A T A S
colóquio internacional
ciências
sociais e
disrupções
globais
desafios, reposicionamentos e
possibilidades de novas respostas
ORGANIZADORES
CLÁUDIO FURTADO & CRISANTO BARROS
Ficha Técnica
Título
Atas do Colóquio Internacional “Ciências Sociais e
Disrupções Globais: Desafios, Reposicionamentos e
Possibilidades de Novas Respostas”
Organizadores
Cláudio Alves Furtado & Crisanto Avelino Barros
Design e
Paginação
Edson Carvalho | Gabinete de Comunicação e Imagem da
Uni-CV
Coordenação
editorial
DSDE - Maria Salomé Miranda
Edições Uni-CV
Campus do Palmarejo Grande
7943-010, Praia - Cabo Verde
C.P. 379C | Tel (+238) 334 0441
Email: edicoes@adm.unicv.edu.cv
ISBN
978-989-8707-94-9
Praia, 2024
Comissão Científica:
Adilson Semedo (Uni-CV, Cabo Verde)
Alcides Ramos (Uni-CV, Cabo Verde)
Andréa Lobo (UnB, Brasil)
Ângela Coutinho (IPRI-UNL, Portugal)
Antonieta Ortet (Uni-CV, Cabo Verde)
António Tavares de Jesus (Uni-CV, Cabo Verde)
Bruno Reis (UAL, Portugal)
Carla Carvalho (Uni-CV, Cabo Verde)
Carmelita Afonseca Silva (Uni-CV, Cabo Verde)
Celeste Monteiro Fortes (Uni-CV, Cabo Verde)
Claudio Furtado (Uni-CV, Cabo Verde)
Clementina Furtado (Uni-CV/CIGEF, Cabo Verde)
Crisanto Barros (Uni-CV, Cabo Verde)
Edalina Sanches (ICS-UL, Portugal)
Eufémia Vicente Rocha (Uni-CV, Cabo Verde)
Eurídice Monteiro (Uni-CV, Cabo Verde)
Iolanda Évora ( CeSA, ISEG, UL, Portugal)
Jacqueline Pólvora (UNILAB, Brasil)
João Paulo Madeira (Uni-CV, Cabo Verde)
José Carlos dos Anjos (UFRGS, Brasil)
Livio Sansone (UFBA, Brasil)
Maria Benedita Basto (Sorbonne, França)
Miriam Vieira (UNISINOS, Brasil);
Odair Varela (Uni-CV, Cabo Verde)
Pierre-Joseph Laurent (UCL, Bélgica)
Rozenn Diallo (IEP-UB, França)
Vladimir Silves Ferreira (Uni-CV, Cabo Verde)
Wilson Trajano (UnB, Brasil)
Comissão Organizadora:
Coordenação do Grupo Disciplinar de Ciências Sociais
Coordenação de Pós-Graduação em Ciências Sociais
ÍNDICE
8
INTRODUÇÃO GERAL
CONFERÊNCIA DE ABERTURA
11
Un long processus de créolisation: l´invention du Cabo Verde
Professor Dr. Pierre- Joseph Laurent
EIXO 1. CONTEXTO PANDÉMICO
37
Condutas fúnebres em Santiago no contexto de COVID-19
Arlindo Mendes
53
Avaliação das políticas de saúde mental na dimensão da atenção
à população em situação de rua no Município de Caucaia, Ceará,
Brasil: uma abordagem antropológica
Francisco Anderson Carvalho de Lima
Alcides Fernando Gussi
73
Narrativas em sons e cores: música popular e artes visuais
urbanas durante a pandemia de COVID-19 em Cabo Verde
Juliana Braz Dias (UnB)
Carlos Santos (Uni-CV)
EIXO 2. TURISMO, CULTURA E PATRIMÓNIO
94
Pesca e conservação - as múltiplas apropriações da Baía do
Inferno e os desafios da governança colaborativa do PNBIMA.
Adilson Filomeno Carvalho Semedo
Cientista Social/Sociólogo
114
Turismo e experiência da natureza: sentidos e sensibilidades
entre corpo, ambiente e consciência na gestão do turismo em
duas cidades brasileiras.
Adimilson Renato da Silva
André Luiz da Silva
151
Turismo, economia da cultura e desenvolvimento local:
em debate o território da Serra da Mantiqueira, Sul de Minas
Gerais-Brasil
Carlos Alberto Máximo Pimenta
Francis Lázaro Júnior
Mariana Sayad de Sousa Bustamante
Adilson da Silva Mello
166
No encalço do estatuto simbólico de Tarrafal e das iniciativas de
sua patrimonialização em Cabo Verde.
Crisanto Barros e Jean Michel Chaumont
184
Intimités publiques ? Musiques d’un quartier de la ville de
Praia.// Intimidades públicas ? Músicas de um bairro da cidade
da Praia.
Guy Massart
207
A praia e o sertão: a teritorialização do turismo em Ubatuba,
litoral norte do Estado de São Paulo, Brasil
José Rogério Lopes
André Luiz da Silva
234
Batay cok : une tradition culturelle à l’Ile de La Réunion
Julia LAUREAU
244
O quilombo dos Machado e a pedagogia da ginga: deslocamentos
em busca da vida - uma introdução
Patrícia Gonçalves Pereira
263
Percepções etnográficas sobre os empreendimentos
patrimoniais e turísticos entre os Rabelados do Espinho Branco
Rodrigo Marques Leistner
288
Itinerários turísticos histórico-culturais. Rota das revoltas de
Santa Catarina de Santiago: 200 anos da Revolta dos Engenhos
Samuel Varela Spínola
307
Os desafios da etnografia em contexto de desenvolvimento
Evandra Moreira
EIXO 3. ESTADO, DEMOCRACIA, PARTIDOS E RELAÇÕES
INTERNACIONAIS
318
São Tomé e Príncipe: disrupção e crise na justiça e na política
Augusto Nascimento
341
Personalismo difuso e contingente: lideranças políticas caboverdianas no pós-independência
379
Afinal, Psicologia ou Psicologias? A Psicologia Ensinada nas
Escolas Africanas: notas sobre Cabo Verde
Euclides Fernandes Correia
392
Os reflexos das ambivalências político-identitárias na Política
Externa Cabo-verdiana. Entre a retórica de Djan Branku Dja e o
pragmatismo de Undi Da Ki Panha
Odair Barros-Varela
EIXO 4. GÉNERO, FEMINIMOS E DIVERSIDADE
423
Medidas de confinamento social obrigatório em contexto da
pandemia do COVID-19 e seus efeitos na (re)configuração das
relações de género e poder na família em Cabo Verde
Carmelita Silva e Janilsa Gonçalves
449
Pré-pós quilombola - turma João Surá: um exercício
intercultural?
Carolina dos Anjos de Borba
469
Interseccionalidade nos estudos de género, raça e sexualidades
na CPLP: diálogos urgentes no panorama das disrupções globais
Clementina Furtado,
Conceição Nogueira
& Liliana Rodrigues
497
“Ouvir quem nunca é ouvido:” A história agrária do Tarrafal de
Monte Trigo por vozes femininas - uma etnografia no interior da
ilha de Santo Antão, Cabo Verde
José Silva Évora
512
Mulher, revolução e independência em Moçambique (Séc. XX)
Olga Iglésias Neves
528
Representação política das mulheres e os mecanismos
institucionais para a correção da disparidade de género na
política.
Lenira Mendes Monteiro Gonçalves
EIXO 5. MOBILIDADE E TRÂNSITOS MIGRATÓRIOS
548
Levar/mandar/reencontrar: dinâmicas de laços familiares.
Análise a partir do lugar da casa (Santo Antão, Cabo Verde)
Elisabeth Defreyne.
561
Construindo casas, tecendo laços. Espaços, relações e
pertencimentos em Cabo Verde
Andréa LOBO
CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO
577
Traços de antinegritude em Cabo Verde
José Carlos Gomes dos Anjos & Eufémia Vicente Rocha
603
NOTAS BIOGRÁFICAS
Atas do Colóquio Internacional | Ciências Sociais e Disrupções Globais
Batay cok : une tradition culturelle à l’Ile de
La Réunion
Julia LAUREAU
Université Catholique de Louvain
Laboratoire d’Anthropologie Prospective
Chaire Anthropologie de l’Europe contemporaine
Aspirant FNRS - FRESH
Parce qu’elle témoigne d’un rapport particulier entre l’homme et l’animal
au sein d’une culture créole, la tradition des batay cok à l’Ile de La Réunion
constitue un objet anthropologique riche d’enseignements. Le combat de
coqs a largement été traité dans la littérature scientifique, à commencer par
Clifford Geertz dans son célèbre essai sur la pratique balinaise70. Concernant
le territoire français, on trouve des travaux sur les combats de coqs pratiqués
dans le Nord 71, en Martinique72 ou encore à Tahiti73, mais rien sur le cas
réunionnais auquel j’ai alors souhaité m’intéresser.
Mon propos se base sur deux entretiens avec des coqueleurs réunionnais74,
Patrick et Jacques, des recherches menées en ligne et sur des références aux
travaux de Clifford Geertz, Marie Cegarra, et Alan Dundes en lien avec
70.
71.
72.
73.
74.
Geertz, Clifford. (1980). Jeu d’enfer. Notes sur le combat de coqs balinais. Le Débat,
vol. 7, no. 7, pp. 86-146.
Cegarra, Marie et Pierrard ,Pierre,. (1992). Les Fils du sang: Coqs combattants du
Nord.
Affergan,, Francis. (1994). Zooanthropology of the Cockfight in Martinique. In Dundes,
Alan, (Ed.) The Cockfight: A Casebook. Univ of Wisconsin Press.
Nordhoff, Charles and Hall, James Norman. (1994). A Cockfight in Tahiti. In Dundes,
Alan (Ed.) The Cockfight: A Casebook. Univ of Wisconsin Press.
Les entretiens ont été menés en créole puis retranscrits en français.
234
Atas do Colóquio Internacional | Ciências Sociais e Disrupções Globais
mes observations75. Je consacrerai une première partie à la description
de la pratique et à la relation homme/coq. Dans une deuxième partie, je
m’intéresserai à ce qui se joue en amont et autour des combats de coqs. Je
traiterai enfin dans une troisième partie du débat que suscite la pratique,
entre souffrance animale et défense du patrimoine créole.
Les combats de coqs réunionnais
On ne connaît pas exactement l’origine des combats de coqs à La
Réunion. Selon une première hypothèse, ceux-ci auraient été importés
par les esclaves venus de Madagascar ou les travailleurs indiens et chinois
au moment de l’Engagisme (deuxième moitié du XIXème siècle). Selon
une deuxième, les premiers pirates de l’Océan Indien, qui s’ennuyaient
une fois à terre poussaient également les coqs à se battre pour leur propre
divertissement.
A La Réunion, les combats se font à l’ergo naturel et ne sont jamais
mortels. On parle alors de « combats d’endurance ». On dénombre cinq
gallodromes officiels (disposant d’une autorisation préfectorale) sur l’île.
Ceux-ci peuvent accueillir entre 400 et 600 personnes réunies autour
d’un carré de terre battue de 5 mètres de côté faisant office d’arène. Un
championnat local se déroule d’octobre à mars. Historiquement celuici avait plutôt lieu de juillet à décembre, au moment des campagnes
sucrières, lorsque « les gens avaient de l’argent et voulaient aussi décompresser
», m’explique Patrick. On trouve cependant de nombreux ronds informels
sur tout le territoire, parfois même directement chez l’habitant. Des duels
illégaux mais tolérés sont alors organisés en misouk76. La pratique possède
des règles strictes et est encadrée par un arbitre. Les coqueleurs se retrouvent
généralement l’après-midi, à partir de 14h, pour chercher un adversaire.
Les coqs sélectionnés pour le combat, dits cok l’espèce, sont répartis en
différentes catégories selon leur poids : le ti cok (moins de 3kg), le cok si lèv
(de 3 à 3,5 kg), et le poi lourd (plus de 3,5 kg). On compare également leur
75.
76.
Étude menée dans le cadre du cours « Anthropologie des bêtes à pensées »
(LANTR2010) de Frédéric Laugrand en décembre 2020, Université Catholique de
Louvain, Belgique.
En cachette, à l’abri des regards.
235
Atas do Colóquio Internacional | Ciências Sociais e Disrupções Globais
hauteur et leurs ergots de sorte que le combat soit équitable. Les coqueleurs
se mettent ensuite d’accord sur le montant de la mise (on fé larzan). En
cas de négociation difficile, ils peuvent faire appel à leurs camarades pour
avoir leur avis, savoir si le pari vaut le coup ou non. Une fois décidés, les
adversaires vont voir l’arbitre pour inscrire le combat et lui confier l’argent
que celui-ci met dans sa poche. Il s’agit de garantir la tenue du combat, pour
que les participants ne se défilent pas et que le rond maintienne bien son
activité et sa réputation. Cegarra note à ce sujet : « l’honnêteté rigoureuse
qui règne dans l’enceinte du gallodrome à propos de l’argent est à la fois un
idéal et une nécessité, au sens où elle assure la pérennité du jeu »77. Cela fait,
chacun attend son tour.
Avant que ne démarre le combat, on pose les deux coqs à terre l’un
en face de l’autre pendant cinq minutes. Les coqs ne sont pas forcés à
se battre, ils doivent instinctivement en avoir envie. Ces cinq minutes de
« croisement » ou de « provocation » vont alors déterminer la motivation des
coqs à se battre. Si au bout du temps imparti le combat ne prend pas, il est
annulé. Autrement, on « va à l’eau » pendant une minute (les propriétaires
des coqs rafraichissent leur animal en les mouillant avec un chiffon) et le
combat peut commencer. Celui-ci se déroule en plusieurs rounds et dure
maximum deux heures. Est vaincu le coq qui refuse le combat, qui s’enfuit
trois fois hors du rond, ou qui est blessé et ne peut plus se relever. Si au bout
des deux heures on ne parvient pas à départager les coqs, l’arbitre déclare
le match nul et les coqueleurs récupèrent leur argent. Patrick explique ici
que « pour ne pas perdre trop d’argent, si tu vois que tu vas perdre, que l’autre
coq prend l’ascendant, tu as le droit de payer une partie de la somme misée à
l’adversaire et de mettre fin au combat. S’il refuse, tu peux aussi payer la totalité
de la mise et arrêter le combat pour éviter de fatiguer le coq ». En cas de défaite,
« le coq ne finit pas forcément à la marmite » raconte Jacques. « Tout dépend
de comment il a perdu. S’il n’a pas combattu dignement oui, en général, c’est la
marmite. Mais il arrive que le coq ne soit tout simplement pas en forme, alors
on préfère le garder, lui refaire une santé et reprendre les entraînements plus tard.
Sinon, il sert de reproducteur pour les futures générations ». La carrière d’un
77.
Marie Cegarra, « Les coqs combattants ». Terrain, vol. n°10, pp. 51-62, 1988
236
Atas do Colóquio Internacional | Ciências Sociais e Disrupções Globais
coq de combat peut aller jusqu’à cinq ans (sur dix ans de vie en moyenne)
avant de devenir reproducteur.
Il existe plusieurs styles de combat selon la race du coq : le « défileur », qui
use physiquement son adversaire en faisant le tour du rond, le « tourneur »
qui tourne autour de son adversaire pour l’épuiser avant d’attaquer, le «
croiseur », qui emploie la technique du serpent en essayant de frapper le
flanc, le « cogneur », qui attaque de face, ou encore le « déculeur », qui
frappe en reculant. Les coqueleurs réunionnais ramènent ainsi des coqs des
quatre coins du monde en fonction des caractéristiques qu’ils recherchent.
Le coq japonais « Shamo » est par exemple réputé pour sa frappe, le coq
thaïlandais « Makino » pour son endurance, le coq espagnol pour sa vitesse.
Pour donner naissance à un champion, la génétique est essentielle, d’où
l’intérêt du croisement d’espèce. Autant Patrick que Jacques insistent, en ce
sens, sur l’importance de la sélection et de l’élevage des coqs.
En théorie, les combats de coqs sont ouverts à tous, tant au niveau du
public que des participants. On remarque en pratique qu’il s’agit d’un milieu
essentiellement masculin. Toutes les générations et ethnies sont représentées (à
l’exception peut-être des Zoreils78), mais très peu de femmes. D’après Jacques,
« c’est plus pour les hommes que pour les femmes parce qu’il y a beaucoup de mecs
dans le rond et souvent alcoolisés. Il peut arriver qu’il y ait des dérapages, jamais
rien de méchant, mais les femmes évitent de venir ». Les femmes seraient aussi
plus sensibles à la question de la cruauté et de la violence des combats de
coqs, et n’aimeraient pas voir leur mari dilapider l’argent du ménage de cette
manière. La pratique s’ouvre toutefois de plus en plus à celles-ci. L’association
Coq pas nous, qui cherche à promouvoir ce patrimoine culturel, est par exemple
présidée par une femme : Françoise Fontalba.
Le caractère masculin du combat de coqs n’est pas anodin. Il s’opère une
véritable identification du propriétaire du coq avec son oiseau : « quand tu
mets ton coq dans l’arène, c’est toi qui combats, totalement. Tu ne fais qu’un avec
ton coq, quand il se prend des coups, tu compatis », témoigne Patrick. Cegarra
développe en ce sens : « l’identification homme/animal apparaît clairement
lorsque le coqueleur présente son coq au parc et suit le déroulement du
combat. Concentré sur chaque passe, il effectue alors des mouvements
78.
Nom donné aux Blancs métropolitains, européens.
237
Atas do Colóquio Internacional | Ciências Sociais e Disrupções Globais
de tout le corps correspondant étroitement aux joutes auxquelles le coq
participe. Par des mouvements d’épaules, des avancées rapides ou de
brusques reculs, des rictus d’acharnement ou de douleur, le coqueleur mime
son combattant. Isolé du contexte extérieur, il se fond littéralement dans le
coq qui combat. Il se produit une complète osmose : le coqueleur devient
le coq et se bat en même temps que lui ». J’ai aussi observé sur Facebook
que les profils des coqueleurs sont remplis de photos et de vidéos de leurs
volailles. Leur photo de profil, par laquelle on les reconnaît sur le réseau, est
aussi presque systématiquement une photo de coq.
Le coq renvoie à la fierté et à la virilité pour les coqueleurs. Patrick
m’indique que « nous créoles, on a tendance à utiliser les animaux comme une
référence. Le coq a une symbolique pour qualifier notre capacité à être fort !
L’égo règne là-dedans […] On dit souvent, ce mec là c’est un coq ! Et en disant
ça, on accorde un certain respect ». Geertz relève ainsi que « les coqs sont
des symboles masculins par excellence », « psychologiquement, les hommes
s’identifient profondément à leurs coqs » et de fait « c’est en apparence
seulement que des coqs se battent ici. En réalité, ce sont des hommes ».
En lien avec l’analyse de Dundes79 sur la dimension phallique des combats
de coq, je remarque aussi qu’en créole réunionnais, « faire l’amour » (ou
plus vulgairement « baiser ») se dit coker et que les coqueleurs développent
un rapport intime avec leur coq. Comme l’explique Cegarra, « le coq est
présent à chaque instant dans l’existence du coqueleur : celui-ci ‘‘vit pour
ces coqs’’, il ‘‘ne pense qu’à ça’’ » – ce que me confirme Patrick en m’avouant
qu’« un coqueleur passe plus de temps avec sa volaille qu’avec sa femme ! ».
Au-delà du combat : relation homme-coq et dimension
sociale de la pratique
« Il y a la partie combat, mais le vrai plaisir c’est tout ce qu’il y a avant », me
dit Jacques. Les coqueleurs sont en effet surtout des éleveurs. Ils commencent
par choisir des reproducteurs. Cette sélection donne lieu à un commerce
important, certains champions se vendant à plusieurs milliers d’euros. Un
bon coq est généralement le fruit d’une reproduction entre un combattant
79.
Dundes, Alan. (1994). The Cockfight: A Casebook. Univ of Wisconsin Press.
238
Atas do Colóquio Internacional | Ciências Sociais e Disrupções Globais
et la « sœur » ou la « fille » d’un autre combattant. Vient ensuite le moment
du repérage. A partir de sept / huit mois, le poussin est isolé dans un cageot
car il commence à développer son instinct agressif, m’explique Patrick. On
va alors le tester en le confrontant à un coq du même gabarit pour voir
comment il se comporte. Les ergots des deux coqs sont protégés, recouverts
d’un capuchon ou d’un tissu, pour éviter les blessures. On fait trois ou
quatre petits « galops », durant lesquels on laisse les coqs « jouer » entre dix
et vingt minutes. Si le coq a du potentiel, il poursuivra un entraînement et
un régime alimentaire rigoureux, autrement il finira en cari 80.
Considérés comme de véritables athlètes, les coqs alternent séances de
musculation et moments de bichonnage. Patrick me confie avoir différentes
techniques d’entraînement, « par exemple on va faire courir le coq dans une
grosse roue comme les hamsters, ou bien on le met dans un grand parc pour
qu’il marche ». J’ai également lu qu’on pouvait lancer l’animal en l’air pour
muscler ses ailes, le faire dormir sur un perchoir pour muscler ses cuisses.
« C’est une histoire de sélection et d’entraînement, comme tout sportif […] Pour
moi le coq, c’est comme un boxeur professionnel ». Les coqueleurs sont alors
au petit soin pour leurs coqs. « Un coq maltraité ne peut pas gagner. Tous les
jours on les nourrit, on leur donne à boire, on les nettoie. On les vaccine contre la
grippe et on les traite pour toutes les maladies possibles », raconte Patrick. « On
va leur préparer des oignons, de l’ail, du persil pour la circulation sanguine. On
va leur donner des vitamines, les purger, leur faire des tisanes (souvent à base
de Rhum) […] On va les coiffer, leur couper les plumes, brosser leur peau pour
qu’elle devienne rouge (ça va le rendre intimidant pour l’adversaire). Il faut
aussi faire attention au bec, tout est très minutieux », m’apprend Jacques.
Interrogés sur un éventuel dopage des coqs, mes interlocuteurs
m’expliquent qu’au niveau de l’élevage, il n’existe aucune réglementation.
Certains coqueleurs utilisent parfois des produits destinés aux cabris sur
leurs coqs, d’autres des infusions de cannabis pour les booster avant le
combat, mais cela reste marginal. Ce qui prime, c’est la passion, « même
si un combat gagné ça fait toujours un billet de plus dans la poche ». En
effectuant mes recherches, j’ai été frappée par la multitude de blogs, forums,
sur lesquels les coqueleurs réunionnais échangent. Patrick me raconte que
80.
Le cari est un plat local.
239
Atas do Colóquio Internacional | Ciências Sociais e Disrupções Globais
lui et ses amis coqueleurs se rendent souvent visite pour voir leurs oiseaux
respectifs, dont ils sont très fiers, ou s’entraider. En dehors des combats, les
batayèr de cok sont ainsi des passionnés qui se rassemblent pour échanger des
conseils et partager des histoires (qui durent souvent bien plus longtemps
que les combats). Cegarra rapporte à ce propos que « les coqs rapprochent
les hommes. En effet, l’observation décèle des éléments constitutifs d’une
véritable parenté, dont les représentations manifestes se situent dans une
logique économique de dons - contre-dons. Solidaire de ses partenaires à
l’intérieur d’une même société, le coqueleur rend de multiples services ».
Dans cette perspective, selon Patrick, « le combat de coqs a un aspect
social très important. Ça permet aux gens de se retrouver, de s’exprimer, d’évacuer
le stress, de crier, ou de danser s’ils en ont envie ! […] c’est l’ambiance camarade,
on se retrouve le vendredi, le samedi, le dimanche, c’est comme quand on va
au foot ». Un avis que partage Jacques : « Dans le rond c’est le bordel, ça
crie, ça moukate81, c’est une ambiance cool ! Y’a aussi l’apéro, une restauration
sur place, c’est un moment de partage ». Ce sont effectivement des moments
incroyables, où les cris du public et des coqueleurs se mêlent au bruit des
oiseaux en lutte. Mais l’aspect social du combat de coqs ne se réduit pas à sa
convivialité et à sa festivité. Patrick m’explique que c’est aussi un moyen de
réussir socialement car, en plus des gains, la réputation de chacun qui est en
jeu : « les hiérarchies sociales ne comptent pas dans les combats de coq, on est tous
égaux. Ceux qu’on va considérer ce sont les bons, ceux qui se font remarquer. Il
y a les grands noms des combats de coqs. Ce sont des légendes, on parle d’eux, on
les admire, on a beaucoup de respect pour eux. Et donc chacun rêve un peu d’être
le roi coq. On est à la recherche de cette fierté-là, de cette reconnaissance dans
la société ». Geertz pointe également cet élément chez les Balinais : « Dans
les parties sérieuses, il y a beaucoup plus que du gain matériel : à savoir de
l’estime, de l’honneur, de la dignité, du respect ».
Mais paradoxalement, les combats de coq ne sont pas si bien perçus
dans la société réunionnaise. Cette réussite sociale apparaît davantage
cantonnée à la communauté des coqueleurs. Interrogé sur cette ambiguïté
et sur la faible visibilité et publicité autour des combats de coqs, Patrick
me dit : « Il y a des bonnes et des mauvaises pratiques, surtout quand il y a des
81.
Traduction : se moquer, se charrier
240
Atas do Colóquio Internacional | Ciências Sociais e Disrupções Globais
jeux d’argent. Mais c’est notre culture […] si on arrêtait les combats de coq,
on se retrouverait dans des situations sociales compliquées. […] Mon oncle m’a
toujours dit que le combat de coqs c’était un métier de voleur, dans le sens où
on gagne de l’argent facilement et que cet argent n’est pas déclaré. Pour moi, les
combats de coq reflètent notre société réunionnaise, on dit de nous qu’on ne sait
rien faire mais en réalité c’est du potentiel non exploité. Les bons coqueleurs sont
des gens malins […] Après il faut avouer que c’est un monde assez fermé. On
n’aime pas trop dire combien on mise et ce qu’on fait, parce qu’il y en a qui vont
gagner 10 à 15 000 euros par soirée. On ne cherche pas à ce que ce soit montré
au grand jour, on ne veut pas être trop réglementés non plus. C’est aussi ça qui
fait le charme du combat de coqs, on est un cercle de coqueleurs, on reste entre
nous ». Dès lors, comme le fait remarquer Cegarra, « le secret est un élément
caractérisant la communauté des coqueleurs […] L’opacité du secret, c’est
aussi cette clôture qui maintient dehors le non-initié et sépare ce groupe de
l’ensemble du corps social ».
Il est important de souligner à cet égard le caractère familial, hérité,
transmis, de la pratique. « Je suis tombé là-dedans quand j’avais sept ans, avec
mes cousins et mes oncles. C’est quelque chose de familial », me raconte Patrick.
Quant à Jacques : « J’ai commencé avec mon grand-père. Mon père pratiquait
aussi le combat de coqs mais c’est surtout moi qui me suis passionné pour ça.
Quand je sortais du collège, je voyais toujours un monsieur sur le bord de la
route, avec des coqs. En regardant les combats, j’y ai pris goût. Il faut dire aussi
que comme tout bon créole, j’avais déjà un coq à la maison, donc ce n’est pas un
hasard, c’est parti de là ».
Maltraitance animale VS défense du patrimoine créole
Au nom d’une « tradition locale ininterrompue », les combats de coqs à
La Réunion sont autorisés par la loi du 8 juillet 1964. La pratique bénéficie
d’un statut d’exception à l’article 521-1 du code pénal (qui réprime les
sévices et actes de cruauté envers les animaux) sous couvert de l’interdiction
d’ouvrir de nouveaux gallodromes. Cette interdiction serait justifiée par la
volonté du législateur d’instaurer une exception culturelle momentanée,
c’est-à-dire tant qu’ils subsisteront dans les régions où ils sont déjà implantés.
Il s’agirait de déboucher à terme sur l’extinction de cette pratique.
241
Atas do Colóquio Internacional | Ciências Sociais e Disrupções Globais
Le juriste Xavier Perrot82, qui retrace l’évolution de l’encadrement
juridique des combats de coqs en France, explique qu’à l’origine de la
répression de la pratique (dès le XIIIème siècle) se trouve une volonté
de moraliser les rapports hommes/animaux. Voyant dans ces combats «
l’apprentissage de la cruauté », on considère notamment que « ces luttes
doivent être proscrites comme un spectacle révoltant qui familiarise
l’homme avec la vue du sang, et fait germer jusque dans le cœur de l’enfant
des habitudes de cruauté qui influent plus tard sur sa destinée » . Ce sont
la question de la sportivité des combats de coqs, la thèse de la tradition, les
enjeux socio-économiques et politiques autour de la pratique, ainsi que la
persistance des combats malgré les interdits, qui conduiront progressivement
aux adaptations législatives que nous connaissons aujourd’hui.
Toutefois, les combats de coqs sont régulièrement dénoncés par les
défenseurs de la cause animale. A tort, selon les coqueleurs que j’ai interrogés.
Tous deux argumentent premièrement sur l’instinct agressif du coq : « on
ne force pas le coq à se battre, c’est naturel pour lui. C’est le coq qui a envie de
combattre, ça dépend de lui, donc pas de souffrance à ce niveau ». D’autant
plus que dans la pratique réunionnaise, les combats ne sont pas mortels et
les ergots des coqs ne sont pas armés. Deuxièmement, pour Jacques, « les
coqs de combats sont mieux traités que les poules pondeuses élevées en batteries
qui ne voient jamais le soleil », et ceux qui les critiquent le font « parce qu’ils n’y
connaissent rien ». Il ajoute par exemple que si à la suite d’un combat « la patte
du coq gonfle, on va lui mettre de la crème trois fois par jour ; si le coq n’a plus
de bec, on va le nourrir grain par grain. Et tout ça tous les jours pendant un
mois parfois ! ». Patrick le rejoint : « Le coq c’est comme nout marmay83 ! Je suis
souvent confronté à ce genre de débat, et ce que je dis c’est qu’un chien enfermé
dans un appartement n’est pas mieux traité qu’un coq soigné par un coqueleur.
Au contraire, je me demande si le chien n’est pas plus maltraité ! ».
Ce dernier insiste par ailleurs sur l’aspect culturel et identitaire des batay
cok : « c’est aussi une passion pour notre culture, notre patrimoine, nout manièr
comme on dit, pour les particularités de notre société créole […] s’il faut renier le
82.
83.
Xavier Perrot, « L’athlète des gallodromes Le coq de combat animal domestique et de
compétition », Revue semestrielle de droit animalier, 2/2012.
Notre enfant
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Atas do Colóquio Internacional | Ciências Sociais e Disrupções Globais
combat de coqs, alors il faut renier le Maloya84. Ce sont deux pratiques qu’on a
héritées de nos ancêtres, au même titre. Mais on considère que le combat de coqs
est moins digne à cause de cette histoire de souffrance animale ». Cegarra évoque
en ce sens que « la perpétuation des combats de coqs est la marque d’une
identité qui a été fortement entamée par les bouleversements régionaux
». J’ajouterais que cela est d’autant plus important dans un contexte
postcolonial, comme c’est le cas à l’Ile de La Réunion. A ce propos, la
comparaison avec le Maloya est revenue plusieurs fois dans la conversation
que j’ai eue avec Patrick. « C’est un peu comme le Maloya au début, on fait ça
en cachette parce qu’on a honte, parce que les gens parlent et qu’on ne veut pas
être jugés, mais on ne devrait pas […] y’a du bon et du mauvais à ne pas crier
sur tous les toits qu’on pratique le combat de coq. Si on n’en parle pas, on risque
d’être oubliés avec le temps ».
Conclusion
En dépit de leur réputation et de leur relation ambiguë à la légalité, les batay
cok constituent une tradition culturelle à part entière et précisément codifiée
à La Réunion. Entre passion, appât du gain et réputation sociale, la pratique
témoigne d’un rapport particulier entre l’homme et l’animal qui semblent ne
faire qu’un. Que ce soit en termes d’enjeux ou de symboliques, elle ne se
limite pas au combat. L’élevage des coqs, l’appartenance à une communauté
et la défense du patrimoine créole sont autant d’éléments à considérer pour
comprendre ce qui s’y joue. Enfin, bien que les coqueleurs soignent leurs
volailles comme un membre de leur famille, leur activité continue de faire
débat pour la violence et la souffrance qu’elle engendre. La méfiance s’associe
de fait toujours à la fierté pour ces passionnés de gallinacés.
84.
Le Maloya est un type de musique, de chant et de danse traditionnel de La Réunion,
hérité des esclaves qui le pratiquaient pour exister et résister à l’oppresseur. Il est
prohibé par l’administration française en 1950 pour tenter d’enrayer des expressions
culturelles qui pourraient faire grandir l’idée d’une indépendance postcoloniale.
Jusqu’en 1976 il se pratique alors de manière clandestine. Le Maloya est aujourd’hui
classé par l’UNESCO au Patrimoine culturel immatériel de l’humanité et fait partie
intégrante de l’identité réunionnaise.
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