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Brazilian Journal of Business

O Kaizen como ferramenta de gestão do conhecimento na produção enxuta -


uma abordagem ergonômica

Kaizen as a knowledge management tool in lean production - an ergonomic


approach

Recebimento dos originais: 22/06/2019


Aceitação para publicação: 30/07/2019

Vanessa de Oliveira Luiz


Mestra em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
Instituição: Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
Endereço: Rua Aristides da Silva, 37 – Fazenda Santo Antônio, São José – Santa Catarina, Brasil
E-mail: eng.vanessa25@gmail.com

Ana Regina de Aguiar Dutra


Doutora em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
Instituição: Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL
Endereço: Rodovia Baldicero Filomeno, 10395 – Ribeirão da Ilha, Florianópolis – Santa Catarina,
Brasil
E-mail: ana.dutra@unisul.br

Lizandra Garcia Lupi Vergara


Doutora em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
Instituição: Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
Endereço: Rua das Cerejeiras, 240 – Carvoeira, Florianópolis – Santa Catarina, Brasil
E-mail: l.vergara@ufsc.br

RESUMO

O trabalho visa aplicar os conceitos que envolvem a filosofia do Sistema Toyota de Produção (STP),
particularmente o Kaizen como ferramenta da gestão do conhecimento dentro das organizações. Com
o crescimento da competitividade do mercado, as empresas necessitam trabalhar com redução de
custos e satisfação dos clientes, para isto recorrem ao sistema de produção enxuto, que tem seus
ganhos econômicos fortemente apontados na literatura. O estudo em questão buscou identificar e
apontar os ganhos que o Kaizen (uma das técnicas enxutas) traz às organizações em diversos aspectos,
principalmente no que tange às condições organizacionais de trabalho, um dos interesses da
Ergonomia, à gestão do conhecimento e à redução de custos. O objetivo geral foi atingido e, ao final
da pesquisa, foi possível mostrar os resultados positivos tanto para a organização como para seus
colaboradores, quando se integra a Ergonomia e o Sistema Toyota de Produção.
Palavras-chave: Gestão do conhecimento; Kaizen; Ergonomia.
ABSTRACT

The work aims to apply the concepts that involve the philosophy of the Toyota Production System
(STP), particularly Kaizen as a knowledge management tool within organizations. With the growing
competitiveness of the market, companies need to work with cost reduction and customer satisfaction,

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for this they resort to the lean production system, which has its economic gains strongly pointed out
in the literature. The study in question sought to identify and point out the gains that Kaizen (one of
the lean techniques) brings to organizations in several aspects, especially regarding the organizational
working conditions, one of Ergonomics interests, knowledge management and the reduction of
knowledge. costs. The overall objective was achieved and, at the end of the research, it was possible
to show positive results for both the organization and its employees, when integrating Ergonomics
and the Toyota Production System.

Keywords: Knowledge Management; Kaizen; Ergonomics.

1. INTRODUÇÃO
Diante de um cenário de concorrências, desafios e aumento de exigência dos consumidores, as
empresas precisam criar um diferencial competitivo para se destacarem. Esses diferenciais
geralmente são alcançados quando as empresas passam a adotar estratégias de melhoria contínua para
adequações de projetos, sistemas produtivos, redução de custos, garantia de qualidade e valorização
dos colaboradores. Além disso, a transferência e a socialização do conhecimento são diferenciais para
a melhoria da competitividade no mercado empresarial.
As empresas devem compreender que a qualidade dos serviços ou dos produtos não depende
apenas de técnicas e equipamentos, mas, especialmente, da forma como se coordena os trabalhos
realizados pela equipe envolvida. O que de fato interessa não é mais o gerenciamento das pessoas em
si, mas o gerenciamento do conhecimento inerente a essas pessoas, e a forma como a troca e a
interação desses conhecimentos podem trazer sucesso para a empresa (SALGADO, 2000 apud
FRANCO, 2001).
A adoção de modelos de sistemas de produção enxuta significa a implementação sistemática de
diversos métodos e práticas administrativas, como por exemplo, a manufatura just-in-time, trabalho
em equipe e jidoka (SEPPALA & KLEMOLA, 2004). Lean e Six Sigma são duas estratégias de
melhoria de processos de negócios amplamente reconhecidas e disponíveis para as organizações
alcançarem resultados em custo, qualidade e tempo, concentrando-se no desempenho do processo.
Já o Kaizen, é uma ferramenta essencial de controle de qualidade muito respeitada pelas
organizações que a aplicam corretamente e seus resultados são levados realmente a sério. Na busca
constante pela melhoria, as atividades de Kaizen envolvem o Controle de Qualidade Total (TQC), de
acordo com os padrões industriais do Japão, sendo que para ser executado é necessária a cooperação
de todos na organização, incluindo gerentes, supervisores e trabalhadores de todas as áreas
incorporadas, em um esforço sistêmico e integrado, para melhorar o desempenho de todos os níveis,
eliminar os desperdícios, minimizar os erros, entre outros.
A aplicação de diferentes programas de qualidade para reduzir as ineficiências e desperdícios
operacionais requer envolvimento e empenho da alta administração para fornecer recursos e
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treinamentos adequados necessários para a implantação dos princípios. Kumar et al. (2006)
propuseram a gerência de uma indústria de manufatura a implantação das práticas TPM, Kaizen e 5S
na organização, com a realização de treinamento necessário para implantação dos princípios, tendo
como resultado, uma redução significativa de sucata e custo de retrabalho.
No novo ambiente empresarial grande parte das empresas está descobrindo que muito melhor
que distribuir documentação ou combinar bases de dados é compartilhar ideias e insights
(TEIXEIRA, 2002). Liebowitz e Frank (2010) corroboram com Teixeira ao apontar que a gestão do
conhecimento é um processo central na busca e obtenção de inteligência competitiva, em virtude da
ampliação do acesso às informações. Esse compartilhamento de ideias e de conhecimentos tornaram-
se estruturas essenciais para o gerenciamento das organizações modernas. Nas últimas décadas, este
conhecimento ganhou grande popularidade e ampla disseminação (ALBUQUERQUE, 2012). Por
isso, as organizações que buscam se manter competitivas têm apostado na gestão do conhecimento
como sendo uma estratégia inovadora.
As práticas enxutas e sua influência sobre o desempenho humano é ainda mais complicado pelo
fato de que as possíveis consequências do lean também estarão relacionadas com o contexto e a sua
implementação (VIEIRA ET AL., 2012). Sendo assim, qualquer empresa bem sucedida no cenário
vigente da economia global deve possuir uma organização de trabalho efetiva e eficaz em questões
de administração a fim de otimizar as demandas de trabalho e as condições da mão de obra e,
subsequentemente, estabelecer as melhores práticas de trabalho conducentes ao máximo da saúde e
bem estar, produtividade e qualidade de trabalho (ONEILL, 2005; GENAIDY; KARWOWSKI,
2003).
Neste sentido, o presente trabalho tem por finalidade aplicar a metodologia Kaizen forma de
gestão do conhecimento no processo de desenvolvimento de produtos de uma empresa do ramo de
telecomunicações, auxiliando na verificação de redução de custos, valor agregado ao produto e
condições organizacionais adequadas aos seus colaboradores. O objetivo é identificar as
contribuições do Kaizen, como uma ferramenta da gestão do conhecimento, para o contexto da
Ergonomia. Para tanto, buscar-se-á relacionar a abordagem da gestão do conhecimento, proposta por
Nonaka e Takeuchi, com a metodologia Kaizen adotada pela empresa; identificar as contribuições do
Kaizen para a ergonomia, por meio da gestão do conhecimento, em termos de ganhos organizacionais
e cognitivos ao colaborador e, ainda, identificar os ganhos e benefícios para o sistema produtivo a
partir do Kaizen.

2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

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Quanto à natureza, a pesquisa classifica-se como aplicada, pois os resultados serão direcionados
à solução de problemas presentes na realidade da empresa. Quanto à abordagem trata-se de uma
pesquisa quali-quanti, segundo Mattar (2008), a pesquisa quantitativa preocupa-se com dados
estatísticos, se define pela ideia de objetividade. Já a pesquisa qualitativa tem como objetivo maior o
de conhecer a percepção dos pesquisados, utilizando como base o referencial teórico e as metas
estabelecidas.
Quanto aos objetivos, a pesquisa classifica-se como descritiva conclusiva, visando descobrir ou
verificar a existência de relações entre variáveis, no caso da presente pesquisa as variáveis são
exatamente os interesses da Ergonomia e da gestão do conhecimento, proporcionadas pela aplicação
da metodologia do Kaizen. Para os procedimentos técnicos será utilizado o estudo de caso, pois
consiste em um estudo profundo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e
detalhado conhecimento.
A amostra deste estudo compreendeu 28 colaboradores de um posto de trabalho de uma
empresa do ramo de telecomunicações, localizada no Estado de Santa Catarina, com as seguintes
características: 71% dos colaboradores possuem idade inferior a 36 anos, sendo caracterizados como
jovens; a população é basicamente composta por homens (em torno de 76%); apresenta alto nível de
escolaridade, 65% têm 3º grau completo; e são colaboradores experientes, pois 60% dos questionados
têm mais de 10 anos de empresa.
Para alcançar os objetivos deste estudo foi usada uma combinação entre as metodologias do
Kaizen e da Gestão do conhecimento, a partir de uma abordagem ergonômica. A metodologia da
gestão do conhecimento segue as premissas estabelecidas por Nonaka e Takeuchi (1997) e a
metodologia do Kaizen é aquela proposta por Imai (1992), com adaptações feitas pela própria
empresa.
A aplicação da metodologia Kaizen inicia quando se define qual produto a ser trabalhado e, na
sequencia, organiza-se um grupo de profissionais de diversas áreas, onde ocorre a exposição dos
motivos pela escolha do produto para então se detalhar fluxo e custos. O trabalho de campo é essencial
para o levantamento de dados que vão compor o referido detalhamento. O grupo é dividido em quatro
subgrupos que se debruçam sobre algumas das etapas do processo produtivo, para avaliar o fluxo
produtivo, analisar as melhorias sugeridas e resultados futuros, caso as ações consigam ser
implementadas. No fim, são elaborados cronogramas de ações de melhorias, para então identificar os
ganhos obtidos com a implantação das ações de melhoria, as quais são apresentadas aos gestores da
empresa. Os grupos envolvidos passam por capacitação acerca dos principais conceitos da
metodologia Kaizen.

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Já a metodologia da gestão do conhecimento se dá em quatro etapas. A socialização é iniciada
com a construção de um "time" ou "campo" de interação. A externalização por meio de sucessivas
rodadas de diálogo, que visam revelar o conhecimento tácito. A fase de combinação é facilitada
mediante a coordenação entre membros do time e outras áreas da organização, e também por meio
de registros do conhecimento existente. Na internalização os indivíduos experimentam o
compartilhamento de conhecimento explícito, que é gradualmente traduzido em diferentes aspectos
de conhecimento tácito.

3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS


Os resultados serão apresentados e discutidos abaixo:
1ª Etapa) Pré-Kaizen: Nesta etapa, foi definido pelo gestor da empresa o foco do movimento
Kaizen, por meio da escolha de um produto X com base no quesito custo. Ocorre nesta fase a
internalização do conhecimento, que pode ser estimulada por processos de "aprender fazendo", onde
há o compartilhamento de conhecimento explícito, gradualmente traduzido em diferentes aspectos de
conhecimento tácito.
2ª Etapa) Organizou-se um encontro com os 28 colaboradores, onde são expostos os motivos
pela escolha do produto X, bem como os principais objetivos e metas. Em seguida, inicia-se o
levantamento e análise do estado atual do posto de trabalho, por meio de visitas ao chão de fábrica,
para conhecer todas as etapas produtivas em que o produto está inserido, objetivando identificar
possíveis problemas e oportunidades de melhorias, sendo registrados em post its. O grupo retorna ao
local do encontro, para que cada colaborador faça a exposição de suas observações, colocando seus
post its em um quadro, separado por áreas produtivas, de acordo com o processo envolvido em cada
observação. Durante este processo ocorre a socialização, com vistas ao compartilhamento de
perspectivas e experiências. É a criação do conhecimento tácito através do compartilhamento de
modelos mentais e habilidades técnicas, ou outras formas de experiências (CHOO, 2003). Acontece
também a externalização, iniciada por meio de sucessivas rodadas de diálogo e reflexão coletiva, em
que a utilização de "metáforas" pode ajudar os membros do grupo a articular suas próprias
perspectivas e a revelar o conhecimento tácito.
3ª Etapa) O grupo de 28 colaboradores é agora dividido em quatro subgrupos para estudar de
forma mais aprofundada, por um período de uma semana, o fluxo produtivo e analisar as melhorias
sugeridas e registradas nos post its. Cada subgrupo deve se reunir diariamente a fim de trocar
experiências, estimulando a criação de novas ideias. Portanto, nesta etapa ocorre a combinação do
conhecimento, marcada pela filtragem e validação do conhecimento, a partir das trocas entre os

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membros do grupo e, ainda, com outras áreas da organização, bem como por intermédio de registros
documentais.
4ª Etapa) Esta etapa tem como objetivo elaborar um levantamento futuro, com base nas
possíveis ações de melhorias para os problemas identificados. O grupo se reúne novamente para expor
os dados levantados, e refletir sobre as ações que cada subgrupo se propôs a realizar. Após definidas
as ações a serem implantadas, é organizado um cronograma Kaizen para cada subgrupo. A troca de
conhecimento que ocorreu aqui é a combinação, facilitada pelos membros do grupo de diversas áreas
da organização, e também por meio de documentação existente, auxiliando na validação das ideias e
trocas de experiências.
5ª Etapa) Após implementadas as mudanças e estabilizado o novo modelo de operação, é
realizada a apresentação dos resultados mais significativas para os principais gestores da empresa.
Para fechar o item de apresentação e discussão dos resultados, buscou-se compreender os
impactos das duas metodologias combinadas nas condições organizacionais de trabalho. Para isso, se
fez uso de um questionário que se passa a discutir abaixo, levando em conta os quesitos:
enriquecimento do trabalho, relacionamento no trabalho, treinamentos, reconhecimento, política de
valorização, liberdade, dinamismo, trabalho em grupo, autonomia e crescimento profissional.
Os colaboradores apontaram que o trabalho se tornou mais rico de conteúdo, com autonomia e
liberdade para implementar melhorias. Eles apontam que receberam mais atribuições, como a
organização do setor, participação em grupos Kaizen, movimentação de Kanban, havendo maior
necessidade de ser proativo. O trabalho em grupo, segundo os colaboradores, foi facilitado e
incentivado a partir da implementação do Sistema Toyota de Produção, principalmente quando são
incluídos nos times Kaizen. O trabalho desenvolvido em equipe proporcionou uma melhoria no bem
estar, o que estimulou a busca de novas soluções, a criatividade e a troca de experiências.
O grupo criou um coletivo de trabalho, o que é saudável para a empresa e para os próprios
colaboradores. Quando questionados a respeito do relacionamento no trabalho com superiores e
colegas, os colaboradores apontam que estão satisfeitos. Os colaboradores dizem estar também
satisfeitos com as estratégias de valorização e de capacitação, são reconhecidos pelas soluções
encontradas por intermédio do Kaizen.
Quanto aos ganhos e benefícios com a execução do Kaizen, tanto em direção ao trabalhador
quanto em direção à empresa, foram destacados os seguintes levantamentos: O Kaizen permite
disseminar na empresa o conceito de melhoria contínua, gerando um ambiente aberto a mudanças,
onde são otimizados os processos, impactando de forma positiva no retorno financeiro e produtivo
com um melhor aproveitamento dos recursos disponíveis. Foram feitas melhorias nos produtos,
tornando a empresa mais competitiva, reduzindo custos e evitando desperdícios.

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As melhorias encontradas a partir das metodologias (Kaizen e Gestão do Conhecimento)
beneficiou economicamente a empresa com uma redução de custos, além dos ganhos ergonômicos
com a redução dos esforços realizados pelos colaboradores, evitando afastamentos e acidentes de
trabalho, o que acarreta prejuízo para a organização e também ao trabalhador.

4. CONCLUSÕES
Elias e Merino (2007) mostraram em seu estudo aspectos ergonômicos envolvidos na aplicação
das técnicas de produção enxuta, que é considerado um modelo de produção que proporciona
elevados índices de produtividade e qualidade, uma vez que a ergonomia pode contribuir para o uso
mais efetivo dessas técnicas, como forma de potencializar seus resultados, minimizar possíveis
efeitos maléficos para a qualidade de vida do trabalhador, tendo em vista que isso poderá contribuir
com a elevação global do desempenho do sistema produtivo.
Na mesma direção dos autores acima, o presente estudo trouxe a discussão das possíveis
contribuições da ferramenta do Kaizen, como forma de fazer gestão do conhecimento organizacional,
e seus impactos nas condições organizacionais de trabalho. Pode-se constatar que o Kaizen, como
ferramenta da gestão do conhecimento, potencializou os resultados de produtividade, explorando os
conhecimentos e o envolvimento dos colaboradores na busca de melhorias e motivação para o
trabalho, elementos de interesse da ergonomia.
A combinação do Sistema Toyota de Produção, por meio da ferramenta Kaizen, se aproxima
da Ergonomia, a partir do momento que traz benefícios para as condições de trabalho, corroborando
também para os resultados econômico-financeiros da empresa.

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