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Plano de Manejo APA Petropolis - Resumo

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RESUMO EXECUTIVO

rea de Proteo Ambiental da Regio Serrana de Petrpolis


MMA/IBAMA

PlanodeManejo

Plano de Manejo da APA Petrpolis

Resumo Executivo

INTRODUO Em 18 de julho de 2000 foi sancionada a Lei n. 9.985 com o objetivo de regulamentar o artigo 225 da constituio brasileira, e instituir o Sistema Nacional de Unidades de Conservao da Natureza SNUC. O Sistema Nacional de Unidades da Natureza SNUC determina que, para implantar as Unidades de Conservao, se faz necessria a elaborao de uma ferramenta que estabelece aes e prioridades para sua gesto. Para isso, as unidades devem dispor de um instrumento especfico de planejamento, intitulado Plano de Manejo, para que possam atingir seus objetivos. Isto significa que as Unidades de Conservao precisam trabalhar com objetivos a serem alcanados, para que obtenham resultados definidos por indicadores e metas, e tenham atividades a serem cumpridas e, como conseqncia, possam estimar os recursos necessrios para desenvolver suas atividades. Conforme o Roteiro Metodolgico de Planejamento: Parque Nacional, Reserva Biolgica, Estao Ecolgica (GALANTE et al, 2000), o Plano de Manejo se caracteriza pelo processo de continuidade dada pela gradao de conhecimento. Isso mantm o Plano sempre atualizado, propiciando o incio e a continuidade das aes apropriadas ao manejo da unidade. A Unidade de Conservao objeto deste estudo pertence categoria de rea de Proteo Ambiental (APA), definida segundo o SNUC como rea em geral extensa, constituda por terras pblicas ou privadas, com certo grau de ocupao humana, dotada de atributos abiticos, biticos, estticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populaes humanas, tendo como objetivos bsicos proteger a diversidade biolgica, disciplinar o processo de ocupao e

assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. As atividades de fiscalizao e gesto ambiental na APA so realizadas pela DICOF/SUPES/RJ. As atividades de fiscalizao tambm contam com o apoio eventual do Parque Nacional da Serra dos rgos, do IEF/RJ e da Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Petrpolis. Estas atividades so realizadas de maneira integrada com as outras Unidades de Conservao adjacentes APA. A administrao financeira dos projetos desenvolvidos e os recursos financeiros provenientes do IBAMA so de responsabilidade da prpria administrao da Unidade de Conservao. Os principais problemas existentes na APA esto relacionados com as atividades conflitantes que ocorrem em seu interior. Dentre elas, destaca-se as expanses urbanas, que tem levado a uma ocupao desordenada do solo e desmatamento descontrolado, principalmente de reas de encosta, causando risco de deslizamentos e levando a freqentes catstrofes, ocasionadas principalmente pelas chuvas de vero. Embora no muito freqentes (0,5% da rea total da APA), as atividades agrcolas tambm contribuem para a degradao do solo, dos mananciais hdricos, desmatamento e voorocas, decorrentes de prticas agrcolas inapropriadas, pecuria extensiva e queimadas de pastagens. Este Resumo Executivo contm de forma sucinta a descrio das caractersticas ambientais e scio-econmicas locais, as condies de infra-estrutura e pessoal da UC, sua declarao de significncia, seus objetivos especficos, suas normas gerais internas e externas, seu zoneamento e indicando a zona de amortecimento, bem como s aes gerenciais gerais e proposies para as reas estratgicas internas e externas.

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FICHA TCNICA DA UNIDADE DE CONSERVAO Nome da Unidade de Conservao: REA DE PROTEO AMBIENTAL DA REGIO SERRANA DE PETRPOLIS APA PETRPOLIS Unidade Gestora Responsvel (UGR): Parque Nacional da Serra dos rgos, Av. Rotariana s/n - Alto - Terespolis - RJ Telefone: (021) 2642-1575/ 2642-2374 - Fax: (021) 2642-4460 Endereo da Sede Estrada Unio Indstria, 9722 Itaipava Petrpolis/RJ CEP: 25730-731 Telefone (24) 2222-1651/ 2222-1682 Superfcie da UC (ha) 59.618,4307 ha (*) Permetro da UC (km) 428,532 km Petrpolis 68,32% Municpios que abrange e Mag 16,75% percentual abrangido pela Guapimirim 10,39% UC: Duque de Caxias 4,54% Estado(s) que abrange: Rio de Janeiro Entre Latitude 222001,19614 N e 223737,78154S, Longitude Coordenadas geogrficas 432234,83003 W e 425417,42293 E Nmero do Decreto de Criada pelo Decreto n 87.561 de 13/09/1982; regulamentada pelo criao com a respectiva Decreto n 99.274 de 06/06/1990 e delimitada pelo Decreto n 527 de data: 20/05/1992, no possuindo marcos topogrficos implantados. Mata atlntica: Floresta Ombrfila Densa Submontana, Floresta Bioma Ombrfila Densa Montana e Floresta Ombrfila Densa Altomontana e Campos de altitude. Atividades ocorrentes Sim. Cursos, publicaes e folders aplicados e distribudos nas escolas e associaes comunitrias. Eventos em datas comemorativas com apoio de parcerias e voluntrios com recursos provenientes da Compensao Educao ambiental Ambiental. Campanhas anti-incndios, de divulgao da legislao ambiental, projetos de capacitao, pesquisa de opinio, informaes ambientais, educao ambiental itinerante, apoio a projetos ambientais, sociais e culturais da regio. Sim. Ocorre em parceria com o Batalho de Polcia Florestal, em especial da regio da Maria Comprida e Pedra da Viva (norte e noroeste da APA). Fiscalizao Existem tambm aes preventivas de combate a incndios florestais, enchentes e deslizamentos, em parceria com a Reserva Biolgica de Araras. Sim. Projetos conduzidos por Universidades e Instituies de pesquisas atuantes no Estado do Rio de Janeiro, concentradas principalmente na rea Pesquisas de geologia, geomorfologia, solos, gua, geoprocessamento e fauna de invertebrados. Existem projetos em parceria para o monitoramento da vegetao. Sim. Freqente e contnua por abrigar diversos pontos tursticos de cunho histrico e cultural, alm de atrativos ecotursticos, beleza cnica Visitao significativa, florestas, cachoeiras, trilhas e picos para alpinistas. Eventos festivos tradicionais como a Bauernfest e Feira Agropecuria, entre outros. Sim. Expanso da ocupao da APP devido especulao imobiliria, degradao dos recursos hdricos, explorao de pedreiras, explorao de Atividades conflitantes produtos da flora (bromlias, cips e Orqudeas), caa predatria, estradas (federal, estadual e municipais), gasoduto, linhas de transmisso, estao de rdio base. Anlise tcnica de projetos pblicos ou privados para subsidiar o Gesto Integrada licenciamento ambiental, apoio fiscalizao, combate a incndio.
* rea cartogrfica, calculada com uso do software GPS Trackmaker PRO 4.0 (Odilon, 2005) Poligonal fornecida pela APA de Petrpolis.

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ACESSO APA A rea de Proteo Ambiental da Regio Serrana de Petrpolis (APA Petrpolis) est localizada na poro centro-oeste do Estado do Rio de Janeiro. Abrange em sua maior parte reas urbanas e rurais do municpio de Petrpolis e, parte dos municpios de Duque de Caxias, Mag e Guapimirim. Os acessos a APA Petrpolis so diversos, pois existe uma rica malha viria na regio. Saindo da cidade do Rio de Janeiro, a APA fica, em mdia, a menos de uma hora do Aeroporto Antnio Carlo Jobim. Pode ser feito pela rodovia BR-040 (Washington Luiz), estrada pavimentada, com trechos privatizados sob concesso da CONCER (Companhia de Concesso Rodoviria RioJuiz de Fora). Quanto sede administrativa da APA, cuja localizao no municpio de Petrpolis, Distrito de Itaipava, o acesso principal feito tambm pela BR-040. ASPECTOS SCIO-ECONMICOS DA REGIO As reas urbanas localizam-se, sobretudo, nos fundos de vale da regio central da APA, onde h menor declividade. O uso e ocupao do solo so determinados por um conjunto de fatores que vo desde a disponibilidade de infra-estrutura rodoviria, at as condies ambientais, como relevo, aptido agrcola, vulnerabilidade do solo, entre outras. Possui em seu territrio uma sede municipal e sede de dois outros distritos, totalizando uma populao de aproximadamente 300 mil habitantes. Sua principal tendncia de uso da terra est voltada para a ocupao e expanso urbana. So poucas as reas com tendncia de uso menos intensivo, voltado, por exemplo, para a agropecuria. As principais atividades que interferem de forma direta e indireta na conservao dos recursos naturais da APA so: explorao de atividades agropecurias extensivas, inclusive em margens de rios e encostas ngremes e topos de morros; utilizao de prticas agrcolas prejudiciais conservao do solo; expanso de reas urbanas, condomnios e

loteamentos rurais; queimadas; explorao de atividades mineradoras, extrativismo de recursos vegetais e animais; e, existncia de diversas atividades potencialmente poluidoras. A caracterizao da populao foi realizada com base nos dados dos Censo demogrficos de 2000 (IBGE) e nas projees do IBGE Cidade@, bem como nas projees da Fundao Cide. Como, trata-se de uma caracterizao scio-geogrfica da regio onde se localiza a APA Petrpolis, sero realizadas comparaes da dinmica populacional dos quatro municpios abrangidos pela APA. Mais do que comparar a dinmica populacional municipal com a regional o que importa, para efeitos do planejamento, apontar como os aspectos populacionais regionais influenciam na dinmica de uso e ocupao do solo. A regio Serrana Fluminense, alm de ser um dos maiores centros de turismo do pas, desde o Imprio, uma regio vislumbrada como adequada para a garantia de uma vida saudvel. importante atentar para o fato de que um dos principais atributos buscados pelos moradores de classe mdia a alta exatamente esta qualidade de vida, aliada busca da natureza, intrinsecamente ligada a beleza cnica da regio. A especulao imobiliria baseada exatamente na venda destes atributos. O Estado do Rio de Janeiro dividido em oito Regies de Governo (CIDE, 1997). As regies nas quais se inserem a APA Petrpolis so: a Regio Metropolitana do Rio de Janeiro e a Regio Serrana. Em 2000, o contingente populacional residente nos quatro municpios da APA correspondia a 1.305.775 habitantes (IBGE, 2000), equivalendo a aproximadamente 10% da populao do Estado. As taxas de crescimento para esses municpios so, em quase todos os casos, superiores s taxas regionais e estadual. A proximidade dos municpios da Regio Metropolitana, o processo histrico de formao scio-espacial, bem como as polticas locais de gesto do territrio condiciona a situao geogrfica dos domiclios como predominantemente
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localizadas no meio urbano. A populao rea rural se concentra no municpio Guapimirim (cerca de 32%) seguidos Petrpolis e Mag, com cerca de 5% populao rural.

em de por de

investimentos para a melhoria de vida da populao. A melhoria da qualidade de vida, do saneamento bsico e polticas de incluso social nos municpios do entorno da APA est intrinsecamente ligada as mudanas de comportamento frente s questes de proteo da natureza, e, consequentemente, de preservao da APA Petrpolis.

No perodo de 1991-2000 o crescimento populacional dos quatro municpios foi, em mdia, de 2,4%, quase o dobro da mdia estadual. Destacam-se os municpios de Guapimirim e Mag, que tm demonstrado forte tendncia de expanso urbana e elevado crescimento populacional, devido principalmente a migraes de habitantes da Baixada Fluminense, ou mesmo da Capital Estadual, em busca de melhores condies de moradia e qualidade de vida. No existem dados oficiais a respeito da populao flutuante na regio. Porm, nos fins-de-semana, feriados e recessos, o deslocamento de moradores das reas urbanas prximas aumenta pela busca do lazer e descanso. As condies objetivas de vida da populao residente na APA Petrpolis so apresentadas atravs do IDH (ndice de Desenvolvimento Urbano), que um indicador social sinttico, resultado da anlise integrada dos aspectos relativos escolaridade, renda per capta e expectativa de vida. Pelos critrios do Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), os quatro municpios apresentavam em 2000 um estgio mdio de desenvolvimento (IDH entre 0,5 e 0,8), porm, apresentavam uma distncia mdia de 20% em relao ao IDH desejvel, ou seja, igual a 1. Neste mesmo ano, o municpio que mais se aproximou do IDH estadual e que superou o nacional foi o de Petrpolis (0,804). Em relao aos outros 90 municpios que compem o Estado do Rio de Janeiro, os quatro municpios que englobam a APA Petrpolis esto na seguinte situao: Petrpolis 7 posio; Duque de Caxias 51 posio; Guapimirim 63 posio; e, Mag 56 posio. A partir desses dados, que levam em conta escolaridade, saneamento e renda, percebe-se que estes municpios, com exceo de Petrpolis, apresentam uma grande necessidade de

CARACTERSTICAS FSICAS Clima O clima na regio da APA Petrpolis do tipo Cwb, segundo Kppen, correspondente ao tropical de altitude com veres frescos e chuvas tpicas da estao, sendo que nos pontos mais altos a estao seca pouco pronunciada. A temperatura mdia anual varia, segundo a regio, de 13 a 23 C, e a pluviosidade mdia entre 1500 e 2600 mm, com regime de distribuio peridica, com precipitao mxima entre os meses de dezembro e fevereiro (IBAMA, 2005). Solo As classes de solos da APA Petrpolis foram levantadas ao longo do Zoneamento Ambiental da APA (ECOTEMA, 2003). A caracterizao dos solos um fator relevante para determinar o uso e ocupao do solo, em se tratando de rea com grande ocorrncia de deslizamentos de terras, principalmente na poca do vero. As classes de solos descritas na rea so: Latossolo Vermelho-Amarelo (ocorrem amplamente na rea, em posies fisiogrficas de colinas e encostas); Cambissolo Hplico (aps os latossolos, ocorrem amplamente na regio); Argissolo Vermelho-Amarelo (pouco freqentes, encontrados principalmente em rampas de colvio e nas partes elevadas dos terraos); Gleissolo Hplico (pouco freqentes, encontrados em fundos de vale, sob relevo plano); Neossolos Litlicos (pouco freqentes, dissecao das encostas, em relevo montanhoso); e, Neossolos Flvicos (pouco freqentes, situado em terraos, sob relevo plano a suave ondulado).
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Geologia O Estado do Rio de Janeiro est situado sob os domnios geolgicos da Provncia Mantiqueira. Essa provncia representa uma entidade geotectnica com franca orientao para o nordeste. A Provncia Mantiqueira apresenta domnios caracterizados pelo metamorfismo e fuso parcial das rochas supracrustais e infracrustais, pela deformao contracional de baixo e alto ngulo, seguida do cifalhamento transcorrente de expresso regional, e pela colocao de diversos corpos granitides de dimenses muito variadas (CPRM, 2002). A regio onde se localiza a APA Petrpolis faz parte da poro sudeste da Plataforma Brasileira, representada pelo Domnio Tectnico Cinturo Mvel Atlntico. As formaes geolgicas atravessam o perodo Pr-Cambriano, com rochas afetadas por sucessivos ciclos de deformao intensa, responsveis por metamorfizao de rochas pr-existentes, granitizao, intruso de novos corpos granticos, alm de dobramentos e falhamentos. O relevo acentuado se deve s falhas geolgicas que geram as grandes escarpas rochosas e a maior resistncia ao desgaste do granito em relao ao gnaisse. Relevo/Geomorfologia O Estado do Rio de Janeiro caracteriza-se por uma grande variedade fisiogrfica, constituindo uma profuso de tipos de paisagens e formas diferenciadas de relevo. A Unidade Geomorfolgica em que a APA Petrpolis est inserida o Cinturo Orognico do Atlntico. Dentro desta Unidade, a APA est situada dentro do Domnio Morfoestrutural das Faixas de Dobramentos Remobilizados, incluindo a Regio Geomorfolgica Escarpas e Reversos da Serra do Mar. Caracteriza-se por um relevo acidentado com grandes desnveis altimtricos, com cotas variando entre 500 e 1800 metros. Dentro da Unidade Morfoescultural das Escarpas Serranas, a Unidade Geomorfolgica Escarpas das Serras do Couto e dos rgos a nica abrangida pela APA Petrpolis. Consiste em uma muralha montanhosa, uma barreira orogrfica abrupta,

dominada por campos de altitude em relevo plano, com alturas de at 2.000 metros. O relevo suportado por rochas prCambrianas com predominncia de rochas granitides, gnissico-migmatticas e granticas, com intenso fraturamento, que condiciona escarpas, paredes e vales fechados, favorecendo a atuao do intemperismo. A Unidade Geomorfolgica Serra dos rgos caracteriza-se tambm pelo notvel controle estrutural sobre a drenagem, tanto aos cursos que descem a escarpa em direo ao mar, quanto aos que se dirigem para o rio Paraba do Sul, orientados, via de regra, pelas fraturas. A evoluo natural do relevo montanhoso est ligada a desmoronamentos e escorregamentos das encostas, que so potencializadas pela ausncia de vegetao. reas urbanizadas, com solos expostos devido ao desmatamento, propiciam a instabilidade local. Hidrografia Os corpos dgua que atravessa a APA apresentam caractersticas em comum, com forte declividade e leito rochoso, caracterizando-se por terem um regime fluvial torrencial, com rpido aumento de vazes aps as chuvas e um escoamento permanente, porm reduzido no perodo seco. Os rios que correm ou nascem no territrio da APA Petrpolis abrangem duas Macrorregies Ambientais, segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano do Rio de Janeiro (SEMADUR-RJ): MRA-1 (Baa de Guanabara) e MRA-6 (rio Paraba do Sul). Na Macrorregio Ambiental 1, a maior parte dos rios nasce nas serras abrangidas pela APA, e so drenados para a Baa da Guanabara, especialmente pelos receptores rios Suru e Saracuruna. A maioria desses cursos dgua encontra-se canalizados de forma aberta ou subterrnea e apresentam suas guas extremamente poludas pelas descargas que recebem. O principal rio da Macrorregio Ambiental 6, que drena o territrio da APA, desgua atravs do rio Piabanha. Possui uma extenso de 75 km, onde seu principal afluente o rio Paquequer, que nasce no interior da APA. A maioria dos rios dessa Macrorregio de
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planalto, com cursos apertados entre contrafortes cristalinos, apresentando grande nmero de saltos, corredeiras e grande volume de gua. Essas caractersticas, aliada boa qualidade da gua, faz com que o rio Paraba do Sul seja a mais expressiva fonte de captao de gua da regio. Assim, a Serra dos rgos divide sua hidrografia em dois sistemas principais de drenagem: um localizado na costa atlntica da serra e formado por cursos que nascem nas regies mais altas, e outro localizado na encosta setentrional da Serra dos rgos e constitudo por rios que tem suas nascentes na serra, atravessam grande extenso da APA e correm para o rio Paraba do Sul. Assim, as caractersticas desses dois sistemas so diferenciadas, seja pelas caractersticas de relevo, pelo grau de ocupao humana das suas bacias de drenagem, ou mesmo pela qualidade das guas de seus corpos hdricos. Embora a APA disponha de rios de porte expressivo, eles so utilizados principalmente como receptculo dos esgotos sem tratamento, encontrando-se poludos, sem condies de potabilidade que permita seu aproveitamento para abastecimento de gua para a cidade, irrigao ou lazer. So utilizados como mananciais para o abastecimento das concentraes humanas os pequenos crregos formadores dos cursos dgua maiores, como: rio da Cidade, rio Alto da Serra, rio Palatinato, rio Itamarati, rio Bonfim, rio Santo Antnio, entre outros. Esses mananciais so em sua maioria rios de cabeceira, com forte declividade, leitos rochosos e pequena rea disponvel para acumulao de gua necessria pra aumentar suas vazes de estiagem. De modo geral, as suas reas de contribuio se encontram em bom estado de conservao, com grande parte da sua cobertura vegetal nativa preservada. A preservao ambiental das reas a montante e ao longo desses cursos dgua, a proteo contra lanamentos de detritos em seu leito e a manuteno da cobertura vegetal nativa assumem grande importncia para garantir a qualidade da APA, uma vez que a disponibilidade hdrica escassa para o abastecimento humano.

Qualidade da gua e Descarga Lquida Segundo a ECOTEMA (2003) so poucos os cursos dgua da regio da APA Petrpolis que dispem de avaliaes da qualidade de suas guas ao longo do tempo e ao longo de seus perfis, a no ser o rio Piabanha e os mananciais de abastecimento pblico. De modo geral, as guas superficiais dos pequenos mananciais afluentes deste rio apresentam boas condies para abastecimento aps tratamento convencional. As restries de carter biolgico resultam do lanamento de esgotos brutos e de lixo nos corpos dgua, decorrente da intensa e desordenada ocupao humana da bacia, que pode ser corrigida a partir da adoo de tratamento adequado dos efluentes e despejos das atividades humanas. As duas fontes de poluio responsveis pela degradao da qualidade das guas na regio da APA tm duas origens principais: domstica e industrial. A Companhia de guas do Imperador vem desenvolvendo um programa de instalao de ETE (Estao de Tratamento de Esgotos) e redes coletoras de esgotos, afim de controlar a poluio dos corpos dgua por efluentes domsticos. O Centro de Informao da Baa da Guanabara tem desenvolvido o Projeto de Controle Industrial para atender s metas previstas no contexto do Programa de Despoluio da Baa da Guanabara. Para isso, busca fazer controle da poluio nos rios da MRA-1, sendo determinados como indicadores: eroso, assoreamento, urbanizao desordenada, aterros sanitrios, lixo flutuante, esgotos sanitrios, leos e graxas e despejos industriais. De menor importncia, existem tambm as fontes de origem agropecuria, que pode causar problemas localizados devido aos dejetos de animais e efluentes agrcolas. Este fato pode ser observado no vale do rio Itamarati, a montante da captao Ponte de Ferro, que encontra-se fortemente ocupado por cultura de hortalias, onde intenso o uso de adubos qumicos e agrotxicos.

CARACTERSTICAS BITICAS

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VEGETAO A APA Petrpoilis encontra-se dentro da rea de distribuio da chamada Floresta ou Mata Atlntica, conforme definido pelo Decreto n 750 de 1993, sendo que a Resoluo Conama n 03/96 esclarece que a vegetao remanescente expressa no pargrafo nico do art. 4 do supracitado decreto abrange a totalidade de vegetao primria e secundria em estgio inicial, mdio e avanado de regenerao. De modo geral, os trechos florestais limitados APA podem ser enquadrados em trs formaes distintas (VELOSO et al, 1991,1992): Submontana (50 a 500 m de altitude), Montana (500 a 1.500 m) e AltoMontana (acima de 1.500m). Acima das matas, em pontes rochosos, surgem refgios vegetacionais representados pelos Campos de Altitude. Segundo dados do Zoneamento, os trechos da floresta mais preservados esto em sua maior parte restritos s reas de relevo acidentado. Boa parte da mata original foi substituda por culturas e campos antrpicos. Nas reas devastadas e depois abandonadas comum a ocorrncia de florestas secundrias em diversos estados sucessionais. O estado da vegetao do permetro urbano do municpio de Petrpolis demonstra bem a intensidade da presso causada pela ocupao humana: nas encostas dos morros urbanos a vegetao original foi em grande parte substituda por reas alteradas de sucesso secundrias e plantas daninhas. As pequenas ilhas de vegetao que sobrevive nessas reas constituem formaes em diversos estgios de regenerao, que variam de acordo com o tempo de abandono da terra, tipo de atividade praticada anteriormente e extenso da rea desmatada. Apesar de possuir muitos fragmentos de vegetao natural, A APA corresponde a 72,4% de reas com formaes vegetais tpicas de Mata Atlntica, segundo o Instituto Terra Nova (2005). So 63,9% de formaes florestais somadas a 8,2% de Formaes Vegetais Rupestres e 0,25% de Campos de Altitude. Isso representa uma alta proporo de vegetao, pois, considerando o tamanho

da APA e a quantidade de vegetao natural da Mata Atlntica por ela conservada obtmse nmeros maiores que vrias unidades de conservao de proteo integral no bioma. O papel da APA tambm manter a conectividade entre os grandes fragmentos, atualmente representados pela Rebio do Tingu e o Parna da Serra dos rgos, mantendo corredores de vegetao. FAUNA Entomofauna Levantamentos de publicaes e listas de espcies da entomofauna presentes na APA Petrpolis e seu entorno foram realizadas. Foram encontrados estudos voltados principalmente para identificao e dpteros (mosquitos, moscas, pernilongos) e de lepdopteros (borboletas e mariposas). Estudos indicaram a Serra dos rgos como rea de maior diversidade para o grupo no Brasil (PINTO-DA-ROCHA et al, 2003). Em Petrpolis a ocorrncia de entomofauna associada a vetores de doenas foi alvo de ateno dos rgos da vigilncia sanitria, como, por exemplo, a Febre Maculosa. Devido a complexidade na dinmica ecolgica desse grupo, os meios de conservao efetivos para os invertebrados devero ser promovidos atravs da preservao e manejo dos hbitats e ecossistemas. Ictiofauna Os rios do interior da APA Petrpolis, em geral, muito semelhantes, com predominncia de cursos d'gua relativamente pequenos, apresentando em mdia, 2 a 3m de largura, pouca profundidade (cerca de 0,5m), substrato com rochas, pedras e areia, gua transparente, correnteza forte-mdia, e vegetao marginal muito bem preservada. A estrutura da comunidade de peixes do interior da APA tpica de nascentes, ou seja, apresenta riqueza baixa, com predominncia de espcies de pequeno porte e com presena marcante de espcies torrentcolas, adaptadas vida em cabeceiras (cascudos, pequenos bagres e lambaris, Kronichthys, Trichomycterus e Bryconamericus).

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Uma pequena parte dos rios da APA contribui para a MRA-1. Para este sistema foram identificadas 15 espcies de peixes, pertencentes a 6 famlias. O impacto da ocupao humana muito intenso, e por isso, muitos corpos dgua encontram-se poludos. Para o sistema MRA-6 foram identificadas 8 espcies de peixes, pertencentes a 4 famlias. O baixo nmero de espcies identificadas para este sistema est relacionado ao tamanho e morfologia dos cursos dgua: pequeno porte e declividade acentuada. Uma peculiaridade da ictiofauna dessa MRA a presena da Truta (Oncorhynchus mykiss), peixe extico, mas que no representa uma ameaa significativa ao equilbrio das populaes naturais. As condies ambientais das cabeceiras dos cursos dgua no interior da APA so muito boas (mata preservada, boa qualidade da gua). No entanto, a medida que os rios vo atingindo seu curso mdio e baixo, impactado com o despejo de poluentes domstico. Anfbios Foram consideradas as diversas informaes sobre anfbios compiladas, entre outros, pelo Dr. Eugnio Izecksohn e Dr. Carlos Alberto G. da Cruz da UFRRJ, que realizaram coletas peridicas na rea da APA Petrpolis, e em especial nas proximidades da Reserva Biolgica do Tingu e entorno nas dcadas de 80 e 90, resultando inclusive em descries de novas espcies de anfbios. Foram consideradas tambm as espcies levantadas na ocasio do Zoneamento Ambiental da APA Petrpolis, realizado pela Ecotema (op cit). Como seria esperada para uma regio de Mata Atlntica, a riqueza observada muito alta, destacando-se ainda a presena de espcies raras, endmicas e ameaadas. Seguramente, a APA Petrpolis pode ser considerada um centro de alta diversidade para os anfbios, pois abriga uma taxocenose extremamente diversificada, que reflete a ampla heterogeneidade ambiental da regio. Todos os hbitats disponveis so ocupados por comunidades distintas (poas interior de mata, crregos de mata, folhio, reas abertas, entre outros) e, apesar do

conhecimento acumulado da anfibiofauna da regio, algumas reas/ambientes ainda no foram exploradas, tais como as faixas de floresta de altitude acima de 1000m. Foram totalizadas 131 espcies de anfbios para a regio da APA, com espcies endmicas (Eleutherodactylus petropolitanus e Thoropa petropolitana), algumas muito raras (Fritziana goeldi) ou ameaadas (Paratelmatobuis gaiageae). Rpteis Grande parte da fauna de rpteis apresenta ampla distribuio geogrfica, ocorrendo em outras formaes como a Amaznia, Cerrado e at na Caatinga. No entanto, so conhecidas muitas espcies endmicas da Mata Atlntica, como o jacar-de-papo-amarelo (Caiman latirostris) (MMA, 2000). A Mata Atlntica possui 150 espcies, das quais 43 tambm existem na Amaznia e 18 so de ampla distribuio neotropical (DIXON, 1979, apud Por, 1992). Segundo Estudos da Ecotema (2003) foram registradas 29 espcies de rpteis na APA Petrpolis. Avifauna A Mata Atlntica apresenta uma das mais elevadas riquezas de aves do planeta, com 1020 espcies. um importante centro de endemismo, com 188 espcies endmicas e 104 ameaadas de extino. Estas espcies encontram-se ameaadas principalmente pela destruio de hbitats, pelo comrcio ilegal e pela caa seletiva de vrias espcies. O comportamento conspcuo das aves, relativa facilidade de identificao, rapidez de amostragem e grande diversidade, fazem do grupo adequado para a determinao e identificao de reas prioritrias para a conservao (STOTZ et al., 1996) De acordo com STOTZ et al.(1996), algumas espcies do grupo podem servir como bioindicadores ambientais. Normalmente os bioindicadores esto associados espcies especialistas, endemicas, raras e sensveis a distrbios ambientais Os animais podem estar sob risco de extino se apresentarem uma ou mais dessas caracteristicas. Logo reas onde ocorram varias espcies com essas
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caracteristicas juntas em bom estado de conservao merecem maior ateno e realizao de programas de conservao. Mastofauna A Mata Atlntica possui 250 espcies de mamferos, sendo 55 endmicas, com a possibilidade de existirem diversas espcies desconhecidas. So os componentes da fauna que mais sofreram com os vastos desmatamentos e a caa, verificando-se o desaparecimento total de algumas espcies em certos locais. H uma grande quantidade de roedores e quirpteros (morcegos), e apesar de no ser to rica em primatas quanto a Amaznia, possui um nmero razovel de espcies (ADAMS, 2000). A caracterizao da mastofauna na APA Petrpolis resultante dos estudos realizados pela Ecotema (2003) para subsidiar o Zoneamento Ambiental. A fauna da APA muito rica, devido ao elevado grau de diversidade e endemismo da fauna Atlntica. Porm, o elevado grau de Fragmentao da Mata Atlntica, principalmente nas reas mais baixas, levou ao declnio de vrias espcies. Ainda hoje so verificados indcios e caa profissional, tanto nas zonas de vida silvestre quanto nas unidades de conservao. Na Baixada Fluminense, mesmo fora dos limites da APA, comum a presena de passarinheiros (criam aves como animais de estimao e fazem o seu comrcio ilegal). No entanto, a maio presso sobre a fauna se trata da supresso de habitat e poluio ambiental, conseqncias da ocupao humana na APA, bem como a supresso da Floresta Atlntica como um todo. Em face a esta situao, a fauna na regio bastante vulnervel. Exceto nas maiores reas de proteo integral (Rebio do Tingu, Rebio Araras e o Parna Serra dos rgos) e na Zona Silvestre Maria Comprida, so poucos os fragmentos em condies de oferecer habitat para espcies especialistas e as de topo de cadeia. Portanto, a tendncia que persista apenas a comunidade de generalistas de ampla distribuio e bem adaptadas a ambientes antropizados. A confrontao da APA com o Parque Nacional da Serra dos

rgos e com a Reserva Biolgica do Tingu, alm de se constituir numa zona de amortizao da ao antrpica nas zonas limtrofes, propicia o enriquecimento da biodiversidade da fauna da APA pelo fluxo que se estabelece na rea de preservao contnua.

INFRA-ESTRUTURA DA APA, PESSOAL E RECURSOS FINANCEIROS A APA Petrpolis conta com uma edificao para execuo de suas atividades administrativas. A sede da APA Petrpolis est situada em rea interna UC, junto Estrada Unio e Indstria, no distrito de Itaipava, Petrpolis, a aproximadamente dois quilmetros do limite nordeste da APA. Possui um amplo patrimnio de bens mveis, contando com 1 aparelho de televiso 29, a vdeo cassete, 5 computadores, 3 impressoras, 1 notebook, 2 rdios transmissor (walk), filmadora, aparelho de som, 1 GPS, 1 mquina fotogrfica digital, alm de vrios materiais de escritrios para serem utilizados na rea administrativa, cozinha. Na lista de bens mveis da APA, tambm h: 1 Toyota Hillux DLX 2001; Ford Escort 1.0 a gasolina 1993; Ford Coruier 2002. Dentro da APA Petrpolis, h um quadro de cinco funcionrios responsveis pelas operaes e atribuies desenvolvidas na UC. A organizao interna conta com o chefe da APA (Responsvel pelas aes na UC) e subordinados, dois analistas ambientais e duas tcnicas administrativas. De acordo com o regimento interno do IBAMA e seu organograma administrativo, a APA Petrpolis est diretamente subordinada Diretoria de Ecossistemas (DIREC), e trata-se de um rgo descentralizado. No caso da APA Petrpolis, assim como, em outras UC Federais do Rio de Janeiro, o Parque Nacional da Serra dos rgos (PARNASO), exerce o papel de Unidade Gestora Responsvel (UGR), com funo de repassar os recursos provenientes da Diretoria de Ecossistemas (DIREC), que representa o IBAMA-Sede. Excetuando-se as doaes, recursos de compensao ambiental e demais parcerias, todos os outros recursos

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que gerem a APA Petrpolis so de origem da Unio. A APA Petrpolis faz acompanhamento dos processos de licenciamento ambiental que ocorrem no interior da APA, realizando vistorias e emitindo pareceres. A APA, como principal entidade ambiental da regio serrana, realiza aes conjuntas com o Ministrio Pblico Estadual. As articulaes com os rgos das Prefeituras locais, Ministrio Pblico e outros tm proporcionado a manuteno das atividades da APA em funo das compensaes ambientais e da recuperao dos passivos. A pesquisa uma atividade muito constante e que tem estado sempre presente na APA Petrpolis. Parcerias estabelecidas com Universidades locais, que possuem inclusive campus universitrio no interior da APA, proporcionam o desenvolvimento de diversas pesquisas scio-ambientais. Os pesquisadores contam, inclusive, com um diversificado sistema de informaes georreferenciados, e de alta qualidade, da APA Petrpolis, para o desenvolvimento de suas pesquisas. As instituies mais atuantes so: Universidade Federal do Rio de Janeiro; Universidade Estadual do Rio de Janeiro; Pontfice Universidade Catlica do Rio de Janeiro.

APA Petrpolis foi caracterizada como rea prioritria para a conservao da avifauna e herpetofauna. As Serras dos rgos, Tijuca e Bocaina, tambm foram classificadas como de valor extremamente alto, para a conservao. Em funo do modelo de ecorregies, dentro das propostas para a Poltica Nacional de Biodiversidade, foi indicada a ecorregio da Serra do Mar onde est inserida a APA Petrpolis, como prioritria para a conservao decorrente de sua alta riqueza biolgica e importante funo ecolgica. Alm dos aspectos de biodiversidade, com expressiva riqueza de espcies endmicas, raras e ameaadas, a APA Petrpolis preserva em seu interior, um grande nmero de nascentes que formam as principais bacias hidrogrficas do estado, funcionando como mananciais de abastecimento humano. A APA Petrpolis tem como objetivo principal promover o desenvolvimento sustentvel da regio, e ao mesmo tempo, proteger amostras da Mata Atlntica e demais recursos naturais, especialmente os recursos hdricos e proporcionar o desenvolvimento das pesquisas cientficas e conscientizao ambiental na regio. Portanto, sua representatividade para a conservao da fauna, flora e recursos hdricos da regio ser mantida, podendo ser ampliada com gesto eficiente dos seus recursos ambientais, principalmente pela proximidade entre outras UC da regio, como o Parque Nacional da Serra dos rgos e a Rebio do Tingu.

DECLARAO DE SIGNIFICNCIA No Brasil, existem dois biomas em situaes crticas: o Cerrado e a Mata Atlntica. A APA Petrpolis apresenta alta relevncia no cenrio da conservao internacional e nacional, principalmente. A localizao centralizada no estado do Rio de Janeiro garante a esta UC, caractersticas nicas e importncia fundamental para a conservao do bioma da Mata Atlntica, principalmente por exercer papel de corredor ecolgico entre as reas protegidas e conservadas deste bioma no sudeste brasileiro. Em 1999, durante a realizao do Workshop de Aes e reas Prioritrias para a Conservao da Mata Atlntica e Campos Sulinos, foram identificadas 184 reas prioritrias para a conservao da biodiversidade na regio. Neste documento, a

OBJETIVOS ESPECFICOS DA UNIDADE Com base no Sistema Nacional de Unidades de Conservao da Natureza (SNUC); na categoria de manejo da APA Petrpolis; no seu decreto de criao e de delimitao; na sua contextualizao local, regional, federal e internacional; assim como, nos conhecimentos obtidos sobre a rea; seus aspectos fsicos, biticos e scio-econmicos; relacionam-se a seguir, os objetivos especficos da APA Petrpolis:

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1.Conservao dos remanescentes da Mata Atlntica existentes dentro da APA, principalmente nos corredores ecolgicos; 2.Conexo com outras unidades de conservao, no intuito de formar corredores ecolgicos; 3.Conservao dos recursos de fauna e flora, principalmente aqueles endmicos e ameaados de extino; 4.Manuteno da viabilidade gentica das populaes de fauna e flora da regio; 5.Incentivo da recuperao ambiental; 6.Participao na elaborao e polticas de planejamento e ordenamento urbano; 7.Proteo as nascentes, a vazo e a qualidade dos recursos hdricos originados na regio; 8.Garantia da proteo das caractersticas relevantes de natureza geolgica e geomorfolgica da regio; 9.Execuo de monitoramento, juntamente com o rgo estadual, as condies da gua, do ar e saneamento na APA, inclusive o tratamento de esgotos. 10. Monitoramento da mata atlntica e ecossistemas correlatos da APA; 11. O incentivo implantao de sistemas de energia alternativa/sustentvel; 12. Contribuio para o conhecimento do uso dos recursos naturais para o desenvolvimento sustentvel da regio; 13. Implantao de manejo sustentvel dos recursos naturais da rea do entorno; 14. Apoio criao e organizao de centros de referncia ambiental; 15. Incentivo implantao de programa de educao ambiental formal e informal; 16. Apoio implantao de programas de gerao de renda, especialmente nas reas do turismo e eco-turismo e tecnologias sustentveis; 17. Apoiar o artesanato, a agricultura, e demais atividades sustentveis; 18. Favorecimento e/ou promoo da recuperao de ecossistemas degradados por meio de pesquisas experimentais e do desenvolvimento tecnolgico; 19. Promoo de meios e incentivos para implementar as atividades de pesquisa cientfica e monitoramento ambiental;

20. Destinao adequada dos resduos slidos e incentivos coleta seletiva e a reciclagem de lixo; 21. Valorizao do conhecimento das comunidades locais, difundindo-o em aes de educao e sensibilizao ambiental. PLANEJAMENTO A APA Petrpolis uma Unidade de Conservao da categoria de Uso Sustentvel. Com uma rea de 59.618 hectares, representando cerca de 5,69% das reas protegidas da Mata Atlntica. Sua proximidade com outras unidades de conservao de diversas categorias, tanto de uso sustentvel quanto de proteo integral, como a Reserva Biolgica do Tingu, a Reserva Biolgica Araras, a rea de Proteo Ambiental (APA) de Guapi-Mirim, a APA do Frade, a Reserva Ecolgica Paraso e o Parque Nacional da Serra dos rgos, faz com que sua condio de proteo ambiental seja ainda mais valorizada, tendo em vista a preservao da biodiversidade regional, alm da formao de um mosaico de UC. A extenso de sua rea e muitas vezes a inacessibilidade por motivos de relevo, vegetao densa e existncia de reservas particulares em seu interior fazem com que a rea se torne, naturalmente, refgio de espcies ameaadas e endmicas da regio. O Planejamento de uma Unidade dentro dessas condies no vem s cumprir a legislao vigente, vem tambm determinar fatores e condies que busquem de forma decisiva a preservao do remanescente de florestas ainda presente. O Plano de Manejo da APA Petrpolis foi concebido com metodologia em desenvolvimento pelo IBAMA, por intermdio do conhecimento obtido ao longo de vrios anos de experincia com planejamento e gesto de Unidades de Conservao. A base de dados utilizada para o Planejamento da Unidade foi constituda de importantes estudos e projetos desenvolvidos na APA como o Zoneamento Ambiental da APA Petrpolis (ECOTEMA, 2003), o Plano de
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Gesto (1997) e o Mapeamento da Vegetao, Uso e Ocupao do Solo na APA Petrpolis (INSTITUTO TERRA NOVA, 2005). Para o Planejamento da rea interna da Unidade foram consideradas as informaes tcnico-cientficas e as informaes obtidas pelos estudos mencionados e na Oficina de Planejamento, buscando-se a compilao dos pontos fortes e pontos fracos para um planejamento exeqvel e coerente com a realidade da APA. O Plano de Manejo da APA Petrpolis tem um espao temporal de implementao de cinco anos, aps o qual, mesmo no tendo atingido sua aplicabilidade de forma completa, deve ser concebida uma reviso no documento para que suas propostas no fiquem defasadas. 6.

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NORMAS GERAIS DA UNIDADE Com a finalidade de traar normas gerais para a APA Petrpolis foram listados a seguir alguns princpios ou preceitos que estabelecem, regulamentam e esclarecem as atividades a serem desenvolvidas no interior da UC. 1. O horrio de funcionamento para o atendimento ao pblico, ser das segundas-feiras a sextas-feiras, das 9h s 12h e das 14:00 s 17:30, podendo ser ajustado com o horrio de vero e conforme disponibilidade de pessoal. Eventualmente, podero ser recebidos grupos de universidades ou escolas, para fins didticos, em dias e horrios diferenciados, desde que previamente agendados; 2. Os horrios de funcionamento da APA e das atividades propostas neste documento devero ser divulgados em veculos de comunicao apropriados; 3. Todos os servidores da APA, no exerccio de suas atividades, devero estar, preferencialmente, uniformizados e identificados: 4. As atividades com finalidade cientfica ou didtica, previstas no Art. 3o, da Instruo Normativa no 154, de 1 de maro de 2007, devero ser submetidas aprovao da Chefia da APA; 5. Os pesquisadores, devidamente autorizados e munidos de autorizao ou 10. 11.

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licena, podero utilizar-se dos instrumentos e equipamentos necessrios para a realizao de pesquisas e monitoramento ambiental; Todos os exemplares de fauna e flora coletados na Unidade, mediante autorizao do Ibama, devem ser depositados preferencialmente em instituies de pesquisa regionais; terminantemente proibido alimentar e molestar animais silvestres em condies in situ na APA Petrpolis, com exceo dos procedimentos metodolgicos aprovados para as pesquisas cientficas autorizadas; Fica proibida a manuteno de qualquer animal silvestre em cativeiro dentro da APA, sem autorizao especfica emitida pelo Ibama; A soltura de animais exticos ou alctones s poder ser realizada por meio de projeto especfico de monitoramento e com a aprovao e acompanhamento do setor responsvel da Direc/Ibama. Fica proibido o exerccio de atividades que ameacem extinguir as espcies raras da biota regional; O sistema de comunicao visual para pedestres e motoristas referente sinalizao educativa, informativa, de orientao e de localizao a ser implantado na APA dever seguir os padres e as especificaes estabelecidas no manual de sinalizao de Unidades de Conservao do Ibama; proibido escrever ou pichar em rochas, rvores ou placas; A instalao e manuteno de engenhos publicitrios do tipo outdoor (maiores que 3m2) na APA Petrpolis sero objeto de autorizao do rgo administrador da unidade salvo nos municpios dotados de normas especficas sobre a matria; Os projetos de recuperao de reas degradadas devero ser feitos prioritariamente sem intervenes nos ecossistemas. Toda recomposio vegetal e arborizao na APA Petrpolis, mesmo em vias pblicas, devem ser feitas com espcies nativas. So proibidas as atividades de movimentao de terras, tais como aterro, terraplenagem e escavaes, em reas de preservao permanente e em reas onde as condies geolgicas no aconselhem
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a edificao; 17. Todos os focos de incndio que ocorrerem no interior da APA devero ser comunicados ao Corpo de Bombeiros, Superintendncia Estadual do Estado do Rio de Janeiro (Supes-RJ), e ao Sistema Nacional de Preveno e Combate aos Incndios Florestais (Prevfogo) para as providncias cabveis; 18. O Ibama dever implantar um sistema de fiscalizao permanente e sistemtico em parceria com a Polcia Federal, Polcia Militar e Florestal e Ministrio Pblico; 19. A coleta de lixo e a destinao de resduos slidos, na APA Petrpolis, devero ser preferencialmente seletivas, com vistas reciclagem. 20. Toda infra-estrutura existente na Unidade que possa gerar resduos sanitrios dever contar com um tratamento adequado evitando assim a contaminao da rea; 21. Fica proibida a disposio ou a incinerao de resduos qumicos, inclusive os nucleares; 22. Fica proibido na APA Petrpolis o uso de agrotxicos das Classes I, II e III, quanto periculosidade ambiental e toxicidade; 23. Nas propriedades, o agrotxico e seus componentes e afins devero ser armazenados em local adequado, evitando que eventuais acidentes, derrames ou vazamentos possam comprometer o solo e os cursos dgua superficiais e subterrneos; 24. No permitida a aplicao de agrotxico por sobrevo de aeronave no interior da APA; 25. O proprietrio dever manter cpia da receita agronmica emitida por profissional legalmente habilitado, disponibilizando para a fiscalizao no local da aplicao; 26. Todas as embalagens vazias de agrotxicos devero ser devolvidas aos estabelecimentos comerciais, onde foram adquiridos, devendo estes contar com local adequado para o recebimento e armazenamento das embalagens, at que sejam recolhidas pelas empresas responsveis pela destinao final, conforme previsto na Lei, e em atendimento Resoluo Conama n 334, de 03/04/2003; 27. A lavagem dos equipamentos de aplicao dos agrotxicos nos corpos dgua proibida;

28. Fica proibido o plantio de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) no interior da APA; 29. Toda atividade ou empreendimento passvel de licenciamento ambiental seja no interior como no entorno da UC (Resoluo Conama 13/90) nos termos do art. 10 da Lei n 6.938/81, das Resolues do Conama N 001, de 23 de janeiro de 1986 e a de N 237 de 19/12/1997, devero ser objeto de autorizao prvia do Ibama, e o rgo licenciador dever obter anuncia do Ibama, na fase da licena prvia, antes da emisso da Licena de Instalao (LI), em conformidade com o art. 36 da Lei 9.985/2000 (SNUC); 30. No processo de licenciamento de empreendimentos na APA devero ser observados o grau de comprometimento da conectividade dos remanescentes de vegetao nativa; 31. Os empreendimentos e atividades potencialmente poluidoras, sem as licenas ambientais, em operao na APA Petrpolis devero obter o licenciamento corretivo no prazo de dois anos a partir da aprovao deste Plano de Manejo; 32. A duplicao, construo, asfaltamento e manuteno de estradas e rodovias devero observar tcnicas que permitam o escoamento de guas pluviais para locais adequados, devendo-se prever medidas mitigadoras para o trnsito de animais silvestres; 33. A produo agrcola e pecuria dever ser realizada de acordo com as prticas de conservao do solo recomendadas pelos rgos oficiais de extenso rural; 34. A vegetao nativa das reas de Preservao Permanente (APPs) dever ser preservada ou, se necessrio, restaurada, conforme disposies legais vigentes; 35. As propriedades rurais que no tenham averbao da Reserva Legal nas suas escrituras, devero providenciar sua regularizao, conforme a legislao vigente (Decreto N. 23.793, de 23 de janeiro de 1934, Lei N. 7.803, de 18 de julho de 1989, Lei N 4.771, de 15 de setembro de 1965, Medida Provisria N 1.956/50, de 27 de maio de 2000); 36. As reservas florestais, institudas pela alnea d, do Art. 8o, da Resoluo CONAMA no 10/1988, devero ser
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averbadas a margem da matrcula do imvel, somente podendo ser admitido o cmputo das reas de preservao permanente, quando a soma da vegetao nativa em rea de preservao permanente e das reservas florestais exceder a cinqenta por cento da rea total da propriedade; As Reservas Legais e florestais a serem averbadas devero ser dispostas objetivando o estabelecimento de conectividade entre os fragmentos de Mata Atlntica; As queimadas controladas a serem realizadas na APA devero ser autorizadas pelo Ibama, sendo que essa atividade ser acompanhada, sempre que possvel, por servidores da APA; Todos os empreendimentos que no estejam de acordo com as normas estabelecidas para a APA, tero um prazo de dois anos aps a aprovao do plano de manejo para buscarem sua regularizao; Todo empreendimento turstico implantado ou a ser implantado dever ser licenciado pelos rgos competentes e atender s normas sanitrias, bem como as de proteo dos recursos naturais; Todos os projetos de urbanizao e assentamentos rurais necessitaro de prvia autorizao da chefia da APA para que sejam implementados; As construes localizadas na APA Petrpolis que estejam em reas de risco ou em reas de preservao permanente e em desacordo com os dispositivos legais devero ser removidas; Os parmetros construtivos previstos nas legislaes municipais devero ser empregados nas reas construdas ou em construo; A extrao de flora nativa e subprodutos com fins comerciais, notadamente bromlias, palmito e orqudeas, bem como sua e comercializao, salvo a coleta de matrizes para fins conservacionistas ser devidamente autorizado pelo rgo administrador da APA Petrpolis e dever apresentar planos de manejo sustentveis aprovados pelo rgo competente; Fica proibido o lanamento de efluentes no tratados nos corpos dgua; No so permitidas as atividades de terraplanagem, minerao, dragagem e escavao que venham a causar danos ou

degradao do meio ambiente e/ou perigo para pessoas ou para a biota; 47. As atividades a serem implantadas no territrio da APA no podero conflitar com os objetivos e normas de manejo, nem comprometer a integridade do seu patrimnio natural; 48. Estas normas devero constar no Regimento Interno da APA Petrpolis e, quando esse estiver aprovado, dever ser amplamente divulgado, e ser de conhecimento de todos os funcionrios, pesquisadores e gestores da APA Petrpolis, que tambm devero receber instrues especficas quanto aos procedimentos de proteo e segurana. ZONEAMENTO O Zoneamento constitui um instrumento de ordenao territorial, usado como recursos para se atingir melhores resultados no manejo da Unidade, pois estabelece usos diferenciados para cada zona, segundo seus objetivos (GALANTE et al, 2002). De acordo com o Art 2 do SNUC (2000), entende-se por zoneamento a definio de setores ou zonas em uma Unidade de Conservao com objetivos de manejo e normas especficas, com o propsito de proporcionar os meios e as condies para que todos os objetivos da UC possam ser alcanados de forma harmnica e eficaz. O Zoneamento Ambiental da APA Petrpolis um produto que foi executado pelo Instituto Ecotema (2003) e constitui-se de um instrumento completo, dotado com um banco de dados georreferenciados. Nesse estudo, foram estabelecidas onze zonas e suas diretrizes de uso. Segundo a Ecotema (op cit), a metodologia para o estabelecimento das zonas foi baseada no cruzamento de trs mapas: mapa de Cobertura Vegetal e Uso Atual das Terras, mapa de Suscetibilidade das Terras aos Fenmenos Naturais e mapa de Nvel de Qualidade de Vida, e balizado nas restries e orientaes contidas na legislao. Foram estabelecidos quatro grandes grupos de zonas, com base nos conceitos propostos por Bertha Becker e Claudio Egler, buscando atender as necessidades imediatas da APA
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Petrpolis em termos de monitoramento e gesto: recuperao, consolidao da ocupao, expanso da ocupao e proteo do patrimnio natural. Uma vez efetuados os cruzamentos, o mapa resultante passou por alguns ajustes, onde foi levado em conta particularidades locais como, por exemplo, as unidades de conservao de proteo integral e outros aspectos legais como a recuperao e/ou preservao das margens dos cursos dgua. Esses ajustes foram elaborados pela equipe do Instituto Ecotema, em consonncia com constataes de campo e da matriz legal. Tendo em vista que o zoneamento de uma APA segue critrios estabelecidos pela Resoluo Conama n 10 de 14 de dezembro de 1988 e pelo Roteiro Metodolgico para Gesto de rea de Proteo Ambiental (GTZ/IBAMA, 1999), foi feita, ainda, uma adequao nomenclatural das zonas, em relao s definidas pelo Instituto Ecotema (2003) na tentativa de facilitar a identificao e as caractersticas de cada zona, conseqentemente, facilitando sua gesto. No houve alterao quando s dimenses ou limites cartogrficos das zonas. Sendo assim, as zonas passaram a se caracterizar conforme descrito a seguir. 1. ZONA DE RECUPERAO - ZR 1.1 - Subzona de Recuperao Social e Natural - ZRA1 Compreende reas com o meio social degradado, assentado sobre reas com suscetibilidade natural Mdia a Alta at Muito Alta, geralmente em reas degradadas ou legalmente proibidas. 1.2 - Subzona de Recuperao Social ZRS1 Compreende reas onde o meio social apresenta-se degradado, assentado sobre reas com suscetibilidade natural mdia, no havendo impedimentos naturais ou legais sua ocupao. 1.3 - Subzona de Recuperao Natural ZRN2 Compreende reas degradadas sob o ponto de vista natural, com suscetibilidade natural Alta a Muito Alta e Muito Alta.

1.4 - Subzona de Recuperao Natural e de Expanso Restrita da Ocupao ZRN2* Compreende reas com suscetibilidade natural Mdia a Alta at Alta, com parcelas degradadas sob ponto de vista natural, em parte passveis de ocupao mediante cuidados especiais. 2. ZONA DE CONSOLIDAO DA OCUPAO - ZC 2.1 - Subzona de Consolidao da Ocupao das reas Construdas ZCO1 Compreende reas j ocupadas, devendo ser objeto de consolidao e/ou melhorias do uso e conservao do patrimnio scio-histricocultural, assentadas sobre reas de suscetibilidade natural que variam de mdia a muito alta. 2.2 - Subzona de Consolidao da Ocupao das reas No Construdas No Agrcolas ZCN2 Compreende reas de influncia de vias de circulao e reas ocupadas com stios de lazer, excluindo-se as construes. 2.3 - Subzona de Consolidao da Ocupao das reas No Construdas Agrcolas ZCR2 Compreende reas agrcolas e stios de pequena produo. 3. ZONA DE EXPANSO DA OCUPAO ZE Compreende reas apropriadas para a expanso com a ocupao urbana e ruralurbana, em terrenos com suscetibilidade natural Mdia. 4. ZONA DE CONSERVAO DA VIDA SILVESTRE- ZCVS Compreende reas pouco ou muito pouco antropizadas, situadas em reas com suscetibilidade natural Mdia, Mdia Alta e Alta, indicadas para conservao, caracterizando reas de uso restrito. 5. ZONA DE PRESERVAO DA VIDA SILVESTRE - ZPVS Compreende reas pouco ou muito pouco antropizadas, situadas em reas com suscetibilidade natural Alta a Muito Alta e Muito Alta, indicadas para a preservao permanente, caracterizando reas vedadas ao uso. Inclui as Zonas de Vida Silvestre e as reas dos Parques, Reservas e RPPN inseridos na APA.

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Figura 1 Mapa de Zoneamento da APA Petrpolis.

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AES GERENCIAIS GERAIS As Aes Gerenciais Gerais so aes que se fazem presente em toda a rea da unidade de conservao e mesmo que especificas em algumas reas, no justificam sua espacializao nas reas estratgicas. Nesse tpico so estabelecidas as Aes Gerenciais Gerais (AGG) para a APA Petrpolis, abordando atividades de carter abrangente que se aplicam Unidade ou sua regio como um todo, conforme segue: I. Gesto e Operacionalizao; II. Proteo; III. Recuperao Social e Ambiental; IV. Educao Ambiental; e Conscientizao

cientficos, visando divulgao da APA e obteno de conhecimento tcnico para o planejamento e gesto ambiental. 15) Promover palestras peridicas, ministradas pelos conselheiros e funcionrios da APA; 16) Formalizar convnios, acordos tcnicos e outros instrumentos com instituies pblicas e privadas, a exemplo do Instituto de Assistncia Tcnica de Extenso Rural (Emater), Secretarias de Agricultura, Universidades, ONGS e associaes; 17) Participar dos eventos municipais como exposies, feiras e atividades de carter educativo e informativo; 18) Dar continuidade s escalas de trabalho e planto na APA, para atendimento ao pblico; 19) Providenciar periodicamente uniformes para os funcionrios; 20) Fazer vistoria anual da infra-estrutura da sede da APA; 21) Promover periodicamente a manuteno, mudana ou renovao das placas de informao sobre a APA; 22) Garantir a coleta seletiva dos resduos slidos produzidos na sede da APA; 23) Ampliar e atualizar, sempre que necessrio, os equipamentos de informtica da APA, adquirindo computadores, perifricos, novos softwares e equipamentos como gravador de DVD, servidor central, plotter, ampliando a capacidade de armazenamento de informaes, e outras inovaes se necessrio; 24) Elaborar projeto de construo e reforma das instalaes da APA; 25) Articular com as outras unidades de conservao regionais e a Superintendncia Estadual (Supes/RJ) a aplicao dos recursos dos Fundos Monetrios Ambientais municipais, estaduais e outros na APA Petrpolis e nas unidades da regio; 26) Dar apoio aos municpios que possuem territrio abrangido pela APA na elaborao e/ou implementao de seus respectivos Planos Diretores, observando os dispositivos da Agenda 21 estadual, inclusive quanto disponibilidade de recursos para tal; 27) Promover a cooperao interinstitucional de modo a obter apoio para a APA; 28) Fazer gesto junto aos municpios de So Jos do Vale do Rio Preto, Cachoeiras de Macacu, Miguel Pereira, Paty dos Alferes,
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V. Alternativas de Desenvolvimento. AGG Gesto e Operacionalizao 1) Elaborar o Regimento Interno da APA Petrpolis; 2) Estruturar a administrao da APA conforme o organograma a ser estabelecido no Regimento Interno; 3) Distribuir as tarefas conforme as atribuies de cada setor. 4) Complementar o quadro funcional da APA para atender a demanda necessria; 5) Nomear chefe substituto nas situaes de ausncia da chefia da APA; 6) Os processos de licenciamento ambiental devero ser acompanhados pelo conselho tcnico. 7) Munir a APA dos equipamentos necessrios para o bom funcionamento da Unidade; 8) Contratar servios temporrios para atender demandas especficas 9) Oferecer e divulgar vagas para estagirios e voluntrios; 10) Promover treinamentos funcionrios da APA; para os

11) Promover a capacitao peridica dos funcionrios da APA; 12) Promover a capacitao peridica dos conselheiros; 13) Manter e consolidar a efetividade do Conselho da APA; 14) Garantir a participao dos funcionrios em congressos, encontros e simpsios

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Guapimirim, Mag e Duque de Caxias, para que sejam elaborados os Planos de Manejo das UC situadas nesses municpios. 29) Estimular e participar das iniciativas para promover a integrao da gesto da APA com a gesto das Unidades do seu entorno constituindo um mosaico conforme determina o artigo 26 do SNUC; 30) Elaborar um projeto de desenvolvimento de um ferramental informatizado para a avaliao das aes planejadas e executadas na APA Petrpolis; 31) Prever atividades junto ao Mosaico da regio serrana fluminense; AGG Proteo 1) Estabelecer um programa sistemtico de fiscalizao para a APA; 2) Dotar a equipe de fiscalizao de equipamentos necessrios ao exerccio de suas funes; 3) Estabelecer como rotina de trabalho o preenchimento de relatrios de atividades. 4) Capacitar e atualizar, adicionalmente, os funcionrios que atuam nas atividades de proteo; 5) Articular junto com os Comits de Bacias Hidrogrficas (Piabanha, Baia de Guanabara) programas de proteo dos mananciais hdricos superficiais e subterrneos, que dever realizar diagnstico das bacias, visando o monitoramento dos recursos hdricos da APA; 6) Formalizar parceria com os comits de bacia, no mbito dos projetos em execuo ou a serem executados, para garantir a participao da APA nas decises; 7) Elaborar um programa de recuperao das reas degradadas; 8) Formar brigada voluntria de incndio para atuar nas aes de preveno de incndios na APA; 9) Adquirir Equipamentos de Proteo Individual (EPI) completos para os brigadistas; 10) Assegurar o cumprimento de todas as normas de uso da APA estabelecidas neste Plano de Manejo e na legislao vigente (Cdigo Florestal, Lei de Crimes Ambientais, Lei de Proteo a Fauna, entre outras); 11) Orientar os proprietrios rurais sobre o uso do fogo e sobre os procedimentos de licenciamento para tal; 12) Comunicar Fundao Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA) e Superintendncia Estadual do Ibama no Rio de Janeiro, da obrigatoriedade do parecer ou

da manifestao da Chefia da APA quando do licenciamento de empreendimentos no seu territrio e rea circundante; 13) Prever, no licenciamento ambiental de empreendimentos industriais, a implantao de "cintures verdes"; 14) Avaliar a integridade da vegetao na APA por meio de sobrevos programados, com apresentao de relatrios, registros e indicao de programas ou medidas de manejo; 15) Estabelecer parceria com a Polcia Militar para fins de fiscalizao; 16) Buscar junto ao Ministrio Pblico os meios para se fazer cumprir as leis ambientais na regio; 17) Elaborar um programa para efetivar as reservas privadas (Reservas Legais e RPPNS) nas propriedades dentro da APA; 18) Delimitar no Sistema de Informao Geogrfica (SIG) da APA as reas de Preservao Permanente (APP) e as reservas particulares, Reservas Legais e RPPN; 19) Implementar o projeto de sinalizao informativa e indicativa para a APA; 20) Estabelecer convnio institucional entre Ibama e rgos municipais, com o intuito de efetivar a gesto e proteo da APA; 21) Estimular a implantao de projetos municipais e regionais de conservao e uso sustentvel; 22) Fortalecer os meios de integrao entre a APA e o Batalho Florestal da Polcia Militar, assim como o corpo de bombeiros, envolvendo-os nas operaes especiais de fiscalizao e combate a incndios, respectivamente; 23) Estabelecer parcerias com o Ministrio Pblico e Justia em mbito estadual e federal visando fiscalizar e ajuizar medidas ao cumprimento das leis ambientais, bem como a realizao de campanhas educativas proteo do ambiente; 24) Criar uma proposta de implantao de Reservas Legais Extra-Propriedade (RLEP) ou Bolsa de Reserva. AGG Recuperao Social e Ambiental 1) Elencar as atividades de pesquisa prioritrias para a APA, priorizando sua execuo; 2) Proporcionar logstica de apoio para a realizao de pesquisas na APA; 3) O pesquisador dever solicitar Direc/Ibama e ao chefe da APA, autorizao de pesquisa, seguindo as normas

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estabelecidas pela Instruo Normativa n 154/2007, do Ibama ou legislao vigente; 4) Todo pesquisador dever ser credenciado e portar uma identificao quando estiver realizando pesquisa de campo, em terras pblicas, no interior da APA; 5) Elaborar e entregar aos pesquisadores, quando em passagem pela sede da APA, um folheto contendo as normas da UC, o zoneamento, orientaes de como usar e manter as instalaes da UC, acondicionar o lixo, entre outros; 6) Avaliar periodicamente o redirecionamento das aes propostas neste Plano de Manejo; 7) Disponibilizar um funcionrio do Setor Tcnico para acompanhar as atividades de pesquisa; 8) Buscar apoio e parcerias para a realizao de pesquisas na APA; 9) Monitorar as reas desmatadas de encosta, reas de Proteo Permanente e Reservas Legais averbadas; 10) Encaminhar ao Sistema de Monitoramento da Biodiversidade das UC (Simbio) do Ibama toda informao resultante de pesquisas obtidas pela APA, com o objetivo de manter o controle, registro e atualizao do banco de dados; 11) Avaliar a viabilidade de remanescentes de ambientes naturais, tanto no interior como no entorno da APA, para sua converso em Corredores Ecolgicos que se integrariam aos esforos de proteo da UC; 12) Identificar as reas com potencial para criao de RPPN (Reserva Particular do Patrimnio Natural) e estimular a criao dessas reservas; 13) Incentivar a criao de hortos e banco de sementes da APA; 14) Estabelecer parcerias com instituies de pesquisa para elaborao de projetos cientficos; 15) Articular com os rgos responsveis pelo controle de zoonoses a destinao de animais domsticos de rua; 16) Divulgar para as associaes, cooperativas, moradores locais e instituies governamentais ou no governamentais, a possibilidade de parceiras, visando inclusive o fomento de projetos, intercmbio tcnico, entre outros. AGG Educao e Conscientizao Ambiental 1) Elaborar e implementar um programa de comunicao e educao ambiental para a APA;

2) Realizar nova pesquisa de opinio e avaliar a evoluo da conscientizao da populao em relao conservao da APA, a partir da pesquisa j realizada em 2003; 3) Formalizar parceria para dar continuidade a publicao e difuso eletrnica (especialmente no site do Ibama) do Informe da APA Petrpolis; 4) Criar um centro de referencia de educao ambiental na sede da APA, com a finalidade de receberem visitantes e estudantes, realizar palestras e oficinas de educao ambiental, entre outros; 5) Estruturar o programa de comunicao e educao ambiental para o atendimento dos seguintes temas: Histrico da criao da APA e seus objetivos; Importncia do patrimnio histrico-cultural da APA; Importncia dos espaos protegidos, em termos ambientais, scio-culturais, histricos e econmicos; Atividades permitidas, normas e uso do espao em Unidades de Uso Sustentvel; Valores ambientais protegidos pela APA; Relevncia ambiental da APA, frente ao seu status nacional e internacional de conservao, entre outros temas relevantes; 6) Montar um projeto de Educao Ambiental itinerante; 7) Planejar campanhas de conscientizao e divulgao do meio ambiente; 8) Obter cpias de vdeos e folhetos junto ao Ibama/sede, sobre os temas: gua, lixo, saneamento bsico, trfico de animais, incndios florestais, queimadas controladas, reas de Preservao Permanente, Reservas Particulares do Patrimnio Natural, Unidades de Conservao, entre outros; 9) Confeccionar publicaes (folhetos, livros, cartilhas, etc.), sobre a APA Petrpolis, divulgando seus objetivos, normas e zoneamento da APA, assim como, o horrio, os procedimentos para visitao da sede, as caractersticas ambientais relevantes, os mapas e os trabalhos j realizados; 10) Confeccionar publicaes sobre alternativas econmicas de desenvolvimento sustentvel; 11) Confeccionar uma maquete da APA; 12) Capacitar os funcionrios, voluntrios, parceiros e estagirios para atuarem na implantao do Programa de Conscientizao Ambiental; 13) Promover sadas de campo com os membros do Conselho, com intuito de conhecer o territrio da APA; 14) Obter, junto Administrao Central do Ibama, por meio da Coordenadoria de
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Informtica, um endereo eletrnico institucional para a UC (apa.petropolis@ibama.gov.br); 15) Aproveitar as datas e eventos locais, nacionais e internacionais, como oportunidades e temas de conscientizao ambiental e divulgao da UC; 16) Designar um tcnico como responsvel pela coordenao da educao ambiental, dentro do Setor Tcnico; 17) Distribuir exemplares da Lei 9.985/2000 que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservao da Natureza (SNUC) e seu Decreto n 4.430/2002 nas prefeituras, rgos oficiais, sindicatos, associaes e outros; 18) Realizar atividades de conscientizao ambiental na APA, envolvendo as escolas e as comunidades locais; 19) Colaborar no treinamento e na capacitao em educao ambiental de pessoal e professores da rede escolar; 20) Incentivar a realizao de eventos voltados para a conscientizao ambiental; 21) Estimular a mobilizao popular para a criao de associaes e outras formas organizacionais de defesa da UC e dos recursos ambientais locais; 22) Difundir a importncia e o papel da Agenda 21 no desenvolvimento local em consonncia com a proteo ambiental inclusive como fonte de recursos para vrias iniciativas municipais; 23) Desenvolver campanhas de coleta seletiva do lixo e saneamento bsico, em conjunto com os municpios; 24) Promover reunies com a comunidade da APA para sensibiliz-la quanto importncia da proteo dos ecossistemas da Mata Atlntica; 25) Implementar um projeto de sinalizao educativa e interpretativa para a APA; 26) Divulgar informaes sobre a proibio ou regulamentao das atividades de caa, coleta de material biolgico e extrao de espcies vegetais na natureza; 27) Promover reunies abertas para divulgao do Plano de Manejo, dos limites da APA, das normas e usos permitidos; 28) Desenvolver um programa de conscientizao ambiental nas comunidades rurais; 29) Promover campanhas junto aos produtores rurais da APA no sentido de prevenir os danos ambientais; 30) Desenvolver uma campanha para aproveitar os resduos orgnicos oriundos dos

cultivos agrcolas praticados nas propriedades rurais; 31) Incentivar o uso de energias alternativas e medidas de saneamento ambientalmente sustentveis, tais como: energia solar, ETEs ecolgicas, biodigestores, entre outros; 32) Realizar palestras de forma a instruir a populao agrcola, quanto os cuidados com o uso e os efeitos dos agrotxicos e das queimadas sem controle; 33) Realizar atividades de divulgao da APA Petrpolis e de informaes ambientais em veculos como rdio e TV; 34) Procurar conhecer, apoiar e participar de eventos educativos na APA. AGG Alternativas de Desenvolvimento 1) Articular com o Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e instituies afins, a realizao de cursos de capacitao e extenso para a mo-de-obra na regio. 2) Articular com os sistemas Sebrae, Senai e Senac, a realizao de cursos de profissionalizao nas comunidades da APA, nos temas: fruticultura irrigada; processamento mecnico de doces e frutas; associativismo e cooperativismo; e olericultura irrigada; floricultura; paisagismo; entre outros; 3) Articular com as instituies governamentais e no-governamentais, para apoiar tecnicamente os proprietrios rurais, no sentido de estimul-los a adotarem tcnicas agro-ecolgicas; 4) Solicitar ao Ministrio da Agricultura e Ministrio do Meio Ambiente a divulgao dos programas com potencial de desenvolvimento na regio, como: Programa Nacional de Microbacias Hidrogrficas e Conservao de Solos na Agricultura, Fertilizantes, Corretivos e Inoculantes, Programa de Desenvolvimento das Plantas Medicinais Flora Medicinal, Programa de Desenvolvimento de Flores e Plantas Ornamentais PROFLORES, Programa de Desenvolvimento da Fruticultura PROFRUTA, Proagro - Monitoramento Agrcola e Proagro - Zoneamento Agrcola, e, Florestar Reflorestamento ecolgico.; 5) Promover, em conjunto com as aes previstas para a AGG Recuperao, a realizao de pesquisas para definir a capacidade de suporte de atividades produtivas; 6) Estimular o uso dos recursos naturais de forma sustentada, tais como os frutos nativos, palmeiras, plantas ornamentais, apicultura, cogumelos, brotos comestveis e outros, de

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forma a agregar valor econmico, com vistas a gerar ocupao e renda para as comunidades; 7) As atividades relativas s alternativas de desenvolvimento devero ser apresentadas s entidades de classe, associaes de produtores e moradores locais e demais interessados; 8) Atuar junto s instituies financeiras da regio, para realizar aes conjuntas, visando obteno de financiamento para desenvolver os programas previstos; 9) Estabelecer mecanismos para divulgar as linhas de financiamentos disponveis, bem como as alternativas de desenvolvimento apresentadas nos programas propostos, juntamente com seus respectivos resultados; 10) Garantir a participao da APA no Comit da Bacia Hidrogrfica do Piabanha; 11) Incentivar o cooperativismo para o desenvolvimento, a melhoria e o aproveitamento das oportunidades oferecidas pela APA; 12) Incentivar e apoiar as comunidades rurais no desenvolvimento de atividades ambientalmente sustentveis, como: ecoturismo e turismo rural, permacultura, agricultura orgnica, agrofloresta e silvicultura, projetos de recuperao de reas degradadas ou reflorestamento, certificao ambiental para produtos naturais, beneficiamento de produtos naturais, e, extrativismo sustentvel, entre outros; 13) Apoiar os municpios na elaborao e implantao da Agenda 21, quando estes ainda no a possurem; 14) Estimular os prefeitos a proporem, por meio de seus parlamentares, a implementao e efetivao das reas de Proteo Ambiental do entorno; 15) Mobilizar as entidades envolvidas com meio ambiente para articularem a aprovao do projeto de lei para a implementao do ICMS ecolgico no estado. REAS ESTRATGICAS As reas Estratgicas (AE) so unidades relevantes para o planejamento e gesto da APA visando o alcance dos seus objetivos de criao. So reas que, diferentemente da s zonas estabelecidas, necessitam de aes muito especficas e distintas de suas reas homogneas. As propostas para as reas estratgicas foram iniciadas a partir da Oficina de Planejamento contando com a colaborao dos conselheiros e convidados. A caracterizao e delimitao das reas estratgicas foram finalmente

consolidadas na reunio de estruturao do planejamento, pela equipe de planejamento deste Plano de Manejo. Sendo assim, as reas Estratgicas foram estabelecidas, de acordo com suas caractersticas, fundamentada nas suas vocaes para atividades especficas ou em atributos ecolgicos peculiares, para os quais sero direcionadas estratgias diferenciadas visando otimizar foras ou reverter as fraquezas da APA Petrpolis. Considerando o exposto, foram estabelecidas cinco AE, a saber: 1. Centro Histrico; 2. Mananciais e Cursos dgua; 3. Corredores; 4. Rodovia BR-040; e 5. Linhas de Transmisso de Energia e Antenas de Telecomunicao. A seguir, so apresentadas, para cada rea Estratgica, suas inseres no zoneamento, a descrio geogrfica do espao, os resultados esperados, seus indicadores, atividades, subatividades e normas a serem desenvolvidos para cada rea Estratgica. AE Centro Histrico O Centro Histrico que compe esta rea Estratgica est composto principalmente pela Zona de Consolidao da Ocupao, em especial, pela Subzona de Consolidao da Ocupao das reas Construdas ZCO1. Esta rea corresponde a poligonal tombada pelo IPHAN e INEPAC e rea de entorno, estando localizada principalmente no centro da sede municipal de Petrpolis. Os resultados esperados so de forma geral so: a manuteno do patrimnio histrico cultural do centro histrico; a maior divulgao da legislao ambiental; o incremento do nmero de unidades de conservao criadas; o aumento do nmero de reas recuperadas; e, o maior conhecimento acerca dos remanescentes vegetais. 1) Divulgar o cdigo florestal em reas urbanas; 2) Incentivar a implantao da coleta seletiva do lixo e a adequao do seu destino; 3) Difundir informaes sobre a importncia da permeabilidade do solo; 4) Incentivar a criao de Unidades de Conservao de Proteo Integral municipais e RPPN no Centro Histrico;

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5) Apoiar a preservao, recuperao e valorizao do patrimnio cultural material e imaterial; 6) Inventariar a arborizao urbana e colocar placas de identificao; 7) Monitorar as matas remanescentes no centro histrico; 8) Identificar e promover a recuperao de reas degradadas; 9) Conhecer, acompanhar e monitorar o Plano de Saneamento da empresa guas do Imperador. AE Mananciais e Cursos dgua Esta rea estratgica est abrangida, principalmente pela Zona de Preservao da Vida Silvestre, que representa a maior parte das reas de Preservao Permanente da APA. Tambm est contemplada por esta rea, a Zona de Conservao da Vida Silvestre, especialmente na regio da Serra da Maria Comprida, de onde partem as principais nascentes dos corpos hdricos da regio. Compreende as nascentes e outros afloramentos de gua responsveis pela formao dos corpos hdricos da APA e entorno, assim como as drenagens naturais. Os mananciais e cursos dgua da APA compem esta rea estratgica, de forma que ela se encontra distribuda por todo seu territrio, especialmente ligada s APP. Os resultados esperados so: Realizao de atividades de educao ambiental e conscientizao sobre o uso da gua; Aumento na participao da APA nos eventos ambientais; Melhoria da qualidade da gua nos corpos hdricos; Recuperao das APP degradadas; 1) Acompanhar e participar do projeto de educao ambiental e de mobilizao de Organizaes No-Governamentais do Comit da Bacia Hidrogrfica do Piabanha; 2) Apoiar realizao de eventos que divulguem e estimulem o consumo consciente da gua e a proteo de mananciais e cursos dgua; 3) Promover a insero das bacias e subbacias hidrogrficas como referncia nos trabalhos de educao ambiental; 4) Utilizar dias consagrados para desenvolver atividades de educao ambiental e promoo da APA junto s comunidades; 5) Apoiar a criao de mecanismos de controle de uso ou outorga da gua; 6) Incentivar a criao de RPPN e UC municipais visando a proteo de mananciais e cursos dgua;

7) Articular a atuao do mosaico de UC, de forma efetiva, na gesto dos recursos hdricos; 8) Fomentar a recuperao de APP, por meio de PGMs e/ou em parceria com a sociedade civil e empresas; 9) Fazer diagnstico de rea potenciais para reflorestamento; 10) Estimular a implantao de SAFs, quintais agroflorestais e Abrao Verde; 11) Apoiar a criao de viveiros de espcies nativas para reflorestamento ; 12) Mapear atividade com potencial de poluio degradao de corpos hdricos mananciais. AE Corredores Essas reas estratgicas representam, principalmente parte das zonas de preservao e conservao da vida silvestre. So os remanescentes naturais inseridos nessas duas zonas que proporcionam o elemento do corredor ecolgico na paisagem da APA. No entanto, essa rea estratgica tambm contm parte das demais zonas previstas para a APA. Esta rea estratgica composta por dois compartimentos: Corredor da Serra do Mar, que abrange uma poligonal sentido leste-oeste, ao sul da APA Petrpolis, englobando a regio da Estrada Velha, Santo Aleixo e Serra Estrela; e, Corredor Tingu Maria Comprida, que contempla a regio mais preservada da APA, ligando seu principal compartimento da zona de preservao de vida silvestre, na serra da Maria Comprida at a Reserva Biolgica do Tingu, passando ainda, por parte da Reserva Biolgica de Araras. 1) Realizar campanhas pela preservao e recuperao de APP; 2) Intensificar, no ensino formal e a educao ambiental; 3) Criar material educativo sobre a fauna e flora local (da regio); 4) Resgatar stios histricos; 5) Inventariar e monitorar as reservas legais; 6) Intensificar a preveno de incndios florestais; 7) Promover pesquisas sobre a biodiversidade e recursos naturais; 8) Ampliar o projeto dos corredores de fauna para todas as rodovias; 9) Promover a integrao dos municpios, governo estadual e federal na gesto e consolidao dos corredores ecolgicos; 10) Fazer gestes para criao de UCs de proteo integral nos corredores; 11) Estimular a criao de RPPN;
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12) Promover a recomposio de matas ciliares e APPs, com nfase nas encostas; 13) Promover a conectividade florestal nos processos de reconhecimento de reservas legais; 14) Viabilizar medidas de apoio agricultura sustentvel; 15) Capacitar produtores para a implantao de agroflorestas; 16) Implantar projeto Palmeiras Sustentveis; 17) Promover o desenvolvimento do turismo de forma sustentvel (ecoturismo, aventura, rural e cultural); 18) Apoiar a realizao de cursos e eventos para fortalecimento segmentos tursticos prioritrios; 19) Estimular a implantao de sistemas agroflorestais em reas de pastagem; 20) Divulgar prticas e atividades econmicas sustentveis (horta orgnica, plantio de arvores nativas/frutferas etc); 21) Promover inventrios detalhados do meio natural no mbito dos processos de licenciamento; 22) Iniciar uma articulao com as instituies gestoras das unidades do entorno, buscando um entendimento para a criao do corredor ecolgico. 23) Dar o suporte tcnico necessrio para viabilizar as aes junto s unidades estaduais e municipais. 24) Criar um Grupo de Trabalho (GT) composto por representantes das instituies gestoras das UC envolvidas, bem como seus respectivos chefes, com o intuito de discutir a gesto regional da rea por meio do Corredor Ecolgico. 25) O GT dever definir a viabilidade do corredor, bem como a responsabilidade das partes envolvidas. 26) O GT dever elaborar projetos para a captao de recursos para a implementao do corredor ecolgico. 27) Realizar uma gesto biorregional com o intuito de integrar as instituies para elaborar uma agenda de prioridades para estabelecer o corredor ecolgico. 28) Articular com as universidades a elaborao de pesquisas que visam o conhecimento da ecologia de paisagens. 29) Definir normas de uso e ocupao no corredor ecolgico. 30) Incentivar a prtica de atividades ambientalmente sustentveis nessas reas, tais como o turismo ecolgico, a agricultura orgnica, o artesanato, o beneficiamento de

frutos e produtos de origem natural, entre outros. 31) Realizar divulgao ampla das reunies para as tomada de deciso referente ao corredor ecolgico. 32) Fazer uso de rdios, cartazes, carros-desom e propaganda televisiva. 33) Articular parcerias para o desenvolvimento dessa divulgao. AE Rodovia BR-040 A rodovia BR-040 (Rodovia Washington Luis) corta a APA no seu sentido sudoestenordeste. So cerca de trinta quilmetros de rodovia, com duas pistas de mo nica. Inicialmente a BR-040 tem um percurso cujo traado coincide com o limite sudoeste da APA por aproximadamente 14,5 Km. Espera-se com estas atividades um maior controle do atropelamento de animais e acidentes ambientais nas rodovias; diminuio de focos de incndio e desmatamento provenientes das faixas de domnio das rodovias, e; maior divulgao acerca da APA. 1) Buscar a adeso da concessionria s campanhas de divulgao e educao ambiental; 2) Articular a confeco de cartilhas informativas para distribuio nos pontos pedgios; 3) Fazer gestes junto concessionria para a implantao e manuteno de placas informativas e de sinalizao da APA; 4) Intensificar a vigilncia sobre trafico de animais, caa, transporte de madeira; 5) Implantar sistema de preveno e combate incndios na faixa de domnio da rodovia; 6) Estabelecer o controle de veculos com transporte de cargas perigosas/txicas; 7) Exigir a elaborao Plano de Ao Emergencial para acidentes com cargas perigosas; 8) Exigir a manuteno/limpeza da faixa de segurana ao longo da rodovia; 9) Realizar o levantamento sistemtico de ocorrncias ao longo da rodovia (atropelamentos, infraes etc); 10) Articular junto Agncia Nacional de Transportes o estabelecimento de compromissos com a APA na outorga/renovao do contrato. AE Linhas de transmisso de Energia e Antenas de Telecomunicaes Esta rea estratgica se distribui pela maior parte das zonas existentes na APA Petrpolis. Especialmente por conter empreendimentos
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lineares, eles cortam diversas fisionomias e zonas. No entanto, esto relativamente associados disponibilidade de infra-estrutura, e por isso, se concentram prximos s zonas de consolidao da ocupao. Esses empreendimentos se distribuem especialmente prximos s rodovias ou em pontos elevados das serras. 1) Promover a adequada manuteno e recuperao das reas ocupadas; 2) Prever a formulao de um plano de emergncia para prevenir acidentes e criar diretrizes de ao para solucionar problemas relacionados aos empreendimentos em questo; 3) Solicitar avaliao do passivo ambiental das captaes localizadas nesta rea; 4) Devero ser previstos meios de compensao desses passivos, revertendo em benefcio da proteo da UC. 5) Solicitar s empresas responsveis que seja comunicada a ocorrncia de qualquer incidente/acidente que possa comprometer a manuteno do ecossistema local; 6) Obter conhecimento das atividades e manutenes funcionais dos servidores de manuteno que trabalham nos empreendimentos desta rea estratgica; 7) Proibir o uso de produtos qumicos para a manuteno da faixa de servido das linhas de transmisso; 8) Estimular atividades agroecolgicas comunitrias na faixa de servido das linhas de transmisso; 9) Cadastrar todas as instalaes de servio nesta rea estratgica. 10) O cadastro das instalaes dever ser acompanhado de fotografias georreferenciadas e relatrio simplificado sobre as condies ambientais de sua rea de influncia. CENRIOS Do ponto de vista lgico, os objetivos da UC so concebidos para que sejam realizados no futuro. Dessa forma, a anlise de cenrios se faz extremamente necessria, para que as decises tomadas para a gesto atual ou em curto prazo sejam eficazes. As tendncias foram projetadas tendo em vista uma anlise situacional da gesto atual. Ou seja, dadas condies atuais de gerenciamento da APA, de conscientizao ambiental, ocupao humana, entre outros, quais seriam as tendncias em longo prazo.

As tendncias, aps uma analise da sua factibilidade, tambm foram organizadas estrategicamente, considerando as ameaas e oportunidades, ou seja: tendncias desejveis ou no-desejveis. O cenrio desejvel aponta principalmente para um quadro de maior biodiversidade, com fragmentos florestais integrados, mata atlntica preservada, reas recuperadas, entre outros. Alm disso, almejado, para um cenrio futuro desejvel, a existncia de saneamento bsico em toda a rea, corpos dgua limpos, inexistncia da poluio ambiental, entre outros que representam a conscientizao ambiental e a gesto, j que, nesse caso, as atividades que podem viabilizar esse quadro dependem da articulao com rgos pblicos municipais e entidades ambientalistas para o desenvolvimento de programas de melhoria das condies de vida e de saneamento. Outro aspecto muito evidenciado no cenrio desejvel depende da utilizao de tcnicas sustentveis na produo agrcola. O cenrio futuro no-desejvel prev situaes de grande conflito pelo uso dos recursos naturais, especialmente pela gua. Outra preocupao apontada: a poluio de rios e a ocupao das margens. Com relao paisagem interessante enfatizar que foi indicada uma preocupao no s com a perda de habitats naturais e sua fragmentao, mas tambm com os efeitos decorrentes dessas aes, como a perda de variabilidade gentica das populaes da fauna e flora, a extino local de espcies, entre outros. Por fim, a presso para ocupao e urbanizao das reas naturais remanescentes tambm gerou grande preocupao. Para evitar essas situaes ou remediamento de problemas j instalados, foram previstas aes junto aos rgos municipais para conter a expanso observada atualmente e para fazer um planejamento urbanstico para as reas previstas para ocupao. Nesse sentido tambm esto previstas aes de recuperao de reas para garantir uma maior harmonizao da paisagem nas reas j construdas, bem como cooperao com entidades particulares e de pesquisa.

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ESTIMATIVA DOS CUSTOS No quadro a seguir, est apresentada a consolidao dos custos de forma a proporcionar uma visualizao imediata dos custos estimados para a implementao das atividades previstas por tema. Os valores indicam o total anual necessrio para execuo e est organizado em trimestres durante o primeiro ano e depois anualmente, at cinco anos a partir do incio da implementao.
Quadro -1. Sntese dos recursos estimados para a implantao das atividades planejadas para a APA Petrpolis (R$ 1,00).

Recursos necessrios estimados para implantao/ano (R$1,00) Temas I Gesto e Operacionalizao Proteo Recuperao Social e Ambiental Educao e Conscientizao Ambiental Alternativas de Desenvolvimento TOTAL GERAL
116.800,00

1 ano/ trimestre II
191.000,00

III
105.300,00

IV
141.300,00

Total
550.400,00

Ano II

Ano III

Ano IV

Ano V

Total

436.700,00

436.700,00

436.700,00

436.700,00

2.215.200,00

33.700,00

27.700,00

17.700,00

23.000,00

102.500,00

85.200,00

85.200,00

85.200,00

85.200,00

443.300,00

200,00

3.000,00

0,00

31.100,00

34.300,00

6.300,00

6.300,00

6.300,00

6.300,00

59.500,00

2.100,00

3.600,00

30.600,00

38.600,00

74.900,00

15.400,00

15.400,00

23.400,00

15.400,00

136.500,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

152.800,00

225.300,00

153.600,00

234.000,00

762.100,00

543.600,00

543.600,00

551.600,00

543.600,00

2.854.500,00

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Resumo Executivo

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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Plano de Manejo da APA Petrpolis

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