Carcinicultura

Facimp Curso de Zootecnia Disciplina de Aquicultura Prof: Tercya Arajo Aluno: Edsio Do
Introduo
Camares da Malsia Requer condies de temperaturas elevadas durante pelo menos 6 meses (mdia mensal acima de 20C) Disponibilidade de: gua de boa qualidade Situao topogrfica com inclinaes inferiores a 2%
Macrobrachium rosenbergii
Larvicultura
A reproduo deste tipo de camaro tem incio na gua doce. No entanto, as larvas desovadas pelas fmeas precisam ser mantidas em gua salobra durante aproximadamente 40 dias, at que sofram a metamorfose, possibilitando a sua liberao nos viveiros de gua doce. O processo de larvicultura tecnicamente complexo.
Sistemas de cultivos
So caracterizados de acordo com o nmeros de fases(etapas):
1. Monofsico 2. Bifsico 3. Trifsico
Sistema monofsico
Caracterizado pelo emprego de baixa tecnologia, cujos viveiros escavados no solo (1.000 a 5.000 m) so povoados com ps-larvas recm metamorfoseadas na proporo que varia entre 8 a 10 ps-larvas/m. O ciclo tem durao mdia de seis meses sem qualquer transferncia de viveiros.
Sistema bifsico
Manuteno das ps-larvas recm metamorfoseadas em viveiros-berrio escavados no solo (500 a 2.000 m). Ps-larvas permanecem nestes viveiros durante aproximadamente dois meses, em densidades que variam de 70 a 200 ps-larvas/m. Juvenis de 2,0 g so transferidos para os viveiros de engorda, onde permanecem aproximadamente 4 meses, em densidades de 8 a 10 juvenis/m, sendo despescados com peso mdio de 25 a 30g.
Sistema trifsico
Adiciona-se uma etapa : Pr-cultivo, que tem durao de 15 a 20 dias, cujos organismos com peso mdio de 0,05 g so transferidos para os berrios secundrios, seguindo o manejo descrito no sistema bifsico.
Manejo Alimentar
Alimentao artificial (Rao peletizada)
o
Quantidades e teores proticos variam de acordo com a faixa de tamanho dos camares.
Raes contendo 40 a 25% de protena bruta so fornecidas na proporo de 100 a 3% da biomassa total de camares respectivamente para as fases inicias e finais de cultivo.
Esta diminuio nas propores so gradativas ao longo do tempo de cultivo. Os viveiros escavados no solo oferecem um bom recurso de alimento natural, composto principalmente pela fauna bentnica que compreende as formas larvais e adultas de invertebrados aquticos (plncton).
Manejo Hdrico
Parmetros controlados diariamente nos viveiros: Teores de oxignio dissolvido pH Temperatura Transparncia Monitorados semanalmente: Dureza Alcalinidade e outros
Instalaes
Viveiros escavados na terra
Instalaes
Viveiros tipo Tanque-rede
Aspectos quanto a localizao

GUA. Os viveiros devem ser instalados em locais onde haja fornecimento de gua natural(poos, crregos, rios ou nascente); TEMPERATURA. Deve-se evitar implant-los onde h grandes variaes de temperatura entre o dia e a noite. O local considerado adequado quando a temperatura mdia do ms mais frio igual ou superior a 20 C e quando existem ventos constantes e moderados;
TERRENO O terreno deve ser plano ou levemente ondulado, com uma declividade de at 5%. Os solos considerados como ideais para construo de viveiros so aqueles com taxa de argila variando entre 40% e 70%. Solo arenoso torna-se desapropriado em funo do seu baixo poder de reteno de gua. O solo ideal deve ter PH prximo a 7,0.
Cultivo em tanque-rede no mar

Teve incio com a utilizao de uma espcie extica de camaro: o camaro branco do Pacfico. As produtividades registradas para este sistema situam-se ao redor de 25 a 30 toneladas de camares/ha/ano, cujos valores superam as produtividades do sistema tradicional de produo, que praticado em viveiros escavados.
Litopenaeus vannamei
Despescas
As despescas nos viveiros de engorda iniciam-se sempre que uma boa parcela de camares j tenha atingido o tamanho comercial. Isto ocorre geralmente no 4 ou 5 ms de ciclo total (berrio + engorda), cuja captura dos organismos feita atravs de arrasto com rede seletiva. As despescas seletivas so realizadas a cada 20 dias aproximadamente.
Em cada viveiro de engorda se promove em mdia 2 a 4 dessas operaes. Ao final do processo, geralmente aps seis meses de recria, efetua-se uma despesca total, operao em que o viveiro totalmente drenado e todos os camares so capturados.
Impactos ambientais
A indstria da carcinicultura levou em conta unicamente os custos de mercado, em detrimento dos danos ambientais, ecolgicos, culturais, sociais e biodiversidade. Comunidades foram expulsas de suas atividades tradicionais. ndios esto em grave perigo de perder suas bases alimentar e cultural. Pescadores foram torturados, ameaados de morte e impedidos de pescar. Agora de extrema necessidade a imediata paralisao das atividades de produo de camaro em reas de Preservao Permanente (APPs) e a recuperao dos setores degradados.
Carcinicultura: desastre scio-ambiental no ecossistema manguezal do nordeste brasileirode julho de 2005 por Jeovah Meireles
No Estado do Cear, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis (IBAMA-Brasil) realizou o mais completo estudo sobre os impactos ambientais da carcinicultura. As 245 fazendas de camaro (novembro de 2005), com uma rea total de 6.069,97 hectares, foram visitadas para a definio de aproximadamente 39 indicadores diretos de impactos ambientais.
Os viveiros de camaro promoveram:

i) desmatamento do manguezal, da mata ciliar e do carnaubal; i) extino de setores de apicum; iii) soterramento de gamboas e canais de mar; iv) bloqueio do fluxo das mars; v) contaminao da gua por efluentes dos viveiros e das fazendas de larva e ps-larva; vi) salinizao do aqfero; vii) impermeabilizao do solo associado ao ecossistema manguezal, ao carnaubal e mata ciliar; viii) eroso dos taludes, dos diques e dos canais de abastecimento e de desge; ix) ausncia de bacias de sedimentao; x) fuga de camaro extico para ambientes fluviais e fluviomarinhos;
xi) reduo e extino de habitats de numerosas espcies; xii) extino de reas de mariscagem, pesca e captura de caranguejos; xiii) disseminao de doenas (crustceos); xiv) expulso de marisqueiras, pescadores e catadores de caranguejo de suas reas de trabalho; xv) dificultou e/ou impediu acesso ao esturio e ao manguezal; xvi) excluso das comunidades tradicionais no planejamento participativo; xvii) doenas respiratrias e bitos com a utilizao do metabissulfito; xviii) presso para compra de terras; xvii) desconhecimento do nmero exato de fazendas de camaro; xix) inexistncia de manejo; xx) no definio dos impactos cumulativos; xxi) biodiversidade ameaada.
Relatrio do deputado federal Joo Alfredo (relator do GT-Carcinicultura) para a Comisso de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel da Cmara Federal
Concluso
A carcinicultura consiste numa produo onde os aspectos qualitativos da gua devem ser bem avaliados pois um produto de alto valor agregado e que atende crescente demanda de frutos do mar. Por ser um produto ainda requintado, tm uma clientela cativa que exige qualidade. Obedecer as normas tcnicas de implantao, manejo e higiene possibilitam a implantao sustentvel do empreedimento.
Bibliografia
http://www.sebraesc.com.br/ideais/default.asp?vcdtexto=2621&%5E% 5E http://www.aquicultura.br/recomendacoes_tecnicas_ para.htm http://www.infoescola.com/zootecnia/carciniculturacriacao-de-camaroes/ http://www.terrazul.m2014.net/spip.php?article141

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