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03 Macroeconomia

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Economia da Engenharia

Macroeconomia
• Fundamentos de Teoria e Política Macroeconômica;
• Contabilidade social;
• O lado Monetário;
• Inflação
• Política fiscal e setor público
1
Economia da Engenharia

Fundamentos de Teoria e
Política Macroeconômica
• Introdução
• Metas de Política Macroeconômica
• Estrutura da Análise Macroeconômica
• Instrumentos de Política Macroeconômica
2
Economia da Engenharia
Teoria e Política Macroeconômica
Definição: trata da evolução da economia como um todo, analisando
a determinação e o comportamento dos agregados econômicos. Os
principais agregados são:
• Renda • Poupança
• Emprego • Taxa de Juros
• Produto Nacional • Consumo
• Desemprego • Balanço de Pagamentos
• Investimento • Nível Geral de Preços
• Estoque de Moeda • Taxa de Câmbio

Negligencia o comportamento das unidades econômicas individuais,


porém permite estabelecer relações entre os agregados e melhor
compreensão das interações entre estes. 3
Economia da Engenharia
Teoria e Política Macroeconômica
Teoria macroeconômica trata de questões de curto
prazo, como por exemplo:
• Desemprego e
• Estabilização do nível geral de preços

Teoria do desenvolvimento econômico cuida de


questões de logo prazo, como:
• Progresso tecnológico e
• Política industrial
4
Economia da Engenharia
Teoria e Política Macroeconômica:
Metas de Política Macroeconômica
1. Crescimento econômico sustentável (PIB)
- aumento do bem estar material
- aumento do nível de emprego
As políticas esconômicas procuram estimular o crescimento da
capacidade produtiva da economia, ou seja, o aumento da
quantidade de bens e serviços ofertados.
Importante:
Crescimento Econômico ≠ Desenvolvimento Econômico
Crescimento econômico: crescimento da renda nacional
Desenvolvimento econômico: inclui melhoria nos indicadores
sociais (pobreza, desemprego, meio ambiente, moradia etc.) 5
Economia da Engenharia
Teoria e Política Macroeconômica:
Metas de Política Macroeconômica
2. Estabilidade do nível geral de preços (controle da inflação)
- inflação controlada não significa inflação zero;
- inflação alta acarreta distorções, principalmente, sobre as
classes baixas e sobre as expectativas.

Tipos de inflação:
Inflação: aumento contínuo e
• demanda
generalizado do nível geral de
• custos
preços.
• inercial

6
Economia da Engenharia
Teoria e Política Macroeconômica:
Metas de Política Macroeconômica
3. Equilíbrio Externo
Déficit externo mais forte, implica em perda de reservas, o que
pode levar a uma moratória;
Superávit externo mais prolongado, o governo deve emitir moeda
gerando inflação ou expansão da dívida interna (Risco).

4. Distribuição Eqüitativa de Renda


- política de longo prazo;
- aumento do poder de compra das classes mais baixas;
- desenvolvimento econômico. 7
Economia da Engenharia
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política
Macroeconômica (Inter-relações e conflitos entre objetivos)
Os objetivos de política macroeconômica não são independentes,
podendo ser conflitantes.

Aumenta a renda dos pobres,


Renda Aumenta sem reduzir a dos ricos
Crescimento
(abranda conflitos sociais).
Econômico
e
Aumenta-se a parte dos lucros
Distribuição e da poupança, demandando
Em países
de renda subdesenvolvidos decisões quanto à distribuição
(conflitante) da renda ou investimento em
capital (Teoria do Bolo).

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Economia da Engenharia
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política
Macroeconômica (Inter-relações e conflitos entre objetivos)
Reduz-se o desemprego.
Metas de
Aproximando do pleno
Redução de emprego, os recursos tendem a
Emprego Com aumento escassear, provocando aumento
e de compras da inflação (exceto, quando
Estabilidade estiver ocorrendo um
De Preços significativo aumento de
produtividade).

O administrador público (policy-maker) tem de fazer escolhas quanto à ênfase a


ser dada a diferentes objetivos. Cada combinação afeta diferentes grupos na
sociedade de diferentes maneiras, e qualquer escolha estará sujeita à objeção
política pelos representantes dos grupos para os quais a escolha alternativa é pior.
9
Economia da Engenharia
Teoria e Política Macroeconômica:
Estrutura da Análise Macroeconômica
Mercados Var. Determinadas
Produto Nacional
Parte Real Mercado de Bens e Serviços Nível Geral de Preços
da Economia
Mercado de Trabalho Nível de Emprego
Salários Nominais
Parte Monetária Mercado Financeiro Taxa de Juros
da economia (monetário e títulos) Estoque de Moeda

Mercado de Divisas Taxa de Câmbio

O governo deve atuar em duas frentes: i) na capacidade produtiva


(Produção Agregada) e ii) nas despesas planejadas (Demanda
Agregada) permitindo à economia operar a pleno emprego, com
baixas taxas de inflação e distribuição justa de renda. 10
Economia da Engenharia
Teoria e Política Macroeconômica:
Instrumentos de Política Macroeconômica
• Política Fiscal: decisões sobre a arrecadação e os gastos do
governo;

• Política Monetária: decisões sobre o volume de moeda na


economia, a taxa de juros e o crédito;

• Política Cambial e Comercial: combate a inflação x equilíbrio


externo, saldo do Balanço de Pagamentos equilibrado;

• Política de Rendas: interferências na formação de Preços e


Salários, desenvolvimento econômico.
11
Economia da Engenharia
Teoria e Política Macroeconômica:
Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Fiscal)
Instrumentos Anti- Maior Melhor Dist.
disponíveis inflacionárias Crescimento de Renda
Controle de Diminuição Gastos em
Aumento
suas despesas dos gastos setores/ regiões
dos gastos
(política de gastos) mais atrasados

Arrecadação de Aumento da Diminuição da Impostos


tributos (política carga tributária carga tributária progressivos
tributária)
Inibe Consumo Estimula consumo Benefício a
RESULTADO e Investimento e Investimento grupos menos
favorecidos
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Economia da Engenharia
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de
Política Macroeconômica (Política Monetária)
É a atuação do governo sobre a quantidade de moeda, de crédito e
das tx. de juros. É uma política de curto prazo com o objetivo de
estabilizar o nível geral de preços.
Os instrumentos:
• Emissões de moeda
• Reservas compulsórias (% sobre depósitos à vista dos bancos
comerciais junto ao Banco Central)
• Open market (compra/venda de títulos públicos)
• Redescontos (empréstimo do Bacen aos bancos comerciais)
• Regulamentação sobre crédito e tx. de juros. 13
Economia da Engenharia
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de
Política Macroeconômica (Política Monetária)
Instrumentos Anti- Maior Melhor Dist.
disponíveis inflacionárias Crescimento de Renda
Estoque Diminuir Aumento
monetário (Enxugar) do estoque
Reservas Aumento da tx. Diminuição da tx.
compulsórias
Open Market Venda de Compra
títulos de títulos
Inibe Consumo Estimula consumo Solução mais
RESULTADO
e Investimento e Investimento complexa
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Economia da Engenharia
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de
Política Macroeconômica (Política Fiscal X Política Monetária)

Política Fiscal Política Monetária


Como política Combinação Combinação
econômica pode...
Melhoria na Mais eficiente Mais difusa
distr. de renda (tributação e gastos) e genérica
Não tem. Depende de Depende apenas de
Efeitos decisões diretas das
mudança na Legislação
imediatos autoridades
e Princípio da
anterioridade. monetárias.
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Economia da Engenharia
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de
Política Macroeconômica (Política Cambial e Comercial)
Política que atua sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da
economia.

Controle do Governo
Política Cambial Taxa de Câmbio (Fixo, flutuante etc.)

Instrumentos de incentivo às exportações


Política Comercial e/ou estímulo/desestímulo às importações,
sejam fiscais, creditícios, seja estabeleci-
mento de cotas etc.
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Economia da Engenharia
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de
Política Macroeconômica (Política de Rendas)

Os agentes econômicos ficam proibidos de levar a cabo o que


fariam, em resposta a influências normais do mercado.

Normalmente, esses controles são utilizados como


política de combate a inflação.

Influenciam diretamente: salários, lucros, juros, aluguel.

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Economia da Engenharia

Contabilidade Social
Introdução
Principais Agregados Macroeconômicos
Valores Reais e Nominais
Identidades Básicas da Contabilidade Nacional
Aspectos Conceituais

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Economia da Engenharia
Contabilidade Social:
Sistema de Contas Nacionais
Contas Básicas:
• Produto Interno Bruto
• Renda Nacional Disponível
• Transações Correntes com o Resto do Mundo
• Capital

Conta Complementar:
• Conta Corrente das Administrações Públicas 19
Economia da Engenharia
Contabilidade Social:
Sistema de Contas Nacionais

Objetivo do sistema de contas nacionais


Permitir a mensuração e a agregação em uma única conta, onde
a agregação é feita através dos preços.

Característica
Não considera os chamados bens e serviços intermediários (que
são absorvidos na produção de outros produtos), ou seja, esse
sistema considera apenas os bens e serviços finais.

20
Economia da Engenharia
Contabilidade Social:
Sistema de Contas Nacionais
Pressupostos:
1. As contas procuram medir a produção corrente. Não são
considerados bens produzidos em período anterior, apenas a
remuneração do vendedor (que é remuneração a um serviço
corrente);
2. As contas referem-se a um fluxo (normalmente 1 ano. Os
agregados correspondem a variáveis fluxo (são consideradas
ao longo de um período – dimensão temporal).
3. A moeda é neutra, no sentido de que é considerada apenas
como unidade de medida e instrumento de trocas.
21
Economia da Engenharia
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos (Fluxo Circular de Renda)
Economia fechada, sem governo e sem formação de capital
Três óticas de mensuração: Produto = Despesa = Renda
Produto Nacional (PN): é o valor de todos os bens e serviços finais produzidos
em determinado período de tempo.
PN = Σ pi qi
Despesa Nacional (DN): é o valor de todas as despesas realizadas pelos agentes:
consumidores, empresas, governo e estrangeiros na compra de bens e serviços
finais.
DN = Despesas de Consumo (C)
Renda Nacional (RN): é a soma dos rendimentos pagos às famílias, que são
proprietárias dos fatores de produção, pela utilização de seus serviços, em um
período de tempo.
22
RN = salários (w) + juros (j) + aluguéis (a) + lucros (l)
Economia da Engenharia
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos (Fluxo Circular de Renda)
Fluxo monetário
Mercado de Bens e Serviços Fluxo real
Despesas de Consumo de Bens e Serviços

Fornecimento de Bens e Serviços


PN = pi.qi

DN = C
Famílias RN = w + j + a + l Unid. Produtoras

Fornecimento dos Serviços dos Fatores de Produção

Remuneração aos Serviços dos Fatores de Produção


Mercado de Fatores de Produção 23
Economia da Engenharia
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos (Fluxo Circular de Renda)
Economia fechada, sem governo e sem formação de capital
Como não existem estoques, tudo que se produz, se vende.
PN = DN
Como no agregado, são excluídas as compras de bens
intermediários. A empresa gasta com pagamentos a fatores de
produção tudo o que recebe pela venda de bens e serviços
(PN=DN).
Na prática (mede-se o PN) pelo conceito de Valor Adicionado
Consiste em calcular o que cada ramo da atividade adicionou ao
valor do produto final, em cada etapa do processo produtivo.
V. Adicionado = V. Bruto de Produção – Cons.de Prod. Intermed.
(Receita de vendas) 24
Economia da Engenharia
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos (Valor Adicionado)
Valores (x Mil)
TRIGO FARINHA PÃO
a) Receita de Vendas (VBP) 100 400 1.000
b) Compras Intermediárias 0 100 400
Valor adicionado (a-b) 100 + 300 + 600 = 1.000 = RN

Renda paga pelo setor de trigo aos fatores de produção (VA trigo)
Renda paga pelo setor de farinha aos fatores de produção (VA farinha)
Renda paga pelo setor de panificação aos fatores de produção (VA pão)
25
Economia da Engenharia
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos
Existem 03 formas diferentes de medir o resultado econômico de
um país, todas conduzindo a um mesmo valor numérico:

Soma dos produtos finais das empresas produtoras (PN)


Soma das despesas dos agentes com o Produto Nacional (DN)
Soma de rendimentos de salários, juros, aluguéis e lucros (RN)

Orgão Responsável no Brasil: IBGE


26
Economia da Engenharia
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos
Economia fechada, sem governo e com formação de capital
Hipóteses:
• As Famílias além de consumir podem poupar;
• As Empresas além de produzir bens de consumo, produzem e investem em
bens de capital.
POUPANÇA (S): parcela da RN não consumida no período. Sendo assim:
S = RN – C
INVESTIMENTO (I): gasto com bens que aumentam a capacidade produtiva da
economia (Capacidade de gerar Rendas Futuras = Taxa de Acumulação de
Capital).
I = PN – C
onde: PN = Bens de Consumo + Bens de Investimento
27
Economia da Engenharia
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos (Economia a três setores: O Setor Público)
Receita Fiscal:
IMPOSTOS INDIRETOS (Ti): incidem sobre bens e serviços. Ex.:
ICMS, IPI.

IMPOSTOS DIRETOS (Td): incidem sobre as pessoas (físicas e


jurídicas). Ex.: IR, IPTU.

CONTRIBUIÇÕES À PREVIDÊNCIA SOCIAL: encargos trabalhistas


recolhidos de empregados e empregadores.

OUTRAS RECEITAS: taxas (Ex.: Multas, aluguéis, ...) 28


Economia da Engenharia
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos (Economia a três setores: O Setor Público)
Gastos do Governo:
Gastos com ministérios, secretarias e autarquias = Receitas provêm
de dotações orçamentárias.

Gastos das empresas e sociedades de economia mista = Provêm da


venda de bens e serviços no mercado.

Gastos com transferências e subsídios

Gastos > Receita Fiscal Déficit Primário (Fiscal)


Gastos < Receita Fiscal Superávit Primário (Fiscal)29
Economia da Engenharia
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos (O Setor Externo)
EXPORTAÇÕES (X): são as compras dos estrangeiros de nossos bens e serviços.
São os gastos do setor externo com nossas empresas.

IMPORTAÇÃO (M): são as aquisições de bens do exterior. Parte da renda gerada


no país que “vaza” para fora.

RENDA ENVIADA AO EXTERIOR (RE): parte do que foi produzido internamente não
pertence aos nacionais (Ex.: capital e tecnologia). A remuneração desses fatores
vai para fora do país, na forma de remessa de lucro, royalties, juros.

RENDA RECEBIDA DO EXTERIOR (RR): recebemos renda devido à produção de


nossas empresas operando no exterior.

RLEE = RE – RR (No Brasil, RLEE > 0)


32
Economia da Engenharia
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos (O Setor Externo)
PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB): é a renda devido à produção
dentro dos limites territoriais do país.

PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB): renda que pertence


efetivamente aos nacionais, incluindo a renda recebida de nossas
empresas no exterior, e excluindo a renda enviada para o exterior
pelas empresas estrangeiras localizadas no Brasil.
PIB = PNB + RLEE
Se : RE > RR RLEE > 0 PIB > PNB

RE < RR RLEE < 0 PIB < PNB 33


Economia da Engenharia
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos

Variação Anual do Produto Interno Bruto do Brasil de 1962 a 2015 (em %)


Fonte: Banco Central do Brasil (2016) 34
Economia da Engenharia
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos

Produto Interno Bruto do Brasil de 1962 a 2015 (em R$) 35


Fonte: Banco Central do Brasil (2016)
Economia da Engenharia
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos

Produto Interno Bruto do Brasil de 1962 a 2015 (em US$) 36


Fonte: Banco Central do Brasil (2016)
Economia da Engenharia
Contabilidade Social: Principais Agregados
2013 Macroeconômicos 2015

Fundo
Monetário
internacional
(FMI, 2015) 37
Economia da Engenharia
Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos (Despesa Nacional - DN)

38
Economia da Engenharia
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
(IDH - Índice de Desenvolvimento Humano)
O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano mede o grau de
desenvolvimento sócio-econômico dos países. Constitui-se de uma média
aritmética de 3 índices, variando de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, maior o
padrão de desenvolvimento humano):

-Índice de Expectativa de Vida

-Índice do PIB per capita

-Índice de Educação (média ponderada:


75% Índice de Alfabetização
25% Índice de Escolaridade de jovens entre 7 e 22 anos )
39
Economia da Engenharia
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
(IDH - Índice de Desenvolvimento Humano)

Fonte: IBGE (2015)

40
Economia da Engenharia
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
(IDH - Índice de Desenvolvimento Humano)

Fonte: FMI, IBGE e


Projeção Consultorias
integradas

41
Economia da Engenharia
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
(IDH - Índice de Desenvolvimento Humano)

2011

42
Economia da Engenharia
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
(IDH - Índice de Desenvolvimento Humano)

Componentes
•Educação;
•Longevidade
•Renda

43
Economia da Engenharia
Contabilidade Social: Principais Agregados Macroeconômicos
(IDH - Índice de Desenvolvimento Humano)

44
Economia da Engenharia

O Lado Monetário
•Moeda: Conceito e Funções
•Meios de Pagamento: Conceito e Composição
•Oferta de Moeda (Pelo BACEN e Bancos Comerciais)
•Demanda por Moeda

45
Economia da Engenharia
O Lado Monetário: Moeda – Conceito e Funções
Definição de moeda: objeto de aceitação geral, utilizado na troca
de bense serviços. Aceitação garantida por lei.

Promove e facilita o intercâmbio de


Instrumento ou
bens e serviços. Evita a chamada
Meio de Troca
economia de trocas ou escambo.

Medida de Unidade de Conta. Permite apurar o


Valor valor Monetário.

Reserva de
Valor Liquidez absoluta. Efeitos da Inflação.
46
Economia da Engenharia
O Lado Monetário:
Moeda – Conceito e Funções
Reserva de Valor: o que determina a riqueza de um país
é sua produção global e não o montante de moeda
existente (Falácia da composição).

Não precisa ter valor intrínseco ou ser lastreada em metal


precioso, bastando ter a confiança (moeda fiduciária) e a
aceitação geral pelos agentes econômicos.

47
Economia da Engenharia
O Lado Monetário:
Meios de Pagamento (Conceito e Composição)
Meios de Pagamento (Oferta de Moeda): representam todos os
haveres com liquidez imediata em poder do público, exceto o setor
bancário. São uma medida do nível de liquidez do sistema
econômico.

M = PMPP + DV
Liquidez,
em contabilidade,
Onde: corresponde à
M = meios de pagamento velocidade e
PMPP = papel moeda em poder do público facilidade com a qual
(ativo de maior liquidez) um ativo pode ser
DV = depósito a vista (moeda escritural ou
convertido em caixa.
moeda bancária), é o valor que o correntista
tem, não é o cheque. 48
Economia da Engenharia
O Lado Monetário:
Meios de Pagamento (Conceito e Composição)
Moeda em poder do Público
M1 = (+) Depósitos a Vista nos Bancos Comerciais

Conceito M1

=
(+) Depósitos Especiais Remunerados
M2 (+) Depósitos de Poupança
(+) Títulos emitidos por Instituições Depositárias

Conceito M2
M3 = (+) Fundos de Renda Fixa
(+) Posição líquida de títulos SELIC(Sistema Especial de
Liquidação e Custódia)

M4 = Conceito M3
(+) Títulos Públicos de alta liquidez
49
Economia da Engenharia
O Lado Monetário:
Meios de Pagamento (Conceito e Composição)
Os ativos adicionados ao conceito M1
São chamados quase-moeda ou não monetários.

Volume M4 baixo denota restrições às funções


De intermediação financeira do sistema bancário.
Este conceito é expresso normalmente
Como um percentual do PIB.

o aumento da relação M4/M1, que se observa


nos processos inflacionários, chama-se
desmonetização. a redução de M4/M1, chama-se
50
monetização.
Economia da Engenharia
O Lado Monetário: Meios de Pagamento
(“Criação” e “Destruição” de Moeda)
Quando se altera o saldo de M1 (PMPP + DV)
Corresponde a uma queda ou aumento da oferta de moeda disponível.
Ex.: Criação (C), Destruição (D) e (N) p/ qdo não houve (C nem D).

Exportadores trocam dólares por reais no BC ............................ C


BC vende dólares aos importadores, recebendo reais em troca.. D
Empréstimo dos bancos comerciais ao setor privado................. C
Resgate de um empréstimo bancário pelo BC............................. D
Saque por meio de cheque.......................................................... N
Depósito a longo prazo............................................................... D
Empresa paga funcionários sacando contra seus depósitos a vista N
51
Economia da Engenharia
O Lado Monetário: Meios de Pagamento
(“Criação” e “Destruição” de Moeda)

Setor Bancário: pode criar ou destruir moeda. É permitido aos


bancos comerciais manterem depósitos do público e emprestar
uma quantia superior a suas reservas monetárias (podem
emprestar parte de suas obrigações, que são os depósitos a vista).

Setor não Bancário: as unidades familiares, as empresas, o


Governo e o sistema financeiro não-monetário (BNDES, Banco de
Investimento). Não recebem depósitos à vista, apenas transferem
dinheiro dos emprestadores para os tomadores.
52
Economia da Engenharia
O Lado Monetário: Meios de Pagamento
(“Criação” e “Destruição” de Moeda)
BASE MONETÁRIA (B): total de moeda “física” injetada pelo Banco
Central na economia. Também chamada de Passivo Monetário do Banco Central
ou ainda High Powered Money (moeda de alta potência). Emissão Primária de
Moeda, corresponde ao Passivo Não-Remunerado da Autoridade Monetária.

B = PMPP + Reservas dos Bancos Comerciais


As Reservas Bancárias Totais (R) são compostas por Encaixe em moeda corrente
(R1), Reservas Voluntárias (R2) e Reservas Compulsórias (R3), dos bancos
comerciais junto ao Banco Central. Assim:

R = R1 + R2 + R3 PME = PMPP + R1 B = PMPP + R1+R2+R3


onde: PME = papel moeda emitido 53
Economia da Engenharia
O Lado Monetário: Meios de Pagamento
(“Criação” e “Destruição” de Moeda)
Fatores que afetam a Base Monetária: o aumento ou diminuição da
base monetária se dá por variações do Ativo do Banco Central não
compensadas por variações do Passivo Não Monetário. Exemplos:
• Operações com Câmbio: quando o BC compra (vende) USD do mercado para as
reservas internacionais há uma expansão (contração) da base monetária;
• Operações com Títulos Públicos: quando o BC compra (vende) títulos públicos
ao mercado há expansão (contração) da base monetária;
• Operações do Tesouro Nacional: pagamentos ao (recebimentos do) Tesouro
Nacional contraem (expandem) a base monetária;
• Operações com o Sistema Financeiro: a concessão de redesconto bancário
expande B e o recolhimento de compulsório sobre Depósitos a Prazo contrai B.
54
Economia da Engenharia
O Lado Monetário: BANCO CENTRAL
Banco Central do Brasil: BACEN / BC
• Órgão executivo central do SFN
• Banco dos Bancos: Depósitos compulsórios, redescontos de liquidez;
• Gestor do SFN: Normas / Autorizações / Fiscalização / Intervenção;
• Executor de Política Monetária: Controle dos MP, Orçamento
Monetário / Instrumentos de Política Monetária;
• Banco Emissor: Emissão de meio circulante (papel moeda e moeda
metálica, nas condições e limites autorizados pelo CMN);
• Financiamento do Tesouro Nacional (via emissão de títulos);
• Administração da dívida pública interna e externa do país;
• Representante junto as IFs internacionais;

É por meio do BC que o Estado intervém diretamente no


SFN e indiretamente na economia. 55
Economia da Engenharia
O Lado Monetário: Oferta de Moeda (Objetivos
e Instrumentos de Política Monetária)
Objetivos: a função da política monetária é regular o ritmo de
crescimento da demanda agregada da economia no curto prazo, de
tal maneira a impedir um crescimento mais rápido que o da oferta
agregada, evitando assim preções no nível geral de preços
(pressões inflacionárias). Para tanto o Banco Central se utiliza de
alguns instrumentos:
1. Compulsório: é a parcela dos depósitos a vista que um banco
deve manter obrigatoriamente depositada no Bacen, sem
remuneração.
• Aumento do compulsório diminui a disponibilidade de
recursos para empréstimos e, assim, diminui a oferta de
moeda. 56
Economia da Engenharia
O Lado Monetário: Oferta de Moeda (Objetivos e
Instrumentos de Política Monetária)

2. Redesconto ou Empréstimo de Liquidez: é uma linha de


empréstimos do BC aos bancos comerciais em situações de
falta temporária de liquidez (geralmente esta linha é
punitiva).

Aumento da taxa de redesconto leva os bancos


diminuirem a oferta de moeda

57
Economia da Engenharia
O Lado Monetário: Oferta de Moeda (Objetivos e
Instrumentos de Política Monetária)
3. Operações de Open Market ou Mercado Aberto: são
compras ou vendas de títulos públicos realizadas pelo BACEN
junto ao sistema bancário. É o instrumento de maior
eficência no mercado financeiro para ajustar a liquidez do
mercado monetário .
• Quando o BACEN compra títulos públicos do mercado ele
injeta reais, elevando a liquidez da economia devido ao
aumento da oferta de moeda.
• Quando o BACEN vende títulos públicos do mercado ele
retira reais, diminuindo a liquidez da economia devido à
redução da oferta de moeda
58
Economia da Engenharia
O Lado Monetário: Oferta de Moeda (Objetivos e
Instrumentos de Política Monetária)

4. Controle do Crédito: a Autoridade Monetária pode afetar a


disposição dos bancos em conceder crédito ou tomar
posições no mercado de títulos, de câmbio ou futuros de
acordo com:
• Regulação do crédito;
• Persuasão moral;
• Supervisão e Fiscalização bancária

59
Economia da Engenharia
O Lado Monetário:
Política Monetária (Taxa de Juros)
Definição: a taxa de juros representa o valor do dinheiro no tempo. É
uma taxa de rentabilidade para os aplicadores, e o custo do
empréstimo, para os tomadores. O BC, devido ao seu monopólio de
emissão de moeda, influencia de maneira decisiva a taxa de juros.
Uma taxa de juros alta, gera como conseqüências:
i. Sobe o custo para os tomadores de fundos;
ii. Aumenta o custo de oportunidade em estocar mercadorias dada a
atratividade de aplicar no mercado financeiro;
iii. Incentiva o ingresso de recursos de outros países;
iv. Freia a atividade econômica, ao desestimular o consumo e o investimento,
estimulando a especulação no mercado financeiro;
60
v. Aumenta o custo da dívida pública interna.
Economia da Engenharia
O Lado Monetário:
Política Monetária (Equilíbrio Monetário)
Conclusões:
• A Demanda de moeda de uma economia se eleva a medida que se produz
mais renda, ou seja, quando a atividade produtiva agrega mais riqueza.
• A Procura decresce quando os juros sobem, gerando maiores expectativas
de lucros aos investidores.
• A Procura diminui quando recrudesce o processo inflacionário, que destrói o
poder de compra da moeda.
• A oferta monetária é fixa em Ms, dada a base monetária (B) fixada pelo BC e
os parâmetros comportamentais e regulatórios (D, R1, R2, R3).
• No lado da demanda monetária, a interação entre oferta e demanda no
mercado monetário determinará a taxa de juros de equilíbrio (i0).
61
Economia da Engenharia

Inflação
• Conceito
• Distorções Provocadas
• Causas
• O Imposto Inflacionário
• A curva de Phillips
62
Economia da Engenharia
Inflação: Conceito
Definição: inflação é o aumento contínuo e generalizado no nível
geral de preços.

Custos gerados pela inflação:


• a distribuição de renda (concentração de renda);
• o Balanço de Pagamentos (desequilíbrio interno e externo);
• as expectativas (perda das expectativas);
• o mercado de capitais (desestímulo a aplicação);
• ilusão monetária: ocorre principalmente quando a inflação é
alta e estável, levando os agentes econômicos a tomarem
decisões equivocadas.
63
Economia da Engenharia
Inflação: Distorções
Distribuição de Renda
• Os que mais perdem são os trabalhadores de baixa renda (não
mantêm aplicação financeira , pois tudo que ganham, gastam na
subsistência).
• Os empresários, que conseguem repassar os aumentos de
custos provocados pela inflação, garantem os lucros.
• O governo ganha via correção de impostos e tarifas públicas.

Balanço de Pagamentos
• Elevadas taxas de inflação, em níveis superiores ao aumento de
preços internacionais, encarecem o produto nacional
relativamente ao produzido no exterior. Assim, provocam o
estímulo às importações e desestímulo às exportações,
diminuindo o saldo da balança comercial. 64
Economia da Engenharia
Inflação: Distorções
Formação de Expectativas
• O setor privado, em particular o setor empresarial, são bastante
sensíveis com relação aos investimentos, dado a
imprevisibilidade da economia e portanto dos lucros.

Mercado de Capitais
• Em um processo inflacionário, o poder de compra da moeda
deteriora-se e portanto há um estímulo na aplicação de bens de
raiz (Terra, imóveis). E desestímulo na aplicação no mercado de
capitais financeiros (No Brasil, a correção monetária minimizou
esse desestímulo pois, os papéis públicos e caderneta de
poupança, passaram a ser reajustados por um índice próximo
ao crescimento da inflação). 65
Economia da Engenharia
Inflação: Tipos de inflação
I. Inflação de Demanda: excesso de demanda agregada em relação à produção
disponível. Ocorre principalmente quando a economia estiver em pleno
emprego. Abaixo do pleno emprego, um aumento na produção de bens e
serviços, pela maior utilização de recursos antes desempregados, não,
necessariamente, ocorrerá aumento generalizado de preços.
Nível Geral ↑ M s ⇒↑ C ⇒↑ DA ⇒ OAcp ⇒↑ P
de Preços
OA
DA1 A curto prazo, a demanda agregada
DA0 é mais sensível à alterações de
P1 política econômica que a oferta
agregada (longo prazo). Assim, a
P0 política preconizada para combatê-
la seria a que provocasse redução
Y desta procura por bens e serviços.
Y0 Y1
66
Economia da Engenharia
Inflação: Tipos de inflação
II. Inflação de Custos: inflação de OFERTA. O nível de demanda permanece o
mesmo, mas os custos de certos insumos aumentam e são repassados aos
preços dos produtos. Está associada, também, ao monopólio e oligopólio (de
certas empresas) que conseguem elevar seus lucros acima da elevação dos
custos de produção.
↑ Pinsumos ⇒↑ Custos de produção ⇒↑ Pfinal
Nível Geral
OA1 Também pode ser causada por
de Preços
OA0 aumentos autônomos nos preços de
DA matérias-primas básicas, os chamados
P1
choques de matérias-primas (crise do
P0 petróleo, choques agrícolas). Política
adotada: Controle direto de preços (via
política salarial rígida, fiscalização
sobre os lucros dos oligopólios,
Y1 Y0
Y
controle de preços dos produtos).
67
Economia da Engenharia
Inflação: Tipos de inflação
III. Inflação Inercial: provoca a perpetuação das taxas de inflação anteriores,
que são sempre repassados aos preços correntes.
IV. Inflação de Expectativas: estaria associada aos aumentos de preços
provocados pelas expectativas dos agentes de que a inflação futura tende a
crescer, e eles procuram resguardar suas margens de lucro.
V. Hiperinflação: os fatores que levam a uma hiperinflação são:
• Crise orçamentária;
• Governo não consegue se financiar via emissão de títulos;
• Neste caso o governo começa a se financiar via emissão de moedas.
Como acabar com uma hiperinflação?
• Fazer ajuste fiscal;
• Regras que acabem com a monetização do déficit;
• Reforma monetária;
• Âncora cambial
• Independência do BC (fim da monetização do déficit). 68
Economia da Engenharia
Inflação: Política Monetária e Inflação
Sistema de Metas de Inflação (“Inflation Target”)
• “Bandas” fixadas para a inflação futura, controladas pela
política monetária, principalmente a partir da taxa de juros
(SELIC);

• IT atinge diretamente o objetivo de longo prazo da política


monetária: transparência e também, consistente com visão
moderna das limitações da política monetária (demanda por
moeda é instável, assim como a relação entre moeda e
inflação);

• Elege objetivo de estabilidade de preços como prioritário e


impõe a avaliação de impactos a longo prazo de ações a curto
prazo.
69
Economia da Engenharia
Inflação e taxa de desemprego

70
Economia da Engenharia
Inflação no Brasil e as Correntes Econômicas
Corrente Causas Principais Políticas Antiinflacionárias

Ajuste fiscal (para reduzir déficit e


dívida pública, via reformas fiscal,
Desequilíbrio do setor público (o previdenciária, privatização);
déficit e a dívida pública provocam
Liberais
descontrole monetário, causando Controle monetário (juros e moeda);
inflação de demanda)
Liberalização do comércio exterior
(abertura comercial e valorização
cambial)

Desindexação (para apagar a


"memória ou inércia inflacionária",
Indexação generalizada (formal e via congelamento de preços,
Inercialistas
informal) salários e tarifas: Planos Cruzado,
Bresser - ou troca de moeda: Plano
Real)

Controle de preços de oligopólios


Conflitos distributivos (pressões de
margens de lucro, pressões
Estruturalistas salariais, pressões de tarifas e Controle cambial
preços públicos provocam inflação
de custos)
Reformas estruturais 71
Economia da Engenharia

Política Fiscal e o setor Público


• O Crescimento da Participação do Setor
Público na Atividade Econômica
• As Funções Econômicas do Setor Público
• Estrutura Tributária
• Conceito de Déficit Público
72
Economia da Engenharia
Política Fiscal e Déficit Público: O Crescimento da
Participação do Setor Público na Atividade Econômica
Crescimento da renda per capita - gera um aumento da
demanda de bens e serviços públicos (lazer, educação superior,
medicina, etc.);

Mudanças Tecnológicas: maior demanda por infra-estrutura;

Mudanças Populacionais: Com seu aumento, faz com que o


Estado aumente sua despesa com educação, saúde, etc;

Efeitos de Guerra: a participação do Estado aumenta;

Mudanças da Previdência Social 73


Economia da Engenharia
Política Fiscal e Déficit Público: O Crescimento da
Participação do Setor Público na Atividade Econômica
A evolução das economias mundiais no século XX levou ao
desenvolvimento dos mercados financeiros, do comércio
internacional, tornando mais complexas as relações econômicas
adicionando incertezas e especulação.
Portanto, a economia (sistema de mercado) não tinha mais
condições de regular-se automaticamente, ou seja, sem a atuação
econômica do Setor Público. Ex.: O crack da Bolsa de Nova York,
em 1929.
Função Alocativa
Função Distributiva
Função Estabilizadora 74
Economia da Engenharia
Política Fiscal e Déficit Público: As Funções
Econômicas do Setor Público
Função Alocativa do governo está associada ao fornecimento
de bens e serviços não oferecidos adequadamente pelo
sistema de mercado (chamados bens públicos).

Bens Públicos: são bens de uso coletivo

Característica: impossibilidade de excluir determinados


indivíduos de seu consumo, uma vez delimitado o volume à
disposição do público. Ex.: meteorologia, defesa nacional e
serviços de despoluição.
75
Economia da Engenharia
Política Fiscal e Déficit Público:
As Funções Econômicas do Setor Público
Função Distributiva: depende da distribuição de renda que
dependerá da produtividade de cada indivíduo no mercado de
fatores de produção e também da influência das diferentes
dotações iniciais de patrimônio. A atuação do Governo como
agente redistribuidor se dá através:
• Tributação Progressiva
• Subsídios para consumidores de baixa renda
• Gastos públicos para áreas mais pobres
76
Economia da Engenharia
Política Fiscal e Déficit Público:
As Funções Econômicas do Setor Público
Função Estabilizadora: relacionada com a intervenção do
Estado na economia, para alterar o comportamento dos níveis
de preços e emprego, já que o pleno emprego e a estabilidade
de preços não ocorrem de maneira automática na economia.

77
Economia da Engenharia
Política Fiscal e Déficit Público:
Estrutura Tributária – Princípios de Tributação
Princípio da Neutralidade: quando os tributos não alterarem os
preços relativos, minimizando sua interferência nas decisões
econômicas dos agentes de mercado.

Princípio da Eqüidade: distribuição de maneira justa do ônus entre


os indivíduos. Pode ser dividida em dois tipos:

• Princípio do Benefício: o indivíduo pagaria o tributo para igualar


o preço do serviço recebido ao benefício marginal que ele recebe.
Problemas: Identificação do benefício que cada um atribui a
diferentes quantidades do bem ou serviço público.
Aplicação do Princípio: Taxas (transportes, energia) 78
Economia da Engenharia
Política Fiscal e Déficit Público:
Estrutura Tributária – Princípios de Tributação
Princípio da Eqüidade (continuação…)
• Princípio da Capacidade de Pagamento: os agentes devem
contribuir de acordo com a sua capacidade de pagamento.
Exemplo: Imposto de Renda.

• Medidas utilizadas: Renda, consumo e patrimônio.


 Renda: normalmente são impostos progressivos;
 Consumo: abrangência global, logo, são normalmente
regressivos;
 Patrimônio: tem o problema de serem formados por fluxos de
renda passados que já foram anteriormente tributados. 79
Economia da Engenharia
Política Fiscal e Déficit Público:
Efeitos da Política Tributária sobre a Atividade Econômica
Um dos objetivos do sistema tributário é não ter impactos
negativos sobre a eficiência econômica. Sendo adequados, os
impostos podem ser utilizados na correção de ineficiências do
setor privado. Os impostos podem ser divididos em:

Diretos: incidem diretamente sobre a renda das pessoas;

Indiretos: incidem sobre o preços das mercadorias. Específicos:


valor fixo, independente do valor do bem; Ad Valorem: alíquota
fixa sobre o valor do bem.

80
Economia da Engenharia
Política Fiscal e Déficit Público:
Efeitos da Política Tributária sobre a Atividade Econômica

Estrutura Tributária:
• Progressiva: alíquota aumenta com o aumento da renda. Ex: I.R -
Progressivo, logo, mais justo do ponto de vista fiscal);
• Regressiva: quanto maior a renda, menor a tributação, em
proporção à renda. Ex.: Impostos indiretos (vendas);
• Proporcional (Neutra): todos pagam a mesma alíquota.

81
Economia da Engenharia
Política Fiscal e Déficit Público:
Efeitos da Política Tributária sobre a Atividade Econômica
Curva de Lafer: relação entre o total de arrecadação tributária e a
taxa (alíquota) de impostos.

Alíquota de
Impostos
Relação Inversa
Ex. Sonegação
Relação
Direta

Almax

Valor Arrecadação
Tributária 82
Economia da Engenharia
Política Fiscal e Déficit Público:
Conceitos de Déficit Público e Formas de Financiamento

Correção
monetária
Déficit
Juros nominais (serviço da dívida)
Nominal
(ou déficit
total)
Juros reais
Déficit operacional (não é mais
calculado oficialmente no Brasil)
Déficit
primário
83
Fonte: Prof. Paulo Nogueira Batista Jr (REP-1989)
Economia da Engenharia
Política Fiscal e Déficit Público:
Conceitos de Déficit Público e Formas de Financiamento
Déficit Primário = Gastos Públicos Correntes (G) – Receita Fiscal
Corrente (T)
É medido excluindo, do Déficit Total, a correção monetária e os
juros reais da dívida contraída anteriormente (É considerado o
melhor método de avaliação da política fiscal, uma vez que
elimina do déficit presente os efeitos dos déficits anteriores.

Déficit Operacional = (G – T) + juros reais da dívida


É medido pelo déficit primário acrescido dos juros reais da dívida
passada. Ou seja, é o déficit total ou nominal, excluindo a
correção monetária e a cambial (É considerada a medida mais
adequada para refletir as necessidades reais de financiamento
do setor público). 84
Economia da Engenharia
Política Fiscal e Déficit Público:
Conceitos de Déficit Público e Formas de Financiamento

Déficit Nominal = (G – T) + juros reais + correção monetária e


cambial da dívida = juros nominais da dívida pública
Essa medida indica o fluxo líquido de novos financiamentos,
obtidos ao longo de um ano pelo setor público não financeiro em
suas várias esferas: União, governos estaduais e municipais,
empresas estatais e Previdência Social.

85
Economia da Engenharia
Política Fiscal e Déficit Público:
Evolução da composição das dívida

Dívida pública é quanto o


governo deve para entidades e
para a sociedade.
O governo toma dinheiro
emprestado para financiar
parte dos seus gastos que não
são cobertos com a
arrecadação de impostos, ou
para a gestão financeira – para
alcançar controlar o nível de
atividade, o crédito ou o
consumo ou para captar
Fonte: https://mansueto.wordpress.com/page/11/ dólares no exterior.
86
Economia da Engenharia
Política Fiscal e Déficit Público:
Evolução da composição das dívida
Exemplo: Ministério da educação

87
Fonte: https://mansueto.wordpress.com/page/11/
Economia da Engenharia
Política Fiscal e Déficit Público:
Evolução da composição das dívidas

88
Economia da Engenharia
Política Fiscal e Déficit Público:
Evolução da composição das dívida

89
Economia da Engenharia
Política Fiscal e Déficit Público:
Evolução da composição das dívida

90
Economia da Engenharia
Política Fiscal e Déficit Público:
Financiamento do Déficit
G – T < 0 ⇒ Déficit Primário ⇒ Financiado por:

1. Emissão de Moeda ⇒ Inflação de Demanda


O Tesouro Nacional (União) pede emprestado ao BC. Forma
Inflacionária (Imposto Inflacionário), mas não aumenta o
endividamento público no setor privado. Também chamado de
Monetização da dívida, ou seja, o BC cria moeda (base
monetária) para financiar o Tesouro.

91
Economia da Engenharia
Política Fiscal e Déficit Público:
Financiamento do Déficit
G – T < 0 ⇒ Déficit Primário ⇒ Financiado por:
2. Aumento dos Impostos (T) e/ou Queda de (G) ⇒
Informalismo / Queda no nível de produto
3. Emissão de Títulos Públicos ⇒ Aumento da Dívida Pública
Venda de Títulos da dívida pública ao setor privado (interno e
externo). O governo troca títulos (ativo financeiro não
monetário) por moeda, o que não gera inflação. No entanto,
provoca elevação da dívida pública. E ainda, sim, precisa
oferecer juros mais atraentes, elevando ainda mais o
endividamento 92
Economia da Engenharia
Política Fiscal e Déficit Público:
Déficit Público e Inflação
Por que países que têm um déficit público, em relação ao PIB, mais elevado que
o Brasil, como os Estados Unidos, Itália, Espanha, Coréia, têm taxas de inflação
quase nulas ?
A resposta não está no montante ou valor do déficit, mas em seu horizonte de
financiamento.
Países de moeda forte, as dívidas são distribuídas de forma uniforme ao longo de
20 ou 30 anos (investidores internacionais compram títulos de longo prazo, o que
não ocorre no Brasil), pois, preferem investir em países que ofereçam menores
riscos para suas aplicações.
Assim, para os países em desenvolvimento, além de prazos relativamente curtos,
são obrigados a oferecer as maiores taxas de juros do mundo, para atrair capitais
e externos.
93
Economia da Engenharia

Fundamentos
da economia

Obrigado!

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