AO TRABALHO
PEDIDO DE AUXILIO
EXPECTATIVA DE PAZ
BÊNÇÃO APOSTÓLICA
Pio XII
SOBRE A DEMOCRACIA
Índice Geral
AURORA DE ESPERANÇA
O PROBLEMA DA DEMOCRACIA
POVO E "MASSA"
O ABSOLUTISMO ESTATAL
INJUSTA
CRUZADA DE CARIDADE
Pio XII
Índice Geral
A TODO O MUNDO
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/0-MCMXLIVB.htm2006-06-03 00:09:58
Pio XII RADIOMENSAGEM DO NATAL DE 1945 MISSÃO DA IGREJA E PRESSUPOSTOS DE UMA PAZ DURADOURA: Index.
Pio XII
Índice Geral
A SUPRANACIONALIDADE DA IGREJA
UNIVERSALIDADE DA IGREJA
A OBRA DA PAZ
OS PRISIONEIROS DE GUERRA
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/0-MCMXLV.htm2006-06-03 00:09:58
Pio XII RADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1946 O CAMINHO DA PAZ: Index.
Pio XII
O CAMINHO DA PAZ
Índice Geral
A VOZ DA CONSCIÊNCIA
A LUZ DE BELÉM
O AÇOITE DA FOME
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/0-MCMXLVI.htm2006-06-03 00:09:58
Pio XII RADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1947 O MUNDO NA CURVA DE SEU DESTINO: Index.
Pio XII
Índice Geral
INTRODUÇÃO
BÊNÇÃO APOSTÓLICA
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/0-MCMXLVII.htm2006-06-03 00:09:59
Pio XII RADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1948 A SEGURANÇA E O APERFEIÇOAMENTO DA PAZ: Index.
Pio XII
Índice Geral
FERVOR DE VIDA
SUBLIMES HEROÍSMOS
DOLOROSOS NAUFRÁGIOS
AMARGAS SEPARAÇÕES
É FACILMENTE RECONHECÍVEL
É PRÁTICA E REALÍSTICA
Pio XII
O JUBILEU DE 1950
Índice Geral
NO CAMPO SOCIAL
NO CAMPO INTERNACIONAL
ARREPENDIMENTO E EXPIAÇÃO
PERDÃO AMPLO
CONVITE A ROMA
Pio XII
Índice Geral
INTRODUÇÃO
MARAVILHAS INCOMPARÁVEIS.
RECORDAÇÕES COMOVENTES.
OS GRANDES AUSENTES
A PAZ EXTERNA
GRANDÍSSIMA INJUSTIÇA
RECURSO À ORAÇÃO
Pio XII
Índice Geral
AS ARMAS MODERNAS.
O DESARMAMENTO.
A IGREJA DO SILÊNCIO.
Pio XII
Índice Geral
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/0-MCMLIB.htm2006-06-03 00:10:00
Pio XII RADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1952 A DESPERSONALIZAÇÃO DO HOMEM MODERNO: Index.
Pio XII
Índice Geral
OPRESSÕES E PERSEGUIÇÕES.
JESUS E OS POBRES.
EXORTAÇÃO.
Pio XII
Índice Geral
O PROGRESSO TÉCNICO
... E NA FAMÍLIA
A AUTORIDADE DO ESTADO.
CONCLUSÃO.
Pio XII
INTRODUÇÃO
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXXXIX-1.htm2006-06-03 00:10:01
Pio XII MENSAGEM DE NATAL DE 1939 PONTOS FUNDAMENTAIS PARA A : C.2.
A LUZ DA FÉ
" ..
lodoletta
che in
aere si
spazia
prima
cantando,
e poi face
contenta
dell'ultima
dolcezza
che Ia
sazia".
Par.
XX,
73
6. Mas esta hora em que a vigília da Santa Festa do Natal nos traz a
doce alegria da vossa presença, junta-se com a lembrança saudosa,
tão viva em nós - e sem dúvida não menos viva em vós -do Nosso
glorioso Predecessor de santa memória (tão piedosamente invocado
pelo Nosso Venerável Irmão Cardeal Decano); e recordamos as suas
palavras, proferidas há apenas um ano, palavras inesquecíveis,
solenes e graves, oriundas do intimo do seu coração de Pai,
palavras que vós ouvistes conosco trespassados de dor muito viva,
como o nunc dimittis do velho Simeão; palavras proferidas nesta
sala, nesta mesma vigília, como que repassadas do peso do
pressentimento, para não dizer da visão profética, de próximas
desventuras; palavras de exortação suplicante, de heróico sacrifício
da sua pessoa, cujos acentos inflamados ainda hoje Nos comovem a
alma.
AO TROAR DO CANHÃO
12. Não Nos resta, Veneráveis Irmãos e queridos filhos, senão repetir
com o profeta: Exspectavimus pacem, et non est borram, et tempos
curationis, et ecce turbatio (Jer 14, 19), e trabalhar, tanto quanto
pudermos, em aliviar as desventuras que nascem da guerra, ainda
que tal ação seja muito difícil por causa da impossibilidade, não
vencida ainda, de levar o socorro da caridade cristã às regiões, onde
DEUS O QUER!
21. Para este ideai, onde residem ao mesmo tempo os fins reais
duma verdadeira paz na justiça e no amor, Nós aguardamos e
esperamos que todos aqueles que estão unidos conosco pelo
vínculo da fé, cada qual no seu lugar e dentro dos limites da sua
missão, tenham abertos o espírito e o coração, a fim de que, quando
o furacão da guerra estiver para cessar e dissipar-se, surjam, mo
seio de todos os povos e nações, espíritos previdentes e puros,
animados de coragem, que saibam e possam opor ao tenebroso
instinto de vingança a severa e nobre majestade da justiça, irmã do
amor e companheira de toda a verdadeira sabedoria.
22. Desta justiça, a única que pode criar a paz e assegurá-la, Nós, e
conosco todos os que escutam a Nossa voz, não ignoramos onde
nos é dado encontrar o sublime exemplar, o intimo impulso e a
segura promessa. Transeamus usque Bethlehem, et vi- (Lc 9, 15).
Vamos a Belém. Ai encontraremos reclinado num presépio o recém-
nascido "Sol da justiça", Cristo nosso Deus, e junto dele a Virgem
Maria, "Espelho da justiça" e "Rainha da paz", com o santo varão e
guarda S. José, o "homem justo". Jesus é o Desejado das nações.
Os profetas o apontaram e cantaram seus futuros triunfos: et
vocabitur nomen eius admirabilis, conciliarias, Deus, fortis, pater
futuri saeculi, princeps pacis (Is 9, 6).
ordem de coisas que os estadistas ainda mal divisam. Creio até que
essa nova ordem já está sendo construída, silenciosa, mas
inevitavelmente, nos corações das massas, cujas vozes não são
ouvidas, mas cuja fé comum escreverá a última página da história
do nosso tempo. Conhecem muito bem que, sem crença num
princípio diretivo e sem confiança num plano divino, as nações
ficarão nas trevas e os povos perecerão. Eles sabem que a
civilização, herdada de nossos pais, foi edificada por homens e
mulheres que conheciam, no seu íntimo, que todos éramos irmãos,
porque todos éramos filhos de Deus. Eles criam que, pela sua
vontade, as inimizades podiam ser curadas; que pela sua
misericórdia os fracos podiam ser libertados, e que os fortes
encontrariam graça, auxiliando os fracos. Se estas vozes silenciosas
forem ouvidas, nesta hora de angústia e de horror, creio que nos
poderão dizer coiro se há de reconstruir o mundo. E' próprio que o
mundo pense .nisto, pela festa do Natal. Conhecendo perfeitamente
o povo deste país que o tempo e a distância deixaram de existir,
como noutras eras, sabe também que o que fere uma parte da
humanidade, fere o resto do mundo. Só pela cooperação mútua e
amiga daqueles que buscam a luz e a paz, poderá levar-se de
vencida as forças do mal. Nas circunstâncias do momento presente,
não há nenhum "leader" espiritual ou temporal que possa executar
um plano determinado, capaz de pôr fim a esta destruição e
reconstruir uma nova ordem. No entanto, esse tempo virá
certamente. Estou, portanto, persuadido de que, embora não se veja
ainda o modo nem o tempo de agir, é conveniente, desde já,
trabalhar para uma união mútua de esforços de todos aqueles que,
nas diversas partes do mundo - sejam líderes religiosos ou civis,
têm a peito a mesma causa. Tomo, portanto, a liberdade de
participar a Vossa Santidade que será para mim motivo de grande
alegria enviar-vos o meu representante pessoal a fim de que os
nossos comuns esforços pela paz e alívio dos que sofrem se tornem
mais profícuos. Quando chegar o tempo para o restabelecimento da
paz mundial, numa base mais segura, é de altíssima importância
para a humanidade e para a religião que aqueles que têm a peites o
mesmo ideal apresentem uma frente única de ação. Além disso,
quando chegar esse dia feliz, todos nós teremos de resolver grandes
problemas de importância prática. Milhões de pessoas de todas as
raças, nacionalidades e credos religiosos deverão talvez Principiar
uma nova vida, emigrando para outros países, ou regressando aos
seus antigos lares. Neste ponto também, um ideal comum exige uma
ação comum. Confio, pois, plenamente que todas as confissões
religiosas do mundo, que crêem no mesmo Deus, envidarão todos
Franklin
D.
Roosevelt.
Pio XII
ALEGRIA NA TORMENTA
INTRODUÇÃO
A ALEGRIA DO NATAL
"Ab Urbe
Roma condita
anno
septigentesimo
quinquagesimo
secundo, anno
imperii
Octaviani
Augusti
quadragesimo
secundo, toto
Orbe in pace
composito...
Jesus
Christus
aeternus Deus
aeternique
Patris Filius,
mundum
volens
advento suo
piissimo
consecrare, de
Spiritu Sancto
conceptus, ..
in Bethlehem
Judae nascitur
ex Maria
Virgine factus
homo".
OTIMISMO E PESSIMISMO
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXL-3.htm2006-06-03 00:10:04
Pio XII MENSAGEM DE NATAL DE 1940 ALEGRIA NA TORMENTA: C.4.
"Confortate
manus
dissolutas,
et genua
debilia
roborate.
Dicite
pusillanimis:
Confortamini,
et nolite
timere: ecce
Deus vester
ultionem
adducet
retributionis:
Deus ipse
veniet, et
salvabit
vos".
Is
35,
3-
4
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXL-6.htm2006-06-03 00:10:05
Pio XII MENSAGEM DE NATAL DE 1940 ALEGRIA NA TORMENTA: C.7.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXL-7.htm2006-06-03 00:10:05
Pio XII MENSAGEM DE NATAL DE 1940 ALEGRIA NA TORMENTA: C.8.
entes queridos.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXL-9.htm2006-06-03 00:10:05
Pio XII MENSAGEM DE NATAL DE 1940 ALEGRIA NA TORMENTA: C.10.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXL-10.htm2006-06-03 00:10:06
Pio XII MENSAGEM DE NATAL DE 1940 ALEGRIA NA TORMENTA: C.11.
25. Mais duma vez a Igreja teve de pregar a surdos: a dura realidade
prega agora à sua volta e, ao seu grito - Erudimini, abrem-se ouvidos
dantes fechados à voz materna da esposa de Cristo. Épocas de
angústias são muitas vezes, mais que os tempos de bem-estar, ricas
de verdadeiros e profundos ensinamentos, daquela mesma maneira
que a dor é muitas vezes mestra mais eficaz que o êxito fácil.
Tantummodo sola vexatio intellectum dabit auditui (Is 28, 19). E
esperemos em Deus que a humanidade inteira, como cada nação em
particular, sairá da hodierna, dolorosa e sangrenta escola, mais
sábia, experimentada e amadurecida; saberá distinguir com olhos
límpidos a verdade, da aparência enganadora; e abrirá e dará
ouvidos à voz da razão, agradável ou não, e os fechará à oca retórica
do erro; formar-se-á a convicção da realidade, que tomará a sério a
atuação do direito e da justiça, não só quando se tratar de exigir o
cumprimento das próprias, mas também quando se devam satisfazer
as justas exigências dos outros.
EXORTAÇÃO À ORAÇÃO
Pio XII
INTRODUÇÃO
FUNESTAS CONSEQÜÊNCIAS
15. Ora, as ruínas desta guerra são demasiado ingentes para que se
lhes possam acrescentar ainda as de uma paz ilusória; e por isso,
para evitar tamanha desgraça, convém que nela colaborem com
sinceridade de vontade e de energia, com propósito de generosa
contribuição, não só este ou aquele partido, não. só este ou aquele
povo, mas todos os povos, ou antes a humanidade inteira. E' uma
empresa universal de bem comum, que requer a colaboração da
cristandade, por causa dos aspectos religiosos e morais do novo
edifício que se quer construir.
17. Tal ordem nova, que todos os povos anelam ver realizada depois
das provações e ruínas desta guerra, tem de ser levantada sobre a
rocha inabalável da lei moral, manifestada pelo próprio Criador por
meio da ordem natural, e por ele insculpida nos corações dos
homens com caracteres indeléveis; lei moral cuja observância deve
ser inculcada e promovida pela opinião pública de todas as nações e
de todos os Estados com tal unanimidade de voz e de força, que
ninguém se possa atrever a pô-la em dúvida ou atenuar-lhe o vinculo
obrigatório.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLI-6.htm2006-06-03 00:10:08
Pio XII RADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1941 BASES DA ORDEM NOVA: C.7.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLI-7.htm2006-06-03 00:10:08
Pio XII RADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1941 BASES DA ORDEM NOVA: C.8.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLI-8.htm2006-06-03 00:10:08
Pio XII RADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1941 BASES DA ORDEM NOVA: C.9.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLI-9.htm2006-06-03 00:10:09
Pio XII RADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1941 BASES DA ORDEM NOVA: C.10.
Isto vale em todos os tempos; mas muito mais num tempo em que
tanto do homem de Estado como do último cidadão se exige a
máxima coragem e energia moral para reconstruir uma nova Europa
e um novo mundo sobre as ruínas que o conflito mundial com a sua
violência, com o ódio e a divisão dos espíritos acumulou. Quanto à
questão social em particular, que ao fim da guerra se apresentará
mais aguda, ai estão as normas traçadas pelos Nossos
Predecessores e por Nós mesmo para a resolver. Convém notar,
porém, que elas só se poderão aplicar plenamente e dar todo o seu
fruto, se os homens de Estado e os povos, os patrões e os operários
estiverem animados da fé em um Deus pessoal, legislador e juiz
supremo, a quem todos devem responder pelas próprias ações.
Porque ao passo que a incredulidade, que se revolta contra Deus,
ordenador do universo, é a mais perigosa inimiga de uma justa
ordem nova, ao contrário todo o homem que cré em Deus será um
seu decidido fautor e paladino. Quem cré em Cristo, na sua
divindade, na sua lei, na sua obra de amor e de fraternidade entre os
homens, contribuirá com elementos particularmente preciosos para
a reconstrução social; com maior razão e mais contribuirão os
homens de Estado, se mostrarem prontos a franquear as portas e
aplanar o caminho à Igreja de Cristo, para que, livre e sem peias,
pondo as suas energias sobrenaturais ao serviço do bom
entendimento entre os povos da paz, possa cooperar com o seu zelo
e com o seu amor no imenso trabalho de curar as feridas da guerra.
25. Nós amamos, - Deus nos é testemunha! - com igual afeto a todos
os povos sem exceção; e para evitar até a aparência de nos
deixarmos levar por espírito de facção, temo-nos imposto até agora
a máxima reserva; mas as disposições contra a Igreja e os fins que
com elas se pretendem, são tais que Nos sentimos obrigado, em
nome da verdade, a proferir uma palavra, mesmo para que não
venha, por desgraça, a nascer desorientação entre os fiéis.
27. O' Roma cristã, aquele sangue é a tua vida; por aquele sangue és
tu grande e iluminas com tua grandeza as próprias ruínas e restos
das tuas grandezas pagãs, e purificas e consagras os códigos da
sapiência jurídica dos pretores e dos Césares. Tu és mãe de uma
justiça mais alta e mais humana, que te honra a ti, a tua sede, e
quem te escuta. Tu és farol de civilização, e a Europa civil e o mundo
devem-te quanto de mais sagrado e de mais santo, quanto de mais
sábio e mais honesto exalta os povos e torna bela a sua história. Tu
és mãe de caridade: os teus fastos, os teus monumentos, os teus
hospícios, os teus mosteiros, os teus conventos, os teus heróis e as
tuas heroínas, os teus arautos e os teus missionários, as tuas
idades e os teus séculos, com suas escolas e universidades,
atestam os triunfos da tua caridade, que tudo abraça, tudo sofre,
tudo espera, tudo opera, para se fazer tudo a todos, e a todos
confortar e aliviar, a todos sarar e chamar à liberdade dada ao
homem por Cristo, e tranqüilizar a todos naquela paz que irmana os
povos e de todos os homens, sob todos os climas, quaisquer que
sejam as línguas e os costumes que os distingam, faz uma só família
e do mundo uma pátria comum.
Pio XII
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLII-2.htm2006-06-03 00:10:10
Pio XII RADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1942A PAZ NA VIDA SOCIAL: C.3.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLII-3.htm2006-06-03 00:10:10
Pio XII RADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1942A PAZ NA VIDA SOCIAL: C.4.
CONVIVÊNCIA NA ORDEM
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLII-4.htm2006-06-03 00:10:11
Pio XII RADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1942A PAZ NA VIDA SOCIAL: C.5.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLII-5.htm2006-06-03 00:10:11
Pio XII RADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1942A PAZ NA VIDA SOCIAL: C.6.
dignidade: Deus.
13. Para que a vida social, conforme Deus a quer, obtenha o seu
objetivo, é essencial uma ordenação jurídica que lhe sirva de apoio
externo, reparo e proteção. A função dela não é 'dominar, mas servir,
tender a desenvolver e acrescentar a vitalidade da sociedade na rica
multiplicidade dos seus fins, conduzindo ao aperfeiçoamento de
cada uma em pacífico concurso todas as energias, defendendo-as
com meios apropriados e honestos de tudo o que seja desvantajoso
ao seu pleno desenvolvimento. A fim de garantir o equilíbrio,
segurança e harmonia da sociedade, tal ordenação dispõe também
do poder de coerção contra aqueles que só por esse processo
podem ser mantidos na nobre disciplina da vida social. Mas,
precisamente, no justo cumprimento deste direito não haverá jamais
autoridade verdadeiramente digna de tal nome que não sinta a
angustiosa responsabilidade perante o Eterno juiz ante cujo tribunal
toda sentença falsa e, sobretudo, toda e qualquer perturbação das
normas estabelecidas por Deus receberá a sua infalível sanção e
condenação.
15. A ordenação jurídica tem, além disso, como alto e árduo objetivo,
assegurar as relações harmônicas, quer entre os indivíduos, quer
entre as sociedades, quer ainda no seio destas. Conseguir-se-á isto
se os legisladores se abstiverem de seguir aquelas perigosas teorias
e práticas infaustas à comunidade e sua coesão, cuja origem e
difusão se deve filiar numa série de postulados errôneos. Entre
estes deve-se incluir o positivismo jurídico, que atribui uma
enganosa majestade à publicação de leis puramente humanas e abre
caminho a uma perniciosa separação entre as leis e a moralidade; da
mesma forma, o conceito que reivindica para certas nações, raças
ou classes o instinto jurídico, como último imperativo e norma sem
apelação; finalmente, aquelas várias teorias que, embora diversas
em si e procedendo de pontos de vista ideologicamente opostos,
concordam umas com as outras em considerar o Estado, ou o
organismo que o representa, entidade absoluta e suprema, isenta de
fiscalização e de crítica, mesmo quando os seus postulados teóricos
e práticos vão de encontro à aberta negação dos dados essenciais
da consciência humana e cristã.
CONVIVÊNCIA NA TRANQÜILIDADE
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLII-8.htm2006-06-03 00:10:12
Pio XII RADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1942A PAZ NA VIDA SOCIAL: C.9.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLII-9.htm2006-06-03 00:10:12
Pio XII RADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1942A PAZ NA VIDA SOCIAL: C.10.
O MUNDO OPERÁRIO
28. O preceito da hora presente não são lamentos, mas ação; não
lamentos sobre o que foi ou o que é, mas reconstrução do que
surgirá e deve surgir para bem da sociedade. Pertence aos membros
melhores e mais escolhidos da cristandade, penetrados por um
29. Para fim tão alto, Nós, desde o presépio do Príncipe da Paz,
confiados em que a sua graça se difundirá em todos os corações,
dirigimo-Nos a vós, amados filhos, que reconheceis e adorais em
Cristo o vosso Salvador, a todos aqueles que estão unidos conosco,
ao menos, pelo vínculo espiritual da fé em Deus, a todos finalmente
quantos anelam por se libertar das dúvidas e dos erros, ansiosos de
luz e de guia; exortamo-vos com encarecida insistência paterna não
só a compreender intimamente a seriedade angustiosa da hora
presente, mas também a meditar as suas possíveis auroras
benéficas e sobrenaturais, e a unir-vos e trabalhar juntos pela
renovação da sociedade em espirito e em verdade.
em que se
encontra
possibilidade e
garantia para
uma plena
responsabilidade
pessoal, tanto
na ordem
terrestre como
na eterna;
defenda o
respeito e
atuação prática
dos seguintes
direitos
fundamentais da
pessoa: o direito
a manter e
desenvolver a
vida corporal,
intelectual e
moral e
particularmente
o direito a uma
formaçao e
educação
religiosa; o
direito ao culto
de Deus,
particular e
público,
incluindo a ação
da caridade
religiosa; o
direito, máxime,
ao matrimonio e
à consecução
do seu fim; o
direito à
sociedade
conjugal e
doméstica; o
direito ao
trabalho como
meio
indispensável
para manter a
vida familiar; o
direito à livre
escolha de
estado, mesmo
sacerdotal e
religioso; o
direito ao uso
dos bens
materiais,
consciente dos
seus deveres e
das limitações
sociais.
32. Quem
deseja que a
estrela da paz
desponte e se
estabeleça
sobre
a sociedade,
rejeite qualquer
forma de
materialismo,
que não vê no
povo mais que
um rebanho de
indivíduos, os
quais,
desunidos e
sem
consistência
interna, vêm a
ser
considerados
como matéria
de domínio e de
arbitrariedade;
Procure
compreender a
sociedade como
uma unidade
interna,
crescida e
amadurecida da
Providência,
unidade que
tenda, no sob o
governo espaço
que lhe foi
assinalado, em
conformidade
com as suas
qualidades
particulares,
mediante a
colaboração
das diferentes
classes e
produções, aos
fins eternos e
sempre novos
da cultora e da
religião;
defenda a
indissolubilidade
do matrimônio;
dê à família,
célula
insubstituível
do povo,
espaço, luz e ar,
para que ela
possa atender à
missão de
perpetuar nova
vida e de educar
os filhos num
espírito que
corresponda às
próprias e
verdadeiras
convicções
religiosas;
conserve e
fortifique ou
reconstitua,
segundo as
suas forças, a
própria unidade
econômica,
espiritual, moral
e jurídica;
trabalhe por que
das vantagens
materiais e
espirituais da
família
participem
também os
criados; pense
em procurar a
cada família um
lar, onde uma
vida familiar, sã
material e
moralmente,
consiga
patentear-se em
todo o seu vigor
e valor; procure
que os locais de
trabalho e as
habitações não
estejam tão
separados que
tornem o chefe
da família e
educador dos
filhos quase que
um estranho à
própria casa;
trate, sobretudo,
de que entre as
escolas oficiais
e a família
renasça aquele
vínculo de
confiança e de
ajuda mútua,
que em tempos
idos sazonou
frutos tão
benéficos e que
hoje em dia deu
lugar à
desconfiança
nas terras onde
a escola, sob o
influxo do
materialismo,
envenena e
destrói o que os
pais tinham
instilado na
alma dos filhos.
33. Quem
deseja que a
estrela da paz
desponte e se
estabeleça
sobre a
sociedade, dê
ao trabalho o
posto que
Deus, desde o
princípio, lhe
marcou. Gomo
meio
indispensável
para o domínio
do mundo, que
Deus quis para
a sua glória,
todo trabalho
possui uma
dignidade
inalienável e, ao
mesmo tempo,
em correlação
íntima com o
aperfeiçoamento
da pessoa;
nobre
dignidade e
prerrogativa do
trabalho, que
em nenhum
modo
conseguiu
aviltar nem
fadiga nem
peso, que
devem suportar
como efeitos do
pecado original
em obediência
e submissão à
vontade de
Deus. Quem
conhece as
grandes
Encíclicas dos
Nossos
Predecessores
e as Nossas
Mensagens
precedentes,
não ignora que
a Igreja não
hesita em
deduzir as
conseqüências
práticas, que
derivam da
nobreza moral
do trabalho, e
apoiá-las com
toda a força da
sua autoridade.
Estas
exigências
compreendem,
além dum
salário justo,
suficiente para
as
necessidades
do operário e
da família, a
conservação e
o
aperfeiçoamento
de uma ordem
social, que
torne possível,
a todas as
classes do
povo, uma
propriedade
particular
segura, se bem
que modesta,
favoreça uma
formação
superior para
os filhos das
classes
operárias,
particularmente
dotados de
inteligência e
de boa vontade;
promova o
cultivo e a
atividade
prática do
espírito social
na vizinhança,
nas povoações,
na província, no
povo e nas
nações, que,
mitigando os
contrastes de
interesses e de
classes, impeça
nos operários a
impressão de
afastamento
com a certeza
confortante
duma
solidariedade
genuinamente
humana e
cristãmente
fraterna.
34. O progresso
e o grau das
reformas
sociais
improrrogáveis
depende das
possibilidades
econômicas de
cada nação. Só
com um
intercâmbio
inteligente e
generoso de
forças entre
fortes e fracos
é que será
possível levar a
cabo uma
pacificação
universal, de
forma que não
persistam fofos
de incêndio e
de infecção,
dos quais se
poderão
originar novas
desgraças.
Sinais
evidentes
levam-nos a
pensar que no
fermentar de
todos os
preconceitos e
sentimentos de
ódio, inevitável
mas triste
conseqüência
desta aguda
psicose bélica,
não se tenha
extinguido nos
povos a
consciência da
sua intima e
reciproca
dependência no
bem e no mal,
antes se
tornasse mais
viva e ativa.
Não é,
porventura,
verdade que os
pensadores
profundos
vêem cada vez
mais
claramente que
é na renúncia
ao egoísmo e
ao isolamento
nacional que se
encontra o
caminho para a
salvação
universal,
prontos como
estão para
pedir aos seus
povos uma
parte pesada de
sacrifícios,
necessários
para a
pacificação
social de outros
povos? Oxalá
esta Nossa
Mensagem de
Natal, dirigida a
todos os que
estão animados
de boa vontade
e de coração
generoso os
anime e
aumente as
fileiras da
Cruzada social
junto de todas
as nações! E
queira Deus
conceder à sua
bandeira
pacífica a
vitória de que é
digna a sua
nobre empresa!
O saneamento
desta situação
torna-se possível,
quando desperta a
consciência duma
ordem jurídica,
baseada no
supremo domínio
de Deus e ao
abrigo de todo
arbítrio humano;
consciência de
uma ordem que
estenda a sua mão
protetora e
vindicativa mesmo
sobre os
invioláveis direitos
do homem e os
proteja contra os
ataques de todo
poder humano.
Da ordem jurídica,
querida por Deus,
dimana o
inalienável direito
do homem à
segurança jurídica
e,
consequentemente,
a uma esfera
concreta de
direito, protegida
contra todo ataque
arbitrário.
As relações do
homem com o
homem, do
indivíduo com a
sociedade, a
autoridade e os
deveres civis; as
relações da
sociedade e da
autoridade com os
particulares, têm
de colocar-se
sobre uma clara
base jurídica e, se
for necessário,
debaixo da tutela
da autoridade
judicial. Isto
supõe:
a) Um tribunal
e um juiz que
tomem as suas
diretrizes de
um direito
claramente
formulado e
circunscrito;
b) normas
jurídicas claras
que não se
possam
sofismar com
apelações
abusivas para
um suposto
sentimento
popular ou
com meras
razões de
utilidade;
c) o
reconhecimento
do princípio
segundo o qual
também o
Estado, com os
seus
funcionários e
organizações
que dele
dependem,
está obrigado a
reparar e
revogar
medidas que
lesem a
liberdade, a
propriedade, a
honra, o
adiantamento e
saúde dos
indivíduos.
36. Quem
deseja que a
estrela da paz
nasça e se
detenha sobre
a sociedade
humana,
colabore para
que surja uma
concepção e
prática
estadual
fundadas sobre
uma disciplina
racional, uma
nobre
humanidade e
um
responsável
espirito
cristão;
ajude a que o
Estado e seu
poder sornem
ao serviço da
sociedade, ao
pleno respeito
da pessoa
humana e da
sua atividade
em ordem à
consecução do
seu fim eterno;
esforce-se e
trabalhe por
dissipar os
erros que
tendem a
extraviar o
Estado e seu
poder da senda
moral, a desatá-
los do laço
eminentemente
ético que os
une à vida
individual e
social e a fazer-
lhes rechaçar
ou ignorar na
prática a
essencial
dependência
que os une á
vontade do
Criador;
promova o
reconhecimento
e a difusão da
verdade que
ensina, ainda
no campo
terreno, como
o sentido
profundo e a
última
legitimidade
moral e
universal do
"reinar" é
"servir".
37. Amados filhos! Queira Deus que, enquanto a Nossa voz chega
aos vossos ouvidos, o vosso coração se sinta profundamente
impressionado e comovido pela profunda seriedade, a ardente
solicitude e o pedido insistente com que vos inculcamos estas
idéias, que querem ser um chamamento à consciência universal e
um grito que convoque a todos quantos estão dispostos a ponderar
e medir a grandeza da sua missão e responsabilidade com a
amplitude da calamidade universal.
39. Esta guerra mundial e tudo quanto se relaciona com ela, sejam
os precedentes remotos ou próximos, ou seus procedimentos e
efeitos materiais, jurídicos e morais, que outra coisa representa
senão o esfacelo, inesperado talvez para os incautos, mas previsto e
deplorado pelos que penetravam com o seu olhar até ao fundo de
uma ordem social que debaixo do enganoso rosto ou máscara de
fórmulas convencionais escondia a sua fatal debilidade e o seu
desenfreado instinto de lucro e poderio?
Pio XII
NATAL DE GUERRA
INTRODUÇÃO
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIII-2.htm2006-06-03 00:10:14
Pio XII RADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1943 NATAL DE GUERRA: C.3.
AOS DESENGANADOS
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIII-3.htm2006-06-03 00:10:14
Pio XII RADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1943 NATAL DE GUERRA: C.4.
15. Mas semelhante ciência não pode dar nem a felicidade nem o
bem-estar. O ter apostatado do Verbo divino, por meio do qual foram
feitas todas as coisas, levou o homem à apostasia do espírito,
tornando-lhe árdua a consecução de ideais e de fins intelectuais e
morais em alto grau. Deste modo, a ciência apóstata da vida
espiritual, que vivia na ilusão de ter conseguido plena liberdade e
autonomia, renegando a Deus, vê-se hoje condenada à servidão
mais humilhante, tendo-se convertido em escrava e quase executora
automática de orientações e ordens que não têm consideração
nenhuma pelos direitos da verdade e da pessoa humana. O que
àquela ciência pareceu liberdade foi cadeia de humilhação e
envilecimento; e, destronada como está, nunca adquirirá a primitiva
dignidade, senão regressando de novo ao Verbo eterno, fonte de
sabedoria tão loucamente abandonada e esquecida.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIII-5.htm2006-06-03 00:10:15
Pio XII RADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1943 NATAL DE GUERRA: C.6.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIII-6.htm2006-06-03 00:10:15
Pio XII RADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1943 NATAL DE GUERRA: C.7.
18. E' grande o número daqueles para quem a finalidade da vida era
o trabalho, e a meta das suas fadigas uma cômoda existência
material, mas que na luta para conseguir esse fim tinham
arremessado para longe as considerações religiosas, não pensando
em dar à sua existência uma orientação sã e moral. A guerra
arrancou-os a esta habitual e amada atividade, que era o penhor e o
amparo da sua vida, desarraigou-os da sua profissão e da sua arte
de tal maneira que sentem em si um vácuo pavoroso. E se alguns
podem ainda ocupar-se no seu trabalho, a guerra impôs condições
de trabalho e de vida em que desaparece toda a característica
pessoal, falta e torna-se ímpoaaluet uma vida familiar ordenada, e já
se não encontra aquela satisfação da alma que é fruto unicamente
do trabalho tal como Deus o enobreceu e quis.
25. Vinde agora vós, ó cristãos; vós, ó fiéis ligados por inefável
vinculo sobrenatural ao Filho de Deus. que se tornou pequeno por
nós; guiados e santificados pelo seu Evangelho, e alimentados pela
graça, que é fruto da Paixão e Morte do Redentor. Também vós
sentis a dor, embora com a esperança de um conforto que vos vem
da vossa fé.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIII-10.htm2006-06-03 00:10:16
Pio XII RADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1943 NATAL DE GUERRA: C.11.
EXORTAÇÃO AO TRABALHO
35. Brilhe sobre vós a estrela que guiou o caminho dos Magos até
Jesus. O espírito que dele emana perdeu da sua força e do seu
poder para sanar a Humanidade caída. Ele triunfou um dia sobre o
paganismo dominante; por que não havia de triunfar também hoje,
quando penas e desilusões de todas as espécies mostram a tantas
almas a vaidade e os extravios das sendas seguidas até agora na
vida pública e particular? Grande número de inteligências vão
buscando novos ideais políticos e sociais particulares e públicos,
instrutivos e educativos, e sentem ânsias interiores de satisfazer o
desejo do seu coração. Que lhes sirva de guia e exemplo a vossa
vida cristã; que a vossa palavra ardente os sacuda. Enquanto passa
a figura deste mundo, mostrai-lhes que a verdadeira vida consiste
em "conhecer-te a Ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo a
quem Tu enviaste" (Jo 17, 3).
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIII-11.htm2006-06-03 00:10:17
Pio XII RADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1943 NATAL DE GUERRA: C.12.
PEDIDO DE AUXILIO
39. Em face de tal indigência, que aumenta cada dia, Nós dirigimos
ao Mundo cristão um grito insistente de paternal pedido de auxílio e
de piedade: "Ecce sto ad ostium et pulso" (Apoc 3, 20).
EXPECTATIVA DE PAZ
BÊNÇÃO APOSTÓLICA
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIII-15.htm2006-06-03 00:10:18
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1944 SOBRE A DEMOCRACIA: C.1.
Pio XII
SOBRE A DEMOCRACIA
AURORA DE ESPERANÇA
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIV-2.htm2006-06-03 00:10:18
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1944 SOBRE A DEMOCRACIA: C.3.
O PROBLEMA DA DEMOCRACIA
1) Que
caracteres
devem
distinguir os
homens que
vivem na
democracia
e sob o
regime
democrático?
2) Que
caracteres
devem
possuir os
homens que
na
democracia
têm o poder
público nas
mãos?
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIV-4.htm2006-06-03 00:10:19
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1944 SOBRE A DEMOCRACIA: C.5.
POVO E "MASSA"
O ABSOLUTISMO ESTATAL
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIV-7.htm2006-06-03 00:10:20
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1944 SOBRE A DEMOCRACIA: C.8.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIV-9.htm2006-06-03 00:10:20
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1944 SOBRE A DEMOCRACIA: C.10.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIV-10.htm2006-06-03 00:10:20
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1944 SOBRE A DEMOCRACIA: C.11.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIV-11.htm2006-06-03 00:10:21
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1944 SOBRE A DEMOCRACIA: C.12.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIV-12.htm2006-06-03 00:10:21
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1944 SOBRE A DEMOCRACIA: C.13.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIV-13.htm2006-06-03 00:10:21
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1944 SOBRE A DEMOCRACIA: C.14.
41. Num tempo em que os povos se acham frente a deveres que não
encontraram talvez nunca, em curva alguma da sua história, eles
sentem ferver em seu coração atormentado o desejo impaciente e
como que inato de tomar as rédeas do próprio destino, com maior
autonomia que no passado, esperando que assim lhes será mais
fácil defender-se contra as irrupções periódicas do espírito de
violência, que, como uma torrente de lava incandescente, a nada
poupa de quanto lhes é caro e sagrado.
CRUZADA DE CARIDADE
Senhor, retribuir com a vida eterna a todos aqueles que nos fazem o
bem pelo vosso nome!
Pio XII
A TODO O MUNDO
PIO
PP.
XII
Pio XII
5. Como já foi anunciado, pela primeira vez desde que o Senhor, não
obstante a Nossa indignidade, quis elevar-Nos ao supremo
Pontificado, vamos, com a graça de Deus, nomear novos membros
do Sagrado Colégio. Em Nosso discurso no Natal do ano passado
aludimos às graves e múltiplas dificuldades que desgraçadamente
Nos haviam impedido até então de prover as não poucas vagas
tristemente ocorridas na Cúria Romana. Quão agradável será, pois,
para Nós, vermo-Nos aqui em festa próxima rodeado de um número
tão considerável de novos Cardeais, que, por suas insignes virtudes
e assinalados méritos, Nos hão parecido particularmente dignos de
ser elevados à dignidade da sagrada Púrpura! Este acontecimento
excepcional merece, em Nosso juízo, algumas especiais
considerações que o ilustrem.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLV-2.htm2006-06-03 00:10:23
Pio XII RADIOMENSAGEM DO NATAL DE 1945 MISSÃO DA IGREJA E PRE: C.3.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLV-4.htm2006-06-03 00:10:23
Pio XII RADIOMENSAGEM DO NATAL DE 1945 MISSÃO DA IGREJA E PRE: C.5.
A SUPRANACIONALIDADE DA IGREJA
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLV-5.htm2006-06-03 00:10:23
Pio XII RADIOMENSAGEM DO NATAL DE 1945 MISSÃO DA IGREJA E PRE: C.6.
14: Num tempo turbulento como é o nosso, a Igreja, por seu bem
próprio e da humanidade, deve procurar por todos os meios fazer
valer sua indivisível e indivisa integridade. Ela tem que ser, hoje
mais do que nunca, supranacional. Este espírito deve penetrar e
imbuir a sua Cabeça visível, o Sacro Colégio, toda a ação da Santa
Sé, sobre a qual agora gravitam importantes deveres relacionados
não só com o presente, mas mais ainda com o futuro.
UNIVERSALIDADE DA IGREJA
21. De Nossa parte, Nós ansiamos por tornar este edifício cada vez
mais sólido, cada vez mais habitável para todos sem exceção. Por
isso nada queremos omitir de quanto possa expressar visivelmente
a supranacionalidade da Igreja, como sinal do seu amor a Cristo, a
quem ela vê e serve na riqueza dos seus membros espalhados pelo
mundo inteiro.
A OBRA DA PAZ
23. Com uma riqueza, até agora quiçá nunca possuída, cie
experiência, de boa vontade, de prudência política e de poder
organizador se hão iniciado os preparativos para a elaboração da
paz mundial. Jamais, talvez, desde que o mundo ë mundo, os
estadistas se encontraram em face cie uma empresa tão vasta e
complexa pelo número, grandeza e dificuldade das questões que se
hão de resolver, nem tão grave pelos seus efeitos em amplitude e
profundidade, para bem ou para mal, como a de instaurar atualmente
no gênero humano, após três decênios de guerras mundiais, de
catástrofes econômicas e de empobrecimento desmedido, ordem e
prosperidade. Ingente e formidável é a responsabilidade .dos que se
aprestam a realizar obra tão gigantesca.
24. Não é Nossa intenção entrar no exame das soluções práticas que
poderão dar a tão árduos problemas; cremos, porém, que é próprio
da Nossa missão, em continuação das Nossas precedentes
mensagens do Natal durante a guerra, indicar os pressupostos
morais e fundamentais de uma paz verdadeira e perdurável. Reduzi-
los-emos todos a três breves considerações.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLV-8.htm2006-06-03 00:10:24
Pio XII RADIOMENSAGEM DO NATAL DE 1945 MISSÃO DA IGREJA E PRE: C.9.
OS PRISIONEIROS DE GUERRA
Pio XII
O CAMINHO DA PAZ
A VOZ DA CONSCIÊNCIA
10. Havia boas razões para temer que entre as ruínas e a confusão
que o gigantesco conflito deixava no mundo, o caminho a percorrer
desde o final da guerra até a assinatura da paz, haveria de ser longo
è penoso. Mas este caminho que atualmente estamos percorrendo,
sem poder ainda prever, apesar de alguns notáveis progressos já
alcançados, nem quando, nem como chegará à sua meta, este
prolongar-se indefinido de um estado anormal, de instabilidade e de
incerteza, é sintoma claro de um mal, que constitui a triste
característica do nosso tempo.
21. Sem dúvida, uma guerra tão funesta, desencadeada por injusta
agressão e prolongada além do razoável, isto é, até quando já estava
irreparavelmente perdida, não podia simplesmente terminar com
uma paz seta garantias que impeçam a repetição de semelhantes
violências. - Mas todas as disposições repressivas e preventivas
devem conservar caráter de meio e, por conseguinte, estar sempre
subordinadas ao último e elevado fim de uma verdadeira paz, que
consiste em associar gradualmente, com as necessárias garantias,
vencedores e vencidos, num labor de reconstrução, para utilidade
tanto da família inteira das nações como de cada um dos seus
membros.
A LUZ DE BELÉM
O AÇOITE DA FOME
41. Com estes votos desejamos a todos os que Nos escutam, nesta
véspera de Natal, "a paz de Deus, que sobrepuja todo o
entendimento" (Filip 4, 7), e com toda a efusão da Nossa alma damos
a todos os Nossos amados filhos e filhas do mundo inteiro, como
penhor das melhores graças do Verbo de Deus feito Homem, Nossa
paternal Bênção Apostólica.
Pio XII
INTRODUÇÃO
15. Cada qual das partes contrárias se julga obrigada a manter essa
desconfiança como uma necessidade de elementar cautela. E eis
que, por este mesmo fato, ergue-se uma gigantesca muralha a tornar
vão todo esforço para proporcionar à desalentada família humana os
benefícios de uma paz verdadeira.
34. E' claro, realmente, que uma Europa, abalada pelos calafrios
febris das dificuldades econômicas e das turbulências sociais, se
deixaria mais facilmente seduzir pela ilusão de um impraticável
Estado ideal, que uma Europa sã e clarividente não admitiria.
36. E já não temos Nós visto, neste mesmo solo sagrado da Cidade
em que a vontade divina estabeleceu a Cátedra de Pedro, os
mensageiros de uma concepção do mundo e da sociedade humana
assentes sobre a incredulidade e a violência tornarem-se
semeadores de cizânia na boa terra de Roma e esforçarem-se por
persuadir os seus filhos de que eles idealizaram e realizaram uma
nova cultura mais digna do homem que a antiga e eternamente
jovem civilização cristã?
BÊNÇÃO APOSTÓLICA
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLVII-6.htm2006-06-03 00:10:29
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1948 A SEGURANÇA E O APERFEI: C.1.
Pio XII
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLVIII-2.htm2006-06-03 00:10:29
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1948 A SEGURANÇA E O APERFEI: C.3.
FERVOR DE VIDA
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLVIII-3.htm2006-06-03 00:10:29
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1948 A SEGURANÇA E O APERFEI: C.4.
SUBLIMES HEROÍSMOS
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLVIII-4.htm2006-06-03 00:10:30
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1948 A SEGURANÇA E O APERFEI: C.5.
DOLOROSOS NAUFRÁGIOS
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLVIII-5.htm2006-06-03 00:10:30
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1948 A SEGURANÇA E O APERFEI: C.6.
AMARGAS SEPARAÇÕES
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLVIII-6.htm2006-06-03 00:10:30
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1948 A SEGURANÇA E O APERFEI: C.7.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLVIII-7.htm2006-06-03 00:10:30
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1948 A SEGURANÇA E O APERFEI: C.8.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLVIII-8.htm2006-06-03 00:10:30
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1948 A SEGURANÇA E O APERFEI: C.9.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLVIII-9.htm2006-06-03 00:10:31
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1948 A SEGURANÇA E O APERFEI: C.10.
25. Estas duas armas procedem de Deus, e onde elas faltam, não se
sabe senão manejar as armas materiais e não poderá haver
verdadeira vontade de paz, porquanto esses armamentos puramente
materiais provocam necessariamente a desconfiança e criam como
que um clima de guerra. Quem não vê, portanto, qual a importância
para os povos de conservarem e reforçarem a vida cristã e quão
grave é sua responsabilidade na escolha e na vigilância daqueles a
quem confiam a imediata conservação dos armamentos?
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLVIII-10.htm2006-06-03 00:10:31
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1948 A SEGURANÇA E O APERFEI: C.11.
É FACILMENTE RECONHECÍVEL
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLVIII-11.htm2006-06-03 00:10:31
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1948 A SEGURANÇA E O APERFEI: C.12.
É PRÁTICA E REALÍSTICA
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLVIII-12.htm2006-06-03 00:10:31
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1948 A SEGURANÇA E O APERFEI: C.13.
agressor.
33. Fica assim melhorado o axioma: "si vis pacem, para bellum",
como também a fórmula "paz a toda custa". De qualquer modo, é a
sincera e cristã vontade de paz. Para tê-la, movem-nos sem dúvida a
vista das ruínas da última guerra, a silenciosa condenação que sai
dos grandes cemitérios, onde se alinham as intermináveis filas de
suas vítimas, a ainda inapagada nostalgia dos prisioneiros e dos
prófugos, a angústia e o abandono de não poucos presos políticos,
cansados de ser injustamente perseguidos. Mas também mais nos
deve estimular a voz poderosa do preceito divino de paz, o olhar
docemente penetrante do divino Menino do presépio.
35. Por isto, Nós, nesta hora, com toda a força de Nossa voz, vos
esconjuramos, diletos filhos e filhas do mundo inteiro: trabalhai pela
paz segundo o coração do Redentor. juntamente com todas as
almas retas, que, mesmo sem militarem nas vossas fileiras, estão a
vós unidas pela comunidade deste ideal, cooperai para difundir e
fazer triunfar a vontade cristã de paz.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLVIII-15.htm2006-06-03 00:10:32
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1948 A SEGURANÇA E O APERFEI: C.16.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLVIII-16.htm2006-06-03 00:10:32
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1949 O JUBILEU DE 1950: C.1.
Pio XII
O JUBILEU DE 1950
- de Deus,
cuja
majestade
e grandeza
condena o
pecado;
- de Deus,
cuja
bondade e
misericórdia
oferece o
perdão e a
graça a
quem
estiver
disposto
para a
receber;
- de Deus,
que neste
Ano Santo
quer
aproximar-
se ainda
mais do
homem e
ficar mais
que nunca
perto dele.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIX-3.htm2006-06-03 00:10:33
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1949 O JUBILEU DE 1950: C.4.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIX-4.htm2006-06-03 00:10:34
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1949 O JUBILEU DE 1950: C.5.
18. Primeiro que tudo, oxalá este Ano Santo marque a hora do
regresso a Deus para as almas que, por causas várias e múltiplas,
perderam de vista e extinguiram no coração a imagem e a lembrança
do seu Criador, do qual têm a vida, como todos os seres a
existência, e em quem está, para eles, o sumo bem.
19. Quer estejam longe por inerte e agnóstica atitude ante o máximo
problema da vida; quer se tenham por satisfeitos com uma fictícia
visão do universo que nega o necessário e devido posto ao primeiro
Princípio espiritual de quanto é ou pode ser, já seja que, não
tolerando a Sua indestrutível presença, por estulta emulação do Seu
supremo domínio, Lhe movam guerra loucamente, tentando sufocar
o testemunho que d'Ele lhes dão todas as criaturas e o próprio
coração, - esses tais sofrem o espasmo dum exílio, o isolamento do
universo, o vazio do deserto, a que por si mesmos se condenaram,
aceitando o ateísmo. Para eles só há um remédio, o regresso, o
retorno: retorno à reflexão e ao bom-senso humano, retorno à
investigação serena e profunda da razão das coisas, subindo degrau
a degrau a escada da criação, do efeito à causa, até repousar
plenamente apaziguada a mente investigadora; retorno, finalmente, à
humildade e à docilidade da criatura. Aparecer-lhes-a ante os olhos,
e poderão quase tocá-lo no irrefragável testemunho das Suas obras,
o Deus dos viventes, o Nosso Pai, o amor que atormenta enquanto
não é possuído .
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIX-5.htm2006-06-03 00:10:34
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1949 O JUBILEU DE 1950: C.6.
20. Diz-Nos o coração que este Ano Santo verá muitos destes
regressos, como também verá multiplicarem-se as conversões dos
pagãos à fé cristã em terra de Missões. Certamente vos confortará
saber que do jubileu de 1925 até hoje, o número dos cristãos
naqueles longínquos territórios mais que duplicou. Nalgumas
regiões da África, a Igreja visível tornou-se até a orientadora da vida
social através do influxo cristão profundamente exercido sobre os
costumes públicos e privados. Mas, com a mais viva dor de Nossa
alma, não podemos desviar o pensamento dos graves perigos que
assoberbam ou já devastaram a religião e as suas instituições em
outros países da Europa e da Ásia, como na China martirizada, onde
subversões trágicas reduziram florescências de vida a cemitérios de
morte.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIX-6.htm2006-06-03 00:10:34
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1949 O JUBILEU DE 1950: C.7.
21. Que o Ano Santo marque, para as almas aliciadas pela miragem
lisonjeira do pecado e que andam longe da casa Paterna, a hora do
retorno a Jesus Cristo Redentor. São crentes e católicos, aos quais
desgraçadamente o espírito, tão débil como a carne, levou a ser
trânsfugas dos próprios deveres e a esquecerem os verdadeiros
tesouros, durante longos anos seguidos, ou em habitual alternativa
de deserções e de lábeis encontros. Enganam-se, se julgam possuir
uma vida cristã e aceite a Deus, sem que a graça santificante
permaneça habitualmente em seus corações.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIX-7.htm2006-06-03 00:10:34
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1949 O JUBILEU DE 1950: C.8.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIX-8.htm2006-06-03 00:10:34
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1949 O JUBILEU DE 1950: C.9.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIX-9.htm2006-06-03 00:10:35
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1949 O JUBILEU DE 1950: C.10.
NO CAMPO SOCIAL
32. Mas além destes votos que são constante solicitude do Nosso
múnus apostólico, Nós queremos dirigir uma palavra de exortação
paterna àqueles que põem toda a sua esperança nas promessas da
doutrina e dos chefes que se professam explicitamente materialistas
e ateus.
33. Humildes e oprimidos, por mais triste que seja a vossa condição,
ficando em vós sempre de pé o direito de reivindicardes o que é
justo, e nos outros o dever de vo-lo reconhecerem, recordai que
NO CAMPO INTERNACIONAL
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIX-12.htm2006-06-03 00:10:36
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1949 O JUBILEU DE 1950: C.13.
ARREPENDIMENTO E EXPIAÇÃO
48. Expiai, queridos filhos, neste Ano Santo que recorda a grande
expiação do Calvário, as vossas culpas e as dos outros. Sepultai
todo o passado culpável num sincero arrependimento, persuadidos
de que se a presente geração foi tão duramente atingida pelos
castigos que ela fabricou por suas próprias mãos, é porque pecou
mais conscientemente e mais perversamente.
50. Quem quererá alheiar-se deste mundo de expiação que tem por
cabeça o próprio Divino Crucificado e abraça toda a Igreja militante?
51. Com tão largas promessas da parte de Deus, talvez nunca Ano
Santo algum, tenha vindo a aconselhar, mais oportunamente, a
mansidão, a indulgência e o perdão entre homem e homem.
53. Quem quer ser sinceramente cristão deve saber perdoar. "Servo
iníquo", adverte a parábola evangélica (Mt 18, 33) -, "não devias
também tu ter piedade do teu conservo, como eu tive piedade de ti?"
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIX-14.htm2006-06-03 00:10:36
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1949 O JUBILEU DE 1950: C.15.
PERDÃO AMPLO
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIX-15.htm2006-06-03 00:10:36
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1949 O JUBILEU DE 1950: C.16.
CONVITE A ROMA
61. Vós, que já por longos anos deixastes o lar doméstico e vos
enrijecestes nas asperezas das viagens longas com os exércitos em
guerra, com os bandos de prófugos, de emigrantes, dos dizimados,
retomai o caminho, mas desta vez com alegria, como legiões
pacíficas de orantes e de penitentes em demanda da pátria comum
dos cristãos.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIX-16.htm2006-06-03 00:10:36
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1949 O JUBILEU DE 1950: C.17.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMXLIX-17.htm2006-06-03 00:10:37
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1950 O FIM DO ANO SANTO : C.1.
Pio XII
INTRODUÇÃO
MARAVILHAS INCOMPARÁVEIS.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCML-2.htm2006-06-03 00:10:37
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1950 O FIM DO ANO SANTO : C.3.
RECORDAÇÕES COMOVENTES.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCML-3.htm2006-06-03 00:10:37
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1950 O FIM DO ANO SANTO : C.4.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCML-4.htm2006-06-03 00:10:38
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1950 O FIM DO ANO SANTO : C.5.
16. Mas agora esses milhões de homens - vindos dos quatro pontos
cardeais até ao centro da catolicidade a fim de tomarem parte no
acontecimento mundial do Ano Santo, de ganharem ó jubileu, de se
retemperarem num banho de purificação e de santificação, e de
alcançarem, com alegria e o mais perto possível da nascente, as
graças das fontes do Salvador (cf. Is 12, 3) - contentar-se-ão
porventura com regressar às próprias terras como privilegiados
entre centenas de milhões que não puderam gozar tal favor?
Contentar-se-ão com repetir-lhes belas coisas, de que foram
testemunhas, e com descansar, nestas recordações, das tristes e
cotidianas realidades algum tempo esquecidas? Não, de maneira
nenhuma. Devem convencer-se agora da missão que lhes toca, ao
mesmo tempo honrosa e cheia de responsabilidades: a de se
tornarem, por meio da palavra e do exemplo, mensageiros e
propagadores desse espirito, que continua a palpitar-lhes no
coração.
OS GRANDES AUSENTES
31. Por isso, muitas vezes e com insistência cada vez maior, temos
Nós apontado a luta contra o desemprego e o esforço pela obtenção
duma bem entendida segurança social, como condição
indispensável para se unirem num só corpo todos os membros dum
povo, dos mais altos aos mais humildes.
36. Como o cupim vai devorando as casas, assim esta miséria corrói
interiormente os povos e os torna incapazes da própria missão. Foi
assim que os fundamentos do regime industrial capitalista sofreram
mudanças essenciais, aceleradas pela guerra mas de há muito
preparadas. Povos que durante séculos haviam sido dominados,
abrem o caminho da própria independência; outros, até agora
privilegiados procuram conservar a própria situação por caminhos
antigos e novos... O anseio, cada vez mais forte e generalizado,
duma segurança social, não passa da repercussão dum estado de
espirito de povos, em cujo seio muitas coisas, que eram ou
pareciam tradicionalmente inabaláveis, se tornaram caducas e
incertas.
38. Por que não se há de tornar para todos caminho de salvação esta
solidariedade de quantos vivem desassossegados e em perigo? Por
que não há de este espírito de solidariedade constituir ponto de
apoio da ordem natural da sociedade, nas suas três formas
essenciais - família, propriedade e Estado -para chamá-las a uma
colaboração orgânica, adaptada às condições do presente? As
condições do presente dizemos, pois, não obstante todas as
A PAZ EXTERNA
40. Não pretendemos aqui aludir ao agressor que vem de fora com
orgulho da sua força e desprezo de todo o direito e de toda a
caridade. Armas poderosíssimas e, por assim dizer, tropas auxiliares
encontra-as ele no interior do País; são as crises dos povos e as
suas faltas de coesão espiritual e moral.
41. E' preciso, portanto, que as nações se não deixem levar por
motivos de prestígio próprio ou por idéias antiquada, que originem
dificuldades políticas e econômicas ao reforço interno dos outros
povos não se preocupando com o perigo comum de todos.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCML-10.htm2006-06-03 00:10:39
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1950 O FIM DO ANO SANTO : C.11.
GRANDÍSSIMA INJUSTIÇA
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCML-11.htm2006-06-03 00:10:40
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1950 O FIM DO ANO SANTO : C.12.
RECURSO À ORAÇÃO
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCML-12.htm2006-06-03 00:10:40
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1951 SOBRE A IGREJA E A PAZ: C.1.
Pio XII
3. Mas, por maior que seja a alegria de Nos sentirmos, neste novo
encontro natalício, ao lado dos fiéis de todos os continentes, - e,
além desses, ao lado de todos os que Nos estão unidos pela fé em
Deus, as duras realidades do momento projetam sobre tão alegre
festividade a sombra triste de nuvens que continuam a pesar
ameaçadoras sobre o mundo.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLI-1.htm2006-06-03 00:10:40
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1951 SOBRE A IGREJA E A PAZ: C.2.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLI-2.htm2006-06-03 00:10:40
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1951 SOBRE A IGREJA E A PAZ: C.3.
13. Ela não pode descer da alta esfera sobrenatural, que não
conhece neutralidade política - no sentido que toma o conceito
quando aplicado às Potências terrenas: - o que não destrói, porém,
mas pelo contrário reforça, a parte por ela tomada nas angústias e
nos trabalhos dos seus membros divididos por um e outro campo,
nem lhe destrói a inquietação que sente pela luta de opiniões e
anseios dentro das suas próprias fileiras. A Igreja não pode prestar-
se a julgar por critérios exclusivamente políticos; nem ligar os
interesses da religião a tendências comandadas por fins puramente
terrestres; nem dar ocasião a que se duvide com fundamento sobre
o seu caráter religioso; nem ainda esquecer, um momento sequer,
que a sua qualidade de representante de Deus na terra não lhe
permite ficar indiferente, um instante que seja, entre o "bem" e o
"mal" nas coisas humanas. Se isto lhe fosse pedido, ela teria de
negar-se, e os fiéis duma parte e da outra deveriam, levados pela fé
e esperança sobrenaturais, compreender e respeitar esta sua
atitude.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLI-4.htm2006-06-03 00:10:41
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1951 SOBRE A IGREJA E A PAZ: C.5.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLI-5.htm2006-06-03 00:10:41
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1951 SOBRE A IGREJA E A PAZ: C.6.
21. Pobres míopes, cujo restrito campo visual não se estende além
das possibilidades que se podem encontrar na hora presente, nem
ultrapassa as cifras das possibilidades militares e económicas!
Como haviam eles de fazer a menor idéia do peso e importância da
autoridade religiosa na solução dos problemas da paz? Espíritos
superficiais, incapazes de ver, em toda a verdade e amplidão, o valor
e a força criadora do Cristianismo, como não haveriam de sentir
ceticismo e desprezo a respeito do poder pacificador da igreja?
Outros porém - e queira Deus sejam maioria - dar-se-ão conta, mais
ou menos conscientemente, que esbulhando a autoridade religiosa
da Igreja dos requisitos para uma ação eficaz em favor da paz, só se
conseguiu tornar mais profunda a condição trágica do conturbado
mundo hodierno.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLI-7.htm2006-06-03 00:10:42
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1951 SOBRE A IGREJA E A PAZ: C.8.
27. Com elas assim concebidas Jesus Cristo, Príncipe da Paz, entrou
em nova e intima relação que vitalmente as eleva e consolida. E esta
nova relação persevera na Igreja na qual Ele continua a viver. Nisto
está o fundamento do singular contributo em favor da paz oferecida
pela Igreja em virtude da sua natureza, quer dizer, quando a sua
existência e ação entre os homens tem o lugar que lhes compete.
da guerra mesmo justa, que deixara de ter razão de ser desde que
esteja garantido o funcionamento da Sociedade dos Estados, como
genuína organização de paz.
31. Dir-se-á talvez que, sendo assim, não vale a pena traçar as
grandes linhas de tal ordem do mundo e realçar o contributo
fundamental da Igreja para a consolidação da paz. Objetar-se-á, em
segundo lugar, que deste modo não fazemos senão estimular o
cinismo dos cépticos e aumentar o desânimo dos amigos da paz,
não podendo esta ser defendida senão com o recurso aos valores
eternos do homem e da humanidade. Opor-se-nos-á, enfim, que
damos efetivamente razão, na causa da paz, aos que vêem a última e
definitiva palavra na "paz armada", solução deprimente para as
forças econômicas dos povos e exasperante para os nervos.
AS ARMAS MODERNAS.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLI-10.htm2006-06-03 00:10:42
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1951 SOBRE A IGREJA E A PAZ: C.11.
O DESARMAMENTO.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLI-11.htm2006-06-03 00:10:43
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1951 SOBRE A IGREJA E A PAZ: C.12.
43. Tal é por desgraça a fraqueza generalizada dum mundo que tem
gosto de chamar-se com ênfase "mundo livre". Mas ilude-se ou não
45. O resultado porém do sistema aludido não tem sido feliz, nem se
tornou nele mais fácil a ação da Igreja, porque nele é ainda menos
defendido o verdadeiro conceito da liberdade e da responsabilidade
pessoal. E como poderia ser de outro modo onde Deus não ocupa o
seu posto soberano, nem gravitam à sua volta a vida e atividade do
mundo? A sociedade não passa neste caso de enorme máquina,
cuja ordem é só aparente, porque deixou de ser a ordem da vida, do
espírito, da liberdade e da paz. Como numa máquina, a sua atividade
exerce-se materialmente, destruindo a dignidade e a liberdade
humana.
47. A paz, como dissemos, não pode ser assegurada se Deus não
reina na ordem do universo por ele estabelecida na sociedade
devidamente organizada dos Estados, fomentando cada um deles
internamente a paz dos homens livres e de suas famílias, e
externamente a dos povos, de que a Igreja, no seu campo de ação e
segundo o seu dever, se constitui fiadora. Tal foi sempre o desejo de
homens grandes e prudentes, mesmo fora dela, e ultimamente ainda
por ocasião do Concilio Vaticano (Conc. Vat. Postulata Patrum, de re
militari et bello - Coll. Lac. t. 7 n. 9 p. 861-866).
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLI-13.htm2006-06-03 00:10:43
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1951 SOBRE A IGREJA E A PAZ: C.14.
A IGREJA DO SILÊNCIO.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLI-14.htm2006-06-03 00:10:43
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE 31 DE DEZEMBRO DE 1951AOS DETIDOS NOS: C.1.
Pio XII
4. Mas, se esta doçura vos é negada alguma vez pelo rigor da justiça
humana, outros confortos mais profundos e verdadeiros vos oferece
o recém-nascido divino, deitado em dura palha por nosso amor,
esse Jesus invocado com razão por todos, e em especial por vós,
com as palavras da liturgia do Advento: "Veni, et educ vinctum de
domo carceris" - Vem e solta o preso do cárcere (Ant. O Clavis; cf. Is
42, 7).
8. Ainda que se tenha dado convosco, por assim dizer, "um mistério
de iniquidade", Nós, pelo conhecimento que temos da fragilidade e
fraqueza incomensurável, que muitas vezes cega o espirito humano,
Nós compreendemos o triste drama que pode ter-vos surpreendido e
enredado num concurso infeliz de circunstâncias. Nem sempre
serão elas inteiramente imputáveis ao vosso livre alvedrio, se bem
que as leis humanas, pela sua natural imperfeição, não possam ter
em conta todas as atenuantes que diminuem a responsabilidade,
nem consigam, menos ainda, perdoar todas as fraquezas. Seja como
for, a vós pertence fazer que surja no vosso espírito um fulgor de
redenção, análogo ao que rodeou Jesus, quando, na sua inocência,
veio tomar sobre si as nossas culpas.
15. Mas até esse dia, está-vos assinada uma vocação extraordinária,
diremos mesmo, de privilégio: expiar pelo mundo que na verdade é
culpado. Esta expiação anda salutarmente unida às bem-
aventuranças, anunciadas pelo Salvador no Sermão da Montanha:
"bem-aventurados os que sofrem...; bem-aventurados os que têm
fome e sede de justiça. . . ; bem-aventurados os que sofrem
perseguição por amor da justiça... ; bem-aventurados sois quando
vos perseguirem por causa de mim" (cf. Mt 5).
16. Oh! se vos fosse dado, amados filhos e filhas, espalhados por
toda a face da terra, ver quão agradável é a vossa imolação aos
olhos de Deus, quão grande é a sua eficácia para a salvação do
mundo, e qual a confiança que o Vigário de Cristo ousa depositar
sobre os vossos sofrimentos, para obter de Deus a paz sincera e a
verdadeira salvação do mundo, nestes tristíssimos tempos!
Pio XII
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLII-1.htm2006-06-03 00:10:44
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1952 A DESPERSONALIZAÇÃO DO : C.2.
10. Em segundo lugar, para tornar eficaz essa ordem geral em cada
caso concreto, que nunca é idêntico aos outros, Deus estabelece
contacto imediato com os -homens, e , realiza-o no mistério da
Encarnação, pela qual a segunda Pessoa da Santíssima Trindade se
faz homem entre os homens. Lança deste modo como que uma
ponte sobre a distância infinita que medeia entre a Majestade
auxiliadora e a criatura indigente, e harmoniza entre si a eficácia
imutável da lei geral e as exigências próprias de cada indivíduo.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLII-3.htm2006-06-03 00:10:45
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1952 A DESPERSONALIZAÇÃO DO : C.4.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLII-6.htm2006-06-03 00:10:46
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1952 A DESPERSONALIZAÇÃO DO : C.7.
21. Quem tenha ainda dúvidas sobre tal estado de coisas, olhe para
o populoso mundo da miséria, e pergunte às tão variadas categorias
de indigentes que -respostas lhes costuma dar a sociedade,
disposta como está a desconhecer a pessoa. Pergunte-se ao
indigente vulgar, falto de qualquer recurso, que não raras vezes se
encontra nas cidades, nas vilas e nos campos; pergunte-se ao pai de
família necessitado, freqüentador assíduo dos Centros de
assistência social, e cujos filhos não podem esperar por longínquos
e vagos prazos duma idade de ouro sempre para vir. Pergunte-se .
também a um povo inteiro em nível de vida inferior ou bastante
baixo, que - .tomando lugar na família das nações ao lado de irmãos
que vivem na suficiência ou até na abundância - espera em vão,
duma Conferência internacional para outra, qualquer melhoramento
estável da própria sorte.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLII-9.htm2006-06-03 00:10:46
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1952 A DESPERSONALIZAÇÃO DO : C.10.
34. Não seremos certamente Nós quem vá negar que esta ou aquela
região se encontre, no momento presente, sobrecarregada com
relativa superpopulação. Mas querer sair da dificuldade formulando
o princípio da que o número dos homens deve ser regulado segundo
a economia pública eqüivale a subverter a ordem da natureza e todo
o mundo psicológico e moral que lhe está conexo. Grande erro seria
responsabilizar as leis naturais pelas presentes angústias, quando é
claro que estas são conseqüência da falta de solidariedade dos
homens e dos povos entre si!
OPRESSÕES E PERSEGUIÇÕES.
JESUS E OS POBRES.
46. Diante de tudo isto, surge a pergunta: que coisa ensinou aos
homens o exemplo de Cristo? de que modo se comportou Jesus a
respeito da pobreza e da miséria, durante a sua vida terrena? É bem
verdade que a sua missão de Redentor foi libertar os homens da
escravidão do pecado, suma miséria. Todavia a magnanimidade do
seu coração sensibilíssimo não podia consentir-lhe fechar os olhos
ao sofrimento e aos que sofrem, no meio dos quais escolhera viver.
Filho de Deus e arauto do seu Reino celestial, julgou delícia inclinar-
se comovido sobre as chagas da carne humana e os andrajos da
pobreza. Não se contentou com proclamar alei da justiça e da
caridade, nem com censurar com ardentes anátemas os duros, os
desumanos, os egoístas, nem com advertir que a sentença definitiva
do juízo final terá como norma e expressão a prática da caridade,
como prova do amor de Deus; mas pessoalmente se desvelou em
ajudar, sarar e alimentar.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLII-13.htm2006-06-03 00:10:48
Pio XIIRADIOMENSAGEM DE NATAL DE 1952 A DESPERSONALIZAÇÃO DO : C.14.
49. Infelizmente, cada vez tivemos que notar com profunda mágoa
que os nossos esforços eram e são inadequados à gravidade e à
grandeza das necessidades. Por isso, quereríamos que mais
intenso, e por assim dizer, multiplicado amor para com os pobres,
fizesse nascer um rio de socorro, santamente impetuoso, que
penetrasse onde quer que exista um velho abandonado, um doente
necessitado, uma criancinha que sofre, uma mãe que se consome
por nada lhe poder fazer.
53. A grande tentação de uma época que se diz social - na qual, além
da Igreja, o Estado, os municípios e as outras entidades públicas se
54. Sem dúvida, o necessitado receberá a vossa ajuda por esta via.
Mas muitas vezes ele conta também convosco, ao menos com a
vossa palavra de bondade e conforto. A vossa caridade deve
assemelhar-se à de Deus, que veio pessoalmente trazer socorro. E'
este o conteúdo da mensagem de Belém.
EXORTAÇÃO.
57. Com votos para que o genuíno amor cristão, nutrido por uma
viva e profunda fé católica, mitigue os sofrimentos materiais e
espirituais e vença a inimizade dos corações, damos com afeto - a
todos vós, diletos filhos e filhas, que Nos ouvis, e àqueles que vos
estão vizinhos na. fé num Deus verdadeiro e pessoal, como também
às vossas famílias e a todas as pessoas e coisas que vos são caras -
a Nossa Bênção Apostólica.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLII-15.htm2006-06-03 00:10:48
Pio XIIRADIOMENSAGEM DO NATAL DE 1953SOBRE OS PERIGOS DO TECN: C.1.
Pio XII
1. "O povo, que habitava nas trevas, viu uma grande luz". Com esta
vívida imagem o espírito profético de Isaías (Is 9, 1) anunciou a vinda
à terra do celestial .Menino, Pai do futuro século e Príncipe da paz.
Com esta mesma imagem - na maturidade dos tempos feita realidade
confortadora das gerações humanas, que se sucedem neste mundo
cheio de trevas - Nós desejamos, diletos filhos 'e filhas do Orbe
católico, iniciar a nossa Mensagem natalícia e servir-Nos dela para
conduzir-vos mais uma vez ao berço do Salvador recém-nascido,
fúlgida fonte de luz.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLIII-1.htm2006-06-03 00:10:48
Pio XIIRADIOMENSAGEM DO NATAL DE 1953SOBRE OS PERIGOS DO TECN: C.2.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLIII-2.htm2006-06-03 00:10:49
Pio XIIRADIOMENSAGEM DO NATAL DE 1953SOBRE OS PERIGOS DO TECN: C.3.
O PROGRESSO TÉCNICO
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLIII-3.htm2006-06-03 00:10:49
Pio XIIRADIOMENSAGEM DO NATAL DE 1953SOBRE OS PERIGOS DO TECN: C.4.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLIII-4.htm2006-06-03 00:10:49
Pio XIIRADIOMENSAGEM DO NATAL DE 1953SOBRE OS PERIGOS DO TECN: C.5.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLIII-5.htm2006-06-03 00:10:49
Pio XIIRADIOMENSAGEM DO NATAL DE 1953SOBRE OS PERIGOS DO TECN: C.6.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLIII-6.htm2006-06-03 00:10:49
Pio XIIRADIOMENSAGEM DO NATAL DE 1953SOBRE OS PERIGOS DO TECN: C.7.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLIII-7.htm2006-06-03 00:10:50
Pio XIIRADIOMENSAGEM DO NATAL DE 1953SOBRE OS PERIGOS DO TECN: C.8.
11. Mas não fica por aqui o influxo exercido pelo progresso técnico,
uma vez que seja acolhido na consciência como coisa autônoma e
como fim em si mesmo. Ninguém deixa de ver o perigo dum
"conceito técnico da vida", que está em considerar a vida
exclusivamente pelo lado dos valores técnicos, como um elemento e
fator técnico. O seu influxo repercute-se tanto no modo de viver dos
homens modernos, como nas reciprocas relações entre eles. .
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLIII-10.htm2006-06-03 00:10:50
Pio XIIRADIOMENSAGEM DO NATAL DE 1953SOBRE OS PERIGOS DO TECN: C.11.
... E NA FAMÍLIA
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLIII-11.htm2006-06-03 00:10:51
Pio XIIRADIOMENSAGEM DO NATAL DE 1953SOBRE OS PERIGOS DO TECN: C.12.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLIII-12.htm2006-06-03 00:10:51
Pio XIIRADIOMENSAGEM DO NATAL DE 1953SOBRE OS PERIGOS DO TECN: C.13.
17. E' verdade que ele não ameaça este continente mais seriamente
do que as outras regiões da terra. Julgamos até que estão mais
expostos aos referidos perigos, e mais abalados no equilíbrio moral
e psicológico, os povos que tarde e de improviso foram atingidos
pelo rápido progresso da técnica. Com efeito a evolução importada,
seguindo não com movimento constante mas por saltos
descontínuos, não encontra nem na neutralidade de cada indivíduo
nem na cultura tradicional fortes diques de resistência, de correção
e de nivelamento.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLIII-13.htm2006-06-03 00:10:51
Pio XIIRADIOMENSAGEM DO NATAL DE 1953SOBRE OS PERIGOS DO TECN: C.14.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLIII-14.htm2006-06-03 00:10:51
Pio XIIRADIOMENSAGEM DO NATAL DE 1953SOBRE OS PERIGOS DO TECN: C.15.
20. Tudo isto pode ser feito, e é até urgente que se taça, na Europa,
produzindo a união continental entre os povos, diferentes embora
entre si, mas geográfica e historicamente ligados uns aos outros.
Poderoso incentivo para tal união é a manifesta falência da política
contrária e o fato de os próprios povos, ainda nas camadas mais
humildes, esperarem a realização de tal união, julgando-a necessária
e praticamente possível. Parece, portanto, ter chegado o tempo de a
idéia se tornar realidade. E' por isso que Nós exortamos a que
trabalhem nesse sentido, primeiro que tudo os políticos cristãos, a
quem bastará recordar que foi sempre empenho do Cristianismo
toda a espécie de união pacífica de povos. Por que se há de hesitar
ainda? O fim é claro; as necessidades dos povos estão à vista de
todos. A quem pedisse antecipadamente garantia absoluta de feliz
resultado, haveria que responder que se trata sem dúvida dum risco
mas necessário; dum risco, mas adaptado às possibilidades
presentes; dum risco razoável. E' preciso sem dúvida proceder
cuidadosamente; avançar com bem calculados passos; mas por que
desconfiar, precisamente agora, do alto grau conseguido pela
ciência e experiência política, as quais sabem prever
suficientemente os obstáculos e ter prontos os remédios? Deve
sobretudo decidir-nos o grave momento em que a Europa se debate;
pata ela não há segurança sem risco. Quem exige absoluta certeza,
não mostra boa vontade para com a Europa.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLIII-15.htm2006-06-03 00:10:52
Pio XIIRADIOMENSAGEM DO NATAL DE 1953SOBRE OS PERIGOS DO TECN: C.16.
22. Sendo assim, o político cristão não presta serviço à paz interna,
nem, por conseguinte à paz externa, quando abandona a bise sólida
da experiência objetiva e dos princípios claros, e se transforma
numa espécie de propagandista carismático duna nova terra social,
contribuindo para agravar a desorientação dos espíritos já incertos.
Disto se torna culpável quem julga que pode empreender
experiências na ordem social e principalmente quem não está
resolvido a fazer predominar em todos os grupos a legítima
autoridade do Estado e a observância das justas leis. Será acaso
necessário demonstrar que a fraqueza da autoridade solapa a
solidez dum país, mais que todas as outras dificuldades, e que a
fraqueza dum país traz consigo o enfraquecimento da Europa e põe
em perigo a paz geral?
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLIII-16.htm2006-06-03 00:10:52
Pio XIIRADIOMENSAGEM DO NATAL DE 1953SOBRE OS PERIGOS DO TECN: C.17.
A AUTORIDADE DO ESTADO.
23. E' preciso, portanto, reagir contra a falsa opinião de que o justo
predomínio da autoridade e das leis abre necessariamente a porta à
tirania. Nós mesmo, alguns anos atrás, neste mesmo dia (24 de
Dezembro de 1944), falando da democracia, notávamos que num
Estado democrático, não menos que em qualquer outro bem
ordenado, a autoridade deve ser verdadeira e efetiva. Sem dúvida a
democracia quer realizar o .ideal da liberdade; mas ideal é somente
aquela liberdade que se afasta de todo o desenfreamento, aquela
autoridade que une à consciência do próprio direito o respeito pela
liberdade, dignidade e direito dos outros, e é ao mesmo tempo
cônscia da própria responsabilidade em relação ao bem geral.
Naturalmente esta genuína democracia não pode viver e prosperar
senão na atmosfera do respeito para com Deus e da observância
dos mandamentos, bem como da solidariedade ou fraternidade
cristã.
file:///D|/Documenta%20Chatolica%20Omnia/99%20-%20Provvisori/mbs%20Library/001%20-Da%20Fare/MCMLIII-17.htm2006-06-03 00:10:52
Pio XIIRADIOMENSAGEM DO NATAL DE 1953SOBRE OS PERIGOS DO TECN: C.18.
CONCLUSÃO.
24. Desta sorte, diletos filhos e filhas, a obra da paz prometida aos
homens no esplendor da noite de Belém, será enfim levada a termo
com a boa vontade de cada um; mas principia na plenitude da
Verdade que afugenta as trevas dos espíritos. Como na criação "ao
princípio era o Verbo" e não eram as coisas nem as suas leis, nem a
sua potência e abundância; assim na execução da misteriosa
empresa confiada pelo Criador à humanidade, deve pôr-se ao
princípio o mesmo Verbo, a sua verdade, a sua caridade e a sua
graça; somente depois a ciência e a técnica. Quisemos apresentar-
vos esta ordem e pedimo-vos que a façais vingar eficazmente.
Temos por nós a história, que bem sabeis ser boa mestra. Parece,
entretanto, que aqueles que não a entendem, e se inclinam por isso
mesmo a tentar novas aventuras, são mais numerosos que os
outros e os vêm a sacrificar às suas loucuras. Nós falamos em nome
destas vítimas, que choram ainda, perto ou longe, sobre as
sepulturas e já receiam que se abram outras; das que habitam ainda
entre rumas e já vêem aproximar-se novas destruições; vítimas que
esperam anda, como prisioneiros ou dispersos, mas já temem de
novo pela própria liberdade. O perigo é tão grande que, junto do
berço do Príncipe eterno da paz, Nós tivemos de proferir palavras
graves, embora com risco de provocar temores ainda mais vivos.
Pode-se, porém, sempre confiar que, com a graça de Deus, será um
temor salutar e eficiente, que leve à união dos povos, reforçando
assim a paz.
25. Ouça estes Nossos anseios e votos a Mãe de Deus e Mãe dos
homens, a Imaculada Virgem Maria - diante de cujo altar se prostram
este ano, de modo especial, os povos da terra - a fim de que
interponha entre esta e o Trono de Deus a sua materna intercessão.
26. Com estes votos nos lábios e no coração - a vós todos, diletos
filhos e filhas, às vossas famílias e especialmente aos humildes, aos
pobres, aos oprimidos, aos perseguidos pela sua fidelidade a Cristo
e à Igreja - damos com efusão de coração a Nossa paterna Bênção
Apostólica.