05 Furação
05 Furação
05 Furação
Definição
A furação é um processo de
usinagem que tem por objetivo a
geração de furos cilíndricos, em uma
peça, através do movimento relativo
de rotação entre a peça e a
ferramenta, denominada broca.
Apesar da importância do processo,
este recebeu poucos avanços até
alguns anos, enquanto outros
processos (como torneamento e
fresamento) progrediram mais
rapidamente com a introdução de
novos materiais para ferramentas.
No entanto, nos últimos anos têm
crescido a utilização de centros de
usinagem CNC (Controle Numérico
Computadorizado) no processo de
furação, promovendo vários
desenvolvimentos com os materiais
de ferramentas de furação.
1
Variações do processo de furação
O processo de furação pode apresentar variações características do processo:
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Particularidades do processo de furação
Em termos de tolerância geométrica
este processo também apresenta
dificuldades, fazendo com que o
comprimento do furo não possa ser
muito grande (L/D máximo da ordem de
3), sob risco de ocorrência de
excentricidade;
Para furos de precisão, normalmente é
empregada uma broca helicoidal e
depois o furo passa por operações de
acabamento, tais como alargamento,
brochamento, mandrilamento,
torneamento interno, retificação
interna, etc.;
Devido à pouca rigidez e potência das
furadeiras, muitas vezes, para a
execução de furos médios, é necessário
primeiramente usinar um pré-furo de
diâmetro menor;
Cinemática do processo
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Cinemática do processo
O movimento relativo entre peça e ferramenta pode se dar segundo as
seguintes variações:
Variações do processo de furação: (a) peça fixa e rotação e avanço da broca; (b) Peça
gira e avanço promovido pela broca; (c) Broca fixa e rotação e avanço da peça; (d)
Peça e ferramenta giram e avançam simultaneamente.
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Erros comuns na geometria do furo
É característica do processo de furação a
constatação de alguns erros que
comprometem a qualidade do serviço:
• Erros de forma: diâmetro não
uniforme;
• Rebarba: rebarba na entrada ou
saída do furo;
• Erros de posicionamento:
deslocamento do centro do furo
• Erros de circularidade: seção circular
distorcida
• Erros de dimensão: diâmetro
resultante diferente da broca
A broca
• Forma da haste
• Medida do diâmetro
• Material de fabricação
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A broca – Forma da haste
Para uso industrial, as brocas podem ser de dois tipos principais:
(a)
(b)
Tipos de broca quanto a forma da haste: (a) Broca de haste cilíndrica (b) broca
de haste cônica
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A broca – medidas do diâmetro
• O diâmetro da broca é medido entre duas guias, sendo a tolerância de
fabricação h8;
• O diâmetro do núcleo (Dn) é da ordem de 0,16⋅D;
• Apresentam medidas padronizadas, podendo ser expressas tanto e
milímetros quanto em polegadas;
• Brocas de haste cilíndrica não normalizadas até D = 20mm;
• Para brocas de diâmetro superiores a 15mm, dá-se preferência a hastes
cônicas, uma vez que permite a fixação mais precisa da ferramenta;
• Tenacidade
• Resistência a compressão
• Resistência a abrasão
• Resistência térmica
• Resistência ao choque e a
fadiga
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A broca – material de fabricação
Em função do material, as brocas podem ter as seguintes formas
constitutivas:
b) Aço rápido
Caracterizam-se por:
• Serem largamente empregado na fabricação de brocas (fácil
reprocessamento e bons requisitos técnicos);
• São temperadas, sofrem tratamento superficial (nitretação) e
freqüentemente são revestidas (TiN);
• Ferramentas não integrais.
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A broca – material de fabricação
c) Metal duro
Caracterizam-se por:
• Homogeneidade, elevadas dureza, resistência à compressão e ao
desgaste à quente;
• As velocidades de corte podem ser até 3 vezes maiores que as
utilizadas com ferramentas de aço rápido;
• Qualidade do furo - 3 classes IT melhores que os obtidos na usinagem
com aço rápido;
• Aplicação de ferramentas de metal duro exige máquinas com
características de velocidade, potência, refrigeração e rigidez
adequadas;
• Brocas podem ser maciças (maior aceitação) ou com insertos
intercambiáveis – com ou sem revestimento
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Geometria de brocas helicoidais
As brocas são classificadas segundo três tipos:
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Geometria de brocas helicoidais
• Broca tipo W → São indicadas para materiais macios e/ou que produzem
cavaco longo.
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Condições para o corte em brocas helicoidais
Obs.: É importante notar que, quando as arestas principais da broca não estão
igualmente afiadas, o esforço de corte de uma aresta é diferente do esforço da
outra, podendo causar flexão da ferramenta.
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Forças e potências de corte
Dado os três tipos de resistência que a broca helicoidal tem que vencer para
realizar o corte, tem-se:
Onde:
Momento torçor
Força de avanço
a, b e c = contribuição das resistências a, b e c citadas anteriormente aos
esforços
e
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Forças e potências de corte
Coeficientes C1, x1 e y1 da equação de Kronenberg para obtenção do Momento
Torsor na furação em cheio
Onde:
D = diâmetro da broca [mm]
do = diâmetro do pré-furo [mm]
f = avanço [mm/volta]
C3, z3 e x3 = constantes empíricas do material da peça
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Forças e potências de corte
Coeficientes C2, x2 e y2 da equação de H. Daar para obtenção da Força de Avanço
na furação em cheio
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Forças e potências de corte
d) Fórmula de H. Daar para a determinação da Força de avanço na furação com
pré-furação
Onde:
D = diâmetro da broca [mm]
do = diâmetro do pré-furo [mm]
f = avanço [mm/volta]
C4, x4 e y4 = constantes empíricas do material da peça
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Forças e potências de corte
e) Fórmula de Kienzle para a determinação do Momento de torção para furação
em cheio
= !χ [kgf⋅mm]
∙ !χ
Onde:
D = diâmetro da broca [mm]
f = avanço [mm/volta]
χ = ângulo de posição
ks1 e (1-z) = const. empíricas do material da peça
= !χ [kgf⋅mm]
∙ !χ
Onde:
D = diâmetro da broca [mm]
do = diâmetro do pré-furo
f = avanço [mm/volta]
χ = ângulo de posição
ks1 e (1-z) = const. empíricas do material da peça
Obs.:
Devido ao caráter geral da fórmula de Kienzle, podem ser usados os coeficientes ks1 e
(1-z) obtidos para o torneamento como aproximação para furação em cheio e furação
com pré-furação para materiais tabelados (considerar χ = 45º)
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Forças e potências de corte
ks 1-z
1
∙ ∙ ∙ #
= ⇒ "
= [CV]
$% ∙ &' ∙
∙ ∙ ∙ #
= ⇒ "
= [CV]
+ $% ∙ &' ∙ +
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Forças e potências de corte
Potência de Avanço (Nf)
Quando o movimento de avanço for dado pela máquina, a potência de avanço será dada
pela fórmula geral:
∙ #
" = [CV]
%%% ∙ $% ∙ &'
"
+ " Onde, η é o rendimento mecânico do motor e
"( = [CV]
η se situa entre 60 e 90%
"
"( = [CV]
η
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Avanço máximo permissível
b) Cálculo do avanço máximo permissível levando-se em conta a máxima força
de penetração da furadeira
Onde:
(á
D = diâmetro da broca [mm]
(á = [mm/volta] f = avanço [mm/volta]
∙
C2, x2 e y2 = constantes empíricas do material da
peça
Onde:
D = diâmetro da broca [mm]
&$%%∙"( ∙η
(á = [mm/volta] f = avanço [mm/volta]
!∙ ∙
Nm = Potência do motor [CV]
η = eficiência do motor da máquina
C1, x1 e y1 = constantes empíricas do material da
peça
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Seleção de velocidade de corte e avanço
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Desgaste em brocas helicoidais
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Desgaste em brocas helicoidais
Vida da broca
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Vida da broca
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