Aula 01 A 05
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Conceitos e Fundamentos
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CONCEITOS E FUNDAMENTOS
CONCEITO DE DIREITOS HUMANOS:
Organização das Nações Unidas – ONU: “Direitos Humanos são garantias jurídicas
universais que protegem indivíduos e grupos contra ações ou omissões dos governos
que atentem contra a dignidade humana.
A proteção citada no conceito das Nações Unidas reforça a perspectiva vertical do
estudo dos direitos humanos. Há indivíduos ou grupos que devem ser protegidos contra
omissões dos governos que atinjam a dignidade humana. Se visa proteger os indivíduos
do poder concentrado na mão do Estado.
André de Carvalho Ramos: “Conjunto de direitos indispensáveis para uma vida humana
pautada na liberdade, igualdade e dignidade. São indispensáveis à vida digna. Não existe
um rol predeterminado desses direitos, que passam a existir de acordo com as necessi-
dades humanas ao longo da História.”
Há a característica da historicidade e o princípio da não taxatividade dos direitos
humanos. Ao longo do tempo, a evolução social leva a evolução jurídica.
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DIREITOS HUMANOS
Conceitos e Fundamentos
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ASPECTOS TERMINOLÓGICOS:
DIREITOS DO HOMEM: Expressão de cunho jusnaturalista que conota a série de direi-
tos naturais (ou seja, ainda não positivados) aptos à proteção global do homem e váli-
dos em todos os tempos. São direitos que, em tese, ainda não se encontram nos textos
constitucionais ou nos tratados internacionais de proteção.
Direitos ainda não positivados são aqueles que ainda não foram normatizados, legis-
lados. Foi a primeira terminologia utilizada, conota direitos não positivados, direitos que
decorrem da consciência humana.
DIREITOS FUNDAMENTAIS: Expressão afeta à proteção interna dos direitos dos cida-
dãos, ligada aos aspectos ou matizes constitucionais de proteção, no sentido de já se
encontrarem positivados nas Cartas Constitucionais contemporâneas. São direitos
garantidos e limitados no tempo e no espaço, objetivamente vigentes numa ordem jurí-
dica concreta.
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São direitos positivados na ordem jurídica interna, ou seja, o que está dentro das
Constituições e leis. A Constituição Federal tutela, por exemplo, o direito à vida, o direito
à liberdade, o direito à igualdade, o direito à segurança e o direito à propriedade.
RELATIVIDADE: Os direitos humanos não são absolutos, ou seja, podem sofrer restri-
ções, podem ser limitados.
A vivência em sociedade pode ocasionar conflitos, pois há pessoas diferentes. Não se
pode criar uma hierarquia presumida e absoluta no sentido de que sempre determina-
dos direitos irão preponderar em relação aos outros.
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Conceitos e Fundamentos
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��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Thiago Silva Medeiros.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela
leitura exclusiva deste material.
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DIREITOS HUMANOS
Características e Eficácia
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CARACTERÍSTICAS E EFICÁCIA
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS
UNIVERSALIDADE
• Os direitos humanos devem ser garantidos a todas as pessoas, independentemente
de grupo, sexo, cor, raça, idade etc.
• Sem qualquer tipo de distinção ou discriminação.
INERÊNCIA
• Os direitos humanos pertencem a todos os indivíduos pela simples circunstância
de serem pessoas humanas. Em suma, basta a condição de ser pessoa humana.
• Característica conectada à própria universalidade dos direitos humanos.
INDIVISIBILIDADE
• A indivisibilidade dos diversos direitos fundamentais indica a necessidade de res-
peito e desenvolvimento de todas suas categorias, invocando a interdependência e
a inter-relação desses direitos.
• Lembre-se da perspectiva histórica dos direitos humanos. Sendo que, em cada
momento da história, a luta pelos direitos humanos era específica (em um primeiro
momento, o foco estava na vida, liberdade e propriedade. Depois, vieram os direitos
sociais, por exemplo).
• A questão é que, apesar de estudarmos tais direitos de forma separada, eles devem
ser entendidos como blocos indivisíveis de direitos.
INTERDEPENDÊNCIA
• Todos os direitos humanos são situados em um mesmo nível, sejam eles civis,
políticos, econômicos, sociais ou culturais, tendo em vista sua interdependência
recíproca, uma vez que suas finalidades devem ser as mesmas.
• Direitos civis e políticos – direitos de liberdade – direitos de 1ª geração.
• Direitos econômicos, sociais ou culturais – direitos de igualdade – direitos de 2ª geração.
• “uma vez que suas finalidades devem ser as mesmas” – isto é, levar dignidade à
pessoa humana.
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DIREITOS HUMANOS
Características e Eficácia
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IRRENUNCIABILIDADE
• Não se admite renúncia genérica a um direito humano.
• Atenção: o que pode ocorrer é não exercer temporariamente determinados direi-
tos. Porém, isso não significa que tal direito foi renunciado.
• Exemplo: o direito de imagem é um direito humano/fundamental. Ele não pode, em
regra, ser renunciado ou alienado. Mas veja: note que o professor está cedendo,
temporariamente, a sua imagem para o Gran Concursos.
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INALIENABILIDADE
• Os direitos humanos não podem ser negociados. Essa característica exclui atos de
disposição dos direitos fundamentais, tais como venda ou doação.
Teoria Jusnaturalista
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DIREITOS HUMANOS
Características e Eficácia
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• “ordem superior” – considerando a doutrina clássica, tal ordem superior faz refe-
rência a uma ordem divina.
• Ou seja, os direitos humanos decorrem de uma criação de Deus, conforme o enten-
dimento dos jusnaturalistas clássicos.
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• E, adotando essa perspectiva, as demais características são constatações dessa
“ordem divina”.
– A universalidade decorre do fato de Deus ser uno.
– A imutabilidade também decorre do fato de Deus ser imutável (o tempo é irrele-
vante para Deus).
– E inderrogável, pois não tem como revogar algo que Deus criou.
Teoria Positivista
Teoria Moralista
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DIREITOS HUMANOS
Características e Eficácia
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DIREITOS HUMANOS
Características e Eficácia
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EFICÁCIA VERTICAL
• Consiste na aplicação dos direitos humanos às relações entre Estado e particulares.
Relação de subordinação que o particular tem com o Estado.
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EFICÁCIA HORIZONTAL
• Consiste na aplicação dos direitos fundamentais às relações entre particulares.
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DIREITOS HUMANOS
Características e Eficácia
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EFICÁCIA DIAGONAL
• Consiste na aplicação dos direitos humanos à relação entre particulares, nas quais
existe um desequilíbrio fático.
• Busca reequilibrar juridicamente a relação nas situações em que a realidade fática
revela que um dos envolvidos está em posição de desvantagem em relação ao outro.
• Especialmente, nas relações de trabalho (patrão-empregado) e nas relações de con-
sumo (empresa-consumidor).
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DIREITOS HUMANOS
Gerações
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GERAÇÕES
GERAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS:
Karel Vasak, em 1979, utilizou o termo ‘gerações’. Contudo, esse termo é criticado
por outros autores. Alguns autores utilizam os termos ‘dimensões dos direitos humanos’,
‘eras dos direitos humanos’ e ‘ondas dos direitos humanos’.
Trata-se de um estudo histórico sobre os direitos humanos, que faz uma analogia à
tríade da Revolução Francesa (Liberdade, Igualdade e Fraternidade).
1ª GERAÇÃO DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS LIBERDADE
Efetivação: liberdade negativa (não
fazer); Vida, liberdade (liberdade de expres-
Direitos individuais, direitos de Postura estatal: absenteísta. são, liberdade de locomoção e liber-
resistência, direitos de oposição e Contexto histórico: Independência dade religiosa), igualdade formal,
direitos de defesa. dos Estados Unidos (1976) e Revo- propriedade, participação política
lução Francesa (manifestada pelo voto).
(1789).
Os direitos de 1ª geração devem ser vistos na relação vertical, que é a relação entre
Estado e indivíduo. A ideia principal dos direitos de 1ª geração é criar cortinas de prote-
ção do indivíduo perante o poder estatal.
Os direitos de 1ª geração também podem ser chamados de direitos individuais, direi-
tos de resistência, direitos de oposição e direitos de defesa.
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Para esses direitos serem efetivados depende de uma atuação específica do Estado.
O ente competente no sentido de efetivar esses direitos é o Estado.
Viver com dignidade é ter o mínimo necessário de direitos sociais, de saúde, de edu-
cação, de lazer, de transporte e de moradia. Porém, pela perspectiva histórica, quando
se fala em direito à vida, se trata a vida pela perspectiva biológica, ou seja, a vida é o
direito de estar vivo, de não ser morto pelo Estado.
Quando se analisa pelo aspecto da efetivação, da implementação dos direitos, che-
ga-se à conclusão que esses direitos são negativos, dependem de um não fazer.
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DIREITOS HUMANOS
Gerações
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Existem dois tipos de igualdade: pode ser vista na perspectiva formal e material.
A igualdade formal é a igualdade perante a lei, que não considera as diferenças entre
os indivíduos. Esse tipo nem sempre leva a justiça social, pois os indivíduos, em sua
essência, são diferentes e estão em situações diferentes.
A igualdade material é a igualdade real, substancial, aristotélica, igualdade da jus-
tiça social, que compreende a diferença entre os indivíduos e, partindo das diferenças,
impõe um tratamento diferente a cada um deles.
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O trabalho representa uma relação horizontal entre indivíduo e indivíduo que no seu
nascedouro já é desigual. De um lado há o patrão e do outro lado o empregado. O empre-
gado é o vulnerável e, portanto, normas devem ser criadas para proteger o trabalhador
do empregador.
A ideia dos direitos sociais é estabelecer o equilíbrio da balança da justiça social. A
ideia dos direitos sociais é encontrar vulnerabilidades e equilibrar a balança através de
ações prestativas do Estado no trabalho, na educação, na saúde, no transporte, no lazer
e na moradia.
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FRATERNIDADE/SOLIDARIE-
3ª GERAÇÃO DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS
DADE
Meio ambiente, paz, progresso,
Direitos transindividuais, transge- autodeterminação dos povos,
racionais. acesso aos meios de comunicação
(internet).
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O termo transindividual significa que transcende o indivíduo e passa a ser de toda
a coletividade.
Não há um contexto histórico bem definido para a 3ª geração.
Os direitos de 3ª geração estão em constante evolução, podendo ser chamados de
transgeracionais. Por exemplo, a luta por um meio ambiente saudável, equilibrado, é
também para as gerações futuras.
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DIREITOS HUMANOS
Gerações
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CONCURSO NACIONAL UNIFICADO (CNU)
Status de Jellinek e Estrutura
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CONCURSO NACIONAL UNIFICADO (CNU)
Status de Jellinek e Estrutura
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CONCURSO NACIONAL UNIFICADO (CNU)
Status de Jellinek e Estrutura
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O estudo da estrutura normativa dos direitos humanos pode ser feito de duas formas.
Na primeira, olha-se para as normas e faz-se uma constatação se aquelas normas
possuem estrutura FECHADA ou ABERTA. Na estrutura FECHADA de normas, temos as
normas que não admitem muita interpretação, aplicação de princípios (são mais obje-
tivas). Na estrutura ABERTA, as normas admitem uma maior interpretação no caso con-
creto, uma extensão de significados, uma aplicação principiológica. Normas de direitos
humanos necessariamente possuem uma estrutura ABERTA, por admitirem princí-
pios, interpretações, harmonizações de direitos no caso concreto. A própria CF, em seu
artigo 5º, §§2º, afirma que o rol de direitos fundamentais previstos nesse artigo não é
exaustivo, é meramente exemplificativo (não exclui aqueles que derivam dos regimes
e princípios adotados pela CF nem aqueles derivados de tratados internacionais de
direitos humanos).
Na segunda forma (preferida pelas bancas examinadoras), adota-se a Teoria do
Professor André de Carvalho Ramos, que prevê quatro grupos de direitos: direito–pre-
tensão, direito–liberdade, direito–poder e direito–imunidade, tal como retratado na
figura acima.
No direito–pretensão, pode-se verifica–lo tanto nas relações verticais (eficácia ver-
tical, entre indivíduo e Estado) quanto nas relações horizontais (entre particulares, entre
indivíduos). Na perspectiva do indivíduo em relação com o Estado, é preciso notar que
ele busca algo. Essa busca do indivíduo gera para o Estado o dever de prestar, tal como
nos direitos de 2ª geração (direitos sociais, como o de educação básica, por exemplo.
15m
No direito–liberdade, olhando-se para a relação indivíduo–Estado, o indivíduo
possui a faculdade, a escolha, a discricionariedade de agir. Para que esse indivíduo exerça
essa faculdade de agir, é necessário que o Estado não intervenha (postura absenteísta,
ausência do Estado). Nesse sentido, pode-se fazer uma associação com os direitos de
1ª geração, como o de liberdade religiosa, por exemplo.
No direito–poder, olhando-se novamente para a relação indivíduo–Estado, o indiví-
duo possui a faculdade de exigir algo do Estado. São situações em que o Estado terá que
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se sujeitar àquela exigência (sujeição do Estado). A título de exemplo, podemos citar
a prisão em flagrante, em que o preso pode exigir o contato com sua família (imediata
comunicação da prisão, assistência familiar para o preso em flagrante). Neste caso, a
função do Delegado é a de se sujeitar à exigência do indivíduo preso.
No direito–imunidade, imaginemos que existe uma autorização ou inviolabilidade
(inviolabilidade de correspondência e inviolabilidade domiciliar, por exemplo) dada por
uma norma. Essa imunidade ou inviolabilidade acaba gerando para o Estado um impe-
dimento de agir.
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CONCURSO NACIONAL UNIFICADO (CNU)
Status de Jellinek e Estrutura
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DIREITOS HUMANOS
Questões
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QUESTÕES
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DIREITOS HUMANOS
Questões
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Nessa temática, a tendência é a banca tentar nos confundir entre os status ativo e o status
positivo. Para que isso não ocorra, basta lembrar que se estou olhando para o indivíduo,
tenho o indivíduo ativo/passivo, enquanto se olho para o Estado, classifico entre negativo
e positivo. Nesse sentido, a assertiva está incorreta, pois se o indivíduo está em posição de
influenciar a vontade estatal, não se trata de status positivo, e sim de status ativo de Jellinek.
Sobre este assunto, deve-se pautar pela regra: os direitos humanos são irrenunciáveis. É
justamente em momentos de calamidade pública que nossos direitos humanos devem ser
preservados (direito à integridade física, à vida, à propriedade). Não se admitem renúncias
genéricas aos direitos humanos, aos direitos fundamentais.
5m
�( ) Para a teoria moralista, os direitos humanos são aqueles expressamente previstos
na norma positiva.
A assertiva foi apresentada de forma incorreta, pois possuímos três teorias que tentam
fundamentar os direitos humanos: a jusnaturalista, a positivista e a moralista. A primeira
está associada a uma ideia de ordem superior, universal, inderrogável e imutável, ligada
aos direitos naturais, inatos ao ser humano. A segunda decorre de uma ordem normativa
positivada, em que o homem é o criador dos direitos humanos, só podendo ser considerado
como tal aquilo que está devidamente positivado, normatizado dentro das leis, dentro das
constituições. Por fim, para a terceira teoria, os direitos humanos estão fundamentados em
uma consciência social, moral de determinado povo, havendo uma associação da moral com
o fundamento de direitos humanos, sendo criticada por não existir um conceito universal
de moral. Nesse sentido, a assertiva se refere à teoria positivista, e não à teoria moralista,
como afirmado.
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DIREITOS HUMANOS
Questões
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A assertiva está incorreta, pois contraria o aspecto da universalidade dos direitos humanos,
contraria o processo de internacionalização dos direitos humanos, contraria a concepção
de soberania estatal. O princípio da soberania (principalmente no pós 2ª Guerra Mundial),
passou a ser relativizado, devendo ser compreendido de forma diferente após a criação
das Nações Unidas, da Declaração Universal dos Direitos Humanos, após o término da 2ª
Guerra Mundial. Para que o processo de internacionalização ocorra, é preciso entender que
a soberania não é absoluta, ela é relativa, pois s um indivíduo estiver sofrendo violações a
direitos humanos em território nacional, ele pode ser tutelado por normas internacionais.
Nesse sentido, o alcance, a proteção dos direitos humanos não ocorre somente no âmbito
de cada nação, sendo de âmbito universal.
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DIREITOS HUMANOS
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DIREITOS HUMANOS
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Na alternativa “a”, a assertiva está errada, pois a doutrina contemporânea entende que
existe diferença entre esses termos. Os direitos humanos se referem à ordem normativa
internacional, enquanto os direitos fundamentais se referem à ordem normativa interna.
Na alternativa “b”, a assertiva peca ao afirmar que os direitos humanos estão dispostos
em um rol taxativo, já que a estrutura normativa dos direitos humanos é aberta, o rol é
exemplificativo, não podendo ser excluídos aqueles direitos decorrentes do regime e dos
princípios adotados pela CF, nem aqueles derivados dos tratados internacionais de direitos
humanos (fala-se inclusive em direitos humanos implícitos, como, por exemplo, o direito à
felicidade, à internet). Na alternativa “c”, a assertiva está incorreta, pois afirma que o exercício
dos direitos políticos se esgota no direito de votar e ser votado, pois qualquer manifestação
política é uma forma de exercício dos direitos políticos. Na alternativa “d”, a assertiva associa
corretamente um “princípio basilar” da CF a um princípio fundamental (art. 1º ao 4º da CF),
onde se encontra o princípio da dignidade da pessoa humana no inciso III do art. 1º como
fundamento da República Federativa do Brasil , que também é um fundamento dos direitos
20m
humanos segundo uma das visões contemporâneas de seus fundamentos (como leciona
a Professora Flávia Piovesan). Já na alternativa “e”, a assertiva está incorreta, pois não se
pode afirmar que os direitos previstos na Revolução Francesa são os mesmos da atualidade,
onde tratava-se apenas de direitos civis, de direitos de liberdade, direitos de 1ª geração (de
lá para cá, desenvolveram-se, em grande evolução, direitos sociais, econômicos, culturais,
direitos difusos e coletivos, configurando sua historicidade, baseada em sua mutabilidade).
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DIREITOS HUMANOS
Questões
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Na alternativa “a”, a assertiva está incorreta, pois não se trata de direitos humanos, e sim
de direitos fundamentais. Na alternativa “b”, a assertiva está incorreta, pois não se trata
de direitos humanos, e sim de direitos do homem (não estão positivados). Na alternativa
“c”, a assertiva está incorreta, pois os direitos humanos, por serem tutelados por tratados
internacionais, em perspectiva universal, acabam sendo mais amplos do que os direitos
fundamentais, que possuem tutela nacional. Na alternativa “d”, a assertiva apresenta uma
afirmação correta ao apresentar a tutela internacional dos direitos humanos. Por fim, na
alternativa “e”, a assertiva erra ao afirmar que podem sofrer limitação por interesse dos
Estados, já que a limitação pode vir pelo interesse do outro, de um terceiro (em um eventual
conflito de interesses em que pode haver uma limitação, uma relativização desses direitos),
e não por parte do Estado, que é garantidor do direito e não pode limitá-lo em prol de seus
interesses.
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10. Com base no Direito Internacional dos Direitos Humanos, os direitos humanos são:
a. regidos pela proibição do retrocesso (“efeito cliquet”) porque é vedado que se diminua
ou amesquinhe a proteção que já alcançaram.
b. irrenunciáveis porque não se perdem com a passagem do tempo.
c. universais porque são atribuídos a todos os seres humanos, com exceção dos apátridas.
d. exauríveis, o que significa que o rol de direitos positivados é taxativo, podendo ser ampliado
somente por meio de novos tratados internacionais.
e. imprescritíveis porque não é possível atribuir-lhes uma dimensão pecuniária para fins
comerciais.
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DIREITOS HUMANOS
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GABARITO
1. e
2. e
3. e
4. e
5. e
6. c
7. e
8. d
9. d
10. a
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