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República de Angola

Ministério da Educação
Instituto Médio Politécnico da Humpata

Trabalho Individual de Química

Nome: Amilton Joaquim Luís Cuijicuenhi


N°: 02
Classe: 11.ª
Turma: B
Turno: Tarde
Curso: E.L.E

Tema: Descartes de Pilhas Elétricas

Docente:

____________________

Índice:
1. Introdução

2. Objetivo
3. Conceito de Pilha
3.1. Sistemas Eletroquímicos da Pilha
3.2. Pilhas Primárias ou Descartáveis
3.3. Pilhas Secundárias ou Recarregáveis
3.4. Pilhas Secas
3.5. Pilhas Alcalinas
3.6. Pilhas Falsas
4. História das Pilhas
4.1. Criação da Primeira Pilha
4.2. Pilha de Daniell
4.3. Evolução das Pilhas
5. Reação Química de Uma Pilha
6. Reação de Oxidação e Redução da Pilha
7. Descarte de Pilhas Usadas
8. Conclusão

1. Introdução

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Para falarmos de pilha, precisamos primeiro conhecer um pouco de sua origem,
avanço e desenvolvimento. Sua história começa na antiguidade, com a descoberta
da eletricidade pelo filosofo grego Tales de Mileto. Quando ele esfregou um pedaço
de âmbar em um pedaço de pele de carneiro, observou que pedaços de palha e
madeira eram atraídos para o âmbar. Do âmbar (eléktron, em grego) surgiu o nome
eletricidade.
Com a evolução tecnológica cresceu o uso de aparelhos eletrônicos, as pilhas e
baterias fazem parte dessa evolução, são usadas em muitas atividades cotidianas
garantindo comodidade e conforto, pois possibilitaram a portabilidade de aparelhos
como celulares, rádios e controles remotos. Atualmente esses materiais são
indispensáveis, o que acarreta elevado consumo e geração de resíduos. Devido a
ampla disseminação do uso de pilhas e baterias no território brasileiro surge a
necessidade de conscientizar o consumidor desses produtos sobre os riscos à
saúde e ao meio ambiente do descarte inadequado.
Pode se verificar uma grande produção de resíduos desses materiais que são
descartadas junto com o lixo comum e despejados em um local próximo das
residências onde são posteriormente queimados. Com essa situação verificou-se os
perigos do descarte inadequado de pilhas e baterias.

2. Objetivo

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O descarte de pilhas e baterias tem levado a uma preocupação quando descartadas
incorretamente, isto devido em suas composições terem metais tóxicos que podem
prejudicar o meio ambiente sendo o objetivo principal desse trabalho dar resposta
ao funcionamento de descartes de uma pilha e o que ocorre nesse processo.

3. Conceito de Pilha

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A pilha é um pequeno dispositivo capaz de gerar energia elétrica através de uma
reação química. Para que isso ocorra, são necessários alguns componentes para
que ocorra a reação e através dessa reação consiga a liberação de energia; um
dispositivo contendo um par de eletrodos metálicos diferentes, onde um deles é o
pólo positivo e o outro sendo o pólo negativo, submersos em uma solução química
(conhecida como eletrólito) contendo íons.
Quando os pólos são interligados por um fio condutor, inicia-se uma reação química
e o fio é percorrido por uma corrente elétrica, que só termina quando a reação
química cessa ou um dos eletrodos for totalmente consumido pela reação. Nas
pilhas, o sentido da corrente faz se do pólo negativo ao positivo. Uma coisa
importante que devemos saber é que pilha é diferente de bateria.
Enquanto a pilha apenas converte energia química em elétrica, a bateria faz a
interconversão entre energia química e elétrica. Ou seja, na pilha, quando seu
potencial energético termina, ela não serve mais, enquanto que nas baterias, elas
podem ser recarregadas e utilizadas novamente por várias vezes.
Por tanto, uma pilha recarregável (nome impróprio) nada mais é que uma bateria
recarregável.

3.1. Sistemas Eletroquímicos da Pilha


A Eletroquímica trata do estudo da participação de energia elétrica em transformações
químicas nas células eletrolíticas, assim como da conversão de energia química em
energia elétrica nas células galvânica (nas pilhas ou baterias). Neste tópico iremos
abordar sobre as células galvânicas.
Que são reações espontâneas, produzem uma quantidade de eletricidade capaz de
acender uma lâmpada ou fazer funcionar um pequeno motor. É difícil imaginar algum

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aparato eletrônico que funcione sem uma pilha, desde um relógio de pulso, uma
lanterna, uma calculadora e até os celulares entre outros.
Em princípio, o termo pilha deveria ser empregado para se referir a um dispositivo
constituído unicamente de dois eletrodos e um eletrólito, arranjados de maneira a
produzir energia elétrica. De acordo com Bocchi et al (2000), o eletrólito pode ser
líquido, sólido ou pastoso, mas deve ser, sempre, um condutor iônico.
Quando os eletrodos são conectados a um aparelho elétrico uma corrente flui pelo
circuito, pois o material de um dos eletrodos oxida-se espontaneamente liberando
elétrons (anodo ou eletrodo negativo), enquanto o material do outro eletrodo reduz-se
usando esses elétrons (catodo ou eletrodo positivo).
O termo bateria deveria ser usado para se referir a um conjunto de pilhas agrupadas em
série ou paralelo, dependendo da exigência por maior potencial ou corrente,
respectivamente. Entretanto, no dia-a-dia, os termos pilha e bateria têm sido usados
indistintamente para descrever sistemas eletroquímicos fechados que armazenam
energia.
Estes sistemas podem ser diferenciados uns dos outros, tendo em conta a maneira como
funcionam. Assim, embora alguns sejam denominados de forma especial, todos eles
podem ser classificados em dois grupos:
◦ Pilhas primárias ou descartáveis;
◦ Pilhas secundárias ou recarregáveis.

3.2. Pilhas Primárias ou Descartáveis


Distintas das demais por serem essencialmente não recarregáveis. Exemplos:
zinco/dióxido de manganês (Leclanché), zinco/dióxido de manganês (alcalina),
zinco/óxido de prata, lítio/dióxido de enxofre, lítio/dióxido de manganês etc.
A “pilha seca” ou pilha ácida é um aperfeiçoamento da pilha de Volta (1800)
realizada por Leclanché e depois aperfeiçoada e utilizada até hoje. Possui dois
pólos: positivo (cátodo) e negativo (ânodo), onde cada pólo tem um potencial
diferente do outro. O que mantém essa diferença de potencial (DDP) entre os pólos
são reações químicas (irreversíveis) no interior da pilha.

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Quando esses dois pólos são unidos por um condutor (ex.: fio de cobre), os elétrons
tendem a se mover do menor potencial para a região de maior potencial elétrico,
estabelecendo assim uma corrente elétrica. A pilha seca é composta por dois
eletrodos: o eletrodo de zinco (ânodo) e grafite (cátodo), numa solução eletrolítica
consistindo de uma pasta de cloreto de zinco (ZnCl2), cloreto de amônio (NH4Cl) e
dióxido de manganês (MnO2). Numa pilha convencional, o cátodo é um cilindro axial
de grafite revestido de MnO2, e o ânodo um invólucro cilíndrico de Zn metálico.
As pilhas alcalinas dão voltagem de 1,5 V, e não são recarregáveis. Comparando-as
com as pilhas secas comuns, as alcalinas são mais caras, mantêm a voltagem
constante por mais tempo e duram cinco vezes mais. A pilha alcalina é composta de
um ânodo de zinco poroso imerso em uma solução (mistura eletrolítica) alcalina
(pH~14) de hidróxido de potássio ou de hidróxido de sódio (bases), e de um cátodo
de dióxido de manganês compactado, envoltos por uma capa de aço niquelado,
além de um separador feito de papel e de um isolante de nylon.
Apesar de a pilha comum e a alcalina serem ambas compostas de dióxido de
manganês e zinco, o processo de fabricação é diferenciado: na pilha comum, a
mistura eletrolítica é de cloreto de amônio (sal ácido) e o zinco é o envoltório do
mecanismo — na alcalina, o zinco ocupa o centro da pilha.

3.3. Pilhas Secundárias ou Recarregáveis


Pilhas recarregáveis que podem ser reutilizadas muitas vezes pelos usuários
(centenas e até milhares de vezes para o caso de baterias especialmente
projetadas). Como regra geral, um sistema eletroquímico é considerado secundário
quando é capaz de suportar 300 ciclos completos de carga e descarga com 80% da
sua capacidade. Exemplos: cádmio/óxido de níquel (níquel/cádmio), chumbo/óxido
de chumbo (chumbo/ácido), hidreto metálico/óxido de níquel, íons lítio etc.
As pilhas secundárias podem ser recarregadas porque, em geral, são projetadas de
tal forma que os produtos da reação REDOX não se misturam com o eletrólito.
Desta forma, quando lhes fornecemos energia, estes produtos podem migrar mais
facilmente em direção ao cátodo e ao ânodo, regenerando os reagentes originais.

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Dentre estas pilhas secundárias, as de níquel-cádmio estão entre as mais eficientes
Podem ser recarregadas e apresentam uma tensão relativamente constante durante
a descarga.
As células de Ni-Cd são utilizadas até hoje em sua forma tradicional de baterias de
grande porte, competindo com as de chumbo ácidas. Os avanços tecnológicos,
porém, permitiram que fossem construídas pequenas pilhas e baterias de Ni-Cd,
que dispensam qualquer manutenção.
Quando descarregadas, as pilhas de Ni-Cd possuem hidróxido de niquel (II) em seu
ânodo e hidróxido de cádmio em seu cátodo; por outro lado, quando carregada, o
ânodo torna-se hidróxido de níquel (III) e o cátodo, cádmio metálico.
Com uma pilha recarregável, basta utilizar um aparelho adequado para que sua
carga de energia seja restabelecida. Com isso, a pilha pode ser utilizada
novamente. Vale lembrar que uma pilha (ou bateria) convencional não pode ser
recarregada. A composição química desse tipo de pilha não é preparada para
recargas.
Como consequência pode ocorrer vazamentos, intoxicações e até mesmo grandes e
perigosas explosões. As pilhas recarregáveis são capazes de receber recarga,
porém não de maneira infinita. A validade padrão dessas pilhas depende de seu tipo
e do seu bom uso.
Para trabalhar estas questões de pilhas e baterias em sala de aula propomos a
seguir, uma sequência de atividades, abordando quais as suas consequências para
o meio ambiente e as formas de descartes adequado para esses tipos de materiais,
compreendendo quimicamente como são seus funcionamentos e as formas corretas
de descartar, com a finalidade de promover o pensamento crítico.

3.4. Pilhas Secas


A pilha seca ou bateria de carvão-zinco é um aperfeiçoamento da pilha de Volta
(1800) realizada por Leclanche e depois aperfeiçoada e utilizada até hoje. Possui
dois pólos: positivo (cátodo) e negativo (ânodo), onde cada pólo tem um potencial
diferente do outro. O que mantém essa diferença de potencial (DDP) entre os pólos
são reações químicas (irreversíveis) no interior da pilha. Quando esse dois pólos
são unidos por um condutor (ex.: fio de cobre), os elétrons tendem a se mover do
menor potencial para a região de maior potencial elétrico, estabelecendo assim uma
corrente elétrica.
A pilha seca é composta por dois eletrodos: o eletrodo de zinco (ânodo) e grafite

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(cátodo), numa solução eletrolítica consistindo de uma pasta de cloreto de zinco
(ZnCl2), cloreto de amônio (NH4Cl) e dióxido de manganês (MnO2). Numa pilha
convencional, o cátodo é um cilindro axial de grafite revestido de MnO2, e o ânodo
um invólucro cilíndrico de Zn metálico.

3.5. Pilhas Alcalinas


As pilhas alcalinas dão voltagem de 1,5 V, e não são recarregáveis. Comparando-as
com as pilhas secas comuns, as alcalinas são mais caras, mantêm a voltagem
constante por mais tempo e duram cinco vezes mais. Isso ocorre porque o hidróxido
de sódio ou potássio é melhor condutor eletrolítico, e o meio básico faz com que o
eletrodo de zinco sofra um desgaste mais lento comparado com as pilhas comuns
que possuem um caráter ácido. São indicadas para equipamentos que requerem
descargas de energia rápidas e fortes, como brinquedos eletrônicos, câmeras
fotográficas digitais, MP3 players, lanternas, walkmans, discmans etc. A pilha
alcalina é composta de um ânodo de zinco poroso imerso em uma solução (mistura
eletrolítica) alcalina (pH~14) de hidróxido de potássio ou de hidróxido de sódio
(bases), e de um cátodo de dióxido de manganês compactado, envoltos por uma
capa de aço niquelado, além de um separador feito de papel e de um isolante de
nylon. Apesar de a pilha comum e a alcalina serem ambas compostas de dióxido de
manganês e zinco, o processo de fabricação é diferenciado: na pilha comum, a
mistura eletrolítica é de cloreto de amônio (sal ácido) e o zinco é o envoltório do
mecanismo — na alcalina, o zinco ocupa o centro da pilha. Até 1989, a típica pilha
alcalina continha mais de 1% de mercúrio. O mercúrio (juntamente com o chumbo,
cobre, zinco, lítio, cádmio, níquel e manganês) é considerado um metal perigoso à
saúde humana e ao meio ambiente. Em altos teores, o mercúrio pode prejudicar o
cérebro, o fígado, o desenvolvimento de fetos, e causar vários distúrbios
neuropsiquiátricos. Mas em 1990, pelo menos três grandes fabricantes de pilhas
domésticas começaram a fabricar e vender pilhas com percentagens de mercúrio
inferiores a 0,025%.
Os fabricantes já desenvolveram pesquisas e tecnologias para controlar e reduzir o
número de poluentes nas pilhas alcalinas. E como não oferecem risco à saúde e
nem ao meio ambiente, depois de esgotadas elas podem ser dispostas junto com os
resíduos domiciliares. Portanto, essas pilhas não precisam ser recolhidas e nem
depositadas em aterros especiais.

3.6. Pilhas Falsas


Com o uso crescente de pilhas recarregáveis, a indústria pirata não se limitou a
falsificar pilhas convencionais. Dependendo do lugar, é muito mais fácil achar
baterias falsas do que verdadeiras. O motivo de tamanha distribuição é a oferta por
um preço bem mais em conta. As pilhas falsificadas (sejam elas convencionais ou
recarregáveis) podem trazer transtornos. Por isso, é recomendável comprar pilhas
em lojas ou sites renomados.
Na dúvida, você pode entrar em contato com um fabricante ou distribuidor oficial
para saber quais estabelecimentos ou sites vendem o produto. Pode ser um pouco

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mais caro adquirir o original, mas ao menos você estará comprando um produto de
qualidade garantida. Antes de usar as pilhas devem ser verificadas as instruções de
usos do aparelho, certificando que as polaridades estejam corretas ( + ) e ( - ).
Pilhas que são instaladas de modo incorreto podem sofrer curto circuito,
ocasionando um aquecimento da mesma que pode ocasionar vazamentos ou
explosão. Elas também poderão sofre danos se forem recarregadas sem ser do tipo
recarregável. Não expor ao fogo ou mesmo tente abrir uma pilha, o contato com os
matérias nelas contido podem ser perigosos.
Evitar misturar pilhas de tipos diferentes, alcalinas e secas, ou mesmo pilhas novas
com pilhas já usadas para economizar. Isso pode também pode acarretar um
superaquecimento da pilha ocasionando vazamento ou explosões. Quando
esgotada a carga da pilha, retire-a do aparelho para evitar vazamento e descarte-a
em local correto, se for do tipo recarregável recarregue-a novamente.
Se ocorrer vazamento evite contato e lave qualquer parte do corpo com agua em
abundante se tiver ocorrido contato. Se ocorrer irritação o melhor é procurar um
médico. Jamais remova o invólucro da pilha, pois pode ocorrer um curto circuito da
mesma.
Alguns tipos de pilhas, após o uso, podem ser descartadas em lixo doméstico, caso
esse lixo vá para um aterro sanitário e não a um lixão comum.

4. História das Pilhas


A história das pilhas é antiga e vem da Grécia antiga, mas seu aproveitamento só
começou a surgir mesmo, a partir do fim do século XVIII. Até então, a eletricidade era
produzida por fricção (conhecida por eletricidade estática). Não se conhecia ainda a
corrente elétrica, tal como é chamada hoje. Depois de muitas pesquisas e estudos sobre
a eletricidade, em (1600) Otto Von Guericke inventou a primeira máquina para produzir
eletricidade. Em seguida, Galvani, na segunda metade do século XVIII, começou a
pesquisar a aplicação terapêutica da eletricidade. Foram, aproximadamente, dez anos de
pesquisa até publicar "Sobre as forças de eletricidade nos movimentos musculares".
Galvani achava que os músculos armazenavam eletricidade.

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4.1. Criação da Primeira Pilha
A primeira pilha foi criada entre 1745-1827, por Alessandro Volta. As pesquisas e
estudos realizados por Galvani influenciaram Volta, que após mais estudos e
pesquisas, desenvolveu um dispositivo formado por prata e zinco ou prata e chumbo
ou prata e estanho ou por cobre e estanho. Cada par metálico era separado por um
disco de material poroso embebido em uma solução de sal, o disco inferior era
sempre de prata e o superior de zinco.
A essas placas terminais eram ligados fios metálicos para conduzir a eletricidade
produzida. Os discos foram chamados de eletrodos, sendo que os elétrons saiam do
zinco para o cobre, fazendo uma pequena corrente fluir. A pilha de Volta foi uma
grande invenção, embora seu funcionamento tenha sido interpretado, de maneira
errada.

4.2. Pilha de Daniell


Em 1836, John Frederick Daniell construiu uma pilha com eletrodos de cobre e
zinco. Cada eletrodo ficava em uma recipiente individual, dessa forma, ocorria um
aumento de eficiência da pilha. Para completar o circuito ela possuía um tubo que
ligava os dois recipientes, este tubo foi chamado de ponte salina. Essa pilha
consiste em dois eletrodos de metais diferentes (cobre e zinco) mergulhados em
solução eletrolítica (solução iônica, ou seja, contem íons) em recipientes separados
ligados por uma ponte salina.
Depois que o circuito é fechado por um fio condutor, começa a ocorrer uma reação
química onde um dos eletrodos libera elétrons e o outro eletrodo retém os elétrons
para ele. Essa é uma reação de oxidação e redução. Nessa reação o zinco doa
elétrons, então sofre oxidação, vai perdendo massa, o cobre por sua vez, recebe os
elétrons e sofre redução, ganha massa. Quando o zinco for totalmente consumido a
reação termina e a pilha deixa de funcionar.

4.3. Evolução das Pilhas


A evolução de pilhas e baterias foi notável em pouco mais de 50 anos. Em 1950, por
exemplo, só existiam pilhas e as baterias eram utilizadas somente na indústria, em
automóveis ounas ligações de eletrodomésticos em comunidades rurais. Nessa
época, as pilhas domésticas mais comuns eram as pilhas de 1,5V (com três
tamanhos diferentes) e 4,5V. Mais tarde as de 4,5V começaram a cair em desuso
com o aparecimento das pilhas de 9V, essas quadradinhas muito utilizadas em
controle remotos de carrinhos e brinquedos.
Em 1980, com o surgimento dos relógios digitais e alguns modelos de máquinas
fotográficas motorizadas (não confundir com digitais) surgiram as chamadas pilhas

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de relógio, redondas e espalmadas. O desenvolvimento das baterias está
intimamente ligado ao risco ao meio ambiente representado pelo descarte das
pilhas. Rapidamente alçadas à categoria de vilãs da natureza (ficam no meio
ambiente por centenas de anos se descartadas irresponsavelmente), a indústria
desenvolveu baterias do mesmo formato das pilhas comuns, também chamadas de
pilhas secundárias. Sua única desvantagem é o investimento inicial, inclusive do
carregador.

5. Reação Química de Uma Pilha


Para que ocorra a liberação de energia elétrica através de uma reação química, faz
se necessário a presença de dois metais, onde um deles seja o eletrodo negativo e
o outro eletrodo positivo. Para melhor entender, um deve doar elétrons e o outro
receber elétrons. A essa reação um dos metais vai perder seus elétrons perdendo
massa e o outro vai ganhar elétrons e ganhar massa, essa reação é chamada,
respectivamente, de oxidação e redução dos metais presentes.

6. Reação de Oxidação e Redução da Pilha


Determinados metais, quando colocados dentro de uma solução ácida liberam íons.
Dessa forma, quando colocamos um eletrodo de zinco e outro de cobre em solução
da acido sulfúrico, ambos os metais irão liberar íons na solução, mas em
quantidades diferentes. O eletrodo de zinco libera, na solução de ácido sulfúrico,
íons positivos bivalentes de zinco, Zn2+. Os dois elétrons, que com esse íon
formavam um átomo (neutro), são retidos no eletrodo de zinco. Ao redor desse
eletrodo ficam então muitos íons positivos de zinco, e o eletrodo fica com um
excesso de elétrons.
A libertação dos íons de zinco não continua indefinidamente, porque a carga
positiva dos íons, que contorna esse eletrodo, atinge um valor tal que impede a
libertação de novos íons; isto é, qualquer novo íon solto na solução é repelido pela

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carga positiva e volta ao zinco, aí se unindo a dois elétrons e formando novamente
um átomo de zinco (neutro). O zinco fica então com carga negativa, devida aos
elétrons, e a solução com carga positiva, devida aos íons.
A conseqüência é que o zinco fica com um potencial mais baixo que a solução. Com
a lâmina de cobre acontece o mesmo. Ela também solta na solução íons positivos
bivalentes de cobre Cu2+, e retém elétrons.
Então, o cobre também fica com potencial mais baixo que a solução. Mas, nem
todos os metais têm a mesma facilidade para soltar íons. O cobre solta menos íons
que o zinco e, portanto, retém menos elétrons que o zinco. A conseqüência é que o
cobre fica com potencial mais alto que o zinco, embora ambos tenham potencial
mais baixo que a solução.
A diferença de potencial entre o cobre e o zinco aparece então porque esses dois
metais não têm a mesma facilidade para libertar íons na solução. Como o zinco
possui mais elétrons que o cobre, quando eles são reunidos pelo condutor, há
passagem de elétrons do zinco para o cobre, isto é, carga negativa, do zinco para o
cobre.
Mas, convencionamos que a corrente nos metais seja constituída por movimento de
partículas positivas imaginárias que se desloquem do cobre para o zinco.
Poderíamos levantar a seguinte dúvida: se o zinco vai cedendo elétrons ao cobre,
através do condutor, depois de algum tempo o zinco e o cobre ficarão com igual
número de elétrons, portanto, com mesmo potencial, e a pilha deixará de funcionar.
Veremos que o ácido sulfúrico impede que isso aconteça.

As moléculas de ácido sulfúrico se dissociam em íons hidrogênio e SO42-, segundo


a equação:
H2SO4 → 2H+ + SO42-
O íon SO42- se dirige para o zinco, aí reage com ele, formando-se sulfato de zinco,
segundo a equação:
SO42- + Zn → ZnSO4 + 2 elétrons
Libertando-se nessa reação dois elétrons que o zinco manda depois para o
condutor. Essa reação química é a fonte de elétrons para o zinco, isto é, é a origem
dos elétrons que a pilha fornece para constituírem a corrente elétrica no circuito
externo.

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O íão de hidrogênio, H+, se dirige para o cobre; aí recebe um elétrão e se
transforma num átomo de hidrogênio (neutro), segundo a equação:
H+ + elétrão → H
Os átomos de hidrogênio se unem dois a dois formando moléculas de hidrogênio,
que se desprendem junto ao cobre. Em resumo: a reação química fornece elétrons
ao zinco; este os cede ao condutor, que os conduz até o cobre; o cobre recebe
elétrons e os cede aos íons de hidrogênio.
SO42- + Zn → ZnSO4 + 2 elétrons
Agora conseguimos compreender claramente o que significa a expressão: “a pilha
transforma energia química em energia elétrica”. Significa que a reação química
liberta dois elétrons, isto é, liberta carga elétrica, como mostrado na reação anterior.
Com o funcionamento da pilha, a reação continua, e o zinco vai sendo consumido, e
transformado em sulfato de zinco. Podemos então, dizer que a energia elétrica
fornecida pela pilha provém da energia química do consumo do zinco. Depois de
algum tempo de uso, o zinco desaparece. Para restaurar a pilha precisamos usar
nova lâmina de zinco.

7. Descarte de Pilhas Usadas


O descarte de pilhas e baterias tem levado a uma preocupação quando descartadas
incorretamente, isto devido em suas composições terem metais tóxicos que podem
prejudicar o meio ambiente. De acordo com Silva e Veríssimo (2009) os metais que
estão presentes nas pilhas e baterias são: cádmio, níquel, chumbo e mercúrio. Em que a
maioria é jogada em aterros sanitários ou lixões e quando misturadas ao lixo, durante o
processo de oxidação, liberam metais que se misturam ao chorume.

Segundo especialistas na área essa mistura pode penetrar no solo, e atingir águas
subterrâneas ou chegar a rios e lagos, contaminando-os. E essa água contaminada, se
ingerida ou utilizada para irrigação de alimentos irá contaminar vegetais e animais,
inclusive seres humanos. Desta forma o descarte destes dispositivos deve ser adequado
para que não tenha prejuízos ao meio ambiente e a saúde das pessoas.

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Mesmo com estes esclarecimentos sobre o descarte é preciso também verificar a
embalagem.
Se houver alguma dúvida sobre qual tipo de pilha pode descartar, o primeiro passo
é verificar a embalagem: ela informa se aquele produto deve ou não ser jogado fora
em lixo comum. Cerca de um terço das pilhas vendidas no Brasil são alcalinas, não
contêm metais pesados em sua composição e podem ser descartadas no lixo
doméstico. Pilhas comuns e recarregáveis, por sua vez, têm cádmio, chumbo e
mercúrio, substâncias não biodegradáveis que em hipótese alguma devem chegar
ao solo ou à água.

8. Conclusão
Em suma, se houver alguma dúvida sobre qual tipo de pilha pode descartar, o primeiro
passo é verificar a embalagem: ela informa se aquele produto deve ou não ser jogado
fora em lixo comum. Cerca de um terço das pilhas vendidas em Angola são alcalinas,
não contêm metais pesados em sua composição e podem ser descartadas no lixo
doméstico.

Pilhas comuns e recarregáveis, por sua vez, têm cádmio, chumbo e mercúrio, substâncias
não biodegradáveis que em hipótese alguma devem chegar ao solo ou à água. Quando
encaminhadas aos fabricantes, essas pilhas são destinadas à reciclagem ou a aterros
industriais especialmente preparados para receber esse tipo de material.

Nesta problemática sobre o descarte das pilhas elétricas pretende-se obter


conhecimentos realistas sobre o assunto, isto para possibilitar pessoas a evitarem
os danos causados pelo descarte inadequado e saber utilizar a melhor maneira de
descartar destes materiais. Com o descarte de pilha espera-se desenvolver o

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pensamento crítico em pessoas.

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