BIOQUÍMICA E METABOLISMO DOS MACRONUTRIENTEs
BIOQUÍMICA E METABOLISMO DOS MACRONUTRIENTEs
BIOQUÍMICA E METABOLISMO DOS MACRONUTRIENTEs
MACRONUTRIENTES
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SUMÁRIO
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NOSSA HISTÓRIA
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1. INTRODUÇÃO
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1.1 Introdução ao Metabolismo
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envolvem consumo de energia e divergem para a formação de muitos produtos
diferentes.
Biomoléculas de energia são carboidratos, lipídios e proteínas obtidos em
grandes quantidades em alimentos ou carboidratos mobilizados de reservas orgânicas
(um exemplo são reservas que se encontram no tecido adiposo) quando os alimentos
são insuficientemente consumidos ou o consumo de energia é bastante aumentado
(por exemplo, durante o exercício físico). A forma final de absorção da energia contida
nessas moléculas se dá na forma de ligações de alta energia do ATP o qual é
sintetizado nas mitocôndrias (componente celular gerador de energia) por processos
oxidativos que utilizam diretamente o O2 . Desta forma, é essencial a presença de
mitocôndrias e de oxigênio celular para o aproveitamento energético completo das
biomoléculas. Portanto, a presença de mitocôndrias e oxigênio celular é essencial
para a plena utilização da energia das biomoléculas.
As células possuem a capacidade espetacular de sobreviverem de maneira
independente desde que lhes sejam fornecidos os substratos básicos para as reações
químicas intracelulares. Dispondo de alguns compostos carbonados (aminoácidos,
carboidratos, lipídios), vitaminas, água e minerais, a célula pode operar o processo de
síntese da maioria dos elementos necessários para seu funcionamento, sendo que
em organismos complexos, grupos celulares específicos agrupam-se formando os
órgãos com as mais diversas funções fisiológicas.
Um grupo de substratos possui uma função primordial para estas funções que
é a de fornecer a energia necessária para que essas reações ocorram. São os
compostos energéticos (carboidratos, lipídios e proteínas) que são degradados
convertendo a energia química que une seus átomos em energia térmica. Entretanto,
esta liberação térmica não acontece de forma indiscriminada, pois haveria a
incineração do meio celular se cada molécula energética liberasse todo seu potencial
térmico para o meio. Neste momento entra em ação moléculas especializadas em
captar esta energia térmica liberada e liberá-la mais facilmente em etapas posteriores,
fazendo com que as moléculas energéticas transfiram a energia armazenada em suas
ligações químicas, para uma única molécula, que passa a funcionar como uma moeda
energética, essa molécula é denominada ATP.
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O metabolismo celular é um conjunto de reações químicas que ocorrem nas
células dos organismos vivos, para que estes transformem a energia, conservem sua
identidade e se reproduzam. Todas as formas de vida dependem da realização de
reações metabólicas. Existem dois processos metabólicos principais: anabolismo e
catabolismo.
● Anabolismo: São os processos de síntese a partir de moléculas precursoras
simples e pequenas. As vias anabólicas são processos endergônicos que necessitam
de fornecimento de energia.
● Catabolismo: São os processos de degradação das moléculas orgânicas
nutrientes e dos constituintes celulares que são convertidos em produtos mais simples
com a liberação de energia. As vias catabólicas são processos exergônicos e
oxidativos.
O catabolismo também pode ser dividido de acordo com a presença de oxigênio
(metabolismo aeróbio) e a ausência de oxigênio (metabolismo anaeróbio). O
metabolismo aeróbico se refere a uma reação catabólica que produz energia, na qual
o oxigênio participa do processo e ao fim se combina com o hidrogênio para formar
água. No metabolismo anaeróbico, o oxigênio não é utilizado durante a produção do
combustível metabolizado.
A integração das diversas funções dos órgãos é um processo muito complexo,
uma vez que os padrões metabólicos de cérebro, músculo, tecido adiposo, trato
digestivo e fígado são muito diferentes. Para um perfeito entendimento destas
interrelações há necessidade, além da abordagem bioquímica, de uma abordagem
fisiológica. Neste texto abordaremos somente alguns aspectos significativos.
A distribuição das reservas energéticas nos diversos tecidos mostra como
esses tecidos diferem no uso dos alimentos para satisfazer as suas necessidades
energéticas:
● Cérebro: Não tem reservas energéticas e, por isso, necessita de um
suprimento contínuo de glicose. Ele consome cerca de 120g diariamente, o que
representa cerca de 60% do consumo de glicose pelo organismo inteiro em repouso.
Durante a inanição, o cérebro utiliza os corpos cetônicos, gerados pelo fígado, como
fonte de energia, substituindo parcialmente a glicose. Essa mudança no uso de
combustível de glicose para corpos cetônicos tem por objetivo minimizar a degradação
de proteínas durante a inanição. Os ácidos graxos não servem como alimento para o
cérebro, por não conseguirem alcançar o circulação encefálica, mas os corpos
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cetônicos, derivados dos ácidos graxos, podem ser utilizados como fonte de energia
pelo cérebro;
● Músculo: Difere do cérebro por ter grande reserva de glicogênio e além de
glicose utiliza ácidos graxos e corpos cetônicos como fontes de energia. A velocidade
da quebra de glicose no músculo esquelético em contração ativa, é muito elevada. No
músculo em repouso os ácidos graxos são a principal fonte de energia, enquanto os
corpos cetônicos podem também servir de alimento para o músculo cardíaco;
● Tecido adiposo: Tem como função armazenar triacilgliceróis (lipídio). Os
adipócitos necessitam da glicose para a síntese de triacilgliceróis. As lipases do tecido
adiposo são enzimas envolvidas com a liberação da maior parte de energia
armazenada;
● Fígado: Suas atividades metabólicas são essenciais para o provimento de
material energético para o cérebro, músculo e outros órgãos periféricos. A maioria dos
compostos absorvidos pelos intestinos passa através do fígado, o que permite que ele
regule o nível de muitos destes compostos no sangue. O fígado pode captar grandes
quantidades de glicose e convertê-las em glicogênio (molécula armazenadora de
glicose sintetizada no fígado), como pode liberar glicose para o sangue a partir das
reservas de glicogênio ou através da gliconeogênese. Assim como o fígado regula o
metabolismo dos carboidratos, também desempenha papel central na regulação do
metabolismo dos lipídeos. As lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL) são
sintetizadas no fígado e transportam os ácidos graxos para o tecido adiposo para a
síntese de triacilgliceróis. E é o fígado que, no jejum, transforma os ácidos graxos em
corpos cetônicos.
Entre os hormônios envolvidos com a integração metabólica, insulina,
glucagon, epinefrina e norepinefrina são de particular importância no armazenamento
e na mobilização de alimentos:
● Insulina: É secretada pelas células do pâncreas estimulada pela presença de
glicose e pelo sistema nervoso. Estimula a síntese de glicogênio no músculo e no
fígado. Estimula a quebra de glicose hepática, favorecendo a síntese de ácidos
graxos. Como já foi discutido, o aumento de ácidos graxos e glicose no tecido adiposo
estimula a síntese e armazenamento de triacilglicerol;
● Glucagon: É secretado pelas células do pâncreas em resposta aos baixos
níveis de glicose no sangue. O glucagon inibe a síntese de glicogênio e estimula a
quebra desta molécula que culmina com a liberação de glicose no sangue.
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2. CARBOIDRATOS
O açúcar que as pessoas utilizam para adoçar sucos, as fibras de uma folha
de papel, a madeira das árvores, o exoesqueleto (a carapaça) de crustáceos são
alguns exemplos de substâncias que são formadas por carboidratos. É muito comum
também associar os carboidratos às massas como macarrão, pães, bolos e pizzas.
Eles são conhecidos também como glicídios ou sacarídeos e são as principais fontes
alimentares para produção de energia em plantas e animais. Essas biomoléculas são,
ainda, componentes estruturais das paredes celulares de microrganismos e plantas
Carboidratos abrangem um dos grandes grupos de biomoléculas na natureza,
além de serem a mais abundante fonte de energia. A designação inicial de
carboidratos ocorreu por serem hidratos de carbono (moléculas de carbono ligadas ao
hidrogênio). São considerados as principais fontes alimentares para a produção de
energia, além de exercer inúmeras funções metabólicas e estruturais no organismo.
As principais fontes de carboidratos são grãos, os vegetais, o melado e
açúcares. Fornecem combustível para o cérebro, medula, nervos periféricos e células
vermelhas para o sangue. A ingestão insuficiente desse macronutriente traz prejuízos
ao sistema nervoso central e outros. Estão presentes, na maioria das vezes, nos
alimentos de origem vegetal. Eles podem ser chamados, de uma maneira geral, de
glicídios, amido ou açúcar.
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● Preservação das proteínas: as proteínas desempenham papel na
manutenção, no reparo e no crescimento dos tecidos corporais, podendo inclusive ser
fonte de energia alimentar. Quando as reservas de glicogênio estão reduzidas, a
produção de glicose começa a ser realizada a partir da proteína. Isto acontece muito
no exercício prolongado e de resistência.
● Proteção contra corpos cetônicos: se a quantidade de carboidratos é
insuficiente devido a uma dieta inadequada ou pelo excesso de exercícios, o corpo
mobiliza mais gorduras, que também atuam na produção de energia, para o consumo
(do mesmo modo como faz com as proteínas). Isso pode resultar no acúmulo de
substâncias ácidas (corpos cetônicos), prejudiciais ao organismo.
● Combustível para o sistema nervoso central: carboidratos são os
combustíveis do sistema nervoso central, sendo essenciais para o funcionamento do
cérebro, cuja única fonte energética é a glicose. Primariamente o combustível, glicose,
vai para o cérebro, medula, nervos periféricos e células vermelhas do sangue. Assim,
uma ingestão insuficiente pode trazer prejuízos não só ao sistema nervoso central,
mas ao organismo em geral.
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2.3 Carboidratos Importantes
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● Pectina: é um polissacarídeo não digerível que absorve a água para formar um
gel e retarda o esvaziamento gástrico. Ele existe na casca. Usado como estabilizante
para geleias, marmelada e como estabilizantes em bebidas e sorvetes.
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Fonte: Química das biomoléculas – UFS.
2.4.1 Glicólise
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● Em condições anaeróbicas (sem oxigênio) é reduzido a lactato através da via
chamada de fermentação do ácido láctico;
● Em alguns vegetais e microrganismos é convertido anaerobicamente em
etanol em um processo chamado fermentação alcoólica;
● Em condições aeróbicas (com oxigênio) é oxidado para formar a acetil CoA que
Fonte: Researchgate.
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Em condições aeróbicas o Piruvato é oxidado a Acetil CoA a qual entra no ciclo
de Krebs. Esse processo ocorre na mitocôndria e conecta a glicólise ao ciclo de Krebs.
O Ciclo de Krebs também pode ser chamado de Ciclo do Ácido Cítrico ou Ciclo
do Citrato. É um ciclo metabólico que ocorre em aerobiose, ou seja, na presença de
oxigênio, o sistema enzimático do ciclo está localizado nas mitocôndrias. É fundo
comum no metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas.
O Ciclo de Krebs tem a característica de uma via anfibólica, isto é, degrada o
acetil-CoA em dióxido de carbono e água (catabolismo), mas alguns de seus
intermediários são utilizados para a síntese de outros compostos (anabolismo).
As funções do Ciclo de Krebs são oxidar a acetil-CoA em gás carbônico e água
e como consequência desta oxidação , o Ciclo de Krebs é o maior fornecedor de
elétrons (NADH e FADH2) para a Cadeia Respiratória e, sendo assim, é um grande
gerador de energia (ATP). Alguns de seus intermediários são precursores de
compostos bioquimicamente importantes.
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A cadeia respiratória ou cadeia transportadora de elétrons é o terceiro e último
estágio da respiração celular, que ocorre dentro da mitocôndria e tem o efeito de gerar
energia na forma de ATP. É na cadeia respiratória que ocorre a maior parte do ATP
produzido pela respiração celular.
Na cadeia respiratória, quatro grandes complexos de proteínas inseridos na
membrana mitocondrial interna transferem elétrons de NADH e FADH2 (formados na
glicólise e no ciclo de Krebs) para o oxigênio e os reduzem a NAD + e FAD,
respectivamente. Estes elétrons possuem grande afinidade com o gás oxigênio e, ao
combinarem-se a ele, o reduz a moléculas de água ao final da reação, sendo assim
a energia liberada pelos elétrons de NADH e do FADH2 em sua passagem pela cadeia
respiratória produz energia.
A conversão da energia mecânica em energia química consiste na utilização
da energia liberada com a entrada dos elétrons pelo complexo proteico para a
produção das moléculas de ATP. Nesta reação, a energia mecânica produzida é
utilizada para formar o ATP (adenosina trifosfato), em uma reação denominada
fosforilação oxidativa. Contido de energia química, este ATP, ao final do processo,
será fornecido a todas as células como fonte de energia para a realização de suas
atividades.
Fonte: Descomplica
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Em anaerobiose, ou seja, na ausência de oxigênio, ocorre a fermentação. A
fermentação láctica é um processo utilizado por microorganismos e células de
mamíferos e gera ácido láctico. Já na fermentação alcoólica ocorre a fermentação da
glicose em etanol e gás carbônico, que ocorre em alguns microrganismos e vegetais.
3. LIPÍDIOS
A palavra lipídio vem do grego lipos, que significa ‘gordura’. Essas substâncias
são classificadas como lipídios em virtude de terem como base uma propriedade física
(a solubilidade em solventes orgânicos) e não como resultado de suas estruturas
como os carboidratos e as proteínas. Lipídios incluem substâncias como as gorduras,
óleos, ceras, terpenos, esteroides e muitas vitaminas.
Os lipídios são moléculas orgânicas formadas pela associação entre ácidos
graxos e álcoois. Eles são insolúveis em água, mas solúveis em solventes orgânicos,
como gasolina e éter. Eles são brancos ou amarelos claros. De acordo com a natureza
dos ácidos graxos e álcoois que formam os lipídios, eles podem ser divididos em
quatro categorias: simples, complexos, derivados e precursores.
Os lipídios podem ser sólidos ou líquidos, sendo que os lipídeos considerados
gorduras têm origem animal e são sólidos enquanto que as gorduras líquidas são
conhecidas como óleos, e têm origem vegetal. Alimentos ricos dessas substâncias
costumam ser chamados de alimentos energéticos.
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Os alimentos ricos em lipídios de origem vegetal são: coco, chocolate amargo
(cacau), linhaça, azeite de oliva, castanha do pará, amêndoas, nozes, abacate.
Os alimentos risco sme lipídios de origem animal são: carne bovina, carne
branca (atum, truta, salmão, porco, frango), manteiga, leite, queijos, ovos.
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● Proteção mecânica: as gorduras armazenadas no tecido adiposo dos animais
atuam protegendo estruturas (órgãos) internas, funcionando como um amortecimento.
Ex.: região glútea e parte inferior dos pés.
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Os cerídeos são lipídios simples e em sua composição possuem ácidos graxos.
Contam com as ceras (de ouvido, que protegem o aparelho auricular de doenças e
microorganismos) e o favo das abelhas. Isso também classifica essa classe de lipídios
como aliados contra a desidratação e a favor da impermeabilização e proteção.
Os glicerídeos são encontrados nos alimentos de origem animal, como carnes,
leite, óleos vegetais, ovos e queijos. São encontrados em forma líquida ou sólida. Os
óleos são mais indicados para o consumo, porém os alimentos como carne e leites
fazem bem para a saúde se consumidos com moderação.
Já os esteroides são tidos como especiais na categoria, pois são substâncias
associadas aos lipídios. O colesterol é o lipídio predominante neste grupo e só faz mal
em excesso, pois consumido e produzido na quantidade adequada promove
importante papel nos hormônios sexuais masculinos e femininos, e na composição
das membranas celulares.
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Fonte: A química dos alimentos – UFAL.
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● HDL: Lipoproteínas de densidade alta, ricas em colesterol. Origina-se no
fígado, intestino e durante o metabolismo dos quilomícrons e da VLDL. São
responsáveis pelo transporte reverso do colesterol do tecido para o fígado.
A densidade da lipoproteína está relacionada com seu conteúdo de proteínas
e de triglicérides, sendo as de menores densidades associadas com elevado conteúdo
de triglicérides e baixo teor de proteínas, sendo estas mais prejudiciais à saúde.
● LIPÍDIOS E ATEROSCLEROSE:
A aterosclerose é uma doença inflamatória crônica de origem multifatorial que
ocorre em resposta à agressão endotelial, acometendo principalmente a camada
íntima de artérias de médio e grande calibre. O desenvolvimento da aterosclerose
apresenta progressão lenta, com a formação de ateromas (depósitos de lipídios, em
grande quantidade na circulação sanguínea), situação que leva ao estreitamento da
luz dos vasos sanguíneos ocasionando a restrição do fluxo sanguíneo normal,
podendo surgir as seguintes manifestações clínicas: infarto do miocárdio, acidente
vascular cerebral e doença vascular periférica.
As moléculas de LDL são as maiores responsáveis pela aterosclerose, já as
moléculas de HDL apresentam efeitos anti ateroscleróticos.
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3.4 Metabolismo dos Lipídios
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Fonte: Prof. M.Sc. Marcelo Santos de Oliveira.
4. PROTEÍNAS
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padrões, ligados covalentemente em sequências lineares características, sequências
essas denominadas estrutura primária.
Alimentos proteicos completos são aqueles que contêm todos os aminoácidos
essenciais em quantidade suficiente e taxa para suprir as necessidades do organismo.
Essas proteínas são de origem animal, como ovos, leite, queijo e carne. A gelatina,
que também é uma proteína de origem animal, não se qualifica porque não tem três
aminoácidos essenciais triptofano, valina e isoleucina e tem somente pequenas
quantidades de leucina.
Alimentos proteicos incompletos são aqueles deficientes em um ou mais dos
aminoácidos essenciais. Esses alimentos são na maioria de origem vegetal, como
grãos, legumes, nozes e sementes. Numa dieta mista, no entanto, proteínas animal e
vegetal complementam-se.
Origem animal: carnes (mamíferos, aves, pescados, etc.), vísceras, ovos, leite
e derivados. Origem vegetal: leguminosas secas (feijões, ervilha, lentilha, grão-de-
bico, etc.) e cereais integrais (milho, trigo, etc.)
por exemplo, a hemoglobina que transporta oxigênio dos pulmões para os tecidos e a
mioglobina, que armazena oxigênio nos músculo, transportando-o, quando necessário
para as mitocôndrias;
● Proteínas nutritivas e de reserva energética: São nutrientes necessários no
desenvolvimento dos seres vivos e na manutenção dos seus processos vitais.
Exemplos: gliadina, proteína das sementes de trigo, é necessária na germinação
dessa planta; zeína, encontrada nas sementes do milho; ovoalbumina, proteína clara
do ovo, é o alimento do embrião;
● Proteínas contráteis ou de movimento: Desempenham função contrátil ou
de conferir movimento. A actina e a miosina, proteínas dos músculos envolvidas na
contração muscular. As dineínas são famílias de proteínas motoras que executam
movimentos;
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● Proteínas estruturais: São as proteínas que dão forma e sustentação aos
tecidos, como por exemplo: colágeno, elastina, a e b-queratinas, etc;
● Transportadores de elétrons: Essas proteínas transportam elétrons das
coenzimas (NADH e FADH2) produzidas no metabolismo ao oxigênio, o aceptor final
de elétrons na célula como os citocromos, proteínas da cadeia respiratória;
● Proteínas de defesa: Atuam na defesa de seres vivos contra ação de
patógenos (agentes causadores de doenças como vírus, fungos e bactérias), de
predadores, etc;
● Os anticorpos são proteínas secretadas pelos linfócitos, cuja função é proteger
o corpo do ataque de agressores externos, como bactérias;
● Proteínas reguladoras: Atuam na regulação nos níveis de determinados
constituintes celulares. A insulina, hormônio proteico, regula os níveis da glicose
sanguínea. Quando a glicose está elevada no sangue, a insulina é secretada pelas
células do pâncreas, facilitando a passagem da glicose pelas membranas celulares,
para que ela seja armazenada na forma de glicogênio.
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de uma cadeia polipeptídica). A mioglobina e a hemoglobina são proteínas conjugadas
do tipo hemeproteína. Quanto à forma as proteínas são classificadas em fibrosas e
globulares. As proteínas fibrosas apresentam funções estruturais e são insolúveis em
água e as proteínas globulares, por sua vez, apresentam funções versáteis e são
solúveis em água. Os tipos de proteínas fibrosas são queratina, elastina e colágeno.
As proteínas globulares apresentam funções biológicas dinâmicas como: proteínas de
transporte, catalisadores biológicos (enzimas) proteínas reguladoras, proteínas
nutricionais, entre outras.
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quebradas até uma mistura de aminoácidos livres, que podem então ser transportados
por meio das células que recobrem internamente o intestino delgado.
Os aminoácidos entram na corrente sanguínea e chegam até o fígado onde
serão metabolizados. No fígado a primeira parte do metabolismo de todos os
aminoácidos é a remoção do grupo amino. Esta remoção é catalisada pelas enzimas
que ao seu fim liberam amônio (NH4 +). Os seres humanos convertem o NH4 + em
ureia no ciclo da ureia, sendo está liberada na urina. Isto é feito porque a amônia seria
tóxica se presente em largas quantidades em nosso organismo.
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Após a absorção dos nutrientes da alimentação, o fígado recebe uma grande
quantidade de aminoácidos constituem uma quantidade enorme de substratos que
devem ser metabolizados ao invés de serem simplesmente repassados para o
sangue. O fígado mobiliza esses aminoácidos da alimentação (além dos que sintetiza,
os não essenciais) principalmente para síntese de proteínas especializadas a serem
enviadas para o sangue.
Nos animais os precursores mais importantes da glicose são os aminoácidos.
Todos aminoácidos com exceção da lisina e leucina podem originar a glicose. Os
aminoácidos são obtidos da degradação de proteínas endógenas durante o jejum
(principalmente as musculares). No músculo os aminoácidos são convertidos a
alanina e glutamina (principais formas de transporte de aminoácidos).
No processo de utilização de proteínas como fonte energética, quando o corpo
passa por longos períodos de inanição, ocorre a gliconeogênese que é a formação de
glicose a partir de substâncias que não são carboidratos, um exemplo são os
aminoácidos. Nesse processo os aminoácidos são desaminados na mitocôndria e dão
origem a intermediários da via do ácido cítrico (Krebs).
A gliconeogênese assim como na glicose ocorre por meio de 10 reações que
resultam em piruvato. A diferença é que a primeira se dá no percurso inverso da
segunda em que temos piruvato dando origem a glicose.
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CONCLUSÃO
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GLOSSÁRIO
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Ligações peptídicas - Ligação química que ocorre entre duas moléculas de
aminoácidos para formar as proteínas.
Mioglobina - Proteína conjugada encontrada nos músculos, semelhante à
hemoglobina sanguínea quanto à função.
Mitocôndria - Organela celular produtora de energia.
Molécula precursora - Unidade fundamental que precede outro numa via metabólica.
NADH - Coenzima armazenadora de elétrons.
Pepsinogênio - Enzima digestiva.
Quilomícron - Proteína transportadora
Triacilglicerol - Ácido graxo + glicerol.
Via anfibólica - É o elo entre as vias catabólicas e anabólicas.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRUICE, P. Y. Química Orgânica. 4ª. Ed. Pearson Prentice e Hall, São Paolo – SP,
2006. Vol. 2.
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