Universidade Púnguè
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3°Grupo
Polímeros naturais
Anatércia Tomas
Juvêncio Mureva
Lasti Mulatho
Leopoldo Neves
Minelda Mucipo
Odete Reque
Polímeros naturais
2. Objetivos ............................................................................................................................. 5
5. Conclusão .......................................................................................................................... 19
1. Introdução
2. Objetivos
2.1.Objetivo geral
Abordagem geral sobre os polímeros naturais
2.2.Objetivos específicos
Conceituar os polímeros naturais;
Caracterizar cada polímero natural;
Apresentar as estruturas dos polímeros naturais;
Descrever a sua importância dos polímeros naturais.
2.3.Metodologia
Segundo Heenberg citado por MARCONI & LAKATOS (2000.44) método é o caminho pelo
qual se chega a determinados resultados, ainda que esse caminho não tenha sido fixado de
antemão de modo refletido e deliberado, seguindo a definição do autor os métodos usados para
a elaboração deste trabalho foram:
3. Polímeros naturais
3.1.Conceito
Os polímeros naturais são macromoléculas que ocorrem na natureza e são formadas por
unidades repetitivas de monômeros. Eles desempenham papéis essenciais em organismos vivos
e são encontrados em diversas formas, como proteínas, polissacarídeos e ácidos nucleicos.
4.1.Celulose
A celulose é um polissacarídeo composto por unidades de glicose ligadas por ligações β-1,4-
glicosídicas. Essas unidades formam longas cadeias lineares que se organizam em microfibrilas,
conferindo rigidez e resistência. A celulose é um carboidrato do tipo polissacarídeo abundante
nos vegetais e por isso, comum na natureza. Ela consiste até 50% da composição da madeira.
É formada por monômeros de glicose, entre 15 a 15.000, unidos por ligações glicosídicas.
Assim, a celulose é um polímero de glicose. A celulose foi descoberta em 1838 por Anselme
Payen, um químico francês que analisava matéria vegetal.
A celulose é a molécula orgânica mais abundante do planeta. Um carboidrato formado por uma
cadeia longa composta de um único monossacarídeo: a glicose. Esse polissacarídeo é o principal
constituinte da parede celular de células vegetais que compõem as plantas. A fórmula química
da celulose é (C6H10O5)n. (Watson, & Crick 1953).
Processo:
Industrial: Além do processo natural, pode haver modificações químicas para produzir
celulose regenerada (como na fabricação de rayon) ou celulose microcristalina.
4.1.3. Função
A celulose é o principal componente das paredes celulares das plantas, fornecendo suporte
estrutural e proteção. Também é uma importante fibra dietética para humanos, promovendo a
saúde digestiva. Tem função estrutural, garantindo formato, rigidez e sustentação celular. É
digerida pela enzima celulase produzida por alguns microrganismos, como fungos e bactérias.
Sendo a principal molécula presente na parede celular de vegetais, a celulose confere:
Rigidez (devido à sua estrutura linear);
Formato celular;
Robustez;
Sustentação Mecânica
Proteção frente à desidratação ou lise celular;
Pressão de turgescência, sendo a principal força que dirige a expansão celular
durante o crescimento do organismo.
Portanto, a parede celular formada por celulose está diretamente ligada aos processos de
crescimento e desenvolvimento do vegetal.
A etapa consiste em colocar o resíduo chamado de bagaço da cana em contato com a celulase,
para que grande parte da celulose presente no resíduo seja convertida em glicose. Após a
conversão, esse resíduo, agora com elevada concentração de glicose, é fermentado com as
leveduras que convertem glicose em etanol.
4.2.Amido
O amido é uma molécula que atua como reserva energética para boa parte dos vegetais. Pode
ser encontrado em raízes, cereais e tubérculos.
O amido é um polissacarídeo essencial que serve como uma importante reserva de energia em
plantas e tem várias características distintas:
O amido possui dois tipos de polímeros de glicose, a amilose e a amilopectina. Ambos possuem
massa molar extremamente elevada, na faixa de milhares a milhão (105 a 106 g.mol-1 para
amilose, 108 g.mol-1 para amilopectina), mas com algumas diferenças importantes na sua
estrutura molecular.
Amilose
Amilopectina
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Processo:
Industrial: O processo industrial é semelhante ao natural, mas pode envolver etapas adicionais
de purificação e modificação.
4.2.4. Aplicações
Amidos são considerados a principal fonte de energia para alimentação humana. Os amidos
comerciais, tradicionalmente provenientes de cereais como milho e trigo, são comumente
aplicados para alterar a textura e aparência dos alimentos. De forma mais detalhada, nos
alimentos o amido apresenta a capacidade de modificar características como adesividade,
espessamento, vitrificação, estabilidade de emulsão, turvação, estabilidade de espuma, retenção
de umidade, polvilhamento, expansão, crocância e gelificação. Desse modo, os amidos
tradicionalmente fazem parte da composição de produtos de panificação (pães, tortas, biscoitos,
etc.), produtos de confeitaria, molhos, sopas, maionese, sorvetes, bebidas, massas, pudins, entre
outros
4.3.Glicogênio
Glicogênio (C6H10O5)n é uma reserva de energia produzida e armazenada pelo nosso corpo
através da transformação dos carboidratos que ingerimos em glicose.
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A principal fonte de energia dos seres vivos é a glicose, que é um carboidrato simples. Acontece
que quando comemos, as nossas células ficam com bastante glicose, de modo que a taxa de
glicemia aumenta.
Nesse momento, o nosso organismo aproveita para guardar energia na forma de glicogênio,
também conhecido como “amido animal”, que consiste em uma reserva alimentar. Essa reserva
é estocada no fígado e nos músculos, onde permanecem até que o nosso organismo precise dela.
Processo:
Industrial: Em laboratório, o glicogênio pode ser obtido a partir de tecidos animais, mas
raramente é produzido industrialmente devido ao seu uso limitado.
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O glicogênio atua como uma fonte de energia, pelo fornecimento de glicose para o corpo, sendo
encontrado principalmente nas células hepáticas e musculares.
Nas células hepáticas, o glicogênio é responsável por normalizar os níveis de açúcar no sangue.
A diminuição de glicose na corrente sanguínea faz com que o glicogênio seja decomposto e se
converta em glicose. Da mesma forma, quando os níveis estão altos, a glicose é armazenada na
forma de glicogênio.
Já nas células musculares, o glicogênio é responsável por fornecer energia durante a realização
do trabalho muscular. A glicose é liberada na corrente sanguínea como resposta à realização de
exercícios físicos ou em situação de estresse.
4.4.Quitina
Na natureza, a quitina é segundo polímero orgânico mais abundante, perdendo apenas para
a celulose. Ela é o principal componente da parede celular de alguns fungos, onde foi descoberta
pelo professor francês Henri Braconnot, no início do século XVII. Essa substância é, ainda,
encontrada no Reino Animal, constituindo o exoesqueleto de artrópodes, combinada com
carbonato de cálcio (CaCO3), lipídios, proteínas, pigmentos e outras substâncias orgânicas.
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Casulos de determinados insetos também contêm quitina em sua composição. (Guerra & Borsali,
2019).
Processo:
Usada para produzir quitina e quitosana, com aplicações em tratamento de águas, medicina
(como agente cicatrizante) e no controle de pragas agrícolas.
4.5.Proteínas ou polipeptídios
As proteínas são polímeros de aminoácidos e são obtidas a partir de fontes alimentares como
carne, leite, ovos e leguminosas.
Processo:
1. Extração: As proteínas são extraídas dos tecidos biológicos por métodos físicos (como
moagem) e químicos (como tratamento com solventes ou ácidos).
2. Purificação: As proteínas são isoladas e purificadas por processos como precipitação,
centrifugação e cromatografia.
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As proteínas são cruciais para a vida devido às suas diversas funções. Elas não só mantêm a
estrutura e a integridade dos organismos vivos, mas também regulam processos biológicos,
facilitam reações químicas e permitem a comunicação entre células. A falta ou disfunção de
proteínas pode levar a uma série de doenças e distúrbios, destacando ainda mais a importância
desses polímeros para a saúde e o funcionamento adequado dos organismos.
4.6.Borracha
A borracha natural possui várias características notáveis. Entre elas, destacam-se sua alta
elasticidade, resistência ao desgaste, e capacidade de retornar à sua forma original após
deformação. Essas propriedades são resultado de suas longas cadeias moleculares, que
permitem um extenso alongamento e recuperação. Além disso, a borracha natural tem uma boa
resistência a impactos e uma relativa resistência à abrasão e envelhecimento (Guerra & Borsali,
2019).
É importante que saibamos a borracha natural apresenta algumas propriedades que dificultam
a sua utilização. Por exemplo, no frio, ela torna-se dura e quebradiça, enquanto, no calor, ela
fica mole e pegajosa. Por tanto, ela precisa passar por um processo chamado de vulcanização
que foi descoberto em 1839 por Charles Goodyear. Adicionasse enxofre ao poli-isopreno, que
rompe as suas ligações duplas e forma pontes de enxofre que ligam as cadeias laterais e tornam
a histerese da borracha mais baixa (se ela for apertada, por exemplo, rapidamente ela irá voltar
para seu formato original), baixa deformação permanente e grande elasticidade. Desse modo, a
borracha pode ser usada para a fabricação de inúmeros produtos.
A massa viscosa obtida é aquecida com enxofre e produz a borracha vulcanizada por meio do
processo de vulcanização. A borracha vulcanizada é um material bem elástico e resistente ao
atrito. Além disso, não sofre alterações muito significativas com pequenas variações de
temperatura.
A estrutura abaixo mostra um pequeno fragmento da cadeia da borracha vulcanizada. A união
de uma cadeia com a outra, de forma paralela, como mostra a figura, se dá por meio de ligações
cruzadas.
As ligações cruzadas são ligações covalentes formadas entre duas cadeias poliméricas,
mantendo-as unidas por força primária, formando uma rede tridimensional. É necessária uma
energia tão alta para quebrar essas ligações cruzadas, que acabaria degradando toda a cadeia
polimérica.
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Os polímeros naturais são geralmente mais sustentáveis do que os sintéticos, devido à sua
biodegradabilidade e origem renovável. No entanto, a produção de alguns desses polímeros
pode ter impactos ambientais, como a utilização intensiva de recursos agrícolas e a geração de
resíduos. É crucial adotar práticas de produção e descarte sustentáveis para minimizar esses
impactos. (Guerra & Borsali, 2019).
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5. Conclusão
Ao longo do trabalho, chegamos à conclusão que os polímeros naturais, como a borracha, são
macromoléculas que ocorrem espontaneamente na natureza e desempenham funções essenciais
tanto em organismos vivos quanto em diversas aplicações industriais. Compreender o conceito
e as características desses polímeros é fundamental para apreciar suas vastas aplicações e
importância.
Os polímeros naturais são indispensáveis tanto para a ciência dos materiais quanto para a
indústria. Suas propriedades únicas, combinadas com métodos de obtenção eficientes e seu
impacto ambiental relativamente reduzido, fazem deles uma escolha preferencial em muitas
aplicações, refletindo sua relevância contínua e crescente no mundo moderno.
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6. Referências bibliográficas
Alberts, B., Johnson, A., Lewis, J., Raff, M., Roberts, K., & Walter, P. (2015). Molecular
biology of the cell. (6th Ed.). Garland Science.
Guerra, L. P., & Borsali, R. (2019). Rheology and Processing of Natural Rubber. Elsevier.
Lodish, H., Berk, A., Zipursky, S. L., Brent, R., Kaiser, C. A., Krieger, M., & Scott, M. P.
(2016). Molecular cell biology (8th Ed.). W.H. Freeman.
Smith, J. R., Jones, A., & Thompson, L. A. (2013). Biodegradable polymers in nature. Journal
of Polymer Science.
Watson, J. D., & Crick, F. H. C. (1953). Molecular structure of nucleic acids: A structure for
deoxyribonucleic acid. Nature.
Kozlov, A., Zakharchenko, O., & Stoyanov, V. (2020). Natural Rubber: Properties and
Applications. Springer.