Largatofolhico
Largatofolhico
Largatofolhico
O lagarto do folhiço
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Com pequena resistência
A qualquer devastação,
Fará da conservação
Um ato de consciência.
Reunindo toda a gente
Em prol do nosso ambiente,
Carente de providência.
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Sendo em número crescente,
O seu perfil, com certeza,
Mostrará que a natureza
Já não está mais doente.
E a mata, agora, frondosa
Fornecerá casa umbrosa,
Para que fique evidente.
Na cultura popular,
Peço auxílio do cordel
E também do menestrel
Que se disponha a ajudar,
Espalhando a novidade
— agora a nossa cidade
Tem um lagarto a zelar.
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O povo vai se animar,
O assunto vai pra feira,
A comadre de primeira
Vai o fato divulgar…
Pode ser até que aumente,
mas duvido que ela invente
Que o lagarto vai voar.
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Imagino até que, um dia,
Um pai, entusiasmado,
Por haver gêmeos gerado,
Diga ao padre, junto à pia:
Coleo é o nome do menino,
Dactylus, é por destino,
Prenome da filha Nya.
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9
Natal pygmy gecko dito,
Numa revista estrangeira,
Deu à espécie bandeira,
Status de novo mito,
E o lagartinho encantado,
No folhiço camuflado,
Hoje compõe nosso grito.
Um grito de liberdade,
contrário à devastação,
dota de melhor ação
a sustentabilidade
pra que a aldeia global
saia do impasse, afinal
de toda imobilidade.
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Marcos Antônio de Andrade Medeiros
Homenagem do autor