Instrução Direitos Humanos
Instrução Direitos Humanos
Instrução Direitos Humanos
Competência
Habilidade
Competência
Habilidade
Veja que interessante: esse artigo trata sobre os bens jurídicos mais básicos de
uma sociedade. Sem segurança e sem liberdade a vida fica enfraquecida. São
conhecidos como os direitos fundamentais. Juntamente com a igualdade e a
propriedade, esses direitos são considerados fundantes para os demais
direitos de uma sociedade, como liberdade religiosa, opinião e expressão,
legítima defesa, inviolabilidade do domicílio, dentre outros.
Sendo assim, esses direitos representam parte da razão de existir do próprio
Estado e suas instituições. As polícias militares são, em última medida, as
defensoras dos direitos fundamentais e suas derivações.
SAIBA MAIS
Atualmente a legislação tem especificado os casos em que pode e não pode
ser feito o uso das algemas. É de extrema importância que o policial conheça
essa legislação e que descreva em sua ocorrência policial a situação que
impôs o uso de algemas. O uso fora das situações legais pode tornar uma
prisão ilegal e culminar no seu relaxamento, ou ainda um apenamento dos
policiais por abuso de autoridade.
IMPORTANTE – Estude sobre a Lei nº 9.455, de 7 de abril de 1997, que define
os crimes de tortura e dá outras providências.
Para ler as regulamentações sobre uso de algemas, acesse os links abaixo:
Decreto 8858/2016, que regulamenta o uso de algemas
Lei 13.434/2017, que veda o uso de algemas em mulheres grávidas
4.1 Origem da Declaração Universal dos Direitos Humanos (Continuação)
ARTIGO VII Artigo VII - Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem
qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção
contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra
qualquer incitamento a tal discriminação.
Talvez você deve estar pensando o que esse artigo tem a ver com a conduta
policial de atendimento? Estamos em pleno século XXI, com novas
configurações familiares, por isso, não podemos atender ocorrências policiais
com qualquer tipo de discriminação e desinformação.
ARTIGO XVIII Artigo XVIII - Todo ser humano tem direito à liberdade de
pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de
religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo
ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, em público ou em
particular.
Competências
Habilidade
Competências
Habilidade
Pensa-se, por exemplo, que justiça é igualdade – e de fato é, embora não o seja
para todos, mas somente para aqueles que são iguais entre si; também se
pensa que a desigualdade pode ser justa, e de fato pode, embora não para
todos, mas somente para aqueles que são desiguais entre si... [...] Para
pessoas iguais o honroso e justo consiste em ter a parte que lhes cabe, pois
nisto consistem a igualdade e a identificação entre pessoas; dar, porém, o
desigual a iguais, e o que não é idêntico a pessoas identificadas entre si, é
contra a natureza, e nada contrário à natureza é bom. (1997, p. 228).
6.3 Mulheres
Você sabia que há menos de 100 anos as mulheres não podiam votar,
não podiam trabalhar fora de casa sem autorização do marido, não podiam
trabalhar no serviço público? Mulheres casadas eram consideradas incapazes
pelo Código Civil de 1916 e essas eram restrições legais, ainda existiam outras
restrições de âmbito cultural e social.
Ao longo desses últimos 100 anos, os direitos das mulheres foram
lentamente sendo reconhecidos e os preconceitos sociais foram diminuindo. É
bastante claro o quão recente é essa evolução.
Apesar da Declaração Universal dos Direitos Humanos afirmar que
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos”, e da
CF/1988 estabelecer no artigo 5º, II, que “homens e mulheres são iguais em
direitos e obrigações, nos termos desta Constituição”, ainda persiste uma
desigualdade de fato entre homens e mulheres. A discriminação em razão do
gênero existe não apenas em nível de relações privadas, mas também na vida
pública.
E em relação à atividade policial, quais são as especificidades do
atendimento às mulheres ofensoras?
https://www.youtube.com/watch?
v=85hI7RZ5uPY&t=14s&ab_channel=ConselhoNacionaldeJusti
%C3%A7a%28CNJ%29
Maria da Penha é uma farmacêutica cearense que sofreu constantes
agressões do marido, culminando em duas tentativas de morte, vindo a deixá-la
paraplégica. Quando a Srª. Maria da Penha finalmente criou coragem para
denunciar o marido, encontrou descrença e morosidade da justiça.
A omissão do Estado em julgar o caso em um prazo razoável do
processo gerou revolta na farmacêutica, que se juntou ao Centro pela Justiça e
o Direito internacional (CEJIL) e ao Comitê Latino-Americano de Defesa dos
direitos da mulher (CLADEM), no intuito de oferecer denúncia contra o Brasil na
Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA), entidade dos Estados
Unidos, órgão legítimo para apresentar defesa em favor de qualquer cidadão
que tiver os seus direitos humanos violados.
Apenas em 2002, o caso da Maria da Penha foi solucionado, quando o
Estado brasileiro foi condenado por omissão e negligência pela Corte
Interamericana de Direitos Humanos. Então, o Brasil teve que se comprometer
em reformular suas leis e políticas em relação à violência doméstica.
Apesar do avanço no reconhecimento dos direitos das mulheres,
ainda há muitos preconceitos enraizados na nossa sociedade, o que faz com
que o Estado precise de políticas públicas para promover a igualdade entre
homens e mulheres, e combater todas as formas de preconceito e
discriminação.
E você policial está pronto para o atendimento de mulheres em
situação de vulnerabilidade?
Em primeiro lugar, é preciso reconhecer quais tipos de ocorrências
podem ser definidas pela Lei Maria da Penha. São as ocorrências que envolvem
os casos de violência contra a mulher com o propósito de oprimir o gênero
feminino em razão da vulnerabilidade ou subordinação frente ao gênero
masculino.
Para isso você precisa saber que encontrará mulheres em situação de
vítima e em situação de autora de crimes. Mesmo assim, deve-se estar atento
ao atendimento adequado a mulher:
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Em casos de resistência;
Receio de fuga;
Perigo a integridade do preso ou de terceiros.
Somando-se aos casos autorizados de uso das algemas, deve o
agente ou a autoridade, sob pena de nulidade da prisão, justificar, por escrito, a
excepcionalidade do uso do aparato.
As apenações aplicadas aos adolescentes são:
Advertência;
Reparação de dano;
Liberdade Assistida;
Semiliberdade;
Internação;
https://www.youtube.com/watch?v=XsJTCKzL-
Gg&ab_channel=MinutosPs%C3%ADquicos
VOCÊ SABE O QUE SIGNIFICA LGBT?
Segundo GDF(2018) e Glaad (2016) LGBT é a sigla de LÉSBICAS,
GAYS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS e TRANSEXUAIS
Lésbica: designa mulheres que sentem atração física e sentimentos
de amor apenas por outras mulheres.
Gays: designa pessoas que sentem atração física, romântica e
emocional por pessoas do mesmo sexo. Às vezes lésbica é o termo preferido
para mulheres. Evite identificar Gays como “homossexuais”, pois é uma forma
ultrapassada e considerada ofensiva por várias pessoas gays e lésbicas.
Bissexuais: designa indivíduos que se sentem atraídos afetiva e
sexualmente tanto por pessoas de gênero masculino quanto feminino.
Transexuais: pessoas que nascem com o sexo biológico diferente do
gênero com que se reconhecem. Essas pessoas desejam ser reconhecidas
pelo gênero com o qual se identificam, sendo que o que determina se a pessoa
é transexual é sua identidade, e não qualquer processo cirúrgico.
Travestis: pessoas que nasceram com o sexo masculino e que se
identificam com o gênero feminino, exercendo seu papel de gênero feminino.
Isso quer dizer que a forma de tratamento com travestis é sempre no feminino.
Obs.: O termo correto deverá ser a travesti.
Nas situações de abordagem policial, a Cartilha de Atuação Policial na
Proteção dos Direitos Humanos de Pessoas em Situação de Vulnerabilidade
(2013) sugere que o agente ou autoridade de segurança pública esteja atento
às seguintes questões:
ATENÇÃO
O nome oficial é o nome que consta nos documentos oficiais que deverão ser
informados no registro da ocorrência caso seja necessária sua elaboração.
6.6 PESSOA COM DEFICIÊNCIA
São consideradas pessoas com deficiência de acordo com a Lei
Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (2018) “[...] aquela que tem
impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial,
o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação
plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais
pessoas” (art. 2°).
As barreiras enfrentadas pelas pessoas com deficiência, sejam elas:
urbanísticas, arquitetônicas, de transporte, de comunicação e informação,
atitudinais e tecnológicas requerem do poder público instrumentos normativos
para a garantia dos direitos das pessoas com deficiência.
Em situações que existam suspeita acerca do comportamento do
cidadão indicando a presença de um ou mais tipos de deficiência, o policial
militar deve dar atenção especial ao processo de revista e eventual condução,
para que ocorra dentro dos limites da legalidade, do respeito aos direitos
humanos e do respeito à pessoa com deficiência.
Antes de auxiliar uma pessoa com deficiência, pergunte se ela precisa
da sua ajuda, e, também, como você pode ajudá-la.
O Guia de Direitos Humanos: Conduta Ética, Técnica e legal para
instituições policiais militares, produzido pela Secretaria Especial de Direitos
Humanos (BRASIL, 2008), alerta a respeito dos cuidados do Profissional de
Segurança Pública (BRASIL, 2008) ao abordar uma pessoa com deficiência:
SAIBA MAIS
Desde o ano de 2009 através da Lei nº 11.983 a “mendicância” deixou
de ser considerada contravenção penal no Brasil.
REFERNCIAS
ARISTÓTELES. Política. 3. ed. Brasília: Universidade de Brasília, 1997.
GLAAD. Media Reference Guide, 2016. New York e Los Angeles, 2016.
Disponível em: https://www.glaad.org/sites/default/files/GLAAD-Media-
Reference-Guide-Tenth-Edition.pdf. Acesso em: 15/01/2020.