Criatividade e Inovação - Guia Do Apre
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A. INTRODUÇÃO
O homem cria, não apenas porque quer, ou porque gosta, e sim
porque precisa; e ele só pode crescer, enquanto ser humano,
coerentemente, ordenando, dando forma, criando (Fayga Ostrower).
Caro aprendiz do Programa Formare, neste Guia vamos procurar contribuir para o
desenvolvimento de sua capacidade de gerar ou propor, individual e coletivamente,
ideias para soluções de problemas ou aproveitamento de oportunidades a partir de
diversificadas técnicas de estímulo à criatividade.
Tratar a criatividade como uma competência, significa que todos podem ser criativos e
que a criatividade pode ser desenvolvida. Ela não é um privilégio dos gênios ou de
cientistas malucos tais como o Prof. Pardal (https://www.youtube.com/watch?
v=mBy4fDwI4GE) .
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Embora a criatividade seja um termo com muitos sentidos (polissêmico), pode ser
definida como um processo de geração de novas ideias (SIQUEIRA, 2007). Uma nova
ideia pode dar origem a um novo processo, uma nova forma de organizar o trabalho
ou preservar o meio ambiente, um novo produto ou forma de produzi-lo, uma obra de
arte, novos métodos ou soluções de problemas... Inovação é o processo de
transformação da nova ideia em algo concreto. É transformar a ideia criativa em um
novo produto, processo de trabalho ou prática organizacional.
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Insetos reunidos por mim Atenção: imagem a ser verificada quanto aos direitos
autorais.
Criei diferentes formas de cercar e cobrir: com barbantes, linhas de costura, argila e
outros materiais que estivessem à mão. Desenvolvi engenhosas formas de acesso a
esses cercados. Em geral, eram porteiras similares àquelas que se abriam e se
fechavam em minhas andanças pelos “verdes prados” de minha feliz infância.
Construídas com finos ramos de plantas e cipós, revelavam uma intuitiva inteligência
mecânica que nunca mais aflorou.
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Corte rápido, um outro momento e uma outra cena. Um dos primatas está em frente
ao monólito, olhando para ele, e, distraidamente, mexe com um osso que é parte do
esqueleto de um dos ruminantes. De repente, ele se agita. Passa a bater o osso, em
ritmo e força crescentes, sobre o resto do esqueleto. O movimento culmina quando o
osso, agora pensado como arma (ideia criativa), esmaga o crânio descarnado da
capivara. Ele visualiza, na imaginação, o animal tombando sob o golpe desferido pela
arma recém concebida. Ao mesmo tempo, em que cria a arma, o primata se
transforma em homem, aquele que cria.
O que o filme nos diz sobre o processo criativo? Em primeiro lugar, diz que todo o
processo criativo necessita de um foco. No caso do filme, a necessidade de obtenção
de suprimentos. No caso de minha infância, a curiosidade sobre o comportamento dos
insetos. Todo o processo criativo é focado e limitado
por um campo de aplicação que, por motivos internos, Carl Gustav Jung, psiquiatra
e psicanalista suíço, foi
seja problema, oportunidade, curiosidade, fundador da escola analítica
da psicologia. Ele viveu de
necessidade, desafio, paixão ou desejo, adquire muita 1875 a 1961. Alguns autores
consideram sua abordagem
importância para o homem que cria.
como uma psicologia da
criatividade.
No filme, a ideia criativa emerge associado ao
monólito. O monólito é um objeto estranho e inexplicável na distante e pré-histórica
origem do homem. Sua forma indica que a pedra foi intencionalmente recortada e
polida. A intensa atração que ele exerce sobre os primatas e a sua presença dominante
no ato da criação são outras facetas de seu mistério.
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O monólito pode ser visto como símbolo do próprio impulso criativo. O impulso e a sua
origem são misteriosos como o monólito. Está além da atual compreensão humana o
conhecimento da origem e natureza da criatividade. Jung denomina-a instinto. Como
tal, está além da consciência e além da psique. Brota e pertence ao inconsciente e
mistura-se com o mistério da vida. Para os religiosos, a criatividade está relacionada
com a divindade (Deus é criador). No filme, a música Luz eterna, que acompanha o
aparecimento do monólito, parece ser uma indicação nesse sentido.
Uma outra música parece referir-se ao mesmo tema. Trata-se de Se eu quiser falar
com Deus, de Gilberto Gil. Vamos ouvi-la, estando atentos à letra. A música, em vídeo,
está disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MXOMZM73hY0
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Assim entendido o título da música, temos que para criar é preciso: ficar a sós, apagar
a luz, calar a voz, encontrar a paz, folgar os nós, esquecer a data, perder a conta, ter a
alma e o corpo nus... Ou seja, tenho que me colocar em um estado de espírito distinto
das preocupações do cotidiano e focar todo o meu interesse e atenção na solução do
problema, na busca da ideia criativa.
Mas tenho também que aceitar a dor, comer o pão que o diabo amassou. Há um
sofrimento envolvido no processo criativo. É um confronto comigo mesmo, com meus
defeitos, minhas inseguranças.... Tenho que me sentir medonho e, apesar disso,
alegrar meu coração. Tenho que superar os momentos difíceis em que tudo parece
inútil e que a solução jamais será encontrada. Continuar esperançoso. Alegrar o
coração.
Se eu quiser criar, é preciso me aventurar. Alçar voo e ir pela estrada que, ao final, vai
dar em nada, que, ao princípio, se esperava encontrar.
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Não existe também uma explicação clara de como a ideia surge. Raramente, ela
decorre do pensamento lógico. Tem uma característica de compreensão global e
instantânea. Seja por meio de uma imagem significativa, de uma iluminação ou de um
sonho, o impulso criativo emerge à consciência e é acompanhado de uma emoção
especial.
Dessa discussão, podemos tirar duas primeiras conclusões sobre o processo criativo:
A imaginação ativa
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A obra retrata uma ponte. Ao entrar no quadro o jovem encontra mulheres lavando
roupas na margem do rio. Perguntando pelo pintor às mulheres do rio, ele inicia sua
busca. Encontrando o pintor, encontra também sua resposta. Depois volta, em uma
viagem incrível pelas obras de Van Gogh.
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observar suas mudanças. Ela se transformará, mais cedo ou mais tarde. Uma
associação espontânea produzirá uma pequena alteração da imagem.... Retenha na
memória todas as mudanças que acontecerão. Depois, entre na imagem. Fale com ela
e ouça o que ela tem a dizer. Obtenha a resposta para sua pergunta.
Um tradicional livro chinês, o I Ching – O livro das mutações – concebe o mundo como
um estado de constante transformação. Nesse permanente processo de
transformação, o Criativo é uma força primordial. A transformação se dá a partir de
um impulso natural que constantemente gera o novo. “ Não há o que mude, não há
quem mude, pois só há o mudar” (CORRÊA PINTO, 1997, p. XII).
O texto do I Ching diz que o “ o começo de todas as coisas jaz, por assim dizer, no
além, na condição de ideias que ainda estão por se realizar” (WILHELM, 1984, p. 30).
No livro, o Criativo está relacionado às quatro virtudes cardeais da humanidade: o
amor, o belo, o bem e a sabedoria.
Capa do livro
No seu exercício de imaginação ativa, você poderia, por exemplo, buscar uma resposta
de como você pode promover o belo, o bem, a justiça e a sabedoria em sua casa,
escola ou comunidade de convívio. Escolha desses lugares e uma dessas virtudes e
procure a resposta usando a imaginação ativa. Vamos tentar?
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Para tratar desse tema, vamos nos apoiar em duas obras literárias. A primeira é um
poema de Fernando Pessoa, do Livro Mensagem, denominado Prece. O poema foi
musicado por um compositor baiano chamado André Luiz Oliveira. Vamos ouvi-lo na
voz de Gilberto Gil. O vídeo com a letra da mássica pode ser encontrado em:
https://www.cifraclub.com.br/gilberto-gil/364109/letra/.
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ao Senhor, o sopro que remoça a chama da vontade, para que “outra vez conquistemos a
distância do mar ou outra, mas que seja nossa! ”
Outro texto trata do mesmo tema. Refiro-me a Querer que é o prefácio do livro “Cem
dias entre céu e mar”, de Almyr Klink. O livro é o relato de uma solitária travessia do
Oceano Atlântico, da África até o Brasil (6.500 Km) a bordo de um pequeno barco a
remo. O texto que introduz o livro chama-se Querer e é assim é concluído (KLINK,
1995, p.9)
Dissemos anteriormente, tratando da imaginação ativa, que você usasse uma música
suave para facilitar o processo de afrouxar os nós do consciente. Qual é o papel da
música no processo criativo? CAMPBELL e DICKINSON (2000, p. 144 -145) afirmam:
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Brainwriting é o nome da prática
Vamos retornar de um a forma mais sistemática. Tente
individual ou em grupo onde são
agora pensar em todos os problemas referentes ao realizados registros escritos de
ideias com o propósito de se
exercício dessas virtudes no local escolhido. Por
alcançar um objetivo específico.
exemplo: Também conhecida como Método
6-3-5, esta prática, desenvolvida
Que carências de amor percebo em minha pelo professor alemão Bernd
escola? Rohrbach, tem como alvo gerar
108 ideias em apenas meia hora e,
O que tem de feio em minha comunidade?
assim como o Brainstorming, a
O que há de mau em minha escola? qualidade das ideias, pelo menos
no início do processo, não é o
O que o pessoal de minha casa precisa saber?
mais importante.
Faça isso escrevendo sem crítica e sem nenhuma http://www.infoescola.com/admi
nistracao_/brainwriting/
preocupação de ser preciso ou correto. Observe que isso
é uma variação de mais uma técnica de criatividade: o brainstorming. Depois de
relacionados todos os problemas ou carências, faça uma crítica deles selecionado
aqueles que você tem certeza que existem e que podem ser constados diretamente.
Utilize essa relação final de problemas ou carências para criar uma Matriz GUT. A
Matriz GUT é uma técnica de priorização de problemas. É usada para definir qual o
problema é mais importante, qual problema devemos atacar primeiro. Para saber mais
sobre a matriz GUT acesse: https://www.youtube.com/watch?v=ZH2mAvxyPjo.
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Para facilitar a construção da Matriz GUT, você pode criar uma planilha no Excel.
Existem sites que permitem baixar planilhas editáveis que você pode utilizar como
ponto de partida. Ver um exemplo em:
http://www.dgrh.unicamp.br/documentos/oficios-circulares/anexos/ofcirc092009-
anexo2.xls
Muito bem! Agora você definiu um problema ou uma carência relevante com que
trabalhar. Mas considere as nossas conclusões anteriores. Verifique se esse problema
ou carência efetivamente desperta seu interesse e a motivação para resolvê-lo ou para
supri-la.
Achado um problema importante, vamos tentar criar soluções criativas para ele. Pode
ser que o problema em questão seja o mesmo que estava implícito em sua viagem
imaginária. Se for, você pode partir das imagens que surgiram no exercício anterior.
Mas, vamos apresentar um conjunto de outras técnicas de estimulo à criatividade que
poderão ajudá-lo a formular ideias criativas para o problema em questão.
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Cada grupo deve indicar um anotador / coordenador que terá a função exclusiva de
anotar as ideias levantadas e coordenar o grupo.
Encerrado o tempo de geração de ideias, o grupo deverá analisar, uma a uma, todas as
sugestões produzidas, verificando sua viabilidade. Poderá juntar várias ideias numa só,
modificar ideias ou até chegar, através da discussão, a ideias que não foram
explicitamente levantadas. O coordenador nomeado inicialmente deverá continuar a
coordenar o grupo até o final do trabalho.
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Listagem de atributos
Esta é uma técnica mais apropriada para melhorar ou transformar produtos, serviços,
estratégias ou procedimentos já existentes.
1. https://sites.google.com/site/guiadecriatividade/25---lista-de-atributos .
2. https://criatividade.files.wordpress.com/2007/02/listagem-de-atributos.pdf .
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Encaixe forçado
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SCAMPER
Substituir
Que outro processo pode substituir o atual? Que outro material pode usado na
confecção do produto? Existe uma forma alternativa de fazer isso? Que regras a
empresa pode mudar para atingir o objetivo? Que mudanças podem ser feitas na
equipe para produzir melhores resultados? Que materiais ou recursos podem ser
substituídos para melhorar o produto? Podemos substituir procedimentos?
Combinar
Adaptar
Que adaptações podem ser feitas neste processo para que ele seja mais ágil? Como
adaptar esse produto para outro uso? Que características o produto não tem, mas
poderia ter? Que adaptações poderíamos fazer no horário de trabalho para facilitar o
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Modificar
É possível usar esse produto em outro lugar, com outro propósito? Quem mais poderia
se interessar pelo produto? O desperdício ao longo do processo produtivo não poderia
ser reciclado?
Eliminar
Rearrumar
v=qfUaJRqSDD4
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Crowdsourcing
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Para saber mais sobre essa técnica de criação coletiva, veja Crowdsourcing ganha
adeptos no Brasil, em: https://www.youtube.com/watch?v=1MUdoto9QlU.
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Design thinking
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Para conhecer as diferentes técnicas utilizadas em cada uma das fases do design
thinking e exemplos de sua aplicação a problemas complexos como a preparação das
Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, consulte o livro Design thinking, inovação em
negócios, disponível em: http://www.livrodesignthinking.com.br/ .
Biomimetismo
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O autor desse exemplo, afirma que a natureza é uma biblioteca a partir da qual
podemos aprender. Para saber mais sobre biomimetismo veja:
https://www.youtube.com/watch?v=k_GFq12w5WU .
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Definida a ideia de como promover o bem, o belo, o justo e o saber, o problema seguinte é
elaborar um esboço de projeto de como colocar essa ideia em prática. Para tanto, você pode
utilizar um modelo de elaboração de planos e projetos denominado 5W2H. Como este é um
modelo que já foi ou será discutido em outros momentos do curso, vamos apenas incluir um
link para o vídeo 5W2H – Plano de Ação: https://www.youtube.com/watch?v=OQ0hlUVrShM.
O vídeo apresenta a estrutura de um plano de ação para a implementação de uma ideia ou
solução e inclui o acesso a exemplos de planilhas que podem ser utilizadas na elaboração do
esboço de um projeto de ação.
Para saber mais sobre elaboração de projetos, leia Manual para Elaboração, Administração e
Avaliação de Projetos Socioambientais, disponível em:
http://www.ecoar.org.br/web/files/files/manual_para_elaboracao_administracao_e_avaliacao
_de_projetos_socioambientais.pdf.
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Somente há valor graças à avaliação; e, sem a avaliação, seria vazia a noz da existência.
Escutai-o, ó criadores!
Existe uma grande ideia no texto: avaliar é uma característica humana fundamental.
Somente o homem avalia e isso o caracteriza. Avaliar é uma forma de darmos um
sentido humano ao mundo. É uma forma de humanizarmos o mundo. Construir o
mundo do nosso jeito. Um jeito humano de fazer mundos. Sendo uma característica
humana fundamental, estamos sempre avaliando.
Avaliar também é criar, esta é segunda grande ideia do texto. A avaliação cria o mundo
que habitamos. Aquilo que gosto ou desgosto, aquilo que acho feio ou bonito, aquilo
que acho justo ou injusto, aquilo que considero sábio ou ignorante, orientam aminha
ação no mundo e a minha participação na construção do mundo humano. Avaliar é
atribuir valores às coisas, pessoas, comportamentos, circunstâncias, acontecimentos...
A existência humana é feita por valores. Sem atribuir valor “seria vazia a noz da
existência”.
Homem amantes, foram sempre, e criadores, os que criaram o bem e o mal. O fogo do
amor e o fogo da cólera ardem em todos os nomes de virtudes.
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Muitas terras, viu Zaratustra, e muitos povos; nenhum poder maior encontrou
Zaratustra, na Terra, do que as obras dos homens amantes: “bem” e “mal” é o maior
nome.
Destaca-se do texto uma outra ideia poderosa. Não só construímos o nosso mundo
através de nossa avaliação, mas também somos construídos pela avaliação dos outros.
O louvor e a censura dos outros dirigem nossos comportamentos e atitudes. O poder
da avaliação dos outros pode forçar que façamos o que eles querem.
Assim, a avaliação é uma moeda de dupla face. Ela pode no tornar criativos e
autônomos. Pode nos tornar submissos e conformistas. Torna-nos livres ou nos prende
em suas teias de louvor e censura. A forma como avaliamos e somos avaliados define
uma possibilidade ou outra. Portanto. É preciso sermos cuidadosos com nossa
avaliação e com a avaliação dos outros. Avaliar é uma coisa muito séria.
O segundo texto é uma letra de música. Trata-se da letra de uma música de Edu Lobo e
Chico Buarque de Holanda, a Ciranda da Bailarina, da qual destacamos uma estrofe
(HOLANDA e LOBO, 1983):
“Procurando bem
Todo mundo tem pereba
Marca de bexiga ou vacina
E tem piriri, tem lombriga, tem ameba
Só a bailarina que não tem
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A avaliação parte de uma ideia de perfeição que não se alcança jamais. A busca do
bem e a fuga do mal são metas a buscar. Sob qualquer prisma de avaliação, ninguém é
absolutamente mau e ninguém é absolutamente bom. Estamos todos em uma busca
em um caminho.
necessárias para melhorá-lo. Devem ser curtos e precisos. Os comentários longos são
mais difíceis de entender.
Os comentários devem ser focados no projeto desenvolvido para que haja maior
probabilidade de serem entendidos. Os comentários devem ser concretos,
contextualizados e relacionados com o trabalho desenvolvido.
Por mais dolorosa que seja a mensagem de feedback, ela deve ser verdadeira. O
avaliador pode tentar evitar magoar e afetar negativamente a autoestima dos colegas.
Mas, a fala verdadeira é a única forma de ajudá-los a melhorar o projeto. Receber
feedback dá uma medida, um parâmetro sobre a qualidade do projeto de inovação. No
entanto, ele só é válido se a motivação de quem fornece e de quem recebe o feedback
estiver voltada para a melhoria do projeto e do desempenho do colega.
Para além dos aspectos já referidos, é importante definir o que é um bom projeto de
inovação. É preciso que todos os envolvidos na avaliação conheçam e entendam quais
são os critérios que estão sendo utilizados.
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O Prêmio Nacional de Inovação define uma série de critérios para analisar um projeto
desse tipo. Acesse o site do Prêmio e confira os critérios ali definidos. Quem sabe eles
se aplicam ao seu esboço de projeto. Ver em: http://premiodeinovacao.com.br/anexo-
iii.pdf um exemplo para o caso de projetos de inovação tecnológica. Existem critérios
para outras categorias de inovação do prêmio.
Saiba mais
Para saber mais sobre processo criativo e WebQuest é uma metodologia de
aprimorar seu projeto você pode participar pesquisa onde quase todos os
recursos utilizados para a pesquisa são
de um grupo que vai realizar uma webquest provenientes da Internet. Consiste em
ou realizá-la individualmente, o que não é um conjunto atividades de
aprendizagem que utiliza a
tão rico.
abundância de informações do mundo
Caso seu grupo ou seu educador resolver virtual para gerar novos
conhecimentos. Existem dois tipos de
criar uma webquest diferente da que vamos webquest
propor a seguir, pode acessar o tutorial de
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utilizar o tutorial do vídeo> Como Como criar uma Webquest usando o Google Sites,
disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=LyOhGsoBFng ,
Para conhecer a estrutura de uma webquest, veja o vídeo Webquest, o futuro é agora,
disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Zfsrwwy6H14 .
Para aprofundamento sobre o processo criativo, com ênfase nas técnicas de estímulo à
criatividade, vamos desenvolver uma Webquest curta sobre este tema. O objetivo de uma
WebQuest curta é a aquisição e integração do conhecimento.
INTRODUÇÃO
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Nesse aprofundamento vamos orientar sua busca na Web, para que você,
preferencialmente em conjunto com os demais integrantes do seu pequeno grupo,
aprofunde-se em uma técnica de estímulo à criatividade e no desenvolvimento de projetos
de inovação.
Você já ouviu esta música em outro momento deste curso, mas agora a apresentamos com
outro objetivo. Que relação você faz da letra da música com a tarefa que vamos agora
iniciar?
TAREFAS
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PROCESSO
Caso o trabalho esteja desenvolvido em grupos, cada grupo deve escolher uma dessas
abordagens. Todas as abordagens precisam ser experimentadas (uma para cada grupo). Essa
última atividade deve contar com todos os integrantes do grupo.
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RECURSOS
Relacionamos a seguir os recursos da Internet que podem ser utilizados pelos grupos na
realização das tarefas:
Para a Tarefa 1
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hsm-design-thinking.pdf.
Que tal aplicar o design Thinking na Prática, da 3M, disponível em:
http://www.3minovacao.com.br/aprenda/cursos/que-tal-aplicar-o-design-
thinking-na-pratica.
Grupo 2 (Biomimetismo):
Grupo 3 (SCAMPER):
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http://www.cranberryabc.com/wp-content/uploads/2015/05/Cranberry-
CBT-SCAMPER.pdf.
Grupo 4 (Crowdsourcing):
Para a Tarefa 2
Resultados da Tarefa 1.
AVALIAÇÂO
CONCLUSÃO
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Sobre prototipação
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Referências Bibliográficas
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WILHELM, R. I Ching – O livro das mutações, São Paulo, Editora Pensamento, 1997.
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