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Digital democracy initiatives are the product of interaction between society’s expectations, governmental priorities, governors’ preferences, legal obligation and technological viability. This research evaluated how digital democracy... more
Digital democracy initiatives are the product of interaction between society’s expectations, governmental priorities, governors’ preferences, legal obligation and technological viability. This research evaluated how digital democracy initiatives held by federal government took place in 2017. We identified 119 working initiatives. Considering this total, 47.1% had as its main goal the promotion of public transparency, 23.5% tried to offer information and opportunities for people education for citizenship and 5.9% provided information and means for access to justice system. There were no initiatives to promote public deliberation.Iniciativas de democracia digital são produto da interação entre expectativas da sociedade, prioridades dos governos, vontade dos atores envolvidos, obrigação legal e viabilidade tecnológica. Este artigo apresenta os resultados de prospecção das iniciativas de democracia digital mantidas pelo governo federal em 2017, que identificou 119 delas em funcionamento...
Wilson da Silva Gomes é um daqueles intelectuais, incomuns no país, que possuem o mérito de sair dos muros da universidade. Com um excelente currículo acadêmico, professor titular da Universidade Federal da Bahia (UFBA), pesquisador 1A do... more
Wilson da Silva Gomes é um daqueles intelectuais, incomuns no país, que possuem o mérito de sair dos muros da universidade. Com um excelente currículo acadêmico, professor titular da Universidade Federal da Bahia (UFBA), pesquisador 1A do Cnpq, mestre e doutor em Filosofia pela Pontificia Università San Tommaso d'Aquino (Angelicum), além de graduado em Teologia (Universitas Gregoriana)-cogitou ser padre-, ambas em Roma, o professor publicou 12 livros, sendo o Transformações
The article discusses the phenomenon of fake news or the use of stories about facts invented or purposely altered for political purposes. The bottom line has to do with the complicated interactions between fake news and journalism, on the... more
The article discusses the phenomenon of fake news or the use of stories about facts invented or purposely altered for political purposes. The bottom line has to do with the complicated interactions between fake news and journalism, on the one hand, and fake news, politics and democracy, on the other. It starts from a brief recognition of the effect of the widespread dissemination and consumption of false narratives, especially in the electoral context, and goes through an attempt at conceptual organization of the notions involved in a consistent definition of fake news. It then goes through an outline of the social phenomena that allowed the emergence of the epistemic crisis in contemporary politics, and presents a study with a sample of 14 histories proven forged on the subject of electronic voting fraud, which circulated during the Brazilian presidential campaign of 2018. Finally, the article draws some conclusions about the meaning and scope of fake news between journalism and de...
This paper describes the two major epistemological models that inform current research trends in Brazilian postgraduate studies of communication. Starting from the pressuposition that there is, at the moment, a clear contrast between... more
This paper describes the two major epistemological models that inform current research trends in Brazilian postgraduate studies of communication. Starting from the pressuposition that there is, at the moment, a clear contrast between critically-oriented methodologies and models of approach focusing on decodification of language, the paper contrasts them, showing the differences between the two poositions and indicating the virtues and difficulties of each.
Iniciativas de democracia digital são produto da interação entre expectativas da sociedade, prioridades dos governos, vontade dos atores envolvidos, obrigação legal e viabilidade tecnológica. Este artigo apresenta os resultados de... more
Iniciativas de democracia digital são produto da interação entre expectativas da sociedade, prioridades dos governos, vontade dos atores envolvidos, obrigação legal e viabilidade tecnológica. Este artigo apresenta os resultados de prospecção das iniciativas de democracia digital mantidas pelo governo federal em 2017, que identificou 119 delas em funcionamento. Desse total, 47,1% tinham como principal objetivo a promoção da transparência pública, 23,5% contavam com a participação de atores da sociedade em decisões, 23,5% procuravam fornecer informações e oportunidades para a educação das pessoas para a cidadania, e 5,9% proviam informações e meios para que cidadãos tivessem acesso à justiça. Não houve iniciativas para a promoção da deliberação pública.
O artigo trata do tema da participação política na literatura recente sobre os efeitos políticos da Internet. O seu propósito é examinar a tese segundo a qual a internet constitui um ambiente de comunicação que tenderia a transformar o... more
O artigo trata do tema da participação política na literatura recente sobre os efeitos políticos da Internet. O seu propósito é examinar a tese segundo a qual a internet constitui um ambiente de comunicação que tenderia a transformar o padrão atual de baixa participação política por parte da esfera civil nas democracias contemporâneas.
... Joaquín Pina, Dagoberto Ramírez, Entrevista a Felipe Adolf Abril - Septiembre 1995 Page 6. ... Joaquín Pina Hacia un pueblo de profetas 193 Dagoberto Ramírez "Las iglesias descuidan el Ecumenismo" 201... more
... Joaquín Pina, Dagoberto Ramírez, Entrevista a Felipe Adolf Abril - Septiembre 1995 Page 6. ... Joaquín Pina Hacia un pueblo de profetas 193 Dagoberto Ramírez "Las iglesias descuidan el Ecumenismo" 201 Entrevista a Felipe AdolJ Page 9. ...
Resumo: Pressupostos ético-políticos da questão da democratização da comunicação. Este ensaio pretende defender e testar uma hipótese segundo a qual o debate acerca da democratização da informação, em particular, e da comunicação, em... more
Resumo: Pressupostos ético-políticos da questão da democratização da comunicação. Este ensaio pretende defender e testar uma hipótese segundo a qual o debate acerca da democratização da informação, em particular, e da comunicação, em geral, não está formulado de ...
"Contra o positivismo, que se detém no fenômeno [de que] 'há apenas fatos', eu diria: não, são justamente os fatos que não existem, mas tão somente interpretações. [...] Se a palavra 'conhecimento'... more
"Contra o positivismo, que se detém no fenômeno [de que] 'há apenas fatos', eu diria: não, são justamente os fatos que não existem, mas tão somente interpretações. [...] Se a palavra 'conhecimento' tem algum sentido, o mundo é cognoscível; na verdade, entretanto, ele é diversamente interpretável, não tem um sentido por trás de si, mas inúmeros sentidos-'perspectivismo'. São as nossas necessidades que interpretam o mundo: nossas pulsões e os seus prós e contras. Cada pulsão é uma forma de busca de domínio, cada uma tem a sua perspectiva, que gostaria de impôr como norma a todas as outras pulsões". (Friedrich Nietzsche, Nachgelassene Fragmente 1886-1887 7 [60]) Em 1991, escrevi, para a revista TEXTOS, um pequeno ensaio em que tomava como objeto de reflexão um tema pouco freqüentado pela investigação teórica: o fato jornalístico. Para a minha surpresa, aquele ensaio foi recebido com muito boa vontade por alguns colegas que se ocupam com teoria da comunicação-mais do que por suas qualidades intrínsecas (pois na verdade tratava-se de um pequeno texto que lançava algumas considerações rápidas sobre o seu objeto), creio que por causa do horizonte de questões que visitava. Naquela época, impressionava-me um paradoxo do mundo do jornalismo (não do mundo dos jornalistas, mas dos jornais e, portanto, também e principalmente da interação que envolve especialmente a nós, leitores e espectadores de jornais), a saber, a insistência dos jornais em afirmar a própria veracidade e a lamentação dos jornalistas e dos leitores/espectadores com a ausência de compromisso com a verdade que, no fundo, dominava o mundo do periodismo. Verdade afirmada, verdade que se presume negada, verdade desejada: eis a paradoxal equação. Neste contexto, julguei pudesse ser uma oportuna provocação para todos (inclusive para mim) insistir sobre a ingenuidade com que o conceito de verdade era aí formulado, enquanto supunha uma ontologia e uma teoria do conhecimento claramente insuficientes. Embora não podendo aprofundar as questões que levantava, acredito ter podido indicar algumas linhas de pensamento nas quais este conceito de verdade (e de fato) era problematizado. De lá para cá as minhas convicções a esse respeito não mudaram substancialmente. Mudou, todavia, a minha visão do campo da comunicação social no Brasil, onde circulam não uma, mas duas formas antagônicas de compreender e pensar o problema da verdade e do fato jornalísticos. Enquanto atacava a ingenuidade de uma dessas posições, vi-me, de repente, perigosamente próximo de uma outra posição com a qual, a rigor, não posso me perfilar: aquela que dissolve o conceito de verdade na idéia de perspectiva e entende o fato como um texto "aberto" à mercê de interpretações desobrigadas de prestar contas a um qualquer "sentido textual". Neste último sentido, a verdade é exilada, não por qualquer ato voluntário de trapaça moralmente condenável (como supunha o primeiro modelo), mas
Resumo: Este ensaio constitui a primeira parte de uma investigação sobre a complicada relação entre ética política e propaganda eleitoral. A posição sustentada pelo autor defende a necessidade de se formular e justificar uma ética... more
Resumo: Este ensaio constitui a primeira parte de uma investigação sobre a complicada relação entre ética política e propaganda eleitoral. A posição sustentada pelo autor defende a necessidade de se formular e justificar uma ética (normativa) para a propaganda política em geral. ...
As estratégias de produção do encanto. O ensaio a seguir é o resultado de uma releitura do pequeno tratado de Aristóteles sobre o poético. Nem exegese nem introdução à leitura da Poética, trata-se bem mais de uma abordagem orientada por... more
As estratégias de produção do encanto. O ensaio a seguir é o resultado de uma releitura do pequeno tratado de Aristóteles sobre o poético. Nem exegese nem introdução à leitura da Poética, trata-se bem mais de uma abordagem orientada por questões atuais provenientes de discussões e perplexidades que hoje em dia se processam, ganhando cada vez maior importância, no contexto das disciplinas da expressão e da interpretação. Esta abordagem se volta para o texto de Aristóteles na certeza de que aí se encontram elementos, noções e intenções de pensamento perfeitamente capazes de iluminar e de reunir num veio discursivo sensato e fecundo muitos dos problemas e perspectivas contemporâneas. 1. Por que reler a Poética? Como a retórica, a poética chega até nós através de uma tradição bastante solidificada pelos séculos. Nesta tradição, a poética é o estudo de um gênero artístico, a poesia lírica. Um estudo em que, além disso, o aspecto prescritivo é mais característico que a dimensão propriamente investigativa e descritiva. O pressuposto dominante nesta tradição-sem dúvida bastante antiga-é o de que a atividade de produção poética inscrevia-se no conjunto maior das atividades técnicas-no sentido "clássico" do termo "técnica", ou seja, habilidade e destreza na produção de uma qualquer espécie de coisas. Ora, a concepção comum acerca da técnica funda-se numa convicção fundamental. A saber, a convicção de que a técnica se aprende a partir de um gênero de atividades. Admitindo-se que todos os saberes e competências, com que se caracteriza a destreza que é a técnica, devem ser válidos para a produção de quaisquer das obras singulares de um mesmo gênero, decorre daí que a posse de tais saberes, competências e destrezas devem e podem ser ensinados. Decorre igualmente daí que a posse de tal destreza e dos saberes que a sustentam parece ser suficiente tanto para a realização da produção propriamente dita, quanto para a avaliação das qualidades dos produtos de um determinado gênero ou de uma obra singular de uma determinada espécie de produção. E isso vale tanto para a produção de objetos materiais em geral, quanto para esta espécie particular de objetos que é a poesia, póiesis, visto que, para os antigos, as disciplinas técnicas englobam tanto as que ensinam a produzir artefatos quanto as que ensinam a produzir o que nós chamamos hoje de belas artes. A mentalidade prescritiva sempre acompanhou essa visão da técnica. Se os saberes e destrezas acerca de um gênero de produção (portanto, saberes e destrezas genéricas) são determinantes para o sucesso de uma obra singular, não seriam tais saberes decomponíveis em noções elementares capazes de orientar o trabalho de quem quer que se decida a produzir no interior de um tal gênero? O aprendizado das técnicas provaria que sim. Em assim sendo, tais noções elementares só podem valer para os produtores como regulações, regras, recomendações, restrições, normas. Prescrições. Em cada técnica (ou em cada arte, para traduzirmos como os romanos) há normas a serem seguidas e estas é que podem garantir a sua inscrição num gênero e o seu reconhecimento como ocorrência de um gênero de produtos "técnicos" ou "artísticos". O mesmo vale para essa espécie de techne que é a poesia. O passo seguinte foi a transformação destas prescrições "empíricas", e ainda com uma certa flexibilidade, numa espécie de legislação canônica "técnica". No caso das artes literárias, constitui-se uma espécie de legalidade artística, tão bem descrita por Valéry: "Racionalizou-se e o rigor da regra formou-se. Ela foi expressa em fórmulas precisas; a crítica se armou; e seguiu-se esta conseqüência paradoxal, de que uma disciplina das artes, que opunha aos impulsos do artista dificuldades racionais, conheceu uma grande e durável reputação por causa da extrema facilidade que ela fornecia para o julgamento e a classificação das obras, através da simples referência a um
A situacao dos cursos de pos-graduacao nacionais e o sistema de avaliacao vigente para os programas de mestrado e de doutorado e para as pesquisas produzidas no campo especifico de Comunicacao no Brasil estao entre os assuntos tratados... more
A situacao dos cursos de pos-graduacao nacionais e o sistema de avaliacao vigente para os programas de mestrado e de doutorado e para as pesquisas produzidas no campo especifico de Comunicacao no Brasil estao entre os assuntos tratados nesta entrevista com o Prof. Wilson Gomes, da Universidade Federal da Bahia, desde 1999 coordenador da area de Ciencias Sociais Aplicadas I junto a CAPES - Coordenacao de Aperfeicoamento de Pessoal e Ensino Superior.
A pesquisa em transparência tem sido revigorado objeto de estudo das mais diversas áreas acadêmicas. O debate público sobre transparência vê-se complicado por um conjunto de outros conceitos e verbetes (como publicidade e accountability)... more
A pesquisa em transparência tem sido revigorado objeto de estudo das mais diversas áreas acadêmicas. O debate público sobre transparência vê-se complicado por um conjunto de outros conceitos e verbetes (como publicidade e accountability) que com ele concorrem, se sobrepõem, ganham novas ênfases. Este trabalho de cunho teórico tem o objetivo de ordenar a pluralidade de termos e conceitos mediante os quais a transparência pública é referida na literatura especializada; definir e pormenorizar a transparência pública e suas dinâmicas nas práticas e condutas de governos e instituições; sugerir o lugar dos recursos e ambientes da comunicação digital no futuro do debate sobre transparência pública. Palavras-chave: Democracia. Transparência Pública. Publicidade.
... ou a sua ênfase preferida na democracia: participacionistas denunciam a falta de participação e os ... de estudo de governo eletrônico (pesquisa administrativa) e não estudo sobre democraciadigital; por outro lado, a pesquisa sobre a... more
... ou a sua ênfase preferida na democracia: participacionistas denunciam a falta de participação e os ... de estudo de governo eletrônico (pesquisa administrativa) e não estudo sobre democraciadigital; por outro lado, a pesquisa sobre a democracia digital, como se ...
O artigo trata da discussão sobre o emprego da internet como meio e ambiente de práticas políticas destinadas a reforçar a participação dos cidadãos no campo político. Primeiro, apresenta-se a idéia da internet como meio de participação... more
O artigo trata da discussão sobre o emprego da internet como meio e ambiente de práticas políticas destinadas a reforçar a participação dos cidadãos no campo político. Primeiro, apresenta-se a idéia da internet como meio de participação popular no debate público, como ...
Este artigo trata do emprego que a gestão pública de maneira geral e municipal em específico, faz da internet para a publicação de suas prestações de contas. O fenômeno da implementação da internet aconteceu quando a sociedade buscava... more
Este artigo trata do emprego que a gestão pública de maneira geral e municipal em específico, faz da internet para a publicação de suas prestações de contas. O fenômeno da implementação da internet aconteceu quando a sociedade buscava caminhos para o fortalecimento da democracia mediante o aumento da participação da esfera civil na decisão política. Neste sentido, o estudo leva em conta a chamada crise de participação que afetou a legitimidade democrática do Estado contemporâneo, examinando trajetos possíveis para a retomada do interesse participativo da sociedade nas decisões políticas. Uma trilha importante para o ordenamento conceitual deste trabalho foi o estudo das legislações que impelem o poder público à publicidade e da utilização da internet como instrumento de veiculação das informações e prestações de contas, como forma de atendimento às demandas legais brasileiras estabelecidas pela Constituição Federal de 1988. Para bem analisar o universo de municípios brasileiros impa...
O artigo trata da discussão sobre o emprego da internet como meio e ambiente de práticas políticas destinadas a reforçar a participação dos cidadãos no campo político. Primeiro, apresenta-se a idéia da internet como meio de participação... more
O artigo trata da discussão sobre o emprego da internet como meio e ambiente de práticas políticas destinadas a reforçar a participação dos cidadãos no campo político. Primeiro, apresenta-se a idéia da internet como meio de participação popular no debate público, como ...
Page 1. Traducción: LA CAMPAÑA ONLINE DE BARACK OBAMA EN 2008* THE ELECTION CAMPAING ON LINE OF BARACK OBAMA IN 2008 Autores: Wilson Gomes, Breno Fernandes, Lucas Reis e Tarcizio Silva(1) Traducido por: Fabio André Guterres Ludwig (UNLP)... more
Page 1. Traducción: LA CAMPAÑA ONLINE DE BARACK OBAMA EN 2008* THE ELECTION CAMPAING ON LINE OF BARACK OBAMA IN 2008 Autores: Wilson Gomes, Breno Fernandes, Lucas Reis e Tarcizio Silva(1) Traducido por: Fabio André Guterres Ludwig (UNLP) ...
Page 1. Traducción: LA CAMPAÑA ONLINE DE BARACK OBAMA EN 2008* THE ELECTION CAMPAING ON LINE OF BARACK OBAMA IN 2008 Autores: Wilson Gomes, Breno Fernandes, Lucas Reis e Tarcizio Silva(1) Traducido por: Fabio André Guterres Ludwig (UNLP)... more
Page 1. Traducción: LA CAMPAÑA ONLINE DE BARACK OBAMA EN 2008* THE ELECTION CAMPAING ON LINE OF BARACK OBAMA IN 2008 Autores: Wilson Gomes, Breno Fernandes, Lucas Reis e Tarcizio Silva(1) Traducido por: Fabio André Guterres Ludwig (UNLP) ...
Wilson da Silva Gomes é um daqueles intelectuais, incomuns no país, que possuem o mérito de sair dos muros da universidade. Com um excelente currículo acadêmico, professor titular da Universidade Federal da Bahia (UFBA), pesquisador 1A do... more
Wilson da Silva Gomes é um daqueles intelectuais, incomuns no país, que possuem o mérito de sair dos muros da universidade. Com um excelente currículo acadêmico, professor titular da Universidade Federal da Bahia (UFBA), pesquisador 1A do Cnpq, mestre e doutor em Filosofia pela Pontificia Università San Tommaso d'Aquino (Angelicum), além de graduado em Teologia (Universitas Gregoriana)-cogitou ser padre-, ambas em Roma, o professor publicou 12 livros, sendo o Transformações
Digital democracy initiatives are the product of interaction between society's expectations, governmental priorities, governors' preferences, legal obligation and technological viability. This research evaluated how digital democracy... more
Digital democracy initiatives are the product of interaction between society's expectations, governmental priorities, governors' preferences, legal obligation and technological viability. This research evaluated how digital democracy initiatives held by federal government took place in 2017. We identified 119 working initiatives. Considering this total, 47.1% had as its main goal the promotion of public transparency, 23.5% tried to offer information and opportunities for people education for citizenship and 5.9% provided information and means for access to justice system. There were no initiatives to promote public deliberation.
The article discusses the phenomenon of fake news or the use of stories about facts invented or purposely altered for political purposes. The bottom line has to do with the complicated interactions between fake news and journalism, on the... more
The article discusses the phenomenon of fake news or the use of stories about facts invented or purposely altered for political purposes. The bottom line has to do with the complicated interactions between fake news and journalism, on the one hand, and fake news, politics and democracy, on the other. It starts from a brief recognition of the efect of the widespread dissemination and consumption of false narratives, especially in the electoral context, and goes through an attempt at conceptual organization of the notions involved in a consistent deinition of fake news. It then goes through an outline of the social phenomena that allowed the emergence of the epistemic crisis in contemporary politics, and presents a study with a sample of 14 histories proven forged on the subject of electronic voting fraud, which circulated during the Brazilian presidential campaign of 2018. Finally, the article draws some conclusions about the meaning and scope of fake news between journalism and democracy
Este ensaio constitui a primeira parte de uma investigação sobre a complicada relação entre ética política e propaganda eleitoral. A posição sustentada pelo autor defende a necessidade de se formular e justificar uma ética (normativa)... more
Este ensaio constitui a primeira parte de uma investigação sobre a complicada relação entre ética política
e propaganda eleitoral. A posição sustentada pelo autor defende a necessidade de se formular e justificar uma ética
(normativa) para a propaganda política em geral. Este ensaio dá conta de um primeiro movimento nesta direção,
consistindo numa elucidação dos termos da questão através da afirmação da imprescindibilidade da propaganda
eleitoral massmediática e da inevitabilidade da aproximação entre propaganda eleitoral e a lógica da publicidade.
O ponto de chegada deste ensaio é a evidenciação de que o problema de uma ética da propaganda política é, na
verdade, a questão da relação, historicamente conhecida, entre retórica e ética. Em suma, prepara-se aqui o
panorama para a proposição de uma ética que regule normativamente as interações argumentativas competitivas do
campo político, inclusive as suas estratégias persuasivas.
Research Interests:
"Contra o positivismo, que se detém no fenômeno [de que] 'há apenas fatos', eu diria: não, são justamente os fatos que não existem, mas tão somente interpretações. [...] Se a palavra 'conhecimento' tem algum sentido, o mundo é... more
"Contra o positivismo, que se detém no fenômeno [de que] 'há apenas fatos', eu diria: não, são justamente os fatos que não existem, mas tão somente interpretações. [...] Se a palavra 'conhecimento' tem algum sentido, o mundo é cognoscível; na verdade, entretanto, ele é diversamente interpretável, não tem um sentido por trás de si, mas inúmeros sentidos-'perspectivismo'. São as nossas necessidades que interpretam o mundo: nossas pulsões e os seus prós e contras. Cada pulsão é uma forma de busca de domínio, cada uma tem a sua perspectiva, que gostaria de impôr como norma a todas as outras pulsões". (Friedrich Nietzsche, Nachgelassene Fragmente 1886-1887 7 [60]) Em 1991, escrevi, para a revista TEXTOS, um pequeno ensaio em que tomava como objeto de reflexão um tema pouco freqüentado pela investigação teórica: o fato jornalístico. Para a minha surpresa, aquele ensaio foi recebido com muito boa vontade por alguns colegas que se ocupam com teoria da comunicação-mais do que por suas qualidades intrínsecas (pois na verdade tratava-se de um pequeno texto que lançava algumas considerações rápidas sobre o seu objeto), creio que por causa do horizonte de questões que visitava. Naquela época, impressionava-me um paradoxo do mundo do jornalismo (não do mundo dos jornalistas, mas dos jornais e, portanto, também e principalmente da interação que envolve especialmente a nós, leitores e espectadores de jornais), a saber, a insistência dos jornais em afirmar a própria veracidade e a lamentação dos jornalistas e dos leitores/espectadores com a ausência de compromisso com a verdade que, no fundo, dominava o mundo do periodismo. Verdade afirmada, verdade que se presume negada, verdade desejada: eis a paradoxal equação. Neste contexto, julguei pudesse ser uma oportuna provocação para todos (inclusive para mim) insistir sobre a ingenuidade com que o conceito de verdade era aí formulado, enquanto supunha uma ontologia e uma teoria do conhecimento claramente insuficientes. Embora não podendo aprofundar as questões que levantava, acredito ter podido indicar algumas linhas de pensamento nas quais este conceito de verdade (e de fato) era problematizado. De lá para cá as minhas convicções a esse respeito não mudaram substancialmente. Mudou, todavia, a minha visão do campo da comunicação social no Brasil, onde circulam não uma, mas duas formas antagônicas de compreender e pensar o problema da verdade e do fato jornalísticos. Enquanto atacava a ingenuidade de uma dessas posições, vi-me, de repente, perigosamente próximo de uma outra posição com a qual, a rigor, não posso me perfilar: aquela que dissolve o conceito de verdade na idéia de perspectiva e entende o fato como um texto "aberto" à mercê de interpretações desobrigadas de prestar contas a um qualquer "sentido textual". Neste último sentido, a verdade é exilada, não por qualquer ato voluntário de trapaça moralmente condenável (como supunha o primeiro modelo), mas
Research Interests:
As estratégias de produção do encanto. O ensaio a seguir é o resultado de uma releitura do pequeno tratado de Aristóteles sobre o poético. Nem exegese nem introdução à leitura da Poética, trata-se bem mais de uma abordagem orientada por... more
As estratégias de produção do encanto. O ensaio a seguir é o resultado de uma releitura do pequeno tratado de Aristóteles sobre o poético. Nem exegese nem introdução à leitura da Poética, trata-se bem mais de uma abordagem orientada por questões atuais provenientes de discussões e perplexidades que hoje em dia se processam, ganhando cada vez maior importância, no contexto das disciplinas da expressão e da interpretação. Esta abordagem se volta para o texto de Aristóteles na certeza de que aí se encontram elementos, noções e intenções de pensamento perfeitamente capazes de iluminar e de reunir num veio discursivo sensato e fecundo muitos dos problemas e perspectivas contemporâneas. 1. Por que reler a Poética? Como a retórica, a poética chega até nós através de uma tradição bastante solidificada pelos séculos. Nesta tradição, a poética é o estudo de um gênero artístico, a poesia lírica. Um estudo em que, além disso, o aspecto prescritivo é mais característico que a dimensão propriamente investigativa e descritiva. O pressuposto dominante nesta tradição-sem dúvida bastante antiga-é o de que a atividade de produção poética inscrevia-se no conjunto maior das atividades técnicas-no sentido "clássico" do termo "técnica", ou seja, habilidade e destreza na produção de uma qualquer espécie de coisas. Ora, a concepção comum acerca da técnica funda-se numa convicção fundamental. A saber, a convicção de que a técnica se aprende a partir de um gênero de atividades. Admitindo-se que todos os saberes e competências, com que se caracteriza a destreza que é a técnica, devem ser válidos para a produção de quaisquer das obras singulares de um mesmo gênero, decorre daí que a posse de tais saberes, competências e destrezas devem e podem ser ensinados. Decorre igualmente daí que a posse de tal destreza e dos saberes que a sustentam parece ser suficiente tanto para a realização da produção propriamente dita, quanto para a avaliação das qualidades dos produtos de um determinado gênero ou de uma obra singular de uma determinada espécie de produção. E isso vale tanto para a produção de objetos materiais em geral, quanto para esta espécie particular de objetos que é a poesia, póiesis, visto que, para os antigos, as disciplinas técnicas englobam tanto as que ensinam a produzir artefatos quanto as que ensinam a produzir o que nós chamamos hoje de belas artes. A mentalidade prescritiva sempre acompanhou essa visão da técnica. Se os saberes e destrezas acerca de um gênero de produção (portanto, saberes e destrezas genéricas) são determinantes para o sucesso de uma obra singular, não seriam tais saberes decomponíveis em noções elementares capazes de orientar o trabalho de quem quer que se decida a produzir no interior de um tal gênero? O aprendizado das técnicas provaria que sim. Em assim sendo, tais noções elementares só podem valer para os produtores como regulações, regras, recomendações, restrições, normas. Prescrições. Em cada técnica (ou em cada arte, para traduzirmos como os romanos) há normas a serem seguidas e estas é que podem garantir a sua inscrição num gênero e o seu reconhecimento como ocorrência de um gênero de produtos "técnicos" ou "artísticos". O mesmo vale para essa espécie de techne que é a poesia. O passo seguinte foi a transformação destas prescrições "empíricas", e ainda com uma certa flexibilidade, numa espécie de legislação canônica "técnica". No caso das artes literárias, constitui-se uma espécie de legalidade artística, tão bem descrita por Valéry: "Racionalizou-se e o rigor da regra formou-se. Ela foi expressa em fórmulas precisas; a crítica se armou; e seguiu-se esta conseqüência paradoxal, de que uma disciplina das artes, que opunha aos impulsos do artista dificuldades racionais, conheceu uma grande e durável reputação por causa da extrema facilidade que ela fornecia para o julgamento e a classificação das obras, através da simples referência a um
Research Interests:
This paper describes the two major epistemological models that inform current research trends in Brazilian postgraduate studies of communication. Starting from the pressuposition that there is, at the moment, a clear contrast between... more
This paper describes the two major epistemological models that inform current research trends in Brazilian postgraduate studies of communication. Starting from the pressuposition that there is, at the moment, a clear contrast between critically-oriented methodologies and models of approach focusing on decodification of language, the paper contrasts them, showing the differences between the two poositions and indicating the virtues and difficulties of each.
Research Interests:
Este ensaio é o resultado da análise de material publicado em jornais impressos do Rio de Janeiro e São Paulo sobre o tema geral «drogas». Trabalhou-se com amostragem recolhida pelos pesquisadores do projeto Avaliação do Sistema Aplicado... more
Este ensaio é o resultado da análise de material publicado em jornais impressos do Rio de Janeiro e São Paulo sobre o tema geral «drogas». Trabalhou-se com amostragem recolhida pelos pesquisadores do projeto Avaliação do Sistema Aplicado de Proteção ao Adolescente da Fundação Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro, reunidos em três volumes de cerca de 500 páginas, com quase 300 matérias jornalísticas compreendendo todas as edições do Jornal do Brasil nos anos 1995-1998, O Dia no ano de 1998 e Folha de São Paulo nos anos 1995-1996.
Research Interests:
A pesquisa em comunicação e política completará 90 anos em 2012. O modelo teórico-metodológico de maior adesão na especialidade, a hipótese da função mediática de agenda-setting, completará 40 anos à mesma época. A Contemporanea quis... more
A pesquisa em comunicação e política completará 90 anos em 2012. O modelo teórico-metodológico de maior adesão na especialidade, a hipótese da função mediática de agenda-setting, completará 40 anos à mesma época. A Contemporanea quis marcar esta efeméride com um dossiê sobre comunicação e política. Com isso, quis prestar homenagem à linha de pesquisa que, provavelmente, é a mais antiga de ��������������������������������������������������������������������������������������������������� ��������������������������������������������������������������������������������������������������������� o momento inaugural de uma coisa tão pouco precisa quanto o início da atividade de pesquisa sobre um �������������������������������������������������������������������������������������������������� publicado por Walter Lippmann em 1922, inaugure não só a pesquisa em comunicação e política, como a pesquisa em Comunicação tout court. É curioso como a área já começa de mau humor com relação a seu objeto. O volumoso ensaio de Lipp-mann (1922; 2008) sobre o enlace entre a opinião pública (categoria proveniente da teoria democrática) e o jornalismo traz já na epígrafe as bases do seu julgamento sobre o que a comunicação de massa faz com a verdade e com o conhecimento políticos. A epígrafe é um conhecido trecho do Livro VII da ��������������������������� �������������������������������������������������������������������������� narra a situação de habitantes de uma caverna subterrânea que assumem como verdadeiras as sombras das coisas reais que a luz projeta nas paredes. Fica combinado, então, que o jornalismo não é capaz de ser uma mediação efetiva entre o mundo real e a consciência humana; antes, oferece apenas sombras e ���������������������������������������������������������������������������������������������������� o público presume que seja verdadeiro aquilo que recebe projetado na comunicação de massa, mas esta presunção é frequentemente ilusória e falsa. Se Public Opinion pode ser assumido como o primeiro livro importante da área, certamente não foi o primeiro dentre todos. Isso porque, em minha opinião, é um evento, e não um autor, o que inicia o campo de pesquisa da comunicação e política como o conhecemos hoje. Este evento foi a 1ª Guerra Mundial (1914-1918) e o emprego massivo de propaganda bélica e política pelos governos envolvidos �������������������������������������������������� ����������������������������������������������� contemporanea | comunicação e cultura
Research Interests:
Imaginemos a seguinte situação: eu entendo o que uma determinada mensagem quis dizer e acho que o que ela diz é sério e grave, mas estou igualmente convencido, por outro lado, que, no que me diz respeito, o conteúdo da mensagem não vai... more
Imaginemos a seguinte situação: eu entendo o que uma determinada mensagem quis dizer e acho que o que ela diz é sério e grave, mas estou igualmente convencido, por outro lado, que, no que me diz respeito, o conteúdo da mensagem não vai produzir nenhuma modificação nas minhas convicções nem no meu comportamento. A convicção sobre a impossibilidade de eu ser influenciado pela mensagem decorre, neste caso, do fato de eu divergir, emocional e cognitivamente, dos valores, das posições ou dos fatos presentes na mensagem. Porque considero errado, cognitiva ou moralmente, o que uma mensagem diz, recuso inteiramente a hipótese de ser persuadido ou convencido por ela. Mas persuasão e preocupação são dois efeitos muito diferentes que uma mesma mensagem pode produzir em mim. Temos, então, uma situação curiosa: o efeito persuasivo direto sobre mim é nulo, ou quase, mas eu não fiquei indiferente à mensagem; ao contrário, ela produziu o enorme efeito de me preocupar. Ademais, não se trata de uma p...
Research Interests:
A cultura contemporânea e o problema da fundação da normatividade moral
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Este artículo discute la necesidad y la oportunidad de plantear cuestiones de método, en lo que se refiere a la discusrón sobre los procedirnientos de análisis fílrnico. Examina las razones por las cuales la instancia de análisis de... more
Este artículo discute la necesidad y la oportunidad de plantear
cuestiones de método, en lo que se refiere a la discusrón sobre los procedirnientos de análisis fílrnico. Examina las razones por las cuales la instancia de análisis de filmes, considerada aquí como un campo social, ve con desconfianza las demandas de un posicionarniento metódico. Luego discute por qué - al contrario - las cuestiones de método son inevitables y fecundas y deberían ser parte del horizonte analítico para, a fin de cuentas, esbozar una alternativa de abordaje de una hermenéutica del filme, a partir de la idea de una Poética del Cine.
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This article examines the most recent stage in patterns of on-line presidential political campaigning, from the point of view of the resources employed in operations of political campaigning through digital networks. Since the 2008... more
This article examines the most recent stage in patterns of on-line presidential political campaigning, from the point of view of the resources employed in operations of political campaigning through digital networks. Since the 2008 American elections in general, and Barack Obama's on-line campaign in particular, represent the most recent and to date most successful facet of this type of political operation, the resources and instruments used in his campaign will be taken as a case study. Thus, we inquire into an experience in the use of digital and on-line resources in political campaigning, attempting to detect which levels this on–line campaigning occurred at and to arrive at some generalizations on the tendencies and possibilities for this type of political campaign. We conclude that, although the use of digital communications resources should not be seen as the cause of Obama's success, nor even of the mobilization it generated or his popularity among young voters, it does nonetheless make up a part of the social and political environment that determined these phenomena.
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In times of crisis of representation the question of what kind of democracy can be achieved through the expansion of new technologies emerges with renewed vigor. Is it direct democracy or yet another appendage of representative democracy?... more
In times of crisis of representation the question of what kind of democracy can be achieved through the expansion of new technologies emerges with renewed vigor. Is it direct democracy or yet another appendage of representative democracy? Is it democracy as understood by classical liberals, libertarians or communitarians? Is it deliberative or participatory electronic democracy? In the first book of the Digital Democracy series, Professor Wilson Gomes draws on ten years of research on the subject to present a historical cross section of the idea of electronic and digital democracy, addressing themes such as transparency, public sphere, participation and political deliberation. PhD in Philosophy and coordinator of the Center for Advanced Studies in Digital Democracy of the Federal University of Bahia (Ufba), Gomes divides his book into three periods: "1970-1995 - The origins of the idea of electronic democracy – Teledemocracy"; "1996-2005 - The consolidation of the idea of digital democracy"; and "2006-2015 - The state of digital democracy". As Gomes summarizes: "The history of the idea that it was possible to improve democratic processes through information technology can naturally go a long way back, as the invention and, above all, the massification of new communication media have always been accompanied by renewed hopes for improvement in democracy and public life
Em períodos de crise de representação, surge com força renovada a questão sobre que tipo de democracia se pode alcançar mediante a expansão de novas tecnologias. É democracia direta ou mais uma suplementação à democracia representativa? É... more
Em períodos de crise de representação, surge com força renovada a questão sobre que tipo de democracia se pode alcançar mediante a expansão de novas tecnologias. É democracia direta ou mais uma suplementação à democracia representativa? É a democracia como a entendem os liberais clássicos, os libertários ou os comunitaristas? É uma democracia eletrônica deliberativista ou participativa? No primeiro livro da coleção Democracia Digital, o professor Wilson Gomes reúne dez anos de pesquisas dedicados ao tema para apresentar um recorte histórico da ideia de democracia eletrônica e digital, atravessando temas como transparência, esfera pública, participação e deliberação política. Doutor em Filosofia e coordenador do Centro de Estudos Avançados em Democracia Digital, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Gomes divide a obra em três períodos: "1970-1995 - As origens da ideia de democracia eletrônica – A teledemocracia"; "1996-2005 - A consolidação da ideia de democracia digital"; e "2006-2015 - O estado da democracia digital". Como resume Gomes: "A história da ideia de que era possível melhorar processos democráticos por meio de tecnologia da informação pode, naturalmente, ir muito longe, porque é certo que a invenção e, principalmente, a massificação de um novo meio de comunicação sempre foram acompanhadas por um renovar de esperanças em uma melhora na democracia e na vida pública".
A epistemologia, como todo mundo sabe, é uma parte da teoria do conhecimento que se dedica às questões relacionadas à natureza, aos fundamentos, aos limites e às condições de validade do conhecimento científico. Uma epistemologia geral... more
A epistemologia, como todo mundo sabe, é uma parte da teoria do conhecimento que se dedica às questões relacionadas à natureza, aos fundamentos, aos limites e às condições de validade do conhecimento científico. Uma epistemologia geral das ciências humanas e sociais é meta antiga da nossa cultura. Os empiristas britânicos, por exemplo, formularam esboços de uma árvore do conhecimento reservando um lugar para as moral sciences. Desde o constituir-se da modernidade alguns filósofos acalentaram a idéia de formular uma epistemologia para as Humanidades, de forma que, no arco de tempo que vai de 1883 aos anos 60 do século passado, algumas tentativas muito interessantes foram feitas, com larga contribuição para a compreensão da particular " cientificidade " dessas áreas. São conhecidos, nesse sentido, os enormes empreendimentos de Wilhelm von Dilthey na sua Introdução às Ciências do Espírito, de Ernst Cassirer e da sua Filosofia das Formas Simbólicas, de Hans-George Gadamer no seu Verdade e Método, para mencionar tão-somente alguns nomes destacados que enfrentaram diretamente a tarefa. Se em território de epistemologia filosófica avançamos pouco, mas com consistência, o mesmo não pode ser dito, no que se refere a um discurso que veio a pouco a pouco ocupando o lugar de uma autêntica epistemologia no campo das ciências humanas e sociais, sobretudo em ambientes intelectuais menos rigorosos. Esse discurso em geral contém um conjunto de assunções, nem discutidas nem demonstradas, sobre a natureza da ciência e do procedimento científico, nas Humanidades e fora delas, com grande aceitação pelos não especialistas. Sem que ofereça nenhuma das garantias tradicionais do procedimento científico, como a demonstração argumentativa ou a comprovação empírica, esse discurso-identificável em juízos recorrentes sobre procedimentos, metas e natureza das ciências humanas e sociais-acabou por produzir a compreensão dominante sobre a " cientificidade " das nossas disciplinas. Não é uma epistemologia propriamente dita, porque dificilmente reflete criticamente sobre os seus pressupostos, é raramente conseqüente e rigorosa, nunca demonstra e dificilmente sobreviveria, portanto, a um exame rigoroso de epistemologia filosófica. Nem por isso deixa de ser eficiente. Gerou, pela repetição, um conjunto de consensos compartilhados por grupos extensos, um conjunto de pressupostos aos quais se adere sem exame e que passam a ser repetidos sem que aparentemente apresente-se dúvida ou oposição. Mesmo
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Este trabalho pretende examinar a distribuição da visibilidade numa das mais importantes arenas de visibilidade pública política brasileira, o Jornal Nacional. O propósito geral é estabelecer e discutir as características fundamentais da... more
Este trabalho pretende examinar a distribuição da visibilidade numa das mais importantes arenas de visibilidade pública política brasileira, o Jornal Nacional. O propósito geral é estabelecer e discutir as características fundamentais da produção e distribuição da visibilidade política dentre os atores do campo político nacional. O capítulo apóia‐se num estudo de 100 edições do Jornal Nacional que foram ao ar no segundo semestre de 2007. No quadro geral da investigação sobre as características da visibilidade política nacional, o artigo concentra‐se naquela dimensão da esfera de visibilidade pública ‐ que aqui será chamada de audioesfera ‐ onde se apresenta à atenção pública a fala do ator político. O artigo versará, portanto, sobre a estruturação e a distribuição da voz dos atores da política no prime time da televisão brasileira. 1. NOTICIÁRIO DE TV E POLÍTICA AS DIREÇÕES DA PESQUISA Por muitas razões, o noticiário de TV tem ocupado, já há quase quatro décadas, um lugar central nas preocupações de quem se interessa por questões relacionadas à comunicação de massa em suas interações com a política e a democracia contemporâneas. Neste âmbito, uma linha de pesquisa que vem merecendo considerável atenção, ao menos ambiente científico em língua inglesa, é aquela voltada para a prospecção e para a avaliação das conseqüências de certas características típicas do noticiário de TV na cobertura e na exibição da política, com especial e intrigante atenção à cobertura de eleições presidenciais. Normalmente, o corpo de literatura que se formou nos últimos trinta anos sobre este assunto parte do pressuposto de que as redes de TV, em geral, e o noticiário de TV, em particular, têm hoje enorme influência na vida pública, senão de todas as sociedades contemporâneas, ao menos daquelas ocidentais. Esta linha de pesquisa busca, em geral, (a) identificar as características expressivas, analíticas, narrativas, relacionadas à seleção de temas e hábitos institucionais, dentre outras, introduzidas no 1 A pesquisa que sustenta este artigo contou com o apoio do CNPq e da Capes, agências governamentais de fomento à pesquisa e à pós‐graduação. A produção, codificação e decupagem dos dados em que a pesquisa é baseada contaram com a participação de Danilo Azevedo e Jônathas Araujo, bolsistas do grupo de pesquisa em Comunicação, Internet e Democracia, sob a minha coordenação. Seja aqui feito o devido agradecimento aos dois bolsistas.
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O tema da participação política, como todo mundo sabe, é um dos mais tradicionais da agenda de pesquisa sobre a democracia. No mesmo diapasão, o conjunto de temas que relacionam participação política civil e internet - ou, num quadro mais... more
O tema da participação política, como todo mundo sabe, é um dos mais tradicionais da agenda de pesquisa sobre a democracia. No mesmo diapasão, o conjunto de temas que relacionam participação política civil e internet - ou, num quadro mais amplo, participação, engajamento cívico e tecnologias para comunicações digitais online - tem sido consideravelmente visitado nas últimas duas décadas. Falo de um “conjunto de temas” porque, a rigor, trata-se de vários veios discursivos que, de um modo ou de outro, implicam ou consideram frontalmente o problema da participação política mediada por tecnologias digitais.
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Este ensaio pretende defender e testar uma hipótese segundo a qual o debate acerca da democratização da informação, em particular, e da comunicação, em geral, não está formulado de maneira teoricamente relevante e eticamente defensável se... more
Este ensaio pretende defender e testar uma hipótese segundo a qual o debate acerca da democratização da informação, em particular, e da comunicação, em geral, não está formulado de maneira teoricamente relevante e eticamente defensável se permanece restrito ao âmbito da política (aí incluída a legislação). Esta hipótese sustenta, pelo contrário, que a discussão ética deve preceder, lógica e cronologicamente, a discussão política. Em seguida a tal hipótese, oferece-se um esboço daquilo que deveria constituir a moldura conceitual e normativa da discussão da questão da democratização das comunicações em termos de ética, Aparentemente, a questão da chamada "democratização da comunicação" é um problema que se esgota nos limites teóricos e práticos da arte política. Como a arte política finda por ter o seu fulcro na lei e na sua aplicação, a democratização da comunicação passa a ser vista como uma questão de legislação. Para que a comunicação se democratize, dizem, é preciso que se criem as condições de regulação política-quer dizer, de regulação legislativa-, da posse e uso
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Das Thema der Kommunikation hat immer schon im Zentrum der Formulierung der Diskursethik gestanden. Dies ist ein Postulat, dessen Selbstverständlichkeit uns, wie ich meine, von der ermüdenden Beweisführung dispensiert. Wir wissen alle,... more
Das Thema der Kommunikation hat immer schon im Zentrum der Formulierung der Diskursethik gestanden. Dies ist ein Postulat, dessen Selbstverständlichkeit uns, wie ich meine, von der ermüdenden Beweisführung dispensiert. Wir wissen alle, dass die gesamte Diskursethik in sprachlicher Interaktion und sprachlichem Ausdruck gründet, in einem derartigen Mass, dass sie ruhig als Diskussions-Argumentations-, ja Kommunikationsethik angesehen werden kann, wie Apel und Habermas das schon oft getan haben. Der Ausgangspunkt der Apelschen Erfindung ist tatsächlich das Postulat, demzufolge das Apriori, von dem nach Kant sowohl die Möglichkeit der Erkenntnis als auch die Universalität der Wissenschaft abhängig war, nicht eine Tiefenstruktur der Vernunft ist, sondern die Sprache selbst. Diese funktioniert, da sie ihrerseits auf ein Apriori gegründet ist, das die unbegrenzte Kommunikationsgemeinschaft darstellt. Das Faktum der Kommunikation erscheint von vornherein in der Apelschen Entdeckung mit der Feststellung, dass niemand die Sprache benutzen kann, wenn er nicht idealiter die Regeln dieser Sprache selbst angesichts einer Gemeinschaft miteinander kommunizierender Menschen einhält. Die Diskursethik leitet sich gerade aus dieser Instanz der diskursiven Regulation ab. Andererseits lässt sich nicht bestreiten, dass die Kommunikationssituationen, welche die Formulierung der Diskursethik inspirieren und in denen diese scheinbar am dichtesten und fruchtbarsten zur Anwendung kommt, von denjenigen argumentativen Interaktionen, in denen die Sprecher sich im Alltag engagieren,und vor allem von den diskursiven Debatten, mit denen sie argumentativ ihre praktischen Konflikte lösen oder ihre normativen Ansprüche geltend machen, vertreten werden. Die Kommunikation wird so nach dem Modell der direkten, öffentlichen und in Versammlungen organisieren Debatte gedacht. In diesem Modell würden die Menschen sich gegenüber und gleichzeitig vor einem Rednerpult sitzen, auf dem sich die Gesprächspartner nacheinander zu Wort melden. Dieses Modell hat den in die Augen springenden Vorteil, dass in ihm einige der scheinbar unaufgebbaren Eigenschaften öffentlicher Diskussion präsent und gewährleistet sind: die Zugänglichkeit der Diskussionen, die
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Se, por vezes, os objetos escapam ao controle prático do homem, jamais escapam ao imaginário" (Jean Baudrillard, O SISTEMA DOS OBJETOS) Fim do segundo milênio, d.C. Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo... Quinhentos anos depois de a... more
Se, por vezes, os objetos escapam ao controle prático do homem, jamais escapam ao imaginário" (Jean Baudrillard, O SISTEMA DOS OBJETOS) Fim do segundo milênio, d.C. Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo... Quinhentos anos depois de a Ciência Moderna ter garantido que a realidade é toda ela controlável pelo método indutivo, duzentos anos depois da Revolução Francesa iluminista-que elevou a razão humana ao estatuto de única instância reverenciável, ao mesmo tempo em que rebaixou ao nível de superstição obscurantista qualquer outra abordagem do real-, multidões congregam-se sucessivamente em monumentais estádios de futebol para exorcismos coletivos espetaculares. Sem dúvida alguma, um fato impressionante. Ainda mais para os observadores atentos, que sabem que somente há pouco mais de uma década é que começaram a formar-se estas multidões que procuram com paixão, em campos de futebol, cinemas, templos improvisados e ginásios de esportes, exorcismos e curas divinas oferecidos por pastores e missionários. Exorcismos que se repetem todos os dias, pelo menos três vezes ao dia, em centenas, talvez milhares, de galpões, praças e templos espalhados pelas periferias das cidades brasileiras.
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