Neoplasias Da Infância
Neoplasias Da Infância
Neoplasias Da Infância
NEOPLASIAS DA INFÂNCIA
1. LEUCEMIA
Caracteriza pela presença de células proliferativas indiferenciadas do sistema
hematopoiético, que irão invadir o sangue e a medula ossea.
Epidemiologia: neoplasia mais comum na infância representa 30% dos casos; O tipo mais
comum de ocorrer é a LLA representa 85% dos casos e a LMA representa 15% dos casos
e a LMC ocorre em 2a5%dos casos.
Fatores de Risco: Radiação ionizante (exposição a radiografias, irradiação terapêutica).
Uso de Agentes quimioterápicos (Alquilantes). Condições genéticas (Síndrome de Dow,
Neurofibromatose, Síndrome de Klinefelter Anemia de Fanconi). Tabagismo (materno e
paterno).
Sinais e Sintomas: Fadiga; Febre baixa; Anorexia; Perda de peso; Sangramento sem
causa definida; Dor óssea e articular (referida na região das pernas, pode despertar o
paciente durante o sono, é de difícil controle mesmo com medicamentos, pode evoluir
impedindo a deambulação); Dor em determinado segmento da coluna vertebral
(geralmente toracolombar); Irritabilidade; Apatia; Palidez; Adinamia; Infecção; Manchas no
corpo (purpuras ou petéquias); Hepatomegalia; Esplenomegalia.
Obs.: Os sintomas tem evolução em questão de alguns dias ou algumas semanas.
Geralmente são relatados por 3 meses antes de realizar o diagnóstico.
Etiologia: maioria dos casos tem uma ligação familiar, sobretudo entre parentes de 1o
grau, aumenta o risco em 8 vezes. É o único tipo de leucemia que não tem associação
com exposição a radiação.
Obs.: Deleção do cromossomo 11q, 13q e 17p , trissomia do 12q.
Exames Laboratoriais: Hemograma pode apresentar (linfocitose). Citometria de Fluxo (vai
revelar o imunofenotipo presente células B, CD19, CD20, CD22, CD23, o marcador de
célula T CD5).
Tratamento: Quimioterapia combinação Fludarabina, Ciclofosfamida e Rituximabe.
LINFOMA
1. LINFOMA DE HODGKIN
Epidemiologia: predomínio em dois picos de idade, aos 20 anos e aos 50 anos; Acomete
mais o sexo feminino; Esse tipo de linfoma não é o mais comum de ocorrer.
Etiologia: relacionado a presença do vírus Epstein Barr, ao Herpes vírus tipo 6 e o
Citomegalovírus.
Subtipos:
• Esclerose nodular (são nódulos cercados por fibras de colágeno, que possuem
predomínio por região cervical, supraclavicular e massa mediastinal, ocorre em 70% dos
casos, tem melhor prognostico).
• Rico em linfócitos (infiltrado inflamatório composto por linfócitos, neutrófilos e
eosinófilos, tem predileção por linfonodos periféricos).
• Celularidade Mista (infiltrado por vários tipos celulares diferentes incluindo os
eosinófilos, tem forte relação com Epstein Barr e HIV).
• Depleção linfocitária (infiltrado inflamatório com poucos linfócitos, é raro de ocorrer,
tem o prognostico ruim).
• Linfocitário nodular (presença de popcorn cells, tem bom prognostico).
Marcador: células de Reed Sternberg são consideradas como células típicas de Linfoma
Hodgkin, elas irão aparecer na biopsia como (célula grande, com núcleos multilobulados
com infiltrado inflamatório ao redor associados aos antígenos CD15 e CD30).
Sinais e Sintomas: Linfadenopatia periférica (indolor, firme e elástica em região cervical ou
supraclavicular, pode doer após ingerir bebida alcoólica); Prurido (que é coceira); Letargia
(cansaço); Sintomas B (perda de mais de 10% do peso corporal nos últimos 6 meses,
febre e sudorese noturna); Anorexia.
Diagnóstico:
• Biopsia Excisional com anatomopatológico e imunohistoquímica (maiores que 1,5 cm,
persistente mesmo após o tratamento adequado, que mantem crescimento após 4
semanas ou que não regridem após 8 semanas, que tem como característica ser firme,
indolor, endurecido e aderido a planos profundos e situados em região supraclavicular).
Iremos biopsiar a região dos gânglios, sempre iremos identificar o genoma do Epstein
Barr vírus no tecido de biopsia, tanto no Hodgkin quando no não Hodgkin.
• Raio X de Tórax para avaliar se tem presença de massa mediastinal, é importante
identificar rápido pelo risco de Síndrome da Veia Cava superior.
• Hemograma completo; VHS; Nível de ferritina.
Tratamento: Tquimioterapia e radioterapia
Obs.:
- No estágio IA a radioterapia isolada vai ter efeito muito bom.
- Nos estágios IA, IB, IIA, IIB geralmente é feito associação de radioterapia com a
quimioterapia.
- Nos estágios avançados III e IV a quimioterapia já não apresenta mais resultados