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Panorama Da Educacao Destaques Do Education at Glance 2021

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PANORAMA

DA EDUCAÇÃO
DESTAQUES
DO EDUCATION
AT GLANCE 2021
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO | MEC

INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS


EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA | INEP

DIRETORIA DE ESTATÍSTICAS EDUCACIONAIS | DEED


PANORAMA DA
EDUCAÇÃO
DESTAQUES DO EDUCATION
AT A GLANCE 2021

Brasília-DF
Inep/MEC
2021
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)
É permitida a reprodução total ou parcial desta publicação, desde que citada a fonte.

DIRETORIA DE ESTATÍSTICAS EDUCACIONAIS (DEED)

EQUIPE TÉCNICA
Carlos Eduardo Moreno Sampaio
Fábio Pereira Bravin
Camila Neves Souto
Carlos Augusto dos Santos Almeida
Christyne Carvalho da Silva
Juliana Marques da Silva
Rachel Pereira Rabelo

DIRETORIA DE ESTUDOS EDUCACIONAIS (DIRED)

REVISÃO
Aline Ferreira de Souza

NORMALIZAÇÃO
Nathany Brito Rodrigues

PROJETO GRÁFICO CAPA / MIOLO


Marcos Hartwich / Raphael Freitas

DIAGRAMAÇÃO E ARTE-FINAL
José Miguel dos Santos

REVISÃO GRÁFICA
Raphael Freitas

A exatidão das informações e os conceitos e opiniões emitidos


são de exclusiva responsabilidade dos autores.

ESTA PUBLICAÇÃO NÃO PODE SER VENDIDA. DISTRIBUIÇÃO GRATUITA.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.

Panorama da Educação : destaques do Education at a Glance 2021 [recurso eletrônico]. / Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. – Brasília, DF : Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2021.

32 p. : tab.

Tradução de: Education at a Glance 2021: OECD indicators.


ISBN : 978-65-5801-043-2

1. Panorama da Educação. 2. Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. I. Instituto


Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.
CDU 37
SUMÁRIO

ESTA PUBLICAÇÃO POSSUI SUMÁRIO INTERATIVO


PARA RETORNAR AO SUMÁRIO, CLIQUE NO NÚMERO
DA PÁGINA EM CADA SEÇÃO

APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................................... 5

CAPÍTULO ODS ...................................................................................................................................................... 7


Jovens fora da escola....................................................................................................................................... 7
Desenvolvimento profissional dos professores em relação à diversidade...................................... 8

CAPÍTULO A ‒ OS RESULTADOS EDUCACIONAIS E O IMPACTO DA APRENDIZAGEM ....... 10


Alguns conceitos sobre escolaridade e mercado de trabalho.......................................................... 10
Como a escolaridade afeta o mercado de trabalho para os jovens?.............................................. 13

CAPÍTULO B ‒ ACESSO À EDUCAÇÃO, PARTICIPAÇÃO E PROGRESSÃO................................... 16


Quem frequenta escola?.............................................................................................................................. 16
O perfil de estudantes internacionais...................................................................................................... 17

CAPÍTULO C ‒ RECURSOS FINANCEIROS INVESTIDOS NA EDUCAÇÃO..................................... 22


DESTAQUES DO EDUCATION AT A GLANCE 2021

A evolução do gasto público em educação como percentual do PIB (2015 a 2018)............... 22


Gasto público total em educação como percentual do gasto público total do governo.......... 23

CAPÍTULO D ‒ PROFESSORES, O AMBIENTE DE APRENDIZAGEM E A ORGANIZAÇÃO


DAS ESCOLAS...................................................................................................................................................... 25
PANORAMA DA EDUCAÇÃO

Salário dos professores................................................................................................................................ 26


Taxa de desgaste: desistência/saída da carreira docente.................................................................. 28

REFERÊNCIAS...................................................................................................................................................... 31

3
APRESENTAÇÃO

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), por meio
do Panorama da Educação, apresenta e comenta, a partir de um olhar nacional, os destaques
da publicação anual Education at a Glance 2021 (EAG), da Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE, 2021), com dados do Brasil e de mais 40 países. A publicação
oferece uma visão geral desses sistemas educacionais e possibilita o diálogo internacional.
A edição 2021 do EAG teve como tema principal a equidade e como ela é impactada no
ambiente educacional.
Assim, o Panorama da Educação, em diálogo com o relatório da OCDE, reúne alguns
destaques do Brasil em perspectiva comparada, sobre temáticas-chave do País.
Além da temática da equidade, a publicação aborda questões relacionadas ao contexto de
pandemia da Covid-19 e do impacto esperado sobre a qualidade da educação, sobretudo para
os mais jovens. E aborda, ainda, temas globais referentes aos Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável (ODS); aos resultados sociais e econômicos da educação; ao acesso à educação,
participação e progressão; aos recursos financeiros investidos na educação; e por fim, aos
DESTAQUES DO EDUCATION AT A GLANCE 2021

docentes no ambiente de aprendizagem e de organização das escolas.


As tabelas e os gráficos produzidos com base nos indicadores e informações presentes no
EaG 2021, bem como nos indicadores oficiais produzidos no País, em sua maioria, estão com o
ano de referência de 2020.
PANORAMA DA EDUCAÇÃO

A publicação EAG 2021 pode ser acessada, assim como as suas tabelas, quadros e gráficos
em OCDE (2021).
Com isso, espera-se que o leitor se sinta convidado a conhecer o amplo trabalho executado
pelo Inep na OCDE e a explorar as possibilidades analíticas que os temas proporcionam.

5
TABELA 1
SÍNTESE DE INDICADORES

SÍNTESE DE INDICADORES

Médias
Indicador
Brasil OCDE

Percentual dos jovens que não estudam nem trabalham (NEETs) - 2020
Jovens de 18 a 24 anos 35,9% 15,1%
Mulheres inativas entre todos os NEETs de 18 a 24 anos 69,7% 68,1%
Percentual de estudantes em relação à população na respectiva faixa etária - 2019
6 a 14 anos 98,9% 98,6%
15 a 19 anos 68,5% 83,5%
20 a 24 anos 29,2% 40,9%
25 a 29 anos 14,5% 15,5%
30 a 39 anos 7,9% 6,4%
40 a 64 anos 2,6% 2,0%

Número de anos em que pelo menos 90% da população em idade escolar


13 anos 14 anos
está matriculada

Faixa etária em que pelo menos 90% da população em idade escolar está 4 – 17
4 – 16 anos
matriculada anos

Matrícula de estudantes internacionais ou estrangeiros como percentual do total


de matrículas - 2019

Ensino superior 0,2% 6,2%


Variação percentual do gasto público em educação como percentual do PIB entre 2015 e 2018
Ensino fundamental ao ensino médio -4,0% -1,2%
Educação superior 9,7% -4,5%
Ensino fundamental à educação superior -1,4% -2,0%
Gasto público total em educação como percentual do gasto público total do governo - 2018
Ensino fundamental à educação superior 14,0% 11,0%
Salários reais médios dos professores (USD equivalente convertido em PPP) - 2020
Anos finais do ensino fundamental 13.9831 35.609
Taxa de desgaste da carreira docente - 2016
DESTAQUES DO EDUCATION AT A GLANCE 2021

Educação Básica (todas as etapas de ensino combinadas) 8,5% nd


Fonte: Elaboração própria baseada em OCDE (2021).
Notas: 1 Dados do Brasil equivalem ao ano 2018
2 O indicador Taxa de desgaste foi calculado apenas para 14 países ou economias, assim não foi calculada a média OCDE.
Para verificar os resultados dos demais países consulte o Capítulo D.
PANORAMA DA EDUCAÇÃO

6
CAPÍTULO ODS

Este capítulo apresenta alguns


indicadores originários do monitoramento ODS-4 – Assegurar a educação inclusiva,
da Agenda 2030 da Unesco calculados equitativa e de qualidade e promover
oportunidades de aprendizagem ao longo da vida
com base nas informações reportadas ao
para todos(as).
Programa de Indicadores dos Sistemas
Educacionais (Ines) pelos países-
membros e parceiros da OCDE para a
observância dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Segundo estabeleceu a OCDE, a análise se concentrou na conexão com as metas
associadas ao ODS-4 que investigam: o contexto de jovens fora da escola e o desenvolvimento
profissional dos docentes no ambiente de ensino e aprendizagem.

JOVENS FORA DA ESCOLA


DESTAQUES DO EDUCATION AT A GLANCE 2021

Garantir que uma educação de qualidade possa ser oferecida à população também
perpassa pelo acesso e participação dessa população ao ambiente de aprendizagem. O indicador
4.1.4 dos ODS busca saber o percentual de jovens na idade teórica correspondente (15 a 17
anos) à que deveriam estar frequentando o ensino médio, mas não estão. A OCDE, por meio da
PANORAMA DA EDUCAÇÃO

coleta de dados UOE, possui essa informação, em que é possível comparar esse percentual entre
2005 e 2019.
Comparando 2005 e 2019, é possível notar entre os países participantes a redução do
número de jovens fora da escola no ensino médio, com exceção de Hungria, Coreia do Sul,
Noruega, Chile e Lituânia (Gráfico 1).

7
A Federação Russa foi o país que apresentou a maior redução de jovens fora da escola
no período em análise, de 18 p.p. O México, por sua vez, também apresentou uma considerável
redução (17 p.p), no entanto, já se destacava como o país com o maior percentual de jovens fora
da escola em 2019 (27%). O Brasil não apresenta dados para 2005, porém é possível verificar
que em 2019, dos jovens brasileiros, 15% entre 15 e 17 anos deveriam estar frequentando o
ensino médio e não estavam.

%
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Noruega
Áustria

Rep. Tcheca
México

Fed. Russa
Colômbia

Irlanda
Coreia do Sul
Suíça

Costa Rica

França
Israel

Suécia
Lituânia

Nova Zelândia
Turquia
Islândia

Finlândia
Estados Unidos
Chile
Média OCDE

Austrália

Grécia
África do Sul
Rep. Eslovaca
Alemanha
Luxemburgo

Polônia
Países Baixos
Média EU1

Estônia
Letônia

Espanha

Argentina

Portugal
Bélgica
Itália

Reino Unido
Dinamarca

Japão
Eslovênia
Hungria
Brasil1

2019 2005

GRÁFICO 1
TAXA DE JOVENS QUE ESTÃO FORA DA ESCOLA – ENSINO MÉDIO (2005 E 2019)
Fonte: OCDE (2021, p. 31, tradução nossa).
Notas: 1. As fontes oficiais de dados para esse indicador são da coleta de dados UOE para matrícula e da Divisão de População das
Nações Unidas (Pnud) para dados de população. Veja a seção de Fontes para mais informações de OCDE (2021).
2. Ano de referência 2018 em vez de 2019.

DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES EM RELAÇÃO


À DIVERSIDADE

O indicador 4.c.7 do ODS-4 verifica se os professores estão recebendo incentivo para


o seu desenvolvimento no exercício da profissão. A Pesquisa Internacional sobre Ensino e
Aprendizagem (Talis), iniciativa da OCDE voltada para professores e diretores de escolas dos
anos finais do ensino fundamental, da qual 48 países ou economias participaram em 2018 (entre
elas, o Brasil), investigou, entre os professores, quantos deles declararam ter participado de
algum tipo de atividade de desenvolvimento profissional nos 12 meses anteriores à aplicação da
DESTAQUES DO EDUCATION AT A GLANCE 2021

pesquisa (Gráfico 2).


Em países como Nova Zelândia e Estados Unidos, é alto o percentual de professores que
declararam ter participado de atividades voltadas para o seu desenvolvimento profissional, mais
de 95% dos pesquisados. Quando se verificam atividades de desenvolvimento de ensino em
contexto multicultural e multilíngue ou de comunicação com pessoas de diferentes culturas
PANORAMA DA EDUCAÇÃO

e países, os países mencionados também se destacam, pois mais de 40% dos professores
afirmaram ter participado de atividades voltadas para esses temas. No Brasil, apesar do
percentual também considerado alto (87%) de professores que declararam ter participado de
alguma atividade de desenvolvimento profissional no período em análise, apenas cerca de um

8
quarto dos pesquisados afirmaram ter tido algum contato com atividades voltadas para o ensino
multicultural ou multilíngue ou de comunicação com pessoas de diferentes culturas e países.

%
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Espanha (92)

Portugal (88)
Brasil (87)

Austrália (99)

Rep. Tcheca (97)


Colômbia (91)

Suécia (95)

Eslovênia (98)

Japão (89)
Estados Unidos (98)

Coreia do Sul (98)

México (89)

França (83)
Fed. Russa (m)

Bélgica (94)
Média OCDE-31 (94)
Letônia (99)

Rep. Eslovaca (92)


Áustria (99)
Estônia (98)
Turquia (94)

Islândia (96)

Países Baixos (98)


Itália (93)

Chile (87)

Israel (96)

Lituânia (99)

Hungria (95)
Nova Zelândia (98)

Reino Unido (m)

Noruega (94)
Alberta (Canadá) (99)

Finlândia (93)

Dinamarca (92)
Ensino em contexto multicultural ou multilíngue Comunicação com pessoas de diferentes culturas ou países

GRÁFICO 2
PERCENTUAL DE PROFESSORES DOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL QUE
DECLARARAM TER PARTICIPADO DE ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL NAS
SEGUINTES ÁREAS NOS 12 MESES ANTERIORES À PESQUISA (2018)
Fonte: OCDE (2021, p. 34, tradução nossa).
Notas: – Número entre parênteses corresponde ao percentual de professores que declararam ter participado de atividades de
desenvolvimento profissional em geral.
– Veja a seção de Fontes para mais informações em OCDE (2021).

DESTAQUES DO EDUCATION AT A GLANCE 2021


PANORAMA DA EDUCAÇÃO

9
CAPÍTULO A
OS RESULTADOS EDUCACIONAIS
E O IMPACTO DA APRENDIZAGEM

Diversas medidas estão sendo tomadas no Brasil e no mundo para que a pandemia do vírus
Sars-COV-2 não agrave as condições de escolarização e do mercado de trabalho, especialmente
para os mais jovens. Em países como o Brasil, em processo de transição demográfica, é
fundamental que se observem as condições dessa população, pois, além de estarem em plena
construção de habilidades educacionais e profissionais, precisam estar engajados ativamente
para a integridade dos sistemas sociais de proteção.
Este capítulo busca oferecer
breve panorama sobre a construção
O Plano Nacional de Educação (PNE) e a Base
metodológica dos dados de escolaridade
Nacional Comum Curricular (BNCC) reforçam as
e de mercado de trabalho no EAG
condições necessárias para que as escolhas dos
2021. E intenta mostrar a importância
jovens se concretizem em seus projetos de vida e
das informações apresentadas para as
também na continuidade dos seus estudos.
políticas públicas e para os estudos sobre
o tema.

ALGUNS CONCEITOS SOBRE ESCOLARIDADE E MERCADO DE TRABALHO

Os dados de mercado de trabalho do Brasil apresentados na seção A do EAG 2021 são


oferecidos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Nesse
recorte da pesquisa, são coletadas informações sobre características da amostra tais como idade,
sexo e nível de instrução (escolaridade) e participação na força de trabalho (mercado de trabalho).

10
Como um breve panorama do tema, são apresentados alguns conceitos importantes sobre
a participação na força de trabalho da população, de maneira gráfica (Quadros 1, 2 e 3):

QUADRO 1
DIVISÕES DO MERCADO DE TRABALHO, POR IDADE DA POPULAÇÃO

População total

População abaixo
População em idade de trabalhar
da idade de trabalhar
(>= 14 anos)
(< 14 anos)

Pessoas na força Pessoas fora


de trabalho da força de trabalho
(Quadro 2) (Quadro 3)

Fonte: Elaboração própria baseada em IBGE (2021).

QUADRO 2
DIVISÕES DAS PESSOAS NA FORÇA DE TRABALHO, POR CONDIÇÕES DE OCUPAÇÃO

Pessoas na força de trabalho

Desocupados (pessoas
que não estão trabalhando,
Ocupados porém procuram trabalho
e estão disponíveis para
assumi-lo, caso encontrem)

Subocupados por
insuficiência de horas
Ocupados que trabalham
DESTAQUES DO EDUCATION AT A GLANCE 2021

trabalhadas ( jornada
horas suficientes ( jornada
de trabalho < 40 horas
de trabalho >= 40 horas
semanais, mas gostariam
semanais)
de trabalhar mais horas e
estão disponíveis)
PANORAMA DA EDUCAÇÃO

Fonte: Elaboração própria baseada em IBGE (2021).

11
QUADRO 3
DIVISÃO DAS PESSOAS FORA DA FORÇA DE TRABALHO, POR CONDIÇÕES
DE FORÇA DE TRABALHO

Pessoas fora da força de trabalho

Fora da força de
trabalho potencial
(pessoas que não
Força de trabalho potencial possuem potencial
para serem
integradas à força
de trabalho

Buscaram trabalho,
mas não estavam
Não buscaram trabalho,
disponíveis para
mas estavam disponíveis
assumir na semana
pesquisada

Desalentados
Não desalentados
(desistiram
(não buscaram
de procurar
trabalho no período
trabalho no período
pesquisados,
pesquisado
mas ainda não
por achar que não
desistiram)
encontrariam)

Fonte: Elaboração própria baseada em IBGE (2021).

Nesta seção, iremos abordar o tema da juventude em consonância com o mercado de


trabalho e a educação. No EAG 2021, é dado destaque aos jovens chamados “Not in Education,
Employment, or Training”, ou NEET, jovens de 18 a 24 anos que não estavam frequentando a
escola ou se qualificando, desocupados do mercado de trabalho (desocupados) e desalentados
DESTAQUES DO EDUCATION AT A GLANCE 2021

(inativos), no período de referência da Pnad Contínua. Ou seja, trata-se de uma parcela específica
da população jovem em idade de trabalhar que não buscou trabalho e não frequentava escola,
tampouco frequentava curso ou treinamento profissionalizante, mas estaria disponível.
Os motivos para esse fenômeno social variam bastante e seguem em estudo, assim como
PANORAMA DA EDUCAÇÃO

todos os demais envolvendo a juventude. Contudo, algumas variáveis dão pistas sobre as suas
construções sócio-históricas, como a cor/raça, o sexo, a localização geográfica, entre outros, que
delimitam a vida escolar e laboral dos jovens. Observam-se variáveis que poderiam ou não estar
em consonância com os seus projetos de vida, como: não haver dinheiro para pagar as despesas
escolares (mensalidades, transporte, material escolar etc.); por gravidez; por obrigações de

12
cuidado com criança ou adolescente; por cuidado com os afazeres domésticos, com idoso ou
com pessoa com necessidades especiais; por já ter concluído o nível de estudo que se desejava;
por não ter interesse, entre outras (IBGE, 2020).

COMO A ESCOLARIDADE AFETA O MERCADO DE TRABALHO PARA


OS JOVENS?

Em 2020, de acordo com a metodologia adotada pela OCDE, o Brasil possuía cerca de
36% dos seus jovens de 18-24 anos classificados como NEETs, em contraposição à média dos
países da OCDE (15%):

TABELA 2
PORCENTAGEM DOS JOVENS DE 18-24 ANOS QUE NÃO ESTÃO ESTUDANDO E NEM
TRABALHANDO, PELA CONDIÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO (2020)
(continua)

Não estavam em educação

OCDE NEET

Desocupados Inativos Total

Austrália 5,8   10,2   16,0  


Áustria 5,9   6,5   12,4  
Bélgica 4,0   8,1   12,1  
Canadá 5,4   8,1   13,6  
Chile 6,6   15,3   21,9  
Colômbia 14,0   20,5   34,5  
Costa Rica 10,1   10,6   20,7  
República Tcheca   m   m   m
Dinamarca 3,9   7,7   11,7  
Estônia 5,4   6,6   12,0  
Finlândia 6,7   6,9   13,6  
França 8,8   8,0   16,8  
Alemanha 2,8   5,3   8,1  
Grécia 9,5   9,8   19,3  
Hungria 4,9   10,0   15,0  
DESTAQUES DO EDUCATION AT A GLANCE 2021

Islândia 3,3   5,6   9,0  


Irlanda 3,8   7,8   11,6  
Israel 2,3   15,4   17,7  
Itália 9,5   15,3   24,8  
Japão   m   m   m
PANORAMA DA EDUCAÇÃO

Coreia do Sul   m   m   m
Letônia 6,1   7,7   13,8  
Lituânia 6,9   7,0   13,9  
Luxemburgo   c   c 9,0  

13
TABELA 2
PORCENTAGEM DOS JOVENS DE 18-24 ANOS QUE NÃO ESTÃO ESTUDANDO E NEM
TRABALHANDO, PELA CONDIÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO (2020)
(conclusão)

Não estavam em educação

OCDE NEET

Desocupados Inativos Total


México 3,7   19,6   23,3  
Holanda 2,2   5,5   7,6  
Nova Zelândia 5,8   8,4   14,2  
Noruega 2,8   6,0   8,8  
Polônia 3,9   8,7   12,6  
Portugal 6,6   6,5   13,2  
República Eslovaca 6,2   6,6   12,8  
Eslovênia 4,8   5,2   10,0  
Espanha 10,7   9,2   19,9  
Suécia 4,4   5,0   9,4  
Suíça 3,5   4,9   8,4  
Turquia 11,1   21,1   32,2  
Reino Unido 5,4   8,4   13,8  
Estados Unidos 4,1   9,8   13,8  
           
Média OCDE 5,9   9,3   15,1  
Média EU22 5,9   7,7   13,3  
           
Parceiros
Argentina 8,8   15,3   24,1  
Brasil 13,1   22,8   35,9  
China   m   m   m
Índia   m   m   m
Indonésia   m   m   m
Federação Russa 5,4   8,9   14,3  
Arábia Saudita   m   m   m
África do Sul   m   m   m
Fonte: OCDE (2021, p. 64, tradução nossa).
DESTAQUES DO EDUCATION AT A GLANCE 2021

Notas: Baseada em Tabela A2.1 (OCDE, 2021).


1. Os dados faltantes são representados por “m”.
2. Os dados abaixo dos parâmetros da publicação são representados por “c”.

No Gráfico 3, a seguir, é possível verificar a proporção maior de jovens que não estudam,
PANORAMA DA EDUCAÇÃO

mas que estão ocupados no Brasil, na faixa de 18-24 anos (30%), em comparação aos mesmos
jovens dessa condição na média OCDE:

14
%

0
10
20
30
40
50
60
70
80

%
100

10
20
30
40
50
70
80
90

60

0
Colômbia
Portugal
Israel
Grécia
Brasil

Gráfico 4:
Eslovênia
Nova Zelândia
Espanha
México
Lituânia
Turquia1
França
Reino Unido
Suíça
África do Sul
Áustria
Argentina1
Estônia
Áustria
Costa Rica
Estados Unidos
Média EU2
Hungria

Fonte: OCDE (2021, p. 56, tradução nossa).


Fonte: OCDE (2021, p. 55, tradução nossa).
Letônia
Canadá

Nota: Baseada em Tabela A2.3 (OCDE, 2021).


Nota: Baseada em Tabela A2.2 (OCDE, 2021).
África do Sul Chile1
Austrália
Ocupados Costa Rica
Canadá
Austrália
Itália Noruega
Nova Zelândia Federação Russa1
República Eslovaca Média OCDE
Inativos

Finlândia
Itália
Colômbia Portugal

Mulheres
Bélgica França

GRÁFICO 4
GRÁFICO 3

Média OCDE
Islândia1
Reino Unido
República Eslovaca
Dinamarca1
DE TRABALHO (2020)

Polônia
Desocupados

Brasil Finlândia

Homens
Suécia
Letônia
Federação Russa1
Suécia
Islândia1 Irlanda
NEETS

Holanda
Média EU2
Argentina1 Dinamarca1
Irlanda Espanha
United States Suíça
Polônia Lituânia
Chile1 Bélgica
Alemanha1 Estônia
Turquia1 Alemanha1
Hungria Eslovênia
Noruega

PROPORÇÃO DE INATIVOS ENTRE TODOS OS NEETS DE 18-24 ANOS, POR SEXO (2020)
Grécia
Israel Holanda
México
PORCENTAGEM DE JOVENS DE 18-24 ANOS QUE NÃO ESTUDAM, PELA CONDIÇÃO NO MERCADO

Luxemburgo
das condições que interferem mais na trajetória escolar e laboral das mulheres na maioria
Quando a condição de jovens é observada pelo prisma de gênero, não se pode dissociá-la

dos países apresentados, na faixa etária de 18 a 24 anos, inclusive no Brasil (69,7%). Veja no

PANORAMA DA EDUCAÇÃO

15
DESTAQUES DO EDUCATION AT A GLANCE 2021
CAPÍTULO B
ACESSO À EDUCAÇÃO, PARTICIPAÇÃO
E PROGRESSÃO

O capítulo B do EaG apresenta indicadores sobre acesso, participação e progressão da


população no sistema educacional dos países da OCDE e parceiros. Neste capítulo destaca-se
quem frequenta a escola, desde o aluno no início da idade escolar até o estudante do ensino
superior com mais de 50 anos. Ademais, foi explorado neste capítulo o perfil do estudante
brasileiro que sai do País para cursar o ensino superior no exterior e o estudante estrangeiro que
escolheu o Brasil para agregar ao seu currículo a formação ofertada aqui.
Os dados reportados pelo Brasil têm como referência os Censos da Educação Básica, da
Educação Superior, a Coleta Capes e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(PnadC).

QUEM FREQUENTA ESCOLA?

O percentual da população matriculada na escola é estimado pela divisão do total de


matrícula em todos os níveis educacionais pela população na respectiva faixa etária. Com base
nesses percentuais, são calculados tanto os intervalos de idade como o número de anos cursados
em que pelo menos 90% da população está matriculada na escola.
Entre todos os países da OCDE e parte dos países parceiros, há uma cobertura praticamente
universal da educação básica dos 6 aos 14 anos. Apenas a Indonésia e a África do Sul apresentam
percentuais abaixo de 95% para essa faixa etária, 93% e 87%, respectivamente. Nos países da
OCDE, em média, pelo menos 90% da população frequenta a escola dos 4 aos 17 anos, somando
14 anos de intervalo. No Brasil, são 13 anos de idade escolar com pelo menos 90% da população
frequentando a escola: dos 4 aos 16 anos de idade, um ano a menos que a média OCDE (Tabela
1 – Síntese de indicadores).

16
Entre os 15 e 19 anos, quando parte dos jovens faz a transição da escola para o mercado
de trabalho, o percentual de jovens no Brasil que está matriculado cai mais de 30% quando
comparado aos jovens de 6 a 14 anos. O Brasil, juntamente com Colômbia, Costa Rica, Israel,
México e Turquia, apresenta um percentual inferior a 70% de jovens frequentando escola entre
os 15 e 19 anos, 69% para a população do Brasil, enquanto a média OCDE é de 84%. Até os 29
anos de idade, o percentual de jovens no Brasil que estuda continua significativamente abaixo da
média OCDE. Nas faixas etárias mais velhas, de 30 a 39 anos e 40 a 64 anos, o comportamento
muda, a média OCDE para essas faixas etárias é de 6% e 2%, respectivamente, e o percentual no
Brasil é de 8% e 3%, indicando uma procura tardia dos brasileiros para ingressar na universidade,
quando comparados com a média dos países da OCDE (Gráfico 5).

Percentual
100

80

60

40

20

0
Itália
Finlândia
Noruega
Portugal

Espanha
Holanda

Reino Unido

Hungria
Lituania

Rússica

Islândia

Estados Unidos
Polônia

Turquia
Estônia
Letônia
Bélgica

Áustria
Dinamarca
Arábia Saudita

Costa Rica
México
Eslováquia
Irlanda

França

Nova Zelândia
Suécia

Alemanha
Grécia
República Tcheca

Coréia do Sul

Colômbia
Média OCDE
Eslovenia

Suiça

Israel
Austrália

Brasil
Chile

Luxemburgo

Canadá1
Argentina3
Indonésia3

Japão2
África do Sul3

6 to 14 15 to 19 20 to 24 25 to 29 30 to 39 40 to 64
GRÁFICO 5
TAXA DE MATRÍCULA POR GRUPO ETÁRIO: 6-14, 15-19, 20-24, 25-29, 30-39 E 40-64 ANOS (2019)
Fonte: OCDE (2021, p. 154, tradução nossa).
Notas: 1. Exclui o ensino pós-ensino médio não superior (Isced 4).
2. Desagregação por idade não disponível para acima de 15 anos.
3. Ano de referência 2018.
Os países estão apresentados em ordem decrescente da taxa de matrícula do grupo etário de 15 a 19 anos.
Baseada em Tabela B1.1 d (OCDE, 2021)
Consulte seção Fonte para obter mais informações e o Anexo 3 para obter notas (OCDE, 2020).
DESTAQUES DO EDUCATION AT A GLANCE 2021

O PERFIL DE ESTUDANTES INTERNACIONAIS

Estudar fora é o objetivo de muitos estudantes da educação superior: ter uma experiência
diferente no exterior, adquirir conhecimento e/ou habilidades que não são ensinados no país de
PANORAMA DA EDUCAÇÃO

origem, estudar em uma universidade reconhecida mundialmente, tornar-se proficiente em uma


língua, especialmente o inglês, são alguns dos objetivos mais comuns.
Anualmente, a OCDE coordena a coleta de dados com informações sobre os estudantes
internacionais e estrangeiros, reportadas pelos países de destino desses estudantes. O critério

17
utilizado pelo Brasil para reportar os dados sobre estudante estrangeiro é definido pela sua
nacionalidade.
Com os dados informados pelos
países-membros e parceiros da OCDE, Para a interpretação dos dados, é importante
apresentam-se os resultados da distribuição destacar que as inferências feitas em relação
dos alunos brasileiros por países de destino aos estudantes brasileiros estudando em
(Gráfico 6) e os resultados da distribuição outros países (Gráfico 6) não representam
dos alunos estrangeiros que estudam no o total de brasileiros estudando no exterior,
Brasil por país de origem (Gráfico 7). mas apenas o conjunto de brasileiros que
O principal fluxo de estudantes estudam nos países da OCDE e parceiros
internacionais é de países em desenvol- com os dados disponíveis (enviados pelos
vimento para países desenvolvidos: 62% de respectivos países à OCDE).
todos os estudantes internacionais da OCDE
têm origem em países em desenvolvimento.
Em 2019, nos países da OCDE, em média, para cada estudante que foi estudar fora do país,
três estudantes internacionais foram estudar no respectivo país. No Brasil, o fluxo é o inverso:
para cada estudante estrangeiro que vem cursar o ensino superior no País, quatro estudantes
brasileiros vão estudar em outros países (considerando apenas o fluxo entre Brasil e países-
membros e parceiros da OCDE).
O destino de 70% dos brasileiros que cursam o ensino superior fora do País se concentra
em quatro países: Argentina, Portugal, Estados Unidos e Austrália, com 20%, 19%, 19% e 12%,
respectivamente (Gráfico 6).
DESTAQUES DO EDUCATION AT A GLANCE 2021
PANORAMA DA EDUCAÇÃO

18
1%
6%

2% 5%
4%
19% 1%
19%

20%

20%

Percentual
0% 20%
© 2021 Mapbox © OpenStreetMap

GRÁFICO 6
DISTRIBUIÇÃO DO DESTINO DOS ESTUDANTES BRASILEIROS CURSANDO A EDUCAÇÃO
SUPERIOR EM OUTROS PAÍSES (2019)
Fonte: OCDE (2020).
Notas: 1. A data de referência de Argentina, Indonésia e África do Sul é de 2018.
2. Percentuais acima de 0,5% foram apresentados no gráfico.
3. As cores dos países representam o percentual de brasileiros cursando o ensino superior neles, sendo em marrom os países
menos escolhidos e em azul-escuro os países mais escolhidos por brasileiros.
4. Os dados apresentados no gráfico sobre estudantes internacionais e estrangeiros brasileiros foram reportados pelos países de
destino dos estudantes.
Baseada em Tabela B6.4 (OCDE, 2020).
Consulte a seção Fonte para obter mais informações e o Anexo 3 para obter notas (OCDE, 2020).

Em 2019, o Brasil recebeu 21.803 estudantes estrangeiros para cursar o ensino superior.
Eles representam apenas 0,2% do total de estudantes do nível de graduação no País, quase 1%
DESTAQUES DO EDUCATION AT A GLANCE 2021

do total de estudantes dos cursos do nível de mestrado e pouco mais de 2% dos estudantes
dos cursos de nível de doutorado. Em comparação aos países da OCDE, o Brasil ainda é um país
que recebe relativamente poucos estudantes. Em média, 6% do total de estudantes de nível
superior da OCDE são internacionais. Os países vizinhos com dados disponíveis – Argentina,
PANORAMA DA EDUCAÇÃO

Chile e Colômbia – apresentam um percentual de alunos estrangeiros no ensino superior de 3%,


1% e 0,2%, respectivamente.
Com praticamente a totalidade dos cursos no Brasil sendo ofertados em português,
a nacionalidade predominante entre os estrangeiros é de países vizinhos (onde majoritariamente
se fala espanhol) ou de países lusófonos, 38% e 22%, respectivamente. Menos de 40% das

19
matrículas são de estudantes provenientes de países da OCDE. Quando divididos por regiões,
metade dos estudantes tem nacionalidade de países da América Latina e Caribe, 23% de
países africanos, seguido de 12% de países asiáticos, 11% de países europeus, 3% de países
da América do Norte e menos de 1% de países da Oceania, além de 2% de estrangeiros de
países não especificados. Os países com maior parcela de estudantes internacionais são Angola
(8%), Colômbia (8%), Peru (7%), Japão (6%), Paraguai (6%), Guiné-Bissau (5%), Bolívia (5%) e
Argentina (5%).

1% 1%
1%
2%
3% 3%
1% 1% 1% 5%

1%
1%
1% 2%
5% 1%
3%
8% 1%
7% 1%
8% 2%
5%
2% 5%

5% 3%

Percentual
0% 8%
© 2021 Mapbox © OpenStreetMap

GRÁFICO 7
DISTRIBUIÇÃO DA ORIGEM DOS ESTUDANTES ESTRANGEIROS CURSANDO A EDUCAÇÃO
SUPERIOR NO BRASIL (2019)
Fonte: OCDE (2020).
Notas: 1. Percentuais acima de 0,5% foram apresentados no gráfico.
DESTAQUES DO EDUCATION AT A GLANCE 2021

2. As cores dos países representam o percentual de estudantes estrangeiros cursando o ensino superior no Brasil, sendo em
marrom os países de origem de um percentual pequeno de estudantes e em azul-escuro os países de origem de um percentual
maior de estudantes no Brasil.
Ver Tabela B6.3 (OCDE, 2020).
Consulte a seção Fonte para obter mais informações e o Anexo 3 (OCDE, 2020).
PANORAMA DA EDUCAÇÃO

Enquanto os cursos nas áreas de administração, direito e gestão são os mais procurados
entre os estudantes nacionais que estão estudando no Brasil (30%), os cursos mais procurados
entre os estrangeiros que vêm para o Brasil são nas áreas de engenharia, construção e produção
industrial (19%), seguidos dos cursos nas áreas de administração, direito e gestão (17%).

20
Uma característica atrativa dos programas de graduação e pós-graduação no Brasil é a
gratuidade dos cursos nas instituições de ensino superior das redes federal, estadual e municipal,
tanto para alunos nacionais quanto estrangeiros, diferentemente da prática de alguns países
onde os cursos são pagos e os alunos estrangeiros pagam mais do que os alunos nacionais.
A parcela de estudantes estrangeiros em instituições de ensino superior na rede pública em
relação à rede privada é expressiva, e as matrículas de estudantes internacionais concentram-se
na rede pública, sendo 47% das matrículas para o nível de graduação, 91% para o nível de
mestrado e 94% para o nível de doutorado versus 20%, 82% e 87%, respectivamente, dos
estudantes brasileiros estudando no Brasil (Tabela 3).

TABELA 3
PERCENTUAL DE MATRÍCULA NA REDE PÚBLICA, POR NÍVEL ACADÊMICO E NACIONALIDADE

Graduação Mestrado Doutorado

Brasileiro 20% 82% 87%

Estrangeiro 47% 91% 94%


Fonte: Elaboração própria baseada em Brasil. Inep ([2020]) e Brasil. Mec. Capes ([2019]).

DESTAQUES DO EDUCATION AT A GLANCE 2021


PANORAMA DA EDUCAÇÃO

21
CAPÍTULO C
RECURSOS FINANCEIROS INVESTIDOS
NA EDUCAÇÃO

Este capítulo apresenta indicadores relacionados aos recursos financeiros investidos pelos
países na área educacional. Em destaque, são observados os esforços despendidos na evolução
do gasto público em educação quando comparado ao PIB entre 2015 e 2018 e no gasto público
em educação como percentual do gasto público total do governo em 2018.

A EVOLUÇÃO DO GASTO PÚBLICO EM EDUCAÇÃO COMO PERCENTUAL


DO PIB (2015 A 2018)

Esse indicador mede a evolução do gasto público nas instituições públicas educacionais,
demonstrando a prioridade dada ao setor educacional em relação à riqueza nacional ao longo do
tempo. Os orçamentos públicos são geridos e controlados pelos governos e até mesmo setores
importantes para a promoção do crescimento econômico, o desenvolvimento social, o aumento
da produtividade e a diminuição da desigualdade social, como, por exemplo, a educação, podem
estar submetidos a cortes orçamentários, especialmente em períodos de crise econômica.
O índice de crescimento do gasto público em educação como percentual do PIB, entre 2015
e 2018, varia bastante entre os países-membros e parceiros da OCDE. Houve um decréscimo no
gasto público em relação ao PIB nos anos iniciais do ensino fundamental ao ensino superior de,
aproximadamente, 2% na média dos países da OCDE, sendo que o ensino superior apresentou a
maior redução na média desses países (4,5%). Entre os países da OCDE, a redução na educação
básica (anos iniciais do fundamental ao ensino médio) foi de, aproximadamente, 1,2% (Gráfico 8).
No mesmo período, de 2015 a 2018, o Brasil apresentou um decréscimo de 1,4% no
gasto público em relação ao PIB para os anos iniciais do ensino fundamental ao ensino superior,

22
sendo que o decréscimo apenas para as etapas da educação básica foi de 4%. Diferentemente
da média dos países da OCDE, o Brasil mostrou um crescimento do gasto em relação ao PIB para
o ensino superior de 9,7%.
Entre os países latino-americanos, o Chile se destaca, pois foi o único a apresentar um
crescimento no gasto público em educação em relação ao PIB, sendo o crescimento de 19% para
os anos iniciais do fundamental ao ensino superior, quando comparado 2018 a 2015. Juntamente
com o Brasil, Colômbia, Costa Rica e Argentina apresentaram decréscimos entre 3% e 18%.

125

120

115

110

105

100

95

90

85 98
99
80

Rep. Eslovaca
Países Baixos
Estados Unidos
Rep. Tcheca

Coreia do Sul

Luxemburgo

Letônia
Reino Unido
Média OCDE

Costa Rica

Argentina
Alemanha

Colômbia
Eslovênia

Portugal
espanha

Finlândia
Hungria

Turquia
Rússia

Estônia

Islândia

Áustria

Polônia
Bélgica
Canadá2

Lituânia
Irlanda
Suécia

França
Brasil

Grécia

Japão
Israel

Suíça
Chile

Itália

GRÁFICO 8
ÍNDICE DE CRESCIMENTO DO GASTO PÚBLICO COMO PERCENTUAL DO PIB (2018)
Fonte: OCDE (2021, p. 248, tradução nossa).
Notas: 1. O valor calculado contempla o gasto dos países desde os anos iniciais do ensino fundamental até o ensino superior.
2. Inclui programas da etapa pré-primária.
Ver Tabela C2.2 de OCDE (2021).
Consulte a seção Fonte para obter mais informações e o Anexo 3 para obter notas (OCDE, 2021).

Quando observamos somente a evolução do gasto público em educação, ou seja, sem


considerar a relação com o PIB, o Brasil apresentou redução de 4,6% no gasto nos anos iniciais
do fundamental ao ensino superior, com um crescimento de 6,2% no ensino superior e uma
redução de 7,1% nas etapas da educação básica no período de 2015 a 2018.

GASTO PÚBLICO TOTAL EM EDUCAÇÃO COMO PERCENTUAL DO GASTO


DESTAQUES DO EDUCATION AT A GLANCE 2021

PÚBLICO TOTAL DO GOVERNO

O gasto público em educação como percentual do gasto total público do governo varia
bastante quando se observa o montante despendido pelos países-membros e parceiros da
PANORAMA DA EDUCAÇÃO

OCDE. A OCDE anualmente realiza esse cálculo, considerando o valor dos recursos do governo
direcionado às instituições educacionais e às matrículas desde os anos iniciais do ensino
fundamental até o ensino superior. A análise desses valores de forma isolada, entretanto, deve ir
além dos valores apresentados, pois envolve aspectos inerentes a cada país, como, por exemplo,
o tamanho e a composição de cada sistema educacional.

23
Conforme mostra o Gráfico 9, em 2018, a média do gasto público total em educação como
percentual do gasto total público do governo entre os países da OCDE foi de 11%, sendo que
o país que apresentou o maior percentual foi o Chile (17%), seguido pela África do Sul (15%).
O Brasil apresenta o gasto em educação como percentual de gasto total do governo de 14%.
Entre os países latino-americanos, o Brasil fica atrás do Chile (17%) e Costa Rica (14%) e supera
os percentuais do México (13%), Argentina (11%) e Colômbia (9%).

18

16
14
14

12
11

10

0
Irlanda

Turquia

Hungria
Portugal

Espanha
Reino Unido
Chile

Noruega
Israel

Luxemburgo
Itália
Costa Rica1

Austrália
Suíça

Finlândia
África do Sul

Média OCDE
Estônia

Colômbia

Japão
Eslovênia
Países Baixos

Rep. Eslovaca
Coreia do Sul

Canadá3
Argentina

Alemanha

Grécia
Suécia
México

Dinamarca

França
Nova Zelândia

Áustria

Fed. Russa
Bélgica

Polônia

Letônia
Islândia
Brasil2

Rep. Tcheca
Lituânia
Estados Unidos

GRÁFICO 9
GASTO PÚBLICO TOTAL EM EDUCAÇÃO COMO PERCENTUAL DO GASTO PÚBLICO TOTAL
DO GOVERNO (2018)
Fonte: OCDE (2021, p. 261, tradução nossa).
Notas: 1. O valor calculado contempla o gasto dos países desde os anos iniciais do ensino fundamental até o ensino superior.
2. Ano de referência 2019.
3. Inclui programas da etapa pré-primária
Ver Tabelas C4.1 de OCDE (2021).
Consulte o capítulo C do EaG 2020 para obter mais informações e o Anexo 3 para obter notas (OCDE, 2021).
DESTAQUES DO EDUCATION AT A GLANCE 2021
PANORAMA DA EDUCAÇÃO

24
CAPÍTULO D
PROFESSORES, O AMBIENTE
DE APRENDIZAGEM E A ORGANIZAÇÃO
DAS ESCOLAS

O capítulo D do EaG apresenta indicadores sobre os recursos e a organização dos sistemas


educacionais: professores, ambiente de aprendizagem e organização das escolas. A presente
publicação destaca dois indicadores que retratam aspectos das condições de trabalho dos
professores brasileiros no contexto internacional.
Segundo especialistas da área de estudos educacionais da OCDE, os professores
destacam-se como o recurso mais importante nos sistemas educacionais para o alcance do
ensino de alta qualidade (Gomendio, 2017; Schleicher, 2014, 2018). A crise da Covid-19 reforçou
o papel dos professores na aprendizagem, desenvolvimento e bem-estar de seus alunos, além
da transmissão de conhecimentos e habilidades. Além disso, demonstrou o papel imprescindível
dos professores na facilitação da aprendizagem e coordenação de recursos como materiais para
o envolvimento dos alunos, ferramentas educacionais, socioemocionais e parentais.
DESTAQUES DO EDUCATION AT A GLANCE 2021

No entanto, muitos países enfrentam desafios persistentes para tornar a Educação uma
carreira atraente e intelectualmente gratificante, identificando práticas de ensino eficazes e
ajudando os professores a desenvolver o conhecimento e as habilidades necessárias para apoiar
o sucesso de seus alunos em um mundo em rápida mudança (OCDE, 2021). Nesse sentido, os
PANORAMA DA EDUCAÇÃO

indicadores sobre a remuneração e as condições de trabalho dos professores, apresentados a


seguir, ressaltam aspectos muito importantes para a atratividade, o aprimoramento e a retenção
de bons profissionais.

25
SALÁRIO DOS PROFESSORES

Entre as informações coletadas no Programa Ines junto aos países-membros e parceiros


da OCDE, o salário estatutário e a média do salário real dos professores (por etapa de ensino,
escolaridade, tempo na carreira e faixa etária) permitem conhecer as diferentes realidades das
condições da remuneração docente entre os países.
A definição de salário estatutário1 adotada pela OCDE refere-se aos salários das tabelas
oficiais/legais de remuneração dos países. Assim, no Brasil adotou-se como “salário estatutário
inicial” o piso nacional do magistério estabelecido por meio da Lei nº 11.738 no ano de 2008.
Essa lei estabeleceu o piso salarial para os profissionais do magistério público da educação
básica, com base na qualificação mínima de nível médio na modalidade normal e jornada semanal
de 40 horas.
Em 2018, o valor do piso nacional foi de R$ 2.455, equivalente a R$ 32.738 anual, incluindo
férias e 13° salário (USD 13.983 PPP). Ao comparar o piso do magistério no Brasil com a
remuneração estatutária inicial da carreira de professores dos anos finais do ensino fundamental
dos países-membros e parceiros da OCDE, verifica-se que o Brasil possui a menor remuneração
inicial legal da carreira docente entre os países (Gráfico 10). A média dos países-membros da
OCDE (USD 35.609 PPP) é 2,5 vezes maior que o piso nacional do magistério no Brasil.
Os salários reais para professores referem-se aos rendimentos médios anuais brutos
recebidos por professores em tempo integral, incluindo as gratificações e compensações
monetárias. Quando comparamos a média do salário real dos professores dos anos finais do
ensino fundamental de 25 a 64 anos de idade, o Brasil possui a terceira pior remuneração (USD
25.740 PPP), atrás apenas da Eslováquia e da Hungria. A média dos países da OCDE (USD
47.988 PPP) é quase duas vezes maior que a média salarial do Brasil (Gráfico 10).
DESTAQUES DO EDUCATION AT A GLANCE 2021
PANORAMA DA EDUCAÇÃO

1
O salário estatutário não engloba gratificações e outras compensações monetárias, de modo que a remuneração real
pode variar em razão de fatores como experiência, qualificação, tipo de instituição e, até mesmo, região geográfica.

26
USD equivalente
convertido em PPPs

160 000

140 000

120 000

100 000

80 000

60 000

40 000

20 000

Portugal
Escócia (Reino Unido)

República Eslovaca
Alemanha
Suíça
Dinamarca

Noruega

Suécia1, 2

Colômbia

Polônia
Irlanda

Coréia
Canadá

México
Peru
Espanha

Austrália
Áustria

França4

República Checa

Letônia

Costa Rica
Nova Zelândia

Grécia
Média OCDE

Inglaterra (Reino Unido)

Brasil
Luxemburgo

Estônia
Holanda

Finlândia

Média EU22

Eslovênia

Israel
Islândia

Lituânia

Chile
Itália
Estados Unidos1

Flamengo Comm. (Bélgica)3

Japão

Hungria
Comunidade Francesa (Bélgica)

Salário no início da carreira (qualificação mínima)


Média do salário real dos professores com 25 a 64 anos de idades
Salário no topo da carreira (qualificação máxima)

GRÁFICO 10
SALÁRIOS REAIS MÉDIOS DOS PROFESSORES DOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM
COMPARAÇÃO COM OS SALÁRIOS ESTATUTÁRIOS INICIAIS E NO TOPO DA ESCALA (2020)
Fonte: OCDE (2021, p. 351, tradução nossa).
Notas: 1. Salários-base reais.
2. Vencimentos de topo da carreira e qualificações mínimas, em vez das máximas.
3. Remunerações no topo da carreira e qualificações mais prevalentes, em vez das qualificações máximas.
4. Inclui a média de bônus fixos por horas extras.
Ver Tabela D3.3 (OCDE, 2021).
Consulte a seção Fonte para obter mais informações e o Anexo 3 para notas (OCDE, 2021).
Os países e as economias são classificados em ordem decrescente de salários iniciais para professores do ensino médio com as
qualificações mínimas.
USD equivalente convertido em PPS.

DESTAQUES DO EDUCATION AT A GLANCE 2021


PANORAMA DA EDUCAÇÃO

27
TAXA DE DESGASTE: DESISTÊNCIA/SAÍDA DA CARREIRA DOCENTE

A permanência ou retenção
de professores na carreira docente
representa um dos desafios para os O programa Ines desenvolveu dois métodos (sendo
sistemas de ensino e é preconizada um direto e outro indireto) de cálculo da taxa de
como uma importante meta da Agenda desgaste dos professores da carreira docente,
que corresponde à porcentagem de professores
2030 (meta 4.c.6) para assegurar a
de um determinado nível de ensino que saíram
educação de qualidade para todos.
definitivamente da profissão docente durante um
Entre os 14 países e as
período de referência. O método indireto de cálculo
economias com dados disponíveis do desgaste (proposto pela Unesco para a Meta
para o cálculo da taxa de desgaste 4.c.6 da Agenda 2030) baseia-se no número de
(que mede a saída ou desistência de professores em dois anos de referência sucessivos
professores da carreira docente) pelo e no número de professores que ingressaram
método indireto, metade apresentou na profissão docente entre esses dois anos de

taxa de desgaste superior a 8% dos referência.

professores da educação básica no Os dados reportados pelo Brasil do número de


ano de 2016. No Brasil, 8,5% dos professores que ingressaram na profissão em
professores deixaram a profissão em 2017, para compor o indicador, consideraram os
docentes que não atuaram em sala de aula nos
2016, sendo a maior taxa registrada
anos anteriores, no período de 2007 a 2016.
na educação infantil, com 9,4%.
Na rede pública, a saída de
professores da carreira docente foi
superior a 9% no Brasil, Suécia, Finlândia, Inglaterra e Noruega. Destaca-se que apenas no Brasil
e na Suécia os professores da rede pública apresentam maior taxa de desistência ou saída da
carreira docente do que os professores da rede privada (Gráfico 11).

28
%
12
10
8
6
4
2
0

Francesa (Bélgica)
Países Baixos
Unido)

Suécia

Irlanda1
Noruega

Chile

Colômbia1, 2
Flamenga (Bélgica)1

Lituânia
Brasil

Israel
Inglaterra (Reino

Comunidade

Comunidade
Austria1

Estônia1
Finlândia1, 2

Público Total (Público e Privado)

GRÁFICO 11
TAXA DE DESGASTE DA CARREIRA DOCENTE POR TIPO DE INSTITUIÇÃO (2016)
Fonte: OCDE (2021, p. 411, tradução nossa).
Notas: 1. Verificar dados de cobertura na tabela de origem para obter detalhes.
2. O ano de referência difere de 2016. Consulte a tabela de origem para obter detalhes.
Método indireto do cálculo da desistência/saída de professores da carreira docente na educação básica (todas as etapas de ensino
combinadas)
Os países e as economias são classificados em ordem decrescente das taxas estimadas de desgaste nas instituições públicas.
Ver Tabela D7.1 (OCDE, 2021).
Consulte a seção Fonte para obter mais informações e o Anexo 3 para notas (OCDE, 2021).

Entre os países e as economias com dados disponíveis para o cálculo da taxa de desgaste
de todas as etapas de ensino e redes pública e privada combinadas, as taxas dos professores
da educação básica do sexo masculino são iguais ou superiores às de colegas do sexo feminino.
No Brasil, a diferença de gênero nas taxas de desgaste dos professores é maior na rede pública
e na educação infantil. Nessa etapa de ensino, enquanto 12,8% dos homens saíram da profissão,
9,3% das mulheres desistiram da carreira. Já na rede pública, essas taxas foram de 13,3% e
9,3%, respectivamente.
A desistência no início da carreira é uma característica marcante no Brasil, assim como
na Noruega, Suécia, Finlândia2 e Áustria (Gráfico 12). Na rede pública, a taxa de desgaste dos
professores com até 25 anos de idade foi de 32,5%, enquanto no total (redes pública e privada)
foi de 25,7%.
DESTAQUES DO EDUCATION AT A GLANCE 2021
PANORAMA DA EDUCAÇÃO

2
A alta taxa de desgaste entre os professores mais jovens na Finlândia deve ser relativizada, visto o baixo número
de docentes na faixa etária até 24 anos (cerca de 1% dos professores da educação básica), dado que a qualificação
mínima exigida para professores primários e secundários é um diploma de mestrado.

29
Diferença em pontos

50

40

30

20

10

-10

os

ni ra
ca a

gi a
ga

ile
a1
,2
ia

el
il

gi g

él es
da
as

)1

U ter
éc

ix
a1

ra

Ch

él en

)
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Ba
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an
Su

Is

no la
(B am
or

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ei ng
Irl

Fr
es
N

ân

Fl

(R I
ís

e
nl

ad
Pa
Fi

ad

id
id

un
un

m
m

Co
Co
Público (Menor que 25 anos) Público (55 anos ou mais)
Público (25 a 34 anos) Total (Público e Privado) (dos grupos etários correspondentes)
Público (45 a 54 anos)

GRÁFICO 12
DIFERENÇA NAS TAXAS DE DESGASTE DOS PROFESSORES DA CARREIRA DOCENTE POR
GRUPOS ETÁRIOS EM COMPARAÇÃO COM PROFESSORES COM IDADE ENTRE 35-44 (2016)
Fonte: OCDE (2021, p. 418, tradução nossa).
Notas: 1. Valores positivos indicam que as taxas de evasão são mais altas para a faixa etária selecionada do que para professores de 35 a
44 anos. Valores negativos indicam que as taxas de evasão são menores para a faixa etária selecionada do que para professores
de 35 a 44 anos.
2. A cobertura difere da cobertura indicada. Consulte a tabela de origem para obter detalhes.
3. O ano de referência difere de 2016.
Ver Tabela D7.1 (OCDE, 2021).
Consulte a seção Fonte para obter mais informações e o Anexo 3 para notas OCDE (2021).
Método indireto do cálculo da saída de professores da carreira docente na educação básica (todas as etapas de ensino combinadas),
por tipo de instituição.
Os países e as economias são classificados em ordem decrescente da diferença das taxas de evasão entre professores na faixa
etária mais jovem (com menos de 25 anos) e professores com idade entre 35-44 em instituições públicas.
REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008. Regulamenta a alínea “e” do inciso III do caput
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