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Teatro e Sociedade - Filomena Louro Licenciatura em Teatro Outubro de 2015 ESPAÇO VAZIO - PETER BROOK 1968 1 RETROSPECTIVA DO CAPÍTULO TEATRO “AGRADO Durante a guerra o teatro romântico prevalecia, era utilizado como uma fuga à realidade ou um lembrete de como a vida poderia ser. Ao longo do tempo começa a existir uma carência por um teatro diferente. O teatro da ilusão deixa de ser necessitado e dá lugar à busca de um teatro mais áspero, o da inquietação e da dúvida, porque este nos parece mais reais. O teatro durante séculos foi se modificando de forma impercetível, lentamente foi deixando os ritos e valores iniciais para culminar num teatro de tal maneira distinto que chegamos ao ponto de não saber o que foi outrora. Procuramos um teatro sagrado, um teatro que alimente a nossa vida, mas em vão, porque nos distanciamos totalmente da tradição, do teatro primordial. O teatro Sagrado procura tornar o invisível visível, através de emoções e rituais que reconheçamos como verdadeiros. O grande problema é que não sabemos como. Tudo aquilo que entendemos como sagrado é uma desilusão. Vivemos num período onde as palavras não têm significado, assim sendo a questão impõem-se Haverá uma linguagem tão precisa para o autor como a linguagem das palaras? Haverá uma linguagem das acções, uma li guage de so s … ? 1, precisamos de um teatro onde o próprio acontecimento está no lugar do texto. Todavia o teatro sagrado não só expõe o i visivel as te de a facilita a sua p ecepção, depe de do do uão eceptivo ao mesmo está o público. Referências: 1- Pete B ooks Espaço Vazio , edito a O feu Neg o, 1 6 , Pág.6 2- Pete B ooks Espaço Vazio , edito a O feu Neg o, 1 6 , Pág. 6 Teatro e Sociedade - Filomena Louro Licenciatura em Teatro Outubro de 2015 No teatro sagrado a conexão entre público e o actor é análogo ao de um sacerdote e um crente. O sacerdote represe ta o ritual para si e para os outros 2. O trabalho do actor é portanto uma dádiva, um sacrificio oferecido ao espectador. Dura te s culos, a te d cia o teatro era a de e purrar o actor para u sítio remoto e distante, uma plantaforma, emoldurá-lo decorá-lo, iluminá-lo, pintá-lo, dar-lhe coturnos- tudo para ajudar a convencer o ignorante de que o actor e a sua arte eram sagrados, Isto expressava reverência? Ou haveria por trás disto um medo de expor qualquer coisa se a luz fosse excessivamente brilhante, se o encontro fosse demasiado próximo? Agora já exposemos a mentira, mas estamos a redescobrir que ainda precisamos de um teatro sagrado. Então onde é que o devemos procurar? Nas nuvens ou o chão? 3 Leonor Coelho nº77093 Referências: 3- Pete B ooks Espaço Vazio , edito a O feu Neg o, 1 6 , Pág.92 2