Trabalho Fundamentos de Economia
Trabalho Fundamentos de Economia
Trabalho Fundamentos de Economia
1. Caracterize o mercado concorrncial. Que regra o empresrio segue para maximinizar seus lucros? Um mercado concorrencial aquele em que h um grande nmero de firmas, cada uma delas sendo suficientemente pequena de modo que no afeta os nveis de oferta do mercado e, conseqentemente, no afeta o preo de equilbrio. Em um mercado de competio perfeita, temos as seguintes caractersticas: - Produtos so homogneos, de modo que o consumidor no consegue diferenciar o produto das firmas; - Livre entrada de firmas, - Informao Perfeita: No h informao privada, todas as informaes relevantes sobre lucros, preos, etc. so conhecidas pelos participantes do mercado. - Neste mercado, a regra do empresrio para maximizar o lucro tomar o preo como um dado e produzir at igualar o preo a seu custo marginal. 2. Diferencie lucro normal de lucro extraordinrio. O lucro normal representa o custo de oportunidade da capital empregado na emprega, ou seja, quanto seria ganho em outra atividade ou aplicao alternativa. Lucro econmico ou extraordinrio (ou ainda lucro extra) o que empresa aufere, acima do lucro normal. Isto , a diferena entre a receita total e o custo total, incluindo-se o lucro normal como um custo implcito (no desembolsado efetivamente pela empresa).
3. Confronte o monoplio com o oligoplio, mostre caractersticas de cada estrutura de mercado e o modo como o preo fixado em cada uma delas. R: No monoplio temos somente um produtor, que domina toda a oferta do produto e, portanto, depara-se com toda a demanda de mercado. Na maximizao de lucros, a regra do monopolista simplesmente igualar RMg = CMg, lembrando que, ao deparar-se com a demanda do mercado, que negativamente inclinada, esta regra ser diferente de P=CMg do caso de concorrncia. No caso de oligoplio, temos um nmero pequeno de firmas, de modo que cada uma delas tem algum poder de monoplio, mas h alguma concorrncia entre as firmas. A regra de como o preo fixado depende da corrente de pensamento. Segundo a Teoria Marginalista, novamente a firma visa a maximizao de lucros, sendo que agora a demanda que a firma se depara depende do seu impacto no mercado e da concorrncia com as demais firmas.
4. Quais as estruturas do mercado de fatores? Como elas se aracterizam? As estruturas do mercado de fatores so: - Concorrncia perfeita: Um grande nmero de firmas atomsticas oferta os fatores ao preo de mercado. - Monopsnio: Uma nica firma a compradora do insumo produzido por diversas firmas. - Oligopsnio: Poucas firmas so compradoras do insumo produzido por diversas firmas. 5. O que vem a ser o monoplio bilateral? Um Monoplio bilateral ocorre quando um monopsonista, na compra do fator de produo, defronta-se com um monopolista na venda desse fator. 6. Conceitue e aponte as principais diferenas entre os enfoques da Macroeconomia e da Microeconomia. R: Macroeconomia estuda a economia como um todo, analisando a determinao e o comportamento de grandes agregados (renda, produto nacional, nvel geral de preos, emprego e desemprego, estoque de moeda e taxa de juros, balana de pagamentos, taxa de cmbio). No estudo destes agregados, a Macroeconomia tradicional, baseada na tradio keynesiana (tambm conhecida como Macroeconomia ad hoc), negligencia o comportamento das unidades econmicas individuais e de mercados especficos, que so as preocupaes da Microeconomia. No entanto, esta apenas uma mudana de enfoque, no havendo contradio entre as duas abordagens. 7. Sintetize os objetivos de poltica econmica. R: Os objetivos da poltica econmica so: a) alto nvel de emprego; b) Estabilidade de Preos: Combate inflao, que o aumento contnuo e generalizado de preos, e as distores que esta acarreta, como veremos no captulo 13, so um objetivo da poltica econmica; c) Distribuio Eqitativa de Renda; Crescimento Econmico: Aumentar a capacidade produtiva da sociedade, aumentando o produto potencial deve ser um objetivo de longo prazo da poltica econmica
8. Polticas de estabilizao da inflao no so compatveis com melhoria no grau de distribuio de renda. Voc concorda? Justifique sua resposta. R: A afirmao no correta, pois polticas de estabilizao da inflao, ao reduzir as perdas dos trabalhadores (principalmente os de baixa renda), para os quais a inflao um imposto, melhora a renda real dessa classe de renda. O ocorrido no perodo imediato ao Plano Real, de junho de 1994, ilustra esse ponto. 9. Comente a questo da compatibilidade (ou no) entre as metas de melhoria no grau de distribuio de renda e a busca do crescimento econmico, luz da experincia brasileira no perodo do milagre econmico. R: A idia da no compatibilidade entre crescimento econmico e distribuio de renda est calcada na idia de que a elevao da taxa de poupana, necessria para o aumento do investimento e, conseqentemente, para o crescimento econmico, no seria possvel com a distribuio de renda, dado que a taxa de poupana da populao mais pobre seria menor. Este pressuposto no necessariamente verdade (h formas de incentivar a elevao da taxa de poupana da populao de menor renda, por exemplo por meio de um melhor desenvolvimento do sistema financeiro, de forma que acreditar que a concentrao de renda a nica forma de elevar a taxa de poupana falsa). Com relao ao milagre econmico, a idia de que a concentrao de renda deu-se apenas devido elevao da demanda por mo de obra qualificada, sendo um subproduto do prprio desenvolvimento no parece ser verdadeira, pois se este fosse o caso, uma poltica intensa de treinamento (bem maior que o MOBRAL existente na poca) levaria a uma redistribuio de renda que compensaria os efeitos deletrios do desenvolvimento, fato que pelo visto no se concretizou. 10. Resuma os instrumentos de poltica econmica. R: Os instrumentos de poltica econmica so: - Poltica Fiscal: Gastos Pblicos e Impostos. So instrumentos que afetam o lado real da economia; - Poltica Monetria: Instrumentos ligados a quantidade de moeda e ttulos pblicos. Os principais instrumentos da poltica monetria so: emisses, reservas compulsrias, open market, redesconto, regulao sobre crdito e taxas de juros;
- Poltica Cambial e comercial: Polticas que atuam sobre as variveis relacionadas ao setor externo da economia. Os instrumentos abarcam as interferncias governamentais na taxa de cmbio, pela determinao do regime cambial (fixo, flutuante ou flutuao suja) e a poltica comercial, por meio de barreiras, incentivos e subsdios. - Poltica de rendas: Refere-se interveno direta do governo na formao de renda (salrios, aluguis), atravs de controle e congelamento de preos. 11. Qual a condio de equilbrio e quais so as variveis acroeconmicas determinadas: d) no mercado de bens e servios; R: A condio de equilbrio se d quando Oferta Agregada de bens e servios = Demanda Agregada de bens e servios, e as variveis determinadas nesse mercado so: nvel de renda e produto nacional; nvel de preos; consumo agregado; poupana agregada; investimentos agregados; exportaes globais; importaes globais.
e) no mercado monetrio; R: A condio de equilbrio se d quando Oferta de Moeda = Demanda de Moeda e as variveis determinadas nesse mercado so: taxa de juros; estoque de moeda.
f) no mercado de ttulos; R: A condio de equilbrio se d quando Oferta de Ttulos = Demanda de Ttulos e a varivel determinada nesse mercado o preo dos ttulos.
g) no mercado de trabalho; R: A condio de equilbrio se d quando Oferta de Mo de Obra = Demanda de Mo de Obra e as variveis determinadas nesse mercado so: Nvel de emprego; Taxa de salrios monetrios.
12. Conceitue inflao, inflao de demanda e infao de custos, relacionando os respectivos fatores que as provocam. A inflao o aumento persistente e generalizado no valor dos preos. Quando a inflao chega a zero dizemos que houve uma estabilidade nos preos. A inflao pode ser dividida em: Inflao de Demanda quando h excesso de demanda agregada em relao produo disponvel. As chances de a inflao da demanda acontecer aumentam quando a economia produz prximo do emprego de recursos. Para a inflao de demanda ser combatida, necessrio que a poltica econmica se baseie em instrumentos que provoquem a reduo da procura agregada. Inflao de Custos associada inflao de oferta. O nvel da demanda permanece e os custos aumentam. Com o aumento dos custos ocorre uma retrao da produo fazendo com que os preos de mercado tambm sofram aumento. As causas mais comuns da inflao de custos so: os aumentos salariais fazem com que o custo unitrio de um bem ou servio aumente; o aumento do custo de matria-prima que provoca um super aumento nos custos da produo, fazendo com que o custo final do bem ou servio aumente; e, por fim, a estrutura de mercado que algumas empresas aumentam seus lucros acima da elevao dos custos de produo.
A distoro mais sria provocada por altas taxas de inflao a piora da distribuio de renda, devido reduo do poder aquisitivo da classe trabalhadora, que dependem de rendimentos fixos, com prazos legais e reajustes (dissdios coletivos). Tambm deve ser destacado o efeito que altas taxas de inflao provocam sobre investimentos e, consequentemente, no crescimento econmico. Pode ocorrer ainda que, na tentativa de recuperar o saldo comercial, as autoridades lancem mo de desvalorizaes cambiais, as quais, tornando a moeda nacional mais barata relativamente moeda estrangeira, podem estimular a colocao de nossos produtos no exterior, ao mesmo tempo em que se desestimulam as importaes. Entretanto, as importaes essenciais, das quais o pas no pode prescindir (como petrleo, fertilizantes,
equipamentos sem similar nacional), tornar-se-o inevitavelmente mais caras, pressionando para cima os custos de produo. Fecha-se um verdadeiro ciclo vicioso, com nova elevao de preos provocada pelo repasse do aumento dos custos aos preos dos produtos finais.
14.Aponte as causas da inflao brasileira, de acordo com as seguintes correntes: a) Neoliberal: Durante todo o perodo de 1964-1973, o diagnostico para as causas da inflao brasileira utilizava a linha de pensamento econmico ortodoxa/neoliberal, que atribua ao excesso de demanda, associado ao desequilbrio das contas pblicas, a responsabilidade pelo processo inflacionrio. O principal mecanismo de poltica econmica de combate inflao para essa corrente estava na reduo da demanda agregada, com a reduo dos gastos do governo (e a conseqente reduo do tamanho de Estado), com uma poltica salarial restritiva e controle da oferta monetria. b) Inercialista: Os pressupostos tericos dessa teoria eram os de que a economia brasileira se encontrava altamente indexada, ou seja, todos os negcios, contratos etc. eram os firmados com base num ndice que procurava garantir a correo monetria dos valores envolvidos. Dessa forma, todos os aumentos de preos da economia, gerando um processo automtico de realidade da inflao. c) Estruturalista: Havia tambm a chamada corrente estruturalista ou cepalina, que supunha que a inflao em pases em via de desenvolvimento era essencialmente causada por presses de custos. Os estruturalistas supem que as causas da inflao de localizam no comportamento do setor privado (oligoplios, latifndios) e no do setor pblico. A formao ideolgica desses economistas, com grande influncia socialista e marxista, tornou-se ferrenhos defensores de uma economia mais centralizada, baseada em planejamento e grande participao do Estado. 15. Explique qual o efeito provvel de uma poltica de estabilizao de preos sobre o grau de distribuio pessoal de renda. a renda aumenta a inflaao diminue a renda da pessoa pq com o mesmo dinheiro ela compra menos com os preos sempre iguais a pessoa pode fazer planos a longo prazo
16. Supondo uma economia com dficit pblico relativamente elevado, o que deve ocorrer com as taxas de inflao se o governo emitir moeda para cobri-lo? Pela corrente estruturalista, atravs de reformas estruturais (por exemplo, a reforma agrria) e pelo controle de preos dos setores oligopolizados. Pela corrente ortodoxa, pela reduo da demanda agregada, com a reduo dos gastos do governo (e a conseqente reduo do tamanho do Estado), com uma poltica salarial restritiva e controle da oferta monetria. O plano cruzado procurou romper com o mecanismo de propagao da inflao, congelando os preos, os salrios e o cambio, numa tentativa de eliminar a memria inflacionria. Outra forma de combate a inflao uma rgida poltica monetria, fiscal e salarial.
17. Suponha a mesma economia de dficit pblico relativamente elevado da questo anterior. Se o governo emitir ttulos para cobri-lo, mostre de que forma pode ser possvel manter taxas de inflao relativamente baixas.
18. Descreva as funes alocativa, distributiva e estabilizadora do setor pblico. atuao econmica do setor publico prende-se a constatao de que o sistema de preos no consegue cumprir adequadamente algumas tarefas ou funes) FUNO ALOCATIVA Quando o sistema de mercado no oferece adequadamente bens e servios, e se torna necessria a presena do Estado. Esses bens, denominados bens pblicos, tem por principal caracterstica a impossibilidade de excluir determinados indivduos de seu consumo, uma vez delimitado o volume de produo. FUNO DISTRIBUTIVA o sistema de preos via de regra no leva uma justa distribuio de renda, da a interveno do Estado. A renda de uma famlia consiste na soma das rendas do trabalho e da propriedade, sendo que a parte mais representativa da renda a proveniente do trabalho. A distribuio das rendas do trabalho depende da produtividade da mo-de-obra e da utilizao dos demais fatores do trabalho depende da produo do mercado. O governo funciona como um agente redistribudor de renda, na medida em que, atravs da tributao, retira recursos dos segmentos mais ricos da sociedade (pessoas, setores ou regies) e os transfere para os segmentos menos favorecidos. FUNO ESTABILIZADORA o sistema de preos, no consegue se autoregular, e por isso, o estado atua visando estabilizar tanto a produo quanto o crescimento dos preos. Com a interveno do estado na economia para
alterar o comportamento dos nveis de preos e emprego, pois o pleno emprego e a estabilidade de preos no ocorrem de maneira automtica. Essa interveno feita atravs de instrumentos de poltica fiscal, monetria, cambial, comercial e de renda. 19. Quanto aos bens pblicos: a)Defina bem pblico: BEM PBLICO o fato do agente utilizar o servio que oferecido, no significando reduzir fisicamente a oferta para os demais agentes. b)Defina bem de consumo coletivo, bem publico puro e bens semipblicos ou meritrios. BEM DE CONSUMO COLETIVO o fato de o bem ou servio ser de consumo no excludente s funciona quando a utilizao do bem no esta saturada. Por exemplo nas praias, a utilizao por um individuo no independente do grau de utilizao da mesma praia por outras pessoas. A praia um bem publico. BEM PBLICO PURO temos por exemplo o servio de meteorologia, defesa nacional e servios de despoluio. BENS SEMIPBLICOS OU MERITRIOS so os bens que satisfazem o principio da excluso, mas so produzidos pelo Estado. Como os servios de sade, saneamento e nutrio. 20) Em relao tributao, o que preconiza: a)O principio do beneficio? O PRINCIPIO DO BENEFCIO, um tributo justo aquele em que cada contribuinte paga ao Estado um montante diretamente relacionado com os benefcios que dele recebe. b)O principio da capacidade de pagamento? O PRINCIPIO DA CAPAXIDADE DE PAGAMENTO, os agentes (famlias e firmas) deveriam contribuir com impostos de acordo com sua capacidade de pagamento. O imposto de renda um tpico exemplo. Tem por medidas para auferir a capacidade de pagamento; renda, consumo e patrimnio. Existem algumas controvrsias sobre essas medidas de capacidade de pagamento.
21. Defina os seguintes termos: a)Impostos diretos e impostos indiretos. IMPOSTO DIRETO aquele que incide sobre a renda e a riqueza (patrimnio) a pessoa que recolhe o tributo tambm arca com seu nus. IMPOSTO INDIRETO aquele que incide sobre as transaes de mercadorias e servios. A base tributaria o valor da compra e venda de mercadorias e servios. O que importante nessa categoria o momento em que o imposto cobrado (produtor ou consumidor) e o mtodo de calculo (transao total ou valor adicionado). b)Estrutura tributaria progressiva, regressiva e neutra. ESTRUTURA TRIBUTRIA PROGRESSIVA quando o aumento na contribuio proporcionalmente maior que o aumento ocorrido na renda. A estrutura baseada nesse imposto onera proporcionalmente mais os segmentos sociais de maior poder aquisitivo ESTRUTURA TRIBUTRIA REGRESSIVA E NEUTRA ocorre quando o aumento na contribuio proporcionalmente igual ao ocorrido na renda. No h ainda no Brasil exemplos desse tipo de imposto, onde a relao entre carga tributria e renda permanece constante, com o nvel de renda, onerando igualmente todos os segmentos sociais. c)Dficit primaria, dficit operacional e dficit nominal do setor publico. DFICIT PRIMARIO- medido pelo dficit total, excluindo correo monetria e cambial e os juros reais da divida contrada anteriormente. No fundo a diferena entre os gastos pblicos e a arrecadao tributaria no exerccio, independente dos jutos e correes da divida passada. DFICIT OPERACIONAL medido pelo dficit primrio, acrescido dos juros reais da divida passada. Constitui-se, desse modo, no dficit total ou nominal, excluindo a correo monetria e cambial. considerada a medida mais adequada pra refletir as necessidades reais de financiamento do setor publico. DFICIT NOMINAL ou TOTAL essa medida indica o fluxo liquido de novos financiamento, obtidos ao longo de um ano pelo setor publico no financeiro em suas varias esferas: Unio, governos estaduais e municipais, empresas estatais e Previdncia Social. 22. Sobre o oramento pblico: Pela corrente estruturalista, atravs de reformas estruturais (por exemplo, a reforma agrria) e pelo controle de preos dos setores oligopolizados. Pela corrente ortodoxa, pela reduo da demanda agregada, com a reduo dos gastos do governo (e a conseqente reduo do tamanho do Estado), com
uma poltica salarial restritiva e controle da oferta monetria. O plano cruzado procurou romper com o mecanismo de propagao da inflao, congelando os preos, os salrios e o cambio, numa tentativa de eliminar a memria inflacionria. Outra forma de combate a inflao uma rgida poltica monetria, fiscal e salarial.