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APRESENTAÇÃO

A Formação de Resgatista é um curso destinado a todos os


públicos . Com foco na qualidade, buscaremos nos diferenciar com
instrutores altamente qualificados para aplicar o que realmente foi
testado e recomendado na prática Resgatista/Socorrista como
procedimentos corretos e mais assertivos.

Serão passados ensinamentos de praticas vivenciadas no dia-a-


dia, sendo, o aluno, preparado para identificar, analisar e buscar,
através de atitudes pré-estudadas, a melhor solução em situações de
risco.
OBJETIVO
Habilitar o aluno nos termos da lei 2018/02, para que
exerça, em caráter habitual, função remunerada e
exclusiva de prevenção e Socorro, como empregado
contratado diretamente por empresas privadas ou
públicas, sociedades de economia mista, ou empresas
especializadas em prestação de serviços.
*História do APH (conteúdo que o aluno estudará sozinho).
*Suporte Básico de Vida para Adultos
*Cadeia de Sobrevida segundo American Heart Association
*Novo Protocolo de atendimento a PCR - CABD
*Reanimação Cárdio Pulmonar em Adultos
*Uso do Desfibrilador em Adultos
*Segurança de Cena
*Cinemática do trauma
*Tipos de Colisões
*Lesões Sugeridas
*Abordagem ao Trauma (Baseado no protocolo do PHTLS)
*Protocolo ABCDE
*Rolamentos 90º e 180º.
*Técnicas de Imobilização em prancha Rígida
*Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho
*Manobra de desobstrução em adultos, crianças e lactentes.
*Simulados
Detecção

Alerta

Transferência e tratamento no
transporte

Cuidados durante o transporte Pré-socorro

Socorro no local do acidente


O que é APH
Atendimento pré hospitalar (APH) ou socorro pré-
hospitalar é o atendimento emergencial em ambiente
extra hospitalar (fora do hospital). É um dos elos da
cadeia de atendimento a vítimas, sendo também
conhecida como primeiro socorro ou resgate.
A quem se destina
O Atendimento pré hospitalar é todo processo feito
por um socorrista, medico e enfermeiro fora do ambiente
hospitalar, destinado às vítimas de trauma (acidentes de
trânsito, acidentes industriais, acidentes aéreos e etc),
violência urbana (baleado, esfaqueado e etc), mal súbito
(emergências cardiológicas, neurológicas e etc) e distúrbios
psiquiátricos visando a sua estabilização clínica e remoção
para uma unidade hospitalar adequada
Por quem é realizado
O APH é realizado por profissionais especialmente
treinados, (socorristas, técnicos de enfermagem, enfermeiros
e médicos), no Brasil estes serviços de APH são na maioria
realizados pelos Corpos de Bombeiros Militares dos estados,
SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e
Bombeiros Civis, equipes altamente treinadas prontas a
darem o suporte básico de vida aos traumatizados. Estes são
subdivididos em Equipe de Salvamento, Equipe de Suporte
Básico à Vida (SBV) e Equipe de suporte avançado à vida (SAV)
Objetivos
As manobras de salvamento são realizadas visando
retirar a(s) vítima(s) de uma situação hostil (incêndio, preso
em ferragens, ambiente confinado, altura, aquático etc)
realizando a remoção da mesma para uma área adequada
possibilitando o atendimento de SBV, isto é, sem manobras
médicas invasivas e/ou SAV (com manobras médicas
invasivas). No Brasil as Manobras de SAV somente podem ser
realizadas por médicos.
PERFIL RESGATISTA/EMERGÊNCISTA
✓ Amável e Cooperativo;
✓ Criativo: ser capaz de improvisar;
✓ Ter iniciativa;
✓ Capacidade de liderança;
✓ Boa apresentação pessoal;
✓ Discrição;
✓ Controle do hábito: não fumar no local;
✓ Controlar o vocabulário;
✓ Ser capaz de ouvir os outros;
✓ Estabilidade emocional.
APETIDÕES NECESSARIAS AO RESGATISTA

❖ Coordenação motora para administrar cuidados de emergência,


remover e transportar as vitimas;

❖ Destreza manual e física no transporte, levantamento, retirada,


escalada, içamento e outras manobras similares, de maneira a não
prejudicar a vitima, colegas e si mesmo;

❖ Habilidade para dar e receber instruções e orientações verbais e


escritas;

❖ Disponibilidade para submeter a um processo de educação


continuada.
❑ Estar sempre preparado para atender a uma emergência;

❑ Atender rapidamente mas com segurança;

❑ Garantir sua segurança, equipe e paciente. Utilizando ferramentas


quando necessário;

❑ Determinar qual o problema do paciente quando necessário, sem


causar lesões adicionais ao paciente e a si mesmo;

❑ Planejar e executar com cuidado a movimentação, do local onde se


encontra, até a viatura ou local do resgate;

❑ Transportar o paciente para um centro médico adequado.


DIREITOS DO PACIENTE

✓ Solicitar e receber socorro médico de urgência;

✓ Exigir sigilo sobre suas condições ou tratamento recebido;

✓ Denunciar quem lhe prestou socorro e quem violou o sigilo da


sua condição;

✓ Recusar atendimento (Mediante assinatura de declaração).


DIREITOS DO PACIENTE

CONSENTIMENTO:
Paciente adulto, consciente e mentalmente capaz
poderá recusar atendimento desde que registrado na
certidão de ocorrência e após a avaliação do resgatista. Se a
vitima for de menor e recusar o atendimento, os pais ou
tutores legais podem autorizar o resgatista. O atendimento
será indispensável se o resgatista responsável constatar que
se o paciente não for atendido sofrerá um agravamento
considerável em seu estado de saúde.
DIREITOS DO PACIENTE
Omissão de socorro
Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, á criança, abandonada ou extraviada, ou á pessoas invalida ou
ferida, ao desamparo ou sem grave iminente perigo; ou não pedir nesses
casos, o socorro da autoridade pública.
▪ Art. 135 código penal.
▪ Pena: 1 a 2 anos de reclusão fechado,
▪ Podendo ser revertido em Trabalho comunitário.
O simples fato de chamar socorro, descaracteriza
omissão de socorro.
SEGURANÇA NO ATENDIMENTO
O primeiro pensamento do RESGATISTA no local
de um acidente é a segurança. Deve sempre procurar
utilizar os três “S”.

OS 3 “S”
1° S – Segurança do Local
2° S – Segurança do Resgatista
3° S – Segurança da Vítima
Do Local:

Um dos fatores mais importantes na cena


do sinistro é a segurança da equipe de socorro e
vitima. Faça uma avaliação visual da cena,
observando se o local é seguro, as causa da
emergência, o número de vítimas e reconheça os
riscos que pode haver no local.
✓ Atropelamento: em estradas e vias publicas;

✓ Colisão de Veículos: acidentes mau sinalizados;

✓ Choque elétrico: rede de baixa ou alta tensão;

✓ Intoxicação: produtos químicos em geral;

✓ Explosão: vazamento de material inflamável;

✓ Desmoronamento: em trabalho de resgate de vítimas;

✓ Incêndio: atendimento à queimados durante sinistros;

✓ Violência e Agressões: atendimento a vítimas em locais de festas e


reuniões de jovens.
DO RESGATISTA:

A principal preocupação do resgatista é buscar


sempre a sua proteção e a da sua equipe. Deve-se
ter sempre consigo :
DOENÇAS COMUNS NO PRÉ-HOSPITALAR
• Sangue: HIV, Hepatite B e C.
• Respiração: Tuberculose, Meningite, Viroses.
• Pele: Herpes e Escabiose.
• Mucosas: Herpes e Conjuntivite.
• Fezes: Hepatite A e infecções gastrointestinal.
DA VITIMA: Esta ligada diretamente á segurança do local e o fato
de um resgatista prestar um bom atendimento.
CINEMÁTICA DO TRAUMA
O conhecimento da Cinemática permite que você
mantenha um elevado índice de suspeita para auxiliar na
busca de lesões. A direção e velocidade do impacto devem
ser considerados, bem como os danos no veículo que são
utilizados como sinal e instrumento de triagem.

Algumas observações são comuns, tais como:


deformidade do volante, pára-brisa quebrado (olho de boi),
deformidades baixas do painel de instrumentos.
Colisão Frontal: A vítima é jogada para baixo, colidindo
o joelho e tíbia com o painel. O joelho torna-se ponto de
impacto, podem ocorrer fraturas no fêmur ou pelve. O tórax se
choca com painel ou volante e a cabeça atinge o pára-brisa
ocorrendo traumas na cervical e crânio ou ser ejetado para fora
do veículo. Observe o desenho a seguir.
Colisão Lateral: Do lado do motorista - lesão no braço
esquerdo, clavícula, fêmur, baço, pelve e órgãos internos. Lado
do carona - os mesmos traumas, porém atinge fígado. Suspeita
de lesão da cervical por flexão lateral do pescoço e rotação da
cabeça.
COLISÃO TRASEIRA: O impacto traseiro geralmente com o
veículo parado( cruzamentos, sinaleiras) faz com que o corpo do
ocupante seja arremessado para frente sem que a cabeça
acompanhe o mesmo movimento, indica lesão grave da coluna
cervical pela Hiperextensão( cabeça jogada para trás) e
Hiperflexão( cabeça jogada para frente), chamamos de efeito
“chicote” que pode ser evitado com o uso correto do encosto do
banco para cabeça. Observe as figuras.
CAPOTAMENTO: O corpo sofre impactos em todas as
direções, podendo chocar-se com, pára-brisa, teto, assoalho e
laterais do veículo causando lesões múltiplas.
EJEÇÃO: A vítima sofre lesões decorrentes da ejeção do
veículo e do choque do corpo com o solo. A probabilidade de
lesões aumenta mais de 300% e há grandes chances de lesões
ocultas, e têm 25% vezes mais chances de óbito do que os não
ejetados.
ATROPELAMENTOS
As lesões nos atropelamentos tendem a serem mais graves, pois o
pedestre tem menos proteção que o ocupante do veiculo. O pedestre sofre três
tipos de impacto. Impacto com o pára-choque, que geralmente em adultos
ocorre nas pernas e pelve, e nas crianças ocorre lesões torácicas e
abdominais, e geralmente são arremessadas no pára-brisa. Impacto com o
pára-brisa, que ocorre lesões na cabeça e tronco, e impacto com o solo que
pode causar lesões de cabeça, pescoço e coluna.
Movimento de Defesa

Movimento de Surpresa
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO PASSIVA
• Cinto de Segurança
• Air Bag
▪ Cadeirinha
Lesões causadas por dispositivos de segurança
Cintos:
▪ Subabdominal (2 pontos)
▪ Três Pontos
▪ Quatro Pontos
O uso correto do cinto
de segurança não evita lesões.
Uma boa avaliação do
socorrista pode identificar a
velocidade e possíveis lesões
que a vitima apresenta
Hemorragias
Hemorragia é a perda de sangue devido ao rompimento de
um vaso sanguíneo, veia ou artéria, alterando o fluxo normal da
circulação. A hemorragia abundante e não controlada pode
causar morte, entre 3 a 5 minutos.

Quanto à espécie, as hemorragias podem ser classificadas


em:
Arterial: Sangramento em jato pulsátil, sangue de cor vermelho vivo.
Sendo a mais grave de todas, pela perda rápida de sangue, pode levar
ao óbito em poucos minutos.

Venosa: Sangramento contínuo, sangue de cor vermelho escuro.

Capilar: Sangramento contínuo sai lentamente e sem risco de vida


para a vitima, muito comum em motoqueiros e quedas de bicicletas(
escoriações)
Hemorragia interna: Sangramento em estruturas profundas, podendo
ser ocultas a ou até expor-se (diagnóstico visual), sem tratamento pré-
hospitalar.
A hemorragia interna significa o rompimento de vasos internamente ou
de órgãos importantes como o fígado ou o baço. Pode acontecer após colisões
e choques com objeto pesado

Hemorragia nasal: A hemorragia nasal é causada pela ruptura de vasos


sanguíneos da mucosa do nariz. Caracteriza-se pela saída de sangue pelo
nariz por vez abundante e persistente. Por vez, se a hemorragia for muito
grande o sangue também sai pela boca.
✓ Não deite a vitima;

✓ Não coloque qualquer tipo de desinfetante;

✓ Se o sangramento persistir por mais de 10min, transportar


a vitima para um hospital.
Meios de tratamento e controle
Controle-Compressão direta da lesão:

✓ Atente sempre para a segurança pessoal, com o uso dos epí`s


(luvas, óculos, mascaras)

✓ Faça compressão direta no ferimento com compressas e gases;

✓ Mesmo encharcada de sangue não retire as gases, coloque outra


em cima;

✓ Caso o sangramento seja importante não perca tempo com


curativos, faça pressão direta com mão ou os dedos.
Torniquete
Em geral, os torniquetes são descritos como a técnica do “ultimo
recurso”. A experiência militar no Afeganistão e no Iraque, somada ao uso
rotineiro e seguro de torniquetes pelos cirurgiões, levou-nos a reconsiderar
essa posição. Não se recomenda o uso de “elevação” e pressão sobre pontos
de “pressão”, em função de insuficiência de dados que apoiem sua eficácia. Os
torniquetes são muito eficazes no controle de hemorragia grave e devem ser
usados caso a pressão direta ou curativo de pressão não consigam controlar a
hemorragia de uma extremidade.
Meios de Compressão
• Compressão direta

• Curativo compressivo
Estado de choque
É o quadro clinico que resulta da incapacidade do sistema
cardiovascular de prover a circulação sanguínea suficiente para os órgãos.

Classificação e causas do choque


hipovolêmico: Hemorragias graves internas ou externas, perdas de
plasma(sangue) em queimaduras graves ou por situação clínica
acompanhadas por desidratação intensa. EX.: Diarréia e vômito.

Fases do estado de choque: Na ausência de tratamento é um quadro com


agravamento progressivo, que se apresenta em duas fases. Choque
compensado e Choque descompensado.
Choque Compensado
É o primeiro estágio, o organismo consegue se equilibrar
através dos mecanismos compensatórios. A perfusão dos órgãos
é mantida e os sinais e sintomas são mínimos. Não há dano
permanente, se o tratamento reverter a causa básica.
Choque Descompensado:
Nesta fase ocorre redução na perfusão, queda na pressão
arterial e alterações do estado mental. O tratamento ainda pode
ser eficaz neste estágio desde que realizado rapidamente.
Sinais e sintomas

• Suor pegajoso na testa, mãos e pescoço.


• Pele fria e pálida.
• Cianose nas extremidades (cor roxeada).
• Pulso fraco e rápido.
• Quando consciente, refere frio e sede.
• Desorientação (choque avançado)
Ferimentos Diversos
Queimaduras

As queimaduras são lesões na pele, provocadas


geralmente pelo calor ou pelo frio.

Podem ter origem Térmica, Elétrica, Química e


Radiação e sua Gravidade depende da origem,
profundidade e percentual corporal e estado prévio da
vítima.
❑Térmica: Causadas pela condução de calor através
líquidos, sólidos, gases quentes e do calor de chamas.

❑ Elétrica: Produzidas pelo contato com redes elétricas


de alta ou baixa voltagem.

❑ Química: Provocado pelo contato direto com a pele


substâncias corrosivas, liquidas ou sólidas.

❑ Radiação: Resulta da exposição à luz solar ou a


fontes nucleares.
QUEIMADURAS
São classificadas em:

• 1° Grau: Vermelhidão na pele e dor suportável, sem bolhas;

• 2° Grau: Vermelhidão na pele, dor intensa, e bolhas;

• 3° Grau: Manchas brancas ou negras, sem bolhas e sem dor;

• 4º Grau: Manchas brancas ou negras, com calcinação do osso;

• 5º Grau: Queimadura com amputação do membro afetado.


Gravidade da queimadura:
Depende da causa, profundidade, percentual de superfície corporal
queimada, localização, associação com outras lesoes, comprometimento de
vias aéreas, e estado prévio da vitima.

Avaliação básica de área queimada em adulto e


criança, com percentagens diferentes.
Queimaduras são classificadas por
área corporal, onde cada parte do corpo
tem uma percentagem calculada de
acordo com a extensão da lesão
apresentada.
- Lembre-se! O maior problema do
queimado é a extensão e não a lesão.
- A localização da lesão vai fazer a
diferença entre o tratamento e a
cicatrização.
- As área mais sensíveis são as regiões
da virilha e axilas devido a baixa
ventilação.
Queimaduras – Tratamento
• Resfriar com soro ou água corrente no máximo por 1 minuto,
nunca usar gelo ou água gelada;

• Afastar a vitima da origem da queimadura;

• Queimadura nos olhos cobrir com gases embebidas em soro


fisiológico.

• Realize exames primários, priorizando a manutenção das vias


aéreas, respiração e circulação;

• Não usar remédios caseiros, tais como, pó de café,


margarina, creme dental, azeite, etc;

• Utilizar a tabela dos nove, no exame secundário;


• Utilizar a tabela dos nove, no exame secundário;

• Não retirar roupas que estejam coladas nem pele que esteja
pendurada;

• Retirar anéis, pulseiras, colares, aliança, relógio e tudo que possa


trancar no corpo da vítima;

• Cobrir com compressas úmidas o local afetado e manter resfriado


até a chegada ao hospital.

• Não furar as bolhas.

• Se necessário, passar apenas vaselina liquida.

• Nas queimaduras de 3° Grau usar soro fisiológico e somente usar


água em último caso.
Suspeitar de queimaduras em vias aéreas sempre que:

✓ Houver queimaduras no rosto.


✓ Sobrancelhas e pêlos nasais queimados.
✓ Respiração com ronqueira ou tipo “foca”.

NOTA: Vítimas com lesões graves de queimaduras


em geral aparentam estar bem no primeiro momento.
Definição de trauma
Trauma:
É toda lesão sofrida pela vítima de acidentes, sendo ele de
trânsito, por armas branca e de fogo, acidente domésticos e
violência domestica, dentre outros tantos que vemos no dia-dia. O
trauma pode-se se dividir em 2 traumas, 1° trauma e 2° trauma.

1º Trauma – Lesões sofridas devido ao acidente.

2º Trauma – Lesões ocasionadas pelo resgatista


devido ao mau atendimento prestado.
Traumas/TCE.
Divide-se em duas etapas:
1º LESÃO CEREBRAL PRIMARIA: A lesão cerebral primária é o
trauma direto no encéfalo associado a estruturas vasculares
que ocorrem no momento da agressão inicial. Ela inclui
contusões, hemorragias, lacerações e outras lesões diretas ao
cérebro, seus vasos e membranas.
Traumas/TCE.

2º LESÃO CEREBRAL SECUNDARIA: Essa lesão


refere-se aos processos contínuos de lesão
desencadeados pela lesão primária. No momento da
lesão, iniciam-se os processos fisiopatológicos que
continuam a lesar o cérebro por horas, dias e semanas
após a agressão inicial. O foco primário da conduta
diante da Lesão Cerebral Traumática é identificar ou
interromper esses mecanismos de lesão secundária.
SINAIS E SINTOMAS DE TCE
✓ Cefaléia e ou dor no local da lesão;
✓ Náuseas e vômitos;
✓ Alteração da visão;
✓ Alteração do nível de consciência podendo chegar a inconsciência;
✓ Ferimento ou hematoma no couro cabeludo;
✓ Deformidade do crânio (depressão ou abaulamento);
✓ Pupilas desiguais (anisocorica);
✓ Sangramento através do nariz (Rinorragia) ou dos ouvidos (Otorragia);
✓ Liquido claro (líquor) que fui pelos ouvidos ou pelo nariz;
✓ Alteração dos sinais vitais;
✓ Postura de decorticação (membros contraídos).
Traumas/TRM
• Traumatismo raquimedular é a
lesão da medula espinhal, que
pode ser completa ou incompleta.

• A grande maioria dos casos de


trauma raquimedulares é
decorrente de acidentes. Pode
ser devido a acidentes
automobilísticos, ferimentos por
armas de fogo, quedas, acidentes
esportivos, acidentes de trabalho
Há vários tipos de lesão de coluna, e
alguns deles são descrito a seguir:

• Fraturas por compressão que produz achatamento total


do corpo vertebral ou compressão em cunha;
• Fraturas que produzem pequenos fragmentos de osso,
que podem alojar-se no canal espinhal, próximo a
medula;
• Subluxação, que é o deslocamento parcial de uma
vertebra do seu alinhamento normal na coluna espinhal;
• Superestiramento ou laceração dos ligamentos e
músculos, produzindo uma relação instável entre as
vértebras;
Sinais e sintomas de trauma de coluna:

• Dor no pescoço;
• Dor ao mexer o pescoço ou as costas;
• Dor à apalpação da região posterior do pescoço ou da linha
média das costas;
• Deformidade da coluna vertebral;
• Defesa ou contratura da musculatura do pescoço ou das
costas;
• Paralisia, paresia, dormência ou formigamento nas pernas
ou braços, em qualquer momento após o incidente;
• Sinais e sintomas de choque neurogênico;
• Priapismo (em doentes do sexo masculino);
NIVEIS DAS LESÕES

Paraplegia: deterioração ou perda de movimentos ou até a


função sensorial do tórax, artéria ou segmentos sacros da
medula espinhal. Neste nível o paciente ainda tem função
dos braços. Mas perde as funções da cintura para baixo.

Tetraplegia: deterioração ou perda motora ou até a função


sensorial no segmento da cervical para baixo. Neste nível o
paciente perde os movimentos dos braços e pernas, e
algumas vezes de alguns órgãos importantes.
TRAUMA ABDOMINAL
O abdômen contém os principais órgãos dos
sistemas digestivo, endócrino e urogenital, além dos
principais vasos do sistema circulatório.
Para fins de avaliação do doente, a superfície
abdominal é dividida em quatro quadrantes.
TRAUMA ABDOMINAL
EXAME FISICO: 1º - Na avaliação primária, as lesões
mais graves apresentam como anormalidades
identificadas, principalmente durante a avaliação da
respiração e da circulação.
2º - Na avaliação secundária, o abdômen é examinado
com mais detalhes. Esse exame envolve principalmente
a inspeção e a palpação do abdômen e deve ser feito
de maneira sistemática.
TRAUMA ABDOMINAL
Os principais aspectos do tratamento pré-
hospitalar do trauma abdominal consistem no
reconhecimento da presença de possível lesão e
no inicio do transporte rápido e apropriado para
a instituição mais próxima que seja capaz de
tratar o doente.
ESVICERAÇÃO
Ocorre quando um segmento do intestino ou de
outro órgão abdominal sai através de um ferimento e
fica fora da cavidade abdominal. As vísceras devem ser
mantidas na superfície do abdômen ou para fora, como
encontradas. o conteúdo eviscerado deve ser coberto
com curativo limpo ou estéril umedecido com solução
salina (pode ser soro fisiológico).
Se o intestino ou algum dos órgãos abdominais
ficarem seco, ocorre morte celular.
Definição de fraturas

Situação em que há perda da continuidade óssea,


geralmente com separação de um osso em dois ou mais
fragmentos após um traumatismo.

Responsável pela maioria de óbitos em acidentes


de trânsito. As mais comuns são de fêmur, tíbia e crânio,
sendo a última a responsável por danos irreparáveis
dependendo da sua gravidade.
Tipos de lesão
❑ Fraturas: O termo significa quebra ou rachadura dos ossos.
Fraturas podem se classificadas em abertas e fechadas;

❑ Luxações: É o deslocamento das articulações podendo afetar o


tecido mole;

❑ Entorse: É a lesão de ligamentos podendo ser de grau mínimo


ou grave;

❑ Distensões: É a lesão dos músculos ou tendões geralmente


causada por contrações violentas ou hiperextensão.
Tipos de fraturas
Há uma grande variedade de fraturas. Elas podem ser múltiplas ou
únicas, por encurtamento muscular violento ou por torção, completas ou
incompletas,fechadas ou abertas, etc. Podem ainda ser classificadas segundo
outros critérios:

Fratura Aberta: Permite ver a fratura, através da abertura do tecido(pele).

Fratura Fechada: Na há exposição apenas deformidade do membro.


Abertas
Fechadas
Expostas
Sinais e Sintomas
Edema: Inchaço causado pelo sangramento ocorre logo após a fratura com
hematoma visível.

Deformidade: Compare a parte afetada com a outra não lesada.

Dor e sensibilidade: Geralmente só no local afetado. Às vezes a vítima é capaz de


apontar o local exato de dor.

Perda de uso: A vítima fica incapaz de usar o membro lesada.

Sensação de atrito: Não force o membro lesado para verificar a sensação do


atrito do osso.

História da lesão: Suspeite de fratura em todos os casos de acidentes graves.


PCR
PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA

É a parada completa dos batimentos cardíacos e movimentos


respiratórios, podendo levar a vítima à morte cerebral em
apenas 4 minutos.

Avaliação: Através do A B C
video rcp.mp4
RCP
Reanimação Cardiopulmonar
Sinais de PCR
• Ausência de pulso: verifica-se a presença ou ausência na
região da artéria carótida por 10 seg.
• Ausência de respiração: pode acontecer antes da parada
cardíaca ou após.
• Dilatação Pupilar (midríase): é tardia ocorre devido a
falta de oxigênio no cérebro em até 45seg. após a parada.
• Cianose: sem oxigênio extremidades do corpo ficam de cor
azulada, tais como, lábios, unhas e logo, grande parte facial
já em avançada falta de oxigenação.
RCP
Procedimentos
• Efetuar ABC.
• Aliviar as vestes da vítima.
• Localize posição correta para RCP.
• Iniciar RCP completa.
• Efetue ciclos de 30 x 2
(ventilação apenas com
equipamento) e verifique
pulso e respiração.
RCP
Procedimentos
• Deite a vítima de barriga para cima em superfície rígida.
• Localize o ponto de compressão (esterno)
• Posicione as mãos sobre o esterno.
• Realize as compressões efetuando a contagem
RCP
Procedimentos
• Efetue 5 ciclos de 30 compressões.
• Faça 01 sequência e avalie.

OBS: Tenha certeza que a vítima está


realmente em PCR, pois você poderá
causar uma parada.
RCP
Procedimentos
NOTA: Caso esteja sozinho peça ajuda antes de
iniciar a RCP, pois após iniciar só poderá parar
quando, a vítima ressuscitar, alguém chegar para
ajudar, chegar uma equipe especializada, chegar ao
hospital ou estiver tão cansado que não possa mais
continuar.
Lembre-se:
Parada Cardiorrespiratória e Hemorragia
Arterial grave, sempre devem ser atendidas
com prioridade.

OBS: Lesões Incompatíveis com a Vida


são casos em que não poderá efetuar RCP
MANOBRA DE HEIMLICH
Melhor método de desobstrução
de vias aéreas superiores, e induz
a tosse artificial. A pessoa fazendo
a manobra usa as mãos para fazer
pressão no diafragma, que irá com-
primir os pulmões fazendo pressão
sobre o objeto na traquéia.
ENGASGO DE CRIANÇA
MANOBRA DE RCP
• CRIANÇAS E BEBÊS: a posição é a mesma do
adulto, na linha imaginaria dos mamilos, em
crianças 30x2, e bebes 15x2.Video rcp em
crianças.mp4
Avaliação da vitima/paciente.
Ao chegar no local:

– Examinando a cena procure verificar a cinemática do trauma, observando


os seguintes itens:

– Mecanismo de lesão: se houve ou não impactos de alta velocidade;

– Acidente com veículos: velocidade, tipo de veiculo, condiçoes do veículo


após o impacto, estado do pára-brisa e do volante;

– Acidentes de motocicletas: estado do capacete e marcas de freio no


asfalto;

– Tempo decorrido desde a lesão.


Avaliação da vitima/paciente
A avaliação divide-se em duas fases, a primeira face
do exame é chamada exame primario.

Através do (ABC do trauma) que consiste na


avaliação dos SV(sinais vitais), que são: Obstrução de vias
aéreas, respiração ineficaz ou ausente, lesões de coluna,
cervical instáveis e deficiência na circulação sanguínea.

A segunda etapa ou exame secundário consiste em


uma avaliação mais detalhada do paciente, é conhecida
como apalpação.Video (1) avaliação bombeiros.mp4
AVALIAÇÃO INICIAL
- Exame Primário (sinais vitais)
- X – Controle de hemorragias
• A – Vias Aéreas e Estabilização da Cervical
• B – Respiração
• C – Circulação e Grande Hemorragia;
• D – Estado neurológico;
• E– Exposição da vitima.
A – Via Aéreas e Estabilização da Cervical

Verifique se as vias aéreas estão abertas, se for preciso efetue manobras


de “elevação de queixo” e estabilize a cervical nos casos de suspeita de acidente
raquimedular ou fator desconhecido. A estabilização da cervical é indicada para
vitimas inconscientes e com suspeita de lesão na cervical..
A cervical deve ser estabilizada com as mãos até que seja colocado
equipamento de colar cervical e coxins na maca.
B – Respiração
O primeiro passo é administrar oxigênio eficazmente
aos pulmões do doente para ajudar a manter o processo
metabólico aeróbico.
A frequência ventilatória pode ser dividida em cinco
níveis:
1º - Apneia: o doente não esta ventilando;
2º - Lenta: frequência ventilatória menor que 12 movimentos
por minuto (bradipnéia);
3º - Normal: frequência ventilatória entre 12 e 20
movimentos por minuto, o socorrista deve observar o doente
com atenção.
4º - Rápida: se a frequência ficar entre 20 e 30 por
movimentos por minuto (taquipnéia), o doente deve
ser observado de perto, para ver esta melhorando ou
piorando. Isso acontece devido ao alto nível de CO2 ou
a redução de O2 no sangue.
5º - Muito rápida: frequência acima de 30 movimentos
por minuto indica hipóxia, a ventilação com oxigênio
suplementar deve ser imediatamente assistida com
bolsa-válvula-mascara.
C – Circulação e Grande Hemorragia
Deve-se identificar e controlar a hemorragia
externa. Em seguida, pode-se obter uma estimativa
global adequada do débito cardíaco e do estado de
perfusão.
Controlar hemorragias capilares, venosas e
arteriais.


PERFUSÃO
Pode-se obter uma avaliação geral do estado
circulatório do paciente ao se verificar pulso, cor,
temperatura e umidade da pele e o tempo de
enchimento capilar.
PULSO: é avaliado pela presença, qualidade e
regularidade.
PELE: perfusão adequada produz uma coloração
rosada na pele.
TEMPERATURA:A temperatura normal da pele é
morna ao toque, nem fria, nem quente.
UMIDADE: pele seca indica boa perfusão.
D- Estado neurológico

Consciência: Caso o paciente esteja consciente, testar antes


sua orientação, perguntando se ele sabe QUE DIA É HOJE?,
ONDE ELE ESTA?, SUA IDADE? e SEU NOME?. Ficando atento
a suas respostas.
E- Exposição da vitima

Despir completamente o doente para que nenhuma lesão passe


despercebida, protegendo da hipotermia
EXAME SECUNDÁRIO

A avaliação secundaria é a avaliação da cabeça aos pés


do doente. Este exame somente é realizado após o término
da avaliação primária com identificação e tratamento de
todas as lesões que ameacem a vida. O objetivo e identificar
lesões ou problemas não identificados na avaliação primaria.
Uma vez a avaliação primaria bem executada identifica todas
as lesões que ameacem a vida, a avaliação secundaria, por
definição, trata de problemas com menor gravidade.
EXAME SECUNDÁRIO

• Na avaliação secundaria, a abordagem “ver, ouvir e sentir”


é usada para avaliar a pele e tudo que ela contem. Mais
que olhar o corpo inteiro de uma vez, retornar para
auscultar, e finalmente, palpar todas as áreas, o corpo é
“explorado” pelo socorrista.
• As seguintes frases captam a essência do processo inteiro
de avaliação:
• Veja, não apenas olhe;
• Ouça, não apenas escute;
• Sinta, não apenas toque;
HISTÓRICO SAMPLA
Deve ser obtido um histórico rápido do
doente. Essas informações devem ser
documentadas no prontuário e repassadas à
equipe médica no hospital. O método
mnemônico SAMPLA serve como lembrança de
seus componentes-chave:
HISTÓRICO SAMPLA
• Sintomas: de que o doente se queixa; dor; dificuldade
respiratória; dormência; formigamento;
• Alergias: principalmente medicamentos;
• Medicações; medicamentos prescritos ou não que o doente
usa regularmente;
• Passado médico e antecedentes cirúrgicos: problemas clínicos
importantes para os quais o doente recebe tratamento; inclui
cirurgias prévias;
• Líquidos e alimentos: muitos doentes traumatizados
necessitarão de cirurgia, e alimentação recente pode
aumentar o risco de vômito e aspiração durante a indução da
anestesia;
• Ambiente: eventos que levaram ao trauma;
Calcinação Exposição da Massa
Encefálica
Estado de Lesão de Morte
Decomposição Evidente
Princípios de Imobilização
• Cortar roupas se necessário expondo a lesão;
• Evite a dor, procure não movimentar o osso fraturado
• ou suas fragmentações;
• Lesão em membros superiores, remover anéis;
• pulseiras, braceletes, podem dificultar a circulação;
• Tente alinhar o membro antes da imobilização;
• Imobilize na posição caso houver resistência;
• Não tente colocar ossos no lugar;
• Após a imobilização verifique pulsos distais;
• enchimento capilar e motricidade;
• Inicie a imobilização pela parte distal;
• Imobilize sempre atingindo as duas articulações;
• distais e proximais à lesão.
Equipamentos de imobilização
• Gesso;
• Tala;
• Tipóia;
• Apoios;
• Colares;
• Prancha;
• Papelão;
• Etc.
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