Caracterize As Alterações Oftalmológicas A Seguir
Caracterize As Alterações Oftalmológicas A Seguir
Caracterize As Alterações Oftalmológicas A Seguir
SINAIS CLÍNICOS
Os sintomas são decorrentes do incômodo que a inflamação dos olhos
causa. Blefaroespasmo (contração involuntária da pálpebra), enoftalmia
(afundamento do globo ocular dentro da órbita), hiperemia e hiperplasia
conjuntival, presença de terceira pálpebra, pus ou secreção ocular, entre
outras alterações decorrentes de infecção.
DIAGNÓSTICO
Após um exame físico no animal, é necessário realizar um exame
oftalmológico completo. O teste lacrimal de Schirmer para aferir a
quantidade de lágrima produzida é um dos principais métodos
diagnósticos.
Já o teste com corante de fluoresceína tem como objetivo principal
detectar úlceras de córnea, avaliar a integridade da córnea e determinar
a qualidade da película lacrimal.
O BUT (Break up Time) identifica em quanto tempo após o piscar dos
olhos o filme lacrimal permanece protegendo a córnea.
TRATAMENTO
Há duas possibilidades de tratamento da Ceratoconjuntivite Seca, sendo
eles o medicamentoso e cirúrgico. O medicamentoso visa a recuperação
da umidade das estruturas oculares ressecadas em conjunto com o
tratamento de transtornos secundários, como a conjuntivite bacteriana.
Esta pode aparecer por conta da alta carga bacteriana, resultado da falta
de conteúdo lacrimal, principal responsável pela higienização. Portanto,
faz-se necessário a administração de colírios antibacterianos para o
tratamento.
As soluções à base de tobramicina são as mais utilizadas devido a sua
alta eficácia no controle de infecções.
Além dos antibióticos, mostra-se eficaz a administração da ciclosporina A
tópica quando a etiologia é autoimune. Acredita-se que a ciclosporina A
exerce efeito terapêutico inibindo e proliferando linfócitos-T helper na
glândula lacrimal, o que permite a regeneração da glândula e retomada
da função de secreção.
Além disso, esse imunossupressor ainda é capaz de diminuir a
inflamação, aliviando a dor do paciente.
Quando o tratamento por medicamentos não for suficiente, é indicado o
procedimento cirúrgico.
O mais recomendado é a transposição do ducto parotídeo, que como
resultado, fortalece a lubrificação dos olhos, porém, é necessário verificar
se o animal produz saliva normalmente antes de considerar a cirurgia –
xerostomia (boca seca), ocasionalmente acompanha a Ceratoconjuntivite
Seca!
b) ÚLCERA DE CÓRNEA
A Úlcera de Córnea, também conhecida por Ceratite Ulcerativa ou úlcera
corneana, é uma doença ocular de grande incidência na rotina dos
veterinários que atendem animais de pequeno porte. A doença consiste
basicamente na lesão e inflamação das camadas da córnea, que é a
estrutura mais externa dos olhos. A córnea tem uma função refrativa
importante, mantendo uma barreira protetora entre o olho e o meio
ambiente. Apesar de exposta a riscos ambientais, a córnea mantém a
integridade de sua superfície externa, substituindo continuamente seu
epitélio superficial e fornecendo uma cobertura protetora do filme lacrimal
pelas glândulas lacrimais1
As úlceras de córnea em cães e gatos podem ser classificadas como
superficiais ou profundas, dependendo do grau do ferimento. As
superficiais costumam ser menos perigosas, pois a cicatrização é mais
rápida e causa menor incômodo aos animais. Entretanto, é importante
destacar que uma lesão superficial pode evoluir para uma lesão profunda
caso o animal coce frequentemente a região ou ocorra uma infecção
secundária. Dessa forma, a classificação da profundidade é essencial
durante o diagnóstico, visto que a escolha do tratamento está diretamente
relacionada com o grau de lesão.
Causas
Diversos fatores podem causar uma úlcera na córnea, sendo o trauma a
causa mais comum. Além do trauma, também podem causar lesões:
infecções oculares (por vírus, fungos, bactérias e protozoários), corpos
estranhos, queimaduras por alguma substância química (produtos
tóxicos), deficiência na produção do filme lacrimal (Ceratoconjuntivite
Seca), paralisia de nervo facial, cílios ectópicos (mal posicionados,
virados para dentro da pálpebra), doenças primárias nas córneas,
incapacidade de fechar as pálpebras por completo (entra poeira e outros
agentes irritantes), tumores na face, entre outros.
Microrganismos da flora normal da região dos olhos (conjuntiva
principalmente) podem se tornar patógenos em potencial se ocorrer dano
tecidual à córnea. A maioria das bactérias presentes na ceratite ulcerativa
em cães são Gram-positiva, sendo Staphylococcus spp. a população
mais comum, seguida por estreptococos β-hemolíticos e Pseudomonas
aeruginosa2.
As causas relacionadas irritam o olho afetado do animal, que coça
repetidamente a região a fim de amenizar o incômodo. Dependendo da
intensidade, o ato de coçar pode machucar as camadas da córnea,
agravando ainda mais a situação.
Sinais Clínicos da úlcera de córnea
Os principais sinais clínicos que um animal com Úlcera de Córnea
manifesta são: dor intensa nos olhos, lacrimejamento frequente, fotofobia
(sensibilidade à luz), piscar rápido e constante (em algumas situações
pode até ficar sem conseguir abrir o olho), miose (diminuição do tamanho
da pupila), ato de coçar e/ou esfregar os olhos regularmente, edema
ocular, opacidade da córnea, eritema (vermelhidão pela dilatação dos
vasos), enoftalmia (retração do olho em relação a órbita ocular) e
deslocamento da membrana nictitante. Em casos mais duradouros e com
infecção secundária, também é possível notar secreção com pus.
Diagnóstico da úlcera de córnea em cães e gatos
O diagnóstico da Ceratite Ulcerativa é feito através da apresentação
clínica do animal. Dependendo da profundidade da úlcera é possível
visualizar espontaneamente. Entretanto, é necessário realizar um exame
oftalmológico completo e fazer o teste com fluoresceína para a
confirmação da doença. A fluoresceína é uma substância (corante) de
coloração verde fluorsforescente que, ao ser pingada no olho, colore e
gera contraste em todas as lesões presentes na córnea. É importante
dizer que só é possível visualizar o corante com o auxílio de uma luz
especial e que o próprio filme lacrimal remove a fluoresceína em poucos
minutos. O reconhecimento de um processo infeccioso também é
necessário para iniciar o teste diagnóstico apropriado e o tratamento
efetivo.
Tratamento da úlcera de córnea
Conforme falamos no início, o tratamento varia de acordo com o grau de
profundidade e gravidade da lesão. Existem diversos tipos de tratamento
e medicamentos para tratar a Úlcera de Córnea. Na maioria dos casos, o
protocolo terapêutico básico consiste na limpeza da região afetada,
administração tópica (local) de antibióticos e antiinflamatórios em forma
de colírio. O antibiótico deve ser utilizado mesmo que não haja infecção
para prevenir uma possível contaminação secundária. O tratamento
bemsucedido da infecção bacteriana requer o uso de antimicrobiano
apropriado a uma frequência eficaz, idealmente selecionado com base
em cultura e testes de sensibilidade. O Médico Veterinário será o
responsável para avaliar a situação e definir qual a duração e a
frequência ideal de aplicação dos bactericidas. Também cabe ao Médico
Veterinário avaliar se há a necessidade de incluir outros fármacos na
terapia, como o EDTA (anticoagulante), midriáticos (dilatador de pupila)
e Sulfato de Condroitina (imunomodulador e lubrificante).
Para casos mais graves ou em que a terapia clínica não surtiu o efeito
esperado, uma boa opção é a realização de um dos procedimentos
cirúrgicos disponíveis, conhecido por “Flap de Terceira Pálpebra”. Essa
cirurgia nada mais é do que o recobrimento dos olhos (córnea) com a
terceira pálpebra, que é uma membrana biológica discretamente
localizada no canto dos olhos, entre a pálpebra principal e a córnea. Esse
recobrimento é fundamental para proteger a córnea e garantir uma
recuperação eficiente.
C) ENTRÓPIO/ECTRÓPIO
Causas e fatores de risco para o entrópio em cães
Há dois tipos distintos de entrópio em cães ou a chamada pálpebra
invertida, dependendo das causas, seja ela primária ou secundária. O
entrópio primário ou congênito pode ocorrer devido a um defeito durante
o desenvolvimento do cachorro ou devido a defeitos congênitos e é
hereditário. O entrópio secundário ou espático é adquirido e é devido a
causas ambientais, como a entrada de corpos estranhos na córnea,
ulcerações ou conjuntivite.
O entrópio primário é mais comumente encontrado em filhotes de
cachorro e cães jovens. Ele tem um componente genético muito
importante e, por esta razão, é mais frequente em certas raças,
especialmente aquelas que contam com faces planas e focinho
achatado ou aquelas com rugas na face.
Sintomas de entrópio em cães
É importante levar seu cachorro ao veterinário o mais rápido possível se
forem detectados sintomas de entrópio. Os principais sinais de alerta para
este tipo de problema são os seguintes:
• Olhos lacrimejando ou excesso de lágrimas.
• Descarga ocular, que pode conter sangue ou pus.
• Pálpebra visivelmente invertida para dentro.
• Irritação dos olhos.
• Pele mais grossa ao redor dos olhos.
• O cão fica com os olhos semifechados.
• Blefaroespasmos (espasmos das pálpebras que estão sempre
fechadas).
• Dificuldade para abrir os olhos.
• Queratite (inflamação da córnea).
• Ùlceras na córnea.
• Perda de visão (em casos avançados).
• O cachorro esfrega seus olhos constantemente, causando mais
danos a si mesmo.
• Letargia (energia abaixo do normal)
• Agressividade por causa da dor.
• Depressão.
Diagnóstico do entrópio em cachorros
O entrópio em cães é fácil de diagnosticar, embora só possa ser
identificado por auscultação clínica por um veterinário. Em qualquer caso,
o veterinário fará um exame oftalmológico completo para descartar
outras complicações e problemas similares ao entrópio (como a
distiquíase, que é o mau posicionamento de cílios isolados, ou
blefaroespasmo).
Tratamento para o entrópio em cães
Na grande maioria dos casos, em quase sua totalidade, na verdade, a
solução para o entrópio em cães é a cirurgia. No entanto, há uma questão
aí: este problema de desenvolve até a fase adulta do cachorro ou seja, a
cirurgia não é indicada para um cachorro ainda em crescimento. Portanto,
o ideal é esperar que ele tenha entre 5 e 12 meses de idade para realizá-
la. Também é comum que seja necessária mais uma cirurgia para essa
correção.
Se você vive com um filhote de cachorro e já identificiou que ele tem
entrópio, converse com o veterinário para que ele realize procedimentos
periódicos temporários, até que o cão atinja uma idade em que a
cirurgia seja apropriada. Lembre-se de que se este problema não for
tratado, o entrópio pode causar cegueira.
Possivelmente o veterinário prescreverá um colírio lubrificante para os
olhos do cachorro com o objetivo de reduzir a inflamação e tratar
possíveis inflamações na região ocular.
ECTRÓPIO
D ) ULVEITE
Uma vez que é diagnosticada, um exame físico geral deve ser realizado,
caso a uveíte seja realmente um sinal precoce de doença interna ou
sistêmica. A avaliação pode incluir exames de sangue ou testes
oftalmológicos mais específicos. O exame ocular consiste em uma
inspeção visual do interior do olho com uma lâmpada e a medição da
pressão ocular.
E) GLAUCOMA
O glaucoma em cães e gatos é uma doença que afeta muitos animais e,
dentre os domésticos, o cão é o mais afetado. Ele ocorre quando há o
aumento da pressão intraocular, que leva à morte das células do nervo-
óptico e retina.
Glaucoma primário
O glaucoma primário é causado quando existe uma doença congênita.
Ele passa de uma geração a outra de animais, sendo mais fácil de
identificar. Os poros do olhos responsáveis pela drenagem costumam ser
menores ou angulados, dificultando a eliminação do líquido.
Glaucoma secundário
O glaucoma secundário é resultado de algo que impeça a drenagem, por
exemplo, uma inflamação ocular. Nesse caso, uma lesão que pode ser
resultado de uma coceira, batida, etc. e resultado desse dano.
Tonometria
A tonometria também é utilizada para realizar a avaliação. Esse exame
de glaucoma é feito utilizando um aparelho chamado tonômetro, onde é
possível medir a pressão intraocular.
Fundoscopia
A fundoscopia é outro exame de glaucoma em cachorros muito utilizado.
Ele vai avaliar o fundo dos olhos com auxílio de instrumentos.
Gonioscopia
A gonioscopia avalia o ângulo iridocorneano. O oftalmologista utiliza um
espelho com lente posicionado na córnea do animal e permite essa visão.
De qualquer forma, não precisa isolar o seu animal dos demais achando
que pode haver contágio do glaucoma em outros animais.
F ) CATARATA
• Uveíte: inflamação dos olhos que, se não tratada, pode evoluir para
uma catarata.
• Atrofia progressiva de retina: principalmente nas raças Poodle e
Cocker.
• Diabetes mellitus: a hiperglicemia (aumento de açúcar no sangue)
causa alterações metabólicas que modificam as proteínas do
cristalino, dando origem a catarata. Muitos cães que apresentam
perda de peso progressiva e catarata podem ser diabéticos em um
estágio avançado.