DISSERTAÇÃO Valéria Alexandre Do Nascimento
DISSERTAÇÃO Valéria Alexandre Do Nascimento
DISSERTAÇÃO Valéria Alexandre Do Nascimento
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
RECIFE-PE
2022
VALÉRIA ALEXANDRE DO NASCIMENTO
RECIFE – PE
2022
Catalogação na Fonte
Bibliotecário: Rodriggo Leopoldino Cavalcanti I, CRB4-1855
BANCA EXAMINADORA
Dedico.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço ao meu Pai Celestial, por me sustentar e guiar durante o processo de
formação do mestrado, realização de um sonho, que sem dúvidas não teria sido possível sem a
Sua graça constante.
Aos meus pais Valdete e Luiz Henrique, pelo apoio, incentivo, torcida e sobretudo pelo
exemplo de esforço e abnegação ao trabalho.
Ao meu esposo Jemerson Oliveira, pelo amor, apoio, incentivo, torcida, companheirismo e
por não me deixar desistir. É gratificante ter você ao meu lado, onde posso repousar em dias
tempestuosos, compartilhar alegrias, conquistas e dividir os desafios. Obrigada por ser abrigo
e por tornar essa jornada mais feliz. Te amo!
À minha filha Ana Beatriz, minha motivação. Mesmo tão pequena me ensinou tanto sobre fé
e esperança de que tudo iria dar certo. Sua sensibilidade, carinho, amor e sorrisos me deram
forças nos momentos mais difíceis desse processo. Ser sua mãe é dádiva divina!
Aos meus familiares, que direta ou indiretamente me incentivaram, oraram e torceram por
mim.
À minha orientadora Profª. Drª. Francisca Márcia Pereira Linhares, por todos os
ensinamentos, dedicação, empatia e paciência. Obrigada por acreditar no meu potencial, quando
nem eu mesma acreditei. Por fazer de tudo para que eu não desistisse e por respeitar meu tempo
na fase difícil que passei. Professora, a senhora é um grande exemplo para mim!
À minha coorientadora Profª. Drª. Tatiane Gomes Guedes, pelas valiosas contribuições,
ensinamentos e disponibilidade.
Às professoras da banca de qualificação Profª. Drª. Vilma Costa de Macêdo e Profª. Drª.
Cecília Maria Farias de Queiroz Frazão, pelas observações cuidadosas com o trabalho e
contribuições valiosas para o desenvolvimento. Em especial, agradeço a Profª. Drª. Vilma
Costa de Macêdo, que desde a concepção da ideia desta pesquisa trouxe inúmeras sugestões e
contribuições. Obrigada pelas correções e pela dedicação com o meu trabalho!
Aos professores da pré-banca, Profª. Drª. Luciana Pedrosa Leal, Profª. Drª. Vilma Costa de
Macêdo e Prof. Dr. Fernando Lannes Fernandes, pela disponibilidade, atenção e sugestões.
Cada um com seu olhar específico, trouxe considerações relevantes para o estudo, ocasionando
o aprimoramento dele.
Às minhas amigas queridas Luana Eurico, Mariana Vanessa, Emmanuelly Gomes e Helena
Maria, por todo incentivo, amizade e apoio. Vocês me deram forças sempre que precisei. Sou
grata a Deus por ter vocês ao meu lado!
Aos meus amigos queridos da Família Reyes e Benitez, por estarem do meu lado e
acompanharem de perto esse processo. Obrigada pela força, apoio e ajuda!
Aos juízes especialistas, que foram essenciais para o desenvolvimento deste estudo. Sem
vocês, não havia possibilidade de realizar uma das etapas da pesquisa. Agradeço as sugestões
e por responderem em tempo hábil.
Syphilis is a sexually transmitted infection prevalent in the female prison environment, resulting
from social inequities experienced by this population. In the prevention and control of syphilis
The health education process must be conducted by a professional in the area, including nurses.
The use of recreational educational games of the Board Game type are health education
strategies that provide interaction between the acquisition of knowledge, the development of
cognitive skills and favor the exchange of experiences. Thus, this dissertation aimed to evaluate
the development, validation and evaluation of a board game for the prevention and control of
syphilis in women deprived of their liberty. This is a methodological study, carried out in three
stages: 1) Development of the board game; 2) Content validation by judges; 3) Appearance
evaluation by the target audience. For the development of the game, a specific methodological
framework was used, with steps based on: conception, pre-production and prototype. For the
content covered in the game, a bibliographic survey was sought, through an integrative review
and national and international documents. The board game is called “Race Against Syphilis”,
it has 50 houses and 34 question cards. Content validation was carried out with 22 judges from
the health area and 10 professionals from the area of education and graphic design. The
appearance evaluation took place with 10 women in deprivation of liberty, in the female penal
colony of Recife-PE. The study was carried out in accordance with resolution 466/12 of the
National Health Council. Data were analyzed in Stata version 16.0. Data analysis was
performed by calculating absolute frequencies, mean, median, standard deviation, interquartile
range, Content Validity Index, Content Validity Coefficient and Intraclass Correlation
Coefficient. The health area judges showed agreement on 13 items, the global S-IVC was equal
to 0.94 and the CVC in all items presented values greater than or equal to 0.85. The judges in
the area of education and graphic design showed satisfactory agreement on all items, with
values greater than or equal to 90%. After the adjustments, the second version of the board
game was sent to the 22 judges in the health area, of these, seven responded, reinforcing the
agreement of the judges, which was satisfactory in all items, the overall S-IVC equal to 1, 0 and
CVC in all items had values greater than or equal to 0.92. In the evaluation of appearance with
the target audience, all items obtained a 100% agreement. The content of the board game
“Corrida Contra Síphilis” was considered valid by the judges and obtained an adequate
appearance rating by the target audience. It is concluded that the validated game can help health
education activities within the prison environment, bringing information to this population
about the diagnosis and adequate treatment, reducing the risks of complications related to the
most advanced stages of the disease and consequent improvement in the quality of life. of the
women. It is recommended that other studies be developed in order to evaluate the effectiveness
of the Board Game as a pedagogical resource for health education actions in the prevention and
control of syphilis.
Figura 3 – Primeira versão do jogo de tabuleiro “Corrida Contra Sífilis”. Recife, Pernambuco,
2022........................................................................................................................47
2022........................................................................................................................48
Figura 6 – Segunda versão do jogo de tabuleiro “Corrida Contra Sífilis” após ajustes sugeridos
Pernambuco, 2022.................................................................................................37
Pernambuco, 2022.................................................................................................39
Quadro 3 - Critérios para inclusão dos juízes da área de design gráfico. Recife,
Pernambuco, 2022.................................................................................................39
Quadro 4 – Descrição das sugestões dos juízes durante a validação de conteúdo. Recife,
Pernambuco, 2022...............................................................................................52
Pernambuco, 2022................................................................................................56
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 17
2 OBJETIVOS ................................................................................................ 22
2.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................... 22
2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS ........................................................................ 22
3 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................... 23
3.1 MULHERES EM PRIVAÇÃO DE LIBERDADE ....................................... 23
3.2 A SÍFILIS E O AMBIENTE PRISIONAL ................................................... 24
3.3 A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO E AS AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM
SAÚDE NO ESPAÇO PRISIONAL ............................................................. 26
3.4 TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS COMO FERRAMENTAS PARA
EDUCAÇÃO EM SAÚDE ............................................................................ 28
4 MÉTODO ..................................................................................................... 31
4.1 TIPO DE ESTUDO ....................................................................................... 31
4.2 ETAPAS DO ESTUDO ................................................................................. 31
4.2.1 Etapa 1 – Desenvolvimento do jogo de tabuleiro .......................................... 32
4.2.1.1 Levantamento bibliográfico sobre sífilis ....................................................... 33
4.2.1.2 Referencial metodológico ............................................................................... 33
4.2.2 Etapa 2 – Validação de conteúdo.................................................................... 36
4.2.2.1 Validação de conteúdo com juízes da área da saúde ..................................... 37
4.2.2.2 Validação de conteúdo com juízes da área da educação e design gráfico ... 39
4.2.3 Etapa 3 – Validação de Aparência ................................................................. 41
4.3 ANÁLISE DE DADOS .................................................................................... 42
4.4 ASPECTOS ÉTICOS ....................................................................................... 43
5 RESULTADOS .............................................................................................. 45
6 DISCUSSÃO .................................................................................................. 62
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 68
APÊNDICE A – CARTA CONVITE JUÍZES ÁREA DA SAÚDE .................. 81
APÊNDICE B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO - COLETA DE DADOS VIRTUAL......................................... 82
APÊNDICE C - INSTRUMENTO VALIDAÇÃO DE CONTEÚDO JUÍZES
ÁREA DA SAÚDE ................................................................................................. 86
APÊNDICE D – CARTA CONVITE JUÍZES ÁREA DE EDUCAÇÃO E
DESIGN GRÁFICO ............................................................................................... 92
APÊNDICE E – INSTRUMENTO DE VALIDAÇÃO DE CONTEÚDO –
JUÍZES ÁREA DA EDUCACÃO E DESIGN GRÁFICO ................................. 93
APÊNDICE F – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO..................................................................................................... 98
APÊNDICE G - INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA APARÊNCIA
DO JOGO DE TABULEIRO COM O PÚBLICO-ALVO ................................ 101
APÊNDICE H - VERSÃO FINAL JOGO DE TABULEIRO “CORRIDA
CONTRA SÍFILIS” .............................................................................................. 103
ANEXOS A – CARTA DE ANUÊNCIA.............................................................. 116
ANEXOS B – PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA ..... 117
17
1 INTRODUÇÃO
resultam em uma maior predisposição para o contágio das IST, o que inclui a sífilis.
(ALVES et al., 2017).
Este problema se torna ainda mais grave porque o encarceramento feminino tem
aumentado consideravelmente nos últimos anos. A nível mundial, são em torno de
714.000 mulheres privadas de liberdade, o que representa 6,9% da população prisional
no mundo. Destas, mais de 200.000 estão nos Estados Unidos, 107.131 na China, 48.478
na Rússia e cerca de 44.700 no Brasil (ICPR, 2017).
No Brasil, até junho de 2016, do total de mulheres privadas de liberdade, 50%
eram jovens (até 29 anos), 62% negras, 66% com escolaridade inferior ao ensino médio,
62% solteiras, 74% com filhos e 62% reclusas em função de crimes relacionados ao
tráfico de drogas. Como agravos transmissíveis mais prevalentes o Vírus da
Imunodeficiência Humano (HIV) e a sífilis, com 31% e 27,7%, respectivamente. No
estado de Pernambuco, 31,5% das mulheres encarceradas se encontravam com algum
agravo transmissível, dessa totalidade, a sífilis fazia parte da realidade de 15,1%, em
segundo lugar estava o HIV com 11,5% (BRASIL, 2018).
Para garantir o cuidado equânime de mulheres em privação de liberdade que
vivenciam o período gravídico-puerperal dentro do cárcere, foi instituída a Lei de 11 de
julho de 1984 – Lei de Execução Penal, para assegurar às mães e aos recém-nascidos
condições mínimas de assistência, a qual teve nova redação em 28 de maio de 2009, com
a Lei nº 11.942, que prevê que as instituições prisionais femininas tenham locais
específicos para gestantes e parturientes, bem como creches para as crianças (BRASIL,
2009). Contudo, estudos revelam baixo percentual de consultas e ações adequadas na
assistência ao pré-natal, insuficiência de profissionais de saúde e escassez da
humanização, que gera retardo no diagnóstico e tratamento das IST no ambiente prisional
(PEREIRA; SANTANA; MAIA, 2020; SANTANA; OLIVEIRA; BISPO, 2017).
A sífilis é uma das IST mais prevalentes entre a mulheres em privação de liberdade
no Brasil. Identificou-se uma prevalência de sífilis de 8,7% em mulheres grávidas
encarceradas no Brasil (DOMINGUES et al., 2017). Em 12 prisões do Centro-Oeste do
Brasil as mulheres tiveram as maiores taxas de infecção da sífilis, incluindo-as em um
grupo de alto risco para o acometimento de sífilis durante a gravidez (CORREA et al.,
2017). Em uma penitenciária feminina do estado do Pará, dentre os casos de IST, a sífilis
é a mais frequente, seguida pelo HIV e gonorreia (NICHIATA, 2019).
Na região nordeste do Brasil, identificou-se alta prevalência de sífilis em uma
unidade prisional feminina. Entre 113 mulheres, 22,1% apresentaram sorologia positiva
19
para sífilis. Das gestantes, 28,6% foram diagnosticadas com a infecção (BATISTA et al.,
2020). Em outra penitenciária de uma capital da mesma região, evidenciou-se alta
prevalência de sífilis, das 131 mulheres, cerca de 25,2% testaram positivo (ARAÚJO;
ARAÚJO FILHO; FEITOSA, 2015).
A identificação da prevalência de doenças em mulheres privadas de liberdade é
relevante, devido à heterogeneidade desta população e dos mais variados
comportamentos de risco que elas adotam. O diagnóstico da situação de saúde desta
população é fundamental para o planejamento das ações de saúde (ARAÚJO; ARAÚJO
FILHO; FEITOSA, 2015).
Contudo, é preciso ir além do diagnóstico situacional da sífilis dentro deste
cenário. As ações de promoção da saúde e prevenção de doenças precisam ultrapassar a
fase do planejamento e serem implementadas. Faz-se necessário a reorientação do modelo
assistencial para atender as carências manifestadas por esta população estigmatizada,
mediante políticas públicas intersetoriais de inclusão social que atendam à promoção dos
direitos humanos e dos aspectos éticos. Esta tarefa é árdua e complexa, e necessita de
uma constante articulação entre as políticas existentes e os setores envolvidos (ALVES
et al., 2017).
Os profissionais de saúde podem ter uma participação essencial no processo de
articulação com os demais setores, a fim de alcançar a aplicabilidade dos princípios e
diretrizes propostas pela Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas
Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP), instituída para garantir o direito
à saúde de forma integral para o indivíduo encarcerado (BRASIL, 2014a). Os acordos
constituídos entre a formulação de políticas, a construção do conhecimento e as práticas
de saúde, são frutos de múltiplos aspectos que interagem mutuamente em busca de um
conjunto de ações com a finalidade de superar as dificuldades de acesso a este direito.
A violação ao direito à saúde relaciona-se a diversos fatores, com variadas
formas e causas, desencadeados pelas desigualdades socioeconômicas, culturais e
espaciais, relacionados aos múltiplos níveis de determinações sociais. O entendimento
sobre as desigualdades sociais compõe elemento essencial para a garantia de direitos, e
relevante embasamento para as políticas públicas (NUNES; ROCHA; FERNANDES,
2019).
No Brasil é assegurado por lei, às mulheres encarceradas, a Política Nacional de
Atenção às Mulheres em Situação de Privação de Liberdade e Egressas do Sistema
Prisional. De modo específico, aborda diretrizes que objetivam mudanças relacionadas às
20
2 OBJETIVOS
3 REVISÃO DE LITERATURA
Este capítulo é composto por uma revisão de literatura com os seguintes tópicos:
Mulheres em privação de liberdade; a sífilis no ambiente prisional; a atuação do
enfermeiro e as ações de educação em saúde no espaço prisional; tecnologias
educacionais como ferramentas para educação em saúde.
projetadas para estes, o que colabora para que o espaço se torne inadequado para abrigar,
recuperar e ressocializar (MEDEIROS, 2019).
Além disso, as instituições prisionais não atendem às especificidades femininas,
como espaços/atividades que favoreçam o aleitamento materno, ambiente para os filhos
das mulheres privadas de liberdade, locais para custódia de mulheres gestantes, equipes
multidisciplinares de atenção à saúde da mulher, entre outras especificidades (BRASIL,
2018). Isso ocorre embora tenha sido instituída a Lei de Execução Penal em 11 de julho
de 1984, que visa assegurar às mães e aos recém-nascidos condições mínimas de
assistência, a qual teve nova redação em 28 de maio de 2009, com a Lei nº 11.942, que
prevê que as instituições prisionais femininas tenham locais específicos para gestantes e
parturientes, bem como creches para as crianças (BRASIL, 2009).
No que se refere ao perfil epidemiológico e a assistência à saúde das mulheres
privadas de liberdade, determinados agravos se destacam, a saber: infecção do vírus HIV,
sífilis, transtornos mentais e uso abusivo de drogas. A Política Nacional de Atenção
Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP)
institui a cobertura de saúde para todos os estabelecimentos penais por meio da
articulação com o Sistema Único de Saúde (SUS), com a finalidade de proporcionar um
cuidado integral (BRASIL, 2014b). Entretanto, ainda se observa uma assistência à saúde
da mulher encarcerada muito aquém daquilo que é previsto nas leis e políticas públicas
vigentes.
4 MÉTODO
Etapa 1
• Referencial Metodológico
Desenvolvimento do jogo de • Levantamento Bibliográfico
tabuleiro
Etapa 3 • Público-alvo
Avaliação de aparência
Fonte: A autora.
32
2. Organizam-se uma do lado da outra, de acordo com os números que foram sorteadas, em
ordem crescente, da direita para a esquerda;
3. Aquela que tirar o maior valor começa o jogo, seguida pela jogadora à sua esquerda;
4. A cada rodada as jogadoras sorteiam o número de casas que deverão andar para a frente no
tabuleiro;
7. Caso não responda no tempo determinado, a carta-pergunta volta para o fim da pilha e a
vez passa para a jogadora seguinte;
10. Terá 1 carta-coringa, na qual a jogadora poderá utilizar quando não souber responder à
pergunta, tendo o direito de pular a pergunta e não precisará responder.
de STOP, que referia uma punição de ficar uma rodada sem jogar e 20 casas apresentavam
interrogações. As perguntas do jogo foram distribuídas em 30 cartas com tamanho de
11,5cm x 9,5cm.
Em seguida foi realizado o gameplay - demonstração daquilo que os participantes
podem fazer ao iniciar o jogo e o quão divertido será a brincadeira (BATES, 2004;
BRATHWAITE; SCHREIBER, 2009). Neste sentido, alguns elementos foram
considerados, como a coerência nas regras do jogo, desafios que apresentem dificuldades
adequadas às expectativas do participante, surpresa e previsibilidade que permitem ao
participante ser incentivado a permanecer no jogo, adquirir conhecimentos e superar
desafios. Essa etapa foi feita no grupo de pesquisa “Saúde da Mulher no Contexto da
Família”, com 13 pessoas, incluído discentes e docente, de forma remota por meio da
plataforma do Google Meet. Na ocasião, a mestranda apresentou o jogo, seu objetivo,
mecânica e conflitos, e os demais participantes opinaram sobre a dinâmica, motivação e
expectativas geradas em torno do jogo. De modo geral, observou-se que o jogo foi
descrito com motivador, ilustrativo e com regras coerentes.
O playtest aconteceu com a finalidade de testar o jogo e encontrar possíveis falhas
(MARTINS, 2016). Em virtude do isolamento social ocasionado pela pandemia da
COVID-19, realizou-se esta etapa com três grupos distintos de mulheres selecionadas
aleatoriamente, um grupo com três participantes, outro com quatro e o último com cinco.
Ao final, as mulheres mencionaram como potencialidades a forma lúdica e interativa que
a temática foi abordada e sugeriram retirar a carta coringa, destacando a importância de
responder as perguntas para a construção do conhecimento sobre a sífilis. Em seguida, o
esboço foi encaminhado novamente ao profissional de design gráfico para realização do
ajuste.
Por fim, aconteceu a etapa do protótipo, resultado da pré-produção que permitiu a
visualização da primeira versão do jogo de tabuleiro. O protótipo inicial foi analisado
pelos juízes e consensuado os ajustes. Em seguida foi readequado o jogo de tabuleiro ao
objetivo, público-alvo e à mecânica, para então obter o protótipo final.
A seleção dos juízes ocorreu por meio de amostragem intencional por intermédio
de consulta ao currículo Lattes na plataforma do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq). Além disso, também foi utilizada a estratégia de seleção
do tipo “Bola de Neve” que consiste na seleção de juízes mediante indicação ou
recomendação de juízes anteriores. Foram enviados, ao todo, 75 convites (APÊNDICE A)
por meio de correio eletrônico. Para aqueles que aceitaram participar da pesquisa foi
enviado o TCLE (APÊNDICE B), o instrumento de coleta de dados (APÊNDICE C) e a
primeira versão do jogo de tabuleiro. Foram selecionados os primeiros 22 profissionais
que responderam.
O instrumento para coleta de dados da validação de conteúdo (APÊNDICE C) foi
adaptado de outros instrumentos utilizados em estudos de validação de instrumentos e
tecnologias educacionais (SOUZA; MOREIRA; BORGES, 2020; LEITE et al., 2018;
SILVA, 2017) e estava organizado em duas partes, a primeira com 13 itens sobre a
caracterização dos juízes e a segunda com 14 itens da validação de conteúdo propriamente
dita. As 14 perguntas da segunda parte foram distribuídas em 3 blocos, a saber: objetivos,
estrutura/apresentação e relevância. Os juízes avaliaram a concordância, por meio de
respostas contendo “sim” ou “não”, e grau de relevância, com respostas do tipo Likert,
distribuídas em quatro níveis: irrelevante, parcialmente relevante, realmente relevante,
muito relevante, das quais se permitiu a escolha de apenas uma delas. Além disso,
puderam dar sugestões, em espaços reservados em cada item. Ao final, constavam
questões dissertativas que podiam se referir a erros ou ideias prejudiciais, falta de alguma
informação e comentários. Os juízes tiveram 20 dias para responder o instrumento.
39
Quadro 2 - Critérios para inclusão dos juízes da área de educação. Recife, Pernambuco,
2022.
CRITÉRIOS
CONHECIMENTO OU HABILIDADE
Doutorado
Mestrado
Especialização na área de pedagogia, letras, linguística, docência ou áreas afins
EXPERIÊNCIA PRÁTICA
Experiência com educação em saúde
Experiência na docência de no mínimo 5 anos em educação infantil, educação de jovens
e adultos ou ensino superior
RECONHECIMENTO DE PADRÕES
Participação na construção ou avaliação de tecnologia educacional
Produção de artigo científico na temática de tecnologia educacional
Fonte: Critérios de Jasper (1994) adaptado para este estudo.
Quadro 3 - Critérios para inclusão dos juízes da área de design gráfico. Recife,
Pernambuco, 2022.
CRITÉRIOS
40
CONHECIMENTO OU HABILIDADE
Doutorado
Mestrado
Especialização em design ou áreas afins
EXPERIÊNCIA PRÁTICA
Experiência com educação em saúde
Atuação na área de design de no mínimo 2 anos
Experiência na docência de no mínimo 5 anos
RECONHECIMENTO DE PADRÕES
Participação na construção ou avaliação de alguma tecnologia educacional
Produção de artigo científico na temática de tecnologia educacional
Fonte: Critérios de Jasper (1994) adaptado para este estudo.
Após a identificação desses juízes, foi enviada a carta convite (APÊNDICE D) por
e-mail para 88 juízes. Com o aceite, encaminhou-se o instrumento para validação de
conteúdo específico para estes profissionais (APÊNDICE E), o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE) e o jogo de tabuleiro.
O instrumento para validação de conteúdo para estes juízes (APÊNDICE E) foi
adaptado de instrumentos utilizados em estudos de avaliação de tecnologias educacionais
(SILVA et al., 2017) e estruturado em duas partes, a primeira com 17 itens sobre a
caracterização dos juízes e a segunda com 12 itens da validação de conteúdo propriamente
dita. As 12 perguntas da segunda parte estavam distribuídas em tópicos: objetivo,
apresentação/organização e estilo visual. Os juízes avaliaram a concordância, mediante
respostas contendo “sim” ou “não”, e grau de relevância, com respostas do tipo Likert,
distribuídas em quatro níveis: irrelevante, parcialmente relevante, realmente relevante,
muito relevante, das quais poderiam escolher apenas uma delas. Ao final do instrumento
tinha espaço reservado para comentários ou sugestões. Os juízes tiveram 20 dias para
responder o instrumento. Foram excluídos os juízes que não responderam dentro desse
prazo.
Por fim, o jogo de tabuleiro, com as mudanças sugeridas, foi reenviado para os
juízes da área da saúde para obtenção de uma nova avaliação do conteúdo. Dos 22 juízes,
sete responderam o instrumento, configurando a amostra final desta etapa.
41
Esta etapa foi realizada na Colônia Penal Feminina do Recife (CPFR). A unidade
recebe mulheres que cometeram delitos e esperam julgamento, que estão em regime
fechado e semiaberto. Tem capacidade para 204 mulheres, mas atualmente encontra-se
com uma média de 600 mulheres (este número varia diariamente) distribuídas em 35
celas, sendo uma destinada às gestantes, uma destinada à triagem e três ao berçário.
Neste local, a maioria das celas tem, em média, 12 m². Há também duas celas
maiores para uma população entre 30 e 32 mulheres, num espaço de 18 m² e celas menores
de até 6 m². Existe o espaço destinado às presas que cometeram falta disciplinar - o
"castigo" - por elas chamado de "Japão". Este fica isolado dos demais e sem comunicação.
Funciona dentro da CPFR a Escola Estadual Olga Benário Prestes, que possui três salas
de aula, atendendo a uma população carcerária de cerca de 180 detentas, cuja média é de
20 alunas por turma, nos turnos da manhã, tarde e noite. A unidade educacional oferece
o ensino supletivo de 1º e 2º graus.
A seleção das mulheres foi por conveniência e indicação da direção do CPFR que
designou uma das mulheres em privação de liberdade, que trabalhava na concessão, para
acompanhar a mestranda durante a coleta de dados. Foi realizada de forma individual,
numa sala reservada. Antes da coleta de dados cada mulher foi informada sobre o objetivo
da etapa do estudo e, posteriormente, assinaram o TCLE (APÊNDICE F). As mulheres
responderam primeiramente um questionário de caracterização pessoal, com sete
perguntas, e em seguida o instrumento para a avaliação de aparência, com 11 perguntas
sobre a aparência, estilo da escrita e motivação do jogo, além de espaço destinado a
sugestões (APÊNDICE G), construído e adaptado de instrumentos utilizados em estudos
de validação (SOUZA; MOREIRA; BORGES, 2020; SILVA, 2017). As repostas de
concordância se deram por meio de respostas contendo “sim” ou “não”.
42
Avaliação de aparência
5 RESULTADOS
Etapa 1 – Desenvolvimento do jogo de tabuleiro
Para a escolha da tecnologia educacional, conteúdo e o desenvolvimento da
mesma, foi realizado três revisões integrativas. A primeira foi para a escolha de
tecnologia. Para a definição da tecnologia, utilizou-se o estudo realizado por Carvalho
2020. O mesmo teve como objetivo identificar quais as tecnologias educacionais (TE)
utilizadas na educação em saúde de mulheres encarceradas. Como resultados identificou-
se os materiais impressos, vídeos e jogos são as mais utilizadas entre população
(CARVALHO et al., 2020). A tecnologia definida pelas pesquisadoras do estudo foi o
Jogo de Tabuleiro.
A segunda revisão teve o objetivo de identificar na literatura quais abordagens são
contempladas nas estratégias de saúde para a prevenção e controle da sífilis na população
privada de liberdade. Identificou-se abordagens de análises epidemiológicas,
implementação de protocolos de diagnósticos e tratamento, e intervenções educativas
com foco na prevenção. Contudo, observa-se que são poucas as estratégias de intervenção
educacional para prevenção da sífilis.
Na terceira revisão integrativa, o objetivo foi identificar o conhecimento das
mulheres encarceradas sobre a sífilis. Constatou-se esta população desconhecem a forma
de prevenção e de transmissão dessa IST. Além disso, esses dados encontrados na amostra
final estavam associados a fatores de risco como relações sexuais desprotegidas, uso de
drogas ilícitas e condições socioeconômicas desfavoráveis, o que eleva a vulnerabilidade
de contrair a infecção no ambiente prisional.
A partir dos resultados dessas revisões integrativas, buscou-se organizar o
conteúdo do jogo de tabuleiro quanto a etiologia da doença, manifestações clínicas,
formas de transmissão, diagnóstico, tratamento e medidas de prevenção, visando suprir
as lacunas do conhecimento. Para comtemplar estes conteúdos e na busca de uma
integração dos aspectos identificados nas RI, pesquisou-se documentos internacionais e
nacionais.
Entre os documentos internacionais, consultou-se o documento da Organização
das Nações Unidas (ONU): “Regras de Bangkok”, que afirma que as mulheres
encarceradas devem receber educação e informação sobre como prevenir IST (UNODC,
2015); e o documento da OMS, intitulado “Eliminação mundial da sífilis congênita:
fundamento lógico e estratégia para ação”, que aborda estratégias baseadas em quatro
esteios: 1) assegurar empenho político e promoção sustentáveis; 2) aumentar o acesso e
46
Fonte: A autora.
48
Fonte: A autora.
jogadora deve responder em até 30 segundos. Caso não responda no tempo determinado,
a carta-pergunta volta para o fim da pilha de cartas e a vez passa para a jogadora seguinte.
Caso a jogadora acerte a pergunta, a mesma continua jogando e avançando no tabuleiro.
Fonte: A autora.
S-CVI/AVE 0,94
51
Quadro 4 – Descrição das sugestões dos juízes durante a validação de conteúdo. Recife,
Pernambuco, 2022.
Sugestão: Simplificar a linguagem.
Sugestão: Ajustar a ordem das cartas para uma sequência lógica.
Sugestão: Rever pergunta: “A sífilis pode matar”
Sugestão: Incluir o manual de “Instruções ao Mediador”
Sugestão: Incluir pergunta sobre a importância do acompanhamento pós-tratamento.
Sugestão: Incluir pergunta sobre a possibilidade de reinfecção da sífilis.
Sugestão: Incluir figura que remeta o preservativo feminino.
Sugestão: Incluir figura que remeta relações homoafetivas.
Sugestão: Incluir figura que retrate as características reais das mulheres em privação de
liberdade.
Sugestão: Incluir algumas perguntas relacionadas com contexto prisional.
Sugestão: Ressaltar que o “Outubro Verde” é uma campanha de Combate à Sífilis e à Sífilis
Congênita, não apenas da Sífilis Congênita.
Sugestão: A figura “Protejam-se” pode indicar tom imperativo e trazer uma ideia equivocada
de educação com foco na prescrição de medidas preventivas as escolhas possíveis das
participantes.
Sugestão: A casa do tabuleiro que tem: STOP! “Você não se protegeu = Fique uma rodada
sem jogar!” pode reforçar uma ideia de culpabilização do indivíduo, sem considerar questões
mais amplas da vulnerabilidade social dessas mulheres.
Fonte: Elaborada pela autora a partir dos dados da pesquisa, 2022.
Item IC IVC-I†
n (%)
Objetivo
1. O objetivo do jogo é evidente 10 (100%) 1,0
Apresentação/organização
2. O jogo apresenta impacto social 10 (100%) 1,0
3. O conflito criado em torno da prevenção da sífilis está 10 (100%) 1,0
coerente com a realidade
4. O desenvolvimento das narrativas faz com que o 10 (100%) 1,0
interesse pelo jogo aumente
5. As informações estão bem estruturadas em 9 (90%) 1,0
concordância e ortografia
6. As informações de apresentação e regras/instruções 9 (90%) 1,0
estão coerentes
Estilo visual
7. O tamanho dos títulos e dos tópicos está adequado 10 (100%) 1,0
8. As ilustrações estão expressivas e suficientes 9 (90%) 1,0
9. O tamanho do material (impresso) está apropriado. 9 (90%) 1,0
Tabuleiro: 80 x 50cm e cartas: 11,5 x 9,5 cm
10. O número de casas do tabuleiro está adequado 10 (100%) 1,0
11. A composição visual é atrativa e harmônica 9 (90%) 1,0
12. O tipo, tamanho e cor da fonte utilizada nos textos 9 (90%) 1,0
favorece a leitura do conteúdo
S-CVI/AVE 1,0
† Índice de Validade de Conteúdo do item.
Figura 6 – Segunda versão do jogo de tabuleiro “Corrida Contra Sífilis” após ajustes
sugeridos pelos juízes da validação de conteúdo. Recife, Pernambuco, 2022.
Visando tornar o conteúdo com uma sequência mais lógica, as cartas foram
ajustadas, modificou-se a ordem das perguntas, retiraram-se algumas e acrescentaram-se
outras, totalizando 34 cartas (Quadro 5).
Fonte: A autora.
Item IC IVC-I†
n (%)
Objetivos
1. O jogo contempla o tema proposto 7 (100%) 1,0
2.As informações/conteúdos são adequadas ao 7 (100%) 1,0
processo de ensino-aprendizagem 1,0
3. Esclarece possíveis dúvidas sobre o tema abordado 7 (100%)
Estrutura/Apresentação
4. As informações apresentadas estão cientificamente 7 (100%) 1,0
corretas
5. Aborda a temática de maneira clara e objetiva 7 (100%) 1,0
6. O conteúdo do jogo está adequado para mulheres 7 (100%) 1,0
em privação de liberdade
7. Há uma sequência lógica do conteúdo proposto 7 (100%) 1,0
8. Apresenta uma linguagem coerente para a 7 (100%) 1,0
compreensão das mulheres em privação de liberdade
9. As regras do jogo estão bem descritas 7 (100%) 1,0
10. As imagens são apropriadas 7 (100%) 1,0
11. As ilustrações motivam para a compreensão do 7 (100%) 1,0
conteúdo
12. A quantidade de casas do tabuleiro está adequada 7 (100%) 1,0
para o conteúdo proposto
13. O tamanho dos títulos e dos tópicos está adequado 7 (100%) 1,0
Relevância
14. Estimula a atenção das mulheres em privação de 7 (100%) 1,0
liberdade para a aprendizagem sobre a temática
S-CVI/AVE 1,0
† Índice de Validade de Conteúdo do item.
Fonte: Elaborada pela autora a partir dos dados da pesquisa, 2022.
Variáveis N %
Raça/cor
Branca 1 10%
Preta 1 10%
Parda 7 70%
Amarela 1 10%
Estado civil
Solteira 6 60%
União 2 20%
estável
Divorciada 2 20%
Procedência
Capital
Região metropolitana do Recife 6 60%
Interior 3 30%
Outra 1 10%
Escolaridade máxima
Ensino Fundamental I Completo 2 20%
Ensino Médio completo 1 10%
Ensino Superior Incompleto 6 60%
Ensino Superior Completo 1 10%
Fonte: Autora
62
6 DISCUSSÃO
O levantamento bibliográfico realizado permitiu conhecer de que as informações
epidemiológicas, os protocolos de rastreamento e tratamento, e as atividades educativas
são estratégias utilizadas para prevenção e controle da sífilis.
Constatou-se ainda, que a situação é desafiadora em relação ao conhecimento das
mulheres encarceradas sobre a sífilis. A identificação das IST e suas respectivas
características, se concretiza na construção de saberes. A falta de conhecimento ou o
conhecimento insuficiente é um agravante à vulnerabilidade das mulheres privadas de
liberdade a estas infecções. Logo, ressalta-se a importância de rever as necessidades de
saúde desta população e oferecer ações preventivas e de controle mais efetivas
(CARVALHO et al., 2020a).
A inclusão do conteúdo sobre a etiologia da doença, manifestações clínicas, formas
de transmissão, diagnóstico, tratamento e medidas de prevenção no Jogo de Tabuleiro,
foi relevante. Visto que o conhecimento insuficiente e equivocado sobre estes aspectos
pode dificultar a identificação da doença, abandono ao tratamento, aumento da
transmissão e o risco de complicações (CORDEIRO et al., 2018).
Os resultados supracitados, faz-nos perceber a necessidade de maiores
investimentos na área de educação em saúde no ambiente prisional feminino,
principalmente em relação à prevenção da sífilis. Estes investimentos precisam considerar
atividades educativas com foco na aprendizagem significativa, por meio de conteúdos
contextualizados a partir do perfil da população, ou seja, adultos jovens, com baixa
escolaridade e pouco acesso às informações.
Desse modo, o jogo de tabuleiro é uma tecnologia educacional que poderá
responder às necessidades apresentadas pelas mulheres em privação de liberdade em
discutir a temática da sífilis. Os jogos apresentam aspectos lúdicos, dinâmicos e afetivos,
além de incentivar a socialização e contribuir com o processo de ensino-aprendizagem.
Logo, é importante considerar que os jogos são potencialmente capazes de contribuir com
a motivação, a autoconfiança e a construção do conhecimento em saúde, pois é percebido
como atividade divertida, instigante, interativa e ilustrativa (ANDRADE et al., 2019).
O jogo desenvolvido baseou-se em referencial metodológico específico adaptado
de Bates (2004), Brathwaite e Schreiber (2009), Falcão (2009) e Martins (2016), com
etapas fundamentadas em: concepção, pré-produção e protótipo. Em conformidade com
esse procedimento, um jogo de tabuleiro sobre amamentação para crianças do ensino
fundamental também foi construído com estas mesmas etapas (MARTINS, 2017).
63
concordância entre juízes pode ser definida como o grau em que dois ou mais avaliadores,
usando a mesma escala de avaliação, fornecem igual classificação para um mesmo item
observável (MATOS, 2014).
O uso de jogos educacionais, permitem ao educando memorização de
informações, estímulo ao aprendizado, maior envolvimento, podendo ser empregado em
várias fases do processo de ensino-aprendizagem (GURGEL et al., 2017). Observou-se
que jogo pode ser usado como estratégia de prevenção e controle de doenças específicas,
como o HIV. Portanto, mudanças comportamentais, no tocante à saúde, podem ser
atingidas por intermédio de uma abordagem interativa e dinâmica (HIGHTOW-
WEIDMAN et al., 2017). O processo de elaboração e validação de um Jogo de Tabuleiro
focado na prevenção de controle da sífilis é fundamental para disponibilizar uma
tecnologia educacional adequada para uma população especifica.
Na validação de conteúdo, cinco juízes da área da saúde avaliaram negativamente
o item 8 “apresenta uma linguagem coerente para a compreensão das mulheres em
privação de liberdade”, pela utilização de muitos termos técnicos do contexto da saúde,
os quais poderiam não ser bem entendidos, configurando-se um desafio para o processo
de construção do conhecimento. Portanto, realizou-se a readequação da linguagem, com
objetivo de torná-la mais clara e acessível ao público-alvo. Após de validação de conteúdo
final, realizada com sete dos 22 juízes validação inicial, o item 8 foi avaliado de forma
positiva por todos os juízes. A linguagem usada em recursos educacionais poderá facilitar
ou dificultar a compreensão da temática abordada. Logo, a preparação textual deve estar
apropriada ao nível educacional e cultural do público-alvo (BENEVIDES et al., 2016).
O conteúdo do jogo de tabuleiro foi validado por juízes da área da saúde com S-
CVI global de 0,94 e com os juízes da área da educação e design gráfico com S-CVI
global de 1,0. Assemelhando-se com a métrica encontrada na validação de outros recursos
educacionais impressos brasileiros, que variou de 0,87-0,98 (TELES et al., 2014;
BENEVIDES et al., 2016; MOURA et al., 2017; LIMA et al., 2017; PINTO et al., 2018;
CRUZ et al., 2016). Contudo, apesar do S-IVC global ter apresentado um valor adequado,
os juízes sugeriram modificações importantes no conteúdo do jogo. Estudos que
validaram tecnologias educacionais e que aplicaram o IVC para a validação de conteúdo
também tiveram que realizar algumas mudanças até se obter à versão final do material,
robustecendo esta etapa, para alcançar um material válido (ALBUQUERQUE et al.,
2016).
65
7 CONCLUSÃO
Este estudo elaborou e validou o jogo de tabuleiro “Corrida Contra Sífilis” para
a prevenção e controle da sífilis em mulheres privadas de liberdade. O seu processo de
construção baseou-se em referencial metodológico específico. Já a etapa de validação de
conteúdo, contou com as contribuições de juízes da área da saúde, enfermeiros e médicos,
a avaliação técnica com profissionais de design gráfico e da educação, e a avaliação de
aparência com a própria população para o qual o jogo é destinado.
O jogo de tabuleiro desenvolvido neste estudo foi validado pelos juízes e avaliado
como adequado pelo público-alvo. O mesmo revelou-se com uma tecnologia educacional
apropriada para ser usada com mulheres em privação de liberdade com a finalidade de
trabalhar ações de educação em saúde na prevenção e controle da sífilis. Esta tecnologia
permitirá a construção do conhecimento sobre a sífilis, por ser atrativo e acessível.
Fornecerá subsídios para o aprendizado por possuir boa empregabilidade em ações
educativas no ambiente prisional. Sua utilização em atividades realizadas com o público-
alvo poderá possibilitar resultados satisfatórios, elevando os índices de conhecimento,
diagnóstico precoce, tratamento adequado, diminuição da incidência, menor risco de
complicações relacionadas as fases mais avançadas da doença e consequente melhoria na
qualidade de vida dessas mulheres, além da possibilidade de propagação do conhecimento
construído para outros espaços após o encarceramento.
O estudo apresenta como limitações, a acessibilidade, por não possuir em seu
conteúdo a Língua Brasileira de Sinais e o sistema Braille. Sua realização em uma região
do país e com mulheres de apenas uma unidade prisional feminina, de forma que outros
resultados podem ser obtidos na replicação metodológica em outras regiões ou com
mulheres de outras unidades prisionais. Assim como, a falta da avaliação semântica com
o público-alvo.
Ressalta-se que o jogo pode ser aplicado em outros contextos, devido as altas taxas
de incidência e prevalência da sífilis. Portanto, recomenda-se que seja realizada avaliação
semântica em outro momento. E que pesquisas experimentais na modalidade de ensaios
clínicos sejam feitas, com o objetivo de avaliar a eficácia do jogo de tabuleiro na
prevenção e controle da sífilis na população feminina privada de liberdade.
68
REFERÊNCIAS
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prisoners: integrative review. Rev Baiana Enferm., Bahia, v. 31, n.1, p. e16241, 2017.
DE SOUSA, M.G. et al. Validation of educational game for adolescents about the
sexuality topic/Validação de jogo educativo sobre sexualidade para adolescentes.
Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online, v. 10, n. 1, p. 203-209, 2018.
DOS SANTOS, Wallison Pereira et al. Perfil de mulheres sob privação de liberdade:
aspectos sociodemográficos, ocupacionais e criminais. Revista de Ciências da Saúde
Nova Esperança, v. 16, n. 1, p. 74-81, 2018.
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para crianças escolares. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 74, 2021.
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nursing diagnosis: proceedings of the conference of North American Nursing
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2013.
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HIGHTOW-WEIDMAN, Lisa B. et al. The future of digital games for HIV prevention
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LENNON, J. L.; COOMBS, D.W. The utility of a board game for dengue haemorrhagic
fever health education. Health Education, v. 107, n.3, p. 290-306, 2007.
LIMA, Ana Carolina Maria Araújo Chagas Costa et al. Construção e Validação de
cartilha para prevenção da transmissão vertical do HIV. Acta Paulista de
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LOPES, L. et al. Sífilis: Prevalência num Hospital de Lisboa. Acta Med Port, v. 29,
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LOPES, M.V.O; SILVA, V.M.; ARAÚJO, T.L. Methods for Establishing the Accuray
of Clinical Indicators in Predicting Nursing Diagnoses. Int J Nurs Knowl., v. 23, n.3,
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MENDES, C.C.M.; et al. Proposta de jogo didático “Na trilha dos alimentos”. Revista
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MOURA, Jayne Ramos Araújo et al. Construção e validação de cartilha para prevenção
do excesso ponderal em adolescentes. Acta Paulista de Enfermagem, v. 32, p. 365-
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POLIT, D.F.; BECK, C.T. The Content validity index: are you sure know what’s being
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RODRIGUES, F.J.; ROSA, M.R.; ROSA, E.A. A contribuição de um jogo didático para
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Monografia (Graduação em Direito) – Faculdade ASCES- Associação Caruarense de
Ensino Superior e Técnico, Caruaru, 2016.
TELES, Liana Mara Rocha et al. Development and validating an educational booklet for
childbirth companions. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 48, p. 977-984,
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VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. 6. ed. Trad. José Cipolla Neto, Luis S.
M. Barreto e Solange C. Afeche. São Paulo: M. Fontes, 1998.
WIEHE, S.E. et al. Test positivity for chlamydia, gonorrhea, and syphilis infection
among a cohort of individuals released from jail in Marion County, Indiana. Sex
Transm Dis., v. 42, n. 1, p. 30-6, 2015.
World Health Organization. The Global elimination of congenital syphilis: rationale and
strategy for action. Geneva, 2007.
Prezado (a),
Caso deseje participar, solicitamos que responda o mais rápido possível via e-mail. Em
caso de concordância, enviaremos o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE), a primeira versão do jogo de tabuleiro, o instrumento de validação de conteúdo
e as instruções para o seu preenchimento via e-mail.
Solicitamos ainda, se possível, que você indique mais profissionais especialistas em saúde
sexual e reprodutiva, tecnologias educacionais ou saúde prisional que possam colaborar
com nosso trabalho. Aguardamos sua resposta e, desde já, agradecemos o seu apoio,
oportunidade em que me coloco à sua disposição para qualquer esclarecimento.
Atenciosamente,
Convidamos o (a) Sr. (a) para participar como voluntário (a) da pesquisa
Tecnologia educacional para prevenção e controle da sífilis em mulheres privadas
de liberdade, que está sob a responsabilidade da pesquisadora Valéria Alexandre do
Nascimento, endereço: Rua Odete Monteiro, 450 (BL 06 – APTO 06), Cordeiro, Recife-
PE, CEP: 50711-440, e-mail: valeria.nascimento@ufpe.br, (81) 99851-3869, e sob
orientação da Prof.ª Dra. Francisca Márcia Pereira Linhares, e-mail:
francisca.linhares@ufpe.br e coorientação da Prof.ª Dra. Tatiane Gomes Guedes, e-mail
tatiane.gguedes@ufpe.br. Apenas quando todos os esclarecimentos forem dados e você
concorde em participar desse estudo, pedimos que assinale a opção de “Aceito participar
da pesquisa” no final desse termo.
O (a) senhor (a) estará livre para decidir participar ou recusar-se. Caso não aceite
participar, não haverá nenhum problema, desistir é um direito seu, bem como será
possível retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa, também sem nenhuma
penalidade.
para outros contextos de educação em saúde. Ressalta-se que a sua participação não lhe
conferirá nenhum tipo de benefício financeiro ou ônus.
Nada lhe será pago e nem será cobrado para participar desta pesquisa, pois a
aceitação é voluntária, mas fica também garantida a indenização em casos de danos,
comprovadamente decorrentes da participação na pesquisa, conforme decisão judicial ou
extrajudicial. Se houver necessidade, as despesas para a sua participação serão assumidas
pelos pesquisadores (ressarcimento de transporte e alimentação).
Em caso de dúvidas relacionadas aos aspectos éticos deste estudo, você poderá
consultar o Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da UFPE no
endereço: (Avenida da Engenharia s/n – 1º Andar, sala 4 - Cidade Universitária,
Recife-PE, CEP: 50740-600, Tel.: (81) 2126.8588 – e-mail: cepccs@ufpe.br).
___________________________________________
Tendo em vista os itens acima apresentados, eu, de forma livre e esclarecida, manifesto
meu consentimento para participar da pesquisa.
1. Nome:
3. Idade:
10. Ministra ou ministrou em sua prática docente disciplina referente a saúde sexual e
reprodutiva ou população em privação de liberdade?
Concordância:
( )SIM
( ) NÃO
Relevância:
( ) Irrelevante
( ) Parcialmente relevante
( ) Realmente relevante
( ) Muito relevante
Nos casos em que o(a) senhor(a) não concorde com a afirmação ou julgue o item como
“parcialmente relevante” ou “irrelevante” por gentileza, justifique a opção no espaço
“sugestão” do item.
ESTRUTURA/APRESENTAÇÃO
4. As informações 1.( ) SIM 1.( ) Irrelevante
apresentadas estão 2.( ) NÃO 2.( ) Parcialmente
cientificamente relevante
corretas. 3.( ) Realmente
relevante
4.( ) Muito relevante
RELEVÂNCIA
14. Estimula a 1.( ) SIM 1.( ) Irrelevante
atenção das 2.( ) NÃO 2.( ) Parcialmente
mulheres em relevante
privação de 3.( ) Realmente
liberdade para a relevante
aprendizagem sobre 4.( ) Muito relevante
a temática.
No jogo de tabuleiro há algum erro ou ideia prejudicial? Se sim, indique qual a parte do
jogo e expresse sua opinião ou sugestão.
91
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Comentários
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
92
Prezado (a),
Sou Valéria Alexandre do Nascimento, enfermeira e mestranda do Programa de Pós-
Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Estou
desenvolvendo um projeto de pesquisa intitulado “Tecnologia Educacional para
Prevenção e Controle da Sífilis em Mulheres Privadas de Liberdade”, sob orientação da
Profª. Drª. Francisca Márcia Pereira Linhares e coorientação da Profª. Drª. Tatiane Gomes
Guedes.
Diante do reconhecimento de sua experiência profissional, viemos por meio desta,
solicitar a sua colaboração e parecer sobre a primeira versão da tecnologia educacional
construída (jogo de tabuleiro), respondendo a um instrumento para validação de conteúdo
a fim de atingir o objetivo do estudo.
Caso deseje participar, solicitamos que responda o mais rápido possível via e-mail. Em
caso de concordância, enviaremos o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE), a primeira versão do jogo de tabuleiro, o instrumento de validação de conteúdo
e as instruções para o seu preenchimento via e-mail.
Solicitamos ainda, se possível, que você indique mais profissionais especialistas no
desenvolvimento e validação de tecnologias educacionais, da área da educação ou
designer gráfico, que possam colaborar com nosso trabalho. Aguardamos sua resposta e,
desde já, agradecemos o seu apoio, oportunidade em que me coloco à sua disposição para
qualquer esclarecimento.
Atenciosamente,
1. Nome:
3. Idade:
15. Tem publicações sobre a produção ou avaliação de jogo de tabuleiro? ( ) Sim ( ) Não
Concordância:
( )SIM
( ) NÃO
Relevância:
( ) Irrelevante
( ) Parcialmente relevante
( ) Realmente relevante
( ) Muito relevante
Nos casos em que o(a) senhor(a) não concorde com a afirmação ou julgue o item como
“parcialmente relevante” ou “irrelevante” por gentileza, justifique a opção no espaço
“sugestão” do item.
OBJETIVO
1. O objetivo do jogo é 1.( ) SIM 1.( ) Irrelevante
evidente 2.( ) NÃO 2.( ) Parcialmente
relevante
3.( ) Realmente
relevante
4.( ) Muito relevante
95
APRESENTAÇÃO/ORGANIZAÇÃO
ESTILO VISUAL
3.( ) Realmente
relevante
4.( ) Muito relevante
No jogo de tabuleiro há algum erro ou ideia prejudicial? Se sim, indique qual a parte do
jogo e expresse sua opinião ou sugestão.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Comentários:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
98
Todas as suas dúvidas podem ser esclarecidas com o responsável por esta
pesquisa. Apenas quando todos os esclarecimentos forem dados e você concorde com a
realização do estudo, pedimos que rubrique as folhas e assine ao final deste documento,
que está em duas vias. Uma via lhe será entregue e a outra ficará com o pesquisador
responsável.
Você estará livre para decidir participar ou recusar-se. Caso não aceite participar,
não haverá nenhum problema, desistir é um direito seu, bem como será possível retirar o
consentimento em qualquer fase da pesquisa, também sem nenhuma penalidade.
Nada lhe será pago e nem será cobrado para participar desta pesquisa, pois a
aceitação é voluntária, mas fica também garantida a indenização em casos de danos,
comprovadamente decorrentes da participação na pesquisa, conforme decisão judicial ou
extrajudicial. Se houver necessidade, as despesas para a sua participação serão assumidas
pelos pesquisadores (ressarcimento de transporte e alimentação).
Em caso de dúvidas relacionadas aos aspectos éticos deste estudo, você poderá
consultar o Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da UFPE no
100
___________________________________________________
(opcional)
Nome: Nome:
Assinatura: Assinatura:
101
1. Idade ___________anos:
2. Você se considera:
1 ( ) Branca
2 ( ) Preta
3 ( ) Parda
4 ( ) Amarela
5 ( ) Indígena
3. Estado civil:
1 ( ) Casada
2 ( ) Solteira
3 ( ) União estável
4 ( ) Viúva
5 ( ) Divorciada
6 ( ) Outros:
1 ( ) Capital
2 ( ) Região metropolitana do Recife
3 ( ) Interior
4 ( ) Outra ______
6. Anos de estudo:
1 ( ) Ensino Fundamental I Incompleto
2 ( ) Ensino Fundamental I Completo
3 ( ) Ensino fundamental II Incompleto
4 ( ) Ensino Fundamental II Completo
5 ( ) Ensino Médio Incompleto
6 ( ) Ensino Médio completo
7 ( ) Ensino Superior Incompleto
8 ( ) Ensino Superior Completo
7. Renda da família:
1 ( ) Menos de 1 salário mínimo
2 ( ) Um salário mínimo
3 ( ) De um a dois salários mínimos
4 ( ) De três a quatro salários mínimos
5 ( ) Mais de cinco salários mínimos
102
ESTILO DA ESCRITA
8. A linguagem do jogo é clara? 1 ( ) SIM
2 ( ) NÃO
MOTIVAÇÃO
11. O jogo incentiva a prevenção da sífilis? 1 ( ) SIM
2 ( ) NÃO
SUGESTÕES:__________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
103
TABULEIRO
INSTRUCÕES ÀS JOGADORAS
104
CARTAS
105
106
107
108
109
110
INSTRUÇÕES AO MEDIADOR
111
112
113
114
115
MATERIAIS DO JOGO
116