Apostila 02 - Inquérito Policial
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Atualizado em 02/04/2018
6.11. REQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES ACERCA DAS ESTAÇÕES DE RÁDIO BASE (ERBS) ........................................... 23
7. IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL ........................................................................................................... 23
7.1. DISPOSITIVOS LEGAIS SOBRE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL .......................................................................... 23
7.2. DOCUMENTOS QUE ATESTAM A IDENTIFICAÇÃO CIVIL ............................................................................ 24
7.3. HIPÓTESES AUTORIZADORAS DA IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL (ART. 3º, LEI 12.037) ....................................... 24
7.4. IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL GENÉTICO (LEI 12.654/12) ......................................................................... 24
8. INCOMUNICABILIDADE DO INDICIADO PRESO ............................................................................. 25
8.1. REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO E INCOMUNICABILIDADE: ................................................................ 26
9. INDICIAMENTO ............................................................................................................................ 26
9.1. MOMENTO E EFEITOS ..................................................................................................................... 26
9.2. ESPÉCIES ...................................................................................................................................... 27
9.3. PRESSUPOSTOS .............................................................................................................................. 27
9.4. DESINDICIAMENTO ......................................................................................................................... 27
9.5. ATRIBUIÇÃO .................................................................................................................................. 27
9.6. SUJEITO PASSIVO............................................................................................................................ 27
9.6.1. Casos especiais de indiciamento ...................................................................................... 27
10. CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL – PRAZOS .................................................................... 29
10.1. ENCERRAMENTO DO INQUÉRITO – RELATÓRIO DA AUTORIDADE POLICIAL .................................................. 30
10.2. DESTINATÁRIO DO INQUÉRITO POLICIAL – TRAMITAÇÃO DIRETA DE IP ....................................................... 30
10.3. PROVIDÊNCIAS A SEREM ADOTADAS APÓS A REMESSA DO IP ................................................................... 30
2 11.
10.4. REQUERIMENTO DE DILIGÊNCIAS – VOLTA DO IP À AUTORIDADE POLICIAL ................................................. 31
ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL ............................................................................. 32
11.1. FUNDAMENTOS DO ARQUIVAMENTO.................................................................................................. 32
11.2. COISA JULGADA NA DECISÃO DE ARQUIVAMENTO ................................................................................. 32
11.3. DESARQUIVAMENTO COM BASE EM PROVAS NOVAS E OFERECIMENTO DA DENÚNCIA ................................... 35
11.4. PROCEDIMENTO DE ARQUIVAMENTO ................................................................................................. 35
11.4.1. Arquivamento na Justiça Estadual – regra geral .............................................................. 36
11.4.2. Procedimento de arquivamento na Justiça Federal e na Justiça do DF ............................ 36
11.4.3. Procedimento de arquivamento na Justiça Eleitoral ........................................................ 36
11.4.4. Procedimento do arquivamento na Justiça Militar da União ........................................... 36
11.4.5. Arquivamento de IP na hipótese de atribuição do PGJ ou PGR ........................................ 37
11.5. ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO.............................................................................................................. 38
11.6. ARQUIVAMENTO INDIRETO .............................................................................................................. 39
11.7. DEFERIMENDO DE ARQUIVAMENTO E RECORRIBILIDADE ......................................................................... 39
11.8. ARQUIVAMENTO EM CRIMES DE AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA ....................................................... 40
11.9. CONFLITO DE ATRIBUIÇÕES ENTRE MEMBROS DO MPF E DO MPE ........................................................... 40
11.10. SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO E APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ARTIGO 28 DO CÓDIGO DE PROCESSO
PENAL 40
11.11. POSSIBILIDADE DE AÇÃO PENAL SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA QUANDO REQUERIDO O ARQUIVAMENTO PELO MP
41
12. TRANCAMENTO (OU ENCERRAMENTO ANÔMALO) DO INQUÉRITO POLICIAL ......................... 41
13. INVESTIGAÇÕES DIVERSAS ...................................................................................................... 42
14. INVESTIGAÇÃO POR DETETIVE PARTICULAR (LEI N. 13.432/17) ............................................... 43
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1. Persecução criminal
Delineado em duas fases: primeira, inquisitiva, que é a do inquérito policial. Segunda,
acusatória, baseada no contraditório e ampla defesa, que é a ação penal. Assim, as etapas se
resumem em:
1) Investigação preliminar, gênero do qual espécie é o inquérito policial, cujo objetivo é
formar lastro probatório mínimo para deflagração válida da fase seguinte. Possui
característica:
a. Preservadora, pois sua instauração é apta à precaução contra ações penais
temerárias, sem justa causa ou infundadas, visto que a ação penal fere o
3 status dignitatis;
b. Preparatória, pois colhe elementos de informação, protegendo a prova contra
a ação do tempo, e conferindo subsídios para eventual ação penal.
2) Processo penal, que é desencadeado pela propositura de ação penal perante o Poder
Judiciário.
2. Inquérito Policial
O IP é um procedimento administrativo inquisitório e preparatório para o oferecimento da
denúncia e tem como objetivo a reunião dos elementos de convicção que habilitem o órgão de
acusação para a propositura da ação penal (PÚBLICA ou PRIVADA).
- Órgão responsável: POLÍCIA JUDICIÁRIA.
- Objetivo: “(...)apuração das infrações penais e da sua autoria, a fim de que o titular
da ação penal possa ingressar em juízo”.
Súmula 444 STJ dispõe que é vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais
em curso para agravar a pena base, prestigiando-se o princípio da presunção de inocência e
reforçando o caráter preparatório próprio do inquérito.
-Destinatários: a)IMEDIATO: MP ou OFENDIDO; b)MEDIATO: JUIZ
O juiz se utiliza dos elementos constantes no inquérito policial para o recebimento da
peça inicial e para a formação de seu convencimento. Utiliza também para fundamentar
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medidas cautelares aplicadas durante a fase inquisitorial (ex: quebra de sigilo telefônico,
prisão cautelar, etc.).
-Natureza jurídica: PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO-PERSECUTÓRIO DE NATUREZA
INQUISITIVA
Natureza inquisitiva: a autoridade que instaura é a mesma que preside o
procedimento. A natureza inquisitiva não está diretamente relacionada à existência ou não de
contraditório. O traço marcante do SISTEMA INQUISITIVO é a não separação da figura daquele
que inicia, preside e decide o procedimento, e não a existência ou não de contraditório. O
inquérito policial não possui contraditório simplesmente porque o legislador assim não
desejou. Isto porque, no inquérito, sequer há parte, portanto, não há contraditório. No
inquérito não se colhe provas, mas elementos informativos (art. 155, CPP), uma vez que a
prova só pode ser utilizada para os elementos de convicção produzidos sob o crivo do
contraditório e ampla defesa, em regra, na ação judicial.
Atenção para o art. 155, caput, do CPP: fala que no IP são colhidos elementos
informativos. O Juiz não pode fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos
informativos. No entanto, pode fundamentar com base nas provas cautelares, não repetíveis
e antecipadas. O Juiz pode fundamentar sua decisão exclusivamente nestas, porque são
provas, não são apenas elementos informativos. Aqui já fala que é prova porque há
contraditório nestes casos: a) prova cautelar, por exemplo, interceptação telefônica: o acusado
vai poder rebatê-las durante a instrução (contraditório diferido); b) não repetíveis: perícias são
feitas por órgãos técnicos do Estado (não é produzida por nenhuma das partes); c) provas
antecipadas: são colhidas perante o Juiz, presente a defesa e a acusação, através de um
incidente (contraditório).
No que concerne aos vícios do inquérito policial, estes não atingem a ação penal, vez que o
inquérito é dispensável, não possuindo o condão de contaminar a ação penal. No máximo,
pode haver invalidade ou ineficácia do ato inquinado, mas não nulidade processual.
Há uma tese minoritária que defende que se o juiz, ao sentenciar, valorar algum
elemento informativo do IP, deverá verificar se há nulidade deste, sob pena de nulidade da
sentença.
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II – formação de cartel (incisos I, a, II, III e VII do art. 4º da Lei nº 8.137, de 27 e dezembro de 1990); e
III – relativas à violação a direitos humanos, que a República Federativa do Brasil se comprometeu a reprimir
em decorrência de tratados internacionais de que seja parte; e
IV – furto, roubo ou receptação de cargas, inclusive bens e valores, transportadas em operação interestadual
ou internacional, quando houver indícios da atuação de quadrilha ou bando em mais de um Estado da
Federação.
VI - furto, roubo ou dano contra instituições financeiras, incluindo agências bancárias ou caixas eletrônicos,
quando houver indícios da atuação de associação criminosa em mais de um Estado da Federação. (Incluído
pela Lei nº 13.124, de 2015)
Critérios de fixação:
CPP Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma circunscrição
policial, a autoridade com exercício em uma delas poderá, NOS INQUÉRITOS A QUE ESTEJA
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FLAGRANTE pela autoridade policial: a instauração do inquérito policial deve ser feita por
aquele que efetuou a prisão e os atos subsequentes serão realizados pela autoridade do local
onde o crime se consumou. [art. 290 e 308 CPP] [art. 22, parte final, CPP – “(...)bem assim
providenciará, até que compareça a autoridade competente, sobre qualquer fato que ocorra
em sua presença, noutra circunscrição”.]
Em suma:
Ademais, ao inquérito policial não se aplica o art. 5º, LIII da CF (NINGUÉM SERÁ
PROCESSADO NEM SENTENCIADO SENÃO PELA AUTORIDADE COMPETENTE). Na fase do IP
não há processo, nem dele decorrerá sentença. Não se pode alegar nulidade dos atos
investigatórios realizados fora da circunscrição da autoridade, ademais os vícios do IP não
contaminam o processo.
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ii)JUIZ – impossibilidade
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9 que não é excepcionada pela disposição constante do § 1° do mesmo artigo que trata dos
casos de sigilo. Certo é que o inciso XIV do art. 7° não fala a respeito dos inquéritos marcados
pelo sigilo. Todavia, quando o sigilo tenha sido decretado, basta que se exija o instrumento
procuratório para se viabilizar a vista dos autos do procedimento investigatório. Sim, porque
inquéritos secretos não se compatibilizam com a garantia de o cidadão ter ao seu lado um
profissional para assisti-lo, quer para permanecer calado, quer para não se auto incriminar
(CF, art. 5°, LXIII). Portanto, a presença do advogado no inquérito e, sobretudo, no flagrante
não é de caráter afetivo ou emocional. Tem caráter profissional, efetivo, e não meramente
simbólico. Isso, porém, só ocorrerá se o advogado puder ter acesso aos autos.
HC 90.232 - STF
II. INQUÉRITO POLICIAL: INOPONIBILIDADE AO ADVOGADO DO INDICIADO DO DIREITO DE
VISTA DOS AUTOS DO INQUÉRITO POLICIAL.
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Entretanto, em 2016 foi editada a lei 13.245, que prevê o direito de o advogado
assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade
absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e subsequentemente, de todos os
elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou
indiretamente, podendo inclusive apresentar razões e quisitos no curso da respectiva apuração.
O que isso significa? Mudou a característica inquisitorial??? NÃO. Pois não a alteração
legislativa não assegurou contraditório ou ampla defesa, mas somente a presença do
advogado. O inquérito possui contraditório diferido, que será realizado na ação judicial. Assim,
deve ser oportunizado ao investigado, antes de seu interrogatório, o direito de constituir um
advogado, sob pena de nulidade do ato.
absoluta (art. 184). Havendo denegação da diligência requerida, nada impede que seja
apresentado) recurso administrativo ao Chefe de Polícia, por analogia ao art. 5°, § 2o, CPP, ou
ainda, o advogado pode reiterar sua solicitação perante o juiz ou o Ministério Público, que
poderão requisitar sua realização à autoridade policial.
Nesse entendimento, o STJ já entendeu ser cabível HC com o objetivo de assegurar
diligências, de modo a se evitar apressado e errôneo juízo acerca da responsabilidade do
acusado. No caso, o acusado havia solicitado ao delegado a oitiva de testemunhas e quebra de
seu sigilo telefônico, caso em que o Delegado indeferiu.
Atenção: deve-se lembrar que uma diligência requisitada por JUIZ ou MP não entra no
crivo da discricionariedade do Delegado, devendo ser cumprida – art. 13, II, CPP
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4.1.1. De ofício
13 Deverá instaurar inquérito, através de portaria, quando tomar conhecimento de fato
delituoso a partir de atividade rotineiras.
4.1.2. Requisição da autoridade judiciária ou do MP:
Quanto à requisição do juiz para que seja instaurado o inquérito policial, a doutrina
atual pensa ser inconstitucional tal prática em virtude de não se coadunar com o sistema
acusatório adotado pela Constituição. Isto posto, o juiz, ao ter conhecimento de um crime,
deverá encaminhar as informações ao MP, nos termos do artigo 40 do Código de Processo
Penal.
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Ação penal privada exclusiva e ação penal privada subsidiária da pública: Nos crimes de
AÇÃO PRIVADA o IP só pode ser iniciado se houver requerimento (art. 5º. § 5º Nos crimes de
AÇÃO PRIVADA, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a REQUERIMENTO
de quem tenha qualidade para intentá-la). No caso de morte/ausência do ofendido, o
requerimento poderá ser formulado por seu cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (CPP,
art. 31). O prazo para requerimento é decadencial de 6 meses, a contar do conhecimento do
autor do fato. Transcorrido o prazo, há a extinção de punibilidade. Pode haver prisão em
flagrante também, ex: estupro, caso em que deverá também haver representação da vítima.
CPP Art. 5º. § 4º O inquérito, nos crimes em que a AÇÃO PÚBLICA depender de
REPRESENTAÇÃO, não poderá sem ela ser iniciado.
5. Notitia criminis
Trata-se do conhecimento, espontâneo ou provocado, pela autoridade policial, de um fato
delituoso. Elas podem ser classificada em:
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quando feita denúncia por qualquer um do povo; delatio criminis postulatória quando a vítima
noticia o crime e solicita a instauração do inquérito, através de representação.
O STF entendeu que o escrito anônimo não autoriza, desde que isoladamente
considerado, a imediata instauração de “persecutio criminis”. A delação anônima, enquanto
fonte única de informação, não constitui fator que se mostre suficiente para legitimar, de
modo autônomo, sem o concurso de outros meios de revelação dos fatos, a instauração de
procedimentos estatais.
Nada impede, contudo, que o Poder Público, provocado por delação anônima
(“disque-denúncia”, p. ex.), adote medidas informais destinadas a apurar, previamente, em
averiguação sumária, “com prudência e discrição”, a possível ocorrência de eventual situação
de ilicitude penal, desde que o faça com o objetivo de conferir a verossimilhança dos fatos nela
denunciados, em ordem a promover, então, em caso positivo, a formal instauração da
“persecutio criminis”, mantendo-se, assim, completa desvinculação desse procedimento
estatal em relação às peças apócrifas.
Eugenio Pacelli: A chamada delação anônima, com efeito, não pode ser submetida a
critérios rígidos e abstratos de interpretação. O único dado objetivo que se pode extrair dela é
a vedação da instauração de ação penal com base, unicamente, em documento apócrifo. E
isso, porque, de fato, faltaria justa causa à ação, diante da impossibilidade, demonstrada a
priori, da indicação do material probatório a ser desenvolvido no curso da ação.
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6. Diligências investigatórias
Lembrem-se: o artigo 6º e 7º do CPP consubstanciam rol exemplificativo de diligências
investigatórias, de modo que o delegado poderá adotar outras diligências, desde que não
sejam inconstitucionais. Ademais, é discricionário a utilização destes meios, de modo que ele
irá conduzir as investigações de acordo com a peculiaridade do caso concreto.
nova redação do art. 155 CPP: O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova
produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos
elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não
repetíveis e antecipadas. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008).
Apontad
Antes A partir A partir da Após o
o pela Deflagra
de Oferecimento da denúncia/queixa da sentença transito em
autorida do o IPL
indiciar citação condenatória julgado
de
Atos de indiciamento:
19
1) qualificação e interrogatório
2) identificação criminal
3) folha de vida pregressa
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conferir ao magistrado informações mais completas acerca da pessoa presa para fins de
possível concessão de prisão domiciliar.
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Identificação datiloscópica
-Evolução histórica:
1)[Súmula 568 STF] – a identificação criminal não constitui constrangimento
ilegal, ainda que o indiciado já tenha sido identificado civilmente. não foi cancelada, porém,
é inaplicável hoje.
2)[art. 5º, LVIII, CF] - o civilmente identificado não será submetido à
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;
3)[art. 5º, Lei 9.034/95] – obrigatoriedade da identificação datiloscópica das
pessoas envolvidas em ações praticadas por organizações criminosas.
Lei 9.034/95 Art. 5º A IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL de pessoas envolvidas com a ação praticada
por ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS será realizada independentemente da identificação civil.
4)[art. 3º, Lei 10.054/00] – trazia mais 6 hipóteses nas quais deverá ocorrer a
identificação. [REVOGADA]
5)[art. 3º, Lei 12.037/09] – trata da matéria de maneira mais adequada que a
lei antecessora.
Lei 12.037/09 Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer
identificação criminal quando:
21 I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação;
II – o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;
III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes
entre si;
IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da
autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da
autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa;
V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações;
VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do
documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.
Parágrafo único. As cópias dos documentos apresentados deverão ser juntadas aos autos do
inquérito, ou outra forma de investigação, ainda que consideradas insuficientes para
identificar o indiciado.
REGRA: o civilmente identificado não deve sofrer identificação criminal.
EXCEÇÕES: hipóteses em que, ainda que seja civilmente identificado, deverá ser
submetido à identificação criminal
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7. Identificação criminal
A pena não pode passar da pessoa do condenado, de modo que a identificação criminal
desempenha um papel importante no auxílio da aplicação do direito penal, porquanto, através
dela, é feito o registro dos dados identificadores da pessoa que praticou a infração penal sob
investigação, possibilitando o conhecimento ou a confirmação de sua identidade para que, ao
fim da persecução penal, lhe sejam impostas as sanções decorrentes do delito praticado.
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Muitos irão negar-se a tal identificação, alegando o nemo tenetur se detegere (não
autoincriminação). Entretanto, se requerido pela própria defesa, não há que se falar em
violação aos preceitos constitucionais. O cerne da questão reside na hipótese em que o
acusado se negar a fornecer material biológico para obtenção de seu perfil genético. Isto
porque fornecer material genético consiste em um facere e, conforme dito, ninguém é
obrigado a fazer algo para se autoincriminar. Logo, a regra é que o réu não é obrigado a
fornecer material genético.
25 DA INVESTIGAÇÃO o exigir.
Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de 3 (TRÊS) DIAS, será decretada
por despacho fundamentado do JUIZ, a requerimento da autoridade policial, ou do órgão
do Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o disposto no art. 89, III, do
Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei no 4.215, de 27 de abril de 1963).
(Redação dada pela Lei nº 5.010, de 30.5.1966)
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i)se a incomunicabilidade é vedada até mesmo durante o Estado de Defesa (art. 136, § 3º, IV
da CF. Na vigência do ESTADO DE DEFESA: IV - é vedada a incomunicabilidade do preso) por
maior razão ela não seria tolerada em situações normais;
ii)art. 5º, LXIII da CF (o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer
calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado) assegura a assistência
moral de pessoa da família e técnica por advogado.
b)RECEPÇÃO:
i) a CF veda incomunicabilidade somente no caso de Estado de Defesa, em outras para outras
situações não existiria vedação;
ii)a regra do art. 5º, LXIII se teria aplicação específica para as prisões em flagrante.
9. Indiciamento
Trata-se da cientificação ao suspeito de que ele passa a ser o principal foco do
inquérito. Deve haver um lastro mínimo de prova vinculando o suspeito à prática delitiva,
indicando-se autoria, materialidade e circunstâncias.
Efeitos
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9.3. Pressupostos
É indispensável a presença de elementos informativos suficientes acerca da
materialidade e da autoria do delito. Não é um ato discricionário do delegado, pois, uma vez
presentes os elementos informativos, não resta à autoridade senão o indiciamento.
9.4. Desindiciamento
Nada impede que a autoridade promova o desindiaciamento se a pessoa não está
vinculada ao fato, ou seja, se não há elementos informativos quanto ao envolvimento da
pessoa aos fatos.
9.5. Atribuição
A lei e o STF entendem que o indiciamento é ato EXCLUSIVO do titular do inquérito
(delegado). O judiciário, o MP e CPI não podem requisitar o indiciamento, uma vez que é
postura incompatível com o sistema acusatório (ao juiz) e cabe ao delegado fundamentar o
indiciamento através de suas ivnestigações. O indiciamento precisa de procedimento anterior,
27 que é atribuição da autoridade investigativa.
Vedação ao indiciamento:
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Chamo atenção para o fato de que não é o Ministro Relator quem irá fazer o indiciamento.
Este ato é privativo da autoridade policial. O Ministro Relator irá apenas autorizar que o
Delegado realize o indiciamento.
STF. Decisão monocrática. HC 133835 MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 18/04/2016
(Info 825).
Servidor público e indiciamento por lavagem de dinheiro (art. 17-D, lei 9613): se
indiciado, há afastamento automático de suas funções, sem prejuízo de sua remuneração e
demais direitos previstos em lei, até que o juiz competente autorize, em decisão
fundamentada, o seu retorno.
Atenção: entende-se que deve-se aplicar reserva de jurisdição aqui, devendo o
delegado/MP representar ao juiz o afastamento do cargo.
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temporária. “§ 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989,
nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso
de extrema e comprovada necessidade.”
30 acerca da tramitação direta do IP entre a polícia e o MP. Assim, os autos só devem ser
distribuídos para: a) comunicação de prisão em flagrante ou outra forma de constrangimento;
b) representação ou requerimento de prisões cautelares; c) requerimento de medidas
constritivas ou de natureza cautelatória; d) oferta de denúncia pelo MPF ou queixa crime; e)
arquivamento deduzido pelo MPF; f) requerimento de extinção da punibilidade do 107, CP.
Ainda, quando for para prorrogação, passa no Judiciário só para registro e remete ao MP.
O STJ entende não ser ilegal portaria editada por Juiz Federal fundada na Resolução nº
63/09 do CJF que determina a tramitação direta entre a polícia e o MPF. Há ADI tramitando no
STF sobre a referida resolução. Ainda, o STF já julgou inconstitucional lei estadual que
determinava tramitação direta do inquérito policial entre o MP e a polícia, por entender
padecer a legislação de vício formal.
a) Oferece a denúncia;
b) Solicita arquivamento do IP.
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32 Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz
deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar:
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo
inimputabilidade;
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou
IV - extinta a punibilidade do agente.
a) Ausência de pressuposto processual ou de condição para o exercício da ação
penal: ex: retratação da representação em ação penal condicionada.
b) Falta de justa causa para o exercício da ação penal: ausência de elementos de
informação quanto à autoria do fato delituoso.
c) Quando o fato não constituir crime: ex: aplicação do princípio da insignificância.
d) Existência manifesta de causa excludente da ilicitude: há necessidade de um
juízo de certeza quanto a sua presença e, na dúvida, deve o MP promover à
denúncia, deixando para que a dúvida seja dirimida em juízo.
e) Causa extintiva da punibilidade;
f) Cumprimento de acordo de não-persecução penal;
A decisão que arquiva o inquérito faz coisa julgada formal ou formal e material?
Faz coisa julgada formal quando: for possível discutir novamente o caso.
33 Faz coisa julgada material e formal quando: não for possível discutir novamente o caso.
a) Atipicidade da conduta delituosa: aqui o juiz entra no mérito para dizer se o fato
é ou não típico, motivo pelo qual fará coisa julgada material e formal, impedindo
que o acusado seja denunciado posteriormente.
b) Existência manifesta de causa excludente da ilicitude: aqui também há uma
manifestação sobre o mérito da matéria, pois o juiz deverá analisar se houve a
uma excludente da ilicitude. A doutrina majoritária entende pela coisa julgada
formal e material. O STJ e o STF divergem quanto a esse entendimento. Para o STJ
há coisa julgada material, para o STF há coisa julgada formal, conforme
jurisprudência abaixo:
a. Jurisprudência: O arquivamento de inquérito policial por excludente de
ilicitude realizado com base em provas fraudadas (certidão de óbito falsa)
não faz coisa julgada material. STF. Plenário. HC 87395/PR, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, julgado em 23/3/2017 (Info 858).
c) Existência manifesta de casa excludente da culpabilidade: faz coisa julgada formal e
material, já que houve pronunciamento de mérito sobre a conduta do agente.
d) Existência de causa extintiva da punibilidade: não se afigura possível a abertura,
fazendo a decisão coisa julgada material e formal. Exceção: certidão de óbito falsa.
Constatado que a decisão foi proferida com base em uma certidão de óbito falsa, a
decisão não está protegida pela coisa julgada material, sendo perfeitamente possível
abertura do inquérito e oferecimento de denúncia.
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O PGJ não pode designar o mesmo promotor que havia requerido o arquivamento, em
virtude da sua independência funcional. O novo promotor é obrigado a apresentar a denúncia,
atuando como longa manus do PGJ, como delegação. É o famoso “promotor 28”.
Isso porque compete, nas hipóteses de competência originária dos Tribunais, ao PGJ
ou ao PGR a última palavra sobre a pertinência da ação, já que não haveria uma autoridade
superior no âmbito do Ministério Público que pudesse rever o mérito da posição adotada pelo
Procurador-Geral. São verdadeiras decisões de caráter administrativo.
Na situação (c) o tribunal fica inviabilizado de analizar o pedido. A opinio delicti pertece ao
PGR, não sendo possivel a aplicação do art. 28 do CPP.
1)ARQUIVAMENTO PELA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
-STF pode analisar o mérito das alegações.
-decisão pelo arquivamento gera coisa julgada material.
2)ARQUIVAMENTO PELA ATIPICIDADE DO FATO
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AINDA, prestem atenção aqui sobre o STJ: conforme explicado acima, também não se
aplica o disposto no artigo 28 do CPP no STJ. Isso porque o Subprocurador-Geral da República,
conforme entende a jurisprudência do STJ, atua no STJ sob delegação do Procurador-Geral da
República. Assim, aplica-se o entendimento acima.
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O PGR decide conflitos de atribuições entre MPE e MPF, seja este conflito positivo ou
negativo, tanto em matéria cível como criminal. O conflito negativo ocorre quando ambos os
órgãos (MPE e MPF) entendem que não possuem atribuição para atuar no caso;
o conflito positivo é o contrário, ou seja, tanto um como o outro defendem que
têm atribuição para a causa.
No caso concreto, o MPE e o MPF divergiram sobre quem teria atribuição para apurar,
em inquérito civil, irregularidades em projeto de intervenção urbana que estaria causando
risco de danos ao meio ambiente e à segurança da população local.
40 STF. Plenário. Pet 5586 AgR/RS, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Teori Zavascki,
julgado em 15/12/2016 (Info 851).
Resumindo:
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Em regra, utiliza-se o habeas corpus para trancar o inquérito policial. É necessário que
haja uma ameaça de locomoção para utilizar-se desse writ. Se a pena cominada à infração
cominada não for privativa da liberdade, não há que falar em cabimento de habeas corpus.
Súmula 693 STF: Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa,
ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única
cominada.
Nos casos de não cabimento de HC, entende-se possível o uso de mandado de segurança.
Se instaurado por delegado, a autoridade coatora será este, e o HC será julgado em 1ª
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e) Inquérito Judicial: era tratado na lei de falências, onde o juiz presidia o inquérito,
porém, foi revogado. Em relação aos atos de ofício do juiz em organização criminosa,
também houve sua revogação. Assim, não há que se falar em juiz inquisidor, ainda que
se trate de delito que envolva organização criminosa.
f) Inquéritos por crimes praticados por Magistrados ou Promotores: são presididos pelo
órgão de cúpula de cada carreira.
g) Investigações de autoridade com foro por prerrogativa de função: o delegado não
pode instaurar, pois as investigações são presididas por um Ministro do STF. A
autoridade policial pede autorização ao STF, de modo que o Ministro supervisiona a
investigação.
h) Investigações Particulares: não há óbice, desde que não ofenda direitos individuais,
como intimidade, a honra e a vida privada. – Investigação criminal defensiva.
i) Investigações a cargo do MP: é possível. Eles não irão presidir o inquérito, que é de
competência exclusiva da autoridade policial. Trata-se tão somente de a possibilidade
do órgão ministerial promover a colheita de material probatório para viabilizar o
processo futuro, respeitado a reserva de jurisdição e os direitos fundamentais. Isto
decorre da teoria dos poderes implícitos. Súmula 234 STJ: a participação do MP na
fase investigatória não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento
da denúncia. Lembrar que o MP pode requisitar informações bancárias de entes
públicos, vez que não é acobertado pelo manto do sigilo bancário, em prol do
interesse público e da indisponibilidade do patrimônio público.
43 j) Investigações pelos demais órgãos públicos: possível oferecer ação penal com base
em processos administrativos. Aqui, há contraditório e defesa, mitigando-se pela
súmula vinculante 5, que dispõe que a falta defesa técnica em processo administrativo
não ofende a Constituição.
k) Investigações conjuntas: é possível haver a reunião, formal (através de convênio) ou
informal (ocasional) de esforços de órgãos para determinados delitos.
l) Inquérito de expulsão de estrangeiro: nestes inquéritos a defesa é de rigor.
Logo, a investigação não pode ter natureza criminal, de modo que só pode para questões
como familiares, conjugais, identificação de filiação, desaparecimento e localização de pessoas
ou animais, idoneidade de propostos e empregados para fins de possível contratação, etc. Ou
seja, sem relevância penal.
Sua atuação não se confunde com a Polícia Judiciária, vez que atua sem
discricionariedade, autoexecutoriedade e coercibilidade, inexistindo supremacia do seu agir
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Apesar de tal vedação, ele pode colaborar com a investigação policial em curso, desde
que expressamente autorizado pelo contratante (vítima ou suspeito). Essa colaboração fica a
critério do delegado, que pode admitir ou rejeitar.
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vi)existem normas que prevêem que outras autoridades que não a policial presida
investigações. É o caso da investigação realizada por ministros do STF e do STJ ou por CPI.
TRFs: POSSIBILIDADE.
STJ: POSSIBILIDADE. [Súmula 234 STJ];
Em tese, o acordo pode ser celebrado durante a fase investigatória, tendo como limite
temporal o oferecimento da denúncia. O Ministério Público pode aproveitar que irá fazer a
audiência de custódia para, em ato separado desta audiência, propor e celebrar o acordo. Por
que em ato separado? Porque na audiência de custódia é vedado indagar o preso sobre o
mérito da causa, e o acordo de não-persecução pressupõe a confissão da infração penal.
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b) Dano causado pelo delito for superior a 20 salários mínimos ou a parâmetro diverso
definido pelo respectivo órgão de revisão, nos termos da regulamentação local;
c) Houve presença de uma das hipóteses listadas no artigo 76, §2º da Lei 9.099/95:
condenação criminal à pena privativa da liberdade por sentença definitiva; se o
agente tiver sido beneficiado nos 5 anos anterior por transação penal; se for
verificado que os antecedentes, conduta social e personalidade do agente, bem como
motivos e circunstâncias revelarem ser insuficientes a adoção da medida.
d) Risco de prescrição da pretensão punitiva estatal em virtude da demora para o
cumprimento do acordo.
e) Delito hediondo ou equiparado;
f) Delito praticado no âmbito da violência doméstica e familiar contra a mulher;
g) Quando a celebração do acordo não atender ao que seja necessário e suficiente para
a reprovação e prevenção do crime;
h) Delitos cometidos por militares que afetem a hierarquia e disciplina.
Ainda, caso o MP não queira oferecer o acordo e o investigado tiver interesse, o juiz
poderá aplicar o princípio da devolução do artigo 28 do CPP, como já ocorre com a suspensão
condicional do processo e transação penal (Súmula 696 do STF).
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Exercido por todos os membros Exercido por alguns membros do MP que tenham
do Ministério Público com atribuição a atribuição específica de realizar
criminal, quando do exame dos o controle externo da atividade policial, conforme
procedimentos que lhes forem disciplinado no âmbito de cada Ministério Público.
atribuídos.
O controle externo da atividade policial exercido pelo Ministério Público Federal não lhe
garante o acesso irrestrito a todos os relatórios de inteligência produzidos pela Diretoria de
50 Inteligência do Departamento de Polícia Federal, mas somente aos de natureza persecutório-
penal.
O poder fiscalizador atribuído ao Ministério Público não lhe confere o acesso irrestrito a
"todos os relatórios de inteligência" produzidos pelo Departamento de Polícia Federal,
incluindo aqueles não destinados a aparelhar procedimentos investigatórios criminais
formalizados.
STJ. 1ª Turma. REsp 1439193-RJ, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 14/6/2016 (Info
587).
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acordo de sigilo, o acesso do Ministério Público não será vedado, mas realizado a posteriori.
STJ. 1ª Turma. REsp 1439193-RJ, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 14/6/2016 (Info 587).
Denúncia anônima
As notícias anônimas ("denúncias anônimas") não autorizam, por si sós, a propositura de ação
penal ou mesmo, na fase de investigação preliminar, o emprego de métodos invasivos de
investigação, como interceptação telefônica ou busca e apreensão. Entretanto, elas podem
constituir fonte de informação e de provas que não podem ser simplesmente descartadas elos
órgãos do Poder Judiciário. Procedimento a ser adotado pela autoridade policial em caso de
“denúncia anônima”: 1) Realizar investigações preliminares para confirmar a credibilidade da
“denúncia”; 2) Sendo confirmado que a “denúncia anônima” possui aparência mínima de
procedência, instaura-se inquérito policial; 3) Instaurado o inquérito, a autoridade policial
deverá buscar outros meios de prova que não a interceptação telefônica (esta é a ultima
ratio). Se houver indícios concretos contra os investigados, mas a interceptação se revelar
imprescindível para provar o crime, poderá ser requerida a quebra do sigilo telefônico ao
magistrado. STF. 1ª Turma. HC 106152/MS, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 29/3/2016 (Info
819).
Não é possível decretar busca e apreensão com base unicamente em “denúncia anônima
51 A medida de busca e apreensão representa uma restrição ao direito à intimidade. Logo, para
ser decretada, é necessário que haja indícios mais robustos que uma simples notícia anônima.
STF. 1ª Turma. HC 106152/MS, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 29/3/2016 (Info 819).
A Lei nº 9.296/96 exige, para que seja proferida decisão judicial autorizando interceptação
telefônica, que haja indícios razoáveis de autoria criminosa. Singela delação não pode gerar, só
por si, a quebra do sigilo das comunicações. STJ. 6ª Turma. HC 204.778/SP, Rel. Min. Og
Fernandes, julgado em 04/10/2012.
É INCONSTITUCIONAL lei estadual que preveja a tramitação direta do inquérito policial entre a
polícia e o Ministério Público. É CONSTITUCIONAL lei estadual que preveja a possibilidade de o
MP requisitar informações quando o inquérito policial não for encerrado em 30 dias, tratando-
se de indiciado solto. STF. Plenário. ADI 2886/RJ, red. p/ o acórdão Min. Joaquim Barbosa, j.
em 3/4/2014 (Info 741).
Não é ilegal a portaria editada por Juiz Federal que, fundada na Res. CJF n. 63/2009, estabelece
a tramitação direta de inquérito policial entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.
STJ. 5ª Turma. RMS 46.165-SP, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 19/11/2015 (Info 574).
Por meio da Resolução nº 063/2009, o Conselho da Justiça Federal determinou a tramitação
direta do IP entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. Por força da Resolução,
atualmente, no âmbito da Justiça Federal, se o DPF pede a dilação do prazo para as
investigações ou apresenta o relatório final, o IP não precisa ir para o Juiz Federal e depois ser
remetido ao MPF. O caminho é direto entre a PF e o MPF, sendo o próprio membro do Parquet
quem autoriza a dilação do prazo. Para o STJ, enquanto não for declarada inconstitucional pelo
STF, a Resolução nº 063/2009-CJF é válida.
As investigações envolvendo autoridades com foro privativo no STF somente podem ser
iniciadas após autorização formal do STF. De igual modo, as diligências investigatórias
envolvendo autoridades com foro privativo no STF precisam ser previamente requeridas e
autorizadas pelo STF. Diante disso, indaga-se: depois de o PGR requerer alguma diligência
investigatória, antes de o ministro-relator decidir, é necessário que a defesa do investigado seja
ouvida e se manifeste sobre o pedido? NÃO. As diligências requeridas pelo Ministério Público
Federal e deferidas pelo Ministro-Relator são meramente informativas, não suscetíveis ao
princípio do contraditório. Desse modo, não cabe à defesa controlar, “ex ante”, a investigação,
o que acabaria por restringir os poderes instrutórios do Relator. Assim, o Ministro poderá
deferir, mesmo sem ouvir a defesa, as diligências requeridas pelo MP que entender
pertinentes e relevantes para o esclarecimento dos fatos. STF. 2ª Turma. Inq 3387 AgR/CE, Rel.
Min. Dias Toffoli, julgado em 15/12/2015 (Info 812).
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Em regra, a autoridade com foro por prerrogativa de função pode ser indiciada. Existem duas
exceções previstas em lei de autoridades que não podem ser indiciadas: a) Magistrados (art.
33, parágrafo único, da LC 35/79); b) Membros do Ministério Público (art. 18, parágrafo único,
da LC 75/73 e art. 40, parágrafo único, da Lei nº 8.625/93). Excetuadas as hipóteses legais, é
plenamente possível o indiciamento de autoridades com foro por prerrogativa de função. No
entanto, para isso, é indispensável que a autoridade policial obtenha uma autorização do
53 Tribunal competente para julgar esta autoridade. Ex: em um inquérito criminal que tramita no
STJ para apurar crime praticado por Governador de Estado, o Delegado de Polícia constata que
já existem elementos suficientes para realizar o indiciamento do investigado. Diante disso, a
autoridade policial deverá requerer ao Ministro Relator do inquérito no STJ autorização para
realizar o indiciamento do referido Governador. Chamo atenção para o fato de que não é o
Ministro Relator quem irá fazer o indiciamento. Este ato é privativo da autoridade policial. O
Ministro Relator irá apenas autorizar que o Delegado realize o indiciamento. STF. Decisão
monocrática. HC 133835 MC, Rel. Min. Celso de Mello, j. em 18/04/2016 (Info 825).
Juiz deve remeter cópia dos autos ao MP quando verificar indícios de crime
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coisa julgada material e impede a rediscussão do caso penal. O mencionado art. 18 do CPP e a
Súmula 524 do STF realmente permitem o desarquivamento do inquérito caso surjam provas
novas. No entanto, essa possibilidade só existe na hipótese em que o arquivamento ocorreu
por falta de provas, ou seja, por falta de suporte probatório mínimo (inexistência de indícios de
autoria e certeza de materialidade). STJ. 6ª Turma. REsp 791.471/RJ, Rel. Min. Nefi Cordeiro,
julgado em 25/11/2014 (Info 554). STF: SIM. Para o STF, o arquivamento de inquérito policial
em razão do reconhecimento de excludente de ilicitude não faz coisa julgada material. Logo,
surgindo novas provas seria possível reabrir o inquérito policial, com base no art. 18 do CPP e
na Súmula 524 do STF. STF. 1ª Turma. HC 95211, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em
10/03/2009. STF. 2ª Turma. HC 125101/SP, rel. orig. Min. Teori Zavascki, red. p/ o acórdão
Min. Dias Toffoli, julgado em 25/8/2015 (Info 796).
Existe alguma providência processual que a vítima possa adotar para evitar o arquivamento do
IP? Ela pode, por exemplo, impetrar um mandado de segurança com o objetivo de impedir que
isso ocorra? NÃO. A vítima de crime de ação penal pública não tem direito líquido e certo de
impedir o arquivamento do inquérito ou das peças de informação. Considerando que o
processo penal rege-se pelo princípio da obrigatoriedade, a propositura da ação penal pública
constitui um dever, e não uma faculdade, não sendo reservado ao Parquet um juízo
discricionário sobre a conveniência e oportunidade de seu ajuizamento. Por outro lado, não
verificando o Ministério Público que haja justa causa para a propositura da ação penal, ele
deverá requerer o arquivamento do IP. Esse pedido de arquivamento passará pelo controle do
Poder Judiciário, que poderá discordar, remetendo o caso para o PGJ (no caso do MPE) ou para
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Direito Processual Penal
Inquérito Policial
Apostila 02
Atualizado em 02/04/2018
a CCR (se for MPF). Existe, desse modo, um sistema de controle de legalidade muito técnico e
rigoroso em relação ao arquivamento de inquérito policial, inerente ao próprio sistema
acusatório. Nesse sistema, contudo, a vítima não tem o poder de, por si só, impedir o
arquivamento. Cumpre salientar, por oportuno, que, se a vítima ou qualquer outra pessoa
trouxer novas informações que justifiquem a reabertura do inquérito, pode a autoridade
policial proceder a novas investigações, nos termos do citado art. 18 do CPP. STJ. Corte
Especial. MS 21.081-DF, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 17/6/2015 (Info 565).
IMPORTANTE. Conflito de atribuições envolvendo MPE e MPF deve ser dirimido pelo PGR
Não há necessidade de prévia autorização da Assembleia Legislativa para que o STJ receba
denúncia ou queixa e instaure ação penal contra Governador de Estado, por crime comum.
Em outras palavras, não há necessidade de prévia autorização da ALE para que o Governador
do Estado seja processado por crime comum.
Se a Constituição Estadual exigir autorização da ALE para que o Governador seja processado
criminalmente, essa previsão é considerada inconstitucional.
Assim, é vedado às unidades federativas instituir normas que condicionem a instauração de
ação penal contra Governador por crime comum à previa autorização da Casa Legislativa.
55 Se o STJ receber a denúncia ou queixa-crime contra o Governador, ele ficará automaticamente
suspenso de suas funções no Poder Executivo estadual?
NÃO. O afastamento do cargo não se dá de forma automática.
O STJ, no ato de recebimento da denúncia ou queixa, irá decidir, de forma fundamentada, se
há necessidade de o Governador do Estado ser ou não afastado do cargo.
Vale ressaltar que, além do afastamento do cargo, o STJ poderá aplicar qualquer uma das
medidas cautelares penais (exs: prisão preventiva, proibição de ausentar-se da comarca,
fiança, monitoração eletrônica etc.).
STF. Plenário. ADI 4777/BA, ADI 4674/RS, ADI 4362/DF, rel. orig. Min. Dias Toffoli, red. p/ o
acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 9/8/2017 (Info 872).
STF. Plenário. ADI 5540/MG, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 3/5/2017 (Info 863).
STF. Plenário. ADI 4764/AC, ADI 4797/MT e ADI 4798/PI, Rel. Min. Celso de Mello, red. p/ o ac.
Min. Roberto Barroso, julgados em 4/5/2017 (Info 863).
i) o ato do Delegado de Polícia Federal que indiciou o Senador violou a prerrogativa de foro
de que é titular a referida autoridade, além de incorrer em invasão injustificada da
atribuição que é exclusiva desta Corte de proceder a eventual indiciamento do investigado; e
i) a iniciativa do procedimento investigatório que envolva autoridade detentora de foro por
prerrogativa de função perante o STF deve ser confiada exclusivamente ao Procurador-Geral
da República, contando, sempre que necessário, com a supervisão do Ministro-Relator deste
Tribunal. (STF)
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Sem prévia autorização judicial, são nulas as provas obtidas pela polícia por meio da extração
de dados e de conversas registradas no WhatsApp presentes no celular do suposto autor de
fato delituoso. Porém, a proteção não abrange os dados contidos na memória dos aparelhos
celulares tais como as agendas telefônicas, podendo, inclusive, a autoridade policial verificar
o conteúdo destas, sem que isso importe em prova ilícita. (STJ. 6ª Turma. RHC 51.531-RO, Rel.
Min. Nefi Cordeiro, julgado em 19/4/2016 - Info 583) Em resumo, o delegado, ao apreender o
telefone celular do preso em flagrante pode acessar as suas últimas chamadas, mas não
pode ter acesso ao conteúdo das conversas (conversas por WhatsApp, inclusive) sem decisão
judicial.
Em regra, o STF entende que deverá haver o desmembramento dos processos quando houver
corréus sem prerrogativa. Em outras palavras, permanece no STF apenas a apuração do
investigado com foropor prerrogativa de função e os demais são julgados em 1ª instância.
No entanto, no caso envolvendo o Senador Aécio Neves, sua irmã, seu primo e mais um
56 investigado, o STF decidiu que, no atual estágio, não deveria haver o desmembramento e a
apuração dos fatos deveria permanecer no Supremo para todos os envolvidos. Isso porque
entendeu-se que o desmembramento representaria inequívoco prejuízo às investigações.
STF. 1ª Turma.Inq 4506 AgR/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de
Moraes, julgado em 14/11/2017 (Info 885).
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