Untitled
Untitled
Untitled
2020 / 2023
Vice-Presidente
Gabriel Costa Osanan
Secretária
Samira El Maerrawi Tebecherane Haddad
Membros
Adriana Amorim Francisco
Alexandre Massao Nozaki
Brena Carvalho Pinto de Melo
Breno José Acauan Filho
Carla Betina Andreucci Polido
Eduardo Cordioli
Frederico Jose Amedee Peret
Gilberto Nagahama
Laises Braga Vieira
Lucas Barbosa da Silva
Marcelo Guimarães Rodrigues
Rodrigo Dias Nunes
Roxana Knobel
Descritores
Hemorragia pós-parto/ prevenção & controle; Manejo; Uterotônicos; Ácido tranexâmico;
Tamponamento; Vestuário antichoque; Suturas hemostáticas; Histerectomia
Como citar?
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Hemorragia
pós-parto. São Paulo: FEBRASGO; 2021 (Protocolo FEBRASGO-Obstetrícia, n. 36/Comissão
Nacional Especializada em Urgências Obstétricas).
Introdução
A hemorragia pós-parto (HPP) é uma das principais causas de mor-
bimortalidade materna no mundo. HPP é responsável por 150 mil
mortes por ano em todo o mundo, o que corresponde a aproximada-
mente uma morte a cada quatro minutos e a 25% do total de óbitos
maternos mundiais.(1) A maioria dessas mortes ocorre em países em
desenvolvimento e poderia ser evitada por medidas de complexida-
de variável.(1-3) No Brasil, HPP é a segunda causa de morte materna e
uma importante causa de morbidade materna no mundo.(3-6)
* Este protocolo foi elaborado pela Comissão Nacional Especializada em Urgências Obstétricas e
validado pela Diretoria Científica como Documento Oficial da FEBRASGO. Protocolo FEBRASGO de
Obstetrícia, n. 36. Acesse: https://www.febrasgo.org.br/
Todos os direitos reservados. Publicação da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e
Obstetrícia (FEBRASGO).
Estratificação de risco
A maioria dos quadros de HPP ocorre em pacientes sem fatores de
risco evidentes, contudo pacientes de risco apresentam quadros
hemorrágicos que tendem a ser mais graves e ameaçadores.(2,3) Sua
realização oportuniza medidas de cuidado que podem prevenir um
Quatro partos vaginais ou mais Avaliar acesso venoso periférico (Jelco 16G)
Corioamnionite Tipagem sanguínea
História prévia de atonia uterina ou Identificação do risco da paciente
hemorragia obstétrica
Obesidade materna (índice de
massa corporal > 35 kg/m2)
Indução de parto
Placenta prévia ou de inserção Manejo ativo do terceiro estágio
baixa Observação rigorosa por uma a duas horas em
Pré-eclâmpsia grave local adequado*
Hematócrito inferior a 30% + Estimular presença do acompanhante para
fatores de risco ajudar a detectar sinais de alerta
Plaquetas < 100.000/mm3 Hemograma
Sangramento ativo à admissão Acesso venoso periférico (Jelco 16G)
Alto
Prevenção da hemorragia
O universal da ocitocina profilática após todos os partos é a medi-
da mais eficaz na profilaxia da HPP e deve ser inserida como pro-
cedimento de rotina em todas as maternidades (Tabela 3).(2,3,5,7-11,16-20)
Prevenção medicamentosa universal com ocitocina: na lite-
ratura, há diversas propostas de esquemas profiláticos. (2,3,5,7-11,16-21)
Contudo, o esquema de 10 UI de ocitocina, via intramuscular, pro-
posto pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO), é
o mais utilizado atualmente.(3,7) As divergências aumentam quando
se discute a profilaxia por via endovenosa, situação mais comum du-
rante as cesarianas (Tabela 4).(2,3,5,7-11,17-25)
Deve-se ressaltar que pacientes com trabalho de parto prolon-
gado ou induzidas com altas doses de ocitócito são menos respon-
sivas à ocitocina(22-25) e esquemas endovenosos profiláticos devem se
associar à infusão de manutenção de ocitocina (utilizando bomba de
infusão contínua) pela sua meia-vida curta.(3,5,8,9,22,23)
Na ausência da disponibilidade de ocitocina para prevenir HPP,
outros uterotônicos, como metilergometrina (contraindicada nos
casos de doença hipertensiva) associada ou não à ocitocina, carbeto-
cina (se o custo for comparável ao de outros uterotônicos) ou miso-
prostol, poderão ser considerados e utilizados.(35)
Tratamento da hemorragia
O tratamento da hemorragia deve ter foco na causa da hemorragia.(50)
A capacitação das equipes e a criação de ambiência hospitalar favore-
cem o sucesso do tratamento. Nesse sentido, a OPAS-Brasil propõe um
kit de emergência de HPP com fluxograma e checklist para sequencia-
mento do atendimento, disponível no final desse protocolo.(3)
Recomendações gerais:
_
Preenchê-lo com soro aquecido ou a temperatura ambiente para evitar hipotermia (não usar
líquidos frios).
_
Capacidade volumétrica máxima usual do BIT: 500 mL (mas pode variar; conferir com o
fabricante).
_
Tempo de permanência máximo: por até 24 h.
_
Manter o uso de uterotônicos e antibioticoprofilaxia durante o seu uso.
_
Se falha em conter o sangramento na atonia, será indicada abordagem cirúrgica.
_
Retirada gradual em local adequado pelo risco de reativação de um sangramento uterino.
Traje antichoque não pneumático (TAN)
O que é? Veste de neoprene que realiza pressão circunferencial nos membros inferiores, na pelve
e no abdome. Determina redução do foco de sangramento e redirecionamento do sangue para as
partes superiores do corpo.
Sua retirada exige critérios mínimos e cuidados que devem ser rigorosamente seguidos. Retirar
em local adequado e sob monitoração pelo risco de reativação do sangramento e necessidade de
reabordagem.
Critérios mínimos para retirada do TAN: sangramento inferior a 50 m/h, nas últimas duas horas,
associado a frequência cardíaca ≤ 100 bpm, ePAS > 90-100mmHg, eHb > 7 g/dL.
“Regra dos 20” para retirada segura de TAN: monitorar a paciente durante 20 minutos após a
retirada de cada segmento de TAN. Se reduzir PAS ≥ 20 mmHg ou elevar FC ≥ 20 bpm após a
retirada de qualquer segmento, deve-se reposicionar imediatamente todo o traje, iniciando-se do
segmento #1.
Tratamento cirúrgico
Há situações em que a única opção para controlar o foco sangran-
te é a abordagem cirúrgica. Além disso, nos casos de atonia uterina,
laparotomia estará indicada quando fármacos uterotônicos e o balão
de tamponamento intrauterino não forem suficientes para controlar
a HPP (Quadro 3).(2,3,5,9-11,14,16,18,19,71-84)
Ressuscitação hemostática
As estratégias atuais de tratamento do choque hemorrágico têm
como objetivo controle rápido do sangramento, restauração da per-
fusão tecidual e abordagem precoce da coagulopatia.(3,5,8,9)
Infusão racional de líquidos: avaliar a paciente a cada 250 a
500 mL de cristaloides infundidos para determinar sua resposta
hemodinâmica e a melhor conduta a ser considerada naquele mo-
mento.(3,5,8,87) Os fluidos devem ser aquecidos para evitar hipoter-
mia. Tem-se evitado o uso de coloides.(3,5,8,9) Aquelas pacientes com
resposta inadequada (recorrência ou manutenção de instabilidade
hemodinâmica), após infusão de 1.500 mL de soro fisiológico (ou
ringer lactato), são candidatas à hemotransfusão.(3,5)
Transfusão de hemocomponentes e hemoderivados: pa-
cientes com instabilidade hemodinâmica são candidatas à hemo-
transfusão imediata, assim como aquelas que já receberam 1.500
mL de cristaloides e não apresentaram resposta adequada (rápida
e sustentada) à infusão destes.(3,5) Pacientes com HPP desenvolvem,
de forma mais precoce, quadros de hipofibrinogenemia. Deve-se
manter fibrinogênio acima de 200 mg/dL.(86-88) Aquelas pacientes
com fibrinogênio menor que 200 mg/dL devem receber uma dose
de adulto de crioprecipitado ou 2 g de concentrado de fibrinogênio.
(3,5,8,89)
Deve-se ter protocolos de transfusão maciça que contemplem
a liberação de transfusão de sangue 0 negativo sem prova cruzada
em pacientes com instabilidade hemodinâmica e sem sangue re-
servado (Quadro 4).(3,5,8,9,90-93)
Referências
1. Khan KS, Wojdyla D, Say L, Gülmezoglu AM, Van Look PF. WHO analysis of causes
of maternal death: a systematic review. Lancet. 2006;367(9516):1066–74.
2. Sentilhes L, Merlot B, Madar H, Sztark F, Brun S, Deneux-Tharaux C. Postpartum
haemorrhage: prevention and treatment. Expert Rev Hematol. 2016;9(11):1043–
61.
3. Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Recomendações assistenciais
para prevenção, diagnóstico e tratamento da hemorragia obstétrica. Brasília (DF):
OPAS; 2018.
4. Organización Pan-Americana de la Salud (OPAS). Informe final del plan regional
para acelerar la reducción de la mortalidad materna y la morbilidad materna
grave. Washington: OPAS; Enero 2018.
5. Minas Gerais. Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). Diretrizes de hemorragias
puerperais: prevenção e tratamento [Internet]. Belo Horizonte (MG): SES-MG;
2017. [citado 2017 Ago 1]. Disponível em: http://www.saude.mg.gov.br/images/
documentos/Diretrizes%20Zero%20Morte%20Materna%20.pdf
6. De Mucio B, Abalos E, Cuesta C, Carroli G, Serruya S, Giordano D, et al.; Latin
American Near Miss Group (LANe-MG). Maternal near miss and predictive ability
of potentially life-threatening conditions at selected maternity hospitals in Latin
America. Reprod Health. 2016;13(1):134.
7. Lalonde A; International Federation of Gynecology and Obstetrics. Prevention and
treatment of postpartum hemorrhage in low-resource settings. Int J Gynaecol
Obstet. 2012;117(2):108–18.
8. Soares EC, Osanan GC, Bastos CO. Anestesia nas síndromes hemorrágicas da
gestação. In: Cangiani LM, Carmna MJ, Torres ML, Bastos CO, Ferez D, Silva ED, et
al. editores. Tratado de anestesiologia. 8a ed. São Paulo: SAESP; 2017. p.2313-
32.
9. Belo Horizonte (cidade) Secretaria Municipal de Saúde (SES-PBH). Protocolo
hemorragia puerperal [Internet]. Belo Horizonte (MG): SES-PBH; 2016. [citado
2018 Ago 1]. Disponível em: http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.
do?app=saude&idConteudo=225873
10. Mavrides E, Allard S, Chandraharan E, Collins P, Green L, Hunt BJ, et al. Thomson
AJ on behalf of the Royal College of Obstetricians and Gynaecologists (RCOG).
Prevention and management of postpartum haemorrhage. BJOG. 2016;124:e106–
49.
11. Leduc D, Senikas V, Lalonde AB; COMITÉ DE PRATIQUE CLINIQUE-OBSTÉTRIQUE.
[Active management of the third stage of labor: Prevention and management of
postpartum hemorrhage]. J Obstet Gynaecol Can. 2009;31(11):1068-84. French.
12. Dossou M, Debost-Legrand A, Déchelotte P, Lémery D, Vendittelli F. Severe
secondary postpartum hemorrhage: a historical cohort. Birth. 2015;42(2):149–
55.
13. Hoveyda F, MacKenzie IZ. Secondary postpartum haemorrhage: incidence,
morbidity and current management. BJOG. 2001;108(9):927–30.
14. Florida Perinatal Quality Collaborative (FPQC). Florida Obstetric
Hemorrhage Initiative Toolkit: A quality improvement initiative for obstetric
hemorrhage management. Florida: FPQC; 2015. p.60. [cited 2018 Aug
1]. Available from: http://health.usf.edu/publichealth/chiles/fpqc/~/
media/5EB396812B504B2ABC336812AE82D412.ashx
15. Sosa CG, Althabe F, Belizán JM, Buekens P. Risk factors for postpartum
hemorrhage in vaginal deliveries in a Latin-American population. Obstet Gynecol.
2009;113(6):1313–9.
16. World Health Organization (WHO). WHO recommendations for the prevention and
treatment of postpartum haemorrhage [Internet]. Genève: WHO; 2012. [cited
2018 Aug 1]. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK131942/
pdf/Bookshelf_NBK131942.pdf
17. Armbruster D. Lalonde A, Engelbrecht S, Carbonne B. Active management of the
third stage of labor: current evidence, instructions for use and global programmatic
activities. In: A Comprehensive textbook of postpartum hemorrhage. an essential
clinical reference for effective management. 2nd ed. London. 2012. Cap. 15,
p.113-28. [cited 2018 Aug 1]. Available from: http://www.glowm.com/pdf/
PPH_2nd_edn_Chap-15.pdf
18. Committee on Practice Bulletins-Obstetrics. Practice Bulletin No. 183: postpartum
Hemorrhage. Obstet Gynecol. 2017;130(4):e168–86.
19. Sentilhes L, Vayssière C, Deneux-Tharaux C, Aya AG, Bayoumeu F, Bonnet MP, et al.
Postpartum hemorrhage: guidelines for clinical practice from the French College
of Gynaecologists and Obstetricians (CNGOF): in collaboration with the French
Society of Anesthesiology and Intensive Care (SFAR). Eur J Obstet Gynecol Reprod
Biol. 2016;198:12–21.
20. Kuzume A, Sugimi S, Suga S, Yamashita H, Yasuhi I. The Routine Use of Prophylactic
Oxytocin in the Third Stage of Labor to Reduce Maternal Blood Loss. J Pregnancy.
2017;2017:3274901.
21. Dahlke JD, Mendez-Figueroa H, Maggio L, Hauspurg AK, Sperling JD, Chauhan SP,
et al. Prevention and management of postpartum hemorrhage: a comparison of 4
national guidelines. Am J Obstet Gynecol. 2015;213(1):76.e1–10.
22. Stephens LC, Bruessel T. Systematic review of oxytocin dosing at caesarean
section. Anaesth Intensive Care. 2012;40(2):247–52.
23. Balki M, Tsen L. Oxytocin protocols for cesarean delivery. Int Anesthesiol Clin.
2014;52(2):48–66.
24. Balki M, Ronayne M, Davies S, Fallah S, Kingdom J, Windrim R, et al. Minimum
oxytocin dose requirement after cesarean delivery for labor arrest. Obstet
Gynecol. 2006;107(1):45–50.
25. Carvalho JC, Balki M, Kingdom J, Windrim R. Oxytocin requirements at elective
cesarean delivery: a dose-finding study. Obstet Gynecol. 2004;104(5 Pt 1):1005–
10.
26. Fogarty M, Osborn DA, Askie L, Seidler AL, Hunter K, Lui K, et al. Delayed vs
early umbilical cord clamping for preterm infants: a systematic review and meta-
analysis. Am J Obstet Gynecol. 2018;218(1):1–18.
27. Tarnow-Mordi W, Morris J, Kirby A, Robledo K, Askie L, Brown R, et al.; Australian
Placental Transfusion Study Collaborative Group. Delayed versus immediate cord
clamping in preterm infants. N Engl J Med. 2017;377(25):2445–55.
28. Duley LM, Drife JO, Soe A. Weeks AD on behalf of the Royal College of Obstetricians
and Gynaecologists (RCOG). Clamping of the umbilical cord and placental
transfusion. Scientific Impact Paper No. 14 [Internet]. [cited 2018 Aug 1].
Available from: www.rcog.org.uk/globalassets/documents/guidelines/scientific-
impact-papers/sip-14.pdf
29. McDonald SJ, Middleton P, Dowswell T, Morris PS. Effect of timing of umbilical cord
clamping of term infants on maternal and neonatal outcomes. Cochrane Database
Syst Rev. 2013;(7):CD004074.
30. Althabe F, Alemán A, Tomasso G, Gibbons L, Vitureira G, Belizán JM, et al. A pilot
randomized controlled trial of controlled cord traction to reduce postpartum blood
loss. Int J Gynaecol Obstet. 2009;107(1):4–7.
31. Jiang H, Qian X, Carroli G, Garner P. Selective versus routine use of episiotomy for
vaginal birth. Cochrane Database Syst Rev. 2017;2(2):CD000081.
32. de Leeuw JW, de Wit C, Kuijken JP, Bruinse HW. Mediolateral episiotomy reduces
the risk for anal sphincter injury during operative vaginal delivery. BJOG.
2008;115(1):104–8.
33. Novikova N, Hofmeyr GJ, Cluver C. Tranexamic acid for preventing postpartum
haemorrhage. Cochrane Database Syst Rev. 2015;(6):CD007872.
49. El Ayadi AM, Nathan HL, Seed PT, Butrick EA, Hezelgrave NL, Shennan AH, et al.
Vital Sign Prediction of Adverse Maternal Outcomes in Women with Hypovolemic
Shock: The Role of Shock Index. PLoS One. 2016;11(2):e0148729.
50. Clark SL, Hankins GD. Preventing maternal death: 10 clinical diamonds. Obstet
Gynecol. 2012;119(2 Pt 1):360–4.
51. Shakur H, Roberts I, Fawole B, Chaudhri R, El-Sheikh M, Akintan A, et al.; WOMAN
Trial Collaborators. Effect of early tranexamic acid administration on mortality,
hysterectomy, and other morbidities in women with post-partum haemorrhage
(WOMAN): an international, randomised, double-blind, placebo-controlled trial.
Lancet. 2017;389(10084):2105–16.
52. World Health Organization (WHO). WHO recommendation on tranexamic acid for
the treatment of postpartum haemorrhage. Geneva: WHO; 2017. p. 48.
53. Gayet-Ageron A, Prieto-Merino D, Ker K, Shakur H, Ageron FX, Roberts I,
et al.; Antifibrinolytic Trials Collaboration. Effect of treatment delay on the
effectiveness and safety of antifibrinolytics in acute severe haemorrhage: a meta-
analysis of individual patient-level data from 40 138 bleeding patients. Lancet.
2018;391(10116):125–32.
54. Vintejoux E, Ulrich D, Mousty E, Masia F, Marès P, de Tayrac R, et al. Success factors
for Bakri™ balloon usage secondary to uterine atony: a retrospective, multicentre
study. Aust N Z J Obstet Gynaecol. 2015;55(6):572–7.
55. Jelks A, Berletti M, Hamlett L, Hugin M. Nonpneumatic antishock garment combined
with bakri balloon as a nonoperative “uterine sandwich” for temporization of
massive postpartum hemorrhage from disseminated intravascular coagulation.
Case Rep Obstet Gynecol. 2015;2015:124157.
56. Wright CE, Chauhan SP, Abuhamad AZ. Bakri balloon in the management of
postpartum hemorrhage: a review. Am J Perinatol. 2014;31(11):957–64.
57. Grönvall M, Tikkanen M, Tallberg E, Paavonen J, Stefanovic V. Use of Bakri balloon
tamponade in the treatment of postpartum hemorrhage: a series of 50 cases from
a tertiary teaching hospital. Acta Obstet Gynecol Scand. 2013;92(4):433–8.
58. Ajayi OA, Sant M, Ikhena S, Bako A. Uterine rupture complicating sequential
curettage and Bakri balloon tamponade to control secondary PPH. BMJ Case Rep.
2013;2013 feb06 1:bcr2012007709.
59. Tindell K, Garfinkel R, Abu-Haydar E, Ahn R, Burke TF, Conn K, et al. Uterine
balloon tamponade for the treatment of postpartum haemorrhage in resource-
poor settings: a systematic review [Review]. BJOG. 2013;120(1):5–14.
60. Nelson WL, O’Brien JM. The uterine sandwich for persistent uterine atony:
combining the B-Lynch compression suture and an intrauterine Bakri balloon. Am
J Obstet Gynecol. 2007;196(5):e9–10.
61. Georgiou C. Balloon tamponade in the management of postpartum haemorrhage:
a review. BJOG. 2009;116(6):748–57.
62. Dabelea V, Schultze PM, McDuffie RS Jr. Intrauterine balloon tamponade in the
management of postpartum hemorrhage. Am J Perinatol. 2007;24(6):359–64.
Continuação.
F. Foco na atonia: se atonia confirmada, associada ou enquanto se procura outro foco
____Compressão uterina bimanual (iniciar imediatamente, enquanto se aguarda o efeito dos
uterotônicos)
____Ocitocina (5 UI, EV, lentamente + SF a 0,9% 500 mL com 20 UI de ocitócito (quatro
ampolas) a 250 mL/h
____Metilergometrina (uma ampola de 0,2 mg, via IM)
____Misoprostol (800 µg, via retal)
____Ácido tranexâmico 1 g, via EV, lentamente, em dez minutos, logo após o início do
sangramento e dentro das primeiras três horas (concomitantemente aos uterotônicos).
____Balão de tamponamento intrauterino: se falha do tratamento medicamentoso. Avaliar
associação com TAN
G. Geral: avaliação pós-abordagem inicial
____ Reavaliação da hemorragia e do estado hemodinâmico da paciente (índice de choque)
____ Traje antichoque não pneumático nas pacientes com instabilidade hemodinâmica ou na
iminência de apresentá-la
____ Transfusão de hemocomponentes caso seja necessário (basear-se na clínica da paciente)
____Evitar hipotermia. Tax: 15’/15’ min na primeira hora. Soro aquecido. Manta térmica e/ou
cobertores
____Se falha tratamento conservador: avaliar tratamento cirúrgico
H. Hora de avaliar tratamento cirúrgico/laparotomia
___ Sutura compressiva (B-Lynch, Hayman, Cho, outras)
___ Ligadura de vasos (uterinas e/ou ovarianas, hipogástricas)
___ Histerectomia
___ Damage control (empacotamento abdominal e outros)
I. Intensa observação pós-hemorragia
___ Monitorização rigorosa no pré-parto (ou sala equivalente) nas primeiras 24 horas
___ Não encaminhar paciente à enfermaria (ou equivalente): risco de falta de monitorização
rigorosa
___Centro de terapia intensiva de acordo com a gravidade
Fonte: adaptado de Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Recomendações assistenciais
para prevenção, diagnóstico e tratamento da hemorragia obstétrica. Brasília (DF): OPAS; 2018.(3)
HEMORRAGIA PÓS-PARTO
“HORA DE OURO”
TÔNUS*#
(TRATAMENTO DA ATONIA) TECIDO*#
(REVISÃO CAVIDADE UTERINA) TRAJETO*#
COMPRESSÃO UTERINA
(REVISÃO CANAL PARTO) TROMBINA*#
BIMANUAL (imediato) DEQUITAÇÃO DEMORADA:
+ (COAGULOPATIA)
(>30-45 min. sem sangramento SUTURA DAS LACERAÇÕES
OCITOCINA excessivo: Retenção placentária) (revisão colo uterino/cavidade TESTES COAGULAÇÃO
5UI EV lento (3 min) seguido de
vagina/sítio cirúrgico) + HISTÓRIA CLÍNICA
SF0,9% - 500 ml com 20U ocitócito a EXTRAÇÃO MANUAL PLACENTA
250 ml/h, EV (doenças, medicação)
SEGUIDA DE CURETAGEM HEMATOMAS
METILERGOMETRINA (toque vaginal/revisão direta TRATAMENTOS:
(Se sem plano de clivagem não insistir: canal parto ou região cirúrgica)
01 ampola, 0.2mg, IM risco de hemorragia grave. PENSAR ESPECÍFICOS
NÃO UTILIZAR EM HIPERTENSÃO AVALIAR EXPLORAÇÃO Relacionado à causa
ACRETISMO. VIDE CONDUTA ABAIXO) CIRÚRGICA +
MISOPROSTOL ACRETISMO PLACENTÁRIO: ADJUVANTE
(800mcg, via retal) INVERSÃO UTERINA: (Exe: TAN)
NÃO RETIRAR PARTE DA PLACENTA.
(início de ação por via retal:±15 min) MANOBRA DE TAXE +
Avaliar histerectomia com placenta
Se falha: Laparotomia TRANSFUSÃO
em sítio ou clampear o cordão e
BALÃO TAMPONAMENTO deixar placenta no local sem
INTRAÚTERINO (Avaliar TAN) manipulá-la. ROTURA UTERINA:
AVALIAR LAPAROTOMIA CUIDADO COM CIRURGIA
LAPAROTOMIA
Se cirurgia em curso
RESTOS PÓS-DEQUITAÇÃO: (Rever segmento uterino de
aventar cirurgia de controle
Revisão cavidade uterina pacientes c/ cesárea prévia,
de danos
CURETAGEM após parto vaginal)
*Ácido tranexâmico: como tratamento adjuvante na hpp: 1 grama, EV, lento, em 10 minutos, dentro das primeiras 3 horas
#Traje antichoque não pneumático nas pacientes com ou iminência de instabilidade hemodinâmica
Transfusão: se instabilidade hemodinâmica ou avaliarapós 1500 ml de cristaloides e hpp grave
Avaliartratamento cirúrgico\laparotomia se falha do tratamento conservador
Combater a hipotermia:avaliar o uso de mantas térmicas/cobertores/soro aquecido