FPEO Infecto
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FPEO Infecto
Etiologia Obscura
Salvador, 2015.1
Caso Clínico
IDENTIFICAÇÃO
HMA
Paciente refere que há cinco meses (dezembro de 2014) foi
internado em Muritiba, BA, com quadro de febre alta (39°C-40°C)
e “amarelamento” em todo o corpo. Refere que a febre era
intermitente, diária e vespertina. Relata anorexia, precedendo o
início do quadro em sete meses (junho de 2014), com perda
ponderal de 11kg desde então. Nega cefaleia, náuseas, vômitos,
pruridos ou lesão de pele, artralgia, mialgia, tontura. Refere que,
enquanto esteve internado em Muritiba, a febre foi controlada,
voltando a aparecer somente há um mês, quando então foi
referenciado para o Hospital Couto Maia, em Salvador, BA, onde
foram realizados exames de sangue, osso, medula e imagem,
cujos resultados estão sendo aguardados.
Caso Clínico
INTERROGATÓRIO SISTEMÁTICO
ANTECEDENTES FAMILIARES
Mãe falecida aos 45 anos por cardiopatia. Filho hipertenso (?)
2. Enfisema pulmonar
Febre Prolongada de Etiologia
Obscura
Definição e Classificação
Em 1961 Petersdorf e Beeson definiram Febre de Origem Obscura como aquela de
intensidade maior que 38,3°C (aferição oral, equivalente a 37,8°C axilar), aferida em várias
ocasiões, com duração de pelo menos três semanas e sem diagnóstico após sete dias de
investigação hospitalar ou tempo necessário para serem realizados os procedimentos
inicias indicados para o caso (rotina inteligente de exames).
Divide-se em :
1- FOO Clássica, que consiste na Febre Prolongada de Origem Obscura (FPOO)- idosos
-crianças
-recorrente
2- FOO Nosocomial
3- FOO em neutropênicos
FONTE: HOTTZ, P.L. NELSON, G.P. Diretrizes Diagnósticas para Febres Prolongadas de Origem Obscura. [capturado em:
14 abr. 2015]. Disponível em: http://www.hucff.ufrj.br/download-de-arquivos/category/26-dip?download=333:rotinas.
Classificação
Segundo
Veronesi,
febre≥
38,3ºC
Fonte: LAMBERTUCCI, J.R. et al. Febre de Origem Indeterminada. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
2005 38(6):507-513.
HOTTZ, P.L. NELSON, G.P. Diretrizes Diagnósticas para Febres Prolongadas de Origem Obscura. [capturado em: 14 abr.
2015]. Disponível em: http://www.hucff.ufrj.br/download-de-arquivos/category/26-dip?download=333:rotinas.
Etiologia
Fonte: LAMBERTUCCI, J.R. et al. Febre de Origem Indeterminada. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
2005 38(6):507-513.
Anamnese e Exame Físico
Devem ser completos e repetidos periodicamente;
Fonte: LAMBERTUCCI, J.R. et al. Febre de Origem Indeterminada. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
2005 38(6):507-513.
Anamnese
Não limitar apenas a dados orgânicos!
Incluir:
Naturalidade e procedência (investigar endemias)
Profissões
Viagens
Ambiente de moradia e trabalho
Contato com pessoas doentes e animais
Fonte: LAMBERTUCCI, J.R. et al. Febre de Origem Indeterminada. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
2005 38(6):507-513.
Anamnese
Investigar completamente a história pregressa:
Medicamentos usados
Transfusões sanguíneas
Doenças e cirurgias prévias
Fonte: LAMBERTUCCI, J.R. et al. Febre de Origem Indeterminada. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
2005 38(6):507-513.
Anamnese
Exame físico
Detalhado, completo e diário!
Fonte: LAMBERTUCCI, J.R. et al. Febre de Origem Indeterminada. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
2005 38(6):507-513.
Epidemiologia
Regiões:
Sudeste - 2390
Nordeste - 1496
Sul - 536
Centro-oeste - 456
Norte - 344
Região
Sudeste
46%
1º Salvador – 87 casos
2º Feira de Santana – 10 casos
3º Iguaí/Itaparica/M. de São João – 9 casos
4º L. E. Magalhaes/T. de Freitas – 8 casos
5º Conceição do Coité – 6 casos
Fonte: LAMBERTUCCI, J.R. et al. Febre de Origem Indeterminada. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina
Tropical. 2005 38(6):507-513.
Diagnóstico Laboratorial
Anamnese + Confirmar Retirada Roteiro de
EF a febre das drogas Exames
Rotina de exames:
Historia Clínica e EF inconclusivos
Investigação inicial, racional e
personalizada, sem definição de um
diagnóstico
Inicia com o menos invasivo
Fonte: LAMBERTUCCI, J.R. et al. Febre de Origem Indeterminada. Revista da Sociedade Brasileira
de Medicina Tropical. 2005 38(6):507-513.
Diagnóstico Laboratorial
Hemograma e
bioquímica sanguínea Inespecíficos;
Eritrograma -Malária, Leshimaniose,
Dengue, leucemia, LES,
Leucopenia, leucocitose, -Mononucleose, EI,
linfocitose, linfopenia Abscesso, TB, Lepto
Trombocitopenia - Toxo, CMV
Transaminases, FA, -HIV
Bilirrubina total e frações
Hormônios tireóideos
Uréia e Creatinina
VHS
Fonte: LAMBERTUCCI, J.R. et al. Febre de Origem Indeterminada. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 2005 38(6):507-
513.
FEVER AND INFLAMMATION; Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio:SEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA CLÍNICAS v. 27, n. 1/2, p. 7-48, jan./jun.
1994
Diagnóstico Laboratorial
Culturas
Hemocultura Ao menos três amostras
Cultura de urina e fezes com intervalos de 4h no
1ºdia e uma amostra no
2º e 3º dia
EAS
Proteinuria, hematúria,
piúria
Fonte: LAMBERTUCCI, J.R. et al. Febre de Origem Indeterminada. Revista da Sociedade Brasileira
de Medicina Tropical. 2005 38(6):507-513.
Diagnóstico Laboratorial
Sorologias
ASLO
FAN
ANCAs Colagenoses
Fator Reumatóide
VDRL, FTA-abs
Anti HIV
PPD
Fonte: LAMBERTUCCI, J.R. et al. Febre de Origem Indeterminada. Revista da Sociedade Brasileira
de Medicina Tropical. 2005 38(6):507-513.
Diagnóstico Laboratorial
Raio X
Ecocardiograma
US: cervical,
abdominal, pélvica,
torácica
TC: eficiente na
detecção de massas e
coleções líquidas no
crânio, tórax, abdômen
e pelve
Diagnóstico Laboratorial
Sorologias para Clamídia,
Listeria, Brucelose,
coxsackie, Criptococose,
Exames com Exames sem e Rodococose
indícios indícios EDA
Colonoscopia
Investigação Outros Cintilografia com 99mTc-
específica Exames leucócitos
mononucleares
PET scan
Biópsia de MO, hepática,
linfonodos
Videolaposcopia ou LE
Fonte: LAMBERTUCCI, J.R. et al. Febre de Origem Indeterminada. Revista da Sociedade Brasileira
de Medicina Tropical. 2005 38(6):507-513.
Diagnóstico Laboratorial
SEGUIMENTO DE PACIENTES
COM FPEO SEM DIAGNÓSTICO
Bom estado geral com febre
Bom estado geral sem febre
Instabilidade clínica e/ou
sinais de gravidade:
avaliar provas terapêuticas
e/ou tratamentos empíricos
Fonte: LAMBERTUCCI, J.R. et al. Febre de Origem Indeterminada. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 2005
38(6):507-513.
FEVER AND INFLAMMATION; Medicina, Ribeirão Preto, SEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA CLÍNICAS v. 27, n. 1/2, p. 7-48, jan./jun.
1994
Tratamento
Terapêutica de prova
Fonte: LAMBERTUCCI, J.R. et al. Febre de Origem Indeterminada. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina
Tropical. 2005 38(6):507-513.
Obrigado!