Fichamento - Terry Eagleton (Ideologia. Uma Introdução)
Fichamento - Terry Eagleton (Ideologia. Uma Introdução)
Fichamento - Terry Eagleton (Ideologia. Uma Introdução)
FICHAMENTO
Referência
EAGLETON, Terry. Ideologia. Uma introdução / Terry Eagleton. [tradução Silvana Vieira,
Luís Carlos Borges]. - São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista: Editora
Boitempo, 1997.
Resumo
Palavras-chave
Relevância
Comentário/Crítica
Citações
1) “Acaso dizemos que essas pessoas devem ser ajudadas por que são nossos
companheiros seres humanos? (...) mas é muito mais persuasive, tanto moral
quanto politicamente, descrevê-las como nossos companheiros norte-americanos
— insistir que é ultrajante para um norte-americano ter de viver sem esperança.”
(pág. 10)
2) “Por que, em um mundo atormentado pelo conflito ideológico, a própria noção de
ideologia evaporou-se, sem deixar vestígios, dos escritos pós-modernistas e pós-
estruturalistas?” (pág. 11)
3) “(...) três doutrinas essenciais do pensamento pós-modernista conspiraram para
desacreditar o conceito clássico de ideologia.” (pág. 11)
4) “A primeira (...) rejeição da noção de representação - na verdade, a rejeição de um
modelo empírico de representação (...). A segunda (...) ceticismo epistemológico
segundo o qual o próprio ato de identificar uma forma de consciência como
ideológica implica alguma noção indefensável de verdade absoluta. A terceira (...)
reformulação das relações entre racionalidade, interesses e poder, em bases mais
ou menos nietzschianas, a qual, segundo se acredita, torna redundante todo o
conceito de ideologia.” (pág. 11)
5) Nota do autor: “¹ Ver (...) a declaração do filósofo pós-modernista italiano Gianni
Vattimo, (...) o fim da modernidade e o fim da ideologia são momentos idênticos.”
(pág. 11)
6) “Hegel observa (...) que todos os grandes eventos históricos acontecem (...) duas
vezes. ([...] ele esqueceu de acrescentar: a primeira como tragédia, a segunda
como farsa.)” (pág. 12)
7) “Se os teóricos do “fim da ideologia” consideravam toda ideologia (...) dogmática e
inflexível, o pensamento pós-modernista, (...) tende a encarar toda ideologia como
teleológica, “totalitária” e fundamentada em argumentos metafísicos.” (pág. 12)
8) “(...) antiga esquerda revolucionária, que, ante um capitalismo temporariamente na
ofensiva, iniciou uma retirada constante e envergonhada de questões “metafísicas”
como luta de classe e modos de produção, ação revolucionária e natureza do
Estado burguês. (...) no exato momento em que estava denunciando o conceito de
revolução como uma bazófia metafísica, a própria coisa irrompesse (...) nas
burocracias stalinistas da Europa oriental. (...) o conceito de revolução estava fora
de moda, (...) a idéia de um “tema revolucionário coletivo” estava
irremediavelmente ultrapassada.” (pág. 12)
9) “O estudo da ideologia é (...) um exame das formas pelas quais as pessoas podem
chegar a investir em sua própria infelicidade. (...) O opressor mais eficiente é
aquele que persuade seus subalternos a amar, desejar e identificar-se com seu
poder; e qualquer prática de emancipação política envolve (...) libertar-nos de nós
mesmos. (...) se tal dominação deixar (...) de propiciar suficiente gratificação a
suas vítimas, então estas com certeza acabarão por revoltar-se contra ela. Se é
racional acomodar-se a uma mistura ambígua de sofrimento e prazer marginal,
(...), é também racional rebelar-se quando o sofrimento ultrapassa em muito as
gratificações (...).” (pág. 13)
10) “A ‘crítica’ (...) busca habitar internamente a experiência do sujeito, a fim de extrair
daquela experiência os aspectos “válidos” que apontam para além da sua
condição atual. A crítica da ideologia (...) supõe que ninguém jamais está
inteiramente iludido - que aqueles que se encontram sob opressão alimentam,
mesmo assim, esperanças e desejos que só poderiam ser realizados, de maneira
realista, pela transformação de suas condições materiais. Se por um lado rejeita o
ponto de vista externo da racionalidade iluminista, por outro compartilha com o
Iluminismo essa confiança fundamental na natureza moderadamente racional dos
seres humanos. (...) é porque as pessoas não param de desejar, lutar e imaginar,
mesmo nas condições aparentemente mais desfavoráveis, que a prática da
emancipação política é uma possibilidade genuína.”