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Pca - Posto Marco Zero

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<PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL -

PCA
COMÉRCIO VAREJISTA DE COMBUSTÍVEIS PARA VEÍCULOS
AUTOMOTORES

RAZÃO SOCIAL: POSTO MARCO ZERO - EIRELI


CNPJ: 24.865.996/0001-66
ENDEREÇO: AV JOSE CAVALCANTI Nº11 COMPLEMENTO LOTEAMENTO ANAIR
RES LOTE
BAIRRO: BELA VISTA
CIDADE: URUÇUI / PI
CEP: 64.860-000
NOVEMBRO / 2020
1

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO........................................................................................................4
1 INFORMAÇÕES GERAIS.........................................................................................4
1.1 Empreendedor.......................................................................................................4
1.2 Consultor Ambiental.............................................................................................4
1.3 Dados dos Distribuidores/Fornecedores...........................................................4
1.4 Recursos Humanos Prováveis............................................................................6
1.5 Localização............................................................................................................6
1.5.1 Justificativa Locacional....................................................................................6
1.6 Memorial Descritivo do Empreendimento..........................................................6
1.7 Objetivos e Justificativa do Empreendimento...................................................8
1.8 Sistema de Tratamento a ser Instalado para Efluentes Eventualmente
Produzidos na Praça de Abastecimento................................................................10
2 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL...................................................................................11
2.1 Listagem dos Instrumentos Legais Selecionados para os Estudos.............12
2.1.1 A Nível Federal.................................................................................................12
2.1.2 A Nível Estadual...............................................................................................12
3 DESCRIÇÃO TÉCNICA DO EMPREENDIMENTO................................................13
3.1 Equipamentos e Sistemas de Monitoramento.................................................13
3.1.1 Controle de Estoque........................................................................................13
3.1.2 Proteção Contra Vazamento...........................................................................15
3.2 Ensaio de Estanqueidade..................................................................................15
3.2.1 Caixa Separadora de Água e Óleo.................................................................15
3.2.2 Câmara de Acesso a Boca de Visita do Tanque..........................................16
3.2.3 Contenção de Vazamentos Sob a Unidade Abastecedora..........................17
3.3 Proteção Contra Transbordamentos................................................................17
3.4 Sistema de Detecção de Vazamento................................................................18
3.4.1 Sistema de Monitoramento Intersticial..........................................................18
3.5 Sistemas de Drenagem......................................................................................19
3.5.1 Efluentes Líquidos – Combustíveis...............................................................19
3.5.2 Esgotos Domésticos e Sanitários..................................................................19
3.5.3 Águas Pluviais.................................................................................................20
3.5.4 Fonte de abastecimento de água...................................................................20
2

3.6 Tanque de Armazenamento...............................................................................20


3.7 Fonte Fornecedora de Energia..........................................................................20
3.8 Resíduos Sólidos................................................................................................20
4 SÍNTESE DO INVENTÁRIO AMBIENTAL.............................................................21
4.1 Definição da Área de Influência........................................................................21
4.1.1 Áreas de Influência Direta...............................................................................21
4.1.2 Áreas de Influência Indireta............................................................................21
4.2 Caracterização do município de Uruçui - PI....................................................21
4.2.1 Localização.......................................................................................................21
4.2.2 Aspectos Socioeconomicos...........................................................................22
4.2.3 Aspectos Fisiográficos...................................................................................23
4.3 Geologia...............................................................................................................23
4.4 Recursos Hidricos..............................................................................................24
4.4.1 Aguas Superficiais...........................................................................................24
4.4.2 Aguas Subterrâneas........................................................................................25
5 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS......................25
5.1 Lista de checagem (Check – List).....................................................................27
5.2 Principais ações da atividade............................................................................27
5.3 Matriz de impacto ambiental..............................................................................27
5.4 Análise dos Impactos Ambientais....................................................................29
5.5 Impactos relacionados ao meio físico..............................................................29
5.6 Impactos relacionados ao meio biológico.......................................................32
5.7 Impactos relacionados ao meio socioeconomico..........................................33
6 TRATAMENTO E CONTROLE DE EFLUENTES..................................................35
6.1 Monitoramento e Acompanhamento de Controle de Efluentes....................35
6.2 Análise de Risco.................................................................................................36
7 MEDIDAS MITIGADORAS......................................................................................37
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................39
9 BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................40
ANEXO ......................................................................................................................41
3

APRESENTAÇÃO

POSTO MARCO ZERO - EIRELI atendendo as recomendações da SECRETARIA


DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HIDRICOS DO ESTADO DO PIAUI - SEMAR,
quando da solicitação da Licença Prévia e Licença de Instalação, do respectivo
empreendimento, e reconhecendo a importância da preservação ambiental e de
seus ecossistemas, promove a elaboração deste Plano de Controle Ambiental –
PCA, que irá nortear as atividades de instalação do tanque e operação da citada
empresa no tocante ao meio ambiente, de acordo com as normatizações ambientais
vigentes, para ser submetido à análise, visando a expedição da licença ambiental
solicitada.
O presente documento cumpre as determinações da Política Nacional do
Meio Ambiente, apoiada na Lei Federal n° 6.938 de 31 de agosto de 1981 e
Resolução CONAMA Nº 273, de 29 de Novembro de 2000, o qual compreende o
estudo, descrição e análise do empreendimento, das características e condições de
trabalho onde encontra-se implantado e com o qual interage.
O estudo permite concluir, que os eventuais efeitos ambientais a serem
causados em detrimento a Licença de Prévia, Licença de Instalação e Licença
de Operação do empreendimento, serão solucionados através de medidas de
controle a serem adotadas.
4

1 INFORMAÇÕES GERAIS

1.1 Empreendedor

Razão Social: POSTO MARCO ZERO - EIRELI


CNPJ: 24.865.996/0001-66
Endereço: AV JOSE CAVALCANTI Nº11 COMPLEMENTO:
LOTEAMENTO ANAIR RES LOTE
Bairro: BELA VISTA
Município: URUÇUI - PI

1.2 Consultor Ambiental

Nome: FRANCISCO DE ASSIS CARVALHO


CREA: 1900615126
Endereço: Rua Darcy bastos
Município: Teresina-PI
Celular: (86) 9 9988-2761
E-mail: francisco_eng@globo.com

1.3 Dados do Distribuidor/Fornecedor

Razão Social: Petróleo SABBÁ S.A.


CNPJ: 04.169.215/0014-06
Inscrição Estadual: 19.406.551-0
Endereço para Correspondência: Rod. 343 – s/n – Km 5
Bairro: Dirceu Arcoverde
Teresina - Piauí
CEP: 64.076-410
Telefone: (86) 0300 7898282

Razão Social: SP. Distribuidora de Petróleo


CNPJ Nº 01.387.400/0001-64
5

Inscrição Estadual: 06.975.717-88


Nome para Contato: Rafael
Endereço para Correspondência: Rua Leite Barbosa, 191 – Mucuripe –
Fortaleza-CE
Telefone: (85) 3263-4141
Razão Social: Cacique Atacado Ltda

Nome para Contato: Genésio


Endereço para Correspondência: Rua H, nº 4145 – Angelin de Baixo
Teresina – Piauí
Telefone: (86) 3220-2029
Razão Social: Satélite Distribuidora de Petróleo Ltda
Endereço para Correspondência: Av. José Sabóia, nº 521 – Mucuripe
Fortaleza-Ce
CEP: 60.180-480
Telefone: (85) 3263-6899
Site: www.grupocarau.com.br

Razão Social: Petrobras Distribuidora S.A.


Endereço para Correspondência: Av. Dep. Paulo Ferraz S/N- Bairro
Dirceu Arcoverde - Teresina – PI
CEP: 64.076-130
Telefone: (85) 3233-3181
Razão Social: Filtro Lub

Nome para Contato: Williams


Endereço para Correspondência: Rua Barroso, nº 1129 –Centro/Norte
Teresina-PI
CEP: 64.018-550
Telefone: (86) 3084-3564

Razão Social: Macro Lub


Nome para Contato: Sérgio
6

Endereço para Correspondência: Av. Barão de Gurguéia, nº 2909 –


São Pedro, Teresina-Piauí
CEP: 64.018-3010
E-mail: macrolub@terra.com.br

1.4 Recursos Humanos

- Número de funcionários/frentistas 04
- Número de funcionários relacionados à administração 01
- Números de Funcionários na Vigilância 01

1.5 Localização

O empreendimento encontra-se edificado em um terreno do empreendedor


localizado na AV JOSE CAVALCANTI Nº 11 COMPLEMENTO: LOTEAMENTO
ANAIR RES LOTE BAIRRO: BELA VISTA CIDADE: URUÇUI - PI

Apresentando as seguintes coordenadas geográficas

Latitude: -7.2467227 S
Longitude: -44.5472064 W

1.5.1 Justificativa Locacional

A Prefeitura Municipal de Uruçui - PI, através do seu código de postura,


quando da definição do uso do solo urbano, assim como seu parcelamento e
ocupação classificou a área enfocada, como zona de comércio e serviços. Os
objetivos de ocupação do solo estão desta maneira, totalmente enquadrados nas
exigências da legislação municipal, fato este que contribuiu para a escolha do
terreno beneficiado com a construção do posto. É de suma importância o
funcionamento desse empreendimento, o qual atende a uma parcela significativa de
proprietários de veículos.

1.6 Memorial Descritivo do Empreendimento

 Empreendimento
O citado empreendimento está dividido em pista de abastecimento de
7

combustíveis, administração e serviços.

As instalações do empreendimento obedeceram aos padrões de


construção estabelecidos no projeto técnico executivo, com as seguintes
características:
As instalações incluem o prédio da administração, pista de abastecimento
e banheiros. A cobertura da ilha de bombas é construída em estrutura metálica.
Administração - Espaço destinado ao escritório, depósito, banheiros, e
vestiários.
Praça de Abastecimento - Área coberta em estrutura metálica onde
estão instaladas as bombas de abastecimento. O local será pavimentado em piso
liso em concreto polido, com canaleta em Perfil Cartola MSG-14, para coleta dos
efluentes eventualmente produzidos, localizada ao redor da ilha de bombas e
pavimentação sobre tancagem subterrânea.

 Tanques
Será em número de 01 (dois) tanques, sendo 01 (um) com capacidade
30.000 m3 bipartido e 01 (um) com capacidade 30.000 m³ pleno subterrâneos
assentados à aproximadamente 3,5 metros de profundidade.
Os tanques são do tipo “jaquetados” também conhecido como tanque
ecológico que assegura proteção ao meio ambiente. Trata-se de tanque atmosférico
subterrâneo de aço carbono de parede dupla não metálico de acordo com a NBR
13.785 da ABNT. Estes tanques monitoráveis é fabricado com tecnologia de ponta,
testados e aprovados pela ABNT. Apresenta revestimento primário em aço carbono
e espaço intersticial que possibilita o monitoramento contínuo, além de um
revestimento secundário em fibra de vidro que isola o tanque do meio ambiente,
assegurando total proteção contra corrosão.
O quadro a seguir apresenta um resumo da relação/situação dos tanques.

Quadro: Relação/Situação dos tanques


Teste de
Capacidade Compart. Tipo de combustível Em operação
Estanq.
30.000 L Diesel S10/ Será
Bipartido Não
(15/15)m3 Diesel comum/ realizado
30m3 Pleno Gasolina comum Será Não
8

realizado

Tubulações: As tubulações a serem instaladas no posto são fabricadas


em Polietileno de Alta Densidade – PEAD, com diâmetro de 50 mm, classe PN-10
nas linhas de sucção e respiro.
Bombas: Será em número de 03 (três) bombas eletrônicas:
Bomba 1: Eletrônica – DIESEL S-10 /DIESEL COMUM;
Bomba 2: Eletrônica – DIESEL S-10 /DIESEL COMUM;
Bomba 3: Eletrônica – GASOLINA COMUM
Bomba 4: Eletrônica – GASOLINA COMUM /
Prevenção Contra Incêndio – Buscando compatibilizar o tipo de agente
extintor com classe de incêndio decorrente da atividade proposta, o sistema de
segurança foi disposto como abaixo especificado:
 O empreendimento contará com extintores de incêndio localizados na
ilha de bombas (combustíveis) e administração de acordo com a
legislação vigente
 Todos os extintores possuirão obrigatoriamente a identificação ou
selo de conformidade do órgão de certificação credenciado pelo
INMETRO, todos lacrados e com data de validade em dias.

Sinalização de Emergência – A sinalização de segurança contra


incêndio e pânico será implantada, visando reduzir o risco de ocorrência além de
garantir a adoção de ações adequadas à situação de risco, de forma a orientar as
ações de combate e facilita a localização dos equipamentos e das rotas de saída
para o exterior da edificação, em caso de sinistro de incêndio.
A sinalização conta de dispositivos verticais e horizontais.

1.7 Objetivos e Justificativa do Empreendimento

A empresa tem como objetivo principal a comercialização de combustíveis


líquidos derivados de petróleo (gasolina comum, diesel comum e diesel S-10 ). Para
isso contará com 02 tanques de armazenamento desses combustíveis, bombas e
equipamentos periféricos aos tanques, ao ponto de descarga e equipamentos
diversos.
9

Como objetivo secundário o posto comercializa óleo lubrificante e outros


produtos para veículos.

Para justificar o empreendimento no entorno da área, a uma distância de


100m partindo do seu perímetro, apresenta fator de agravamento no ambiente nível
3 considerado de pouco risco ao meio ambiente, conforme apresenta o seguinte
quadro:

Descrição Sim Não


Rua com galeria de drenagem de água X
Rua com galeria de esgotos ou serviços X
Esgotamento sanitário através de X
fossas/sumidouro
Edifício multifamiliar sem garagem subterrânea até X
quatro andares
Edifício multifamiliar com garagem subterrânea X
com mais de quatro andares
Favela em cota igual ou inferior X
Edifício de escritórios com mais de quatro andares X
Garagem ou túnel construídos no subsolo X
Poço de água artesiano ou não, para consumo X
doméstico
Templo religioso X
Hospital X
Metrô X
Transporte ferroviário de superfície X
Atividades industriais de risco conforme NBR-16 X
Água de subsolo utilizada para consumo público da X
cidade

Corpos naturais superficiais de água destinados:


Abastecimento doméstico X
Proteção das comunidades aquáticas X
Recreação de contato primário X
Irrigação X
Criação natural e/ou intensiva de espécies X
destinadas à alimentação humana
Drenagem X
10

Acidentes ambientais em posto de combustíveis significam quase sempre


derramamentos e vazamentos de combustíveis para o meio ambiente, além de
perdas econômicas e financeiras. O quadro anterior, mostra 1 (um) fator de risco
(Esgotamento sanitário de fossa/sumidouro), porém não inviabiliza o funcionamento
do empreendimento, obrigou a instalação de equipamentos e sistemas completos de
proteção ao meio ambiente, inclusive um plano de prevenção de acidentes.
O empreendimento é viável, em virtude de sua localização, por se tratar
de uma das principais vias de acesso da cidade de Uruçuí - PI, local estratégico,
atendendo a toda a clientela que busca abastecer seus veículos no citado
empreendimento.

1.8 Sistema de Tratamento a ser Instalado para Efluentes Eventualmente


Produzidos na Praça de Abastecimento

A operação do sistema de tratamento ocorrerá da seguinte maneira:


 Os efluentes eventualmente produzidos serão conduzidos através de
canaleta, até a Caixa Separadora de Água e Óleo, onde ocorrerá o
processo de separação dos mesmos, posteriormente a água tratada,
será lançada no sistema de fossa-sumidouro.
 A caixa separadora será dotada de tampa para permitir a retirada do
óleo, após o processo de separação.
 O sistema de tratamento proposto para os efluentes eventualmente
produzidos na praça de abastecimento consistirá do tipo dupla
sifonagem. Este sistema funcionará através do processo de
decantação, que permitirá a separação das substâncias, inclusive
coleta, que atenderá assim, aos padrões estabelecidos pela legislação
vigente.
 Os resíduos sólidos serão recolhidos e direcionados para o lixão
municipal.

2 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
11

O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA no uso das


competências que lhe foram conferidas pela Lei n° 6938 de 31 de Agosto de 1981,
regulamentada pelo Decreto nº 99.274 de 6 de Junho de 1990, e tendo em vista o
disposto na Resolução interno, e considerando que toda instalação e sistema de
armazenamento de derivados de petróleo e outros combustíveis, configuram-se
como empreendimentos potencialmente ou parcialmente poluidores geradores de
acidentes ambientais.
Considerando que os vazamentos de derivados de petróleo e outros
combustíveis podem causar contaminação de corpos d'água subterrâneos e
superficiais, do solo e do ar.
Considerando os riscos de incêndio e explosões, decorrentes desses
vazamentos, principalmente pelo fato de que parte desses estabelecimentos
localiza-se em áreas densamente povoadas.
Art. 1° a localização, construção, instalação, modificação, ampliação e
operação de postos revendedores, postos de abastecimento, instalações de
sistemas retalhistas e posto flutuantes de combustíveis dependerão de prévio
licenciamento do órgão ambiental competente, sem prejuízo de outras licenças
legalmente exigíveis.
Art. 2° Para efeito dessa Resolução são adotadas as seguintes
definições:
II - Posto de Abastecimento - PA: Instalação que possua equipamentos e
sistema para o armazenamento de combustível automotivo, com registrador de
volume apropriado para o abastecimento de equipamentos móveis, veículos
automotores terrestres, aeronaves, embarcações ou locomotivas; e cujos produtos
sejam destinados exclusivamente ao uso do detentor das instalações ou de grupos
fechados de pessoas físicas ou jurídicas, previamente identificadas e associadas em
forma de empresa, cooperativas, condomínios, clubes ou assemelhados.

2.1 Listagem dos Instrumentos Legais Selecionados para os Estudos


12

2.1.1 A Nível Federal

• Constituição Federal - 1998: Art.225, que trata do Meio Ambiente;


• Lei n° 6938, de 31 de Agosto de 1981 - Dispõe sobre a Política Nacional
do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação;
- Resolução CONAMA n° 001, de 23 de janeiro de 1986: estabelece as
definições, as responsabilidades da Avaliação de Impacto Ambiental como um dos
instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente;
- Resolução CONAMA n° 02, de 18 de abril de 1996: trata das medidas
compensatórias de impactos ambientais;
- Resolução CONAMA n° 237, de 9 de novembro de 1997 - Dispõe sobre
as definições de Licenciamento Ambiental, Licença Ambiental, Estudos Ambientais e
Impactos Ambientais e revoga dispositivos da Resolução CONAMA n° 01 de 23 de
janeiro de 1986.
• Normas Regulamentadores da Consolidação das Leis do Trabalho:
- NR - 20: Líquidos combustíveis e inflamáveis;
- NR - 23: Proteção contra incêndios
• Portaria n° 032/97, do Departamento Nacional do Combustível:
regulamenta a comercialização e as especificações para óleo diesel.
• Portaria n° 2.04/97, do Ministério do Trabalho: regulamenta o transporte
terrestre e produtos combustíveis.
• Resolução CONAMA n° 273, de 29 de novembro de 2000, e
• Resolução CONAMA n° 009, de 31 de Agosto de 1993.

2.1.2 A Nível Estadual

• Lei n° 4797, de 24 de Outubro de 1995 - Cria a Secretaria do Meio


Ambiente e dos Recursos Hídricos do Estado do Piauí;
• Lei n° 4854 de 10 de Julho de 1996 - Dispõe sobre a Política do Meio
Ambiente do Estado do Piauí, e dá outras providências.
Por sua vez, a constituição do Estado do Piauí, no seu Capítulo VII - Do
Meio Ambiente, destacam-se:
Artigo 237 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à saída qualidade de vida
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo e
13

harmonizá-lo, racionalmente, com as necessidades do desenvolvimento


socioeconômico para as presentes e futuras gerações.
Parágrafo 1° - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao
Poder Público:
IV - Exigir na forma da lei, para instalação de obra ou atividade
potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo
prévio de Impacto Ambiental, a que se dará publicidade.

3 DESCRIÇÃO TÉCNICA DO EMPREENDIMENTO

A descrição que encontra-se nas páginas a seguir visa descrever a


aplicação de equipamentos, sistemas de monitoramento, proteção, sistema de
detecção de vazamento, sistema de drenagem, tanque de armazenamento de
derivados de petróleo e de outros combustíveis para fins automotores e sistemas
acessórios de acordo com as normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas
Técnicas e Resolução CONAMA 273 de 29 de novembro de 2000.

3.1 Equipamentos e Sistemas de Monitoramento

O posto será dotado de diversos equipamentos (sistema de


monitoramento eletrônico, válvula de retenção, caixa separadora de água e óleo,
câmara de acesso a boca visita do tanque e tubo de drenagem) que evitarão a
contaminação das águas, do solo e a poluição do ar por improváveis vazamentos,
derramamentos e transbordamentos dos combustíveis e óleo lubrificantes
comercializados. Esse empreendimento contará com sistemas de monitoramento do
estoque, de águas subterrâneas e de vapor.

3.1.1 Controle de Estoque

O controle de estoque, ou inventário dos tanques, será realizado pelo “Posto


de Serviço”, em que consistirá na medição volumétrica manual de todos os tanques
a qual objetiva-se a detecção de vazamentos pela variação do estoque dos tanques.
Devido a sua sensibilidade, deve ser acompanhado por outro método de detecção,
ou execução periódica de ensaios de estanqueidade.
14

Este método deverá ser realizado diariamente através da introdução de uma


régua graduada no interior dos mesmos. Segundo a ABNT NBR 13784: 16/12/2019
“Detecção de Vazamentos em Postos de Serviço”, devem ser observados os
seguintes itens.
a) a régua deve ser de material resistente aos combustíveis
comercializados no posto, com escala milimetrada, e com certificação
do fabricante. Deve ser observado o desgaste da extremidade da régua
(que toca o fundo do tanque) a cada três meses, para evitar-se maiores
variações das sobras e perdas;

b) deve ser aplicada uma fina película de pasta para água na


face da extremidade da régua, de forma que a água presente nos
tanques de derivados de petróleo seja detectada. O volume de água,
se presente, deve ser descontado do cálculo do estoque físico. Por
outro lado, este volume de água deve ser registrado e monitorado. O
aumento diário do volume de água no interior do tanque pode indicar a
não estanqueidade do sistema de armazenamento;

c) a pasta de combustível, de funcionamento similar ao da pasta


para água, deve ser aplicada em um trecho de régua onde estima-se
encontrar o nível de combustível do tanque;

d) deve-se usar tabela de medição volumétrica ou de arqueação


do tanque, fornecida pelo fabricante e adequada à geometria do
tanque, que permite a conversão direta da medida obtida com a régua
em volume de combustível existente no tanque. Deve-se sempre
certificar-se de que a tabela utilizada correspondente ao tanque que
está sendo medido, evitando-se erros na escrituração do livro de
estoque. O responsável pela medição dos estoques dos tanques deve
estar capacitado para evitar erros devido ao manuseio inadequado da
régua ou da tabela de arqueação.

As variações diárias do estoque, por tanque, são processadas conforme


determina a Norma Técnica NBR 16577: 06/04/2017 “Controle de estoque dos
sistemas de armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC) nos postos de
15

serviço”, registrando-se os resultados no Livro de Movimentação de Combustíveis –


LMC. Se as variações acumuladas de estoque apresentarem valores acima de
0,6%, poderá estar ocorrendo vazamento de produto para o meio ambiente. Neste
caso, deve-se investigar as causas, adotando as “Medidas de Controle de
Acidentes”, previstos no presente Plano.

3.1.2 Proteção Contra Vazamento


A proteção contra vazamento é feita através de sistema associado e
equipamentos que evitarão a contaminação das águas e do solo por combustíveis,
detectando imediatamente o vazamento.
3.2 Ensaio de Estanqueidade

Os ensaios de estanqueidade serão realizados logo após a confecção do


tanque e nas tubulações.

3.2.1 Caixa Separadora de Água e Óleo

Sistema de drenagem oleosa (SDO) com a função de coletar os afluentes


oleosos, tratar, remover os resíduos oleosos livres, sólidos flutuantes e
sedimentáveis, e destinar os efluentes para a rede coletora, corpo receptor ou para
compartimento de contenção para posterior destinação, e conformidade com a
legislação pertinente

O sistema de drenagem oleosa (SDO) é composto dos seguintes dispositivos


ou componentes, entre outros: área de contribuição, canaletes, tubulações, caixa de
areia, sistema de retenção de resíduos flutuantes, separador de água e óleo,
reservatório de óleo separado, caixa de amostragem de efluente, compartimento de
contenção.

O sistema de drenagem oleosa deve ser constituído de componentes para


executar as funções de coleta, separação, estocagem temporária de resíduos
oleosos provenientes da operação do posto revendedor veicular e a devida
condução do efluente para a rede coletora, corpo receptor ou outro destino
determinado pelo poder público.

O SDO deve garantir a coleta dos afluentes oleosos provenientes das áreas
16

onde existam equipamentos/atividades com possibilidade de geração de resíduos


oleosos, entre outros: área de abastecimento de veículos, área de troca de óleo

Eventuais resíduos oleosos provenientes da operação de descarga de


combustfveis têm como captação as câmaras de contenção de descarga, conforme
ABNT NBR 13786 e ABNT NBR 13783. Os casos de derrames acidentais não estão
contemplados nesta Norma.

Os postos revendedores veiculares com lavagem de veículos devem possuir


SDO independente das demais áreas

A área de abastecimento de veículos deve ser dotada de canaletes periféricos


localizados internamente a 0,5m da projeção da cobertura, quando houver.

A pavimentação da área de abastecimento deve garantir caimento para os


canaletes, limitando a captação a essa área, evitando-se contribuição das áreas
externas.

Quando for inevitável o caimento do piso das áreas externas para a área de
abastecimento e/ou troca de óleo devido à topografia do terreno, deve ser previsto
um canalete independente para a captação das águas pluviais, evitando a
contribuição de águas não oleosas para o SÃO.

As áreas de troca de óleo e de outros serviços automotivos com contribuição


de resíduos oleosos devem ser dotadas de canaletes que captem os afluentes
oleosos

3.2.2 Câmara de Acesso a Boca de Visita do Tanque

A Câmara de Calçada com Reservatório de proteção, como o demais


equipamento isolará o ponto de descarga, de meio ambiente e o resultado de
possível derramamento de combustível no momento de descarga do caminhão
tanque, ficarão contidos no respectivo reservatório.
Para escoamento do reservatório caso este retenha algum
derramamento, será instalada uma válvula de escoamento, posicionada no fundo do
reservatório que ao ser acionada permitirá que o combustível retido escoe por uma
câmara até o tubo de enchimento do tanque. Uma bomba manual de drenagem será
instalada.
A Câmara de Calçada nos Reservatório foram instalada da mesma forma
17

que as convencionais. Observando-se que a cavidade do solo onde o reservatório


foi alojado, esteja isenta de elementos com pontas, para que no momento da
acomodação não danifiquem o reservatório. Importante é sempre observar que ao
instalar o reservatório, não o acomode com uma caída contra a válvula de
escoamento. Caso isso ocorra será impossível esgotar o reservatório pela mesma
drenando.
Outro detalhe, os reservatórios instalados possuem internamente uma
placa plástica, que serve somente para estruturá-lo, facilitando a instalação.
Entretanto após a instalação essa será removida (basta puxar - estará somente
encaixada entre a base inferior e o aro). A placa não será resistente ao contato com
produtos químicos por isso será importante removê-la.

3.2.3 Contenção de Vazamentos Sob a Unidade Abastecedora

Com o mesmo propósito do anterior, vem criar uma área isolada do meio
ambiente na parte inferior da bomba (no interior da ilha), que em caso de pane no
equipamento ou necessidade de manutenção irá reter vazamentos em seu
equipamento ou necessidade de manutenção que irá reter vazamentos em seu
interior facilitando ainda a instalação evitando trabalhos adicionais em alvenaria.
O reservatório de proteção virá acompanhado de um conjunto de
chumbadores que serão fixados na base metálica de apoio, deste modo verifica-se
os furos de fixação da bomba que encontra-se no chassis. Após este far-se-á a
furação na base metálica e instalam-se os chumbadores. Finalmente coloca-se o
reservatório na cavidade da ilha prevista para mesmo, conclui-se a pista e após este
fixa-se a bomba sobre o reservatório pelos chumbadores.
Os reservatórios de proteção para a bomba são dos modelos existentes
no mercado para bombas simples e duplas.

3.3 Proteção Contra Transbordamentos

A proteção contra transbordamentos é feita pelos seguintes métodos:


 Descarga Selada;
 Câmera de Contenção de Descarga; e,
 Válvula de Retenção de Esfera Flutuante.
18

3.4 Sistema de Detecção de Vazamento

São equipamentos instalados no posto, para indicação e monitoramento


da estanqueidade de qualquer parte do Sistema de Armazenamento Subterrâneo de
Combustível- SASC, ou seja, conjunto de tanques, tubulações e acessórios,
interligados e enterrados.

3.4.1 Sistema de Monitoramento Intersticial


O espaço intersticial é o espaço entre a parede interna (aço carbono) e a
parede externa (termofixa), que permite o monitoramento da presença de líquidos,
em um tanque de parede dupla.

Requisitos do sistema de monitoramento

O método baseia-se na instalação do sensor no espaço intersticial do


tanque de parede dupla, ativando o alarme quando da presença de líquido.

O sistema é composto por sensor instalado permanentemente e ligado


a uma central de controle e deve atender os seguintes requisitos:

Detectar de forma contínua a presença de líquido com no mínimo 95%


de probabilidade de acerto.

 Possuir auto-diagnóstico informando falhas no sistema.


 Ser compatível com o produto armazenado.
 Ter memória capaz de arquivar 25 eventos.
 Possuir alarmes sonoros e visuais.
 Não comprometer a estanqueidade do interstício.
 Ativar o alarme de presença de líquido, com um nível máximo de 45 mm do
líquido dentro do tubo.
Como funciona

Imagine que temos dois tanques, um dentro do outro. Agora imagine


que entre estes dois tanques existe um espaço vazio, por onde ar e líquido
conseguem fluir. Se o material contido no primeiro tanque vazar, ele é contido
pelo segundo tanque. Esse é o princípio de funcionamento do tanque jaquetado
subterrâneo.
19

No conjunto o primeiro tanque é de aço carbono e o segundo de resina


reforçada com fibra de vidro. O espaço “vazio” entre os dois tanques chama-se
espaço anular intersticial ou interstício.

É um espaço muito pequeno (entre 0,1 mm a 1mm), que ocupa mais


de 90% da superfície do tanque metálico e pelo qual eventuais vazamentos são
conduzidos para o lado de baixo do tanque por gravidade. Lá ele acabará
chegando ao tubo de monitoramento, que é um tubo que atravessa o tanque
metálico, ligando o interstício ao meio externo, e pelo qual um sensor é
introduzido.

Este sensor identifica uma eventual presença de líquidos, informando a


uma central que ativa o alarme.

3.5 Sistemas de Drenagem

O posto contará com sistemas de drenagem específicos para


combustíveis, esgotos sanitários e águas pluviais. Conforme as exigências legais
que visam preservar a qualidade das águas subterrâneas e superficiais.

3.5.1 Efluentes Líquidos – Combustíveis

O sistema de Drenagem de Combustíveis consistirá de uma rede coletora


específica de efluentes líquidos, tratamento e despejo. A rede coletora será baseada
numa canaleta de contenção permeável instalada na projeção da cobertura da praça
de abastecimento. Essa caneleta conduzirá o efluente imiscível (água/óleo),
proveniente de pequenos transbordamentos durante o abastecimento dos veículos,
até o tratamento.
O tratamento consiste de uma caixa separadora e água e óleo projetada
para separar líquidos imiscíveis. O óleo sobre-nadante será recolhido,
acondicionado em galão e despejado no seu tanque específico. A água terá o
mesmo destino das águas servidas dos banheiros, ou seja, fossa-sumidouros.

3.5.2 Esgotos Domésticos e Sanitários

Os esgotos domésticos e sanitários serão coletados em outra rede


20

coletora independente, baseadas em tubulações de PVC com diâmetro de 100 mm,


que conduzem as águas servidas até um sistema de tratamento muito comum e
eficiente de fossas e sumidouros.

3.5.3 Águas Pluviais

As águas pluviais serão drenadas naturalmente no sentido mais baixo do


terreno, sem necessidades de construção de drenos. Essas águas pluviais têm
como destino final, o corpo receptor mais próximo.

3.5.4 Fonte de abastecimento de água

O posto tem como opção de abastecimento d’água a rede pública, através


da AGESPISA – Águas e Esgotos do Piauí S/A, empresa estatal distribuidora de
água em praticamente todos os municípios do Estado do Piauí.

3.6 Tanque de Armazenamento

O Posto armazenará os combustíveis em 04 (Quatro) tanque subterrâneo,


com capacidade total para armazenar 60.000 litros de combustíveis, ecológico com
parede dupla revestido em fibra industrializado conforme norma da ABNT.

3.7 Fonte Fornecedora de Energia

O posto utilizará energia elétrica fornecida pela ELETROBRAS


Distribuição Piauí empresa que detém o monopólio de distribuição de energia no
Estado do Piauí. Essa energia é gerada a partir da Barragem de Boa Esperança,
localizado no Rio Parnaíba a altura do município de Guadalupe. O consumo médio
previsto mensal será de aproximadamente 500 Kwh.

3.8 Resíduos Sólidos

Os resíduos sólidos a serem gerados no empreendimento serão


coletados separadamente por tipo de material/substância, acondicionados
21

provisoriamente próximo às fontes geradoras, e, posteriormente, transportado com


segurança para o destino final (aterro municipal).

4 SÍNTESE DO INVENTÁRIO AMBIENTAL

4.1 Definição da Área de Influência

Consideram-se áreas de influência aquelas que estarão sujeitas aos


impactos ambientais e/ou risco de acidentes decorrentes das atividades que são
desenvolvidas no empreendimento. De acordo com a definição de avaliação de
impactos ambientais e riscos de acidentes, estudou-se duas áreas de influência
distintas onde os impactos ocorrem de forma, intensidade e significância diversas e
variadas.

4.1.1 Áreas de Influência Direta

De acordo com a Resolução CONAMA nº 273, de 29 de novembro de


2000, a área de influência direta estudada está limitada a um raio de 100 metros a
partir do perímetro do terreno onde será edificado o empreendimento. Portanto, para
efeito deste estudo ambiental esta área foi delimitada como sendo um trecho na AV
JOSE CAVALCANTI Nº 11 COMPLEMENTO: LOTEAMENTO ANAIR RES LOTE
BAIRRO: BELA VISTA CIDADE: URUÇUI - PI
4.1.2 Áreas de Influência Indireta

Considera-se como área de influência indireta aquela que os riscos de


acidentes serão menores e os impactos serão percebidos com menos intensidade
que na área de influência direta. Esta área compreende o município de Uruçuí - PI.

4.2 Caracterização do município de Uruçuí - PI

4.2.1 Localização

O município está localizado na microrregião do Alto Parnaíba Piauiense,


compreendendo uma área irregular de 8.542 Km2 , tendo como limites os municípios
do estado do Maranhão e Antônio Almeida ao norte, Palmeiras do Piauí e Alvorada
do Gurguéia ao sul, Sebastião Leal, Landri Sales e Manoel Emídio a leste, e Ribeiro
22

Gonçalves, estado do Maranhão e Baixa Grande do Ribeiro a oeste. A sede


municipal tem as coordenadas geográficas de 070 13’ 46’’ de latitude sul e 440
33’22’’ de longitude oeste de Greenwich e dista 453 Km de Teresina

4.2.2 Aspectos Socioeconômicos

Os dados Socioeconômicos relativos ao município foram obtidos a partir de


pesquisa nos sites do IBGE ( www.ibge.gov.br) e do governo do estado do Piauí
(www.pi.gov.br). O município foi criado pelo Decreto Lei N0 52, de 22/03/1938,
sendo desmembrado de Bertolínia. A população total, segundo o censo 2000 do
IBGE, é de 17.011 habitantes e uma densidade demográfica de 2,0 hab/km2 , onde
65,3% das pessoas estão na zona rural. Com relação a educação, 71,9% da
população acima de 10 anos de idade são alfabetizadas. A sede do município
dispõe de energia elétrica distribuída pela EQUATORIAL PIAUI S/A, terminais
telefônicos atendidos pela OI/TIM/VIVO/CLARO, Agências de correios e telégrafos e
escola de ensino fundamental. A agricultura praticada no município é baseada na
produção sazonal de arroz, feijão, milho, mandioca e soja.
23

4.2.3 Aspectos Fisiográficos

As condições climáticas do município de Uruçui (com altitude da sede a 167


m acima do nível do mar), apresentam temperaturas mínimas de 20oC e máximas
de 31oC, com clima quente e semi-úmido. A precipitação pluviométrica média anual
(registrada, na sede, 800 mm) é definida no Regime Equatorial Continental, com
isoietas anuais em torno de 800 a 1.200 mm e período chuvoso estendendo-se de
novembro – dezembro a abril – maio. Os meses de janeiro, fevereiro e março
correspondem ao trimestre mais úmido (IBGE, 1977).
Os solos da região, provenientes da alteração de arenitos, folhelhos, siltitos
e calcários, são espessos, jovens, com influência do material subjacente,
compreendendo latossolos amarelos, álicos ou distróficos, textura média,
associados com areias quartzosas e/ou podzólico vermelho-amarelo concrecionário,
plíntico ou não plíntico, fase cerrado tropical subcaducifólio, localmente mata de
cocais(Jacomine et al., 1986).
O acidente morfológico predominante, é a ampla superfície tabular
reelaborada, plana ou levemente ondulada, limitada por escarpas abruptas podem
que atingir 600 m, exibindo relevo com zonas rebaixadas e dissecadas (Jacomine et
al., 1986).

4.3 Geologia

Conforme a imagem as unidades geológicas que ocorrem no âmbito da área


do município pertencem às coberturas sedimentares, posicionadas de acordo com a
descrição a seguir. Restringemse à denominada Formação Pedra de Fogo,
posicionada na porção superior, reunindo arenito, folhelho, calcário e silexito e,
inferiormente, à Formação Piauí, compreendendo arenito, folhelho, siltito e calcário.
24

4.4 Recursos Hídricos


4.4.1 Águas Superficiais

Os recursos hídricos superficiais gerados no estado do Piauí estão


representados pela bacia hidrográfica do rio Parnaíba, a mais extensa dentre as 25
bacias da Vertente Nordeste, ocupando área de 330.285 km2 , e abrange o estado
do Piauí e parte do Maranhão e do Ceará.
O rio Parnaíba possui 1.400 quilômetros de extensão e a maioria dos
afluentes localizados a jusante de Teresina são perenes e supridos por águas
pluviais e subterrâneas. Depois do rio São Francisco, é o mais importante rio do
Nordeste.
Dentre as sub-bacias, destacam-se aquelas constituídas pelos rios: Balsas,
situado no Maranhão; Potí e Portinho, cujas nascentes localizam-se no Ceará; e
Canindé, Piauí, Uruçuí-Preto, Gurguéia e Longá, todos no Piauí. Cabe destacar que
a sub-bacia do rio Canindé, apesar de ter 26,2% da área total da bacia do Parnaíba,
drena uma grande região semi-árida.
25

Apesar do Piauí estar inserido no “Polígono das Secas ”, não possui grande
quantidade de açudes. Os mais importantes são: Boa Esperança, localizado em
Guadalupe e represando cinco bilhões de metros cúbicos de água do rio Parnaíba,
vem prestando grandes benefícios à população através da criação de peixes e
regularização da vazão do rio, o que evitará grandes cheias, além de melhorar as
possibilidades de navegação do rio Parnaíba; Caldeirão, no município de Piripiri,
onde se desenvolve grandes projetos agrícolas; Cajazeiras, no município de Pio IX,
é também uma garantia contra a falta de água durante as secas; Ingazeira, situado
no município de Paulistana, no rio Canindé e; Barreira, situado no município de
Fronteiras.
Os principais cursos d’água que drenam o município são: os rios Parnaíba e
Uruçui-Preto, além dos riachos da Volta, Corrente, da Estiva, Catinga de Porco e do
Sangue.

4.4.2 Águas Subterrâneas


No município de Uruçui distinguem-se apenas um domínio hidrogeológico
caracterizado pelas rochas sedimentares pertencentes à Bacia do Parnaíba.
As unidades do domínio sedimentar pertencem à Bacia do Parnaíba, sendo
representadas pelas formações Piauí e Pedra de Fogo.
A Formação Piauí pelas características litológicas com predominância de
arenitos com boa porosidade e permeabilidade e por ocupar cerca de 70% da área
total do município torna-se uma boa opção do ponto de vista hidrogeológico, tendo
um valor médio como manancial de água subterrânea. Aflora em toda porção centro-
sul do município.
A Formação Pedra de Fogo, pelas suas características litológicas, com
predominância de camadas argilosas e intercalações de leitos de sílex, que são
rochas impermeáveis, apresenta pouco interesse hidrogeológico.

5 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

A matriz de Impacto Ambiental foi concebida, de forma a distribuir no eixo


horizontal os fatores ambientais e no eixo vertical as ações do empreendimento.
Nessa ocasião foram identificados os impactos através da interação entre as ações
26

e os fatores ambientais, momento em que foram classificados de acordo com a sua


natureza, em benefícios e adversos; e a sua magnitude, seja ela forte, média ou
fraca intensidade.
Com a identificação dos impactos, fez-se a análise dos mesmos,
mediante parâmetros complementares, considerando-se a sua importância, forma
de incidência, temporalidade, duração, extensão e reversão.
Com o objetivo de diminuir a subjetividade da avaliação dos parâmetros
de magnitude e importância, utilizou-se o Método de DELFHOS (1970), que consiste
na avaliação individual pelo consultor, quando os impactos recebem valores
correspondentes a seus efeitos sobre o meio ambiente, limitados pela escala 0,0 –
10,0. O resultado da avaliação é decorrente da correlação do valor médio obtido à
classe de valoração nominal, da seguinte maneira:

ESCALA 0,0 – 10,0 ESCALA NOMINAL


MAGNITUDE IMPORTÂNCIA
8,1 – 10,0 Grande Importante
4,1 – 8,0 Média Moderada
0 – 4,0 Pequena Pouco importante

Para representação dos demais parâmetros de avaliação, adotou-se um,


detalhamento, como pode ser contemplado a seguir:

NATUREZA FORMA DE INCIDÊNCIA REVERSÃO


Benéfica Direta Reversível
Adversa Indireta Irreversível
Variável

EXTENSÃO TEMPORALIDADE DURAÇÃO


Local Imediato Temporário
Regional Médio prazo Permanente
Estratégico Longo prazo Cíclico
27

5.1 Lista de checagem (Check – List)

→ Componentes ambientais
MEIO FÍSICO MEIO BIOLÓGICO MEIO SÓCIO-ECONÔMICO
Ruídos e vibrações. Não foram Empregos diretos e indiretos.
Qualidade do ar. considerados Funcionamento.
Recursos hídricos. elementos, tendo em Arrecadação tributária.
Solos. vista ao grande efeito Segurança dos
da antropização da trabalhadores, funcionários e
área preferencial e entorno.
entorno.
Desenvolvimento regional.
Custos operacionais.

5.2 Principais ações da atividade

INSTALAÇÃO OPERAÇÃO
Instalação do canteiro de obra Transporte dos combustíveis
Limpeza da área Abastecimento do tanque de
combustíveis
Implantação do tanque. Abastecimento de veículos.
Instalação de Equipamentos, Sistemas Tráfego de veículos.
e Periféricos.
Construção de sistema de tratamento Produção/ tratamento de efluentes.
das águas de lavagem de piso –
separador óleo – água (SAO). Área de
descarga e abastecimento.
Descarte de restos de materiais de Produção de resíduos sólidos.
construção.

5.3 Matriz de impacto ambiental

Considerando as ações da atividade instalada e os componentes


ambientais diagnosticados no meio estudado, elaborou-se a Matriz de Impacto
Ambiental (Fig. 5.1) que, através da interação entre as ações e os componentes
ambientas, permitiram a identificação dos impactos. A cada constatação da
ocorrência de impactos relevantes, procurou-se identificar a sua natureza a sua
intensidade ou magnitude, classificando-os em impactos benéficos e adversos de
28

magnitude grande, média ou pequena.

Figura 5.1 – MATRIZ DE IMPACTO AMBIENTAL


IMPLANTAÇÃO / OPERAÇÃO
FÍSICO BIOLÓGICO SOCIOECONÔMICO

Ruídos/ vibrações

enntorno)Segurança (efetivo e
Qualidade do ar
COMPONENTES AMBIENTAIS

Recursos hídricos

Arrec. tributativa
Empregos
Fauna
Solos

Flora
AÇÕES ↓

Instal canteiro de obras

Limpeza da área
INSTALAÇÃO

Instalação do tanque

Instal de equipamentos

Construção do SÃO
FASES

Descartes

Transporte de combinações
OPERAÇÃO

Abastecimento dos tanque

Abastecimento dos veículos

Tráfego de veículos

Produção de efluentes

Produção resíduos sólidos

Forte
BENEFÍCIOS Médio
Fraco

Forte
ADVERSOS Médio
Fraco

Forte
VARIÁVEIS Médio
Fraco
29

5.4 Análise dos Impactos Ambientais


A análise dos impactos relevantes a serem gerados na implantação e
operação do empreendimento levou-se em consideração todo o trabalho até aqui
desenvolvido, ou seja, o levantamento das ações do empreendimento e das
condições ambientais encontradas em sua área de influência.
Visando a apresentação clara e concisa das variáveis envolvidas, teve-se
por base os componentes ambientais e seus diferentes ambientais (físico, biólogo e
socioeconômico). A partir deste referencial procurou-se estabelecer a correlação
com as diversas ações geradas nas fases citadas da atividade, e as alterações
ambientais decorrentes.

5.5 Impactos relacionados ao meio físico

 Produção de ruídos e vibrações

A instalação do empreendimento é uma ação que poderá provocar ruídos


que poderão interferir na rotina da área de impacto direto. Em áreas adjacentes,
estes efeitos não serão observados, dada à distância de outras edificações que o
posto se situará. Durante a operação, a presença de veículos provocará ruídos e
vibrações, devido ao funcionamento e deslocamento dos mesmos.
- Ações geradoras: instalação do empreendimento; desobstrução da área,
construção do sistema Separador Água-Óleo (SAO) e tráfego de veículos.

Atributos

PARÂMETROS TIPO/ INTENSIDADE


FORMA DE INCIDÊNCIA DIRETA
NATUREZA ADVERSA
MAGNITUDE PEQUENA
IMPORTÂNCIA POUCO IMPORTANTE
TEMPORALIDADE IMEDIATA
DURAÇÃO PERMANENTE
EXTENSÃO LOCAL
REVERSÃO IRREVERSÍVEL

 Riscos de contaminação dos recursos hídricos


30

Na fase das obras e serviços poderá ocorrer o carregamento de material


desagregado e contaminar a rede de drenagem pluvial. Na operação de descarga e
abastecimento, é possível ocorrer eventuais acidentes, apesar das medidas de
segurança extrema.
- Ações geradoras: descarte de materiais de construção; transporte de
combustíveis; abastecimento dos tanques de combustíveis; abastecimento de
máquinas e veículos; produção de efluentes e de resíduos sólidos.
Atributos

PARÂMETROS TIPO/ INTENSIDADE


FORMA DE INCIDÊNCIA DIRETA
NATUREZA ADVERSA
MAGNITUDE PEQUENA
IMPORTÂNCIA MODERADA
TEMPORALIDADE IMEDIATA
DURAÇÃO PERMANENTE
EXTENSÃO LOCAL
REVERSÃO IRREVERSÍVEL

 Riscos de contaminação do solo

Da mesma forma que na contaminação das águas superficiais e do lençol


freático este problema poderá ser causado, basicamente, pela ocorrência de
possíveis vazamentos e lançamentos indevidos de descarte, efluentes, resíduos
sólidos e material oleoso. Em menor escala, possíveis contaminações do solo,
podem ocorrer quando da manutenção corretiva de equipamentos através de
vazamento de óleos lubrificantes, graxas, combustíveis, etc.
- Ações geradoras: descarte de materiais de construção; manuseio de
combustíveis; abastecimento de veículos, produção de efluentes e de resíduos
sólidos.

Atributos

PARÂMETROS TIPO/ INTENSIDADE


31

FORMA DE INCIDÊNCIA DIRETA


NATUREZA ADVERSA
MAGNITUDE PEQUENA
IMPORTÂNCIA MODERADA
TEMPORALIDADE IMEDIATA
DURAÇÃO PERMANENTE
EXTENSÃO LOCAL
REVERSÃO REVERSÍVEL

 Riscos à segurança do efetivo e entorno da empresa

Os riscos aqui considerados se referem ao contato direto com


combustíveis altamente solubilizantes e de fácil penetração na pele humana. Por
serem muito voláteis e inflamáveis, também constituem risco ao aparelho
respiratório dos funcionários e usuários, além de estarem sujeitos a possíveis
incêndios, se as medidas de segurança previstas não forem adotadas.
- Ações geradoras: transporte de combustíveis; descarga e abastecimento dos
tanques de combustíveis; abastecimento dos veículos, etc.

Atributos

PARÂMETROS TIPO/ INTENSIDADE


FORMA DE INCIDÊNCIA DIRETA
NATUREZA ADVERSA
MAGNITUDE PEQUENA
IMPORTÂNCIA MODERADA
TEMPORALIDADE IMEDIATA
DURAÇÃO PERMANENTE
EXTENSÃO LOCAL
REVERSÃO REVERSÍVEL

 Alteração da qualidade do ar

Este impacto será observado nas intervenções e principalmente na de


operação. A presença de veículos proporcionará a liberação de fumaça dos
escapamentos, que através da queima de condutíveis, libera o monóxido de carbono
(CO) e o dióxido de carbono (CO2) associado ao material particulado (fuligem).
32

Durante as operações transporte de combustíveis e/ou de reabastecimento dos


reservatórios ha, ainda, a possibilidade de vazamentos, quando poderá ocorrer a
tendência de saturação do ar com combustível evaporado, especialmente a
gasolina, o que altera a qualidade do ar. Nestas operações, outra preocupação esta
relacionada a liberação de compostos aromáticos, pois estes possuem grande
estabilidade em suas ligações. Esses compostos são poderosos depressores do
Sistema Nervoso Central. Os efeitos decorrentes da possibilidade de vazamentos
serão mitigados com o programa de inspeção permanente recomendado nestes
estudos.
- Ações geradoras: transporte de combustíveis; abastecimento dos
tanques; abastecimento e tráfego de veículos.

- Atributos:
PARÂMETROS TIPO/ INTENSIDADE
FORMA DE INCIDÊNCIA DIRETA
NATUREZA ADVERSA
MAGNITUDE PEQUENA
IMPORTÂNCIA MODERADA
TEMPORALIDADE IMEDIATA
DURAÇÃO CÍCLICA
EXTENSÃO LOCAL
REVERSÃO REVERSÍVEL

5.6 Impactos relacionados ao meio biológico

Na área ao posto de revenda, não haverá eliminação de vegetação, nem se-


quer perda de exemplares florísticos na área e entorno.
Portanto lido foram identificados impactos relacionados ao meio biológico,
pois não haverá comprometimento dos elementos florísticos e/ou faunísticos durante
a implantação da atividade.

5.7 impactos relacionados ao meio socioeconômico


- Criação de empregos diretos e indiretos

Todas as atividades relacionadas às obras, desde a implantação do gal-


pão/canteiro de obras até os serviços de limpeza, preparo, estoque de materiais,
33

envolvendo a contratação de pessoal, de forma direta e indireta. Estima-se o envol-


vimento, diretamente, de 10 pessoas, e indiretamente, cerca de 15 pessoas, num
período que pode perdurar até 3 meses.
- Ações geradoras: instalação do canteiro de obras; limpeza da área; retira-
da/implantação dos tanques, construção do piso/canaleta/SAO, instalação dos sis-
temas e equipamentos; transporte de combustíveis; abastecimento dos tanques de
combustíveis; abastecimento de veículos automotores.

- Atributos:
PARÂMETROS TIPO/ INTENSIDADE
FORMA DE INCIDÊNCIA DIRETA
NATUREZA BENÉFICA
MAGNITUDE MÉDIA
IMPORTÂNCIA IMPORTANTE
TEMPORALIDADE IMEDIATA
DURAÇÃO PERMANENTE
EXTENSÃO LOCAL
REVERSÃO IRREVERSÍVEL

- incremento da arrecadação tributária

Todas as ações geradoras de empregos e compra de


materiais/equipamentos, implicam em situações que incrementam a arrecadação de
tributos federais, estaduais e municipais, embora na fase de instalação estes efeitos
sejam temporários. Nas intervenções previstas, haverá contribuição para receita
municipal /estadual.

- Ações geradoras: instalação do canteiro de obras; limpeza da área; construção do


piso/ canaleta/SAO; retirada e instalação dos equipamentos; transporte de com-
bustíveis; abastecimento dos tanques de combustíveis; abastecimentos de veículos.
- Atributos:

PARÂMETROS TIPO/ INTENSIDADE


FORMA DE INCIDÊNCIA DIRETA
NATUREZA BENÉFICA
MAGNITUDE MÉDIA
34

IMPORTÂNCIA IMPORTANTE
TEMPORALIDADE IMEDIATA
DURAÇÃO PERMANENTE
EXTENSÃO LOCAL
REVERSÃO IRREVERSÍVEL

- Riscos à segurança do Posto e entorno

Os riscos aqui considerados se referem ao contato direto com combustíveis


altamente solubilizantes e de fácil penetração na pele humana. Por serem muito
voláteis e inflamáveis, também constituem risco ao aparelho respiratório dos fun-
cionários e usuários, além de estarem sujeitos a possíveis incêndios, se as medidas
de segurança previstas não forem adotadas.
A operação de postos de combustíveis sempre oferece riscos de acidentes,
especialmente se os operadores não receberem treinamentos específicos quanto às
medidas de segurança, desde o transporte, abastecimento dos veículos.
Por outro lado deverá estar sempre ao alcance os recursos para que quais-
quer eventos sejam controlados, especialmente no que se refere aos riscos de in -
cêndios.
- Ações Geradoras: transporte de combustíveis, abastecimento dos tanques de
combustíveis, abastecimento de veículos e produção de efluentes.

- Atributos:
PARÂMETROS TIPO/ INTENSIDADE
FORMA DE INCIDÊNCIA DIRETA
NATUREZA ADVERSA
MAGNITUDE PEQUENA
IMPORTÂNCIA MODERADA
TEMPORALIDADE IMEDIATA
DURAÇÃO PERMANENTE
EXTENSÃO LOCAL
REVERSÃO REVERSÍVEL
35

6 TRATAMENTO E CONTROLE DE EFLUENTES

O tratamento e controle de efluentes proveniente do tanque, áreas de


bombas e áreas sujeitas a vazamento de derivados de petróleo ou de oleosos, tem a
finalidade de evitar contaminação do solo e das águas subterrâneas e superficiais.
Porém em caso de contaminação do solo e/ou das águas, o empreendedor realizará
por sua conta a descontaminação, acompanhado da fiscalização da Secretaria de
Meio Ambiente e de Recursos Naturais do Município de Oeiras. Essa
descontaminação consistirá em remover o líquido sobrenadante contido no espelho
d’água e o material sólido (solo contaminado).
Os derivados de petróleo não retornarão para seu respectivo tanque,
enquanto o solo contaminado será encaminhado para cerâmicas da região para
incineração.

6.1 Monitoramento e Acompanhamento de Controle de Efluentes

Quinzenalmente serão analisados os poços de monitoramento através de


análises organolépticas (cor, odor, sabor). Em caso de suspeita, serão coletadas
amostras de água e/ou solo para análises laboratoriais. A coleta de amostra consiste
em introduzir uma vara com um copo, sempre limpo, no fundo do poço e recolher o
material para análise, começando pelos parâmetros organolépticos e em caso de
suspeita, será levado para o laboratório de análises físico-químicas.
Amostras de subsolo também serão coletadas quando houver suspeita de
vazamento de combustíveis. A coleta de material para análise consiste em perfurar o
solo, sondagens a trado ou rotativa no entorno do tanque, recolhendo o solo para
ser levado ao laboratório de análises. Tanto as amostras líquidas quanto as
pastosas e/ou de solo serão analisados no LAPETRO – Laboratório de Petróleo,
localizado na UFPI – Universidade Federal do Piauí – Campus da Ininga em
Teresina capital do Estado. Esse laboratório está credenciado pela ANP – Agência
Nacional de Petróleo e tem credibilidade perante aos órgãos ambientais.

6.2 Análise de Risco

Consiste em avaliar a probabilidade de ocorrências de vazamento de


produtos quer que seja do tanque, tubulações, juntas e conexões e suas
36

consequências para o meio ambiente. Com as medidas que serão adotadas no


Posto, os riscos de incidentes reduzirão ao máximo, pois diariamente haverá
manutenção de equipamentos e acessórios e sistemas de controle. Serão
vistoriados diariamente os seguintes pontos possíveis de vazamentos:
 Vazamento através das conexões;
 Vazamento de tanque;
 Derramamento de combustíveis por ocasião de abastecimento de
veículos;
 Derramamento de combustíveis por ocasião de descarga; e,
 Contaminação do solo e das águas subterrâneas e superficiais.
A partir das medidas adotadas como: tratamento e controle de efluentes;
prevenção contra incêndio, monitoramento e acompanhamento dos sistemas e
equipamentos serão evitados:
 Explosão por presença de centelhas;
 Explosão por descargas elétricas;
 Intoxicação por gases de combustíveis;
 Intoxicação por gases provenientes de veículos;
 Acidente envolvendo frentistas;
 Abalroamento de bombas por veículos;
 Explosão provocada por incêndio de propriedades vizinhas.

7 MEDIDAS MITIGADORAS

Considerando-se a atividade possível de causar danos ambientais, o


presente Plano de Controle Ambiental, propõe algumas ações que deverão ser
implantadas durante as atividades de instalação e operação do empreendimento, a
saber:
 A colocação do tanque de armazenamento de combustíveis deverá ser
executada segundo os padrões da ABNT – Associação Brasileira de Normas
Técnicas evitando-se, assim, a possibilidade de vazamento do mesmo;
 Serão adotados regulamentos, quanto à coleta e disposição de lixo da
obra, para tanto, os descartes deverão ser dispostos em áreas determinadas,
facilitando assim a remoção;
37

 A operação deverá seguir padrões técnicos estabelecidos, a fim de


garantir o bom funcionamento do posto a evitar a degradação ambiental;
 Qualquer alteração do projeto técnico inicial que possa ser
potencialmente poluidor deverá ser comunicada aos órgãos competentes,
acompanhado de um relatório referente a essa alteração;
 Durante a ocasião da descarga de combustíveis, adotar os
procedimentos de segurança estabelecido pela legislação vigente;
 Ministrar curso para frentistas capacitando-os a distinguir a mercadoria
perigosa, entre várias, reconhecendo sua importância e seus riscos, para o homem
e para o meio ambiente;
 Evitar lançamento de efluente em via pública;
 Instalação de caixas separadoras de água e óleo;
 O material (areia) oriundo da manutenção das caixas de decantação,
será depositado em tambores e posteriormente transportados para o aterro
municipal;
 Inspecionar periodicamente os tubos e conexões, para avaliar
ocorrência de vazamentos pelos mesmos;
 Em caso de eventual contaminação do solo, remover e direcionar a um
local apropriado;
 Monitorar sempre a descarga dos combustíveis, objetivando coibir o
derramamento dos mesmos;
 Realizar manutenção semanal, na caixa separadora de areia, evitando
assim, o transbordamento da mesma;
 Construção de canaleta de contenção ao redor das bombas,
direcionando o combustível derramado para um local específico, sistema de
tratamento proposto.
38

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Comparativamente, os impactos negativos decorrentes da implantação do


citado empreendimento, com os benefícios a serem proporcionados aos
funcionários, clientes, à circunvizinhança e, consequentemente, à economia local,
concluir-se que o empreendimento será viável do ponto de vista socioeconômico. Os
impactos decorrentes da execução da obra serão temporários, de baixa intensidade
e de pequena magnitude.
Quanto aos impactos que possam ocorrer durante a fase de operação,
tais como, pequenos vazamentos, eventuais derramamentos, transbordamentos
pelos mais variados motivos, são todos impactos conhecidos e de fácil correção.
39

A tecnologia a ser utilizada nesse empreendimento apresentará


dispositivos que em caso de acidente, do tipo vazamento, o líquido vazado jamais
atingirá o meio ambiente externo, sendo imediatamente recolhido através de um
sistema de tratamento a ser implantado no empreendimento.

_________________________
FRANCISCO DE ASSIS CARVALHO
Eng. Civil e Segurança do Trabalho
CREA: 1900615126

9 BIBLIOGRAFIA

CONAMA. Resolução Conama n° 273, de 19 de novembro de 2000


CONAMA. Resolução Conama n° 009, de 31 de agosto de 1993
CONAMA. Resolução Conama n° 237, de 19 de dezembro de 1997
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 10.004 Resíduos Sólidos,
Classificação: ABNT 1987. 63p.
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 19.312 Construção de
Tanques Atmosféricos Subterrâneos em Aço-Carbono, 1995. 11p.
40

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 13.786 Seleção de


Equipamentos e Sistemas para Instalação Subterrâneas de Combustíveis em Postos
de Serviços: ABNT, 1997. 7p.
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 13.783 Proteção Catódica
para Sistemas de Armazenamento Subterrâneo de Combustíveis (SASC) em Postos
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ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 7117 Medição da
Resistividade do Solo pelo Método dos Quatros Ponto (Wernner) Procedimento:
ABNT, 1985.
ZEPPINI. Comercial Ltda, Equipamento de Instalação para Postos de Serviços:
catálogo, 1990. 20p.
ZEPPINI. Comercial Ltda, qualidade em Equipamentos para Postos de Serviços:
Catálogo, 1999.
CEPRO. Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí.
Macrozoneamento Costeiro do Estado do Piauí: Relatório Geoambiental e Sócio-
Econômico. Teresina, 1996. 221p.

Projeto cadastro de fontes de abastecimento por água subterrânea, estado do Piauí:


diagnóstico do município de Baixa Grande do Ribeiro / Organização do texto [por]
Robério Bôto de Aguiar [e] José Roberto de Carvalho Gomes . Fortaleza: CPRM
- Serviço Geológico do Brasil, 2004.
1.
41

ANEXOS
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