Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                
Skip to main content
Gustavo Pedroso

Gustavo Pedroso

Unesp, Decspp, Faculty Member
O artigo busca discutir o conceito de indústria cultural através de uma abordagem em dois momentos. Em primeiro lugar recuperamos alguns elementos que parecem estar na origem das preocupações de Adorno com a indústria cultural: seu... more
O artigo busca discutir o conceito de indústria cultural através de uma abordagem em dois momentos. Em primeiro lugar recuperamos alguns elementos que parecem estar na origem das preocupações de Adorno com a indústria cultural: seu interesse pelo kitsch entre o final dos anos 1920 e o início dos anos 1930, seu debate com Benjamin a respeito do ensaio “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica” e sua experiência no Princeton Radio Research Project. A partir disso comentamos alguns pontos do capítulo da Dialética do esclarecimento intitulado “A indústria cultural: o esclarecimento como mistificação das massas” tendo em vista principalmente o seu sentido político-social deste conceito.
Todo autor de grande estatura e logo diminuido por antologistas. Para a maioria dos leitores que nao vao alem da antologia (ou, se vao, lembram-se apenas do que leram primeiro e nao podem se livrar da impressao de que este e o verdadeiro... more
Todo autor de grande estatura e logo diminuido por antologistas. Para a maioria dos leitores que nao vao alem da antologia (ou, se vao, lembram-se apenas do que leram primeiro e nao podem se livrar da impressao de que este e o verdadeiro nucleo do autor), os Sermoes de Donne sao uma vaga penumbra em torno da passagem sobre nenhum homem ser uma ilha e nao se perguntar por quem os sinos dobram, Dom Quixote e um longo epilogo a aventura dos moinhos e Proust se inclina para sempre sobre sua petite madeleine. Creio que T. S. Eliot disse certa vez que ficaria muito feliz se “Tradicao e talento individual” nunca mais fosse impresso, de modo que seus outros ensaios pudessem ter alguma chance de serem lidos. Montaigne, se estivesse vivo hoje, bem poderia dizer o mesmo sobre seu ensaio “Dos canibais”...
Trata-se de discutir o sentido filosófico da presença das citações nos Ensaios de Montaigne. Montaigne faz críticas à multiplicidade de comentários dos autores antigos, mas preenche seus ensaios com uma diversidade de citações destes... more
Trata-se de discutir o sentido filosófico da presença das citações nos Ensaios de Montaigne. Montaigne faz críticas à multiplicidade de comentários dos autores antigos, mas preenche seus ensaios com uma diversidade de citações destes mesmos autores. Jean Starobinski interpreta a presença destas citações como pautada pela ideia de independência. Tomando outra direção, procuramos mostrar como elas se vinculam a uma valorização do julgamento e da experiência.
Todo autor de grande estatura é logo diminuído por antologistas. Para a maioria dos leitores que não vão além da antologia (ou, se vão, lembram-se apenas do que leram primeiro e não podem se livrar da impressão de que este é o verdadeiro... more
Todo autor de grande estatura é logo diminuído por antologistas. Para a maioria dos leitores que não vão além da antologia (ou, se vão, lembram-se apenas do que leram primeiro e não podem se livrar da impressão de que este é o verdadeiro núcleo do autor), os Sermões de Donne são uma vaga penumbra em torno da passagem sobre nenhum homem ser uma ilha e não se perguntar por quem os sinos dobram, Dom Quixote é um longo epílogo à aventura dos moinhos e Proust se inclina para sempre sobre sua petite madeleine. Creio que T. S. Eliot disse certa vez que ficaria muito feliz se "Tradição e talento individual" nunca mais fosse impresso, de modo que seus outros ensaios pudessem ter alguma chance de serem lidos. Montaigne, se estivesse vivo hoje, bem poderia dizer o mesmo sobre seu ensaio "Dos canibais". Um resultado infeliz da frequente escolha deste ensaio para inclusão em antologias é que ele muitas vezes foi mal compreendido por ser lido fora de contexto. Como deve ser claro para qualquer um que leia o resto dos Ensaios, seu tema principal, apesar do título, não são os canibais, nem mesmo o paraíso nos Andes descrito na segunda parte do ensaio, mas sim como devemos julgar outras culturas-e a nós
Trata-se de discutir o sentido filosófico da presença das citações nos Ensaios de Montaigne. Montaigne faz críticas à multiplicidade de comentários dos autores antigos, mas preenche seus ensaios com uma diversidade de citações destes... more
Trata-se de discutir o sentido filosófico da presença das citações nos Ensaios de Montaigne. Montaigne faz críticas à multiplicidade de comentários dos autores antigos, mas preenche seus ensaios com uma diversidade de citações destes mesmos autores. Jean Starobinski interpreta a presença destas citações como pautada pela ideia de independência. Tomando outra direção, procuramos mostrar como elas se vinculam a uma valorização do julgamento e da experiência.
Segundo uma leitura bastante difundida, a Teoria Crítica desenvolvida no Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt sofreu uma mudança fundamental no início dos anos 40, mudança esta que teve como um de seus principais catalisadores a... more
Segundo uma leitura bastante difundida, a Teoria Crítica desenvolvida no Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt sofreu uma mudança fundamental no início dos anos 40, mudança esta que teve como um de seus principais catalisadores a interpretação do nazismo por Friedrich Pollock. O presente artigo questiona alguns aspectos desta leitura com base em textos de Horkheimer e Adorno, e procura apontar algumas outras possibilidades.