Educação Campo Verbete QUILOMBOLAS

Dicionário da Educação do Campo, 2012

Dicionário com verbetes escritos por diversos pesquisadores e relacionados ao campo e à questão agrária.

2017

Este artigo apresenta resultados preliminares de uma pesquisa em andamento intitulada“O PAR e as politicas educacionais em municipios da Bahia”, a qual tem como objetivo analisar como vem sendo implementadas essas acoes e programas oriundos do PAR e quais os seus impactos na educacao municipal de Ilheus, Itabuna e Vitoria da Conquista/BA. Para esse artigo foi feito o recorte sobrea Politica Nacional de Educacao do Campo e a Proposta de Educacao Escolar Quilombola na rede municipal de ensino de Vitoria da Conquista. A metodologia utilizada esta ancorada no materialismo historico dialetico, de cunho qualitativo e os instrumentos de coleta de dados utilizados foram revisao bibliografica, analise documental e entrevistas realizadas com os professores e gestores das escolas quilombolas. Os resultados demonstraram que a Educacao Escolar Quilombola nao esta em consonância com a legislacao nacional e nao atingiu as especificidades deste publico no municipio pesquisado. Palavras-chave : Educ...

v. 6 n. 1 (2023): Edição Jan/Abr, 2023

Trata-se de um trabalho de conclusão de curso em nível de graduação, na modalidade artigo, por meio de um estudo bibliográfico e documental qualitativo com a revisão da literatura pertinente ao tema, cujo objetivo é fazer uma reflexão crítica sobre os pressupostos da educação escolar quilombola, no interior do ensino regular, abordando seus desafios, limites e possibilidades. Considerando o racismo estrutural que marca essencialmente a sociedade como um todo, sobretudo, na esfera educacional, o texto discute as implicações do arcabouço legal, e da normatização do ensino regular em um contexto social quilombola, que deve se pautar pelo respeito à diversidade, às diferenças e ao aprofundamento de relações étnico-raciais dialógicas no interior da escola atendendo ao disposto nas diretrizes curriculares da área. A educação em si não irá acabar com o racismo, pois não é tarefa apenas da escola, mas de todas as esferas da sociedade atuando conjuntamente, porém, a educação é fundamental, ela precisa se engajar em ações que possam contribuir para formar cidadãos conscientes. Partindo da premissa de que a educação antirracista é tarefa de todos, o ensino escolar, sobretudo no âmbito quilombola, deve primar por ações que sejam implementadas tanto nas escolas quilombolas quanto nas escolas regulares, que estimulem a autoafirmação identitária, de modo que todos possam se sentir representados. Baseado em análises de autores como Silva (2012), Gomes (2015), Santos (2008), Silva;Menezes (2019), Santos (2022) entre outros, apresenta elementos fundamentais ao debate, cuja relevância social é significativa, diante do contexto social racializado que marca a sociedade brasileira.

v. 4 n. 1 (2021): Edição: jan/abr, 2021

Etnomatemática Quilombista é uma terminologia que passa a ser dada àqueles estudos que são desenvolvidos para o currículo da Educação Quilombola e na especificidade de cada quilombo brasileiro, mas que se expande para a construção de um corpus teórico e metodológico para todos os quilombos e para escolas não quilombolas atendendo as Leis 10.639/03 e 11.645/2008. Trata-se de um estudo ainda muito inicial a partir de um referencial que se constrói na etnomatemática ambrosioaniana e gerdesiana, mas, ao mesmo, se afasta para construção de um corpus teórico eminentemente africanizado, debruçado sobre os quilombos brasileiros e a busca de diálogos e interlocuções com a África ancestral e atual, numa perspectiva de pesquisas que não somente "apliquem" as ciências matemáticas nas vivências dos quilombos, mas que avance para a emergência inovadora de ciências matemáticas quilombistas e africanizadas, ou seja, aportadas no continente africano. O estudo teórico inicial avança para uma organização prévia de trabalhos em ciências matemáticas em quilombos brasileiros para dar os contornos da definição e conceituação de Etnomatemática Quilombista. Para isso se utilizou da pesquisa bibliográfica, como metodologia, numa abordagem qualitativa. Os resultados destas duas instâncias (a teórica e o elencamento e produções de etnomatemática nos quilombos brasileiros) é a possibilidade de uma definição e conceituação de Etnomatemática Quilombista e o encaminhamento de estudos, desde a iniciação científica até à pós-graduação stricto sensu, ocupados com aspectos teóricos e metodológicos de uma Etnomatemática Quilombista brasileira, produzida por orientadores(as) e pesquisadores(as) negros(as) no interior das ciências matemáticas e apoios na etnohistória, nas ciências sociais, na antropologia e filosofia africana, gerando contribuições ao currículo da escola quilombola e não quilombola à luz das Leis 10.639/03 e 11.645/08.

Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), 2016

Candida Soares da Costa, 2016

O presente texto constitui-se um relato de experiência decorrente da realização do curso de Formação de Professores de Comunidades Remanescentes de Quilombo, que foi desenvolvido no Pela Universidade Federal de Mato Grosso, por intermédio do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Raciais e Educação (Nepre). O objetivo desta narrativa é contribuir com o debate sobre formação inicial e continuada de professores, particularmente, no que se refere à formação de docentes para atuar na Educação Escola Quilombola na educação básica. Para efeito da realização da presente narrativa, os registros produzidos no decorrer do curso constituíram-se fonte imprescindível, donde advêm as informações apresentadas no texto. A oferta do curso encontrou excelente aceitação pelo público ao qual se destina. Todavia, sua realização se deparou com inúmeras dificuldades, ocasionadas pela insuficiência de recursos financeiros, necessários à sua execução. Espera-se que a iniciativa da qual decorre a presente narrativa possa ter, como repercussão, ações mais efetivas, tanto no que se refere à continuidade das ações por intermédio de política de acompanhamento e orientação para que os efeitos dessa iniciativa produzam repercussões mais abrangentes, tanto no âmbito da gestão educacional feita pelo município, pelo estado e pela união, quanto no interior das escolas.

EDUFPI, 2011

A coletânea reúne artigos de diversos professores e pesquisadores que atuam na área da educação do campo. Os diálogos construídos nos textos fazem uma caracterização do campo e das práticas educativas desenvolvidas no meio rural, demonstrando os desafios a serem enfrentados na construção de políticas educacionais que tanto valorizem o campo e suas diversidades culturais, quanto promovam a produção de novos saberes que permitam aos camponeses a gestão de práticas culturais e organizativas voltada ao desenvolvimento sustentável, preservando seu patrimônio sociocultural e ambiental. Os diálogos produzidos a partir do contexto do campo se constituem como espaço de trocas e partilhas de sonhos, desejos e utopias acerca da educação do campo, compreendendo-a como caminhos para a construção de sonhos e projetos coletivos que, através da valorização da histórica e cultura dos camponeses, favoreçam a reconstrução de suas histórias, bem como o desenvolvimento de práticas sociais que permitam a emancipação das classes trabalhadoras.

Revista Espaço do Currículo, 2014

The theoretical and methodological reflections presented in this article are the result of discussions in the training‐research process developed at the Rural Educators Training Project, run by the Universidade Federal do Piauí, in our coordination, in the city of Esperantina‐PI. First we point out the limits of curriculums practices in many schools in the countryside, built in a fragmented way, decontextualized and uncritical. In order to contribute in building a critical and emancipatory curriculum, we highlight some challenges that must be overcome with the intent to build educational programs that discuss and value the socio‐cultural knowledge of the peasants, allowing their problematization, as well as the critical appropriation of cultural and scientific knowledge that supports the development of policies that enrich the quality of life in the rural zone.