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Aula 8

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Teoria e Política Macroeconômica: Introdução

Definição: trata da evolução da economia como um todo, analisando


a determinação e o comportamento dos agregados econômicos. Os
principais agregados são:
• Renda • Poupança
• Emprego • Taxa de Juros
• Produto Nacional • Consumo
• Desemprego • Balanço de Pagamentos
• Investimento • Nível Geral de Preços
• Estoque de Moeda • Taxa de Câmbio

1
Teoria e Política Macroeconômica: Introdução

Teoria macroeconômica trata de questões de curto prazo, como por


exemplo:
• Desemprego e estabilização do nível geral de preços

Teoria do desenvolvimento econômico cuida de questões de logo


prazo, como:
• Progresso tecnológico e política industrial

2
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política
Macroeconômica
1. Crescimento econômico sustentável (PIB)
- aumento do bem estar material
- aumento do nível de emprego
As políticas esconômicas procuram estimular o crescimento da
capacidade produtiva da economia, ou seja, o aumento da
quantidade de bens e serviços ofertados.
Importante:
Crescimento Econômico ≠ Desenvolvimento Econômico
Crescimento econômico: crescimento da renda nacional
Desenvolvimento econômico: inclui melhoria nos indicadores sociais (pobreza,
desemprego, meio ambiente, moradia etc.)
3
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política
Macroeconômica

2. Estabilidade do nível geral de preços (controle da inflação)


- inflação controlada não significa inflação zero;
- inflação alta acarreta distorções, principalmente, sobre as
classes baixas e sobre as expectativas.

Tipos de inflação:
• demanda
• custos
• inercial

Inflação: aumento contínuo e generalizado do nível geral de


preços.
4
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política
Macroeconômica

3. Equilíbrio Externo
Déficit externo mais forte, implica em perda de reservas, o que
pode levar a uma moratória;
Superávit externo mais prolongado, o governo deve emitir moeda
gerando inflação ou expansão da dívida interna (Risco).

4. Distribuição Eqüitativa de Renda


- política de longo prazo;
- aumento do poder de compra das classes mais baixas;
- desenvolvimento econômico.

5
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política
Macroeconômica (Inter-relações e conflitos entre objetivos)

Os objetivos de política macroeconômica não são independentes,


podendo ser conflitantes.

Aumenta a renda dos pobres, sem


Renda Aumenta reduzir a dos ricos (abranda
Cresciment conflitos sociais).
o
Econômico
e Em países Aumenta-se a parte dos lucros e da
Distribuição subdesenvolvidos poupança dos mais ricos na renda
de renda (conflitante) nacional (Teoria do Bolo).

6
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política
Macroeconômica (Inter-relações e conflitos entre objetivos)

Reduz-se o desemprego.
Metas de Aproximando do pleno emprego,
Redução do os recursos tendem a escassear,
Desemprego Com provocando um aumento dos
e aumento custos de produção. Podendo
Estabilidade de compras aumentar a inflação (exceto,
de quando estiver ocorrendo um
significativo aumento de
Preços produtividade).

7
Teoria e Política Macroeconômica: Estrutura da Análise
Macroeconômica

Mercados Var. Determinadas


Produto Nacional
Parte Real Mercado de Bens e Nível Geral de
da Economia Serviços Preços
Mercado de Trabalho Nível de Emprego
Salários Nominais
Parte Monetária Taxa de Juros
da economia Mercado Financeiro Estoque de
(monetário e títulos) Moeda

Mercado de Divisas Taxa de Câmbio


O governo deve atuar em duas frentes: i) na capacidade produtiva (Produção
Agregada) e ii) nas despesas planejadas (Demanda Agregada) permitindo à
economia operar a pleno emprego, com baixas taxas de inflação e distribuição justa
8
de renda.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de
Política Macroeconômica

• Política Fiscal: decisões sobre a arrecadação e os gastos do


governo;

• Política Monetária: decisões sobre o volume de moeda na


economia, a taxa de juros e o crédito;

• Política Cambial e Comercial: combate a inflação x equilíbrio


externo, saldo do BP equilibrado;

• Política de Rendas: interferências na formação de preços e


salários, desenvolvimento econômico.
9
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de
Política Macroeconômica (Política Monetária)

É a atuação do governo sobre a quantidade de moeda, de crédito e


das tx. de juros. É uma política de curto prazo com o objetivo de
estabilizar o nível geral de preços.

Os instrumentos:
• Emissões de moeda
• Reservas compulsórias (% sobre depósitos à vista dos bancos
comerciais junto ao Banco Central)
• Open market (compra/venda de títulos públicos)
• Redescontos (empréstimo do Bacen aos bancos comerciais)
• Regulamentação sobre crédito e tx. de juros. 10
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de
Política Macroeconômica (Política Cambial e Comercial)

Política que atua sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da


economia.

Controle do
Governo
Política Cambial Taxa de Câmbio (Fixo, flutuante etc.)

Instrumentos de incentivo às exportações


Política e/ou estímulo/desestímulo às
importações,
Comercial sejam fiscais, creditícios, seja estabeleci-
mento de cotas etc. 11
O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais
Taxa de câmbio nominal: é o preço da moeda (divisa) estrangeira em temos da
moeda nacional ou vice-versa. No caso do Brasil é quanto se precisa em termos da
moeda nacional (Real) para se comprar uma unidade de uma moeda estrangeira. Seu
preço é determinado pela oferta e demanda de divisas. Ex.:
Brasil: U$ 1,00 = R$ 3,10
Exterior: R$ 1,00 = U$ 0,32
Obs.: um aumento da taxa de câmbio implica em desvalorização e uma redução
implica em valorização...
Ex.: U$ 1,00 = R$ 3,10 ⇒ U$ 1,00 = R$ 3,50
🡪 Desvalorização

Oferta de Divisas: depende do volume de exportações e da entrada de capitais


externos;
Demanda de Divisas: depende do volume das importações e da saída de capitais
externos (amortização de empréstimos, remessa de lucros, pagamentos de12juros,
etc.).
O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais

OFERTA DE DIVISAS > DEMANDA DE DIVISAS

Aumenta a disponibilidade de moeda estrangeira


(valorização cambial)

OFERTA DE DIVISAS < DEMANDA DE DIVISAS

Diminui a disponibilidade de moeda estrangeira


(desvalorização cambial)
13
O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais

Taxa Fixa de Câmbio: o Banco Central fixa a taxa de câmbio:


• Maior previsibilidade aos agentes do mercado.
• Evita aumentos de preços de produtos importados, sendo, portanto, útil
para controle da inflação.

Taxa de Câmbio Flutuante: a taxa é determinada pelo mercado de


divisas (oferta e de demanda):
• Dirty Floating: (mais adotado) regime de câmbio flutuante, mas com
intensa atuação do Banco Central, na venda e na compra, que procura
mantê-la em níveis relativamente estáveis;
• Minibanda cambiais: o regime é flutuante, porém dentro de limites
fixados pelo Banco Central.
14
O Setor Externo: Efeito das Variações na Taxa de Câmbio
sobre Exportações e Importações (Controle da Inflação)

Taxa de câmbio cai


Valorização (apreciação) (moeda nacional mais forte)

Importadores pagarão menos reais por dólar e tendem a importar mais,


aumentando a concorrência com os nacionais.

Pressão pela queda dos preços internos + Política de Abertura Comercial


(Aumenta a eficiência produtiva, pelo aumento da competição) (liberação de Importação)

Custos:
• Setor Exportador (perde mercado pelo alto custo relativo de seu produto).
• Setores protegidos que passarão a sofrer concorrência. 15
O Setor Externo: Efeito das Variações na Taxa de Câmbio
sobre Exportações e Importações (Controle da Inflação)

Taxa de câmbio sobe


Desvalorização(depreciação (moeda nacional mais fraca)
)

Pode proporcionar um aumento nas Exportações e redução das Importações

Pressão sobre os custos de produção


(Aumento no custo das Importações,
incluindo produtos essenciais (demanda inelástica) Ex: Petróleo. )
Custos:
• Aumento do nível geral de preços – inflação de custos
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O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal
As transações internacionais são influenciadas pelos preços internacionais. Os dois
preços internacionais mais importantes são a taxa de câmbio nominal e a taxa de
câmbio real.
• Taxa de câmbio nominal: é a taxa à qual se pode trocar a moeda de um país
pela moeda de outro país;
• Taxa de câmbio real: é a taxa à qual se pode trocar os bens e serviços de um
país pelos bens e serviços de outro país, ou seja, compara o preço de bens
domésticos e internacionais na economia doméstica. A taxa de câmbio real é o
preço em reais de uma cesta de bens estrangeiros, em relação à uma cesta
brasileira.
⮚A taxa de câmbio real é um fator chave na determinação de quanto um
país exporta e importa.

17
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal
Exemplo:
Preço de um automóvel produzido no Brasil = R$ 15.000,00
Preço de um automóvel produzido nos EUA = US$ 12.000,00
e = taxa de câmbio nominal = R$ 1,00/US$ 1,00
R = taxa de câmbio real = (1,00 X 12.000) / 15.000 = 0,8
Conclusão: o automóvel norte-americano é 20% mais barato que o brasileiro.
Supondo agora e = R$ 1,25/US$ 1,00 ⇒ R = 1,0
Desvalorização real da moeda brasileira: o automóvel norte-americano passou a
ter o mesmo preço que o brasileiro.

18
Estrutura do Balanço de Pagamentos
A) Transações Correntes B) Transações de Capital
1- Balança Comercial 4- Capitais Autônomos
- exp. de mercadorias - empréstimos/amortiz.
- imp. de mercadorias - investimentos diretos
- inv. de portfólio

2- Balança de Serviços 5- Capitais Comp.

- viagens - crédito/débito
- transporte/seguros - ouro monetário
- governo - reservas
- renda de capitais
lucros
juros

3- Transferências
A ROTA DO PLANO REAL
ABERTURA COMERCIAL E FINANCEIRA + VALORIZAÇÃO DO REAL

CAI A INFLAÇÃO E A
ECONOMIA CRESCE
VARIAÇÃO ANUAL DE PREÇOS (%)
BRASIL - 1994/2001

Fonte: FGV, IBGE, DIEESE


A ROTA DO PLANO REAL
ABERTURA COMERCIAL E FINANCEIRA + VALORIZAÇÃO DO REAL

CAI A INFLAÇÃO E A
ECONOMIA CRESCE

⮚BALANÇA COMERCIAL TORNA-SE DEFICITÁRIA


⮚BALANÇA DE SERVIÇOS AUMENTA O SEU DÉFICIT
⮚TRANSAÇÕES CORRENTES AUMENTA SEU DÉFICIT
BALANÇA COMERCIAL (US$ milhões)
BRASIL - 1994/2001

Fonte: IPEADATA
Fonte: IPEADATA
TRANSAÇÕES CORRENTES (US$ milhões)
BRASIL - 1995/2001

Fonte: IPEADATA
A ROTA DO PLANO REAL
ABERTURA COMERCIAL E FINANCEIRA + VALORIZAÇÃO DO REAL

CAI A INFLAÇÃO E A
ECONOMIA CRESCE

⮚BALANÇA COMERCIAL TORNA-SE DEFICITÁRIA


⮚BALANÇA DE SERVIÇOS AUMENTA O SEU DÉFICIT
⮚TRANSAÇÕES CORRENTES AUMENTA SEU DÉFICIT

ELEVA-SE A TAXA DE JUROS E ACELERA-SE AS PRIVATIZAÇÕES


A ROTA DO PLANO REAL
ABERTURA COMERCIAL E FINANCEIRA + VALORIZAÇÃO DO REAL

CAI A INFLAÇÃO E A
ECONOMIA CRESCE

⮚BALANÇA COMERCIAL TORNA-SE DEFICITÁRIA


⮚BALANÇA DE SERVIÇOS AUMENTA O SEU DÉFICIT
⮚TRANSAÇÕES CORRENTES AUMENTA SEU DÉFICIT

ELEVA-SE A TAXA DE JUROS E ACELERA-SE AS PRIVATIZAÇÕES


⮚CRESCEM OS EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
⮚CRESCEM OS INVESTIMENTOS: DIRETOS E DE PORTFÓLIO
BALANÇA DE CAPITAL E FINANCEIRA (US$ milhões)
BRASIL - 1994/2001

Fonte: BANCO CENTRAL


⮚CRESCEM OS EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
⮚CRESCEM OS INVESTIMENTOS: DIRETOS E DE PORTFÓLIO

⮚CRESCE A DÍVIDA EXTERNA


⮚ELEVA-SE O MONTANTE DE JUROS E A REMESSA DE LUCROS
⮚CRESCE O DÉFICIT PÚBLICO
⮚CRESCE A DÍVIDA PÚBLICA
⮚CRESCE A DESNACIONALIZAÇÃO DA ECONOMIA
⮚LIMITA-SE O CRESCIMENTO DO PIB
⮚CRESCE O DESEMPREGO
DÍVIDA EXTERNA REGISTRADA (US$ bilhões)
BRASIL - 1990/2001

Fonte: IPEADATA
NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO DO SETOR PÚBLICO (R$ milhões)
BRASIL - 1994/2001

Fonte: IPEADATA
DÍVIDA LÍQUIDA TOTAL DO SETOR PÚBLICO (R$ bilhões)
BRASIL - 1994/2001

Fonte: IPEADATA
Participação Estrangeira em % nos Ativos dos 20
Maiores Bancos Privados Nacionais
Fonte: IBGE
TAXA DE DESEMPREGO ABERTO (%)
RMSP - 1994/2001

Fonte: IBGE
TAXA DE DESEMPREGO TOTAL (%)
RMSP - 1994/2001

Fonte: SEADE/DIEESE
TAXA DE DESEMPREGO TOTAL (%)
RMS - 1996/2001

Fonte: SEADE/DIEESE
Fonte: SEADE/DIEESE
⮚CRESCEM OS EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
⮚CRESCEM OS INVESTIMENTOS: DIRETOS E DE PORTFÓLIO

⮚CRESCE A DÍVIDA EXTERNA


⮚ELEVA-SE O MONTANTE DE JUROS E A REMESSA DE LUCROS
⮚CRESCE O DÉFICIT PÚBLICO
⮚CRESCE A DÍVIDA PÚBLICA
⮚CRESCE A DESNACIONALIZAÇÃO DA ECONOMIA
⮚LIMITA-SE O CRESCIMENTO DO PIB
⮚CRESCE O DESEMPREGO
⮚FRAGILIZAÇÃO EXTERNA: BALANÇO DE PAGAMENTOS
⮚FRAGILIZAÇÃO INTERNA: FINANÇAS PÚBLICAS

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