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os mais afetados, os cães da raça Doberman Pinscher. Cães como Golden Retriever e
Retriever do Labrador não mostraram alta incidência ainda que a literatura os coloque
dentre os mais afetados. Machos e fêmeas não apresentaram variação significativa em
relação à mostrada na literatura (cerca de 1,5:1 contra 4:1, respectivamente). No Brasil, a
prevalência de carcinoma de células escamosas de origem tonsilar é pequena quando
comparada aos relatos de trabalhos internacionais. Mesmo em uma população de cães
bastante específica (odontológica), a distribuição das neoplasias na cavidade oral parece
seguir os padrões encontrados na literatura internacional, ressaltando-se variações raciais
que talvez devam ser creditadas à preferência por determinadas raças em cada um dos
países estudados.
A cavidade oral corresponde ao quarto local mais acometido por tumores nos gatos os
)
quais, em sua grande maioria, tratam-se de formação malignas. Depois dos cães, os felinos
tI são a segunda espécie de animais domésticos mais freqüentemente acometidos por tumores
e da cavidade oral. Há trabalhos citando ocorrência de quase 9%, enquanto outros citam 1 a
e
2% de prevalência de neoformações na boca destes animais. O carcinoma de células
>,
escamosas (CCE) é o tumor mais freqüentemente encontrado, respondendo, em alguns
;,
países, por quase 70% de todas as neoplasias orais dos gatos. É um tumor localmente
e
invasivo e que pode apresentar metástase tardia, principalmente em pulmões. Atinge, em
s
geral, animais acima de 10 anos de idade e não apresenta predisposição sexual. O
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fibrossarcoma, relatado como o segundo tumor mais prevalente, pode variar entre 7% e
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18% dentre todos os casos de neoplasia oral. Extremamente agressivo, apresenta alta taxa
s de recidiva, ainda que também apresente casos de metástase tardia. O melanoma maligno é
).
extremamente raro de ser encontrado na cavidade oral do felino doméstico. Quando é
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diagnosticado, deve-se atentar para a alta freqüência de metástase pulmonar. Crescimentos
o
benignos ou de origem nos epitélios dentais são bastante raros de serem vistos em gatos,
i,
ainda que se encontrem relatos na literatura. Neste estudo, compilamos todos os casos de
10
neoplasia oral atendidos no Centro Odontológico Veterinário - Odontovet" - entre os anos
s
de 1994 e 2003 com o intuito de observar a freqüência destes acometimentos em uma
e
amostra de felinos domésticos específica, neste caso, seleciona das para tratamento
.s
odontológico. Durante este período, 4.918 animais foram submetidos a atendimento
o
exclusivamente odontológico e, dentre estes, 18 gatos apresentaram formação em cavidade
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oral com diagnóstico histopatológico de neoplasia, apresentando maior ou menor grau de
.s
diferenciação. De todos os atendimentos, 0,36% foram destinados a formações neoplásicas
s.
orais dos gatos. Destas, 16,66% eram neoplasias de caráter benigno e 83,33% eram malignas.
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As formações benignas encontradas foram um caso de épulis fibromatoso em uma gata de
a, 14 anos, SRD; um fibrohistiocitoma em um macho siamês de 11 anos; e um processo
el inflamatório crônico em um macho, SRD de 11 anos de idade. O CCE foi o tumor mais
s.
freqüente dentre todas as formações, sendo responsável por 44,44% dos casos, seguido
.e
pelo adenocarcinoma (22,22%). Outros tumores encontrados foram osteossarcoma (2 casos,
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Braz. J. vet. Res. animo Sei., São Paulo, vAO, suplemento, 2003
212 Trabalhos
Braz. J. vet. Res. animo Sc!.. São Paulo, vAO, suplemento, 2003