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1.3 Instrumentos Usuais de Política Macroeconômica

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UNIDADE 1 - AULA 3

MERCADO FINANCEIRO E DE CAPITAIS


PROF.ª ÉRICA A. ROMERO ORTEGA
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Os instrumentos usuais de política


macroeconômica: fiscais, monetários e
cambiais.
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INSTRUMENTOS DE POLÍTICA
MACROECONÔMICA
• Política Fiscal: decisões sobre a arrecadação e os gastos do governo;

• Política Monetária: decisões sobre o volume de moeda na


economia, a taxa de juros e o crédito;

• Política Cambial e Comercial: combate a inflação x equilíbrio


externo, saldo do BP equilibrado;
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POLÍTICA FISCAL

• Política Fiscal é a manipulação dos tributos e dos gastos do


governo para regular a atividade econômica. Ela é usada para
neutralizar as tendências à depressão e à inflação.
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POLÍTICA FISCAL

a) Política Fiscal expansiva : é usada quando há uma insuficiência de


demanda agregada em relação à produção de pleno - emprego. Isto
acarretaria o chamado "hiato deflacionário", onde estoques excessivos se
formariam, levando empresas a reduzir a produção e seus quadros de
funcionários, aumentando o desemprego.
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POLÍTICA FISCAL

As medidas nesse caso seriam:

• Aumento dos gastos públicos;


• Diminuição da carga tributária, estimulando despesas de
consumo e investimentos;
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PROBLEMAS QUE PODEM ACONTECER COM


ESSA POLÍTICA

• Um aumento na demanda agregada, por conta das reduções nos


impostos, pode fazer com que as empresas (oferta) aumentem os
preços dos seus produtos, gerando inflação no médio prazo.
• Também no médio/longo prazo, uma redução na arrecadação de
impostos pode gerar um déficit orçamentário.
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POLÍTICA FISCAL

b) Política Fiscal restritiva: é usada quando a demanda agregada


supera a capacidade produtiva da economia, no chamado "hiato
inflacionário", onde os estoques desaparecem e os preços
sobem.
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POLÍTICA FISCAL

As medidas seriam:

• Diminuição dos gastos públicos;


• Elevação da carga tributária sobre os bens de consumo,
desencorajando esses gastos;
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POLÍTICA MONETÁRIA

Objetivos: a função da política monetária é regular o ritmo de crescimento


da demanda agregada da economia no curto prazo, de tal maneira a
impedir um crescimento mais rápido que o da oferta agregada, evitando
assim preções no nível geral de preços (pressões inflacionárias). Para tanto
o Banco Central se utiliza de alguns instrumentos:
Compulsório: é a parcela dos depósitos a vista que um banco deve
manter obrigatoriamente depositada no Bacen, sem remuneração.;
• Aumento do compulsório diminui a disponibilidade de recursos
para empréstimos e, assim, diminui a oferta de moeda.
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POLÍTICA MONETÁRIA

Redesconto ou Empréstimo de Liquidez: é uma linha de empréstimos


do BC aos bancos comerciais em situações de falta temporária de
liquidez (geralmente esta linha é punitiva);

• Aumento da taxa de redesconto leva os bancos diminuirem a


oferta de moeda
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POLÍTICA MONETÁRIA

Operações de Open Market ou Mercado Aberto: são compras ou


vendas de títulos públicos realizadas pelo Bacen junto ao sistema
bancário. É o instrumento de maior eficência no mercado financeiro
para ajustar a liquidez do mercado monetário .
• Quando o Bacen compra títulos públicos do mercado ele injeta
reais, elevando a liquidez da economia devido ao aumento da
oferta de moeda.
• Quando o Bacen vende títulos públicos do mercado ele retira
reais, diminuindo a liquidez da economia devido à redução da
oferta de moeda
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OBJETIVOS E INSTRUMENTOS DE POLÍTICA
MONETÁRIA
Controle do Crédito: a Autoridade Monetária pode afetar a
disposição dos bancos em conceder crédito ou tomar posições no
mercado de títulos, de câmbio ou futuros de acordo com:

• Regulação do crédito;

• Persuasão moral;

• Supervisão e Fiscalização bancária


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INSTRUMENTOS DE POLÍTICA
MACROECONÔMICA (POLÍTICA MONETÁRIA)
Anti- Maior Melhor Dist.
Instrumentos inflacionárias Crescimento de Renda
disponíveis
Estoque Diminuir Aumento
monetário (Enxugar) do estoque
Reservas Aumento da tx. Diminuição da tx.
compulsórias
Open Market Venda de Compra
títulos de títulos
Inibe Consumo Estimula consumo Solução mais
RESULTADO
e Investimento e Investimento complexa
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Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política


Macroeconômica (Política Fiscal X Política Monetária)

Política Fiscal Política Monetária


Como política Combinação Combinação
econômica pode...
Melhoria na Mais eficiente Mais difusa
distr. de renda (tributação e gastos) e genérica

Efeitos Não tem. Depende de Depende apenas de


imediatos mudança na Legislação e decisões diretas das
Princípio da anterioridade. autoridades monetárias.
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POLÍTICA CAMBIAL

Para falarmos sobre políticas cambiais, é fundamental falarmos


sobre o que é Taxa de Câmbio.

A taxa de câmbio índica a equivalência de uma moeda em relação a


outra. Como cada país tem sua própria moeda, é necessário
estabelecer o valor da moeda de um país em relação à moeda do
outro.
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TAXA DE CÂMBIO

Se a taxa de câmbio sobe para R$2,20, significa que são necessários


mais Reais para comprar o mesmo dólar = Real desvalorizou.

Se a taxa de câmbio cai para R$2,00, significa que são necessários


menos Reais para comprar o mesmo dólar = Real valorizou.
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POLÍTICA CAMBIAL E COMERCIAL

Política que atua sobre as variáveis relacionadas ao setor


externo da economia.
Controle do Governo
Política Cambial Taxa de Câmbio (Fixo, flutuante etc.)

Instrumentos de incentivo às exportações


Política Comercial e/ou estímulo/desestímulo às importações,
sejam fiscais, creditícios, seja estabeleci-
mento de cotas etc.
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POLÍTICA CAMBIAL

Real Preciso de menos Favorece importação


valorizado Reais para comprar
US$1.
Está “barato”
comprar dólares
Real Preciso de mais Reais Favorece exportação
desvalorizado para comprar US$1.
Está “caro” comprar
dólares
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TAXA DE CÂMBIO E REGIMES CAMBIAIS

Oferta de Divisas: depende do volume de exportações e da entrada


de capitais externos;

Demanda de Divisas: depende do volume das importações e da


saída de capitais externos (amortização de empréstimos, remessa
de lucros, pagamentos de juros, etc.).
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TAXA DE CÂMBIO E REGIMES CAMBIAIS

OFERTA DE DIVISAS > DEMANDA DE DIVISAS

Aumenta a disponibilidade de moeda estrangeira


(valorização cambial)

OFERTA DE DIVISAS < DEMANDA DE DIVISAS

Diminui a disponibilidade de moeda estrangeira


(desvalorização cambial)

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TAXA DE CÂMBIO E REGIMES CAMBIAIS

Taxa Fixa de Câmbio: o Banco Central fixa a taxa de câmbio:

• Maior previsibilidade aos agentes do mercado.


• Evita aumentos de preços de produtos importados, sendo, portanto,
útil para controle da inflação.
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TAXA DE CÂMBIO E REGIMES CAMBIAIS
• Taxa de Câmbio Flutuante: a taxa é determinada pelo mercado de
divisas (oferta e de demanda):

• Dirty Floating: (mais adotado) regime de câmbio flutuante, mas


com intensa atuação do Banco Central, na venda e na compra,
que procura mantê-la em níveis relativamente estáveis;

• Minibanda cambiais: o regime é flutuante, porém dentro de


limites fixados pelo Banco Central.
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TAXA DE CÂMBIO E REGIMES CAMBIAIS
Câmbio Flutuante
Câmbio Fixo
(Flexível)

 BC fixa a taxa de câmbio;  O mercado determina a taxa de câmbio;


Características  BC é obrigado a disponibilizar  BC não é obrigado a disponibilizar reservas
reservas cambiais. cambiais.

 Maior controle da inflação (custo  Política monetária mais independente do


das importações). câmbio.
Vantagens
 Reservas cambiais mais protegidas de
ataques especulativos.

 Reservas cambiais vulneráveis a  A taxa de câmbio fica muito dependente da


ataques especulativos; volatilidade do mercado financeiro nacional e
internacional;
Desvantagens
 A política monetária (taxa de  Maior dificuldade de controle das pressões
juros) fica dependente do volume de inflacionárias, devido às desvalorizações
reservas cambiais. cambiais.
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RESERVAS INTERNACIONAIS
As reservas internacionais nada mais são do que um tipo de reserva em
moeda forte de um país.

Quando se fala em moeda forte, é preciso correlacionar o tema ao Dólar,


Euro ou, ainda, até mesmo o Ouro.

Em outras palavras, em um cenário onde entra-se mais capital do que é


visto saindo do país, o governo, normalmente, utiliza esses recursos como
essa reserva para utilizá-lo, posteriormente, em um período onde o
mesmo seja necessário, como em um estágio de crise, por exemplo.
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RESERVAS INTERNACIONAIS
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HIPERLINK
Qual o impacto da alta do dólar?
https://www.youtube.com/watch?v=nk0GJKoO4zc
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TIPOS DE DÓLAR

Dólar Comercial

É aquele utilizado para balizar as grandes movimentações de importação e


exportação das empresas brasileiras e também é a cotação considerada
nas ações do governo no exterior, como empréstimos (registrados no BC)
de brasileiros residentes em outros países.
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TIPOS DE DÓLAR

Dólar Comercial

Tradicionalmente mais baixa, a taxa é negociada entre bancos e


companhias a fim de fechar posições sobre comércio exterior e
remessas de capitais. No mercado de câmbio flutuante, a cotação do
dólar comercial é definida pelo mercado, mas o BC brasileiro impõe
certo controle com a compra ou venda de moeda para manipular o
movimento cambial de acordo com questões diversas.
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TIPOS DE DÓLAR

Dólar Turismo

Já o dólar turismo é aquele que precisamos comprar quando


queremos ir ao exterior. Todo tipo de gastos – desde passagens aéreas,
compras em dólar em lojas fora do País, até depósito de créditos em
cartões na moeda norte-americana – é convertido pela taxa de
turismo.
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TIPOS DE DÓLAR

Dólar Paralelo

• O dólar paralelo é um mercado "não oficial", que não sofre


supervisão do Banco Central, e, por isso, considerado ilegal. Apesar
de ser opção frequente entre turistas que desejam encontrar taxas
atrativas, esse tipo de transação está sujeito a penalidades por não
seguir a legislação vigente.
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TIPOS DE DÓLAR

Importante
Além de virem separadas por esses três tipos de cotações, há
os valores de compra e venda do dólar. É bom ficar atento
para a lógica inversa da transação na ótica do consumidor
comum. Ou seja: o preço de venda (pelo qual o banco vende)
é o que será pago pelo consumidor no momento da compra
das divisas.

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