Estudos Das Inequacoes Contribuicoes Par
Estudos Das Inequacoes Contribuicoes Par
Estudos Das Inequacoes Contribuicoes Par
OURO PRETO
2013
ADIL FERREIRA MAGALHÃES
OURO PRETO
2013
M188e Magalhães, Adil Ferreira.
Estudos das inequações [manuscrito] : contribuições para a formação do
professor de matemática na licenciatura / Adil Ferreira Magalhães – 2013.
127 f.: il. color.
CDU: 512:37.02
Catalogação: sisbin@sisbin.ufop.br
“A aprendizagem da matemática ressalta fenômenos complexos,
pois é necessário ao mesmo tempo levar em conta as
exigências científicas próprias dos conteúdos
matemáticos e o funcionamento cognitivo
do pensamento humano.”
(Raymond Duval)
AGRADECIMENTOS
Imagem 1 ................................................................................................................................. 32
Imagem 2 ................................................................................................................................. 32
Imagem 3 .................................................................................................................................. 48
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 ................................................................................................................................... 22
Quadro 2 ................................................................................................................................... 31
Quadro 3 ................................................................................................................................... 50
Quadro 4 ................................................................................................................................... 59
Quadro 5 ................................................................................................................................... 60
Quadro 6 ................................................................................................................................... 67
Quadro 7 ................................................................................................................................... 70
Quadro 8 ................................................................................................................................... 74
Quadro 9 ................................................................................................................................... 79
Quadro 10 ................................................................................................................................. 81
Quadro 11 ................................................................................................................................. 84
Quadro 12 ................................................................................................................................. 87
Quadro 13 ................................................................................................................................. 89
Quadro 14 ................................................................................................................................. 91
Quadro 15 ................................................................................................................................. 97
Quadro 16 ................................................................................................................................. 99
Quadro 17 ............................................................................................................................... 105
Quadro 18 ............................................................................................................................... 107
Quadro 19 ............................................................................................................................... 110
Quadro 20 ............................................................................................................................... 112
Quadro 21 ............................................................................................................................... 113
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 15
CAPÍTULO 1: A LITERATURA PERTINENTE AO TEMA .......................................... 21
CAPÍTULO 2: OS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................ 29
2.1 O contexto ...................................................................................................................... 29
INTRODUÇÃO
superficial. Segundo a literatura relativa a essa temática, que será descrita com mais detalhes
no Capítulo 1 deste texto, as dificuldades provêm de diferentes fontes que se misturam na
produção de um “fracasso anunciado” no ensino e na aprendizagem, tanto na escola básica
quanto na formação de professores de matemática para a Educação Básica.
As abordagens usuais no estudo das inequações procuram, no geral, enfatizar as
técnicas de resolução, normalmente seguidas dos problemas de “aplicação”. Foi desse modo
que procedi como professor durante certo tempo, trabalhando com esse tema. Tendo
percebido problemas com os resultados da aprendizagem, senti a necessidade da busca por
novas abordagens, de modo que as técnicas de resolução fizessem sentido para o aprendiz.
Com isso esperava que eles pudessem resolver as inequações, ao mesmo tempo em que
compreendiam o significado e o alcance dessas resoluções, sendo capazes de transferi-las,
então, para situações novas.
A tentativa de levar os estudantes a entender “os porquês” dessas técnicas nos
conduziu a reflexões mais abrangentes sobre a relação delas com a linguagem matemática, em
particular com a linguagem e o pensamento algébrico. Em busca desse olhar teórico, nos
deparamos, entre outros, com o trabalho de Veloso (2012) que nos transportou a uma reflexão
mais profunda sobre as possibilidades de uma abordagem centrada na compreensão do papel
de uma série de importantes elementos no desenvolvimento do pensamento algébrico, desde
os anos iniciais de escolarização. Podemos, então, compreender que o desenvolvimento do
pensamento algébrico provém de todo o processo de escolarização do estudante,
possibilitando uma melhor utilização da Matemática como ferramenta na resolução de
problemas, na criação de modelos matemáticos, na compreensão de fórmulas e interpretação
de gráficos, enfim na apropriação efetiva da linguagem e dos conceitos matemáticos
fundamentais para a inserção do indivíduo na sociedade contemporânea.
Dessa forma, entendendo que o pensamento algébrico não é algo que surge
naturalmente no cotidiano do estudante e é, comumente, desenvolvido no ambiente escolar,
vemos que a intervenção do professor é fundamental nesse processo. Segundo Radford (2011)
“para fazer com que o pensamento algébrico apareça e seja acessível aos estudantes, algumas
condições pedagógicas precisam ser criadas”.
Nesse sentido, observa-se que a visão tradicional do ensino da álgebra escolar está
vinculada a uma aprendizagem de regras para a manipulação de símbolos, simplificação de
expressões e procedimentos algorítmicos para resolução de equações e inequações, levando os
estudantes à mecanização dos procedimentos e memorização das regras, sem o entendimento
dos elementos conceituais envolvidos.
17
Percebemos então que existem vários recursos que poderão auxiliar professores e
estudantes no sentido de minimizar o abismo na compreensão da linguagem e dos conceitos
algébricos. Para Radford, a ação de percepção dos conceitos desdobra-se em um processo
mediado por atividades que envolvem palavras, gestos, fórmulas, desenhos, entre outros. A
esse processo Radford chama Objetificação (RADFORD, 2010a, p.44).
Para Radford, o pensamento algébrico pode se manifestar em diversos níveis,
usando diferentes recursos de linguagem e formas de generalização. Esses níveis seriam:
a) PENSAMENTO ALGÉBRICO FACTUAL ─ nesse nível, as generalizações
algébricas não atingem o plano do discurso, são expressas em ações concretas, gestos etc.
b) PENSAMENTO ALGÉBRICO CONTEXTUAL ─ aprofunda-se o processo de
objetificação, utilizando-se formas reduzidas de expressão, recorrendo-se a termos dêiticos
(simbologia intuitiva, não universal, que faz sentido num determinado contexto).
c) PENSAMENTO ALGÉBRICO PADRÃO ─ nesse nível utiliza-se, no processo
de identificação formal dos objetos matemáticos, uma linguagem artificial, precisa e
compactada (letras, fórmulas etc.).
18
CAPÍTULO 1
TRANSFORMAÇÃO
de uma representação semiótica em
uma outra representação semiótica
Como exemplos de tratamentos, poderíamos citar aqueles que usualmente são realizados na
resolução algébrica de uma inequação:
3x 4 1 19
→ 3x – 4 15 → 3x 19 → x . Essas transformações que levam ao
15 3 3
resultado final foram desenvolvidas dentro de um mesmo sistema de representação, portanto
constituiu um conjunto de tratamentos. Já para as conversões, necessitamos de uma mudança
no sistema de registro de representações, como por exemplo, passar da escrita algébrica de
uma equação à sua representação gráfica, ou traduzir uma situação-problema escrita em
linguagem natural para a linguagem algébrica ou gráfica.
Visto isso, observamos que a literatura específica sobre o tema das inequações, a
cuja revisão procederemos a seguir, influenciou de modo relevante nosso trabalho, no sentido
23
de que foi a partir da leitura minuciosa desses relatos que construímos a perspectiva mais
ampla, segundo a qual este nosso estudo veio a ser desenvolvido e, em particular, teve sua
questão de investigação formulada.
Marinho (1999) estudou as possibilidades de abordagem das inequações de
primeiro e segundo graus em turmas do Ensino Médio da rede estadual do Rio de Janeiro,
desenvolvendo uma pesquisa-ação. Elaborou e aplicou quatorze atividades, em encontros
semanais, e utilizou o diálogo entre professor-pesquisador e alunos durante a realização das
atividades como a principal fonte de coleta de dados. As conclusões indicam, entre outros
elementos, que a representação gráfica da inequação e a visualização proporcionada por esse
tipo de representação permitem que os alunos apreendam o sentido fundamental da relação de
ordem numa inequação, percebendo melhor a variação de sinal de uma função, e que, portanto,
a representação gráfica auxilia na aprendizagem e na resolução das inequações trabalhadas. O
referencial teórico utilizado pelo pesquisador foi a teoria dos campos conceituais de Vergnaud
(1998).
Traldi Jr (2002) focalizou a resolução de problemas de programação linear, num
estudo com alunos do Ensino Médio. Tendo como referencial a teoria de registros de
representação semiótica de Duval (1993), elaborou uma sequência didática, aplicando-a a uma
turma de terceiro ano, buscando resposta para a seguinte questão de investigação:
Será que se inserirmos nos processos ensino-aprendizagem do objeto matemático sistema de
inequações do 1º grau algumas atividades que focalizem o tratamento, a conversão e a
coordenação entre os registros de representação algébrica, gráfica e da língua natural, essas
atividades proporcionarão aos alunos condições favoráveis para apreensão desse objeto?
Aplicou um teste diagnóstico a um grupo de alunos (Turma A), que teve como
objetivo observar as estratégias utilizadas e as dificuldades encontradas por esses alunos na
resolução dos problemas propostos. A partir deste teste, elaborou uma sequência de atividades,
que foram aplicadas a duas turmas (a mesma Turma A e outra, que foi chamada de Turma B),
observando as estratégias utilizadas e as relações que se estabeleceram entre os alunos ao
longo do desenvolvimento das atividades. Em seguida, aplicou à Turma B, como pós-teste, o
mesmo teste que havia aplicado como diagnóstico para a Turma A. A conclusão foi a de que
no processo de ensino-aprendizagem do objeto sistema de inequações de 1º grau, a proposição
de atividades que permitam o tratamento, a conversão e a coordenação de registros de
representação, levam o aluno a condições mais favoráveis para a apreensão desse objeto. O
autor considera que os alunos evoluíram em relação aos conhecimentos sobre o objeto de
24
A partir dessa constatação, nos colocamos as seguintes perguntas: será que uma
abordagem mais ampla, trabalhando globalmente sobre o conjunto das possíveis fontes de
dificuldades de aprendizagem indicadas pela literatura e pela nossa experiência de sala de aula
no trabalho com as inequações, uma abordagem em que se tenta cobrir (pelo menos
parcialmente e no tempo permitido pelas condições de desenvolvimento do tema dentro de
uma disciplina) as deficiências de desenvolvimento do pensamento algébrico e funcional dos
estudantes da licenciatura, poderia levar a resultados mais substanciais e mais fortemente
evidenciados na aprendizagem do tema? Se não, quais seriam os principais fatores
impeditivos da obtenção de resultados satisfatórios? De modo geral, afinal, qual é a natureza
nuclear das dificuldades a serem enfrentadas no ensino e aprendizagem das inequações num
processo de formação de professores da educação básica?
Assim, a pesquisa que nos propusemos justifica-se porque construiu e
implementou (analisando criticamente seus resultados) uma sequência de atividades para a
sala de aula regular, envolvendo o ensino das inequações num curso de licenciatura em
matemática (ou seja, destinada à formação de futuros professores da Educação Básica),
visando conectar e integrar, num mesmo processo, diferentes possibilidades de atuação
didático-pedagógica sobre as dificuldades na aprendizagem do tema (conferir a descrição
detalhada das atividades que compõem a sequência construída no Capítulo 2, a seguir).
Considerando o estágio em que se encontram as pesquisas sobre o assunto (até onde
conseguimos ter acesso), considerando a nossa experiência de trabalho com o tema na
formação de professores e no Ensino Médio, considerando também a tese relativa à
importância do desenvolvimento do pensamento algébrico e funcional no ensino e na
aprendizagem do tema, formulamos a seguinte questão de investigação:
Qual o impacto do trabalho com uma determinada sequência de atividades
sobre a aprendizagem do tema Inequações, por alunos de um curso de Licenciatura em
Matemática?
Uma meta adicional que nos propusemos, além, naturalmente, de responder a
questão de investigação, foi delinear uma possibilidade de tratamento do tema na licenciatura
que possa orientar e subsidiar com consistência teórica, apoio na literatura especializada e
proximidade em relação aos recursos utilizáveis na Educação Básica, o eventual trabalho dos
futuros professores nas salas de aula da escola, nos níveis Fundamental e Médio. Esse
delineamento constituiu o nosso Produto Educacional.
29
CAPÍTULO 2
OS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
2.1 O contexto
2.2 Os participantes
Matemática. Dois desses estudantes têm formação superior completa e dez deles já iniciaram
outro curso superior, porém não concluíram.
Na descrição dos registros de campo usaremos a seguinte codificação: a letra E,
com índice numérico subscrito, identifica os estudantes. Assim E1 se refere ao estudante 1, E2
ao estudante 2, e assim sucessivamente, até o estudante E29 (estudante 29). Verificamos
através da lista de presença dos encontros (Apêndice A), que 11 estudantes faltaram a vários
encontros e que E29 não participou de nenhum deles, sendo, portanto, todos esses 12
estudantes desconsiderados, para efeitos deste estudo. Assim, ficamos com dados referentes a
17 estudantes.
eram recolhidas as respostas individuais e dos grupos (uma resposta para cada grupo), as
quais eram anexadas ao relatório de grupo, postados também comentários das dificuldades
encontradas para realização das tarefas, as estratégias utilizadas, aspectos considerados
importantes das discussões que haviam ocorrido no interior do grupo etc. (ver Apêndice C).
O pesquisador apenas acompanhava o desenvolvimento das atividades como
observador, mas a partir da intervenção realizada no quarto encontro, os estudantes passaram
a solicitar a ajuda dele para esclarecimento de dúvidas sobre enunciados de questões,
conferirem o encaminhamento dado a uma tarefa etc.
2a 3b
.2a b 2
a 3b
Multiplicar a soma do dobro de a com o triplo de b pelo
quociente entre o quadrado de b e o quadrado de a.
(x3 y 2 )(2x y)
Se x > 2 e y < 1, você pode afirmar que z será sempre diferente de 26?
Explique sua resposta.
x y
b) Na expressão 2xy - , se y = 3 e x > 2, o valor numérico poderá ser 21? 41? 100? –100?
3
c) Sendo y = 3 e x > 2, quais seriam os valores numéricos que a expressão (5x2 + 3x)(2x – 4y3) pode
assumir? Explique sua resposta.
a 2 - b3
d) Sendo a = 2 e b = -2, qual o valor numérico da expressão ?
2ab
e) Se a > 2 e b < - 2, o valor da expressão do item d) será positivo? Explique sua resposta.
f) Se 0 < a < 2 e b > 4, o valor da expressão do item d) poderá ser negativo? Explique sua resposta.
3. Complete os espaços vazios utilizando os símbolos = (igual), < (menor que) e > (maior que) de modo a
tornar as sentenças verdadeiras:
5ª questão: inequações simultâneas, dadas as possíveis soluções. O objetivo era fixar a ideia
do significado da solução: essencialmente, um número é solução se satisfaz a desigualdade
proposta.
5. Verifique quais dos números do conjunto A = {2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 23}
6ª questão: reconhecer que ao multiplicar os dois membros de uma desigualdade por número
negativo inverte-se o sentido da desigualdade, num caso que envolve mais de
um “passo”.
6. Marque a opção abaixo que corresponde a valores de x que satisfazem a inequação: 15 – x > 7 + x?
a) x > 4
b) x < 11
c) x >11
d) x < 4
2
IV. x – 2x + 1 4 V. x-2 1
c) Supondo que Leônidas seja dois anos mais velho que Maria, qual seria a idade de
Leônidas?
d) Supondo que Leônidas seja quatro anos mais novos que Pedro, qual seria a idade
de Leônidas?
3. Num campeonato de futebol, cada clube vai jogar duas vezes com cada um dos outros, em turno e
returno.
a) Complete a tabela abaixo
c) Se o número de partidas (p) for 90, qual o número (n) de clubes participantes do campeonato?
d) Dada a informação de que p (número de partidas) é um número entre 90 e 170, pode-se ter n (número de
clubes) igual a 50? Igual a 20? Igual a 200? Qual o intervalo em que n pode variar?
e) Dada a informação de que n (número de clubes) é um número entre 15 e 30, pode-se ter p (número de
partidas) igual a 306? Igual a 240? Igual a 812? Qual o intervalo em que p pode variar?
c) Qual a área de um trapézio quando a base maior for 10 cm, a base menor for 8 cm e a altura 5cm?
d) Qual a medida da base menor, quando a base maior for 11 cm, a altura 6 cm e área do trapézio for
de 63 cm2?
e) Qual é a medida da altura para que a área seja igual a 70 cm2, sabendo que as bases medem 14 cm
e 6 cm?
f) Qual é a medida da altura para que a área seja menor que 70 cm2, sabendo que as bases medem
14 cm e 6 cm?
g) Qual é a medida da altura para que a área seja maior que 70 cm2, sabendo que as bases medem
14 cm e 6 cm?
h) Expresse os itens e, f e g utilizando equações e inequações.
2. “Um vendedor recebe um salário fixo de R$ 600,00 mais uma comissão de 10% sobre o valor das
vendas que realiza no mês. Ele gasta, em média,, uma hora para vender o equivalente a R$ 120,00.”
b) Quantas horas ele deve trabalhar num mês para receber R$ 1.800,00
c) Quantas horas ele deve trabalhar em um mês para receber mais que R$ 6.000,00?
n(n - 3)
3. A fórmula d = fornece o número de diagonais de um polígono convexo, em função do número de
2
lados (n) do polígono.
n(n - 3)
f) Resolva a inequação > 20
2
n(n - 3)
h) Resolva a inequação 90 < < 230.
2
A partir de novembro do mesmo ano, a fábrica A vem aumentando mensalmente sua produção em 100
peças, e a fábrica B vem aumentando mensalmente sua produção em 300 peças.
b.1 Em que mês/ano a produção mensal da fábrica B será igual à produção mensal da
fábrica A?
b.2 Você acha que a produção mensal da fábrica B irá superar a produção mensal da
fábrica A? Se sim, em que mês e ano? Se não, explique sua resposta.
d) Em que mês e ano a fábrica B produzirá mais que 10 000 peças mensais?
g) Analise o gráfico com base nas situações apresentadas nos itens b.1 e b.2.
Faça os comentários que achar pertinentes.
2ª questão: área de um triângulo retângulo em função das medidas dos catetos; domínio da
função; resolução de equações e inequações apresentadas em linguagem natural; gráfico da
função. Nesta questão foi inserido o elemento geométrico, relacionando-a com a atividade
anterior, mas exigindo o trabalho com números irracionais.
Nessa figura, está representado um retângulo de lados AB = 5 e BC = 2. Para cada ponto E pertencente
ao lado BC, considere o ponto H pertencente ao lado AB tal que BE = AH.
f) É possível obter valores de x tais que S(x) seja maior que 3? Explique sua resposta;
1. Observe a figura:
F(x) = G(x)
b) Resolva:
- x + 3 = - 2x + 6 - x + 3 > - 2x + 6 - x + 3 < - 2x + 6
d) Elabore um problema cuja solução seja dada pela solução da equação apresentada no
item b. Idem para as inequações do item b.
F(x) = G(x)
b) Resolva:
- x2 + 5x - 6 = x - 3 - x2 + 5x - 6 > x - 3 - x2 + 5x - 6 < x – 3
3. Observe o gráfico:
d) Sendo F(x) = x - 2 e G(x) = 3 resolva a equação F(x) = G(x). Compare seu resultado
com o encontrado no item a.
1. Observe a figura:
45
c) Determine os valores de x para que a área do retângulo DEFG seja superior a .
4
21
d) Determine os valores de x para que a área do retângulo DEFG seja igual a .
4
2. No ano passado, Neto participou de um curso de Inglês no qual foi submetido a uma avaliação a cada
mês. Como Neto é fanático por Matemática, propôs uma fórmula para representar, mês a mês, seu
desempenho nessas provas.
x-6
Na expressão f(x) = 3 + , f(x) representa a nota obtida por Neto no exame realizado no mês x
2
( x = 1 corresponde a janeiro; x = 2, fevereiro e assim por diante).
c) Em que mês Neto obteve sua pior nota? Qual foi essa nota?
x-6
e) Resolva a inequação: 3 + >5
2
f) Analise os resultados obtidos nos itens b, c, d. Faça os comentários que achar pertinentes.
Não foi possível realizar uma avaliação coletiva do trabalho, no final da aplicação
de todas as seis atividades, uma vez que os estudantes preparavam-se para as provas especiais,
e os alunos já aprovados haviam sido dispensados pelo professor regente.
CAPÍTULO 3
QUADRO 3
Quadro Geral das Atividades e Rotas de Aprendizagem
Q1
Q2 Q1
Q3 Q2
Atividade 01 Q3 Atividade 02
Q4
Q5 Q4
Q6
Q1
Atividade 03 Q2 Q1
Atividade 04
Q3 Q2
Q1
Atividade 05 Q2 Q1
Q2 Atividade 06
Q3
LEGENDA
ROTA ATIVIDADE / QUESTÃO (Qij)
1 (R1) - ( ) Q23 ↔ Q33 ↔ Q52
2 (R2) - ( ) Q24 ↔ Q53 ↔ Q62
3 (R3) - ( ) Q31 ↔ Q42 ↔ Q61
4 (R4) - ( ) Q32 ↔ Q41 ↔ Q51
3.1 Estudante E1
estudo de sinal parcial, deixando o item d sem resposta; não apresentou nenhum registro para
o item e, como podemos observar na figura 21.
Verso da folha
No item g, dessa mesma questão, não completou um dos comentários realizados, fato que nos
chamou atenção. Entretanto, o primeiro comentário realizado foi suficiente para a conclusão
do item b.2 desta questão. Na Q51 o estudante obteve bom desempenho nos itens relativos à
resolução gráfica e algébrica. Relevante para nós foi a situação problema esboçada no item d
desta questão, quando apresentou uma forma possível (embora não muito correta, do ponto de
vista científico) de conversão da linguagem gráfica para a linguagem natural (neste caso, não
nos pareceu pedagogicamente correto enfatizar a inadequada relação imaginada pelo
estudante entre a temperatura e a expansão dos gases).
3.2 Estudante E2
convenientes para a solução desses itens, traduzindo da linguagem natural para a linguagem
algébrica e efetuando corretamente os tratamentos. Na questão Q42, o estudante apresentou
resolução correta para os itens a, b, c, d, realizando as traduções da linguagem natural para a
linguagem algébrica, inclusive para o item e. Nos itens, e, f, g, o estudante não apresentou
nenhum registro. Já para a questão Q61, o estudante apresentou resolução correta para os itens
a, b, c, e. Porém, apesar de realizar corretamente as traduções da linguagem natural para a
algébrica nos itens d, f, o estudante não desenvolveu estes itens.
QUADRO 5
Resumo da análise da trajetória do Estudante E2 ao longo da sequência de atividades
3.3 Estudante E3
resolução correta para os itens a, b, confirmando nossa tese de avanço de aprendizagem nessa
rota.
QUADRO 6
Resumo da análise da trajetória do Estudante E3 ao longo da sequência de atividades
Rota 1 Rota 2 Rota 3 Rota 4
A A NA A
3.4 Estudante E4
3.5 Estudante E5
Q52, o estudante apresentou respostas corretas na resolução gráfica e algébrica, embora não
tenha registrado nenhum comentário a respeito das soluções encontradas. Diante disso,
constatamos que houve algum avanço nessa rota de aprendizagem. Nas figuras abaixo,
apresentamos as soluções de duas das três questões dessa rota, com dados que acreditamos
fundamentar nossas conclusões de avanço.
Não houve avanço nessa rota de aprendizagem (tipo NA). O estudante apresentou,
ao longo dessa rota, um desempenho estabilizado ou até mesmo um declínio de desempenho.
Consegue registros corretos no desenvolvimento da primeira questão, Q31, desenhando a
figura (apesar de fora da escala), respondendo corretamente o item c (cálculo da área do
trapézio) e resolvendo as equações e inequações propostas, traduzindo da linguagem natural
para a linguagem algébrica. No item h, apresentou como solução o conjunto S = {x /7<
x < 7}, registro para o qual não conseguimos dar sentido na análise. Quanto à questão Q42,
observamos que o estudante apresentou a lei e o domínio da função, mas não desenvolveu
corretamente os outros itens, como podemos observar na figura abaixo. Em relação à questão
Q62, observamos que o estudante resolveu apenas a equação referente ao item a, não
apresentando nenhum registro para os demais itens.
74
Sinais de avanço podem ser observados nessa rota de aprendizagem (A) para o
estudante E5. Equivocou-se ao preencher o primeiro item da tabela da primeira questão desta
rota (Q32) e resolveu a inequação como se fosse equação, perdendo a congruência do objeto
ao converter da linguagem natural para a linguagem algébrica. No entanto, na resolução das
questões Q41 e Q51 o estudante apresentou melhor desempenho, ou seja, resolveu corretamente
todos os itens, exceto o item h da questão Q51, onde se pedia para inventar uma situação-
problema que pudesse levar à inequação resolvida num dos itens.
QUADRO 8
Resumo da análise da trajetória do Estudante E5 ao longo da sequência de atividades
3.6 Estudante E6
QUADRO 9
Resumo da análise da trajetória do Estudante E6 ao longo da sequência de atividades
3.7 Estudante E7
3.8 Estudante E8
que... acima.” Para a resolução algébrica o estudante apresentou equívocos na resolução das
inequações, apresentando resolução correta apenas para a equação proposta no item.
QUADRO 11
Resumo da análise da trajetória do Estudante E8 ao longo da sequência de atividades
Rota 1 Rota 2 Rota 3 Rota 4
NA NA NA A
3.9 Estudante E9
corretamente o item a da questão Q52, defendemos a tese de não avanço, já que não resolveu
as inequações relativas ao item b, da referida questão.
abaixo:
QUADRO 12
Resumo da análise da trajetória do Estudante E9 ao longo da sequência de atividades
Não houve avanço nessa rota de aprendizagem (tipo NA). O estudante mostrou
desempenho muito bom na questão Q31, o que não se manteve nas questões seguintes.
Ressaltamos, na Q31, o item h, quando apresenta traduções da linguagem natural para a
linguagem algébrica, o que nos chamou atenção, pois dentre os cinco estudantes analisados
até agora, E12 foi o único que “expressou as perguntas dos itens e, f, g, utilizando equações e
inequações”. Na resolução da questão Q42, o estudante apresentou a lei e o domínio da função
(itens a, b), e não respondeu os demais itens. Na resolução da questão Q61, o estudante
apresentou apenas tentativas em que erra frequentemente nos tratamentos e na tradução
algébrica das questões postas na linguagem natural.
Houve avanço nessa rota de aprendizagem (A). O estudante não mostrou um bom
desempenho na questão Q23 (respostas incorretas para todos os itens); na Q33, preencheu
parcialmente a tabela e respondeu corretamente o item d, no item e não chegou ao final da
solução, deixando os demais itens desta questão em branco. Já na questão Q52, o estudante
resolveu graficamente e algebricamente os itens propostos, além de apresentar o comentário
solicitado no item c.
Não houve avanço nessa rota de aprendizagem (tipo NA). O estudante apresentou
um desempenho decrescente em relação às questões dessa rota. Iniciou, resolvendo
corretamente a maioria dos itens da questão Q31, exceto os itens b, h. Na questão Q42, resolveu
corretamente os itens a, b, determinação da lei e o domínio da função, mas não resolveu os
itens c, e, f. No item d, não deu continuidade à resolução, interrompendo sem desenvolver os
tratamentos adequados. Entretanto, o estudante construiu o gráfico da função área,
esquecendo-se da condição de existência, que impunha restrições ao domínio. A tese do NA
se confirma com a inexistência de registros da questão Q61.
103
QUADRO 17
Resumo da análise da trajetória do Estudante E14 ao longo da sequência de atividades
QUADRO 18
Resumo da análise da trajetória do Estudante E15 ao longo da sequência de atividades
QUADRO 19
Resumo da análise da trajetória do Estudante E16 ao longo da sequência de atividades
QUADRO 20
Resumo da análise da trajetória do Estudante E18 ao longo da sequência de atividades
QUADRO 21
ROTAS
Estudantes
Rota 1 Rota 2 Rota 3 Rota 4
E1 A NA NA A
E3 A A NA A
E4 NA A NA NA*
E5 A NA NA A
E6 NA A NA NA*
E7 NA NA NA NA*
E8 NA NA NA A
E9 NA NA NA NA*
E10 NA NA NA NA*
E11 NA A NA NA*
E12 A A NA A
E14 A A NA A
E15 NA A NA NA
E16 A A NA NA*
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAI, J. & KNUTH, E. (Eds.) Early Algebraization. Berlin: Springer - Verlag, 2011.
APÊNDICES
APÊNDICE A
APÊNDICE B
APÊNDICE C
RELATÓRIO DO GRUPO
Em cada espaço abaixo, descreva o tipo de estratégia utilizada para resolver cada questão e
assinale as dificuldades encontradas nessas resoluções.
QUESTÃO 1
QUESTÃO 2
QUESTÃO 3
QUESTÃO 4
QUESTÃO 5
QUESTÃO 6
QUESTÃO 7
124
APÊNDICE D
QUESTIONÁRIO DOS ESTUDANTES
Este instrumento 1 tem por objetivo obter dados dos alunos participantes da
pesquisa com o intuito de fornecer subsídios para a dissertação de Mestrado de Adil Ferreira
Magalhães para o Mestrado Profissional em Educação Matemática.
Suas respostas são fundamentais para qualificar as informações geradas a partir
deste instrumento.
IDENTIFICAÇÃO DO INFORMANTE:
Para as questões de múltipla escolha, preencha com X.
1) Idade: RESULTADO – QUESTÃO 1
A B C D E
A) ( ) até 20 anos
10% 35% 38% 14% 3%
B) ( ) de 21 a 30 anos
C) ( ) de 31 a 40 anos
D) ( ) de 41 a 50 anos
E) ( ) mais de 50 anos
1
Questionário baseado no Relatório de Questionários – Unigestor Processo Seletivo – AIX Sistemas
(Questionário sócio-econômico preenchido pelos alunos no processo de seleção)
125
B) ( ) Noturno
10) Você conhece as atividades que pode desenvolver na profissão que está escolhendo?
A) ( ) Sim
RESULTADO – QUESTÃO 10
B) ( ) Não A B C
42% 3% 55%
C) ( ) Um pouco