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Psicomotri

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Os movimentos da motricidade envolvem uma variedade de ações realizadas pelo


corpo humano, incluindo movimentos voluntários e involuntários. Eles são controlados pelo
sistema nervoso e envolvem a coordenação de músculos, ossos, articulações e outras
estruturas do corpo. Esses movimentos podem ser subdivididos em diferentes categorias,
como movimentos finos (por exemplo, escrever, amarrar os sapatos) e movimentos grossos
(por exemplo, correr, pular). A compreensão dos movimentos da motricidade é importante em
diversas áreas, como na medicina, na fisioterapia, na educação física e na prática de esporte.
Os movimentos da motricidade podem ser classificados em diversos tipos, dependendo de
diferentes critérios. Aqui estão alguns dos principais tipos de movimentos:
Motricidade fina
Citado por José Ferrão pene (2001), a Motricidade Fina “é uma actividade de
movimento espacialmente pequena, que requer um emprego de força mínima, mas grande
precisão ou velocidade ou ambos, sendo executada principalmente pelas mãos e dedos, às
vezes também pelos pés” (Meinel, 1984)
Movimentos finos: Envolve movimentos pequenos e precisos, geralmente envolvendo as
mãos e os dedos. Exemplos incluem escrever, digitar, amarrar os sapatos e recortar papel.
Motricidade global
Citado por José Ferrão pene(2001), Segundo Batistella (2001), a motricidade global
tem como objectivo a realização e a automação dos movimentos globais complexos, que se
desenrolam num certo período de tempo e que exigem a actividade conjunta de vários grupos
musculares. A motricidade global envolve movimentos que envolvem grandes grupos
musculares em acção simultânea, com vistas à execução de movimentos voluntários mais ou
menos complexos. Dessa forma, as capacidades motoras globais são caracterizadas por
envolver a grande musculatura como base principal de movimento. No desempenho de
habilidades motoras globais, a precisão do movimento não é tão importante para a execução
da habilidade, como nos casos das habilidades motoras finas. Embora a precisão não seja um
componente importante nesta tarefa, a coordenação perfeita na realização deste movimento é
imprescindível ao desenvolvimento hábil desta tarefa (Magill, 1984).
A coordenação global e as experimentações feitas pela criança levam a adquirir a dissociação
do movimento, levando-a a ter condições de realizar diversos movimentos simultaneamente,
sendo que cada um destes movimentos pode ser realizado commembros diferentes sem perder
a unidade do gesto (Oliveira, 2001).
A conduta motora, de coordenação motora global é concretizada através da maturação,
motora e neurológica da criança. Para isto ocorrer haverá um refinamento das sensações e
percepções, visual, auditiva, sinestesia, táctil e principalmente próprio-ceptiva, através da
solicitação motora que as actividades infantis requerem (VELASCO, 1996).
Movimentos grossos: São movimentos amplos e coordenados que envolvem grandes grupos
musculares e múltiplas articulações. Exemplos incluem correr, pular, nadar e levantar pesos.

Movimentos de equilíbrio:
Citado por José Ferrão pene(2001), O equilíbrio tónico postural do sujeito, seu gesto, seu
modo de respirar, sua atitude, etc., é o reflexo de seu comportamento, porém ao mesmo
tempo de suas dificuldades e de seus bloqueios. Para voltar a encontrar seu estado de
equilíbrio biopsicossocial, é necessário liberar os pontos de maior tensão muscular (couraças
musculares), isto é, o conjunto de reacções tónicas de defesa integradas a atitude corporal. No
plano da organização neuropsicológica, se pode dizer que o equilíbrio tónico postural
constitui o modelo de auto-regulação do comportamento ( Neto, 1996).
Asher (1975), considera que as variações da postura estão associadas a períodos de
crescimento, aparecendo como uma resposta aos problemas de equilíbrio que costumam
ocorrer segundo as mudanças nas proporções corporais e seus segmentos. Conforme Rosa
Neto (1996), a postura inadequada está associada a uma excessiva tensão que favorece um
maior trabalho neuromuscular, dificultando a transmissão e informações dos impulsos
nervosos.
Movimentos de equilíbrio referem-se à capacidade de manter o equilíbrio do corpo em
diferentes posições e em diferentes superfícies. Isso inclui ficar em pé em uma perna,
equilibrar-se em uma prancha de surf ou andar em uma corda bamba.
Aprendizagem Motora

É o melhoramento gradativo de um indivíduo ao desempenhar um certo comportamento motor


que é analisado através da prática (Oliveira, 2010).

As fases da Aprendizagem Motora são: Cognitivo, Associativo e Autônomo (Jardim,


2012).

1ª – Fase Cognitiva: A criança efetua os movimentos com erros grosseiros, só que ela não
consegue visualizar seu erro e nem corrigi-lo.

2ª – Fase Associativa: A criança efetua o movimento com erros grosseiros, visualiza o seu erro,
mas não consegue corrigi-lo.

3ª – Fase Autônoma: É o terceiro estágio da aprendizagem motora pelo indivíduo, o indivíduo


efetua os movimentos com erros grosseiros, visualiza seu erro, onde errou, e consegue corrigi-lo.

Mecanismos de Percepção

Tem as funções motoras ligadas com as perceptivas. Já nas atividades perceptivas temos:
sensação e a percepção (Andrade, 2004).

Sensação: É todo dado imediato que é fornecido pelos sentidos e armazenado pelo cérebro
(Andrade, 2004).

Percepção: É a capacidade que um indivíduo tem em associar, comparar, interpretar e distinguir


dados imediatos (Andrade, 2004).

Percepção Cinestésica: É o sentido pelo qual se percebe os movimentos musculares, o peso, a


posição do corpo no espaço e de sua relação com o mundo em sua volta. É no estágio autônomo (3ª
fase) que o aprendiz já tem o domínio da percepção cinestésica (Andrade, 2004).

Na Evolução Infantil

A percepção cinestésica pode ser dividida em três: Esquema Corporal, Lateralidade e Organização
Espacial (Jobim, 2008).

Esquema Corporal: Dá – se pela ciência que a criança adquire sobre seu corpo, pois esse será o
ponto central de vivência em sociedade ou tribo. Relacionamento com o mundo. O corpo é a
expressão viva da mente. A criança evolui dia a dia com seus passos, com suas descobertas, até que
tenha seu esquema corporal construído (Jobim, 2008).

Lateralidade: É o segundo ponto importante da percepção cinestésica, pois é quando o indivíduo


começa a diferenciar seus lados (direitos e esquerdos), tendo assim maior noção de onde se
encontra. Após isso surge a organização do espaço, na qual o indivíduo tem noção do espaço em que
encontra e logo o que tem ao seu redor, terminando assim o processo da percepção cinestésica
(Jobim, 2008).

Organização Espacial: Está relacionado ao espaço que os movimentos do corpo, pode percorrer e
ocupar. É o deslocamento do corpo respeitando os espaços naturais (Jobim, 2008).

Desenvolvendo seus elementos psicomotores como: Ritmo, equilíbrio, percepção óculo – pedal e
percepção óculo – manual, percepção visual, atenção, cognição, concentração, lateralidade,
percepção de tempo e percepção de espaço (Jardim, 2012).

Considerações finais

Como se vê, o desenvolvimento motor é um campo que investiga a alteração contínua no


comportamento motor ao longo da vida. Assim, esta pesquisa é de suma importância para ajudar
profissionais da Educação e da Educação Física a contribuírem de forma positiva na formação do
discente durante sua atuação profissional nas escolas, programas sociais e em atendimentos
individualizados.

Bibliografia

 Andrade, A., Di Bernardi Luft, C. e Rolim, M. K. S. B. (2004). O desenvolvimento motor, a


maturação das áreas corticais e a atenção na aprendizagem motora. EFDeportes.com,
Revista Digital. Buenos Aires, vol. 10 Nº 78. Acesso em 05 de outubro de
2015. http://www.efdeportes.com/efd78/motor.htm
 Jardim, Marcelo B. (2012). O afeto como instrumento primordial na atuação do educador
físico com crianças e jovens de comunidades carentes. Rio de Janeiro: IBMR / Laureate
International Universities, Pós-Graduação Psicomotricidade (Educação e Clínica).
 Jobim, A.P. e Sebrão Assis, A.E. (2008). Psicomotricidade: Histórico e Conceitos. IX Salão de
iniciação científica e trabalhos acadêmicos, Guaíba-RS: Universidade Luterana do Brasil.
 Oliveira, A.B. de e Lepre Perim, G. (2010). Fundamentos pedagógicos do Programa Segundo
Tempo: da reflexão a
prática. http://www.esporte.gov.br/arquivos/snee/segundoTempo/acompanhamento/
fundamentosPedagogicos2009.pdf
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