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Texto Roteiro de Estudo

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Eula

Ás vezes nem eu sei o que é real e o


que não é…

E.
(nome) você tem certeza de que está
pronta pra isso?

M. balança a cabeça

E.
você sabe que o que acontecer aqui
pode mudar muita coisa, não sabe?

M. balança a cabeça e coloca a mão


na bochecha

E.
o papai e a mamãe iam ficar felizes por
você estar indo atrás de respostas
para o que aconteceu, acredite

M. e E. trocam sorrisos de conforto

adentram a tenda

Eula
olá meninas! como vocês chamam

E.
Eu me chamo (nome) e está é minha
irmã (meu nome)

Eula
Antes de começarmos, desculpa te
interromper, vocês viram se a fila está
longa lá fora?

E.
Está um pouco ainda, sim
M. com cara de quem está
angustiada

Eula
Bom, voltando ao foco, o que as traz
aqui? Aposto que tem a ver com essa
sua cara de quem viu um fantasma…
(risos sem escárnio)

Eula parece esperar uma resposta

Eula
Menina o gato comeu sua língua ou
jantou seu senso de humor? (mais
risos)

E. interrompe

E.
Na verdade é por isso mesmo que
estamos aqui…

Eula parece ficar desconfortável por


não esperar a explicação

E.
Quando eu nasci, nossa mãe faleceu
no parto, M. tinha apenas 6 anos mas
nosso pai seguiu cuidando de nós.
Infelizmente no aniversário de 9 anos
de M., por ela já cuidar de quase tudo,
nosso pai decidiu se juntar com nossa
mãe.

Eula processa a história com muito


cuidado

E.
Depois de sua partida, M. perdeu a
voz, nunca mais conseguiu falar uma
palavra sequer, nem mesmo emitir
sons e grunhidos.
Mas isso não é motivo para tristezas e
aflições mais, porque você pode nos
ajudar.

E. fica mais animada com a


possibilidade mas Eula fica
preocupada porque sabe que isso vai
além do que ela sabe

Eula
Bom, primeiramente eu sinto muito
pela perda de vocês…e pela piada…
Não sei muito bem ainda como posso
ajudar vocês mas podemos tentar
acessar seus ancestrais e perguntar o
que aconteceu com você (olhando
para M.)

M. sacode a cabeça e faz gratidão


com as mãos

Eula
Vou pedir para cada uma acender uma
vela e para darem as mãos…
(para o além) Peço permissão para
acessar a ancestralidade dessa jovem
moça, quero entender o que a fez
perder a voz por completo.

luzes piscam, fumaça pra lá e pra cá,


Eula abre um olho pra ver se algo
mudou ou se teve alguma
movimentação mas não parece feliz
com o resultado

Eula
Meninas, me perdoem mas não parece
que eles querem me dar acesso
E.
E não tem nada mais que você pode
fazer?

Enquanto isso, M. coloca a mão na


garganta e sente como se estivesse
engolindo um nó

Eula
Acredito que pelo valor que vocês
pagaram, esse é o máximo que posso
fazer

M. começa a falar baixinho


“máximo”, Eula e E. estão muito
entretidas na conversa e não
reparam

E.
Por favor, eu imploro, de acordo com
todos os médiuns, você é a única que
poderia fazer algo (E. claramente
mentindo para ver se consegue fazer
Eula ajuda-la um pouco mais)

M. aumenta o volume

M.
Máximo!

As três se olham com espanto e


alívio, muita emoção entre as irmãs

E.
Meu Deus M. você falou algo?!

M.
Acho que sim? Você me ouve? Eu
consigo falar?

Ambas comemoram e se abraçam


Eula
Oh! Aparentemente seu pai se
envolveu com uma bruxa depois da
sua mãe, uma bruxa não boa e quando
ele recusou se casar com ela, ela
amaldiçoou a primogênita para que
assim você não pudesse se conectar
com ninguém e matou seu pai em
seguida. Por isso você perdeu a voz;
mas você já sabia disso, M.

E. olha um pouco espantada

Eula
A maldição só se quebraria quando
você decidisse libertar a verdade,
coisa que seria difícil sem a fala, mas
com a minha ajuda você pode acessar
isso (Eula sorri com orgulho)

M.
Desculpa E. por ter deixado você
acreditar naquela história por todos
esses anos, mas eu tinha medo de que
se você soubesse a verdade, você não
iria mais me querer por perto, ou que
talvez pudesse me culpar; tanto pela
morte da mamãe quanto pela morte do
papai.

E.
M. eu nunca te culparia, até porque
sempre me culpei pela morte da
mamãe.

As irmãs se abraçam e agradecem


Eula

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