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AULA 27 - HIV

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IMUNOLOGIA CLÍNICA

AULA 27
HIV

Professor:
João Abel S. Oliveira
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Etimologia:
HIV - Human Immunodeficiency Virus
-Provavel zoonose
HIV-1 -Evidências vírus início séc. XX
HIV-2
Prevalência mundial mais comum na África ocidental
Rapida progressão para AIDS -Pandemia global 1980 Lenta progressão para AIDS

-Vírus linfótropicos (CD4+)


-Macrófagos e células dendríticas

AIDS é a doença causada pelo vírus HIV


INTRODUÇÃO
Contexto histórico
1981
Surto de pneumonia e sarcoma de Kaposi entre
homosexuais nos EUA
1983
Isolado e identificado o vírus causador da AIDS

mEDO; ESTIGATISMO E ATIVISMO


Erroneamente associada
a comunidade LGBTQ+:
“Epidemia gay”
PRECONCEITO
“Peste gay”
PÂNICO
“Câncer gay” DISTÂNCIAMENTO
INTRODUÇÃO
IST
(infecção sexualmente transmissível)
Fases latência (assintomática)

Alta taxa de transmissão

Desenvolvimento para AIDS

AIDS
(Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)
Estágio avançado de infecção pelo HIV
Imunossupressão grave
EPIDEMIOLOGIA
MUNDO
39,9 milhões (2023)

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EPIDEMIOLOGIA
Fatores sociodemográficos
Pouca escolaridade

Situação conjugal

Relação sexual desprotegida

Alto número de parceiros sexuais

Uso compartilhado de seringas


ETIOLOGIA E INFECÇÃO
Agente causador
Vírus: Retroviridae (retrovísrus) - envelopado
Transcrição reversa do RNA em DNA
Integração ao genoma humano
Produção de novas partículas virais
ETIOLOGIA E INFECÇÃO
Formas de infecção
HIV adquirido HIV congênita
Contato com fluídos corporais Transmissão vertical (mãe para feto)
Relação sexual desprotegida com pessoa infectada. Transmissão transplacentária
Compartilhamento de seringas Transmissão durate o parto normal
Transfusão de sangue e transplante de orgãos Transmissão durante a amamentação
Exposição ocupacional Geralmente não causa má formação

HIV NÃO É TRANSMITIDO


Água
Alimentos
Contato social
Objetos pessoais
ETIOLOGIA E INFECÇÃO
Infecção pelo vírus HIV
Infecção atraves de mucosas
Adesão capsídeo GP120 do linfócito T CD4+
Co-receptor CCR5 e CXCR4 facilita a fusão da membrana
Fase de eclipse aproximadamente 10 dias

Replicação viral
Infecção Transcrição reversa (DNA a partir do RNA)
pelo HIV Integração no DNA da célula hospedeira
Transcrição, tradução, montagem
Liberação por brotamento (lisa a célula por danos cumulativos - lítico)
Pico de viremia entre 21 e 28 dias
Resposta humoral e celular HIV-específica
Presença do vírus surge uma resposta humoral
Ativação de CD 4+ e CD 8+ ajuda a conter a progressão da doença
ASPECTOS CLÍNICOS
Fisiopatologia da AIDS
Fase aguda
Primeiras semanas após a infecção
Sintomas inespecíficos
Sistema imune competente e capaz de controlar a infecção viral
Fase de latência clínica
Virus ativo, porém o sistema imune consegue controlar a carva viral
Paciente assintomático
Estágio pode durar anos
AIDS
Evolução progressiva da infecção
Redução dos linfócitos CD4+ abaixo de 200 células/mm³
Surgimento de infecções oportunistas
ASPECTOS CLÍNICOS

Sintomas inespecíficos
Candidiase oral

Caquexia

Febre alta Linfadenopatias


ASPECTOS CLÍNICOS

Sarcoma de Kaposi

Escambiose crosta Leucoplasia pilosa oral Bartenelose disseminada


DIAGNÓSTICO
Resposta humoral
A maioria dos antígenos virais do HIV são imunogênicos

GP120 Glicoproteína de
RESPOSTA superfície
GP41
PRECOCE
P24 Proteína core
(capsídeo viral)

IgM IgG
Não diferencia fase crônica
e aguda - pode aparecer e Níveis elevados e
desaparecer durante a persistentes por anos
infecção
DIAGNÓSTICO
Combinação de exames
Exames moleculares e exames sorológicos
PCR
ELISA
Western-blot
Imuno-blot rápido (IBR)

Pacientes com viremia baixa indetectável com


técnicas moleculares (controladores de elite)

INFECÇÕES AGUDAS Teste de 4º geração (triagem) + teste molecular (confirmatório)

Teste de 3º ou 4º geração (triagem) + teste molecular ou


INFECÇÕES CRÔNICAS Western-blot (confirmatório)
DIAGNÓSTICO
Quando realizar teste de infecção de HIV
Triagem sorológica de sangue doado
Segurança de hemoderivados e órgãos para transplantes
Estudos de vigilância epidemiológica
Diagnóstico de infecção pelo HIV
Testes rápidos necessitam de uma concentração maior de
antígenos/anticorpos
SITUAÇÕES RECOMENDADAS O USO
Abortos expontâneos
Regiões de difícil acesso
Acidentes biológicos ocupacionais
Programoas do Ministério da Saúde
Pacientes atendidos em pronto-socorro
Pessoa com situação de violência sexual
Gestantes sem histórico de teste no pré-natal
Centros móveis de testagem e aconselhamento
Laboratórios com rotinas pequenas (até 5 amostras por dia)
DIAGNÓSTICO
SOROLOGIA
IMUNOENSAIO DE TRIAGEM IMUNOENSAIO CONFIRMATÓRIO
Testes rápidos Western-blot
ELISA (3º ou 4º geração) Imuno-blot rápido
Quimioluminescência (3ª geração) Imunofluorescência enzimático (ELFA)
DIAGNÓSTICO
Etapa 1 - TRIAGEM
Realizar teste de quimioluminescência
RESULTADO NEGATIVO:
-Resultado NÃO REAGENTE
-Paciente sem infecção pelo vírus HIV
-NOTA: Sugerir repetir o exame em 30 dias
RESULTADO POSITIVO:
-Resultado REAGENTE
-Sugere uma recoleta e testa em uma outra metodologia
Realizado teste de ELISA ou teste rápido
RESULTADO NEGATIVO:
-Resultado NÃO REAGENTE
-Paciente sem infecção pelo vírus HIV
-NOTA: Sugerir repetir o exame em 30 dias
RESULTADO POSITIVO:
-Resultado REAGENTE
-NOTA: Sugerir confirmação do resultado com métodos mais específicos
DIAGNÓSTICO
Etapa 2 - CONFIRMATÓRIO
Realizar teste de Western-blot ou ELFA
RESULTADO NEGATIVO:
-Resultado NÃO REAGENTE
-Paciente sem infecção pelo vírus HIV
-NOTA: Sugerir repetir o exame em 30 dias
RESULTADO POSITIVO:
-Resultado REAGENTE
-Paciente infectado pelo vírus HIV
Etapa 3 - CONFIRMATÓRIO
Caso haja alguma inconclusão ou falta de segurança entre as etapas
Realizado teste em outra metodologia
RESULTADO NEGATIVO:
-Resultado NÃO REAGENTE
RESULTADO POSITIVO:
-Paciente sem infecção pelo vírus HIV -Resultado REAGENTE
-NOTA: Sugerir repetir o exame em 30 dias -Paciente infectado pelo vírus HIV
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
CITOMETRIA DE FLUXO
Contagem de células CD4+
Resultado < 200 células/mm³ e soropositivos HIV confirmam o diagnóstico de AIDS
DIAGNÓSTICO
BIOLOGIA MOLECULAR
PCR - reação da cadeia da polimerase
Detecção de antígeno p24
Material viral (RNA ou DNA)
Indicado para idade inferior a 18 meses
Detecção de ácidos nucleicos é mais sensível que a p24
Triagem de doadores de sangue e órgãos
DIAGNÓSTICO
Classificação de Fiebig para estagiamento laboratorial
Estimativas de janelas imunológicas
Diferenças biológicas precisam ser consideradas

Estágios 0 (eclipse) - ausência de marcadores virais

Estágios 1 - RNA viral detectável sem marcadores sorológicos

Estágios 2 - RNA viral + antígeno viral sem marcadores sorológicos

Estágios 3 - RNA viral + p24+ ou-;anticorpos. WB negativo

Estágios 4 - RNA viral + p24+ ou-;anticorpos. WB indeterminado

Estágios 5 - RNA viral + p24+ ou-;anticorpos. WB positivo (s/p31c)

Estágios 6 - RNA viral + p24+ ou-;anticorpos. WB positivo c/p31c +


CORRELAÇÃO CLÍNICA

EXAMES ADICIONAIS
HEMOGRAMA - Avaliar leucopênia, trombocitopenia, anemias
MARCADORES HEPATICOS e RENAIS - Monitorar citotoxicidade ao tratamento
EXAMES DE IMAGEM e CULTURA MICROBIOLÓGICA - Monitorar possíveis infecções oportunistas
CORRELAÇÃO CLÍNICA
FALSO POSITIVO
Vacina SARS-CoV-2
Doenças autoimunes
Anticorpos antimicrossomal
Anticorpos anti-músculo liso
Anticorpos anti-HIV (mãe para filho)

FALSO NEGATIVO
Erros laboratoriais
Janela imunológica
Identificação errada
Tratamento com retrovirais
Subtipo do HIV (especificidade)
TRATAMENTO
Profilaxia Pré-Exposição (PrEP)
-Medicamentos de uso diário
-Método preventivo para pessoas com alto risco de contrair HIV (eficâcia de 90%)
Parceiros sorodiferentes
Pessoas com praticas sexuais desprotegidas com multiplos parceiros
Homens e mulheres cisgêneros heterossexuais, bissexuais, gays, travestis e mulheres transexuais
-Medicação gratuíta pelo SUS (indicação precisa ser por profissionais da saúde)

Bloqueio da transcriptase reversa


Interropem a montagem do vírus
EFEITOS COLATERIAS
Disturbios gastrointestinais
Dores de cabeça e cansaço
Possíveis danos renais (longo prazo)
Demineralização óssea reverssível
TRATAMENTO
Profilaxia Pós-Exposição (PEP)
-Tratamento emergencial (iniciado preferencialmente 24 horas após possível exposição)
-Acidentes ocupacionais (não ultrapassar 72 horas de possível exposição)
-Tratamento tem duração de 28 dias
Violência sexual
Relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com seu rompimento);
Acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico)
-Medicação gratuíta pelo SUS
Bloqueio da transcriptase reversa
Interropem a montagem do vírus
EFEITOS COLATERIAS
Naúsea e diarreia
Cansaço e mal-estar geral
Toxicidade renal e hepática
TRATAMENTO
Terapia antirretroviral (TARv)
-Tratamentos para portadores HIV
-Impedem a progressão da doença
Pessoas convivendo com HIV
Não necessita contagem de células

-Medicação gratuíta pelo SUS


EFEITOS COLATERIAS
Distúrbios gastrointestinais
Problemas renais
Bloqueio da transcriptase reversa Perda óssea
Interropem a montagem do vírus Distúrbios neurológicos
Erupções cutâneas
Lesões hepáticas
Distúrbios metabólicos
Icterícia
IMUNOLOGIA CLÍNICA

Portadores de mutação
nos genes CCR5
Vírus não consegue ancorar e infectar o
linfócito CD4+
IMUNOLOGIA CLÍNICA
Lista de terminologia

https://unaids.org.br/terminologia/

Copiar no caderno as terminologias de


linguagem ponderada e apropriada

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