1.1 Morfologia
1.1 Morfologia
1.1 Morfologia
Versão Condensada
Sumário
Morfologia: estrutura das palavras e formação das palavras�������������������������������������� 3
2
A L F A C O N
Morfologia: estrutura das palavras e formação
das palavras
Texto V
A forma “homenageia”, flexão do verbo irregular homenagear, apresenta o ditongo ei, que necessariamente também
ocorre:
c) nas formas do verbo frear cuja vogal tônica esteja fora do radical.
A L F A C O N
e) em todas as formas do presente do subjuntivo do verbo homenagear.
Nos verbos com terminação “ear”, o ditongo “ei” aparecerá nas formas rizotônicas, ou seja, forma de conjugação
do verbo em que a sílaba tônica fica no radical.
A: Incorreta. O verbo “premiar” tem o final “iar”, logo, é um verbo regular, ou seja, não sofre alterações no radical.
Existem 5 verbos irregulares com o final “iar”, são eles: mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar.
B: Correta. Esta é a definição das formas rizotônicas, isto é, “fre” (radical) “ar” – a vogal tônica (e) está no radical.
C: Incorreta. A vogal tônica está dentro do radical “fre” (e). Quando está fora do radical, é a forma arrizotônica.
GABARITO: B.
O Programa Papo de Responsa foi criado por policiais civis do Rio de Janeiro. Em 2013, a Polícia Civil do Espírito
Santo, por meio de policiais da Academia de Polícia (Acadepol) capixaba, conheceu o programa e, em parceria com
a polícia carioca, trouxe para o Estado.
O ‘Papo de Responsa’ é um programa de educação não formal que – por meio da palavra e de atividades lúdicas –
discute temas diversos como prevenção ao uso de drogas e a crimes na internet, bullying, direitos humanos, cultura
da paz e segurança pública, aproximando os policiais da comunidade e, principalmente, dos adolescentes.
O projeto funciona em três etapas e as temáticas são repassadas pelo órgão que convida o Papo de Responsa, como
escolas, igrejas e associações, dependendo da demanda da comunidade. No primeiro ciclo, denominado de “Papo
é um Papo”, a equipe introduz o tema e inicia o processo de aproximação com os alunos. Já na segunda etapa, os
alunos são os protagonistas e produzem materiais, como músicas, poesias, vídeos e colagens de fotos, mostrando
a percepção deles sobre a problemática abordada. No último processo, o “Papo no Chão”, os alunos e os policiais
civis formam uma roda de conversa no chão e trocam ideias relacionadas a frases, questões e músicas direcionadas
sempre no tema proposto pela instituição. Por fim, acontece um bate-papo com familiares dos alunos, para que os
policiais entendam a percepção deles e também como os adolescentes reagiram diante das novas informações.
Quando se redige um texto manuscrito, é necessário conhecer as regras de separação silábica. Considerando essa
afirmação, assinale a alternativa em que os vocábulos apresentam separação silábica correta.
a) Pri-me-i-ro / a-pro-xi-ma-çã-o.
b) E-qui-pe / me-i-o.
c) Intr-oduz / rea-gi-ram.
d) I-ni-ci-a / a-ca-de-mi-a.
e) Pro-ce-sso / in-sti-tu-i-ção.
A L F A C O N
A: Incorreta. Separação silábica correta: pri-mei-ro / a-pro-xi-ma-ção.
D: Correta.
GABARITO: D.
Texto I
Quem ama o tédio, divertido lhe parece. Apesar da diversão ser um conceito tão relativo quanto a beleza, a paródia
do ditado é tão verdadeira quanto a de que a necessidade é a mãe da invenção.
[…]
O escritor de ciência americano Steven Johnson acredita que o prazer é o motor da inovação. Em seu décimo livro,
O poder inovador da diversão: como o prazer e o entretenimento mudaram o mundo, lançado no Brasil pela editora
Zahar, ele mostra a importância da música, dos jogos, da mágica, da comida e de outras formas de diversão para
chegarmos onde estamos e para que tipo de futuro esses passatempos nos levarão.
[…]
Do jogo de dardos veio a estatística. A flauta de osso pode ser a ancestral do computador que você lê este artigo.
As caixas de música serviram de inspiração para os teares. Com uma prosa leve e bem-humorada (à prova de hipo-
crisias), Johnson explica como tecnologias fundamentais para o nosso tempo nasceram e evoluíram de objetos e
engrenagens que não tinham outro objetivo senão entreter. [...]
Somos naturalmente hedonistas. E, como você diz, a diversão ajudou a moldar a humanidade. Você acha que
o prazer é a chave para a inteligência?
Eu não diria que o prazer é “a” chave para a inteligência, mas sim que é um elemento subestimado de inteligência.
Em outras palavras, tendemos a supor que pessoas inteligentes usam suas habilidades mentais em busca de pro-
blemas sérios que tenham clara utilidade ou recompensa econômica por trás deles. Mas o pensamento inteligente
é muitas vezes desencadeado por experiências mais lúdicas, como os nossos ancestrais do Paleolítico que, escul-
pindo as primeiras flautas de ossos de animais, descobriram como posicionar os buracos para produzir os sons
mais interessantes. Essas inovações exigiram uma grande dose de inteligência – dado o estado do conhecimento
humano sobre a música e o design de instrumentos há 50 mil anos – mas esse tipo de coisa não era “útil” em nenhum
sentido tradicional.
A história da diversão sempre esteve à margem dos registros históricos mais sérios e práticos, como guerras,
poder e igualdade, por exemplo. Você acha que a diversão estava implícita nesses eventos ou foi ignorada
pelos historiadores?
Acho que tem sido amplamente ignorada pelos historiadores. E quando foi observada e narrada, os relatos históricos
foram muito limitados: há histórias sobre moda, jogos ou temperos, mas como narrativas separadas. Olhamos para
a longa história da civilização de maneira diferente se contarmos a história do comportamento “lúdico” como uma
A L F A C O N
categoria mais abrangente – esse era meu objetivo ao escrever O poder inovador da diversão. Essa história é muito
mais importante que a maioria das pessoas imagina.
Nesse seu último livro, você diz que os prazeres inúteis da vida geralmente nos dão uma pista sobre futuras
mudanças na sociedade. O que podemos prever para o futuro a partir dos nossos prazeres mais comuns agora?
Provavelmente o melhor exemplo recente foi a mania de Pokémon Go. Eu posso imaginar-nos olhando para trás em
2025, quando muitos de nós estarão usando regularmente dispositivos de realidade aumentada para resolver “pro-
blemas sérios” no trabalho, e vamos perceber que a primeira adoção dominante dessa tecnologia veio de pessoas
correndo pelas cidades capturando monstros japoneses imaginários em seus telefones.
Esta é uma questão verdadeiramente profunda. Algumas coisas que consideramos divertidas (sexo, comida, por
exemplo) têm claras explicações evolutivas sobre por que nossos cérebros devem achá-las prazerosas. Mas o tipo
de diversão que descrevo em O poder inovador da diversão – o prazer de ver uma boneca robô imitar um humano,
ou a diversão de jogar um jogo de tabuleiro – é mais difícil de explicar. Eu acho que tem a ver com a experiência de
novidade e surpresa; uma parte significativa de nossa inteligência vem do nosso interesse em coisas que nos sur-
preendem desafiando nossas expectativas. Quando experimentamos essas coisas, temos um pequeno estímulo que
diz: “Preste atenção nisso, isso é novo”. E assim, ao longo do tempo, os sistemas culturais se desenvolveram para
criar experiências cada vez mais elaboradas para surpreender outros seres humanos: desde as primeiras flautas de
osso, até os novos e brilhantes padrões de tecido de chita, todas as formas de Pokémon Go. É uma história antiga;
temos muito mais oportunidades e tecnologias para nos surpreender do que nossos ancestrais.
Assinale a alternativa em que as palavras não são cognatas, ou seja, não têm a mesma raiz etimológica.
a) Comida – cometer.
b) Música – musicalizar.
c) Estímulo – estimular.
d) Adoção – adotar.
e) Diversão – divertir.
Comida e cometer não são palavras cognatas, nem possuem sentido próximo.
GABARITO: A.
Texto III
Art. 13 – Transgressão Disciplinar é qualquer violação dos princípios da ética, dos deveres e das obrigações policiais
militares, na sua manifestação elementar e simples, e qualquer omissão ou ação contrária aos preceitos estatuídos
em leis, regulamentos, normas ou disposições, deste que não constituam crime.
A L F A C O N
Certos gêneros textuais, como as leis, requerem o emprego do nível formal da língua. Esse texto, artigo de uma lei,
para adequar-se à modalidade escrita formal, exige que se:
d) permute a expressão “deste que” pela locução conjuntiva adverbial condicional desde que.
e) eliminem as vírgulas que isolam a expressão “na sua manifestação elementar e simples”.
A: Incorreta. No termo “aos preceitos”, temos a + os, e no termo “as determinações”, temos a + as, deveria, então,
haver o sinal de crase.
B: Incorreta. Em “obrigações policiais militares” há um substantivo “obrigações”, uma expressão adjetiva “policiais
militares”, e isso não quer dizer que se está dando nome aos policiais militares, já que é somente um adjetivo.
C: Incorreta. Na expressão “violação dos (de + os) princípios”, trocando-se por “violação aos princípios”, temos
a regência nominal incorreta. “Violação” requer somente uma regência: “violação de”.
D: Correta. O verbo “constituam” indica uma condição e deve ser usado em locuções conjuntivas; então, seria
“desde que”, para se relacionar à condição do verbo.
E: Incorreta. A expressão “na sua manifestação elementar e simples” é um termo intercalado que explica “qualquer
violação”. Dessa forma, tem que estar entre vírgulas.
GABARITO: D.
Leia:
O homem deixou a sala cabisbaixo, envergonhado, exsudado, como se sobre ele houvesse um sol de 40 graus.
As consoantes destacadas na palavra “exsudado” pertencem a sílabas distintas pela mesma razão das consoantes
destacadas em:
a) “Tem tantas belezas, tantas,/ A minha terra natal,/ Que nem as sonha um poeta/ E nem as canta um mortal!”
(Casimiro de Abreu)
b) A garota olhava com convicção para o pai a informar-lhe, desse modo, que não desistia de seu pedido.
c) “Ocupado como sempre estava com os obséquios, o rei demorava a resposta [...].” (José Saramago)
A: Correta. Assim como na frase, na palavra “terra” também ocorre um dígrafo, ou seja, as duas letras têm apenas
um som.
GABARITO: A.
A L F A C O N
6. (CESPE/CEBRASPE – 2021 – PRF – POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL)
Texto 1A18-I
Nos Estados Unidos da América, no século XIX, a passagem da polícia do sistema de justiça para o de governo
da cidade significou também a passagem da noção de caça aos criminosos para a prevenção dos crimes, em um
deslocamento do ato para o ator. Como na Europa, a ênfase na prevenção teria representado nova atitude diante
do controle social, com o desenvolvimento pela polícia de uma habilidade específica, a de explicar e prevenir o
comportamento criminoso. Isso acabou redundando no foco nas “classes perigosas”, ou seja, em setores específicos
da sociedade vistos como produtores de comportamento criminoso. Nesse processo, desenvolveram-se os vários
campos de saber vinculados aos sistemas de justiça criminal, polícia e prisão, voltados para a identificação, para a
explicação e para a prevenção do comportamento criminoso, agora visto como “desviante”, como a medicina legal,
a psiquiatria e, especialmente, a criminologia.
Na Europa ocidental, as novas instituições estatais de vigilância deveriam controlar o exercício da força em sociedades
em que os níveis de violência física nas relações interpessoais e do Estado com a sociedade estavam em declínio.
De acordo com a difundida teoria do processo civilizador, de Norbert Elias, no Ocidente moderno, a agressividade,
assim como outras emoções e prazeres, foi domada, “refinada” e “civilizada”. O autor estabelece um contraste entre
a violência “franca e desinibida” do período medieval, que não excluía ninguém da vida social e era socialmente
permitida e até certo ponto necessária, e o autocontrole e a moderação das emoções que acabaram por se impor
na modernidade. A conversão do controle que se exercia por terceiros no autocontrole é relacionada à organização
e à estabilização de Estados modernos, nos quais a monopolização da força física em órgãos centrais permitiu a
criação de espaços pacificados. Em tais espaços, os indivíduos passaram a ser submetidos a regras e leis mais
rigorosas, mas ficaram mais protegidos da irrupção da violência na sua vida, na medida em que as ameaças físicas
tornaram-se despersonalizadas e monopolizadas por especialistas.
C. Mauch. Considerações sobre a história da polícia. In: MÉTIS: história & cultura, v. 6, n.º 11, jan./jun. 2007, p. 107-19 (com adaptações).
O trecho “A conversão do controle que se exercia por terceiros no autocontrole é relacionada à organização e à
estabilização de Estados modernos” poderia ser reescrito da seguinte forma, sem prejuízo para os sentidos e para
a correção gramatical do texto: Converter o controle efetuado por terceiros a autocontrole concatena a organização
e estabilização dos Estados do mundo moderno.
Certo ( ) Errado ( )
A substituição de “relacionada” por “concatena” não é possível, já que não são sinônimas, portanto mudaria o
sentido do texto.
GABARITO: ERRADO.
“Esquecer os ancestrais é como ser um riacho sem nascente, uma árvore sem raízes”.
Certo ( ) Errado ( )
A L F A C O N
As palavras “riacho” e “casebre” são formadas por meio de derivação sufixal, ou seja, apresenta-se um sufixo à
palavra primitiva.
GABARITO: CERTO.
Assinale a única opção em que a palavra em destaque é formada por composição por justaposição.
a) Salte de paraquedas e você vai descobrir que a liberdade tem começo, meio e fim (Kléber Novartes).
c) Mais vale um casebre no céu do que uma mansão no inferno (Raphael Gaspar).
d) Quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz que o injustiçado (Platão).
A: Correta. Paraquedas - composição por justaposição, ou seja, não perde elemento (para + quedas).
B: Incorreta. Vinagre - composição por aglutinação, ou seja, perde elementos (vinho + acre).
GABARITO: A.
Sobre o processo de formação de palavras, assinale a única alternativa que foi definida corretamente:
B: Correta. Fidalgo quer dizer “filho de algo”, logo, temos uma composição por aglutinação.
E: Incorreta. A palavra “repatriar” é parassintética, visto que não existe “repátria” nem “patriar”.
GABARITO: B.
A L F A C O N
10. (ALFACON – 2023 – POLÍCIA FEDERAL – AGENTE)
Assinale a alternativa que apresenta a palavra que tenha sido formada pelo mesmo processo que o vocábulo
“entrelinha”.
a) Terraço.
b) Desalmado.
c) Chiquérrimo.
d) Desigualdade.
e) Desmontar.
A palavra “entrelinha” possui como radical “linha”, tendo um prefixo de posição intermediária (entre).
E: Correta. A palavra “desmontar” possui como radical “montar”, tendo um prefixo de negação (des).
GABARITO: E.
A L F A C O N