Avaliação Da Incidência de Obesidade em Pacientes Com Diagnóstico de Asma Atendidos No Ambulatório de Pneumopediatria de Um Hospital de Atenção Terciária
Avaliação Da Incidência de Obesidade em Pacientes Com Diagnóstico de Asma Atendidos No Ambulatório de Pneumopediatria de Um Hospital de Atenção Terciária
Avaliação Da Incidência de Obesidade em Pacientes Com Diagnóstico de Asma Atendidos No Ambulatório de Pneumopediatria de Um Hospital de Atenção Terciária
Melina Marques Gomes, Osvaldo Saraiva Marques Júnior, Vinícius Marques Gomes
RESUMO
A asma é uma doença inflamatória crônica que gera uma hiper-responsividade das vias aéreas
acarretando crises frequentes de sibilância, dispneia, opressão torácica e tosse. Este trabalho teve
como objetivo caracterizar o perfil dos pacientes portadores de asma, atendidos em um Hospital
de Atenção Terciária para que possam ser implementadas orientações nutricionais a esses
pacientes. Trata-se de um estudo transversal, onde foi analisado o índice de massa corpórea em
pacientes asmáticos maiores de 6 anos e menores de 18 anos, sendo os dados obtidos por
medidas antropométricas e do preenchimento de formulário aplicado durante ambulatório de
Pneumopediatria. Observou-se uma maior prevalência de asma na população pediátrica
masculina, concordando com a literatura. A taxa de obesidade concomitante com asma foi de
24,67%, maior do que na literatura. Em parte, tal fato reforça a tendência de associação entre
asma e obesidade observada em diversos estudos. O uso de corticoides inalatórios concorda com
as preconizações e consenso terapêutico de eficácia no tratamento de crises asmáticas.
Palavras-chave: Asma, Pediatria, Obesidade, Índice de massa corpórea.
ABSTRACT
Asthma is a chronic inflammatory disease that causes hyperresponsiveness of the airways leading
to frequent bouts of wheezing, dyspnea, chest tightness and cough. The objective of this study
was to characterize the profile of patients with asthma treated at a Tertiary Care Hospital so that
nutritional guidelines can be implemented for these patients. This is a cross-sectional study, in
which the body mass index was analyzed in asthmatic patients over 6 years of age and under 18
years of age. The data were obtained by anthropometric measurements and the form filled out
during a Pneumopediatrics outpatient clinic. A higher prevalence of asthma was observed in the
male pediatric population, in agreement with the literature. The rate of obesity concomitant with
asthma was 24.67%, higher than in the literature. In part, this fact reinforces the tendency of
association between asthma and obesity observed in several studies. The use of inhaled
corticosteroids agrees with the recommendations and therapeutic consensus of efficacy in the
treatment of asthmatic crises.
Keywords: Asthma, Pediatrics, Obesity, Body mass index.
Colloquium Vitae, vol. 10, n. Especial 5, Jul–Dez, 2018, p.07-14. ISSN: 1984-6436. DOI: 10.5747/cv.2018.v10.nesp5.000326
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INTRODUÇÃO
A asma é uma doença inflamatória crônica que atinge o trato respiratório. A inflamação
ocasionada pela doença gera uma hiper-responsividade das vias aéreas acarretando crises
frequentes de sibilância, dispneia, opressão torácica e tosse principalmente à noite e ao despertar.
As exacerbações são passageiras e ocorrem devido à obstrução das vias aéreas, porém, o processo
inflamatório é persistente mesmo fora do período de crises. Os episódios podem ser revertidos
espontaneamente ou controlado através do uso de medicamentos1.
A asma afeta cerca de 300 milhões de indivíduos em todo o mundo. No Brasil, existem
aproximadamente 20 milhões de asmáticos, se for considerada uma prevalência global de 10% 2.
Os pacientes com asma grave representam apenas 5%-10% dos casos, porém apresentam maior
morbimortalidade relativa, e são responsáveis por um consumo exageradamente alto dos recursos
de saúde em relação aos grupos de menor gravidade. Portadores de asma grave não controlada
procuram 15 vezes mais as unidades de emergência médica e são hospitalizados 20 vezes mais
que os asmáticos moderados3.
A etiopatogenia da asma envolve uma série de reações inflamatórias mediadas por
inúmeras células imunológicas. Esse mecanismo leva a contração da musculatura lisa brônquica,
ao edema da mucosa e a hipersecreção, que juntos acarretam o estreitamento dos brônquios,
sendo este intermitente e reversível. Porém, a hiper-responsividade brônquica e resposta
exagerada aos estímulos podem ser irreversíveis e levar ao remodelamento em longo prazo 1.
O diagnóstico da asma deve ser baseado na anamnese e exame físico e sempre que
possível nas provas de função pulmonar4. Na anamnese são indicativos de asma: um ou mais dos
sintomas dispneia, tosse crônica, sibilância, aperto no peito ou desconforto torácico,
particularmente à noite ou ao despertar; sintomas episódicos; melhora espontânea ou pelo uso de
medicações para asma; três ou mais episódios de sibilância no último ano; variabilidade sazonal
dos sintomas e história familiar positiva para asma; e diagnósticos alternativos excluídos 5.
O exame físico frequentemente é normal na intercrises, mas o achado mais característico e
frequente é a presença de sibilos na ausculta, especialmente na expiração forçada2.
As provas de função pulmonar informam sobre a intensidade da limitação ao fluxo aéreo,
sua reversibilidade e variabilidade. A espirometria é útil para diagnóstico, avaliação da gravidade,
monitorização e avaliação da resposta ao tratamento. Ela deve ser utilizada nas crianças a partir
dos cinco anos. O volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) pós-broncodilatador é o
melhor parâmetro espirométrico para avaliar mudanças em longo prazo na função pulmonar,
sendo um indicador de progressão da doença. A medida do pico de fluxo expiratório (PFE) serve
para avaliar a variabilidade da obstrução; auxilia a monitorização clínica e a detecção precoce de
crises3. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria os achados funcionais pulmonares compatíveis
com a asma são um aumento de VEF1 maior que 12% e maior que 200 mL depois da
administração de broncodilatador. Nos pacientes menores de 2 anos o diagnóstico é clínico1.
A asma pode ser classificada da seguinte forma segundo a Global Initiative of Asthma, bem
controlada, parcialmente controlada e não controlada de acordo com uma avaliação feita nas
últimas 4 semanas. O paciente deve responder a quatro perguntas: - Possui sintomas diurnos mais
do que 2 vezes por semana; - Possui despertares noturnos; - Necessitou usar medicação de alívio
mais do que duas vezes por semana; - Possui alguma limitação de atividade em decorrência da
asma. Se a resposta for não para todas elas à asma é bem controlada, se o paciente responder sim
a uma ou duas dessas perguntas a asma será parcialmente controlada e se responder sim a três ou
mais a asma será não controlada2.
Existem duas formas de tratamento medicamentoso da asma, o tratamento para a
manutenção e o tratamento para as crises. O tratamento de manutenção é baseado no uso de
corticoides inalatórios. Há numerosas evidências de que eles são efetivos no controle dos
sintomas da asma e na redução da intensidade da inflamação das vias aéreas, e de que esses
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METODOLOGIA
Trata-se de um estudo transversal, onde serão analisados os Índices de Massa Corpórea de
pacientes com diagnóstico de asma maiores de 6 anos e menores de 18 anos, atendidos no
ambulatório de pneumopediatria de um hospital de Presidente Prudente/SP, no período de
fevereiro a maio de 2018. Foram excluídos os menores de 6 anos devido à dificuldade de
diagnóstico da asma em tais pacientes.
Após explicitação detalhada do propósito do estudo, bem como de suas limitações, os
responsáveis assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE) e o Termo de
Assentimento e foram colhidas as medidas antropométricas e preenchimento de formulário.
No estudo foram observados os critérios preconizados na Resolução 466/12 do Conselho
Nacional de Saúde (CNS), que regulamenta as normas éticas para pesquisa com seres humanos no
Brasil, garantindo o sigilo das informações coletadas dos pacientes e seus dados pessoais. O
projeto foi cadastrado na Plataforma Brasil e submetido ao Comitê de Ética (CAAE
87939618.0.0000.5515), para sua análise e aprovação. O protocolo de pesquisa envolveu os
seguintes itens: sexo, idade, peso, altura, índice de massa corpórea, uso de corticoide inalatório e
uso de corticoide oral no último ano. As medidas antropométricas foram tomadas, de acordo com
a Organização Mundial de Saúde13,14.
Utilizou-se uma balança com capacidade para até 100 kg para aferição do peso e verificou-
se a estatura por meio de um antropômetro com escala de precisão de 0,1 cm. Posicionou-se o
paciente sobre a base do antropômetro, estando descalço, ereto, com o peso do corpo distribuído
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igualmente sobre ambos os pés, colocando as superfícies posteriores dos calcanhares, as nádegas
e a região occipital em contato com a escala de medida, e com a cabeça orientada de modo que a
linha de visão ficasse perpendicular ao corpo. A referência para mensuração foi o ponto mais alto
da cabeça com pressão suficiente para comprimir o cabelo14.
A classificação do estado nutricional foi realizada de acordo com os novos critérios
adotados pela literatura e utilizando-se os indicadores peso-para-idade (P/I), estatura-para-idade
(E/I), peso-para-estatura (P/E), e índice de massa corporal para a idade (IMC/I)13,14.
RESULTADOS
Foram incluídos no estudo 60 pacientes, dos quais 36 eram do sexo masculino (60%) e 24
do feminino (40%) (FIGURA 1). As idades variaram entre 6 e 17 anos, com a média de 10,6 anos (
[DP] = ± 3,02) (FIGURA 2); o cálculo do coeficiente de assimetria resultou em 0,31 (para beta) e
0,32 (para gama) e um teste de normalidade de acordo com Shapiro-Wilk de 0,021 (W = 0,95).
O peso dos pacientes variou entre 17 e 89 kg, com a média de 44,8 kg (Desvio-Padrão [DP]
= ± 16,26) (FIGURA 3); o cálculo do coeficiente de assimetria resultou em 0,45 (para beta) e 0,46
(para gama) e um teste de normalidade de acordo com Shapiro-Wilk de 0,10 (W=0,96). Foram
identificadas 13 crianças obesas (21,67%).
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A altura dos pacientes variou entre 1,06 e 1,80 metros, com a média de 1,46 metros ([DP] =
± 0,17) (FIGURA 4); o cálculo do coeficiente de assimetria resultou em -0,30 (para beta) e -0,31
(para gama) e um teste de normalidade de acordo com Shapiro-Wilk de 0,23 (W=0,97).
O Índice de Massa Corporal (IMC) variou entre 15,1 e 35 kg/m², com a média de 20,6 kg/m²
(Desvio-Padrão [DP] = ± 4,6) (FIGURA 5); o cálculo do coeficiente de assimetria resultou em 1,08
(para beta) e 1,12 (para gama) e um teste de normalidade de acordo com Shapiro-Wilk de 0,003
(W=0,91). O percentil do IMC variou entre 1% e 99%, com a média de 71%.
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DISCUSSÃO
A asma e obesidade tem tido um aumento em sua prevalência a nível mundial, levando a
comunidade científica a analisar esta relação de forma mais íntima15.
O presente estudo revelou uma maior prevalência no sexo masculino (60%), tal dado
corrobora com outro estudo16, onde a prevalência da incidência de asma em crianças do sexo
masculino era de 70,6%. Entretanto na comparação com tal estudo a média de idade encontrada
foi maior (10,6 anos). Tal fato explica-se pelas diferenças geográficas e pela amplitude das idades
incluídas nos estudos de forma individual. Tal prevalência maior no sexo masculino também é
reforçada em metanálise realizada em outro trabalho 17, porém com porcentagem menor, visto as
diferenças geográficas e populacionais.
No estudo já citado16, a incidência de obesidade na população pediátrica estudada foi de
8,2%, inferior a taxa encontrada no presente estudo de 21,67%. Tal expressiva incidência sugere e
reforça uma relação relevante entre a obesidade e a asma em crianças. Vários estudos tem
descrito o “fenótipo obeso-asma”, entretanto não é muito claro o seu significado, além de
demonstrar que a severidade dos sintomas da asma é maior em pacientes obesos 18.
Em outro recente estudo do tipo caso-controle, foi descrita uma possível associação entre
a obesidade central e a asma em criança e adolescentes, com um Odds-Ratio de 1,52 em relação
ao controle utilizado19.
Dentre os fatores que relacionam a obesidade à asma ressaltam a maior exposição a
alérgenos, a fumaça do tabaco e a alimentação menos saudável, pelo sedentarismo e maior tempo
dentro de suas residências20. Altos índices concomitantes de obesidade e asma podem relacionar-
se com o fato da primeira produzir manifestações que mimetizam a segunda, como dispneia,
aumento do esforço respiratório, apneia do sono, hipoventilação e refluxo gastroesofágico21.
Diante da alta incidência da utilização de corticosteroides inalatória (63,33%), afirma que a
corticoterapia por tal via está bem estabelecida na terapêutica, pois associa-se com uma
diminuição dos sintomas em pouco tempo, além de ter efeito sobre a inflamação e melhorar a
função pulmonar. Entretanto, um trabalho de metanálise percebeu-se uma tendência a uma
ligeira diminuição no crescimento e altura, mesmo que incerta, devido a carência nos estudos
observacionais sobre a temática22.
Outro risco inerente à terapia com corticosteroides inalatórios é o incremento da
colonização orofaríngea por Streptococcus pneumonia23.
Em comparação com outro estudo24, o uso de corticosteroides via inalatória foi maior, pois
neste somente 45,1% da população estudada fez uso do mesmo. Já em relação ao corticosteroide
oral, o presente estudo teve uma taxa menor (10%), quando comparado ao estudo citado (38%).
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CONCLUSÃO
Diante dos dados obtidos, observou-se uma maior prevalência de asma na população
pediátrica masculina, concordando com a literatura. Entretanto, a média etário foi maior em
decorrência dos critérios de inclusão. A taxa de obesidade concomitante com asma na população
estudada foi alta (24,67%) e maior do que o encontrado na literatura. Em parte, tal fato reforça a
tendência de associação entre asma e obesidade observada em diversos estudos, porém não julga
nula a hipótese da associação relacionar-se a sintomas miméticos de asmas produzidos por
disfunções respiratórias nos obesos. O uso de corticoides inalatórios concorda com as
preconizações e consenso terapêutico de eficácia no tratamento de crises asmáticas, entretanto o
uso de corticoides orais mostrou-se menor do que na literatura geral. Recomenda-se a realização
de estudos experimentais, que avaliem os mecanismos genéticos e fisiopatológicos que indiquem
a relação real entre obesidade e asma em população pediátrica, a fim de permitir estratégias de
política pública e terapêuticas eficazes em relação a tais afecções.
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