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Direitos-Humanos-E-Responsabilidade-Do-Estado

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DIREITOS HUMANOS

Direitos Humanos e Responsabilidade


do Estado

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado

Sumário
Patrícia Maciel

Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado.................................................................... 3


Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Metodologia Aplicada..................................................................................................................... 3
Direitos Humanos............................................................................................................................ 4
Direitos Humanos na CRFB/88..................................................................................................... 4
Breve Histórico sobre os Direitos Humanos.............................................................................. 6
Características dos Direitos Humanos.. ...................................................................................... 6
Direitos Humanos e Reponsabilidade do Estado...................................................................... 7
Jurisprudência sobre o Assunto.. .................................................................................................. 8
Política Nacional de Direitos Humanos. . ....................................................................................13
Questões de Concurso.................................................................................................................. 20
Gabarito............................................................................................................................................42

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado
Patrícia Maciel

DIREITOS HUMANOS E RESPONSABILIDADE DO ESTADO


Apresentação
Querido (a) aluno (a)! Tudo bem? Espero que sim!!
Sou a Professora Patrícia Maciel e estarei junto com você nessa jornada de estudos.
Em breve explanação sobre mim, sou militante na advocacia desde 2009, eterna e incon-
dicional estudante da área do direito. Além da prática advocatícia, exerço com muita honra e
paixão a profissão de docente nas cadeiras de direito em graduação, especialização e cursos
preparatórios para concursos públicos.
Também atuei como vice-presidente da Comissão da Igualdade Racial da Ordem dos Ad-
vogados do Brasil – OAB/DF, Subseção de Taguatinga, atuando frontalmente em combate à
desigualdade racial.
Além das minhas profissões, que exerço com muito amor e paixão, administro rotinas en-
volvendo minha vida pessoal, incluindo casa, marido e filhos. E por que menciono este ponto?
Simples, para que você saiba que não está sozinho. Todos nós temos obrigações e metas a
serem traçadas para chegar a um propósito. E a sua aqui, é claro, é ter a tão sonhada aprova-
ção neste concurso.
Logo, todo o esforço e todos os percalços do caminho serão recompensados após você
encontrar seu nome escrito na lista de aprovados. Mesmo diante das mais diversas dificulda-
des, e ainda que as lágrimas sejam sua companheira nas madrugadas de estudo, lembre-se
que valerá a pena!!!
Assim, vamos focar, erguer as mangas, e mãos à obra rumo ao sucesso! Conte comigo
para o que for necessário ao alcance do seu objetivo.
Pois bem, o assunto aqui abordado se refere aos Direitos Humanos. O objetivo aqui é tra-
zer a você informações suficientes que lhe permitam gabaritar a prova na parte referente ao
assunto em tela. De modo a trazer questões suficientes para você, ao final trouxe um mix de
questões específicas da Banca do seu concurso e de outras bancas.
Mãos à obra e bons estudos!

Metodologia Aplicada
Levando em consideração que o assunto está presente em diversos documentos, a inten-
ção deste material é aprofundar o estudo nos assuntos mais cobrados pelas Bancas, permi-
tindo a você que entenda os conceitos previstos, sem a necessidade de decorá-los, e trazer
exercícios que te deixarão tranquilos na hora da prova.
Ao final, abordaremos questões de diversas bancas.

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Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado
Patrícia Maciel

Direitos Humanos
Direitos Humanos na CRFB/88
Inicialmente, importante destacarmos que o tema em tela está intimamente relacionado a
garantia ao mínimo existencial da dignidade da pessoa humana, com o objetivo de garantir a
solidariedade, a igualdade, a fraternidade, a liberdade, a dignidade.

A raiz da palavra “dignidade” vem de dignus, que ressalta aquilo que possui honra ou importância.
Com São Tomás de Aquino, há o reconhecimento da dignidade humana, qualidade inerente a todos
os seres humanos, que nos separa dos demais seres e objetos. São Tomás de Aquino defende o
conceito de que a pessoa é uma substância individual de natureza racional, centro da criação pelo
fato ser imagem e semelhança de Deus. Logo, o intelecto e a semelhança com Deus geram a digni-
dade que é inerente ao homem, como espécie.1

Direitos humanos é uma expressão intrinsecamente ligada ao direito internacional público2.

Os direitos humanos são, portanto, direitos protegidos pela ordem internacional (especialmente por
meio de tratados multilaterais, globais ou regionais) contra as violações e arbitrariedades que um
Estado possa cometer às pessoas sujeitas à sua jurisdição. São direitos indispensáveis a uma vida
digna e que, por isso, estabelecem um nível protetivo (standard) mínimo que todos os Estados de-
vem respeitar, sob pena de responsabilidade internacional.3

Nesse contexto, toda e qualquer pessoa, independentemente de sua capacidade civil, de


origem étnica, raça, convicção filosófica, opção sexual, religião, etc, deve ter a sua dignidade
resguardada. “Os direitos humanos incluem o direito à vida e à liberdade, à liberdade de opinião
e de expressão, o direito ao trabalho e à educação, entre e muitos outros”4.
Os Direitos Humanos, em nosso Estado Brasileiro, são resguardados pela Constituição da
República Federativa do Brasil de 1988 um modelo, cujo artigo 1º da CF/88 prevê os funda-
mentos pautados na, soberania, cidadania; dignidade da pessoa humana; valores sociais do
trabalho e da livre iniciativa; e o pluralismo político.
A Constituição Federal de 1988 foi a primeira constituição da brasileira que estabeleceu, de
forma objetiva, a prevalência dos Direitos Humanos como preceito constitucional.
O art. 3º, do citado diploma, ainda prevê como objetivos fundamentais da República Fede-
rativa do Brasil:
• I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
• II – garantir o desenvolvimento nacional;

1
Curso de direitos humanos / André de Carvalho Ramos. – 5. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2018
2
Oliveira. De Valério. Curso de Direitos Humanos. 2021.
3
Oliveira. De Valério. Curso de Direitos Humanos. 2021
4
https://lincolnpaulino99.jusbrasil.com.br/artigos/846990088/direitos-humanos-e-protecao-internacional

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Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado
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• III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regio-


nais;
• IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.

Ainda de modo a garantir a prevalência dos Direitos Humanos, a República Federativa do


Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
• I – independência nacional;
• II – prevalência dos direitos humanos;
• III – autodeterminação dos povos;
• IV – não-intervenção;
• V – igualdade entre os Estados;
• VI – defesa da paz;
• VII – solução pacífica dos conflitos;
• VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;
• IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
• X – concessão de asilo político.
• E haveria, enfim, um conceito de Direitos Humanos???

“Os direitos humanos são normas que reconhecem e protegem a dignidade de todos os
seres humanos”5, internacionalmente.
Noutro giro, mas com a mesma finalidade — a garantia do mínimo existencial—, os direitos
fundamentais garantem a dignidade da pessoa humana internamente.
“Os direitos humanos são históricos, o que quer dizer que mudam através do tempo, res-
pondendo as necessidades e circunstâncias específicas de cada momento”. Atualmente, o
documento internacional que se tem por base hoje, quando se fala “em direitos humanos, foi
formulado no contexto pós Segunda Guerra e adotado pela Organização das Nações Unidas
(ONU) em 1948. Trata-se da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH)”6.

5
https://www.unicef.org/brazil/o-que-sao-direitos-humanos
6
http://www.pm.ba.gov.br/images/CPM_Alagoinhas/direitoshumanos.pdf

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Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado
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Ah, e não podemos deixar de mencionar que os Direitos Humanos não precisam ser es-
critos/expressos nas Constituições, levando em consideração que eles são reconhecidos em
virtude dos valores interligados ao respeito à dignidade da pessoa humana.

Breve Histórico sobre os Direitos Humanos


“O direito internacional dos direitos humanos teve um considerável desenvolvimento após
a II Guerra Mundial e a adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos”.

Nesse período, a Convenção Americana de Direitos Humanos - o Pacto de San José da Costa Rica
- com entrada em vigor em 1978, foi o instrumento que lançou as bases do Sistema de Proteção
de Direitos Humanos na região, protegendo um leque amplo de direitos, mais extenso do que em
relação à maioria dos outros instrumentos7.

Momentos Históricos/Gerações dos Direitos Humanos


• Primeira Geração: Liberdade
− Revoluções Liberais do Séc. XVIII
• Segunda Geração: Igualdade
− Constituição do México (1917);
− Revolução Russa (1918);
− Constituição
− de Weimar (1919).
• Terceira Geração: Fraternidade
− Pós Segunda Guerra Mundial.

Características dos Direitos Humanos


Os direitos humanos possuem algumas características importantes. Dentre elas, citamos
as seguintes:
7
(https://www.stj.jus.br/publicacaoinstitucional/index.php/API/article/view/3512/3634. JOSÉ GREGORI Secretário de
Estado dos Direitos Humanos do Ministério da Justiça)

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Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado
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• Historicidade: frutos de momentos históricos, ao longo do tempo.


• Universalidade: inerente a toda pessoa, sem nenhum tipo de distinção.
• Relatividade: podem sofrer limitação, relativização quando confrontados com outros di-
reitos humanos.
− Exceção: Vedação à tortura e a à escravidão
• Essencialidade: essencial à dignidade da pessoa humana
• Irrenunciabilidade: são irrenunciáveis em virtude da natureza da pessoa humana
• Imprescritibilidade: não se extinguem com o decurso do tempo
• Inviolabilidade: insuscetíveis de violação, seja por atos de leis ou por atos de autorida-
des públicas em geral.

Direitos Humanos e Reponsabilidade do Estado


A responsabilidade internacional do Estado é o instituto jurídico que visa responsabilizar uma po-
tência soberana pela prática de um ato atentatório (ilícito) ao direito internacional perpetrado contra
os direitos ou a dignidade de outro Estado, prevendo certa reparação a este último pelos prejuízos e
gravames que injustamente sofreu (Valério de Oliveira Mazzuoli).

Para Mazzuoli, a responsabilidade internacional do Estado possui duas finalidades:

Quando falamos em responsabilidade, estamos lidando com eventuais responsabiliza-


ções, de cunho moral/material, em razão de descumprimentos/inobservância de direitos das
pessoas, uma vez que todo aquele que por ação ou omissão causar dano a alguém, tem a
obrigação de reparar esse dano, nos termos da legislação vigente.
No caso do Estado não seria diferente. Ou melhor: a questão da responsabilização é mais
latente, uma vez que o Estado tem a obrigação de primar e garantir a efetividade dos direi-
tos humanos.
Quando falamos sobre responsabilidade do Estado por descumprimento dos direitos hu-
manos, é preciso ter em mente que essa responsabilidade se estende a todas as esferas do
poder (executivo, legislativo e judiciário) e a todos os entes públicos (União, Estados/DF e Mu-

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nicípios). E para chegarmos à conclusão sobre essa possível responsabilização, fazemos as


seguintes perguntas:
• O ato ou omissão é passível de responsabilização?
• Causou danos aos direitos humanos da pessoa?
• Há nexo de causalidade entre a conduta e o dano?

“Além disso, observa-se também se o dano causado é ilícito ou escusável e se viola dois
princípios basilares, como o Princípio da Prevenção – princípio consolidado do Direito Inter-
nacional, que se refere ao conhecimento do risco e da escolha de assumir causar o dano - e o
Princípio da Precaução – princípio que ainda está em consolidação, mas se refere a suspeita
fundada de risco, em que se solicita que o Estado busque conhecer dos riscos de sua atuação
sob pena de responsabilização”8.
“A responsabilidade internacional do Estado é o instituto jurídico que visa responsabilizar
uma potência soberana pela prática de um ato atentatório (ilícito) ao direito internacional per-
petrado contra os direitos ou a dignidade de outro Estado, prevendo certa reparação a este
último pelos prejuízos e gravames que injustamente sofreu” (Valério de Oliveira Mazzuoli).
A própria Constituição Federal, ou seja, em âmbito interno, prevê em seu artigo 37 os prin-
cípios que a Administração Pública deve seguir: é nosso famoso LIMPE!

Art. 37 § 6º CF As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de ser-


viços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Isso quer que o Estado deve observar os princípios da


• LEGALIDADE,
• IMPESSOALIDADE,
• MORALIDADE,
• PUBLICIDADE E
• EFICIÊNCIA.

A violação a esses princípios pode ensejar responsabilização do Estado. E no caso em es-


tudo, temos a legalidade como pontapé inicial para verificação de eventuais atos arbitrários e
contrários à lei, capazes de serem penalizados em caso de violação.

Jurisprudência sobre o Assunto


Imprescritibilidade e responsabilidade do Estado

JURISPRUDÊNCIA

8
https://jus.com.br/artigos/53716/responsabilizacao-dos-estados-frente-a-violacao-dos-direitos-humanos

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Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL.


INDENIZAÇÃO CONTRA O ESTADO. DANO MORAL. REGIME MILITAR. TORTURA. DEBATE
SOBRE A PRESCRIÇÃO. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA À
CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO. INOCORRÊNCIA. (...) “ADMINISTRATIVO. RES-
PONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. REGIME MILI-
TAR. TORTURA. IMPRESCRITIBILIDADE. INAPLICABILIDADE DO ART. 1º DO DECRETO
20.910/1932. 1. As ações indenizatórias por danos morais decorrentes de atos de tortura
ocorridos durante o Regime Militar de exceção são imprescritíveis. Inaplicabilidade do
prazo prescricional do art. 1º do Decreto 20.910/1932. Precedentes do STJ. 2. O Brasil é
signatário do Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos das Nações Unidas
– incorporado ao ordenamento jurídico pelo Decreto-Legislativo 226/1991, promulgado
pelo Decreto 592/1992 –, que traz a garantia de que ninguém será submetido a tortura,
nem a pena ou a tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes, e prevê a proteção judi-
cial para os casos de violação de direitos humanos. 3. A Constituição da República não
estipulou lapso prescricional à faculdade de agir, correspondente ao direito inalienável
à dignidade. 4. Agravo Regimental não provido.” 4. Agravo regimental DESPROVIDO. (RE
715268 AgR, Relator(a): LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 06/05/2014, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-098 DIVULG 22-05-2014 PUBLIC 23-05-2014)

Responsabilidade do Estado por violação a direitos humanos em matéria ambiental:

JURISPRUDÊNCIA
EMENTA: (...) 2. Deveras, a Carta Magna dispõe que “todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade
de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-
-lo para as presentes e futuras gerações” (CF/88, art. 225, caput), incumbindo ao Poder
Público “proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem
em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os ani-
mais a crueldade” (CF/88, art. 225, § 1º, VII). 3. (...) 4. A competência da Justiça Federal
aplica-se aos crimes ambientais que também se enquadrem nas hipóteses previstas na
Constituição, a saber: (a) a conduta atentar contra bens, serviços ou interesses diretos e
específicos da União ou de suas entidades autárquicas; (b) os delitos, previstos tanto no
direito interno quanto em tratado ou convenção internacional, tiverem iniciada a execu-
ção no país, mas o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro - ou na hipó-
tese inversa; (c) tiverem sido cometidos a bordo de navios ou aeronaves; (d) houver grave
violação de direitos humanos; ou ainda (e) guardarem conexão ou continência com outro
crime de competência federal; ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça
Eleitoral, conforme previsão expressa da Constituição. 5. As violações ambientais mais

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graves recentemente testemunhadas no plano internacional e no Brasil, repercutem de


modo devastador na esfera dos direitos humanos e fundamentais de comunidades intei-
ras. E as graves infrações ambientais podem constituir, a um só tempo, graves violações
de direitos humanos, máxime se considerarmos que o núcleo material elementar da dig-
nidade humana “é composto do mínimo existencial, locução que identifica o conjunto de
bens e utilidades básicas para a subsistência física e indispensável ao desfrute da própria
liberdade. Aquém daquele patamar, ainda quando haja sobrevivência, não há dignidade”.
6. A Ecologia, em suas várias vertentes, reconhece como diretriz principal a urgência no
enfrentamento de problemas ambientais reais, que já logram pôr em perigo a própria vida
na Terra, no paradigma da sociedade de risco. É que a crise ambiental traduz especial
dramaticidade nos problemas que suscita, porquanto ameaçam a viabilidade do ‘conti-
nuum das espécies’. Já, a interdependência das matrizes que unem as diferentes formas
de vida, aliada à constatação de que a alteração de apenas um dos fatores nelas pre-
sentes pode produzir consequências significativas em todo o conjunto, reclamam uma
linha de coordenação de políticas, segundo a lógica da responsabilidade compartilhada,
expressa em regulação internacional centrada no multilateralismo. 7. (a) Os compromis-
sos assumidos pelo Estado Brasileiro, perante a comunidade internacional, de proteção
da fauna silvestre, de animais em extinção, de espécimes raras e da biodiversidade, reve-
laram a existência de interesse direto da União no caso de condutas que, a par de produzi-
rem violação a estes bens jurídicos, ostentam a característica da transnacionalidade. (b)
Deveras, o Estado Brasileiro é signatário de Convenções e acordos internacionais como
a Convenção para a Proteção da Flora, da Fauna e das Belezas Cênicas Naturais dos
Países da América (ratificada pelo Decreto Legislativo n. 3, de 1948, em vigor no Brasil
desde 26 de novembro de 1965, promulgado pelo Decreto n. 58.054, de 23 de março de
1966); a Convenção de Washington sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora
e da Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES ratificada pelo Decreto-Lei n. 54/75
e promulgado pelo Decreto n. 76.623, de novembro de 1975) e a Convenção sobre Diver-
sidade Biológica CDB (ratificada pelo Brasil por meio do Decreto Legislativo n. 2, de 8 de
fevereiro de 1994), o que destaca o seu inequívoco interesse na proteção e conservação
da biodiversidade e recursos biológicos nacionais. (c) A República Federativa do Brasil,
ao firmar a Convenção para a Proteção da Flora, da Fauna e das Belezas Cênicas Natu-
rais dos Países da América, em vigor no Brasil desde 1965, assumiu, dentre outros com-
promissos, o de “tomar as medidas necessárias para a superintendência e regulamenta-
ção das importações, exportações e trânsito de espécies protegidas de flora e fauna, e
de seus produtos, pelos seguintes meios: a) concessão de certificados que autorizem a
exportação ou trânsito de espécies protegidas de flora e fauna ou de seus produtos”. (d)
Outrossim, o Estado Brasileiro ratificou sua adesão ao Princípio da Precaução, ao assinar
a Declaração do Rio, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e

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Desenvolvimento (RIO 92) e a Carta da Terra, no “Fórum Rio+5”; com fulcro neste princípio
fundamental de direito internacional ambiental, os povos devem estabelecer mecanis-
mos de combate preventivos às ações que ameaçam a utilização sustentável dos ecos-
sistemas, biodiversidade e florestas, fenômeno jurídico que, a toda evidência, implica
interesse direto da União quando a conduta revele repercussão no plano internacional.
8. A ratio essendi das normas consagradas no direito interno e no direito convencional
conduz à conclusão de que a transnacionalidade do crime ambiental, voltado à exporta-
ção de animais silvestres, atinge interesse direto, específico e imediato da União, voltado
à garantia da segurança ambiental no plano internacional, em atuação conjunta com a
Comunidade das Nações. 9. (a) Atrai a competência da Justiça Federal a natureza trans-
nacional do delito ambiental de exportação de animais silvestres, nos termos do art. 109,
IV, da CF/88; (b) In casu, cuida-se de envio clandestino de animais silvestres ao exterior, a
implicar interesse direto da União no controle de entrada e saída de animais do território
nacional, bem como na observância dos compromissos do Estado brasileiro perante a
Comunidade Internacional, para a garantia conjunta de concretização do que estabele-
cido nos acordos internacionais de proteção do direito fundamental à segurança ambien-
tal. 10. Recurso extraordinário a que se dá provimento, com a fixação da seguinte tese:
“Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime ambiental de caráter transnacional
que envolva animais silvestres, ameaçados de extinção e espécimes exóticas ou protegi-
das por Tratados e Convenções internacionais”.
(RE 835558, Relator(a): LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 09/02/2017, ACÓRDÃO ELE-
TRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-174 DIVULG 07-08-2017 PUBLIC 08-08-
2017)

Responsabilidade do Estado por violação aos direitos humanos em matéria penal

JURISPRUDÊNCIA
1. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental. Constitucional. Processo
Penal. Direito à não autoincriminação. Direito ao tempo necessário à preparação da
defesa. Direito à liberdade de locomoção. Direito à presunção de não culpabilidade. 2.
Agravo Regimental contra decisão liminar. Apresentação da decisão, de imediato, para
referendo pelo Tribunal. Cognição completa da causa com a inclusão em pauta. Agravo
prejudicado. 3. Cabimento da ADPF. Objeto: ato normativo pré-constitucional e conjunto
de decisões judiciais. Princípio da subsidiariedade (art. 4º, §1º, da Lei n. 9.882/99): ausên-
cia de instrumento de controle objetivo de constitucionalidade apto a tutelar a situação.
Alegação de falta de documento indispensável à propositura da ação, tendo em vista que
a petição inicial não se fez acompanhar de cópia do dispositivo impugnado do Código
de Processo Penal. Art. 3º, parágrafo único, da Lei 9.882/99. Precedentes desta Corte

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no sentido de dispensar a prova do direito, quando “transcrito literalmente o texto legal


impugnado” e não houver dúvida relevante quanto ao seu teor ou vigência – ADI 1.991,
Rel. Min. Eros Grau, julgada em 3.11.2004. A lei da ADPF deve ser lida em conjunto com
o art. 376 do CPC, que confere ao alegante o ônus de provar o direito municipal, estadual,
estrangeiro ou consuetudinário, se o juiz determinar. Contrario sensu, se impugnada lei
federal, a prova do direito é desnecessária. Preliminar rejeitada. Ação conhecida. 4. Pre-
sunção de não culpabilidade. A condução coercitiva representa restrição temporária da
liberdade de locomoção mediante condução sob custódia por forças policiais, em vias
públicas, não sendo tratamento normalmente aplicado a pessoas inocentes. Violação.
5. Dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF/88). O indivíduo deve ser reconhecido
como um membro da sociedade dotado de valor intrínseco, em condições de igualdade
e com direitos iguais. Tornar o ser humano mero objeto no Estado, consequentemente,
contraria a dignidade humana (NETO, João Costa. Dignidade Humana: São Paulo, Saraiva,
2014. p. 84). Na condução coercitiva, resta evidente que o investigado é conduzido para
demonstrar sua submissão à força, o que desrespeita a dignidade da pessoa humana.
6. Liberdade de locomoção. A condução coercitiva representa uma supressão absoluta,
ainda que temporária, da liberdade de locomoção. Há uma clara interferência na liber-
dade de locomoção, ainda que por período breve. 7. Potencial violação ao direito à não
autoincriminação, na modalidade direito ao silêncio. Direito consistente na prerrogativa
do implicado a recursar-se a depor em investigações ou ações penais contra si movimen-
tadas, sem que o silêncio seja interpretado como admissão de responsabilidade. Art. 5º,
LXIII, combinado com os arts. 1º, III; 5º, LIV, LV e LVII. O direito ao silêncio e o direito a ser
advertido quanto ao seu exercício são previstos na legislação e aplicáveis à ação penal e
ao interrogatório policial, tanto ao indivíduo preso quanto ao solto – art. 6º, V, e art. 186
do CPP. O conduzido é assistido pelo direito ao silêncio e pelo direito à respectiva adver-
tência. Também é assistido pelo direito a fazer-se aconselhar por seu advogado. 8. Poten-
cial violação à presunção de não culpabilidade. Aspecto relevante ao caso é a vedação
de tratar pessoas não condenadas como culpadas – art. 5º, LVII. A restrição temporária
da liberdade e a condução sob custódia por forças policiais em vias públicas não são tra-
tamentos que normalmente possam ser aplicados a pessoas inocentes. O investigado é
claramente tratado como culpado. 9. A legislação prevê o direito de ausência do investi-
gado ou acusado ao interrogatório. O direito de ausência, por sua vez, afasta a possibili-
dade de condução coercitiva. 10. Arguição julgada procedente, para declarar a incompa-
tibilidade com a Constituição Federal da condução coercitiva de investigados ou de réus
para interrogatório, tendo em vista que o imputado não é legalmente obrigado a partici-
par do ato, e pronunciar a não recepção da expressão “para o interrogatório”, constante
do art. 260 do CPP. (ADPF 444, Relator(a): GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em
14/06/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-107 DIVULG 21-05-2019 PUBLIC 22-05-2019)

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DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado
Patrícia Maciel

Nos termos da Constituição Federal, a segurança pública, dever do Estado, direito e respon-
sabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio (144 CF).
Nessa seara, o Estado, por meio dos órgãos que compõem a segurança pública, deve ga-
rantir a segurança das pessoas, assegurando a convivência dos homens em sociedade, garan-
tido o exercício da cidadania, e a efetividade dos direitos humanos.
Assim, tendo em vista que estamos focados no seu concurso da Polícia Militar, não po-
demos deixar de destacar o que prevê a Constituição Federal em seu parágrafo 5º artigo 144:

Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de
bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de
defesa civil.

Com base nessa premissa, temos que a Polícia Militar possui papel de grande relevância
quando da preservação da ordem pública, devendo primar pelas garantias inerentes à condi-
ção de pessoa humana.

Política Nacional de Direitos Humanos


Já que estamos tratando sobre direitos humanos, é importante que você pense de forma
panorâmica sobre o assunto, antes de tentar sair decorando o PNDH.
Estudamos os direitos humanos, e agora pensemos que há um plano/programa para que o
Estado materialize algumas garantias de alguma forma.
“A política nacional de direitos humanos do Brasil teve início com o retorno à democracia
do país, em 1985, após o período de ditadura militar” (Valério de Oliveira Mazzuoili).
Existem três versões do Programa Nacional de Direitos Humanos. Trata-se “apenas de pro-
postas para temas de debate nacional em matéria de direitos humanos, que não têm força
normativa”. (Valério de Oliveira Mazzuoili).
Nesse sentido, o professor Valério de Oliveira Mazzuoli nos traz esses programas:
1º Programa Nacional de Direitos Humanos, por meio do Decreto n.º 1.904, de 13 de maio
de 1996: objetivou a identificação dos principais obstáculos à promoção e defesa dos direi-
tos humanos no país; a execução, a curto, médio e longo prazos, de medidas de promoção e
defesa desses direitos; a implementação de atos e declarações internacionais, com a adesão
brasileira, relacionados com direitos humanos; a redução de condutas e atos de violência, into-
lerância e discriminação, com reflexos na diminuição das desigualdades sociais; a observân-
cia dos direitos e deveres previstos na Constituição, especialmente os dispostos em seu art.
5º; e a plena realização da cidadania.
2º Programa Nacional de Direitos Humanos, Decreto n.º 4.229, de 13 de maio de 2002,
revogando o Programa anterior. O 2º Programa visou, entre outros, promover a concepção de

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DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado
Patrícia Maciel

direitos humanos como um conjunto de direitos universais, indivisíveis e interdependentes, que


compreendem direitos civis, políticos, sociais, culturais e econômicos; identificar os principais
obstáculos à promoção e defesa dos diretos humanos no país e a proposição de ações gover-
namentais e não governamentais voltadas para a promoção e defesa desses direitos; difundir
o conceito de direitos humanos como elemento necessário e indispensável para a formulação,
execução e avaliação de políticas públicas; implementar os atos, declarações e tratados in-
ternacionais dos quais o Brasil é parte; reduzir as condutas e atos de violência, intolerância e
discriminação, com reflexos na diminuição das desigualdades sociais; e observar os direitos e
deveres previstos na Constituição, especialmente os inscritos em seu art. 5º.
3º Programa Nacional de Direitos Humanos — PNDH3 —, Decreto n.º 7.037, de 21 de de-
zembro de 2009.
Assim, o Programa Nacional de Direitos Humanos – PNDH 3 está estruturado em 06 (seis)
Eixos Orientadores:
1. Eixo Orientador I: Interação democrática entre Estado e sociedade civil;
2. Eixo Orientador II: Desenvolvimento e Direitos Humanos;
3. Eixo Orientador III: Universalizar direitos em um contexto de desigualdades;
4. Eixo Orientador IV: Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à
5. Violência;
6. Eixo Orientador V: Educação e Cultura em Direitos Humanos;
7. Eixo Orientador VI: Direito à Memória e à Verdade.
Após uma visão sobre os eixos, precisamos enxergar que há uma subdivisão desses eixos
em diretrizes.
Na verdade, então, o PNDH possui a seguinte estrutura:
PNDH:
• Eixos
− Diretrizes
◦ Objetivos estratégicos
◦ Ações programáticas

Analisando de forma ampla e panorâmica a divisão feita pelo PNDH, basta que
raciocinemos de modo lógico sobre os próprios eixos.
• I – Eixo Orientador I: Interação democrática entre Estado e sociedade civil: Pautado da
democratização.
− a) Diretriz 1: Interação democrática entre Estado e sociedade civil como instrumento
de fortalecimento da democracia participativa;
− b) Diretriz 2: Fortalecimento dos Direitos Humanos como instrumento transversal das
políticas públicas e de interação democrática; e

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DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado
Patrícia Maciel

− c) Diretriz 3: Integração e ampliação dos sistemas de informações em Direitos Huma-


nos e construção de mecanismos de avaliação e monitoramento de sua efetivação;

Uma das finalidades do PNDH-3 é dar continuidade à integração e ao aprimoramento dos


mecanismos de participação existentes, bem como criar novos meios de construção e moni-
toramento das políticas públicas sobre Direitos Humanos no Brasil.
No âmbito institucional o PNDH-3, amplia as conquistas na área dos direitos e garantias
fundamentais, pois internaliza a diretriz segundo a qual a primazia dos Direitos Humanos cons-
titui princípio transversal a ser considerado em todas as políticas públicas.
O Poder Executivo tem papel protagonista na coordenação e implementação do PNDH-3,
mas faz-se necessária a definição de responsabilidades compartilhadas entre a União, Esta-
dos, Municípios e do Distrito Federal na execução de políticas públicas, tanto quanto a criação
de espaços de participação e controle social nos Poderes Judiciário e Legislativo, no Minis-
tério Público e nas Defensorias, em ambiente de respeito, proteção e efetivação dos Direitos
Humanos. O conjunto dos órgãos do Estado – não apenas no âmbito do Executivo Federal –
deve estar comprometido com a implementação e monitoramento do PNDH-3.
Importante!!!! A responsabilidade é compartilhada entre a União, Estados, Municípios e do
Distrito Federal na execução de políticas públicas; e não somente da União!
• II – Eixo Orientador II: Desenvolvimento e Direitos Humanos:
− a) Diretriz 4: Efetivação de modelo de desenvolvimento sustentável, com inclusão
social e econômica, ambientalmente equilibrado e tecnologicamente responsável,
cultural e regionalmente diverso, participativo e não discriminatório;
− b) Diretriz 5: Valorização da pessoa humana como sujeito central do processo de
desenvolvimento; e
− c) Diretriz 6: Promover e proteger os direitos ambientais como Direitos Humanos, in-
cluindo as gerações futuras como sujeitos de direitos;

São essenciais para o desenvolvimento as liberdades e os direitos básicos como alimenta-


ção, saúde e educação. As privações das liberdades não são apenas resultantes da escassez
de recursos, mas sim das desigualdades inerentes aos mecanismos de distribuição, da ausên-
cia de serviços públicos e de assistência do Estado para a expansão das escolhas individuais.
Este conceito de desenvolvimento reconhece seu caráter pluralista e a tese de que a expansão
das liberdades não representa somente um fim, mas também o meio para seu alcance. Em
consequência, a sociedade deve pactuar as políticas sociais e os direitos coletivos de acesso
e uso dos recursos. A partir daí, a medição de um índice de desenvolvimento humano veio
substituir a medição de aumento do PIB, uma vez que o Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) combina a riqueza per capita indicada pelo PIB aos aspectos de educação e expectativa
de vida, permitindo, pela primeira vez, uma avaliação de aspectos sociais não mensurados pe-
los padrões econométricos.

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DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado
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O PNDH-3 propõe instrumentos de avanço e reforça propostas para políticas públicas de


redução das desigualdades sociais concretizadas por meio de ações de transferência de ren-
da, incentivo à economia solidária e ao cooperativismo, à expansão da reforma agrária, ao
fomento da aquicultura, da pesca e do extrativismo e da promoção do turismo sustentável.
O PNDH-3 inova ao incorporar o meio ambiente saudável e as cidades sustentáveis como
Direitos Humanos, propõe a inclusão do item “direitos ambientais” nos relatórios de monitora-
mento sobre Direitos Humanos e do item “Direitos Humanos” nos relatórios ambientais, assim
como fomenta pesquisas de tecnologias socialmente inclusivas.
• III – Eixo Orientador III: Universalizar direitos em um contexto de desigualdades:
− a) Diretriz 7: Garantia dos Direitos Humanos de forma universal, indivisível e interde-
pendente, assegurando a cidadania plena;
− b) Diretriz 8: Promoção dos direitos de crianças e adolescentes para o seu desenvol-
vimento integral, de forma não discriminatória, assegurando seu direito de opinião e
participação;
− c) Diretriz 9: Combate às desigualdades estruturais; e
− d) Diretriz 10: Garantia da igualdade na diversidade;

Os objetivos estratégicos direcionados à promoção da cidadania plena preco-


nizam a universalidade, indivisibilidade e interdependência dos Direitos Humanos, condições
para sua efetivação integral e igualitária. O acesso aos direitos de registro civil, alimentação
adequada, terra e moradia, trabalho decente, educação, participação política, cultura, lazer, es-
porte e saúde, deve considerar a pessoa humana em suas múltiplas dimensões de ator social
e sujeito de cidadania.
• IV – Eixo Orientador IV: Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência:
− a) Diretriz 11: Democratização e modernização do sistema de segurança pública;
− b) Diretriz 12: Transparência e participação popular no sistema de segurança pública
e justiça criminal;
− c) Diretriz 13: Prevenção da violência e da criminalidade e profissionalização da inves-
tigação de atos criminosos;
− d) Diretriz 14: Combate à violência institucional, com ênfase na erradicação da tortura
e na redução da letalidade policial e carcerária;
− e) Diretriz 15: Garantia dos direitos das vítimas de crimes e de proteção das pessoas
ameaçadas;
− f) Diretriz 16: Modernização da política de execução penal, priorizando a aplicação de
penas e medidas alternativas à privação de liberdade e melhoria do sistema peniten-
ciário; e
− g) Diretriz 17: Promoção de sistema de justiça mais acessível, ágil e efetivo, para o
conhecimento, a garantia e a defesa de direitos;

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DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado
Patrícia Maciel

A proposição do Sistema Único de Segurança Pública, a modernização de parte das nos-


sas estruturas policiais e a aprovação de novos regimentos e leis orgânicas das polícias, a
consciência crescente de que políticas de segurança pública são realidades mais amplas e
complexas do que as iniciativas possíveis às chamadas “forças da segurança”, o surgimento
de nova geração de policiais, disposta a repensar práticas e dogmas e, sobretudo, a cobrança
da opinião pública e a maior fiscalização sobre o Estado, resultante do processo de demo-
cratização, têm tornado possível a construção de agenda de reformas na área. As propostas
elencadas neste eixo orientador do PNDH-3 articulam-se com tal processo histórico de trans-
formação e exigem muito mais do que já foi alcançado. Para tanto, parte-se do pressuposto
de que a realidade brasileira segue sendo gravemente marcada pela violência e por severos
impasses estruturais na área da segurança pública.
Em linhas gerais, o PNDH-3 aponta para a necessidade de ampla reforma no modelo de
polícia e propõe o aprofundamento do debate sobre a implantação do ciclo completo de po-
liciamento às corporações estaduais. Prioriza transparência e participação popular, instando
ao aperfeiçoamento das estatísticas e à publicação de dados, assim como à reformulação do
Conselho Nacional de Segurança Pública. Contempla a prevenção da violência e da criminali-
dade como diretriz, ampliando o controle sobre armas de fogo e indicando a necessidade de
profissionalização da investigação criminal.
• V – Eixo Orientador V: Educação e Cultura em Direitos Humanos:
− a) Diretriz 18: Efetivação das diretrizes e dos princípios da política nacional de educa-
ção em Direitos Humanos para fortalecer uma cultura de direitos;
− b) Diretriz 19: Fortalecimento dos princípios da democracia e dos Direitos Humanos
nos sistemas de educação básica, nas instituições de ensino superior e nas institui-
ções formadoras;
− c) Diretriz 20: Reconhecimento da educação não formal como espaço de defesa e
promoção dos Direitos Humanos;
− d) Diretriz 21: Promoção da Educação em Direitos Humanos no serviço público; e
− e) Diretriz 22: Garantia do direito à comunicação democrática e ao acesso à informa-
ção para consolidação de uma cultura em Direitos Humanos;

A educação e a cultura em Direitos Humanos visam à formação de nova mentalidade co-


letiva para o exercício da solidariedade, do respeito às diversidades e da tolerância. Como
processo sistemático e multidimensional que orienta a formação do sujeito de direitos, seu
objetivo é combater o preconceito, a discriminação e a violência, promovendo a adoção de
novos valores de liberdade, justiça e igualdade.
O PNDH-3 dialoga com o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH)
como referência para a política nacional de Educação e Cultura em Direitos Humanos, estabe-
lecendo os alicerces a serem adotados nos âmbitos nacional, estadual, distrital e municipal.

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DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado
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O PNEDH, refletido neste programa, se desdobra em cinco grandes áreas:


Na educação básica, a ênfase do PNDH-3 é possibilitar, desde a infância, a formação de
sujeitos de direito, priorizando as populações historicamente vulnerabilizadas. A troca de ex-
periências entre crianças de diferentes raças e etnias, imigrantes, com deficiência física ou
mental, fortalece, desde cedo, sentimento de convivência pacífica. Conhecer o diferente, desde
a mais tenra idade, é perder o medo do desconhecido, formar opinião respeitosa e combater o
preconceito, às vezes arraigado na própria família.
No PNDH-3, essa concepção se traduz em propostas de mudanças curriculares, incluindo
a educação transversal e permanente nos temas ligados aos Direitos Humanos e, mais es-
pecificamente, o estudo da temática de gênero e orientação sexual, das culturas indígena e
afro-brasileira entre as disciplinas do ensino fundamental e médio.
No ensino superior, as metas previstas visam a incluir os Direitos Humanos, por meio de
diferentes modalidades como disciplinas, linhas de pesquisa, áreas de concentração, transver-
salização incluída nos projetos acadêmicos dos diferentes cursos de graduação e pós-gradu-
ação, bem como em programas e projetos de extensão.
A educação não formal em Direitos Humanos é orientada pelos princípios da emancipação
e da autonomia, configurando-se como processo de sensibilização e formação da consciência
crítica. Desta forma, o PNDH-3 propõe inclusão da temática de Educação em Direitos Huma-
nos nos programas de capacitação de lideranças comunitárias e nos programas de qualifi-
cação profissional, alfabetização de jovens e adultos, entre outros. Volta-se, especialmente,
para o estabelecimento de diálogo e parcerias permanentes como o vasto leque brasileiro de
movimentos populares, sindicatos, igrejas, ONGs, clubes, entidades empresariais e toda sorte
de agrupamentos da sociedade civil que desenvolvem atividades formativas em seu cotidiano.
A formação e a educação continuada em Direitos Humanos, com recortes de gênero, rela-
ções étnico-raciais e de orientação sexual, em todo o serviço público, especialmente entre os
agentes do sistema de Justiça de segurança pública, são fundamentais para consolidar o Esta-
do Democrático e a proteção do direito à vida e à dignidade, garantindo tratamento igual a todas
as pessoas e o funcionamento de sistemas de Justiça que promovam os Direitos Humanos.
Por fim, aborda-se o papel estratégico dos meios de comunicação de massa, no sentido
de construir ou desconstruir ambiente nacional e cultura social de respeito e proteção aos Di-
reitos Humanos. Daí a importância primordial de introduzir mudanças que assegurem ampla
democratização desses meios, bem como de atuar permanentemente junto a todos os pro-
fissionais e empresas do setor (seminários, debates, reportagens, pesquisas e conferências),
buscando sensibilizar e conquistar seu compromisso ético com a afirmação histórica dos Di-
reitos Humanos.
• VI – Eixo Orientador VI: Direito à Memória e à Verdade:
− a) Diretriz 23: Reconhecimento da memória e da verdade como Direito Humano da
cidadania e dever do Estado;

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DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado
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− b) Diretriz 24: Preservação da memória histórica e construção pública da verdade; e


− c) Diretriz 25: Modernização da legislação relacionada com promoção do direito à
memória e à verdade, fortalecendo a democracia.

A investigação do passado é fundamental para a construção da cidadania. Estudar o pas-


sado, resgatar sua verdade e trazer à tona seus acontecimentos caracterizam forma de trans-
missão de experiência histórica, que é essencial para a constituição da memória individual
e coletiva.
O Brasil ainda processa com dificuldades o resgate da memória e da verdade sobre o que
ocorreu com as vítimas atingidas pela repressão política durante o regime de 1964. A impos-
sibilidade de acesso a todas as informações oficiais impede que familiares de mortos e de-
saparecidos possam conhecer os fatos relacionados aos crimes praticados e não permite à
sociedade elaborar seus próprios conceitos sobre aquele período.
Em 24 de agosto de 2001, foi criada, pela Medida Provisória no 2151-3, a Comissão de
Anistia do Ministério da Justiça. Esse marco legal foi reeditado pela Medida Provisória no
65, de 28 de agosto de 2002, e finalmente convertido na Lei no 10.559, de 13 de novembro de
2002. Essa norma regulamentou o art. 8º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
(ADCT) da Constituição de 1988, que previa a concessão de anistia aos que foram perseguidos
em decorrência de sua oposição política. Em dezembro de 2005, o Governo Federal determi-
nou que os três arquivos da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) fossem entregues ao
Arquivo Nacional, subordinado à Casa Civil, onde passaram a ser organizados e digitalizados.

 Obs.: A implementação do PNDH-3, além dos responsáveis nele indicados, envolve parce-
rias com outros órgãos federais relacionados com os temas tratados nos eixos orien-
tadores e suas diretrizes. Para efetivação de eixo e diretriz, há objetivos e responsá-
veis por tais implementações.

Após essas breves considerações, importante ainda que se faça leitura da ínte-
gra do PNDH-3 de modo a consolidar o aprendizado.

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DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (2018/FGV/PREFEITURA DE BOA VISTA - RR/PROFESSOR DE PEDAGOGIA) “Nas comu-
nidades tradicionais de pescadores, percebeu-se um distanciamento da prática escolar da
realidade local, bem como a ausência de material didático-pedagógico que contribua com a
formação escolar e com a formação da pesca aprendida ainda na infância por meio da convi-
vência com os pescadores e as pescadoras mais velhos/as. Alicerçado na referida discussão
e cenário de estudo, percebeu-se que um material didático, abrangendo os conhecimentos
ecológicos locais, possibilitaria aproximar, de certa forma, a vivência local dos pescadores
artesanais, seja com o mangue ou com o mar, no ensino de Ciências, Biologia, Geografia e
outras disciplinas do currículo escolar.” (VIEIRA, N. C. e NEVES, J. V. “Da pesca à escola: uma
experiência de construção coletiva de saberes em comunidades tradicionais pesqueiras na
Amazônia paraense”)
Sobre a situação narrada na pesquisa acima, o Programa Nacional de Direitos Humanos:
a) não se manifesta;
b) considera a importância de valorizar o currículo mínimo nesses espaços;
c) considera a importância dos programas educacionais se adequarem à cultura e identi-
dade locais;
d) estabelece a necessidade de os estudantes dessas localidades serem transferidos para
centros urbanos;
e) considera que as especificidades locais não devem interferir no programa educacional

O decreto n. 7.037 dispõe: V - Eixo Orientador V: Educação e Cultura em Direitos Humanos:


a) Diretriz 18: Efetivação das diretrizes e dos princípios da política nacional de educação em
Direitos Humanos para fortalecer uma cultura de direitos;
b) Diretriz 19: Fortalecimento dos princípios da democracia e dos Direitos Humanos nos sis-
temas de educação básica, nas instituições de ensino superior e nas instituições formadoras;
c) Diretriz 20: Reconhecimento da educação não formal como espaço de defesa e promoção
dos Direitos Humanos;
d) Diretriz 21: Promoção da Educação em Direitos Humanos no serviço público; e
e) Diretriz 22: Garantia do direito à comunicação democrática e ao acesso à informação para
consolidação de uma cultura em Direitos Humanos; e
Reconhecimento da educação não formal como espaço de defesa e promoção dos Direi-
tos Humanos;
Letra c.

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DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado
Patrícia Maciel

002. (2018/FGV/PREFEITURA DE BOA VISTA - RR/PROFESSOR DE PEDAGOGIA) “Os professo-


res da Escola Municipal Hortência estão trabalhando no planejamento do próximo ano letivo. A
equipe de direção da escola os lembrou de considerar as estratégias propostas pelo Programa
Nacional de Direitos Humanos que se referem à educação escolar.”
Analise abaixo algumas das ideias dos professores.
I – projeto interdisciplinar sobre as tribos indígenas da Amazônia;
II – jogos esportivos coletivos;
III – aulas de informática para a comunidade.

A(s) ideia(s) que contemplaria(m) o documento citado é(são):


a) somente I;
b) somente I e II;
c) somente I e III;
d) somente II e III;
e) I, II e III.

É de suma importância que o examinando se atente à essência das diretrizes constan-


tes do PNDH.
V – Eixo Orientador V: Educação e Cultura em Direitos Humanos:
a) Diretriz 18: Efetivação das diretrizes e dos princípios da política nacional de educação em
Direitos Humanos para fortalecer uma cultura de direitos;
b) Diretriz 19: Fortalecimento dos princípios da democracia e dos Direitos Humanos nos sis-
temas de educação básica, nas instituições de ensino superior e nas instituições formadoras;
c) Diretriz 20: Reconhecimento da educação não formal como espaço de defesa e promoção
dos Direitos Humanos;
d) Diretriz 21: Promoção da Educação em Direitos Humanos no serviço público; e
e) Diretriz 22: Garantia do direito à comunicação democrática e ao acesso à informação para
consolidação de uma cultura em Direitos Humanos; e
Letra e.

003. (2015/FGV/TJ-RO/PSICÓLOGO) De forma controversa, o Depoimento sem Dano ou De-


poimento Especial tem sido justificado pelo art. 12 da Convenção Internacional dos Direitos
da Criança e do Adolescente, que preconiza o direito de a criança expressar suas opiniões
livremente sobre todos os assuntos relacionados a ela e ser ouvida em todo processo judicial
ou administrativo que a afete. Por sua vez, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente (CONANDA), na Resolução n. 169/2014, estabelece que o atendimento não pode
agravar o sofrimento psíquico de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de crimes,

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DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado
Patrícia Maciel

devendo-se respeitar o tempo e o silêncio de quem é ouvido. Sobre esse assunto, é correto
afirmar que:
a) o direito de se expressar não é equivalente à obrigação de depor como vítima ou testemunha
de um crime;
b) o psicólogo é o profissional mais qualificado para a inquirição da criança vítima de violência;
c) o método tradicional de depoimento da criança em audiência oferece menos dano do que o
Depoimento Especial;
d) a subjetividade, de acordo com a psicologia e a psicanálise, não tem ligação com as leis e
as formas jurídicas;
e) a criança não deveria ser escutada em processos judiciais na medida em que a expõem a
situações perturbadoras

A questão aborda, na verdade, o , que trata sobre a Convenção do Direito das Crianças. 1. Os
Estados Partes assegurarão à criança que estiver capacitada a formular seus próprios juízos
o direito de expressar suas opiniões livremente sobre todos os assuntos relacionados com a
criança, levando-se devidamente em consideração essas opiniões, em função da idade e ma-
turidade da criança.
2. Com tal propósito, se proporcionará à criança, em particular, a oportunidade de ser ouvida
em todo processo judicial ou administrativo que afete a mesma, quer diretamente quer por
intermédio de um representante ou órgão apropriado, em conformidade com as regras proces-
suais da legislação nacional.
Letra.

004. (2018/FUMARC/PC-MG/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL) Sobre a Política Nacional de Direi-


tos Humanos do Brasil, é CORRETO afirmar:
a) A elaboração dos Programas Nacionais de Direitos Humanos decorreu de recomendação
feita na Conferência Mundial de Direitos Humanos de Viena (1993).
b) As diretrizes contidas no PNDH-2 e no PNDH-3 têm força normativa.
c) No Brasil, já foram aprovados três Programas Nacionais de Direitos Humanos, sendo: PNDH-
1, no governo Fernando Henrique Cardoso; PNDH-2, no governo Luiz Inácio Lula da Silva; PNDH-
3, no governo Dilma Rousseff.
d) O PNDH-3 carece de diretriz a respeito da profissionalização da investigação de atos
criminosos

Origem dos programas nacionais de direitos humanos: Declaração e Programa de Ação de


Conferência Mundial de Viena de 1993.
No Brasil, existem 3: 1996; 2002 e 2009.

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DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado
Patrícia Maciel

Letra a.

005. (2018/VUNESP/PC-SP/PAPILOSCOPISTA POLICIAL) É correto afirmar que os direitos hu-


manos fundamentais
a) visam estabelecer condições mínimas de vida e desenvolvimento da pessoa humana.
b) são aplicáveis tanto a pessoas naturais quanto a pessoas jurídicas.
c) têm por finalidade a proteção contra o arbítrio das empresas multinacionais.
d) surgiram após o nascimento da ideia do constitucionalismo.
e) consistem em instrumentos de legitimação do poder punitivo do próprio Estado e de suas
autoridades constituídas.

Direitos fundamentais são aqueles inerentes à proteção do Princípio da Dignidade da Pessoa


Humana, cujo objetivo precípuo é estabelecer condições mínimas à existência da pessoa hu-
mana, limitando os poderes arbitrários do Estado.
Letra a.

006. (2013/CESPE/CEBRASPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) Julgue os próximos


itens, relativos aos direitos humanos, à responsabilidade do Estado e à Política Nacional de
Direitos Humanos.
A Política Nacional de Direitos Humanos contempla medidas voltadas à proteção dos direitos
civis, tais como os projetos que tratam da parceria entre pessoas do mesmo sexo e da obriga-
toriedade de atendimento do aborto legal pela rede pública de saúde.

Decreto 7.177 (aprova o PNDH 3) Art. 1º A ação programática “g” do Objetivo Estratégico III
- Garantia dos direitos das mulheres para o estabelecimento das condições necessárias para
sua plena cidadania – da Diretriz 9: Combate às desigualdades estruturais, do Anexo do Decre-
to no 7.037, de 21 de dezembro de 2009, passa a vigorar com a seguinte redação: “g) Consi-
derar o aborto como tema de saúde pública, com a garantia do acesso aos serviços de saúde.
Certo.

007. (2019/FEPESE/SAP-SC/AGENTE PENITENCIÁRIO) O Programa Nacional de Direitos Hu-


manos – PNDH-3, aprovado pelo Decreto n. 7.037, de 21 de dezembro de 2009, é estruturado
em eixos orientadores que contêm suas respectivas diretrizes.
Nesse contexto normativo, estão incluídas no Eixo Orientador IV, que trata da Segurança Públi-
ca, Acesso à Justiça e Combate à Violência, as seguintes diretrizes:
a) Garantia dos Direitos Humanos de forma universal, indivisível e interdependente, asseguran-
do a cidadania plena; Promoção dos direitos de crianças e adolescentes para o seu desenvol-

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Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado
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vimento integral, de forma não discriminatória, assegurando seu direito de opinião e participa-
ção; Combate às desigualdades estruturais; Garantia da igualdade na diversidade.
b) Efetivação das diretrizes e dos princípios da política nacional de educação em Direitos Hu-
manos para fortalecer uma cultura de direitos; Fortalecimento dos princípios da democracia
e dos Direitos Humanos nos sistemas de educação básica, nas instituições de ensino supe-
rior e nas instituições formadoras; Reconhecimento da educação não formal como espaço de
defesa e promoção dos Direitos Humanos; Promoção da Educação em Direitos Humanos no
serviço público; Garantia do direito à comunicação democrática e ao acesso à informação para
consolidação de uma cultura em Direitos Humanos.
c) Interação democrática entre Estado e sociedade civil como instrumento de fortalecimento
da democracia participativa; Fortalecimento dos Direitos Humanos como instrumento trans-
versal das políticas públicas e de interação democrática; Integração e ampliação dos sistemas
de informações em Direitos Humanos e construção de mecanismos de avaliação e monitora-
mento de sua efetivação.
d) Democratização e modernização do sistema de segurança pública; Transparência e parti-
cipação popular no sistema de segurança pública e justiça criminal; Prevenção da violência e
da criminalidade e profissionalização da investigação de atos criminosos; Combate à violência
institucional, com ênfase na erradicação da tortura e na redução da letalidade policial e car-
cerária; Garantia dos direitos das vítimas de crimes e de proteção das pessoas ameaçadas;
Modernização da política de execução penal, priorizando a aplicação de penas e medidas al-
ternativas à privação de liberdade e melhoria do sistema penitenciário; Promoção de sistema
de justiça mais acessível, ágil e efetivo, para o conhecimento, a garantia e a defesa de direitos.
e) Efetivação de modelo de desenvolvimento sustentável, com inclusão social e econômica,
ambientalmente equilibrado e tecnologicamente responsável, cultural e regionalmente diverso,
participativo e não discriminatório; Valorização da pessoa humana como sujeito central do
processo de desenvolvimento; Promoção e proteção dos direitos ambientais como Direitos
Humanos, incluindo as gerações futuras como sujeitos de direitos.

PNDH 3: V - Eixo Orientador IV: Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência:
a) Diretriz 11: Democratização e modernização do sistema de segurança pública;
b) Diretriz 12: Transparência e participação popular no sistema de segurança pública e justi-
ça criminal;
c) Diretriz 13: Prevenção da violência e da criminalidade e profissionalização da investigação
de atos criminosos;
d) Diretriz 14: Combate à violência institucional, com ênfase na erradicação da tortura e na
redução da letalidade policial e carcerária;
e) Diretriz 15: Garantia dos direitos das vítimas de crimes e de proteção das pessoas ameaçadas;

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f) Diretriz 16: Modernização da política de execução penal, priorizando a aplicação de penas e


medidas alternativas à privação de liberdade e melhoria do sistema penitenciário; e
g) Diretriz 17: Promoção de sistema de justiça mais acessível, ágil e efetivo, para o conheci-
mento, a garantia e a defesa de direitos;
Letra d.

008. (2019/FADESP/PREFEITURA DE MARABÁ – PA) Com base na Política Nacional de Hu-


manização (PNH) pode-se caracterizar o acolhimento nos serviços de saúde. Logo, o “acolhi-
mento” tem definição CORRETA em qual alternativa.
a) Acolher é reconhecer o que o outro traz como legítima e singular necessidade de saúde para
comparecer e sustentar a relação entre equipes/serviços e usuários/populações.
b) É construído de forma individualizada sem levar em consideração as condições e processos
de trabalho.
c) É construído em relações de desconfiança, descompromisso e sem vínculos entre as equi-
pes/serviços, trabalhador/equipe e usuário com sua rede sócio-afetiva.
d) Não se caracteriza como um valor das práticas de saúde.
e) É uma atribuição específica dos profissionais do setor administrativo dos serviços prestados.

Para responder essa questão, o examinando tem que raciocinar sobre o aspecto de acolhimen-
to, que traduz exatamente o reconhecimento da necessidade de saúde do outro.
Letra a.

009. (2014/FEPESE/PREFEITURA DE VIDEIRA/ASSISTENTE SOCIAL) O Programa Nacional de


Direitos Humanos – PNDH-3, define os eixos orientadores, as diretrizes, os objetivos estratégi-
cos e as ações programáticas da política de Direitos Humanos no Brasil.
Dentre as ações programáticas destacam-se:
1) Erradicar o trabalho infantil, bem como todas as formas de violência e exploração sexual
de crianças e adolescentes nas cadeias produtivas, com base em códigos de conduta e
no Estatuto da Criança e do Adolescente.
2) Avançar na implantação da reforma agrária, como forma de inclusão social e acesso aos
direitos básicos, de forma articulada com as políticas de saúde, educação, meio ambien-
te e fomento à produção alimentar.
3) Fomentar o debate sobre a expansão de plantios de monoculturas que geram impacto no
meio ambiente e na cultura dos povos e comunidades tradicionais.
4) Fortalecer políticas públicas de apoio ao extrativismo e ao manejo florestal comunitário
ambientalmente sustentáveis.

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Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado
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5) Ampliar e fortalecer as políticas de desenvolvimento social e de combate à fome, visan-


do à inclusão e à promoção da cidadania, garantindo a segurança alimentar e nutricional,
renda mínima e assistência integral às famílias.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) É correta apenas a afirmativa 1.
b) É correta apenas a afirmativa 5.
c) São corretas apenas as afirmativas 1 e 4.
d) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 5.
e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3, 4 e 5.

Objetivo estratégico VI:


Erradicação do trabalho infantil em todo o território nacional.
Ações programáticas: a) Erradicar o trabalho infantil, por meio das ações intersetoriais no Go-
verno Federal, com ênfase no apoio às famílias e educação em tempo integral.
Objetivo estratégico I: Implementação de políticas públicas de desenvolvimento com inclusão
social. Ações programáticas: d)Avançar na implantação da reforma agrária, como forma de
inclusão social e acesso aos direitos básicos, de forma articulada com as políticas de saúde,
educação, meio ambiente e fomento à produção alimentar Responsável: Ministério do Desen-
volvimento Agrário; g)Fomentar o debate sobre a expansão de plantios de monoculturas que
geram impacto no meio ambiente e na cultura dos povos e comunidades tradicionais, tais
como eucalipto, cana-de-açúcar, soja, e sobre o manejo florestal, a grande pecuária, mineração,
turismo e pesca. Responsável: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da
República; f)Fortalecer políticas públicas de apoio ao extrativismo e ao manejo florestal comu-
nitário ambientalmente sustentáveis. Responsáveis: Ministério do Meio Ambiente; Ministério
do Desenvolvimento Agrário; Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; a)
Ampliar e fortalecer as políticas de desenvolvimento social e de combate à fome, visando a
inclusão e a promoção da cidadania, garantindo a segurança alimentar e nutricional, renda
mínima e assistência integral às famílias. Responsável: Ministério do Desenvolvimento Social
e Combate à Fome
Letra e.

010. (2019/FEPESE/SJC-SC/AGENTE PENITENCIÁRIO) O Programa Nacional de Direitos Hu-


manos – PNDH-3, aprovado pelo Decreto n. 7.037, de 21 de dezembro de 2009, é estruturado
em eixos orientadores que contêm suas respectivas diretrizes.
Nesse contexto normativo, estão incluídas no Eixo Orientador IV, que trata da Segurança Públi-
ca, Acesso à Justiça e Combate à Violência, as seguintes diretrizes:
a) Garantia dos Direitos Humanos de forma universal, indivisível e interdependente, asseguran-
do a cidadania plena; Promoção dos direitos de crianças e adolescentes para o seu desenvol-

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vimento integral, de forma não discriminatória, assegurando seu direito de opinião e participa-
ção; Combate às desigualdades estruturais; Garantia da igualdade na diversidade.
b) Efetivação das diretrizes e dos princípios da política nacional de educação em Direitos Hu-
manos para fortalecer uma cultura de direitos; Fortalecimento dos princípios da democracia
e dos Direitos Humanos nos sistemas de educação básica, nas instituições de ensino supe-
rior e nas instituições formadoras; Reconhecimento da educação não formal como espaço de
defesa e promoção dos Direitos Humanos; Promoção da Educação em Direitos Humanos no
serviço público; Garantia do direito à comunicação democrática e ao acesso à informação para
consolidação de uma cultura em Direitos Humanos.
c) Interação democrática entre Estado e sociedade civil como instrumento de fortalecimento
da democracia participativa; Fortalecimento dos Direitos Humanos como instrumento trans-
versal das políticas públicas e de interação democrática; Integração e ampliação dos sistemas
de informações em Direitos Humanos e construção de mecanismos de avaliação e monitora-
mento de sua efetivação.
d) Democratização e modernização do sistema de segurança pública; Transparência e parti-
cipação popular no sistema de segurança pública e justiça criminal; Prevenção da violência e
da criminalidade e profissionalização da investigação de atos criminosos; Combate à violência
institucional, com ênfase na erradicação da tortura e na redução da letalidade policial e car-
cerária; Garantia dos direitos das vítimas de crimes e de proteção das pessoas ameaçadas;
Modernização da política de execução penal, priorizando a aplicação de penas e medidas al-
ternativas à privação de liberdade e melhoria do sistema penitenciário; Promoção de sistema
de justiça mais acessível, ágil e efetivo, para o conhecimento, a garantia e a defesa de direitos.
e) Efetivação de modelo de desenvolvimento sustentável, com inclusão social e econômica,
ambientalmente equilibrado e tecnologicamente responsável, cultural e regionalmente diverso,
participativo e não discriminatório; Valorização da pessoa humana como sujeito central do
processo de desenvolvimento; Promoção e proteção dos direitos ambientais como Direitos
Humanos, incluindo as gerações futuras como sujeitos de direitos.

É necessária muita cautela para responder as questões que versam sobre PNDH, uma vez que
são compostas por eixos orientadores. A questão, por sua vez, exige conhecimento e interpre-
tação do Eixo Orientador IV, que trata sobre segurança pública, acesso à justiça e combate à
violência. Para o concurso em tela, é de suma importância que o candidato se atente aos eixos
inerentes a sua área, no caso, a de segurança pública.
Letra d.

011. (2019/MS CONCURSOS/PREFEITURA DE SONORA – MS/MS CONCURSOS/ASSISTEN-


TE SOCIAL) A terceira versão do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) trouxe

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Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado
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a continuidade ao processo histórico de consolidação das orientações, sendo marcado pela


indivisibilidade e interdependência de seus dispositivos, definindo 5 (cinco) eixos orientadores.
Com relação ao eixo III “Universalizar Direitos em um Contexto de Desigualdades”, compõem
como diretriz, exceto:
a) Garantia dos Direitos Humanos de forma universal, indivisível e interdependente, asseguran-
do a cidadania plena.
b) Promoção dos direitos de crianças e adolescentes para o seu desenvolvimento integral, de
forma não discriminatória, assegurando seu direito de opinião e participação.
c) Combate às desigualdades estruturais.
d) Promoção de sistema de justiça mais acessível, ágil e efetivo, para o conhecimento, a ga-
rantia e a defesa dos direitos.

III – Eixo Orientador III: Universalizar direitos em um contexto de desigualdades:


a) Diretriz 7: Garantia dos Direitos Humanos de forma universal, indivisível e interdependente,
assegurando a cidadania plena;
b) Diretriz 8: Promoção dos direitos de crianças e adolescentes para o seu desenvolvimento
integral, de forma não discriminatória, assegurando seu direito de opinião e participação;
c) Diretriz 9: Combate às desigualdades estruturais; e
d) Diretriz 10: Garantia da igualdade na diversidade;
Letra d.

012. (2019/FUNDEP (GESTÃO DE CONCURSOS)/PREFEITURA DE SANTA LUZIA – MG/


ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO BÁSICA – EEB/SUPERVISOR PEDAGÓGICO) O Decreto n.
7.037, de 21 de dezembro de 2009, que aprovou o Programa Nacional de Direitos Humanos,
definiu cinco eixos orientadores para a implantação do Programa.
São diretrizes que compõem o Eixo Orientador V dedicado à Educação e Cultura em Direitos
Humanos, exceto:
a) Efetivação das diretrizes e dos princípios da Política Nacional de Educação em Direitos Hu-
manos para fortalecer uma cultura de direitos.
b) Fortalecimento dos princípios da democracia e dos Direitos Humanos nos sistemas de Edu-
cação Básica, nas instituições de Ensino Superior e nas instituições formadoras.
c) Promoção de sistema de justiça mais acessível, ágil e efetivo, para o conhecimento, a ga-
rantia e a defesa de direitos.
d) Reconhecimento da educação não formal como espaço de defesa e promoção dos Direi-
tos Humanos

V – Eixo Orientador V: Educação e Cultura em Direitos Humanos:

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Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado
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a) Diretriz 18: Efetivação das diretrizes e dos princípios da política nacional de educação em
Direitos Humanos para fortalecer uma cultura de direitos;
b) Diretriz 19: Fortalecimento dos princípios da democracia e dos Direitos Humanos nos sis-
temas de educação básica, nas instituições de ensino superior e nas instituições formadoras;
c) Diretriz 20: Reconhecimento da educação não formal como espaço de defesa e promoção
dos Direitos Humanos;
d) Diretriz 21: Promoção da Educação em Direitos Humanos no serviço público; e
e) Diretriz 22: Garantia do direito à comunicação democrática e ao acesso à informação para
consolidação de uma cultura em Direitos Humanos;
Letra c.

013. (2019/CESPE /CEBRASPE/SLU-DF/ANALISTA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - SER-


VIÇO SOCIAL) Sandra, de dezesseis anos de idade, foi admitida em um centro socioeducativo
de internação feminino. No acolhimento, o assistente social que a atendeu identificou os prin-
cipais elementos da história de vida da adolescente: seus pais morreram quando ela ainda era
bebê, por isso foi criada por sua avó paterna, Janete, atualmente com setenta anos de idade,
com quem ainda reside. A avó é tutora de Sandra e de outros três netos menores de idade, que
são as únicas pessoas que moram com ela. A renda da família é de um salário mínimo, prove-
niente de pensão especial indenizatória a que Janete tem direito. Sandra está grávida de doze
semanas e seu namorado, Pedro, de vinte e oito anos de idade, usuário de drogas e genitor do
nascituro, cumpre pena em regime fechado por tráfico de drogas.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item seguinte.
O desenvolvimento de campanhas de informação sobre adolescentes em conflito com a lei,
defendendo-se a redução da maioridade penal, está previsto no Programa Nacional de Direitos
Humanos (PNDH).

Objetivo estratégico VII: Implementação do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo


(SINASE). Ações programáticas: j) Desenvolver campanhas de informação sobre o adolescen-
te em conflito com a lei, defendendo a não redução da maioridade penal.
Errado.

014. (2015/FCC/DPE-SP/PSICÓLOGO) Sobre a temática dos Direitos Humanos, é corre-


to afirmar:
a) O PNDH-3 − Programa Nacional de Direitos Humanos, que tem como base o PNDH de 1986
− enfatiza que o acesso à educação básica é suficiente para garantir a preparação da criança
para a convivência com a diferença e a diversidade existentes na sociedade.
b) A pessoa com transtorno mental grave, que depende completamente de cuidadores na exe-
cução de tarefas cotidianas, perde seus direitos como cidadã.

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Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado
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c) Por cidadã entende-se a pessoa que aciona o judiciário sempre que seus direitos privados
são violados.
d) A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) versa sobre os direitos civis e políti-
cos, dos quais derivaram os direitos sociais, econômicos e culturais.
e) Entende-se por discriminação positiva a discriminação que tem por fim a promoção da
igualdade.

a) Errada. O primeiro é de 1996 e contempla direitos civis e políticos


b) Errada. Cidadania está relacionada a seus direitos políticos, o que não se confunde com in-
capacidade civil. A incapacidade civil está relacionada apenas a realização de atos da vida civil.
c) Errada. Mais uma vez, não se confunde cidadãos e pessoas. As pessoas, ainda que incapa-
zes, no âmbito civil, possuem o direito de ação/agir perante o Poder Judiciário. Sejam essas
pessoas, inclusive, capazes e/ou incapazes. No caso de incapacidade, elas poderão ser assis-
tidas ou representadas, a depender do caso. Ou seja, todo cidadão é pessoa, mas nem toda
pessoa é cidadão.
d) Errada. O errado é mencionar que os direitos sociais, econômicos, civis e políticos derivaram
da Declaração.
e) Certa. Exatamente isso! Uma isonomia buscando efetivação da igualdade.
Letra e.

015. (2016/CESPE/CEBRASPE/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - ÁREA ADMI-


NISTRATIVA - SERVIÇO SOCIAL) A Declaração Universal dos Direitos Humanos reconhece a
liberdade, a justiça e a paz no mundo como os fundamentos para que os direitos sejam iguais.
A esse respeito, julgue o item que se segue.
De acordo com o PNDH, toda pessoa tem direito a instrução, que deverá ser gratuita em todos
os níveis de escolaridade.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos prevê em seu Artigo 26:


1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus
elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-pro-
fissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.
2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana
e do fortalecimento do respeito pelos direitos do ser humano e pelas liberdades fundamentais.
A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e gru-
pos raciais ou religiosos e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manuten-
ção da paz.

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3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a
seus filhos.
Errado.

016. (2016/FAUEL/CISMEPAR – PR/ASSISTENTE SOCIAL) “A educação e a cultura em Direitos


Humanos visam à formação de nova mentalidade coletiva para o exercício da solidariedade,
do respeito às diversidades e da tolerância. Seu objetivo é combater o preconceito, a discrimi-
nação e a violência, promovendo a adoção de novos valores de liberdade, justiça e igualdade.
Como canal estratégico capaz de produzir uma sociedade igualitária, extrapola o direito à edu-
cação permanente e de qualidade. Trata-se de mecanismo que articula conhecimentos, cultu-
ra, consciência cidadã, processos metodológicos e o fortalecimento de políticas, dentre outros
elementos”. (PNDH – 3 – Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, 2010).
A este respeito, é correto afirmar que:
a) O Programa Nacional de Direitos Humanos-3 propõe exclusão da temática de Educação em
Direitos Humanos nos programas de capacitação de lideranças comunitárias e nos programas
de qualificação profissional, alfabetização de jovens e adultos, incluindo, prioritariamente, na
educação de crianças e adolescentes.
b) A Educação em Direitos Humanos volta-se, especialmente, para o estabelecimento de diálo-
go e parcerias temporárias com o vasto leque brasileiro de movimentos populares, sindicatos,
igrejas, ONGs, clubes, entidades empresariais e toda sorte de agrupamentos da sociedade civil
que desenvolvem atividades formativas em seu cotidiano.
c) São fundamentais para consolidar o Estado Democrático e a proteção do direito à vida e à
dignidade, a formação em todo o serviço público, especialmente entre os agentes do sistema
de Justiça e segurança privada, abordando os recortes de gênero, relações étnico-raciais e de
orientação sexual.
d) Os meios de comunicação de massa têm papel estratégico no sentido de construir ou des-
construir um ambiente nacional e uma cultura social de respeito e proteção aos Direitos Hu-
manos. Daí a importância primordial de introduzir mudanças que assegurem ampla democra-
tização desses meios, bem como de atuar permanentemente junto a todos os profissionais e
empresas do setor.

A questão exige conhecimento sobre o PNDH V - Eixo Orientador V: Educação e Cultura em


Direitos Humanos:
a) Diretriz 18: Efetivação das diretrizes e dos princípios da política nacional de educação em
Direitos Humanos para fortalecer uma cultura de direitos;
b) Diretriz 19: Fortalecimento dos princípios da democracia e dos Direitos Humanos nos sis-
temas de educação básica, nas instituições de ensino superior e nas instituições formadoras;

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Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado
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c) Diretriz 20: Reconhecimento da educação não formal como espaço de defesa e promoção
dos Direitos Humanos;
d) Diretriz 21: Promoção da Educação em Direitos Humanos no serviço público; e
e) Diretriz 22: Garantia do direito à comunicação democrática e ao acesso à informação para
consolidação de uma cultura em Direitos Humanos; e
VI – Eixo Orientador VI: Direito à Memória e à Verdade.
Letra d.

017. (2016/CESPE/CEBRASPE/DPU/ASSISTENTE SOCIAL) O Programa Nacional de Di-


reitos Humanos (PNDH-3) estabeleceu, em 2010, diretrizes, objetivos estratégicos e ações
programáticas a serem trilhados nos próximos anos. A respeito desse assunto, julgue o item
que se segue.
O PNDH-3 recomenda adequar os serviços de acolhimento aos parâmetros aprovados pelo
CONANDA e pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), de modo a eliminar a longa
permanência de crianças e adolescentes em situações de abrigamento.

Objetivo estratégico III: Proteger e defender os direitos de crianças e adolescentes com maior
vulnerabilidade.
Ações programáticas: f) Extinguir os grandes abrigos e eliminar a longa permanência de crian-
ças e adolescentes em abrigamento, adequando os serviços de acolhimento aos parâmetros
aprovados pelo CONANDA e CNAS.
Certo.

018. (2016/CESPE/CEBRASPE/DPU/ASSISTENTE SOCIAL) O Programa Nacional de Di-


reitos Humanos (PNDH-3) estabeleceu, em 2010, diretrizes, objetivos estratégicos e ações
programáticas a serem trilhados nos próximos anos. A respeito desse assunto, julgue o item
que se segue.
Com base na desconstrução da heteronormatividade, o PNDH-3 recomenda que as configu-
rações familiares constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT)
sejam reconhecidas e incluídas nos sistemas de informação do serviço público.

Objetivo estratégico V: Garantia do respeito à livre orientação sexual e identidade de gênero.


Ações programáticas: d) Reconhecer e incluir nos sistemas de informação do serviço público
todas as configurações familiares constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e tran-
sexuais, com base na desconstrução da heteronormatividade.
Certo.

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019. (2015/CESPE/CEBRASPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO - SERVIÇO SOCIAL) De acordo


com o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3/2009) e o Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), julgue o item subsequente.
O PNDH-3/2009 tem como primeiro eixo orientador, em seu artigo 2º, a interação democrática
entre Estado e sociedade civil. As diretrizes desse eixo incluem o fortalecimento dos direitos
humanos como instrumento transversal das políticas públicas e de interação democrática;
a valorização da pessoa humana como sujeito central do processo de desenvolvimento; e a
garantia dos direitos humanos de forma universal, indivisível e interdependente, de modo que
seja assegurada a cidadania plena.

Eixo orientador do Programa Nacional de Direitos Humanos dispõe sobre a “Interação Demo-
crática entre Estado e Sociedade Civil” e, dentre as suas três diretrizes, há a previsão do “for-
talecimento dos Direitos Humanos como instrumento transversal das políticas públicas e de
interação democrática” (diretriz n. 2).
Já, a “valorização da pessoa humana como sujeito central do processo de desenvolvimento”
(diretriz n. 5) e a “garantia dos direitos humanos de forma universal, indivisível e interdependen-
te, assegurando a cidadania plena” (diretriz n. 7) pertencem aos Eixos Orientadores n. II (Desen-
volvimento e Direitos Humano) e III (Universalizar Direitos em um Contexto de Desigualdades).
Errado.

020. (2015/CESPE/CEBRASPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO - SERVIÇO SOCIAL) De acordo


com o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3/2009) e o Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), julgue o item subsequente.
Entre as principais diretrizes do PNDH-3/2009, no eixo de segurança pública, acesso à justiça
e combate à violência, incluem-se a democratização e modernização do sistema de segurança
pública; a transparência e participação popular no sistema de segurança pública e justiça cri-
minal; e o combate à violência institucional, com ênfase na erradicação da tortura e na redução
da letalidade policial e carcerária.

• Eixo Orientador IV: Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência.


− Diretriz 11: Democratização e modernização do sistema de segurança pública Objeti-
vo estratégico I: Modernização do marco normativo do sistema de segurança pública.
− Diretriz 12: Transparência e participação popular no sistema de segurança pública
e justiça criminal. Objetivo estratégico I: Publicação de dados do sistema federal de
segurança pública.

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DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado
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− Diretriz 14: Combate à violência institucional, com ênfase na erradicação da tortura e


na redução da letalidade policial e carcerária. Objetivo estratégico I: Fortalecimento
dos mecanismos de controle do sistema de segurança pública.
Certo.

021. (2015/FCC/TRT - 3ª REGIÃO (MG)/ANALISTA JUDICIÁRIO - SERVIÇO SOCIAL) O Pro-


grama Nacional de Direitos Humanos − PNDH − foi elaborado pela primeira vez em 1996 e en-
fatizava os direitos civis e políticos. Em 2002 foi reformulado e incorporou os direitos econômi-
cos, sociais, culturais e ambientais. Está em vigor o programa lançado em 2010 que incorpora
o debate sobre a necessidade de ampliação dos mecanismos de participação e a criação e
construção de monitoramento das políticas públicas de Direitos Humanos no Brasil. O progra-
ma está estruturado em
a) seis eixos orientadores.
b) nove diretrizes sociais.
c) quatro ordenamentos jurídicos.
d) dois pilares estruturantes.
e) sete ações principais.

ESTRUTRA DO PNDH - 3
• EIXOS ORIENTADORES: 6
• DIRETRIZES: 25
• OBJETIVOS ESTRATÉGICOS: 82
• AÇÕES PROGRAMÁTICAS: 521
Letra a.

022. (2015/CESPE/CEBRASPE/DEPEN/AGENTE E TÉCNICO - TODAS AS ÁREAS - CONHE-


CIMENTOS BÁSICOS) A Constituição Federal de 1988 (CF) simboliza, sob o ponto de vista
jurídico-político, a consumação do processo de reconstrução democrática do Brasil. Direitos
humanos e direitos fundamentais nela foram inscritos com tal vigor que lhe renderam a deno-
minação de Constituição Cidadã. É nessa perspectiva de fortalecimento do espírito de cida-
dania que se devem situar programas, instituições e organismos como o terceiro Programa
Nacional de Direitos Humanos (PNDH–3), a PNPS, o SNPS, o Conselho Nacional de Política
Criminal e Penitenciária e o Conselho Penitenciário.
De acordo com os dispositivos constitucionais que abordam os direitos humanos e os direitos
fundamentais, e considerando os objetivos e as diretrizes dos programas e órgãos acima men-
cionados, julgue o item subsequente.
Entre outras, assegura-se aos presos a garantia do respeito à sua integridade moral.

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DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado
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A questão trata sobre os direitos humanos na CRFB. Por sua vez, o artigo 5º da Constituição
da República Federativa do Brasil imprime em seu inciso XLIX que “é assegurado aos presos o
respeito à integridade física e moral”. Resposta, portanto, correta!
Certo.

023. (2015/CESPE/CEBRASPE/DEPEN/ESPECIALISTA - TODAS AS ÁREAS - CONHECIMEN-


TOS BÁSICOS) Aprovado em 2009, o terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-
3) assenta-se nos seguintes eixos orientadores: interação democrática entre Estado e socieda-
de civil; desenvolvimento e direitos humanos; universalização dos direitos em um contexto de
desigualdades; segurança pública, acesso à justiça e combate à violência; educação e cultura
em direitos humanos; direito à memória e à verdade. A respeito desse assunto, julgue o item
que se segue.
Entre as diretrizes contidas no PNDH-3, estão a democratização e a modernização do sistema
de segurança pública, o que requer transparência e efetiva participação da sociedade na abor-
dagem do tema.

É o que dispõe: IV - Eixo Orientador IV: Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Vio-
lência: Diretriz 11: Democratização e modernização do sistema de segurança pública;
Certo.

024. (2015/CESPE/CEBRASPE/DEPEN/ESPECIALISTA - TODAS AS ÁREAS - CONHECI-


MENTOS BÁSICOS) Aprovado em 2009, o terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos
(PNDH-3) assenta-se nos seguintes eixos orientadores: interação democrática entre Estado e
sociedade civil; desenvolvimento e direitos humanos; universalização dos direitos em um con-
texto de desigualdades; segurança pública, acesso à justiça e combate à violência; educação
e cultura em direitos humanos; direito à memória e à verdade. A respeito desse assunto, julgue
o item que se segue.
Ao propor um eixo orientador centrado na relação entre desenvolvimento e direitos humanos,
o PNDH-3 defende, entre outros objetivos, um modelo de desenvolvimento sustentável, assi-
nalado pela inclusão social e econômica, tecnologicamente responsável e ambientalmente
equilibrado.

II – Eixo Orientador II: Desenvolvimento e Direitos Humanos: a) Diretriz 4: Efetivação de modelo


de desenvolvimento sustentável, com inclusão social e econômica, ambientalmente equilibra-

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DIREITOS HUMANOS
Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado
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do e tecnologicamente responsável, cultural e regionalmente diverso, participativo e não dis-


criminatório;
Certo.

025. (2015/CESPE/CEBRASPE/DEPEN/ESPECIALISTA - TODAS AS ÁREAS - CONHECIMEN-


TOS BÁSICOS) Aprovado em 2009, o terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-
3) assenta-se nos seguintes eixos orientadores: interação democrática entre Estado e socieda-
de civil; desenvolvimento e direitos humanos; universalização dos direitos em um contexto de
desigualdades; segurança pública, acesso à justiça e combate à violência; educação e cultura
em direitos humanos; direito à memória e à verdade. A respeito desse assunto, julgue o item
que se segue.
Uma importante diretriz do PNDH-3 refere-se ao combate à violência institucional, com ênfase
na erradicação da tortura e na redução da letalidade policial e carcerária.

III – Eixo Orientador III: Universalizar direitos em um contexto de desigualdades: d) Diretriz 14:
Combate à violência institucional, com ênfase na erradicação da tortura e na redução da leta-
lidade policial e carcerária;
Certo.

026. (2015/FUNIVERSA/SEAP-DF/FUNIVERSA/AGENTE DE ATIVIDADES PENITENCIÁ-


RIAS) Com relação aos direitos humanos, julgue o item.
A modernização da política de execução penal, que prioriza a aplicação de penas e medidas
alternativas à privação de liberdade e a melhoria do sistema penitenciário, é uma das diretrizes
do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3).

IV – Eixo Orientador IV: Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência: f) Diretriz
16: Modernização da política de execução penal, priorizando a aplicação de penas e medidas
alternativas à privação de liberdade e melhoria do sistema penitenciário;
Certo.

027. (2015/FUNIVERSA/SEAP-DF/FUNIVERSA/AGENTE DE ATIVIDADES PENITENCIÁ-


RIAS) Com relação aos direitos humanos, julgue o item.
Entre as diretrizes do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), não estão inseridas,
entre os direitos humanos, a promoção e a proteção dos direitos ambientais.

Eixo orientador II, c) Diretriz 6: Promover e proteger os direitos ambientais como Direitos Hu-
manos, incluindo as gerações futuras como sujeitos de direitos;

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Errado.

028. (2014/FCC/DPE-PB/DEFENSOR PÚBLICO) Sobre os Programas Nacionais de Direitos


Humanos, é correto afirmar:
a) Os Programas Nacionais de Direitos Humanos possuem força vinculante para as ações dos
órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público, bem como às ações
estratégicas da Defensoria Pública de concretização das políticas públicas de promoção dos
direitos humanos.
b) O II Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-2) lançou ações específicas referen-
tes ao combate à impunidade e à violência policial, tendo obtido avanços, como a adoção de
leis sobre o reconhecimento do próprio Estado da responsabilidade das mortes de pessoas
desaparecidas em razão de participação política, transferência da justiça militar para a justiça
comum dos crimes dolosos contra a vida praticados por policiais militares e a tipificação do
crime de tortura.
c) Os Programas Nacionais de Direitos Humanos contam com a articulação do governo federal
com a sociedade civil para a elaboração da redação comum, reconhecendo-se, porém, o cará-
ter governamental desses Programas, já que a sociedade civil colabora, mas não decide.
d) O III Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) causou ampla repercussão na mídia
e em grupos de interesses contrários a determinadas ideias defendidas, gerando alterações
no texto original, como, por exemplo, a posterior inclusão da mediação nos conflitos agrários
como medida preliminar à avaliação da concessão de medidas liminares.
e) No Brasil, a competência administrativa de realizar políticas públicas de implementação de
direitos humanos é exclusiva da União, já que as obrigações de reparar os danos e prevenir
condenações internacionais confirmam o interesse deste ente federativo para agir e estabele-
cer as ações estratégicas no plano interno.

a) Errada. Os Programas Nacionais de Direitos Humanos NÃO possuem força vinculante


b) Errada. PNDH I.
c) Certa.
d) Errada. O decreto federal 7177/2010 trouxe algumas modificações no III PNDH. Dentre elas,
foi retirado o trecho de proposta de “realização de audiência coletiva com os envolvidos, com
a presença do Ministério Público, do poder público local, órgãos públicos especializados e Po-
lícia Militar, como medida preliminar à avaliação da concessão de medidas liminares”.
e) Errada. NÃO é competência exclusiva da União, uma vez que a competência para realizar
políticas públicas é de todos os entes federativos: União, Estados, DF e Municípios.
Letra c.

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029. (2013/CESPE /CEBRASPE/DEPEN/ESPECIALISTA - TODAS AS ÁREAS - CONHECI-


MENTOS BÁSICOS) De acordo com o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3),
julgue o próximo item.
No eixo orientador do PNDH-3 que diz respeito à segurança pública, ao acesso à justiça e ao
combate à violência, é disposta diretriz para a modernização da política de execução penal; a
diretriz para a modernização do sistema de segurança pública não é, contudo, abrangida por
esse eixo.

IV – Eixo Orientador IV: Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência: f) Diretriz
16: Modernização da política de execução penal, priorizando a aplicação de penas e medidas
alternativas à privação de liberdade e melhoria do sistema penitenciário; e g) Diretriz 17: Pro-
moção de sistema de justiça mais acessível, ágil e efetivo, para o conhecimento, a garantia e
a defesa de direitos;
Errado.

030. (2013/CESPE/CEBRASPE/TEM/AUDITOR FISCAL DO TRABALHO - PROVA 1) Acerca


do Programa Nacional de Direitos Humanos III (PNDH-3), julgue os itens que se seguem.
A diretriz referente à garantia dos direitos humanos de forma universal, indivisível e interdepen-
dente, de modo a assegurar a cidadania plena, consta no eixo orientador denominado Desen-
volvimento e Direitos Humanos do PNDH-3.

Diretriz 7: Garantia dos Direitos Humanos de forma universal, indivisível e interdependente,


assegurando a cidadania plena.
Errado.

031. (MPE-SC/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2016) Conceitualmente, os direitos huma-


nos são os direitos protegidos pela ordem internacional contra as violações e arbitrariedades
que um Estado possa cometer às pessoas sujeitas à sua jurisdição. Por sua vez, os direitos
fundamentais são afetos à proteção interna dos direitos dos cidadãos, os quais encontram-se
positivados nos textos constitucionais contemporâneos.

Tanto os direitos humanos como os Direitos fundamentais, são garantias ao mínimo existencial
da pessoa humana. No entanto, podemos nos deparar com essas garantias no âmbito interno
(direitos fundamentais) e no âmbito externo (direitos humanos). Questão correta, portanto.
Certo.

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032. (SENAI-PR/ITAIPU BINACIONAL/AGENTE DE SEGURANÇA/2016) Em relação aos Di-


reitos Humanos, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta:
I – Direitos Humanos são os direitos básicos de todos os seres vivos.
II – Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.
III – Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de
fraternidade.
IV – Os direitos humanos são direitos inerentes a cada pessoa por ela simplesmente ser um
humano.

a) Apenas II está correta.


b) Apenas III está correta.
c) Apenas II e III estão corretas.
d) Apenas I e II estão corretas.
e) I, II e III estão corretas.

Importante compreendermos que a expressão “seres vivos” torna a assertiva errada, uma vez
que abrange os animais em geral. Nessa entoada, temos que todas as pessoas são seres
vivos, mas nem todos os animais são pessoas humanas. A questão faz menção aos direitos
HUMANOS, e não de TODOS OS SERES VIVOS.
Letra c.

033. (FMP/DPE-MA/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITUTO/2015) Sobre as características dos


direitos humanos, é CORRETO afirmar que:
a) o historicismo é característica inerente aos direitos humanos, o qual determina
a possibilidade de que tais direitos sejam reconhecidos e, posteriormente, suprimidos, confor-
me a evolução do pensamento humano.
b) a defesa da característica da universalidade dos direitos humanos contempla a proibição de
tratamento diferenciado a determinados grupos sociais ou culturais, em qualquer circunstância.
c) a irrenunciabilidade reconhecida aos direitos humanos significa a impossibilidade de que o
seu titular abra mão de direitos previstos em tratados internacionais, os quais, entretanto, po-
dem sofrer restrições por lei ordinária, conforme o ordenamento jurídico de cada país.
d) os direitos humanos são caracterizados pela indivisibilidade e complementariedade, de for-
ma que compõem um único conjunto de direitos, cuja observância deve ser sistêmica e lastre-
ada no princípio da dignidade da pessoa humana.
e) a imprescritibilidade dos direitos humanos determina a inexistência de prazo para ajuiza-
mento de ações em face do Estado a respeito de eventuais violações desses direitos.

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Vamos recordar algumas características dos direitos humanos?


• Historicidade: frutos de momentos históricos, ao longo do tempo.
• Universalidade: inerente a toda pessoa, sem nenhum tipo de distinção.
• Relatividade: podem sofrer limitação, relativização quando confrontados com outros di-
reitos humanos.
− Exceção: Vedação à tortura e a à escravidão
• Essencialidade: essencial à dignidade da pessoa humana
• Irrenunciabilidade: são irrenunciáveis em virtude da natureza da pessoa humana
• Imprescritibilidade: não se extinguem com o decurso do tempo
• Inviolabilidade: insuscetíveis de violação, seja por atos de leis ou por atos de autorida-
des públicas em geral
Letra d.

034. (ACAFE/PC-SC/AGENTE DE POLÍCIA/2014) A Constituição brasileira inicia com o Título


I dedicado aos “princípios fundamentais”, que são as regras informadoras de todo um siste-
ma de normas, as diretrizes básicas do ordenamento constitucional brasileiro. São regras que
contêm os mais importantes valores que informam a elaboração da Constituição da República
Federativa do Brasil.
Diante dessa afirmação, analise as questões a seguir e assinale a alternativa correta.
I – Nas relações internacionais, a República brasileira rege-se, entre outros, pelos seguin-
tes princípios: autodeterminação dos povos, defesa da paz, igualdade entre os Estados,
concessão de asilo político.
II – Os princípios não são dotados de normatividade, ou seja, possuem efeito vinculante,
mas constituem regras jurídicas efetivas.
III – Violar um princípio é muito mais grave que transgredir uma norma qualquer, pois impli-
ca ofensa a todo o sistema de comandos.
IV – São princípios que norteiam a atividade econômica no Brasil: a soberania nacional, a
função social da propriedade, a livre concorrência, a defesa do consumidor; a proprie-
dade privada.
V – A diferença de salários, de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou esta-
do civil a qualquer dos trabalhadores urbanos e rurais fere o princípio da igualdade do
caput do art. 5º da Constituição Federal.

a) Apenas I, II, III estão corretas.


b) Apenas II e IV estão corretas.
c) Apenas III e V estão corretas.
d) Apenas I, III, IV e V estão corretas.
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e) Todas as afirmações estão corretas.

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguin-
tes princípios: I - independência nacional; II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeter-
minação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII
- solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre
os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político.
Os princípios não SÃO dotados de normatividade, ou seja, possuem efeito vinculante, mas
constituem regras jurídicas efetivas.
Art. 170 CF A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre inicia-
tiva, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social,
observados os seguintes princípios: I - soberania nacional; II - propriedade privada; III - função
social da propriedade; IV - livre concorrência; V - defesa do consumidor;
A diferença de salários, de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil
a qualquer dos trabalhadores urbanos e rurais fere o princípio da igualdade do caput do art. 5º
da Constituição Federal, em virtude de violação ao princípio da igualdade.
Letra d.

035. (FEPESE/PC-SC/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/2017) Com base na Constituição Federal,


a República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e
do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
1) a autonomia.
2) a cidadania.
3) a dignidade da pessoa humana.
4) o pluralismo político.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
b) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4.
c) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.
d) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.
e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e
do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I – a soberania;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei n. 13.874, de 2019)
V – o pluralismo político.
Letra d.

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GABARITO
1. c
2. e
3. a
4. a
5. a
6. C
7. d
8. a
9. e
10. d
11. d
12. c
13. E
14. e
15. E
16. d
17. C
18. C
19. E
20. C
21. a
22. C
23. C
24. C
25. C
26. C
27. E
28. c
29. E
30. E
31. C
32. c
33. d
34. d
35. d

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Patrícia Maciel
Advogada. Professora em cursos de graduação e de preparação para concursos públicos. Mestranda em
Educação. Pós-graduada em Direito Tributário pela Rede de Ensino UNIDERP – LFG. Ex-vice-presidente da
Comissão da Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção de Taguatinga – OAB/DF.

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