Acp Proposta Da Aplicação Da Análise Por Componentes Principais
Acp Proposta Da Aplicação Da Análise Por Componentes Principais
Acp Proposta Da Aplicação Da Análise Por Componentes Principais
RIO DE JANEIRO
Março 2020
LARYSSA DOS SANTOS
Rio de Janeiro
Março 2020
AGRADECIMENTOS
À minha mãe por ser um exemplo de mulher forte, o qual venho tentando
seguir, e por todo suporte dado no caminho das minhas conquistas e sonhos,
independente dos sacrifícios exigidos.
À minha família, irmãos, primas, madrinha, padrinho, por toda a ajuda nos
momentos difíceis, aos risos nos momentos felizes e por terem acreditado em mim
em momentos cruciais.
À minha irmã por ser outro exemplo de mulher forte e por ter me ajudado a
priorizar a minha saúde mental diante de obstáculos.
Aos meus amigos que são responsáveis por muitos momentos importantes de
alegria e descontração, mesmo com a minha resistência em relaxar um pouco.
À professora e orientadora Paula Fernandes de Aguiar por ter me guiado não
só ao longo desse trabalho, mas ao longo de quase toda a graduação com “broncas”
e elogios quando merecidos.
Ao orientador Humberto Brevilato Novaes por ter disponibilizado todas as
condições operacionais para a realização desse e de outros trabalhos e por
compartilhar um pouco do seu vasto conhecimento em técnicas instrumentais.
Ao professor e orientador Vinicius Kartnaller pela paciência e pelas dicas
valiosas tanto para ferramenta quimiométrica selecionada quanto para a
organização e parte escrita do trabalho.
Ao Laboratório LAM (Laboratório de Análises Ambientais e Minerais) por me
fornecer o suporte para a realização dos experimentos.
À banca, professor Carlos Alberto da Silva Riehl e professor Rodolfo Santos
Barboza, por ter aceitado o convite.
Ao Instituto de Química (IQ) e à Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ) por terem me acolhido e possibilitado o aprendizado de conhecimentos que
vão além dos conceitos ensinados no curso de Química.
RESUMO
PROJETO DE CURSO
TÍTULO: PROPOSTA DA APLICAÇÃO DA ANÁLISE POR COMPONENTES
PRINCIPAIS NO ROTEIRO DE UMA AULA DE ANÁLISE INSTRUMENTAL DO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM QUÍMICA
Figura 3.1: Diagrama do processo de troca iônica. Esquerda: troca catiônica. Direita:
troca aniônica. Adaptado de: EITH et al., 2007..........................................................25
Figura 3.2: Estrutura dos materiais de empacotamento mais usados. Esquerda:
poliestireno-divinilbenzeno (PS-DVB). Direita: polimetilmetacrilato (PMMA). Adaptado
de: NAZARIO & LANÇAS, 2013.................................................................................27
Figura 3.3: Grupos funcionais mais importantes para cromatografia de ânions.
Esquerda: trimetilamina (TMA). Direita: dimetiletanolamina (DMEA).........................27
Figura 3.4: Representação esquemática de um sistema de cromatografia de íons
com supressão de condutividade. Adaptado de: GUEDES,
2010............................................................................................................................29
Figura 3.5: Representação da reta obtida por regressão linear. Fonte: MASSART,
1997............................................................................................................................31
Figura 3.6: Exemplos de gráficos de resíduos. Fonte: MASSART,1997....................33
Figura 3.7: Projeções de duas para uma dimensão. (a) há perda de informação na
projeção; (b) PC1 - a informação é preservada. Fonte: MASSART, 1997.................42
Figura 3.8: (a) – PC2 é ortogonal à PC1; (b) – Gráfico construído com os
componentes principais PC1 e PC2; (c) – PC1. Fonte: MASSART, 1997.................43
Figura 3.9: Matriz de dados n x m. Adaptado de: MASSART,1997...........................44
Figura 3.10: Gráfico de scores de 3 tipos de vinhos italianos (∆ = Barolo, ● =
Barbera, x = Grignolino). Fonte: MASSART, 1997.....................................................51
Figura 3.11: Gráfico de loading de algumas variáveis para o exemplo de poluição do
ar. Fonte: MASSART, 1997........................................................................................52
Figura 4.1: CI à esquerda, computador usado para o tratamento de dados e, à
direita, o módulo do equipamento..............................................................................56
Figura 5.1: Cromatograma obtido na análise da solução com 0,20 mg.L -1 com os
sete íons estudados...................................................................................................62
Figura 5.2: Curva analítica para o íon fluoreto...........................................................64
Figura 5.3: Gráfico de resíduos construído para a curva analítica do íon
fluoreto........................................................................................................................65
Figura 5.4: Curvas analíticas para o íon cloreto. A – Faixa baixa. B – Faixa alta......68
Figura 5.5: Curva analítica para o íon nitrito..............................................................68
Figura 5.6: Curva analítica para o íon brometo..........................................................68
Figura 5.7: Curvas analíticas para o íon nitrato. A – Faixa baixa. B – Faixa alta.......69
Figura 5.8: Curva analítica para o íon fosfato............................................................69
Figura 5.9: Curva analítica para o íon sulfato.............................................................70
Figura 5.10: Gráfico de resíduos construído para as curvas analíticas do íon cloreto.
A – faixa baixa. B – faixa alta.....................................................................................70
Figura 5.11: Gráfico de resíduos construído para as curvas analíticas do íon
nitrito...........................................................................................................................71
Figura 5.12: Gráfico de resíduos construído para as curvas analíticas do íon
brometo. ....................................................................................................................71
Figura 5.13: Gráfico de resíduos construído para as curvas analíticas do íon nitrato.
A – Faixa baixa. B – Faixa alta...................................................................................71
Figura 5.14: Gráfico de resíduos construído para as curvas analíticas do íon fosfato.
....................................................................................................................................72
Figura 5.15: Gráfico de resíduos construído para as curvas analíticas do íon sulfato.
....................................................................................................................................72
Figura 5. 16: Teores de sulfato, nitrato, cloreto e fluoreto apresentados na análise e
no rótulo para três águas minerais brasileiras............................................................80
Figura 5.17: Teores de sulfato, nitrato e cloreto apresentados na análise e no rótulo
para três águas minerais estrangeiras.......................................................................81
Figura 5.18: Percentagem cumulativa da contribuição dos componentes
principais....................................................................................................................84
Figura 5.19: Gráfico de scores (PC1 x PC2) .............................................................85
Figura 5.20: Gráfico dos loadings no plano PC1 x PC2.............................................87
Figura 5.21: Tela do programa com as principais funções destacadas...................102
Figura 5.22: Tela do programa com as funções para carregar os dados
destacadas...............................................................................................................107
LISTA DE QUADROS
Quadro 3.1: Classes de águas minerais quanto à composição química (Fonte de:
JEBER & PROFETA, 2018) ......................................................................................22
Quadro 3.2: Classificação das fontes de água mineral (Fonte de: JEBER &
PROFETA,2018)........................................................................................................23
Quadro 3.3: Principais resinas de troca de íons para cromatografia de íons (Fonte:
GUEDES, 2010).........................................................................................................28
Quadro 3.4: Quadro de análise de variância para o ajuste do modelo
quadrático*.................................................................................................................35
Quadro 3.5: Parâmetros de validação conforme o tipo de ensaio. Fonte: INMETRO,
2018............................................................................................................................36
Quadro 3.6: Critérios de aceitação para a repetibilidade. (Fonte: Association of
Official Agricultural Chemists,2016)………………………………………………………40
Quadro 3.7: Critérios de aceitação para recuperação. Fonte: AOAC,
2016............................................................................................................................41
Quadro 4.1: Marcas em que foram realizadas diluições, alíquotas e volumes
finais...........................................................................................................................55
Quadro 4.2: Características e condições operacionais do CI....................................57
Quadro 4.3: Faixas de concentração selecionadas para cada íon para a construção
da curva analítica.......................................................................................................58
Quadro 4.4 – Métodos utilizados para determinar LD e LQ.......................................59
Quadro 5.1: Áreas dos picos referentes ao íon fluoreto nas soluções padrões da
curva analítica............................................................................................................63
Quadro 5.2: Valores de Gcalc obtidos para os dados da curva analítica do
fluoreto........................................................................................................................63
Quadro 5.3: Valores de variância obtidos para os dados da curva analítica do
fluoreto........................................................................................................................64
Quadro 5.4: ANOVA para a curva analítica do íon fluoreto.......................................65
Quadro 5.5: Valores de Gcalc obtidos para os dados das curvas analíticas dos íons
cloreto, nitrito, brometo, nitrato, fosfato e sulfato.......................................................66
Quadro 5.6: Valores de variância obtidos para os dados das curvas analíticas dos
íons cloreto, nitrito, brometo, nitrato, fosfato e sulfato................................................66
Quadro 5.7: Valores calculados para a maior variância, o somatório das variâncias e
o Ccalc para as curvas analíticas dos íons cloreto, nitrito, brometo, nitrato, fosfato e
sulfato.........................................................................................................................67
Quadro 5.8: Valores calculados para Fcalc para as curvas analíticas dos íons cloreto,
nitrito, brometo, nitrato, fosfato e sulfato....................................................................67
Quadro 5.9: Resumo das equações das retas para os íons fluoreto, cloreto, nitrito,
brometo, nitrato, fosfato e sulfato e seus respectivos R2...........................................73
Quadro 5.10: Desvio padrão relativo do coeficiente angular para cada
íon...............................................................................................................................74
Quadro 5.11: Valores obtidos para as áreas dos picos para a análise de três
replicatas do branco...................................................................................................74
Quadro 5.12: Limites de quantificação e limites de detecção obtidos pela relação
sinal/ruído...................................................................................................................75
Quadro 5.13: Limites de detecção e quantificação decorrentes do método do desvio
padrão do branco e inclinação da reta.......................................................................75
Quadro 5.14: Desvios padrões relativos calculados para as soluções padrões com
0,10 mg.L-1, 0,30 mg.L-1 e 0,50 mg.L-1 dos íons em estudo.......................................76
Quadro 5.15: Recuperação analítica calculada para as soluções padrão com 0,10
mg.L-1, 0,30 mg.L-1 e 0,50 mg.L-1 dos íons em estudo...............................................77
Quadro 5.16: Concentrações calculadas para os íons fluoreto, cloreto, nitrito, nitrato
e sulfato para todas as 16 águas minerais.................................................................78
Quadro 5.17: Autovetores relacionados com a matriz de covariância dos dados pré-
tratados.......................................................................................................................82
Quadro 5.18: Autovalores relacionados com a matriz de covariância dos dados pré-
tratados.......................................................................................................................83
Quadro 5.19: Contribuição de cada componente principal para a explicação da
variância total.............................................................................................................83
Quadro 5.20: Percentagens cumulativas ao adicionar cada componente principal na
explicação da variação dos dados originais...............................................................84
Quadro 5.21: Loadings nas duas componentes principais (PC1 e PC2)...................86
Sumário
1. Introdução .................................................................................................................................. 18
2. Objetivo ....................................................................................................................................... 20
3. Fundamentação teórica .......................................................................................................... 21
3.1. Água mineral ..................................................................................................................... 21
3.2. Princípios da técnica de cromatografia de íons ...................................................... 25
3.3. Métodos matemáticos e testes estatísticos .............................................................. 30
3.3.1. Teste de Grubbs ............................................................................................ 30
3.4.3. Repetibilidade................................................................................................. 39
4. Material e métodos................................................................................................................... 54
4.1. Material ................................................................................................................................ 54
4.2. Seleção da amostra a ser estudada ............................................................................ 54
4.2.1. Determinação da quantidade e das marcas das águas minerais ..... 55
4.5.3. Repetibilidade................................................................................................. 60
5.2.3. Repetibilidade................................................................................................. 76
18
capacitadas no assunto e implicando, em alguns casos, na diminuição do tempo de
aula de outras disciplinas, razões que dificultam a incorporação desse assunto nas
grades curriculares atuais (NETO, 2004).
Entretanto, o uso de programas estatísticos bem construídos permite
substituir a complexidade matemática por uma simplicidade didática (NETO, J. M.
M., 2004). Deste modo, é possível trabalhar mais a parte da inferência estatística, ou
seja, o que se pode afirmar a partir dos dados disponíveis.
Assim, este trabalho visa propor um roteiro de aula para o Instituto de
Química (IQ) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no qual introduz os
conceitos principais da ferramenta estatística selecionada (PCA), usando rotina
computacional que pode ser aplicada à plataforma de uso gratuito aplicadas à
técnica de cromatografia de íons na análise da composição de águas minerais.
19
2. Objetivo
20
3. Fundamentação teórica
21
Quadro 3.1: Classificação de águas minerais quanto à composição química (Fonte:
JEBER & PROFETA, 2018)
Classes Tipos Características
Quando apesar de não atingirem os limites estabelecidos, forem
I Oligominerais classificadas como minerais pelo disposto nos parágrafos 2º e 3º
do art. da presente Lei.
Quando contiverem substâncias radioativas dissolvidas que lhes
II Radíferas
atribuam radioatividade permanente.
Alcalino- As que contiverem, por litro, uma quantidade de compostos
II
bicarbonatadas alcalinos equivalente, no mínimo a 0,2 g de bicarbonato de sódio.
As que contiverem, por litro, uma quantidade de alcalino terrosos
equivalentes no mínimo a 0,12 g de carbonato de cálcio,
distinguindo-se:
a) alcalino-terrosas cálcicas, as que contiverem, por litro, no
IV Alcalino-terrosas mínimo 0,048 g do cátion Ca2+, sob forma de bicarbonato de
cálcio;
b) alcalino-terrosas magnesianas, as que contiverem, por litro, no
mínimo, 0,030 g do cátion Mg2+, sob a forma de bicarbonato de
magnésio.
As que contiverem, por litro, no mínimo, 0,1 g do ânion SO42-,
V Sulfatadas
combinado aos cátions Na+, K+ e Mg2+.
VI Sulfurosas As que contiverem, por litro, no mínimo, 0,1 g do ânion S2-.
As que contiverem, por litro, no mínimo, 0,1 g do ânion NO3- de
VII Nitratadas
origem mineral.
VIII Cloretadas As que contiverem, por litro, no mínimo, 0,5 g de NaCl.
IX Ferruginosas As que contiverem, por litro, no mínimo, 0,005 g de Fe2+/Fe3+.
As que contiverem radônio em solução, nos seguintes limites:
a) fracamente radioativa: entre 5 e 10 unidades Mache por litro, a
20 °C e 760 mm Hg de pressão;
X Radioativas b) radioativas: entre 10 e 50 unidades Mache por litro, a 20 °C e
760 mm Hg de pressão;
c) fortemente radioativas: superior a 50 unidades Mache por litro,
a 20 °C e 760 mm Hg de pressão.
As que possuírem um teor em Torônio em solução
XI Toriativas equivalente em unidades eletrostáticas a 2 unidades Mache por
litro, no mínimo.
As que contiverem, por litro, 200 ml de gás carbônico
XII Carbogasosas
livre dissolvido a 20 °C e 760 mm Hg de pressão.
As fontes de água mineral, por sua vez, podem ser classificadas quanto a
presença de gases e quanto à temperatura (Quadro 3.2).
22
Quadro 3.2: Classificação das fontes de água mineral (Fonte: JEBER & PROFETA,
2018)
Critério Classificação Características
- Fracamente radioativas: as que apresentarem, no
mínimo, uma vazão gasosa de 1 litro por minuto com
um teor em radônio compreendido entre 5 a 10
unidades Mache, por litro de gás espontâneo, a 20 °C
e 760 mm Hg de pressão;
- Radioativas: as que apresentarem, no mínimo, uma
vazão gasosa de 1 litro por minuto com um teor em
Fontes
radônio compreendido entre 10 e 50 unidades
Radioativas
Mache, por litro de gás espontâneo, a 20 °C e 760
mm Hg de pressão;
Presença de Gases - Fortemente radioativas: as que apresentarem, no
mínimo, uma vazão gasosa de 1 litro por minuto com
um teor em radônio superior a 50 unidades Mache,
por litro de gás espontâneo, a 20 °C e 760 mm Hg de
pressão.
As que apresentarem, no mínimo, uma vazão gasosa
Fontes de 1 litro por minuto, com um teor em torônio na
Toriativas emergência equivalente em unidades eletrostáticas, a
2 unidades Mache por litro.
Fontes As que possuírem na emergência desprendimentos
Sulfurosas definidos de gás sulfídrico.
Frias Quando sua temperatura for inferior a 25 °C.
Quando sua temperatura estiver compreendida entre
Hipotermais
25 e 33 °C.
Quando sua temperatura estiver compreendida entre
Temperatura Mesotermais
33 e 36 °C.
Quando sua temperatura estiver compreendida entre
Isotermais
36 e 38 °C.
Hipertemais Quando sua temperatura for superior a 38 °C.
23
alcalinas, por exemplo, têm a oxidação de pirita como sua fonte de sulfato
(BERTOLO, 2007).
À exceção desses fatores naturais que podem ser relacionados com a
composição química, há também os fatores antrópicos, no qual o nitrato é a principal
espécie que indica a alteração de origem antrópica na qualidade da água. As
concentrações elevadas de nitrato na água indicam a ocorrência de contaminação
advinda de águas servidas, principalmente em ambiente urbano e por utilizações de
fertilizantes inorgânicos e orgânicos, em ambiente rural (MILANEZ et al., 2015).
Nos aspectos legais aplicáveis às águas minerais, podem-se destacar ainda
as Resoluções 274 e 275, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). A
primeira resolução regula a identidade e, principalmente, os limites máximos de
substâncias químicas que representam risco à saúde, e é aplicada às águas
envasadas e fabricação de gelo destinados ao consumo humano; a segunda trata
das características microbiológicas (como a imposição da ausência das bactérias
Escherichia coli ou coliformes termotolerantes) das águas Mineral Natural e Natural
(JEBER & PROFETA, 2018).
De acordo com Jeber & Profeta (2018), o setor de Água Mineral no Brasil
sofreu um aumento significativo a partir da década de 70, se tornando, em 2014, o
quinto maior mercado de água engarrafada do mundo. Algumas das principais
razões desse incremento são: o crescimento da população, a diminuição da oferta
de água potável pelos governos e a busca por um estilo de vida mais saudável por
parte dos consumidores (MOURA et al., 2011).
Um exemplo desse incremento tem sido vivenciado no início de 2020 na
cidade do Rio de Janeiro, com o aumento da demanda da água mineral vendida,
devido a problemas de gerenciamento e tratamento da água fornecida pela
Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE) (G1, 2020). O
aumento na demanda resultou também no aumento de vendas de águas de baixa
qualidade e sem especificação, o que mostra a necessidade das análises químicas
de tais produtos.
À vista disso, analisar a composição química e verificar as distinções entre as
marcas disponíveis no Brasil e no exterior se faz necessário no sentido de
impulsionar o estudo de um produto com grande demanda no mercado brasileiro e
do mundo.
24
3.2. Princípios da técnica de cromatografia de íons
25
afinidade destes em relação aos grupos funcionais da fase estacionária (EITH et al.,
2007).
Assim, quando uma mistura de íons é submetida à separação
cromatográfica, um equilíbrio de distribuição é formado entre as fases estacionária e
móvel para cada íon. A separação desses íons ocorre apenas quando os
coeficientes de distribuição (DA – Equação 1) diferirem suficientemente uns dos
outros, de forma que o maior DA está associado a íons que são retidos mais
fortemente do que os íons associados a valores de DA menores.
[𝐴]𝑆
𝐷𝐴 = (Equação 1)
[𝐴]𝑀
Sendo:
[𝐴]𝑆 = íon A na fase estacionária
[𝐴]𝑀 = íon A na fase móvel
26
Figura 3.2: Estrutura dos materiais de empacotamento mais usados. Esquerda:
poliestireno-divinilbenzeno (PS-DVB). Direita: polimetilmetacrilato (PMMA). Adaptado
de: NAZARIO & LANÇAS, 2013.
Por sua vez, os trocadores catiônicos mais usados pertencem a duas grandes
categorias: resinas trocadoras catiônicas fortes, onde temos as resinas sulfônicas; e
as resinas trocadoras catiônicas fracas, onde as mais usadas são as carboxílicas
(GUEDES, 2010).
No Quadro 3.3 encontra-se um resumo das principais resinas de troca iônica
para cromatografia de íons.
27
Quadro 3.3: Principais resinas de troca de íons para cromatografia de íons (Fonte:
GUEDES, 2010)
Grupo Trocador usual
Tipo de resina Constituição química
disponível
Trocador de cátions Ácido sulfônico ligado ao
- SO3-H+
fortemente ácido estireno e divinilbenzeno
Trocador de cátions Ácido carboxílico ligado ao
- CH2-COO-Na+
fracamente ácido acrílico e divinilbenzeno
Trocador de ânions fortemente Amônio quartenário ligado ao
- CH2N+(CH3)Cl-
básico estireno e divinilbenzeno
Trocador de ânions fracamente
Polialquilamina - N+HR2Cl-
básico
Esta técnica permite o uso de diversos métodos de detecção tais como: por
condutividade, amperométrico, potenciométrico, fotométrico, por fluorescência, entre
outros. A detecção por condutividade, método usado neste trabalho, monitora todas
espécies iônicas por meio da condutância elétrica, visto que esta é uma propriedade
comum a todas as espécies iônicas em solução (GUEDES, 2010).
Todavia, a alta condutividade dos íons presentes na fase móvel,
principalmente devido ao íon sódio, presente nos eluentes utilizados na
determinação de ânions, dificulta a quantificação de outros íons. Nesse contexto, o
uso de um supressor da condutividade do eluente, posicionado entre a coluna de
separação e o detector, surge como uma solução a este problema, pois os íons do
eluente são convertidos em espécies que contribuam para uma condutância baixa
ou nula (KAPPES, 2019).
Para o bicarbonato de sódio, eluente aplicado neste trabalho, o processo de
supressão química pode ser explicado pelo seguinte equilíbrio:
Na+HCO3- + RSO3-H+ → H2CO3 + RSO3-Na+ (Reação 1)
A supressão é realizada com um trocador de cátion com sítios ativos de troca
protonados. De acordo com a Reação 1, o eluente é neutralizado, uma vez que os
íons de sódio são substituídos por prótons, diminuindo drasticamente a
condutividade relacionada ao eluente (KAPPES, 2019).
A Figura 3.4 mostra um resumo de todas as etapas em cromatografia de íons
na forma de um esquema.
28
Figura 3.4: Representação esquemática de um sistema de cromatografia de íons
com supressão de condutividade. Adaptado de: GUEDES, 2010.
29
3.3. Métodos matemáticos e testes estatísticos
Uma vez que o objetivo do trabalho era fazer a avaliação da análise águas
minerais usando um método de redução de variáveis (ACP), alguns pontos
relevantes para o entendimento da discussão dos resultados serão abordados neste
tópico. Inicialmente, o foco será na redução de variáveis pela quantificação da
concentração dos íons em solução, onde será descrito, de forma sucinta, a
construção da regressão linear e a avaliação do modelo proposto.
30
3.3.3. Regressão linear
𝑦̂ = 𝑏0 + 𝑏1 𝑥 (Equação 3)
Sendo:
𝑦̂ = resposta obtida pela regressão linear
b0 = ponto de interseção da reta ao eixo y (coeficiente linear)
b1 = inclinação da reta (coeficiente angular)
Figura 3.5: Representação da reta obtida por regressão linear. Fonte: MASSART,
1997.
31
𝑏0 = (𝑦̅ − 𝑏1 𝑥̅ ) (Equação 5)
Sendo:
𝑦̅ = média de todos os valores obtidos para a resposta yi (Equação 6)
𝑥̅ = média de todos os valores de concentração xi (Equação 7)
n = número de experiências realizadas
∑𝑛
𝑖=1 𝑦𝑖
𝑦̅ = (Equação 6)
𝑛
∑𝑛
𝑖=1 𝑥𝑖
𝑥̅ = (Equação 7)
𝑛
Sendo:
Rsoma = soma dos quadrados dos resíduos
ei = resíduo (calculado pela Equação 3 na seção 3.3.3 – Gráfico de resíduos –
página 29)
32
𝑒𝑖 = 𝑦𝑖 − 𝑦̂𝑖 (Equação 2)
33
Como consequência da ANOVA, a variabilidade dos dados experimentais é
dividida em dois termos: soma dos quadrados da regressão (SQregr) e soma dos
quadrados dos resíduos (SQres). O primeiro termo mede a quantidade de
variabilidade explicada pelo modelo de regressão e, o segundo, a variação residual
que não é explicada pelas variáveis independentes (MONTALVÃO, 2014).
A variabilidade total dos dados experimentais é dada pela Soma dos
Quadrados Totais (SQT) descrita na Equação 9.
2
(∑ 𝑦𝑖 )
𝑆𝑄𝑇 = ∑ 𝑦 2 − = 𝑆𝑄𝑟𝑒𝑔𝑟 + 𝑆𝑄𝑟𝑒𝑠 (Equação 9)
𝑁
A soma dos quadrados da regressão, por sua vez, pode ser definida por:
2
(∑ 𝑦̂𝑖 )
𝑆𝑄𝑟𝑒𝑔𝑟 = ∑ 𝑦𝑖2 − (Equação 11)
𝑁
As médias quadráticas de cada soma são calculadas por meio da divisão dos
seus valores pelo seu respectivo grau de liberdade (Equações 12 e 13).
𝑆𝑄𝑟𝑒𝑠
𝑀𝑄𝑟𝑒𝑠 = (Equação 12)
𝑛−𝑝−2
34
𝑆𝑄𝑟𝑒𝑔𝑟
𝑀𝑄𝑟𝑒𝑔𝑟 = (Equação 13)
𝑝−1
𝐻0 : 𝑏1 = 𝑏2 = ⋯ = 𝑏𝑝 = 0
H1: Pelo menos um dos coeficientes 𝑏1 , 𝑏2 , ⋯ , 𝑏𝑝 não é zero
𝑀𝑄𝑟𝑒𝑔𝑟
𝐹= (Equação 14)
𝑀𝑄𝑟𝑒𝑠
35
3.3.6. Coeficiente de determinação (R2)
𝑆𝑄𝑟𝑒𝑠
𝑅2 = 1 − (Equação 15)
𝑆𝑄𝑇
36
3.4.1. Linearidade
𝑠𝑏
𝐷𝑃𝑅𝑙𝑖𝑛 = (Equação 16)
𝑏1
Sendo:
sb = desvio padrão do coeficiente angular (Equação 17)
b1 = coeficiente angular
𝑠𝑦/𝑥
𝑠𝑏 = (Equação 17)
√∑𝑖(𝑥𝑖 − 𝑥̅ )2
37
∑(𝑦𝑖 − 𝑦̂𝑖 )2
𝑠𝑦/𝑥 = √ (Equação 18)
𝑛−2
38
Onde:
sbranco = desvio padrão do sinal do branco
b1 = inclinação da curva analítica
Ao colocar b em evidência nas Equações 19 e 20 e igualando, tem-se:
3,3 10
=
𝐿𝐷 𝐿𝑄
𝐿𝑄
𝐿𝑄 ≈ 3 𝐿𝐷 𝑜𝑢 𝐿𝐷 = (Equação 21)
3
3.4.3. Repetibilidade
Sendo:
s = desvio padrão
CMD = concentração média determinada
De forma similar a recuperação analítica, os critérios para aceitação do DPR
estão atrelados ao nível de concentração (Quadro 3.6).
39
Quadro 3.6: Critérios de aceitação para a repetibilidade. (Fonte: Association of
Official Agricultural Chemists,2016)
Analito % Fração Mássica (C) Unidade DPR, %
100 1 100% 1,3
10 10-1 10% 1,9
1 10-2 1% 2,7
-3
0,1 10 0,1% 3,7
0,01 10-4 100 ppm (mg.kg-1) 5,3
0,001 10-5 10 ppm (mg.kg-1) 7,3
-6 -1
0,0001 10 1 ppm (mg.kg ) 11
0,00001 10-7 100 ppb (μg.kg-1) 15
0,000001 10-8 10 ppb (μg.kg-1) 21
-9 -1
0,0000001 10 1 ppb (μg.kg ) 30
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑑𝑜
𝑅𝑒𝑐𝑢𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑎𝑛𝑎𝑙í𝑡𝑖𝑐𝑎 = 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜 × 100 (Equação 23)
40
Quadro 3.7: Critérios de aceitação para recuperação. Fonte: AOAC, 2016
Analito % Fração Mássica (C) Unidade Recuperação analítica, %
100 1 100% 98 – 102
-1
10 10 10% 98 - 102
1 10-2 1% 97 -103
0,1 10-3 0,1% 95 - 105
0,01 10-4 100 ppm (mg.kg-1) 90 – 107
-5 -1
0,001 10 10 ppm (mg.kg ) 80 - 110
0,0001 10-6 1 ppm (mg.kg-1) 80 – 110
0,00001 10-7 100 ppb (μg.kg-1) 80 - 110
-8 -1
0,000001 10 10 ppb (μg.kg ) 60 – 115
0,0000001 10-9 1 ppb (μg.kg-1) 40 - 120
41
Uns dos primeiros artigos na literatura nos quais essa ferramenta foi utilizada,
datam de 1901 com Pearson (On lines and planes of closest fit to systems of points
in space) e 1933 com Hotteling (“Analysis of a complex of statistical variables into
principal componentes”), mas foi apenas depois de décadas, quando os
computadores se tornaram mais disponíveis, que ocorreu um aprofundamento maior
do assunto (JOLLIFFE & CADIMA, 2016 apud PEARSON, 1901; HOTTELING,
1933).
A ACP tem a capacidade de reduzir a dimensionalidade de um conjunto de
dados ao realizar combinações lineares das variáveis originais, estabelecendo,
assim, novas variáveis ortogonais entre si, denominadas componentes principais
(CPs ou PCs – sigla adotada neste trabalho), as quais preservam a maior
quantidade de informação (variância) possível (CORREIA & FERREIRA, 2007).
Uma forma de entender, de maneira intuitiva, como funciona a ferramenta
ACP, é através do caso mais simples de redução de variáveis: de duas variáveis
para uma. Nesse caso, deve-se apenas projetar os pontos do espaço bidimensional
(plano) para o espaço unidimensional (linha). Todavia a direção dessa linha é
importante, pois pode haver perda de informação ao longo desse processo de
projeção (Figura 3.7 – a).
Figura 3.7: Projeções de duas para uma dimensão. (a) há perda de informação na
projeção; (b) PC1 - a informação é preservada. Fonte: MASSART, 1997.
42
Desse modo, de maneira a minimizar a perda de informações, deve ser
identificada a direção onde há maior variação dos dados para que a linha seja
desenhada ao longo deste eixo, chamado de primeiro componente, PC1, o qual
explica a maior variação possível dos dados. As projeções dos pontos do espaço
original x1-x2 no PC1 são chamadas de scores dos objetos. Os resíduos, ri,
apresentam a variação restante inexplicada e podem ser expressos em um segundo
eixo, PC2, que, por definição, é ortogonal ao primeiro, no qual também são
projetados os dados originais (Figura 3.8 - a).
Figura 3.8: (a) – PC2 é ortogonal à PC1; (b) – Gráfico construído com os
componentes principais PC1 e PC2; (c) – PC1. Fonte: MASSART, 1997
43
4) Determinação dos autovalores e autovetores associados a matriz de
covariância;
5)Determinação das componentes principais;
6)Scores e loadings;
7)Cálculo da contribuição de cada componente principal;
8)Interpretação gráfica dos scores;
9)Interpretação gráfica dos loadings.
44
mudanças se a unidade de uma ou mais variáveis sejam diferentes (JOLLIFFE &
CADIMA 2016).
Com o intutito de superar esse possível obstáculo, o uso de um pré-
tratamento dos dados originais é muito comum, sendo, a centralização pela média,
escalamento por variância e o auto escalamento, alguns dos pré-tratamentos mais
usados. Estes são descritos como:
1
𝑚𝑗 = ∑𝑛𝑖=1 𝑥𝑖𝑗 (Equação 25)
𝑛
Para:
z = valor obtido de cada amostra após o tratamento de dados
x = valor medido para cada amostra
i = 1,..., n
j = 1, ..., p
O efeito da centralização da média é a translação paralela dos pontos que
representam os dados originais, fazendo com que seu centro coincida com a origem
do espaço.
1
𝛿𝑗 2 = ∑𝑛𝑖=1(𝑥𝑖𝑗 − 𝑚𝑗 )2 (Equação 27)
𝑛
45
Através do escalamento por variância, as variáveis são colocadas em uma
mesma escala de variâncias, tornam os dados com valores invariantes com respeito
à unidade utilizada originalmente.
𝑥𝑖𝑗 − 𝑚𝑗
𝑧𝑖𝑗 = (Equação 28)
𝛿𝑗
∑𝑛 ̅)]
𝑖=1[(𝑥 − 𝑥̅ )(𝑦−𝑦
𝑐𝑜𝑣 (𝑥, 𝑦) = (Equação 29)
𝑛
Sendo:
x = valor medido para a variável x
y = valor medido para a variável y
𝑥̅ = valor da média das amostras para a variável x
𝑦̅ = valor da média das amostras para a variável y
46
n = número de amostras
Considerando a situação em que se deseja calcular a cov (x, x), ou seja, a
covariância entre uma variável e ela mesma, o resultado obtido equivale a variância
de x (Equação 30).
∑𝑛
𝑖=1(𝑥 − 𝑥̅ )
2
𝑣𝑎𝑟 (𝑥) = (Equação 30)
𝑛
Para a construção da matriz, as p variáveis em cada n amostras, após o pré-
tratamento, podem ser expressas na forma vetorial por X = [X1, X2, ..., Xp]’, assim
como as médias dos dados m = [m1, m2, ..., mp]’, sendo o vetor associado as médias
dos dados calculado pela Equação 31.
1
𝑚𝑗 = ∑𝑛𝑖=1 𝑧𝑖 (Equação 31)
𝑛
Sendo:
zi = valor obtido pelo pré-tratamento correspondente ao valor original (xi) da
medida de cada amostra
j = 1, ..., p
A Equação 32, representa, então, a matriz de covariância Σ.
(Equação 32)
47
3.5.1.4. Determinação dos autovalores e autovetores associados a
matriz de covariância
𝑋 = 𝑈 × 𝑊 × 𝑉𝑇 (Equação 33)
Sendo:
Z = forma vetorial das p variáveis em cada n amostras, após o pré-tratamento
U = matriz relacionada aos scores
V = matriz relacionada aos loadings
W = matriz de valores singulares (Equação 34)
⋀ = 𝑊2 (Equação 34)
Sendo:
ᴧ = matriz de autovalores (valores de autovalores encontram-se nas diagonais
dessa matriz)
48
𝑃𝐶𝑖 = 𝑔𝑖′ 𝑋 = 𝑔𝑖1 𝑋1 + 𝑔𝑖2 𝑋2 + ⋯ + 𝑔𝑖𝑝 𝑋𝑝 (Equação 35)
Sendo:
Xj = forma vetorial das p variáveis em cada n amostras, após o pré-tratamento
gi = autovetor associado à um autovalor da matriz de covariância
Como foi dito anteriormente, as projeções dos dados nos novos eixos,
correspondentes aos componentes principais, são chamados de pontuações, ou
scores (sip). No componente principal, os scores são uma soma ponderada
(Equação 36), ou seja, combinações lineares das variáveis originais (xij). Os pesos
da soma são chamados de loadings e contêm informação sobre as variáveis e o
quanto cada uma contribui para a nova variável (PC).
Sendo:
vip = peso (loading) da variável
xij = valor do i-ésimo objeto da para a variável original ou do valor
correspondente após o pré-tratamento de dados (zij)
Assim sendo, a Equação 36 relaciona os componentes principais às variáveis
originais.
Em notação de matriz (Equação 37):
49
Sendo:
S = matriz dos scores
X = matriz das variáveis originais ou matriz correspondente após o pré-
tratamento de dados (Z)
V = matriz relacionada aos loadings
𝑃 = 𝐴 × √⋀ (Equação 38)
Sendo:
P = matriz dos loadings
A = matriz de autovetores
ᴧ = matriz de autovalores (valores de autovalores encontram-se nas diagonais
dessa matriz)
𝑣𝑎𝑟(𝐶𝑃𝐼 ) 𝜆𝑖 𝜆𝑖
𝑐𝑘 = ∑𝑃
× 100 = ∑𝑃
× 100 = × 100 (Equação 39)
𝐼=1 𝑣𝑎𝑟(𝐶𝑃𝑖 ) 𝐼=1 𝜆𝑖 𝑡𝑟 (Σ)
50
primeiras PC’s contêm uma maior variação, ou seja, um valor maior de pontuações,
o que implica em uma maior quantidade de informação.
Dessa forma, as projeções dos dados no plano PC1 x PC2 (ou até outros
planos que incluam PC’s que contribuem significativamente para explicação da
variância total) podem ser computadas e exibidas em um gráfico, chamado de
gráfico de pontuações, ou score plot (exemplo na Figura 3.10). Um exemplo de
aplicação é mostrado na Figura 3.10, onde tem-se 100 amostras com 3 tipos de
vinhos os quais foram avaliados utilizando-se 8 variáveis com o intuito de diferenciá-
los.
51
Figura 3.11: Gráfico de loading de algumas variáveis para o exemplo de
poluição do ar. Fonte: MASSART, 1997.
3.6. Plataforma
52
3.6.1. GNU octave
53
4. Material e métodos
4.1. Material
54
4.2.1. Determinação da quantidade e das marcas das águas minerais
Com o intuito de obter uma diversidade nos resultados das análises, buscou-
se adquirir águas minerais de diferentes fontes e de marcas nacionais e
estrangeiras. Desse modo, 10 águas de marcas nacionais e 6 de marcas
estrangeiras foram selecionadas, nas quais 14 foram compradas em uma loja de
supermercados do Rio de Janeiro e 2 vieram de Portugal (Luso e Fastio). No Anexo
F (página 100), encontram-se os nomes, fontes e concentrações dos íons estudados
descritos nos rótulos de cada marca.
55
Alíquotas de 15 mL, de cada água mineral com gás foram transferida,
separadamente, para cada tudo falcon e colocada por 45 minutos no ultrassom, de
maneira a eliminar todo gás carbônico dissolvido.
56
Quadro 4.2: Características e condições operacionais do CI
Características e condições operacionais do CI
Marca Thermo Scientific™ Dionex™
Modelo ICS-1600
Coluna* AS9-HC
Pré-coluna* AG9-HC
Detector* DS6
Supressor* ASRS
Software Chromeleon 6.80
Corrente aplicada ao supressor 45 mA
Bomba* Isocrática
Volume de injeção 200 μL
Temperatura aplicada ao forno de coluna 30 ˚C
Eluente Solução com Na2CO3 9 mM
Regenerante Solução com H2SO4 25 mM
Vazão 1 mL/min
* componentes do CI que também pertencem a marca Thermo Scientific™ e Dionex™
57
Quadro 4.3: Faixas de concentração selecionadas para cada íon para a
construção da curva analítica
Íon Faixa de concentração selecionada
Fluoreto 0,10 à 0,50 mg.L-1
Cloreto Ambas as faixas foram utilizadas
Nitrito 0,10 à 0,50 mg.L-1
Brometo 0,10 à 0,50 mg.L-1
Nitrato Ambas as faixas foram utilizadas
Fosfato 0,10 à 0,50 mg.L-1
Sulfato 0,50 à 2,50 mg.L-1
Cada nível foi preparado com o auxílio de pipetas automáticas e tubos falcon
e analisado em três replicatas falsas, isto é, três alíquotas da mesma solução foram
analisadas.
O software do equipamento além de fornecer o cromatograma resultante da
análise, apresenta como resultado diversos parâmetros da análise como tempo de
retenção de cada pico, a altura, a área, resolução, entre outros.
Com os dados das áreas dos picos de cada íon, fornecidos pelo software do
equipamento, foi realizado, para cada nível de concentração, primeiramente, o teste
de Grubbs para um valor suspeito e, depois, com todos os níveis, o teste de
Cochran.
Após aplicar todos os testes e confirmar que todos os dados são
homocedásticos, foi feita a regressão linear e as curvas analíticas foram construídas.
Por fim, foi construído o gráfico de resíduos, a tabela ANOVA, determinado o R2 e a
equação da reta de cada curva, avaliando, desse modo, o modelo proposto.
58
Os seguintes parâmetros foram determinados: linearidade, limite de detecção,
limite de quantificação, repetibilidade e recuperação analítica.
4.5.1. Linearidade
59
4.5.3. Repetibilidade
A plataforma selecionada foi o GNU Octave 5.1.0 por ser um programa livre e,
com isso, ser de fácil obtenção tanto pelos professores quanto para os alunos.
Ademais, há uma plataforma virtual que contém orientações, pacotes construídos
60
por colaboradores com funções pré-construídas, entre outras facilidades que
auxiliam o uso do software em questão.
O programa foi obtido na plataforma do GNU através do link:
https://www.gnu.org/software/octave/download.html
O pacote de estatística, o qual possui as funções necessárias para a
aplicação da ACP, foi obtido na plataforma do GNU através do link:
https://octave.sourceforge.io/statistics/index.html
A lista de todas as funções e seus comandos são encontrados no link:
https://octave.sourceforge.io/list_functions.php?sort=alphabetic
Com base nas funções indicadas pela plataforma do GNU Octave foi possível
a elaboração de um modo de utilização do GNU (Apêndice A, página 101).
Os resultados alcançados foram comparados com uma plataforma de
estatística multivariada comercial.
61
5. Resultados e discussão
62
A ordem de eluição dos íons apresentada na Figura 5.1 (Fl-, Cl-, NO2-, Br-,
NO3-, PO43- e SO42-) foi a mesma para todas as análises realizadas.
A fim de ilustrar como se sucedeu a aquisição e a discussão dos resultados
para a construção de todas as curvas de calibração, serão mostrados,
primeiramente, os resultados para o caso do fluoreto.
O Quadro 5.1 apresenta os valores obtidos, para cada replicata, pelo software
do equipamento, para as áreas dos picos referentes ao íon fluoreto nas soluções
padrões da curva analítica.
Quadro 5.1: Áreas dos picos referentes ao íon fluoreto nas soluções padrões da
curva analítica.
Concentração Área do pico (em μS*min)
(em mg.L-1) n=1 n=2 n=3
0,10 0,279 0,287 0,295
0,20 0,512 0,499 0,521
0,30 0,751 0,696 0,749
0,40 0,975 0,976 1,289
0,50 1,494 1,231 1,292
* n = replicata
Em cada nível de concentração, com os dados organizados em ordem
crescente, foi realizado o teste de Grubbs para um valor suspeito e foram obtidos os
seguintes valores de Gcalc (Quadro 5.2):
Quadro 5.2: Valores de Gcalc obtidos para os dados da curva analítica do fluoreto
Concentração
Gcalc
(em mg.L-1)
0,10 1,014
0,20 1,044
0,30 1,154
0,40 1,154
0,50 1,125
63
Quadro 5.3: Valores de variância obtidos para os dados da curva analítica do
fluoreto
Concentração (em mg.L-1)
0,10 0,20 0,30 0,40 0,50
Variância 6,48E-05 1,21E-04 9,69E-04 3,26E-02 1,90E-02
1,500
1,000
64
Quadro 5.4: ANOVA para a curva analítica do íon fluoreto.
Fonte de variação Soma Quadrática Nº de graus de liberdade Média Quadrática F
Regressão 2,160 4 0,540 51,19
Resíduos 0,105 10 0,010
Total 2,266 14
0,2
0
0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60
-0,2
Concentração (mg.L-1)
Figura 5.3: Gráfico de resíduos construído para a curva analítica do íon fluoreto
65
dados organizados em ordem crescente, de todas as curvas analíticas dos íons
cloreto, nitrito, brometo, nitrato, fosfato e sulfato.
Quadro 5.5: Valores de Gcalc obtidos para os dados das curvas analíticas dos
íons cloreto, nitrito, brometo, nitrato, fosfato e sulfato
Concentração (em mg.L-1)
0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50
Cloreto 1,154 1,136 1,149 1,154 1,149 1,145 1,034 1,069 1,154
Nitrito 1,121 1,094 1,014 1,064 1,152 - - - -
Brometo 1,044 1,123 1,153 1,149 1,151 - - - -
Gcalc
Nitrato 1,074 1,060 1,038 1,098 1,136 1,148 1,015 1,133 1,144
Fosfato 1,008 1,095 1,109 1,145 1,150 - - - -
Sulfato - - - - 1,153 1,154 1,085 1,150 1,082
Quadro 5.6: Valores de variância obtidos para os dados das curvas analíticas
dos íons cloreto, nitrito, brometo, nitrato, fosfato e sulfato
Concentração Variância
(em mg.L-1) Cloreto Nitrito Brometo Nitrato Fosfato Sulfato
0,10 1,41E-04 4,33E-06 3,08E-06 4,25E-05 1,52E-05 -
Faixa baixa
1,00 2,09E-03
1,50 3,04E-03 - - 4,91E-04 - 1,14E-03
2,00 1,10E-03 - - 3,26E-05 - 8,77E-05
2,50 2,08E-03 - - 1,38E-04 - 7,11E-04
No Quadro 5.7 são exibidos os valores, para cada curva analítica construída,
da maior variância, do somatório das variâncias e o resultado do Teste de Cochran
(Ccalc).
66
Quadro 5.7: Valores calculados para a maior variância, o somatório das
variâncias e o Ccalc para as curvas analíticas dos íons cloreto, nitrito, brometo,
nitrato, fosfato e sulfato
Cloreto Nitrito Brometo Nitrato Fosfato Sulfato
Maior valor de variância 8,74E-04 3,12E-04 1,09E-04 2,20E-04 1,52E-05 -
Faixa baixa
𝒏
∑ 𝒔𝒊 𝟐 1,59E-03 4,91E-04 2,72E-04 3,51E-04 4,47E-05 -
𝒊=𝟏
Ccalc 0,550 0,635 0,400 0,627 0,340 -
Maior valor de variância 3,04E-03 - - 4,91E-04 - 1,14E-03
Faixa alta
𝒏
∑ 𝒔𝒊 𝟐 8,81E-03 - - 8,11E-04 - 2,30E-03
𝒊=𝟏
Ccalc 0,345 - - 0,605 - 0,498
67
A
Curva analítica - Cloreto (Faixa baixa)
0,500
y = 1,3016x + 0,0985
R² = 0,977
0,000
0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60
Concentração (mg.L-1)
B
Curva analítica - Cloreto (Faixa alta)
Área do pico (µs.min)
5,000
4,000
3,000
2,000 y = 1,8164x - 0,1923
R² = 0,997
1,000
0,000
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
Concentração (mg.L-1)
Figura 5.4: Curvas analíticas para o íon cloreto. A – Faixa baixa. B – Faixa alta
0,400
0,300
0,200 y = 0,803x + 0,0017
0,100 R² = 0,990
0,000
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
Concentração (mg.L-1)
0,300
0,200
0,100
y = 0,6584x - 0,006
R² = 0,995
0,000
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
Concentração (mg.L-1)
68
A Curva analítica - Nitrato (Faixa baixa)
0,500
0,000
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
Concentração (mg.L-1)
B
Curva analítica - Nitrato (Faixa alta)
2,500
Área do pico (µs.min)
2,000
1,500
y = 0,9289x - 0,0821
1,000
R² = 0,998
0,500
0,000
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
Concentração (mg.L-1)
Figura 5.7: Curvas analíticas para o íon nitrato. A – Faixa baixa. B – Faixa alta
1,000
0,800
0,600
0,400 y = 2,2334x - 0,034
0,200 R² = 0,998
0,000
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
Concentração (mg.L-1)
69
Curva analítica - Sulfato (Faixa alta)
4,000
2,000
Concentração (mg.L-1)
Com base no valor de R2, o qual se apresenta acima de 0,977, ou seja, bem
próximo a 1, constata-se que há uma correlação forte entre as variáveis estudadas.
As Figuras 5.10, 5.11, 5.12, 5.13, 5.14 e 5.15 mostram os gráficos de
resíduos construído com base nos dados adquiridos para os íons cloreto, nitrito,
brometo, nitrato, fosfato e sulfato, respectivamente.
0
-0,05 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60
-0,1
Concentração (mg.L-1)
0
-0,1 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
-0,2
Concentração (mg.L-1)
Figura 5.10: Gráfico de resíduos construído para as curvas analíticas do íon cloreto.
A – faixa baixa. B – faixa alta.
70
Concentração X Resíduos (Nitrito - Faixa baixa)
0,02
Resíduos
0
0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60
-0,02
-0,04 Concentração (mg.L-1
Figura 5.11: Gráfico de resíduos construído para as curvas analíticas do íon nitrito.
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
-0,02
Concentração (mg.L-1)
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
-0,02
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
-0,05
-0,1
Concentração (mg.L-1)
Figura 5.13: Gráfico de resíduos construído para as curvas analíticas do íon nitrato.
A – Faixa baixa. B – Faixa alta
71
Concentração X Resíduos (Fosfato - Faixa baixa)
0,05
Resíduos
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
-0,05
Concentração (mg.L-1)
Figura 5.14: Gráfico de resíduos construído para as curvas analíticas do íon fosfato.
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
-0,05
-0,1
Concentração (mg.L-1)
Figura 5.15: Gráfico de resíduos construído para as curvas analíticas do íon sulfato.
72
Quadro 5.9: Resumo das equações das retas para os íons fluoreto, cloreto, nitrito,
brometo, nitrato, fosfato e sulfato e seus respectivos R2
Curva analítica Curva analítica
(Faixa baixa) (Faixa alta)
Íon Equação da reta R2 Equação da reta R2
Fluoreto y = 2,6738x - 0,0125 0,9465 - -
Cloreto y = 1,3016x + 0,0985 0,9769 y = 1,8164x - 0,1923 0,9971
Nitrito y = 0,803x + 0,0017 0,9907 - -
Brometo y = 0,6584x - 0,006 0,9950 - -
Nitrato y = 0,791x - 0,0004 0,9895 y = 0,9289x - 0,0821 0,9977
Fosfato y = 2,2334x - 0,034 0,9976 - -
Sulfato - - y = 1,1917x - 0,0876 0,9985
5.2.1. Linearidade
73
Quadro 5.10: Desvio padrão relativo do coeficiente angular para cada íon
F- Cl- NO2- Br- NO3-1 PO43- SO42-
sy/x 0,097 0,030 0,012 0,007 0,012 0,017 0,035
sb 0,176 0,055 0,022 0,013 0,023 0,030 0,007
b 2,674 1,302 0,803 0,658 0,791 2,233 1,192
DPRlin 0,066 0,043 0,027 0,020 0,029 0,014 0,005
DPRlin*100 6,6 4,3 2,7 2,0 2,9 1,4 0,5
Ao analisar o Quadro 5.10, observa-se que, para maioria dos íons, o valor de
RSD está abaixo do valor máximo permitido, indicando uma baixa dispersão dos
dados em torno da linha de tendência dos dados.
Apenas o íon fluoreto apresentou um desvio padrão relativo de seu
coeficiente ligeiramente maior que o valor estabelecido, o que não impede o uso da
curva analítica mesmo que de forma cautelosa.
Quadro 5.11: Valores obtidos para as áreas dos picos para a análise de três
replicatas do branco
Área (µS.min)
74
Desse modo, ao comparar o sinal obtido por sucessivas diluições procurou-se
a solução que apresentou um sinal próximo do valor de sinal esperado.
As áreas esperadas para o limite de quantificação, as áreas observadas em
que, após sucessivas diluições, foram encontradas a razão sinal/ruído de
aproximadamente 10:1, suas respectivas concentrações (LQ) e os limites de
detecção obtidos através da Equação 21 são mostrados no Quadro 5.12.
75
cromatógrafo das soluções com as concentrações dos limites de quantificação
indicados (0,004 mg.L-1, 0,005 mg.L-1, 0,006 mg.L-1 e 0,01 mg.L-1), as áreas obtidas
apresentaram um valor muito diferente ao previsto pela equação da reta de cada
íon, indicando que esse limites não são confiáveis.
Portanto, optou-se por adotar os limites obtidos pela abordagem da relação
sinal/ruído.
5.2.3. Repetibilidade
76
Quadro 5.15: Recuperação analítica calculada para as soluções padrão com 0,10
mg.L-1, 0,30 mg.L-1 e 0,50 mg.L-1 dos íons em estudo
Concentração
Replicata Fluoreto Cloreto Nitrito Brometo Nitrato Fosfato Sulfato
(mg.L-1)
n=1 0,10 109 112* 108 99 122* 104 90
n=2 0,10 113* 112* 112* 102 116* 104 93
n=3 0,10 116* 121* 113* 104 106 106 92
n=1 0,30 88 88 90 92 88 93 86
n=2 0,30 95 98 97 101 94 97 94
n=3 0,30 95 99 104 102 101 98 97
n=1 0,50 93 100 101 99 100 100 98
n=2 0,50 98 104 101 99 103 100 98
n=3 0,50 113* 105 104 105 104 100 101
* Valores fora da faixa sugerida como permitida
77
Quadro 5.16: Concentrações calculadas para os íons fluoreto, cloreto, nitrito,
nitrato e sulfato para todas as 16 águas minerais
Concentração (mg.L-1)
FLUORETO CLORETO NITRITO NITRATO SULFATO
1 0,14 1,51 0,84 2,32 3,29
São Lourenço 1 0,14 1,49 0,80 2,31 3,29
1 0,14 1,53 0,83 2,39 3,36
2 0,12 0,27 0,17 1,68 0,67
Bonafont 2 0,12 0,28 0,17 1,71 0,68
2 0,12 0,28 0,17 1,66 0,67
3 0,04 1,90 0,08 1,15 1,54
Nestlè 3 0,05 1,92 0,08 1,13 1,56
3 0,05 1,89 0,08 1,14 1,54
4 0,03 0,08 0,19 0,22 2,69
Pouso Alto 4 0,03 0,08 0,17 0,22 2,69
4 0,03 0,08 0,18 0,21 2,71
5 0,30 0,22 0,04 0,32 0,54
Sferrie 5 0,31 0,21 0,04 0,33 0,54
5 0,33 0,20 0,04 0,32 0,53
6 0,06 0,08 0,11 0,53 0,19
Minalba Premium 6 0,06 0,08 0,11 0,53 0,19
6 0,06 0,07 0,11 0,53 0,19
7 0,05 1,78 0,03 1,07 1,51
Petropolis 7 0,05 1,78 0,03 1,07 1,51
7 0,05 1,78 0,03 1,07 1,51
8 0,11 1,28 0,30 0,05 7,24
Qualitá 8 0,13 1,28 0,29 0,05 7,20
8 0,11 1,30 0,30 0,05 7,30
9 0,10 0,41 0,03 0,11 0,24
Canção Nova 9 0,15 2,43 0,03 0,21 1,28
9 0,16 2,41 0,03 0,12 1,26
10 0,04 0,30 0,03 0,23 2,39
Pouso Alto (gás) 10 0,04 0,26 0,03 0,22 2,39
10 0,04 0,27 0,03 0,23 2,78
11 0,03 4,19 0,05 1,63 0,85
Fastio 11 0,03 4,25 0,05 1,62 0,85
11 0,03 4,23 0,05 1,63 0,85
12 0,06 8,66 0,05 1,54 1,48
Luso 12 0,06 8,71 0,04 1,58 1,48
12 0,06 8,83 0,05 1,59 1,48
13 0,03 9,65 0,81 4,06 13,76
Evian 13 0,03 9,45 0,82 3,95 13,46
13 0,03 9,77 0,86 4,08 13,94
14 0,03 7,84 0,03 3,87 22,25
Acqua Panna 14 0,03 7,55 0,03 3,83 22,09
14 0,03 7,63 0,03 3,96 22,42
15 0,66 52,15 0,03 2,95 398,76
S.Pellegrino 15 0,58 51,94 0,03 3,02 399,53
15 0,76 51,26 0,03 3,02 442,77
16 0,03 20,50 0,03 8,89 26,00
Perrier 16 0,03 20,57 0,03 8,92 27,02
16 0,03 20,54 0,03 8,76 27,08
78
As águas que apresentaram concentrações abaixo do limite de quantificação,
tiveram os valores substituídos por seus respectivos limites de quantificação
(destacados em vermelho no Quadro 5.16).
Os íons brometo e fosfato se apresentaram, na maioria das amostras de
águas minerais, com teores abaixo dos limites de quantificação e, com isso, não
foram utilizados na aplicação do PCA.
Com a finalidade de exemplificar a comparação entre as concentrações
obtidas pela análise e as concentrações indicadas nos rótulos, a Figura 5.16
demonstra, para três marcas de águas minerais brasileiras (São Lourenço, Bonafont
e Sferriê), os teores de sulfato, nitrato, cloreto e fluoreto apresentados na análise e
no rótulo.
79
São Lourenço
Rótulo Amostra
3,32
2,34
1,51
0,14
2,17
1,5
1,61 Sulfato Nitrato
0,15
Cloreto Fluoreto
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
Concentração (mg.L-1)
Bonafont
Amostra
0,68
1,68
0,28
0,12
0,54
0,78
Rótulo
Sferriê
0,54
Amostra
0,32
0,21 Sulfato
0,31
Nitrato
0,20
Rótulo
0,50 Cloreto
0,42
0,33 Fluoreto
80
Luso
Rótulo Amostra
1,48
1,60
8,74
1,50
1,57
9,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Concentração (mg.L-1) Sulfato Nitrato Cloreto
Evian
Rótulo Amostra
13,72
4,03
9,62
14,00
3,80
10,00
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Concentração (mg.L-1) Sulfato Nitrato Cloreto
Acqua Panna
Amostra
22,25
3,89
7,67
22,00
Rótulo
2,90
8,50
0 5 10 15 20 25
Concentração (mg.L-1) Sulfato Nitrato Cloreto
81
utilizados na plataforma GNU Octave para obter os resultados da aplicação da ACP
estão descritos e detalhados no Apêndice E (página 106) na forma de um roteiro. Os
resultados das 16 águas minerais gerados pela, serão mostrados de acordo com a
ordem empregada nesse anexo.
82
Quadro 5.18: Autovalores relacionados com a matriz de covariância dos
dados pré-tratados
Autovalores
Componente 1 2.806
Componente 2 1.185
Componente 3 0.878
Componente 4 0.119
Componente 5 0.012
83
Quadro 5.20: Percentagens cumulativas ao adicionar cada componente
principal na explicação da variação dos dados originais
% Cumulativa
PC1 56.1
PC2 79.8
PC3 97.4
PC4 99.7
PC5 100.0
%
79,82%
56,11%
84
Dessa forma, PC3, PC4 e PC5 não contribuem significativamente e podem
ser descartadas, sendo possível, assim, reduzir de 5 dimensões (concentração dos
cinco íons) para 2 (PC1 e PC2).
Construção do gráfico dos scores;
As projeções dos dados nos novos eixos (PC1 e PC2) é representada pelos
scores. Seus valores, no plano PC1 x PC2, são mostrados na Figura 5.19.
*Legenda
□ São Lourenço ○ Sferriê Canção Nova (gás) Evian
□ Bonafont ○ Minalba Premium Pouso alto (gás) Acqua Panna
□ Nestlè ○ Petrópolis Fastio S. Pellegrino (gás)
□ Pouso alto ○ Qualitá Luso Perrier (gás)
Ao observar a Figura 5.19, pode-se observar que apenas uma água (da
marca S.Pellegrino) se distanciou expressivamente das outras no eixo da
componente PC1. Ao avaliar os dados originais do rótulo (Anexo L), verifica-se que a
água mineral em questão apresentou, em comparação as outras marcas, o maior
teor de sulfato com uma concentração em torno de 410 mg.L -1.
85
É importante que, nesse tipo de análise, seja discutido com os alunos a
influência de cada variável original nas novas variáveis. A PC1 foi capaz de
distanciar a água S.Pellegrino das outras. Uma vez que essa água tem um alto teor
de sulfato, provavelmente a influência desta variável original é muito grande para a
PC1. Isso auxilia como recurso didático para que os alunos entendam os diferentes
tipos de análises possíveis que podem ser conseguidas a partir de uma ACP.
Em relação à separação no eixo da PC2, dois grupos de águas minerais são
constatados. O grupo com três águas minerais (elipse preta) com as marcas São
Lourenço, Evian e Perrier têm como diferencial as concentrações de nitrito e nitrato.
São Lourenço e Evian apresentam as maiores concentrações de nitrito e
Perrier a maior concentração de nitrato. Novamente, uma correlação das variáveis
originais através de uma análise dos scores pode ser feita, indicando possíveis
influências nos novos eixos.
86
Figura 5.20: Gráfico dos loadings no plano PC1 x PC2
87
amostras (0,75 h), e da explicação da técnica utilizada pelo equipamento e da
ferramenta quimiométrica PCA e sem contar com a realização de replicatas.
88
afinidade dos íons participantes em relação aos grupos funcionais da fase
estacionária.
02 – Aparelhagem
Cromatógrafo de íons
Coluna de separação de ânions
Alça de amostragem: 200 μL
03 - Reagentes e soluções:
04 - Procedimento:
Curva analítica:
Lavar e preencher a alça de amostragem manualmente com cerca de 1 mL
dos padrões preparados no equipamento. O tempo de corrida será de
aproximadamente 15 min. Integrar os sinais gerados no cromatograma e através do
software construir a curva analítica. O procedimento deverá ser consultado
anteriormente com o professor da disciplina ou o monitor disponível.
89
Amostra de água:
Lavar e preencher a alça de amostragem manualmente com cerca 1 mL das
amostras que serão analisadas.
Observação: Caso os rótulos das águas minerais indiquem a presença dos ânions
com uma concentração acima do último ponto da curva, diluir as amostras com o
intuito adequar a concentração de todos os íons as faixas de trabalho selecionadas.
05 - Resultados:
Construir as curvas analíticas para cada ânion analisado. Determinar
as concentrações dos ânions estudados nas amostras. Na amostra de água mineral,
comparar os resultados obtidos com os fornecidos no rótulo, expressando o erro
relativo.
Com os resultados para cada água seguir o roteiro para a aplicação da
ACP no GNU Octave detalhada no Apêndice E (página 106).
90
6. Conclusão
91
7. Referências bibliográficas
EITH, C.; KOLB, M.; RUMI, A.; SEUBERT, A.; VIEHWEGER, K. H. Práticas em
Cromatografia de íons. 2º edição, Metrohm, Herisau – Suíça, 2007.
92
HARRIS, D. C. Análise Química Quantitativa. 8 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012, p.
898
93
NAZARIO, C. E. D.; LANÇAS, F. M. S. Suportes cromatográficos e fases
estacionárias para cromatografia líquida: preparo, evolução e tendências.
Scientia Chromatographica 2013; 5(2):111-135.
94
8. ANEXO
∑𝑛
𝑖=1(𝑥𝑖 − 𝑥̅ )
2
𝑠= √ (Equação 40)
𝑛−1
Sendo:
n = números de análises
3) Comparar com valor de G tabelado (Gtab.) - Anexo B
Se Gcalc. > Gtab., o valor suspeito é aberrante e é retirado do conjunto.
Se Gcalc. < Gtab o valor suspeito não é aberrante.
4) Caso o valor suspeito seja discrepante, deve-se repetir os passos 1,2 e
3 até que na não constem mais valore discrepantes;
5) Caso o valor suspeito não seja aberrante, verifica-se a existência de
dois valores discrepantes em cada extremidade do conjunto.
95
2
𝑠1,2 = ∑𝑛𝑖=3(𝑥𝑖 − 𝑥̅1,2 )2 (Equação 42)
Sendo: 𝑥̅1,2 = média do conjunto, sem os dois menores valores.
∑𝑛
𝑖=3 𝑥𝑖
𝑥̅1,2 = (Equação 43)
𝑛−2
2
𝑠𝑛−1,𝑛 = ∑𝑛=2
𝑖=1 (𝑥𝑖 − 𝑥̅𝑛 −1,𝑛 )
2
(Equação 44)
Sendo: ̅̅̅̅̅̅̅̅
𝑥𝑛−1,𝑛 = média do conjunto, sem os dois maiores valores
∑𝑛−2
𝑖=1 𝑥𝑖
𝑥̅𝑛 −1,𝑛 = (Equação 45)
𝑛−2
3) Calcular o valor de G (Gcalc):
2
𝑠1,2
𝐺𝑐𝑎𝑙𝑐 = (Equação 46)
𝑠02
2
𝑠𝑛−1,𝑛
𝐺𝑐𝑎𝑙𝑐 = (Equação 47)
𝑠02
96
ANEXO B - Quadro com os valores críticos de G
97
ANEXO C – Passo a passo a para a aplicação do teste de Cochran
2
𝑆𝑀á𝑥
𝐶𝑐𝑎𝑙𝑐. = ∑𝑛 2 (Equação 48)
𝑖=1 𝑠𝑖
Onde:
2
𝑆𝑀á𝑥 = maior valor de variância (variância máxima)
∑𝑛𝑖=1 𝑠𝑖2= somatório de todas as variâncias de cada nível da curva analítica
A variância de um conjunto de dados experimentais é dada por:
∑𝑛
𝑖=1(𝑥𝑖 − 𝑥̅ )
2
𝑠2 = (Equação 49)
𝑛−1
Sendo:
𝑥̅𝑖 = valor da média de todos os valores
n = número de replicatas
98
ANEXO D - Quadro com os valores críticos de C
99
ANEXO E – Quadro com os valores críticos de F*
100
ANEXO F - Nomes, fontes e concentrações dos íons estudados descritos nos
rótulos de cada marca.
Concentração (mg.L-1)
Fonte
F- Cl- NO3- SO42-
São Lourenço São Lourenço - MG 0,15 1,61 1,50 2,17
Bonafont Jundaí - SP 0,12 0,10 0,78 0,54
Nestlè Petrópolis - RJ N.D. 1,81 1,35 0,83
Pouso Alto Pouso Alto - MG 0,02 0,10 0,48 2,06
Sferrie Toledo - PR 0,33 N.D. 0,50 0,20
Minalba Premium Campos de Jordão - SP 0,04 0,18 0,74 0,12
Petrópolis Petrópolis - RJ N.D. 1,74 0,35 0,40
Qualitá Barra Mansa - SP 0,11 0,88 0,79 3,49
Canção Nova São Bento N.D. 1,61 0,01 0,78
Pouso Alto (gás) Pouso Alto - MG 0,03 0,05 N.D. 3,94
Fastio Chamoim - Portugal N.D. 4,20 N.D. 1,00
Luso Luso - Portugal N.D. 9,0 1,60 1,50
Evian Haute Savoie - França 0,06 10 3,8 14
Acqua Panna Toscana - Itália N.D. 8,5 2,9 22,0
S.Pellegrino Lombardia - Itália N.D. 49,4 2,9 402
Perrier Vergeze - França N.D. 22 7,8 33
* N.D. – Não Declarado
101
9. Apêndice
Modo de utilização:
102
em uma planilha no “Editor de Variáveis” (elipse preta), possibilitando a exportação
desses dados para, por exemplo o Excel.
A aba “Documentação” (elipse laranja), possui o índice de funções, o qual
fornece os comandos de todas as funções no GNU e suas utilidades. A aba “Editor”
(elipse azul), por sua vez, permite que os dados a serem utilizados sejam salvos no
formato que possibilite o seu carregamento e, com isso, seu uso pelo programa.
103
Apêndice B - Áreas dos picos referentes aos íons fluoreto, cloreto, nitrito,
brometo, nitrato, fosfato e sulfato nas soluções padrões das curvas analíticas.
n=1 0,255 0,330 0,480 0,605 0,746 1,571 2,368 3,467 4,339
CLORETO
n=2 0,255 0,329 0,432 0,620 0,786 1,583 2,429 3,492 4,339
n=3 0,276 0,335 0,485 0,619 0,782 1,655 2,478 3,532 4,418
n=1 0,089 0,157 0,252 0,330 0,408 - - - -
NITRITO
n=1 0,096 0,157 0,239 0,312 0,407 0,834 1,239 1,808 2,234
NITRATO
n=2 0,091 0,153 0,209 0,314 0,410 0,832 1,260 1,810 2,231
n=3 0,083 0,147 0,222 0,318 0,396 0,850 1,284 1,819 2,253
n=1 0,036 0,078 0,116 0,155 0,196 - - - -
FOSFATO
104
Apêndice C - Tabelas ANOVA das curvas analíticas dos íons cloreto, nitrito,
brometo, nitrato, fosfato e sulfato
Nº de graus F
Fonte de variação SQ MQ
de liberdade
Regressão 0,517097 4 0,129274 406,929
CLORETO
0,130174 4
Resíduos 0,000544 10 5,44E-05
Total 0,130718 14
Regressão 0,18898773 4 0,047247 672,7303
NITRATO
105
Apêndice D – Desvios padrões (DP) e concentrações médias determinadas
(CMD) das soluções padrões 0,10 mg.L-1, 0,30 mg.L-1 e 0,50 mg.L-1
Concentração
DP CMD
(mg.L-1)
0,10 0,008 0,287
Fluoreto
0,30 0,031 0,732
0,50 0,138 1,339
0,10 0,012 0,262
Cloreto
0,30 0,030 0,465
0,50 0,022 0,771
0,10 0,002 0,091
Nitrito
106
Apêndice E – Comandos utilizados na plataforma do GNU Octave para a
aplicação do ACP nos dados gerados na análise das 16 águas minerais
Figura 5.22: Tela do programa com as funções para carregar os dados destacadas
2) Pré-tratamento de dados;
107
das amostras. No exemplo utilizado a primeira coluna com códigos de 1 à
16 corresponde as classes (matriz 48x1) e a parte dos resultados
corresponde ao restante da matriz (matriz 48x5).
>> y = dados(:,1);
>> X = dados(:,2:end);
108
Determinar a contribuição de cada componente principal usando um
comando que equivale a Equação 27 (tópico 3.5.1.7. - Cálculo da
contribuição de cada componente principal).
>> set(gca,'XTickLabel',Componentes)
>> ylabel('Contribuicao %')
>> cumsum(Contribuicao)
ans =
56.116
79.822
97.377
99.759
100.000
109
>> figure (); bar (cumsum(Contribuicao(1:5,1))); title ("% cumulativa de
contribuicao de cada componente principal");
>> set(gca,'XTickLabel',Componentes)
>> ylabel('% cumulativa de contribuicao')
>> figure;
110
>> plot(agua1(:,1), agua1(:,2),"rs", "markersize", 10, "linewidth", 2); hold
on;
>> plot(agua2(:,1), agua2(:,2),"bs", "markersize", 10, "linewidth", 2);
>> plot(agua3(:,1), agua3(:,2),"ys", "markersize", 10, "linewidth", 2);
>> plot(agua4(:,1), agua4(:,2),"gs", "markersize", 10, "linewidth", 2);
>> plot(agua5(:,1), agua5(:,2),"ro", "markersize", 10, "linewidth", 2);
>> plot(agua6(:,1), agua6(:,2),"bo", "markersize", 10, "linewidth", 2);
>> plot(agua7(:,1), agua7(:,2),"yo", "markersize", 10, "linewidth", 2);
>> plot(agua8(:,1), agua8(:,2),"go", "markersize", 10, "linewidth", 2);
>> plot(agua9(:,1), agua9(:,2),"r*", "markersize", 10, "linewidth", 2);
>> plot(agua10(:,1), agua10(:,2),"b*", "markersize", 10, "linewidth", 2);
>> plot(agua11(:,1), agua11(:,2),"y*", "markersize", 10, "linewidth", 2);
>> plot(agua12(:,1), agua12(:,2),"g*", "markersize", 10, "linewidth", 2);
>> plot(agua13(:,1), agua13(:,2),"rv", "markersize", 10, "linewidth", 2);
>> plot(agua14(:,1), agua14(:,2),"bv", "markersize", 10, "linewidth", 2);
>> plot(agua15(:,1), agua15(:,2),"yv", "markersize", 10, "linewidth", 2);
>> plot(agua16(:,1), agua16(:,2),"gv", "markersize", 10, "linewidth", 2);
>> title ('Grafico de scores (PC1 x PC2)')
>> xlabel('PC1')
>> ylabel('PC2')
111
>>fluoreto = P(1,:);
>>cloreto = P(2,:);
>>nitrito = P(3,:);
>>nitrato = P(4,:);
>>sulfato = P(5,:);
>> figure;
>> plot(fluoreto(:,1), fluoreto(:,2), "k.", "markersize",25,"linewidth",1); hold
on;
>> plot(cloreto(:,1), cloreto(:,2), "k.", "markersize",25,"linewidth",1); hold on;
>> plot(nitrito(:,1), nitrito(:,2), "k.", "markersize",25,"linewidth",1); hold on;
>> plot(nitrato(:,1), nitrato(:,2), "k.", "markersize",25,"linewidth",1); hold on;
>> plot(sulfato(:,1), sulfato(:,2), "k.", "markersize",25,"linewidth",1); hold on;
>> title ('Grafico de loadings no plano PC1 x PC2')
>> xlabel ('PC1')
>> ylabel('PC2')
112
Apêndice F – Scores calculados para cada componente principal
Scores (PC1) Scores (PC2) Scores (PC3) Scores (PC4) Scores (PC5)
1 0.56377 -15.517 -20.115 -0.27016 -0.060159
São Lourenço 1 0.54483 -14.614 -19.075 -0.28725 -0.062272
1 0.54788 -15.498 -19.628 -0.28801 -0.067121
2 0.50659 0.14972 -0.042375 -0.28359 -0.13275
Bonafont 2 0.50157 0.14345 -0.030084 -0.28974 -0.13539
2 0.497 0.16582 -0.041341 -0.29507 -0.12979
3 0.67122 0.39484 0.273 0.1544 -0.046096
Nestlè 3 0.66792 0.40826 0.26808 0.15208 -0.042346
3 0.67297 0.39139 0.25486 0.15504 -0.044249
4 0.92818 0.46517 -0.25159 0.3528 -0.057471
Pouso Alto 4 0.92186 0.50124 -0.20298 0.34857 -0.059056
4 0.9243 0.48817 -0.2223 0.35076 -0.058207
5 -0.023442 11.929 -0.32796 -0.9728 0.078968
Sferrie 5 -0.030736 12.004 -0.32519 -0.98337 0.079211
5 -0.10257 12.376 -0.36957 -10.864 0.090245
6 0.79022 0.57928 0.0034936 0.14193 -0.064369
Minalba Premium 6 0.78635 0.58225 0.0050651 0.13592 -0.064659
6 0.7837 0.58397 0.0049025 0.1319 -0.064607
7 0.64296 0.54733 0.39539 0.11933 -0.046691
Petropolis 7 0.64307 0.54748 0.39529 0.11934 -0.04668
7 0.6447 0.54663 0.39634 0.1218 -0.046865
8 0.65544 0.37962 -0.79634 0.10442 0.045842
Qualitá 8 0.59308 0.42845 -0.80394 0.018172 0.054322
8 0.65889 0.3826 -0.78604 0.11257 0.045464
9 0.65074 0.96562 0.082122 0.0094113 0.0056419
Canção Nova 9 0.38319 0.98574 0.020109 -0.17062 0.12271
9 0.36912 10.296 -0.015146 -0.18998 0.13485
10 0.81027 0.83977 0.21473 0.24949 -0.054679
Pouso Alto (gás) 10 0.83472 0.83281 0.22573 0.28108 -0.059156
10 0.80538 0.8403 0.21315 0.24492 -0.058634
11 0.56582 0.24132 0.51156 0.20757 0.024635
Fastio 11 0.56312 0.25221 0.51868 0.21065 0.028946
11 0.56441 0.24233 0.51091 0.20948 0.02726
12 0.27201 0.28025 0.48564 0.22298 0.28528
Luso 12 0.26471 0.27056 0.4972 0.21683 0.28452
12 0.26164 0.25912 0.49753 0.22322 0.28965
13 0.3244 -23.377 -12.594 0.25268 0.079012
Evian 13 0.35041 -23.314 -13.254 0.26558 0.081824
13 0.33895 -24.758 -14.308 0.26974 0.088799
14 0.058735 -0.49214 10.697 0.047732 -0.14293
Acqua Panna 14 0.076895 -0.47401 10.582 0.045094 -0.1535
14 0.058808 -0.52001 10.875 0.027835 -0.16435
15 -60.864 0.60267 -0.5202 0.18224 0.10204
S.Pellegrino 15 -58.152 0.4472 -0.33941 0.5556 0.035589
15 -6.62 0.78331 -0.76024 -0.11496 -0.20214
16 -10.083 -23.419 22.542 -0.34247 0.021826
Perrier 16 -10.149 -23.551 22.626 -0.34612 0.021658
16 -0.99829 -22.985 22.262 -0.32068 0.035879
113