A CONSTRUÇÃO DO CATÁLOGO ONLINE DAS RESOLUÇÕES DO REITOR
Franciele Simon Carpes
Daniel Flores
RESUMO
Este artigo apresenta um estudo sobre descrição e a difusão das resoluções do Reitor da
Universidade Federal de Santa Maria - UFSM. Estes documentos estavam acessíveis apenas
em suporte papel. A disponibilização destes, utilizando-se de ferramentas tecnológicas, permite
melhor acesso a este acervo. Neste contexto, o objetivo do estudo consistiu na descrição do
patrimônio documental do Gabinete do Reitor, da UFSM, a fim de difundir os seus atos legais
e normativos. O método de investigação escolhido é o estudo de caso, como instrumentos de
coleta de dados foram utilizadas a observação e a análise documental. Para realizar a descrição
foi estabelecido o quadro de padrões, normas e metadados para o desenvolvimento da
descrição e elaboração do instrumento online. Esse quadro foi implementado no sistema
eletrônico da Universidade (SIE). O acervo foi digitalizado e descrito conforme a Norma
Brasileira de Descrição Arquivística – NOBRADE. Posteriormente, publicou-se o instrumento
online: um catálogo das Resoluções do Reitor. Por ser online, o instrumento possibilitou maior
acesso e auxilia na preservação do original, pois evita o seu manuseio. Assim, a pesquisa
contribuiu para os estudos quanto à descrição, o emprego de suas normas, e a utilização da
tecnologia da informação para disponibilizar o resultado desta descrição.
PALAVRAS-CHAVE: Patrimônio Documental. Arquivologia. Descrição Arquivística.
Acesso.
ABSTRACT
This article presents a study on description and dissemination of resolutions of the Dean of the
Universidade Federal de Santa Maria - UFSM. These documents were available only on paper.
The availability of these, using technological tools, allows better access to this collection. In this
context, the aim of the study was the description of the documentary heritage of the Dean’s
Office, from UFSM, in order to spread their legal and normative acts. The research method
chosen is a case study, asan instruments of data collection were used observation and document
analysis. To accomplish the description, it was established a framework of standards, norms and
metadata for the development ofdescription and preparation of the online tool. This framework
was implemented in the electronic system of the University (SIE). The collection has been
scanning and described according to Brazilian Standard Archival Description - NOBRADE.
Subsequently, the instrument was published online: a catalog of the Dean’s Resolutions. Being
online, the instrument allowed greater access and assists in the preservation of the original, as it
avoids handling. Thus, the research has contributed to studies on the description, the use of its
standards, and the use of information technology to provide the results of this description.
KEYWORDS: Documentary Heritage. Archives Administration. Archival Description. Access.
INTRODUÇÃO
A memória é um elemento primordial no funcionamento das instituições. Mas,
como destaca Matos (2004), a memória institucional raramente tem sido percebida e
compreendida como informação estratégica dotada de real valor decisório para as
atividades da gestão universitária. Neste sentido, a comunidade universitária precisa
buscar alternativas para preservar a memória institucional, bem como utilizá-la nas suas
atividades de ensino, pesquisa e extensão.
A arquivologia se ocupa das funções e utilização dos arquivos, dessa forma,
está intrinsecamente relacionada ao conceito de memória. Para Jardim (1995) a
associação entre arquivos e memória é recorrente no pensamento e nas práticas
arquivísticas. Rousseau e Couture (1998), no primeiro capítulo de sua clássica obra
também remetem a relação entre arquivologia e memória.
Somente a partir da década de noventa é que os arquivos universitários
começaram a ser objeto de estudo na arquivística, e compreendidos como custodiadores
da memória institucional. Os arquivos das universidades têm sob sua guarda
documentos essenciais criados no decorrer das atividades de ensino, pesquisa e
extensão. Esses documentos são testemunho da memória da instituição, podendo ser
fonte de pesquisa para alunos, professores, historiadores, pesquisadores, entre outros.
Constituem, portanto, parte do patrimônio cultural da sociedade. Neste sentido, o
arquivo universitário é custodiador da memória institucional. Para Nascimento (2012) o
debate e as ações em torno da preservação da memória do ensino superior no Brasil
ainda são tímidos e é notável a ausência de políticas sistematáticas voltadas para a
guarda dos arquivos permanentes produzidos nas universidades.
No caso da Universidade Federal de Santa Maria, instituição cinquentenária,
diversas ações vêm sendo desenvolvidas com o objetivo de preservar o patrimônio
documental da instituição. O responsável por essas ações é o Departamento de Arquivo
Geral – DAG. O DAG, juntamente com o Gabinete do Reitor, está desenvolvendo um
projeto a fim de preservar o seu patrimônio documental. No decorrer deste projeto,
sentiu-se a necessidade de maior difusão do acervo do Gabinete do Reitor,
principalmente os documentos decorrentes dos atos legais e normativos, para que mais
usuários tenham acesso a essa documentação. Nas reflexões acerca desta necessidade,
surgiu a intenção de utilizar o Sistema de Informações para o Ensino – SIE como
ferramenta para proporcionar maior e melhor acesso ao patrimônio documental da
Universidade. Algumas ações neste sentido vêm sendo implementadas desde o início de
2010. Assim, partindo desta necessidade prática o resultado desta pesquisa consiste na
publicação de um instrumento online de descrição arquivística, neste estudo um
catálogo das resoluções do Reitor da UFSM.
ARQUIVO UNIVERSITÁRIO E A MEMÓRIA DA UNIVERSIDADE
O conceito de memória ainda é muito discutido, e vêm se modificando no
decorrer da história da humanidade. Na perspectiva de Halbwachs (2006) a memória
pode ser entendida como sistemas estáticos e coerentes de acepções e valores que
permitem manter e solidificar laços existentes entre os membros de um grupo, material
e mentalmente identificado no espaço e no tempo. Para Lowenthal (1989 apud
JARDIM, 1995), a memória, ao contrário da história, não é um conhecimento
intencionalmente produzido, é subjetiva e, como tal, um guia para o passado,
transmissor de experiência. Sua primeira função “não é preservar o passado, mas
adaptá-lo, enriquecendo e manejando o presente” (JARDIM, 1995, p. 194, tradução do
autor). A memória é, por conseguinte, processo e leitura do passado no presente.
Os arquivos são, portanto, parte significativa da construção da memória. Para
Robert (apud JARDIM, 1995) os arquivos constituem a memória de uma organização
qualquer que seja a sociedade, uma coletividade, uma empresa ou uma instituição, com
vistas a harmonizar seu funcionamento e gerar seu futuro. Eles existem porque há
necessidade de uma memória registrada. Pierre Nora (1993) também apresenta o
arquivo como “lugar da memória”, ao afirmar o saber e a memória nacional estão
preservados nos museus, nos livros, nas obras de arte, nos monumentos e nos arquivos.
Para Bellotto (2006) a memória é constituída pela matéria documental em
estado bruto que precisa ser trabalhada pelo historiador. Portanto, para a autora, no
campo da documentação, a memória chega a ser uma abstração, gerada por elementos
concretos que na verdade, constituem-se em dados a serem trabalhados. Dessa forma, o
documento em si não é memória, mas é o elemento que permite a sua constituição.
Evidencia-se, assim, que o arquivo é um local significativo para a construção da
memória.
Um arquivo universitário é formado pela acumulação dos documentos gerados
e/ou reunidos por instituições universitárias, públicas ou privadas, durante o seu ciclo de
vida (BOSO, SOUZA, CISNE, 2007). Segundo Bellotto (1989 apud OHIRA, et al.,
2004), resultam da acumulação de documentos gerados/reunidos por instituições
públicas ou privadas no exercício das funções que comprovam sua existência, e são
conservados enquanto vigentes, por razões administrativas e/ou jurídico-legais e podem
constituir elemento documental dentro dos arquivos permanentes, conhecidos como
históricos.
A função da universidade é cumprir seu papel de ensino, pesquisa e extensão.
Para que a universidade possa cumprir essas funções torna-se necessário que se utilize
de informações atualizadas e pertinentes, sejam elas ligadas às suas atividades-fim ou
atividade-meio (BELLOTTO, 1992). Neste sentido, a gestão de documentos é
indispensável para que arquivos universitários possam colaborar no desenvolvimento
das atividades de ensino, pesquisa e extensão dessas instituições. As universidades
devem implantar seus programas de gestão de documentos a fim de sistematizar os
procedimentos administrativos para que se alcance o controle da produção documental,
sua utilização e sua destinação final (BELLOTTO, 1992).
As principais funções dos arquivos universitários são apontadas por Bellotto
(1992): reunir, processar, divulgar e conservar todos os documentos relativos à
administração, à história e ao funcionamento/desenvolvimento da universidade; avaliar
e descrever estes documentos, tornando possível seu acesso, de acordo com as políticas
e procedimentos elaborados especificamente para estes fins e; supervisionar a
eliminação, ter o controle da aplicação das tabelas de temporalidade, objetivando que
nenhum documento de valor permanente seja destruído. Além de fornecer aos
administradores as informações requeridas no menor tempo possível; e fazer as
demandas de informação e de pesquisa, requer-se do serviço de arquivos universitários
que proponha e coordene a uniformização de métodos de classificação de documentos
dentro das unidades universitárias com afinidade de recuperação acelerada dos
documentos necessários aos administradores (BELLOTTO, 2002).
Bellotto (1992) destaca que os objetivos de uma política arquivística para as
universidades devem contemplar a vertente administrativa e a do patrimônio
documental; este por sua vez incluindo a memória institucional, a regional e a científica.
Na vertente administrativa os objetivos da política para os arquivos universitários são,
principalmente, a preservações dos direitos relativos aos servidores, alunos e
professores; o estabelecimento de um sistema de fluxo documental durante todo o ciclo
vital; a promoção da transparência administrativa; e o acesso às informações que sirvam
para diagnosticar e resolver os problemas acadêmicos. Quanto à vertente do patrimônio
documental, os objetivos são, essencialmente, reunir e preservar os arquivos da
universidade considerados de valor permanente; regulamentar e apoiar os arquivos de
valor histórico depositados sob sua custódia; disseminar as informações por meio de
instrumentos de pesquisa.
A descrição de documentos: a função arquivística do acesso à memória
A arquivística ou arquivologia estuda os arquivos, suas funções e utilização,
“agrupa todos os princípios, normas e técnicas que regem a gestão dos arquivos”
(ROUSSEAU; COUTURE, 1998, p. 24). Segundo o Dicionário Brasileiro de
Terminologia Arquivística (ARQUIVO NACIONAL, 2005, p. 37), a arquivologia é a
“disciplina que estuda as funções do arquivo e os princípios e técnicas a serem
observados na produção, organização, guarda, preservação e utilização dos arquivos”.
Embora a definição do DBTA seja clara quanto ao caráter de disciplina da
arquivística, atualmente discute-se é uma disciplina, técnica ou ciência. T. Ramírez
Aceves (2011) discute esta questão no artigo “La Archivística: ¿Ciencia o Técnica?” e
defende a arquivologia como ciência, do mesmo modo que autores consagrados como
Shellenberg, Heredia Herrera, Casanova, entre outros. Segundo a autora a arquivologia
é uma ciência porque apresenta princípios teóricos universais e inalteráveis; tem um
método próprio e possui um objeto de estudo definido (RAMÍREZ ACEVES, 2011). Na
sua definição a arquivística é
la ciencia encargada de administrar la documentación de archivo a través
de: la aplicación práctica de procesos que permiten identificar, clasificar,
ordenar, valorar, seleccionar y describir la información. La consolidación de
principios y métodos teóricos que le permiten elevarla a un nivel científico
(p.45)
Apesar dos teóricos ainda não terem chegado ao consenso quanto ao caráter da
arquivologia, o importante é observar a sua consolidação como área do conhecimento e
o crescente desenvolvimento, principalmente no que se refere a sua teoria, metodologia,
terminologia e aumento do número de profissionais da área.
Uma das principais funções arquivísticas é a descrição. A descrição, como a
própria palavra remete, é a atividade de expor, “relatar”, o acervo, parte dele, ou
documentos em si, criando instrumentos que facilitem o acesso a eles. Para Bellotto
(2006, p. 179) o “processo de descrição consiste na elaboração de instrumentos de
pesquisa que possibilitem a identificação, o rastreamento, a localização e a utilização de
dados”. A autora afirma ainda que a descrição é a função arquivística que estabelece um
elo entre a indagação do pesquisador e a sua solução, e torna isso possível com os
instrumentos de pesquisa (BELLOTTO, 2006).
A NOBRADE é uma norma nacional para padronização da descrição
arquivística. A construção dessas normas vem sendo objeto de trabalho da comunidade
arquivística desde o final da década de 1980. O objetivo dessas normas é
a) assegurar a criação de descrições consistentes, apropriadas e autoexplicativas; b) facilitar a recuperação e a troca de informação sobre
documentos arquivísticos; c) possibilitar o compartilhamento de dados de
autoridade; e d) tornar possível a integração de descrições de diferentes
arquivos num sistema unificado de informação (CONSELHO
INTERNACIONAL DE ARQUIVOS, 2000, p. 11).
O catálogo é um instrumento de pesquisa “organizado segundo critérios
temáticos, cronológicos, onomásticos ou toponímicos, reunindo a descrição
individualizada de documentos pertencentes a um ou mais fundos, de forma sumária ou
analítica” (ARQUIVO NACIONAL, 2005, p.45). Heredia Herrera (1987) o define como
um instrumento que descreve ordenadamente e de forma individualizadas os
documentos ou as unidades arquivísticas de uma série ou um conjunto documental que
guardam entre si uma relação ou unidade tipológica, temática ou institucional.
A internet vem sendo cada dia mais utilizada para disponibilização dos
instrumentos de pesquisa devido às muitas vantagens, tais como o baixo custo e alto
grau de alcance na difusão. Na sua dissertação Andrade (2010) apresenta o que ele
denomina como “uma nova geração de instrumentos arquivísticos de referência”,
devido a possibilidade de criação de novos tipos de instrumentos arquivísticos,
diferentes dos conhecidos tradicionalmente, desvencilhados dos formatos tradicionais e
do suporte físico, além de compartilharem das características normalmente encontradas
nos aplicativos identificados como sendo parte da Web 2.0. Para o autor devido à
variedade de possibilidades de uso da internet, é natural e esperado que as instituições
arquivísticas também se apropriem dela como ferramenta de divulgação institucional e
de seus acervos (ANDRADE, 2010).
METODOLOGIA
A pesquisa apresentada neste trabalho é de natureza aplicada com abordagem
qualitativa. Caracteriza-se, do ponto de vista de seus objetivos, como descritiva. O
método de investigação escolhido é o estudo de caso, pois envolve o estudo profundo e
exaustivo de um objeto de maneira que se permita o seu amplo e detalhado
conhecimento (SILVA, 2005). O objeto do estudo é o acervo documental do Gabinete
do Reitor da Universidade Federal de Santa Maria, mais precisamente as resoluções do
Reitor, decorrentes dos atos legais e normativos. O acervo delimitado compreende o
período de 1964, data da primeira Resolução, até 1989, pois as resoluções posteriores já
foram digitalizadas pela PROPLAN. Dessa forma, as resoluções posteriores a 1989
somente foram descritas e foi analisada a qualidade de seus representantes digitais
conforme as Recomendações para Digitalização de Documentos Arquivísticos
Permanentes (CONARQ, 2010).
Como instrumentos de coleta de dados, foram utilizadas a observação e a
análise documental. A observação, de acordo com Silva (2005), é um instrumento de
coleta de dados tradicional, onde se utiliza os sentidos para obtenção de dados de
determinados aspectos da realidade.
As etapas previstas para o desenvolvimento da pesquisa são: elaboração da
revisão de literatura; coleta de informações sobre o acervo arquivístico, a fim de
identificar a situação do conjunto documental quanto à classificação/arranjo, avaliação e
condições de preservação; estudo do software SIE e dos padrões, normas arquivísticas;
estabelecimento dos padrões, normas e metadados para o desenvolvimento da descrição
arquivística; verificação da implementação dos metadados no Sistema Eletrônico SIE;
descrição e digitalização do acervo delimitado; publicação do instrumento online de
descrição arquivística, e elaboração da dissertação de mestrado. As atividades iniciaram
no primeiro semestre de 2011, sendo coordenadas pelo professor orientador da pesquisa.
A CONSTRUÇÃO DO CATÁLOGO ONLINE
Para desenvolver o catálogo online buscou-se adaptar uma ferramenta já
existente no sistema da Universidade, o SIE, a ferramenta de “cadastro de normas”, do
módulo “legislação”. O Sistema de Informação para o Ensino – SIE é um sistema
aplicativo integrado, projetado segundo uma arquitetura multicamadas que foi criado
pelo Centro de Processamento de Dados da UFSM. Ele é composto por vários módulos,
que são usados por uma parcela significativa da comunidade universitária em diversas
áreas, dentre as quais: o controle acadêmico, os projetos de pesquisa, a distribuição e
controle do orçamento, a gestão de compras e de estoque, a administração de
bibliotecas, a gestão de recursos humanos, dentre outros1. O SIE foi desenvolvido em
1 Fonte: http://sites.multiweb.ufsm.br/portalcpd/index.php/pt‐BR/
linguagem orientada a objeto Delphi e JAVA, arquitetura é em multicamadas, a
tecnologia é DCOM2, a versão do banco de dados é IBM/DB29 versão NT10 9.1.73.
Além da UFSM, outras 16 instituições utilizam o SIE.
A primeira etapa para a construção do catálogo das resoluções foi a definição
do quadro de padrões, normas e metadados a serem utilizados. Dessa forma, verificouse que ao definir a NOBRADE como norma a ser utilizada para a descrição das
resoluções só haveria a necessidade de uma adequação e incorporação de novos
elementos. Portanto, a NOBRADE foi a norma adotada para a descrição das resoluções
por ser recomendada aos integrantes do Sistema Nacional de Arquivos, pela Resolução
nº. 28, de 17 de fevereiro de 2009 Conselho Nacional de Arquivos e por estar em
consonância com as ações já empregadas na Universidade. Indolfo (2008, p. 9) adverte
que para os órgãos públicos federais, as normas tornaram-se prescritivas, “sua adoção
não admite omissões, alterações ou adaptações sem autorização expressa da instituição
arquivística pública dessa esfera de competência, isto é, o Arquivo Nacional.” Portanto,
o uso da NOBRADE nas descrições da UFSM é imprescindível.
Deste modo, com o estudo para a definição do quadro de padrões, normas e
metadados optaram-se pela utilização dos seis elementos obrigatórios da NOBRADE e
mais cinco opcionais, totalizando onze elementos de descrição. Os elementos
obrigatórios da norma são: código de referência; título; data(s); nível de descrição;
dimensão e suporte; nome(s) do(s) produtor (es). Os elementos opcionais selecionados
são: âmbito e conteúdo; unidades de descrição relacionadas; data da descrição; pontos
de acesso e indexação de assuntos; e existência e localização dos originais.
As resoluções descrição estão disponíveis de forma digital, sendo, portanto, o
representante digital das originais em suporte convencional (CONARQ, 2010). Dessa
forma, houve a necessidade de definir e implementar metadados no sistema eletrônico
da Universidade, SIE, que garantam o acesso e a preservação desses documentos
digitais. Segundo o Glossário da Câmara Técnica de Documentos Eletrônicos (2010, p.
17), metadados são “dados estruturados que descrevem e permitem encontrar, gerenciar,
compreender e/ou preservar documentos arquivísticos ao longo do tempo”.
Deste modo, seguindo o mesmo princípio de adoção das normas nacionais, o
padrão de metadados especificado foi o e-ARQ Brasil (CONARQ, 2011) aprovado pela
2 DCOM é uma tecnologia proprietária da Microsoft para criação de componentes de software
distribuídos em computadores interligados em rede.
3 Dados obtidos com o CPD em 2011.
Resolução nº. 25, de 27 de abril de 2007 do Conselho Nacional de Arquivos. No que se
refere ao seu âmbito e utilização, na publicação fica claro: “deve ser utilizado para
desenvolver um sistema informatizado ou para avaliar um já existente, cuja atividade
principal seja a gestão arquivística de documentos” (CONARQ, 2011, p. 12). Cabe
ressaltar que o SIE não é um sistema de gestão arquivística de documentos. No entanto,
o sistema utiliza/desenvolve documentos eletrônicos, tais como as resoluções. Assim, é
necessário implementar metadados no SIE para: garantir a autenticidade e o acesso aos
documentos ao longo do tempo e fornecer o conhecimento necessário para que os
preservadores desenvolvam ações de preservação (ROCHA, 2007).
Com este entendimento, seguindo a estrutura do e-ARQ, definiu-se que serão
utilizados os metadados obrigatórios do documento; do componente digital e os de
evento de preservação. Os metadados do evento de gestão; classe e agente não se
aplicam às resoluções, ainda assim, seria necessário realizar um estudo detalhado para
adequar o SIE ao e-ARQ, a fim de preservar o patrimônio digital da UFSM.
Após a definição do quadro de padrões, normas e metadados iniciou-se a
digitalização do acervo. A digitalização de documentos exige, para o seu sucesso, a
observação dos princípios arquivísticos e da lei nº. 8159/1991 (CONARQ, 2010). Neste
sentido, é importante observar que este acervo já estava arquivisticamente organizado,
classificado e avaliado. Assim, pode-se iniciar o processo de digitalização seguindo as
Recomendações do CONARQ.
Na fase de identificação da situação do acervo buscou-se localizar todas as
resoluções do período delimitado (1964 a 1989), que se encontravam dispersas em três
diferentes locais: no Gabinete do Reitor; na Pró-reitoria de Planejamento e no Arquivo
Permanente do Departamento de Arquivo Geral. Foram localizadas 296 Resoluções, no
entanto, observou-se que há algumas lacunas. A digitalização foi dividida nas seguintes
etapas: localização e identificação; higienização e preparo; captura; exame individual da
qualidade; e armazenamento.
Ao termino da digitalização, iniciou-se o processo de descrição. A descrição
arquivística é o processo de cunho intelectual que visa criar representações dos
conjuntos arquivísticos, trazendo à tona aspectos referentes ao seu contexto de
produção, ao seu conteúdo e a sua estrutura (NASCIMENTO, 2011). Para realizar a
descrição das Resoluções do Reitor utilizou-se a Norma Brasileira de Descrição
Arquivística – NOBRADE, como apresentado anteriormente. Segundo esta norma,
como se trata de descrição de itens documentais, o nível de descrição é o 5 (CONARQ,
2006). Deste modo, o instrumento de pesquisa decorrente desta descrição é um
catálogo. Este instrumento, segundo Lopez (2002) é voltado para a localização
específica de unidades documentais.
Para contextualizar a descrição, é importante destacar alguns dados sobre o
acervo. O conjunto documental descrito é composto por 296 resoluções, cujo original
em papel está localizado, atualmente, no arquivo do Gabinete do Reitor. Pertencentes ao
fundo B – Gabinete do Reitor e do Vice-Reitor (CASTANHO et al, 2001). Lopez
(2002) observa que só é possível elaborar catálogos de séries que já estejam
organizadas. Deste modo, é importante destacar que o acervo a ser descrito está
organizado segundo as políticas arquivísticas da UFSM. Conforme o plano de
classificação/arranjo do Gabinete do Reitor, as resoluções estão classificadas na classe
“Organização e Funcionamento”, subclasse “atos legais, normativos e administrativos”.
O processo de descrição iniciou em abril e foi concluído em dezembro de 2012.
Inicialmente, foi desenvolvido um banco de dados simples usando o Microsoft Office
Access. Esse banco de dados foi criado para facilitar e agilizar a descrição, já que, até
aquele momento, as alterações propostas para o módulo “legislação” do SIE não haviam
sido implementadas. Ele contém todos os elementos da NOBRADE selecionados para a
descrição, mais o nome do Reitor ou Vice-reitor que assinou a resolução.
No estudo verificou-se que só havia a necessidade de inclusão de cinco itens no
SIE: código de referência, nível de descrição, dimensão e suporte, data da descrição, e
existência e localização dos originais. Nos demais itens havia a necessidade de
pequenas alterações. Três elementos do cadastro de normas poderiam ser
retirados/alterados: tipo documental, número da norma e observação.
Essas alterações foram apontadas em algumas conversas informais com
servidores do Gabinete do Reitor, do DAG, da PROPLAN e CPD e receberam boa
receptividade. Essas conversas foram realizadas ainda no período de observação direta.
Além disso, o assunto também foi abordado em uma reunião com servidores do DAG e
do CPD em 2012, onde a principal pauta foi a utilização dos metadados do e-Arq. A
formalização do pedido de adequação do SIE ao CPD foi feita por meio de memorando
encaminhado ao Gabinete do Reitor. Dessa forma, após a manifestação de atendimento
das propostas por parte do CPD, iniciou-se o processo de transferência da descrição das
resoluções do banco de dados para o SIE, mesmo antes da realização das alterações
solicitadas, devido ao prazo para elaboração da dissertação de mestrado.
O SIE é instalado em cada computador conforme o interesse/necessidade de
cada servidor, sendo imprescindível à conexão com internet. O acesso é restrito aos
docentes e técnico-administrativos da UFSM, e os módulos são disponíveis conforme as
atribuições de cada servidor. Por exemplo, o sistema de bibliotecas está disponível
apenas para servidores das bibliotecas da instituição. Para o acesso primeiramente é
necessário à digitação da matrícula (SIAPE) e da senha do usuário. Logo após deve-se
selecionar o módulo que se deseja executar. No caso, para cadastro das resoluções
selecionou-se o módulo 8 “legislação”. Em seguida o módulo legislação se expande e
executa-se o item 8.03 “cadastro de normas”. Para inserir os dados de uma nova
resolução deve-se acionar na barra de ferramentas acima o botão “novo”: Dessa forma,
o formulário se abre para cadastro dos dados. O primeiro elemento a ser inserido é o
“título”. Para este elemento convencionou-se que seriam utilizados os mesmos termos
que aparecem no cabeçalho da própria resolução que está sendo descrita, seguindo as
orientações da NOBRADE (2006 p.21-22) deve-se registrar o título original. Caso isso
não seja possível, deve-se atribuir um título elaborado a partir de elementos de
informação presentes na unidade que está sendo descrita, obedecidas as convenções
previamente estabelecidas.
Após inserir o título da resolução, no campo “tipo documental” aparece uma
caixa de combinação com algumas opções de documentos decorrentes de atos
normativos como portarias, pareceres, leis, entre outros. Selecionou-se “Resoluções”.
Salienta-se que este campo não corresponde a nenhum elemento da NOBRADE, mas
serve para identificar qual espécie de documento se está descrevendo, já que
futuramente pretende-se cadastrar outros documentos normativos. Atentou-se ao fato do
campo denominar-se tipo documental, no entanto, apresentar também opções de
espécies documentais. A espécie documental é a divisão de gênero documental que
reúne tipos documentais por seu formato. São exemplos de espécies documentais ata,
carta, decreto, disco, filme, folheto, fotografia, memorando, ofício, planta, relatório
(ARQUIVO NACIONAL, 2005). Já o tipo documental é entendido como a
configuração que assume a espécie documental de acordo com a atividade que a gerou
(BELLOTTO, 2006), ou a “divisão de espécie documental que reúne documentos por
suas características comuns no que diz respeito à fórmula diplomática, natureza de
conteúdo ou técnica do registro” (ARQUIVO NACIONAL, 2005, p.163).
O campo “número da norma” também não está entre os elementos da
NOBRADE, ainda assim foi preenchido com somente o número principal da norma,
sem os zeros anteriores (muitas vezes utilizados no título) e sem o ano. Este campo é
utilizado para localização dos documentos no próprio sistema.
O elemento “nome do produtor” da NOBRADE corresponde aos campos
“expedição” e “publicação” do SIE que tem a mesma função. Este último poderia ser
substituído pela indicação do nome do reitor que expediu o documento. No caso das
resoluções do reitor, o órgão de expedição é o Gabinete do Reitor e não a Pró-reitoria de
Planejamento, como se utilizava anteriormente. Neste sentido, também se levou em
consideração a norma que afirma que a indicação do nome do produtor corresponde à
afirmação do princípio da proveniência, “devendo apresentar-se em consonância com
outros elementos de descrição utilizados, como Data (1.3), História administrativa ou
biografia (2.2) e Âmbito e conteúdo (3.1), por exemplo” (CONARQ, 2006, p.30).
O campo data de publicação corresponde ao elemento data, portanto
permanece inalterado. A NOBRADE (2006) referencia várias datas, como a data tópica,
data de acumulação, datas-assunto, porém neste a obrigatoriedade diz respeito à data
crônica: “Em âmbito nacional, a obrigatoriedade recai sobre a(s) data(s) de produção”
(p.23).
No SIE ainda existe o campo “procedência”, cuja função é a mesma dos
campos anteriores (produtor e expedição), portanto trata-se de informação redundante.
Para se inserir este dado é necessário utilizar a ferramenta “localizar procedência”, que
pode ser localizada pelo código, sigla, ou nome. Após localizar, selecionou-se
“Gabinete do Reitor” e pressionou-se o botão OK e automaticamente aparecem na tela
principal o código da procedência e a procedência “Gabinete do Reitor”.
O item seguinte “resumo do assunto”, corresponde ao elemento “âmbito e
conteúdo”, onde foram transcritas as informações das ementas das resoluções: A
utilização da ementa se justifica porque ela apresenta resumidamente o objeto da
resolução, oferecendo aos usuários informações relevantes ou complementares, como
dispõe a NOBRADE (CONARQ, 2006).
Não houve a necessidade de usar o campo “observação”. O representante
digital foi vinculado por meio do o campo “conteúdo”. Esses representantes digitais são
as resoluções digitalizadas apresentadas anteriormente, ou seja, são documentos
digitalizados. O documento digitalizado é um tipo de documento digital, é a
representação digital de um documento produzido em outro formato e que, por meio da
digitalização, foi convertido para o formato digital (DITADI, 2010). Portanto, merecem
ser tratados/gerido como documentos digitais. Para anexar a resolução digitalizada ao
seu cadastro, aciona-se o botão “vincular arquivo” representado por um clipe. Ao
acionar este botão abre-se uma janela para localizar o arquivo que deve ser vinculado,
no caso, as resoluções estão gravadas no disco rígido do mesmo computador, ordenado
em pastas conforme o ano de publicação. Após localizar o arquivo desejado basta
pressionar “abrir” e o representante digital é vinculado aos dados cadastrados. Assim,
basta salvar as informações no botão “salvar”.
O elemento “unidades de descrição relacionadas” equivale à aba “normas
relacionadas”. Para inserir essas informações pressiona-se, primeiramente, o botão
“novo”. Este elemento de descrição é útil para relacionar unidades de descrição
custodiadas pela mesma ou por diferentes entidades e que podem ser associadas, por
exemplo, por proveniência, área de atuação ou assunto (CONARQ, 2006). Depois,
seleciona-se na caixa de combinação a “descrição do tipo de relação”. A relação pode
ser alterar, atualizar, comentar, complementar, regular, revogar e ver também. A
NOBRADE salienta que “o relacionamento deve ser criterioso e justificável, levando-se
em consideração os elementos de descrição já utilizados no processo de descrição”
(CONARQ. 2006). Em seguida, aciona-se o botão “localizar” para vincular a norma que
se deseja relacionar. Ao clicar em “localizar” abre-se uma nova janela que permite
procurar a norma relacionada por pesquisa textual no resumo, descrição da norma,
número da norma, datas, entre outras formas.
A aba “termos relacionados” foi utilizada como correspondente do elemento da
NOBRADE “Pontos de acesso e indexação de assuntos”. Só é possível inserir termos
previamente cadastrados no sistema. “Este elemento de descrição exige estudo,
definição e avaliação periódica por parte da entidade custodiadora quanto à política
empreendida para recuperação sistêmica das informações e à política de indexação de
assuntos” (CONARQ, 2006, p. 59). Assim, a definição da lista de termo de acesso foi
um trabalho moroso que exigiu muita dedicação para se identificar quais termos
permitiriam melhor acesso aos documentos. Dessa forma, foi inserida uma lista de
termos de acesso denominada “Gabinete do Reitor” que correspondiam com os termos
selecionados para o tipo documental descrito. Logo que se seleciona a listagem
Gabinete do Reitor, abre-se a lista de termos e se podem selecionar os que se refere à
norma que está sendo descrita; e assim pressiona-se o botão vincular. Após a inclusão
no sistema, houve a conferência dos dados inseridos. No caso da necessidade de
alterações ou inclusão de novos dados nas resoluções basta acionar o botão “alterar” na
barra de ferramentas, que a tela de descrição se abre para alterar os dados.
Em março de 2013 concluiu-se a inclusão da descrição das 296 resoluções do
período de 1965 a 1989, bem como o seu representante digital. Dessa forma, em até 10
de abril de 2013 existiam 844 resoluções cadastradas no SIE, somando-se com as
posteriores a 1989. Para verificação foi gerado um relatório das resoluções cadastradas.
Este relatório foi gerado utilizando-se a ferramenta “localizar”.
Publicou-se, portanto, o catálogo online das resoluções do reitor, ainda que
com os alguns itens de descrição a serem incluídos. Este catálogo está acessível pelo
endereço eletrônico www.ufsm.br. Para acessá-lo deve procurar na barra de ferramentas
a seleção “institucional”. Ao passar o mouse aparece a opção “consulta resoluções”.
CONCLUSÃO
Este artigo apresenta os resultados da pesquisa que teve como objetivo geral
descrever o patrimônio documental arquivístico do Gabinete do Reitor, da Universidade
Federal de Santa Maria, a fim de difundir os seus atos legais e normativos. Ao
considerar este objetivo e os resultados obtidos, é possível observar que o Gabinete do
Reitor, sendo parte da Administração Central da UFSM, tem sob sua guarda um acervo
da maior relevância, destacando-se as principais decisões técnico-administrativas e de
relações públicas da Universidade. Por isso, o desenvolvimento de um projeto a fim de
descrever e preservar o seu patrimônio documental é significativo tanto para a
Universidade como para a Arquivologia. Dessa forma, a realização desta pesquisa
contribui para os estudos quanto à descrição arquivística, o emprego de suas normas, e a
utilização da tecnologia da informação para disponibilizar o resultado desta descrição.
Com base neste estudo sobre o acervo foi estabelecido o quadro de padrões,
normas e metadados para o desenvolvimento da descrição e elaboração do instrumento
de descrição. Sendo que a norma utilizada é a NOBRADE e o padrão de metadados a
ser implementado é do e-Arq Brasil. Dessa forma, é possível afirmar que as normas
arquivísticas nacionais foram respeitadas.
Cabe destacar que o sistema eletrônico da Universidade, o SIE, não é um
sistema informatizado de gestão arquivística de documentos, não sendo implementados,
portanto, todos os requisitos e metadados recomendados no e-ARQ. Ainda assim,
aconselha-se que o Centro de Processamento de Dados da UFSM observe as
recomendações do e-ARQ para garantir a preservação dos documentos digitais da
instituição. Ao implementar os requisitos do e-ARQ, o SIE poderia colaborar para o
desenvolvimento de um SIGAD da Universidade.
A definição do quadro de padrões, normas e metadados foi imprescindível para
a elaboração e publicação do instrumento de descrição arquivística, no caso, um
catálogo. Este quadro serviu como base para o desenvolvimento de toda a descrição e
implementação no sistema. Por isso, ressalta-se a necessidade da fase de planejamento
antes da execução de qualquer função arquivística.
No que se refere à digitalização dos documentos é importante destacar que no
caso das resoluções do reitor, o objetivo principal foi o acesso e não a preservação.
Dessa forma, seguiram-se as Recomendações para Digitalização de Documentos
Arquivísticos Permanentes (CONARQ, 2010) apenas no que dizia respeito ao objetivo
de difusão.
Já quanto à descrição deste acervo salienta-se a relevância da Norma Brasileira
de Descrição Arquivística que se mostrou um instrumento prático e de fácil
compreensão, inclusive para os servidores sem formação arquivística. Optou-se pela
seleção dos elementos de descrição que atendessem as necessidades de pesquisa dos
consulentes, em detrimento das necessidades arquivísticas. O objetivo foi facilitar a
busca na web, já que o instrumento de descrição resultante foi disponibilizado de forma
online. Evidenciam-se também a inclusão de elementos importantes como, por exemplo,
as normas relacionadas que auxiliam muito os pesquisadores.
Ao buscar adaptar o sistema da Universidade valorizou-se o trabalho
desenvolvido pelo Centro de Processamento de Dados, bem como se procurou
enriquecer e melhorar o SIE. O Sistema mostrou-se uma ótima ferramenta, que pode ser
utilizada para outras atividades arquivísticas, além das já desenvolvidas. Dessa forma,
apresenta-se a possibilidade de outros estudos e pesquisas neste sentido, principalmente
aos servidores da Universidade. Porém, várias alterações ainda se fazem necessárias no
SIE, principalmente quanto à questão dos metadados. Ao se verificar a implementação
dos metadados no sistema, evidenciou-se a carência de metadados essenciais
apresentados no e-Arq Brasil. Nesse sentido, mostra-se imprescindível a continuidade
deste trabalho para garantir a preservação do patrimônio documental eletrônico da
UFSM em longo prazo.
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