Editorial
EDITORIAL
EQUIPA PROGRAMAR
Coordenadores
António Silva
Fernando Martins
Editor
Igor Nunes
Design
Sérgio Alves (@scorpion_blood)
Redacção
Augusto Manzano, Caio Proiete,
Fernando Martins, Fábio Domingos,
Nuno Godinho, Pedro Martins,
Ricardo Rodrigues, Sandro Pereira,
Sara Silva
Staff
António Santos, Fábio Domingos,
Jorge Paulino, Marco Marques
Contacto
revistaprogramar@portugal-a-programar.org
Website
http://www.revista-programar.info
ISSN
1 647-071 0
Hacktivismo
Segundo a Wikipédia a palavra hacktivismo vem da junção entre Hack e
Activism (Hacktivism em inglês), e nos últimos tempos tem sido bastante
usado por muitos. Em cerca de um mês e meio a Sony foi atacada pelo
menos quatro vezes, e pelo menos inicialmente o suposto motivo era o
hacktivismo, e a Sony chegou mesmo a acusar o grupo Anonymous
referiram que nada tinham a ver com o roubo de informação de clientes da
Sony.
Ainda no ano passado este grupo de Hackers e Activistas tinha sido notícia
pelos ataques perpetrados contra servidores das empresas que tinham
retirado o apoio ao Wikileaks, como a Amazon, Visa, MasterCard, PayPal,
até o banco suíço PostFinance onde estava a conta de doações do
Wikileaks depois de ter cancelado a conta de Julian Assange foi atacado.
Também membros do senado Norte-Americano e do Ministério Público
Sueco foram atacados com a mesma razão.
Recentemente veio a público que o Departamento de Defesa NorteAmericano pretende avançar com a retaliação aos ataques cibernéticos com
armas convencionais, que poderão ir até ao lançamento de mísseis. Sim,
leu bem, em último caso poderão ser lançados mísseis contra este tipo de
criminosos. Mas a grande questão, é como terão eles a certeza da
identidade do criminoso, e quantas serão as vítimas inocentes. Todos nós
conhecemos maneiras mais ou menos eficazes de ocultar a nossa
identidade completamente na Internet, ou pelo menos tornar a sua
descoberta muito mais difícil. Mas o Departamento de Defesa NorteAmericano parece ter uma plena confiança nas suas capacidades para
detectar estas origens, o problema será quando surgirem as mortes de
inocentesi
O primeiro grande ataque conhecido, foi o worm anti-nuclear WANK, em
1 989, que atingiu agências americanas como a NASA, o Departamento de
Energia, entre outros. Mas não é só lá fora que isto acontece, em 1 997, um
grupo português atacou sites da Indonésia, incluindo sites governamentais e
militares, pelo facto de a Indonésia ter invadido Timor Leste. Esse mesmo
ataque foi repetido um ano mais tarde, em 1 998. Este foi sem dúvida um
dos primeiros grandes ataques massivos na história da internet.
Será que no futuro em vez de armas nucleares ou termonucleares, teremos
que temer a Internet por ser a melhor arma de destruição de países? Ou
nunca chegaremos a este ponto?
NR: Quero desde já agradecer ao Igor Nunes por ter aceite o cargo de
editor da Revista PROGRAMAR, e desejo-lhe um óptimo trabalho.
António Silva
A revista PROGRAMAR é um projecto voluntário, sem fins lucrativos. Todos os artigos são da responsabilidade dos autores, não podendo a revista ou a
comunidade ser responsabilizada por alguma imprecisão ou erro. Para qualquer dúvida ou esclarecimento poderá sempre contactar-nos.
2
Índice
INDICE
TEMA DE CAPA
6
Git - Controlo de Versões para Pequenos e Grandes Projectos
Um artigo que descreve funcionalidades do Git, bem como as principais diferenças entre os sistemas de controlo de
versões centralizados e distribuídos. Caio Proiete
A PROGRAMAR
24 Lua – Linguagem de Programação (Parte 9)
A continuação de um excelente artigo sobre Lua, uma linguagem de programação pouco conhecida. Nesta nona parte
descubra tudo sobre o operador lógico XOR e os Módulos. Augusto Manzano
28 Introdução ao Cloud Computing e à Plataforma Windows Azure
O que é o Cloud Computing? Para que serve? Em que ajuda? Descubra a resposta a esta e a outras questões relativas a
esta renovação no mundo da computação que adveio da actual Virtualização em massa. Nuno Godinho
34 Managed Extensibility Framework (MEF)
Conheça a framework oficial de extensibilidade de aplicações para a Plataforma .NET que veio corrigir falhas na
plataforma para construção de software extensível. Ricardo Rodrigues
BizTalk Server aos olhos dos programadores
37 Microsoft
Muito se ouve falar sobre esta plataforma. Saiba agora quais são os benefícios da sua utilização no mercado de trabalho e
em funcionalidades para o programador. Sandro Pereira
Editor de texto VIM
44 O
Saiba os conceitos básicos deste editor de texto Open-Source para sistemas baseados em
capaz de realizar syntax-highlight de várias linguagens de programação. Fábio Domingos
Unix, ferramenta inclusive
COLUNAS
50 CORE DUMP - Fazer mal = Rápido?
Um artigo de opinião sobre o problema de não se criar as melhores soluções devido à falta de tempo no mundo da
programação. Afinal, fazer mal é mais rápido que fazer bem? As consequências não se sobrepõem? Fernando Martins
51 VISUAL (NOT) BASIC - Introdução ao OpenXML SDK
Implemente este padrão ISO de arquivos (documentos, folhas de cálculo, entre outros) nas suas aplicações, em várias
plataformas. Altere-os e visualize-os através de diversas aplicações. Pedro Martins
COMUNIDADES
58
NetPonto - Certificações Microsoft
Qual o percurso a percorrer para obter a sua Certificação Microsoft? Conheça as Certificações existentes, as hierarquias,
os benefícios e como obtê-las. Sara Silva
EVENTOS
1 8 Jun.
21 Jun.
29 Jun.
09 Jul.
22 Jul.
23 Jul.
Reunião presencial Comunidade NetPonto - Lisboa
XII Encontro da Comunidade SQLPort
Windows Phone 7 “Mango” Dev Hub - Lisboa
Reunião presencial Comunidade NetPonto - Coimbra
IOI'201 1 - 23ª Olimpíadas Internacionais de Informática
Reunião presencial Comunidade NetPonto - Lisboa
Para mais informações/eventos: http://bit.ly/PAP_Eventos
3
Noticias
NOTICIAS
R e d e s d a PT j á e stã o
La n ç a m e n to d o U b u n tu 1 1 . 0 4
p re p a ra d a s p a ra o I Pv6
Um comunicado da PT refere que as redes que suportam o
Meo, a TMN, e o Sapo ADSL já se encontram aptas a
funcionar tanto em IPv4 (a norma que ainda domina nos
endereços de Internet) como em IPv6. Para o processo de
migração ficar concluído falta ainda proceder à adaptação
para a versão 6 do IP dos terminais e equipamentos dos
clientes da operadora. A PT definiu como objetivo a
migração dos clientes empresariais para o IPv6 até ao final
de 201 1 , mas não adianta qualquer data para adaptação
dos equipamentos usados pelos clientes residenciais.
Uma vez que nem todos os intervenientes conseguem
trabalhar à mesma velocidade, a rede da PT vai seguir a
tendência mundial e passar a funcionar em dual stack que
garante a compatibilidade com IPv4 e IPv6.
A migração para o IPv6 começou a ser trabalhada na PT há
cerca de três anos, com o objetivo de acautelar o provável
esgotamento dos 4,3 mil milhões endereços
disponibilizados pela IPv4.
No fim do mês de Abril foi lançada a nova versão do
Ubuntu, a Natty Narwhal (1 1 .04), onde uma das suas
principais novidades é a inclusão do Unity, que dá ao
ambiente gráfico um aspecto renovado, correndo no
entanto por cima do GNOME.
A versão 1 1 .1 0 (Oneiric Ocelot) já está agendada para
Outubro deste mesmo ano e a vresão Alpha 1 que já foi
lançada conta já com a implementação do GNOME 3 e com
o Firefox 5 Beta. Conta também tal como a versão anterior,
a 1 1 .04, com o LibreOffice ao invés do OpenOffice.
Mais informação:
https://wiki.ubuntu.com/OneiricOcelot/TechnicalOverview/Al
pha1
M i c ro s o ft a p re s e n ta
TM N te sta re d e 4G e m B ra ga
Wi n d o ws 8
A TMN iniciou no mês de Maio as primeiras demonstrações
de redes da quarta geração de telemóveis (4G) em Braga.
Na conferência D9, na Califórnia, a Microsoft levantou o
véu sobre a nova inteface gráfica do Windows 8 que
representa, talvez, a maior mudança na interface do
sistema operativo da Microsoft. Ao contrário do que
acontece agora, o ecrã principal apresenta agora uma série
de "tiles", os tais retângulos com informação a ser
atualizada em tempo real, tal como acontece com o
Windows Phone 7.
A TMN optou por fazer a demonstração pública do 4G no
Shopping Braga Parque. A demonstração, que deu a
conhecer o potencial dos 1 50 Mbps do protocolo LTE (Long
Term Evolution), abrange os serviços Meo Online, Meo
Jogos, Videoconferências, e transmissões de vários vídeos
em simultâneo. As demonstrações foram realizadas com
tecnologias de rede fornecidas pela Nokia Siemens.
A empresa de Redmond diz que o Windows 8 será
compatível com todos os periféricos e dispositivos que
neste momento correm no Windows 7, apesar de a
interface ter sido redesenhada e repensada.
É a segunda vez que a TMN procede a demonstrações
públicas das redes LTE: a primeira decorreu em Abril num
centro comercial de Cascais.
Ver o Vídeo: http://bit.ly/iMPq0A
4
TEMA DE CAPA
Git: Controlo de Versões para Pequenos e Grandes
Projectos
TEMA DE CAPA
G i t: C o n tro l o d e Ve rs õ e s p a ra Pe q u e n o s e
G ra n d e s Pro j e c to s
Centralizado vs Distríbuido
O Git é um sistema de controlo de versões distribuído,
gratuito e open-source, desenvolvido originalmente pelo
Linus Torvalds, o criador do kernel do sistema operativo
Linux, e actualmente é mantido pelo Junio Hamano
juntamente com outros quase 300 colaboradores
voluntários.
O Subversion (SVN), o Visual Source Safe (VSS), o Team
Foundation Server (TFS), e muitos outros, são todos
sistemas de controlo de versões que funcionam de forma
centralizada, isto é, existe sempre um computador central
(servidor) que contém toda a história dos projectos com
todas as inclusões e alterações que foram feitas pelos
programadores desde o momento em que o projecto foi
incluído no sistema de controlo de versões (geralmente no
início do projecto) até a versão mais recente, e cada
programador tem apenas *uma* versão da aplicação em
seu próprio computador, normalmente a mais versão
recente.
Comparado com outros sistemas de controlo de versões
tradicionais, o Git diferencia-se por ser extremamente
rápido, por simplificar o desenvolvimento de software de
forma não-linear, onde podemos trabalhar em paralelo em
diferentes funcionalidades das aplicações que
desenvolvemos e então escolher quais funcionalidades
devem fazer parte de cada versão da aplicação conforme o
nosso fluxo de trabalho, e principalmente por ser um
sistema distribuído bastante versátil e adequado para
projectos de qualquer dimensão.
Dessa forma, os programadores estão sempre
dependentes do servidor para guardar (check-in) alterações
que desenvolvem em seus computadores, bem como para
obter as alterações desenvolvidas por outros membros da
equipa:
Outra grande vantagem do Git, é possuir versões para
Windows, Linux e Mac OS X, o que facilita muito o controlo
de versão de aplicações desenvolvidas em diferentes
plataformas. Hoje em dia é muito comum uma mesma
empresa desenvolver aplicações em .NET no Windows,
outras em Java no Linux, e ainda outras para iPhone no
Mac OSX, e poder utilizar uma única ferramenta para
controlo de versão de todas as aplicações desenvolvidas
na empresa, é excelente!
Assim, efectuar o controlo de versões com sistemas
centralizados é geralmente mais lento, pois todas as
operações (check-in, check-out, etc...) necessitam de
comunicação com servidor central, que pode estar a
apenas alguns metros de distância, como pode estar em
outra cidade ou país. Além disso, torna-se impossível
Neste artigo, vou explicar o funcionamento do Git e as
principais diferenças entre os sistemas de controlo de
versões centralizados e distribuídos, como instalar e
configurar o Git no Windows, e os principais comandos que
precisa conhecer para começar a utilizar o Git no dia-a-dia.
6
TEMA DE CAPA
G i t: C o n tro l o d e Ve rs õ e s p a ra Pe q u e n o s e G ra n d e s Pro j e c to s
controlar versões quando se está desconectado da rede
onde encontra-se o servidor central, o que pode ser um
problema quando é preciso trabalhar fora das instalações
da empresa e não possibilidades de conectar-se
remotamente à rede da empresa, por exemplo nas
instalações de um cliente ou em viagens.
No entanto, ao trabalhar em equipas com várias pessoas,
ao invés de cada pessoa comunicar-se individualmente
com outra para enviar/receber commits, é normal existir um
sítio comum onde os elementos da equipa enviam os seus
commits para que sejam partilhados com o restante da
equipa, sendo este sítio comum normalmente conhecido
como “servidor de integração”.
Controlo de Versão Distribuído
Nu m sistema de controlo de versão distribuído como o Git,
não existe propriamente um “servidor central”. Cada
programador tem uma cópia completa de toda a história
dos projectos em sua própria máquina e pode controlar a
versão de ficheiros e conteúdos de ficheiros localmente
sem depender de um servidor e, somente quando achar
apropriado, pode partilhar as suas alterações com outras
pessoas da equipa e/ou receber alterações efectuadas por
outros membros da equipa.
À primeira vista, este sítio comum se parece muito como o
“servidor central” dos sistemas de controlo de versões
centralizados, mas em realidade é bem diferente, pois é
apenas mais um computador com uma cópia de toda a
história dos projectos, assim como é o computador de
qualquer outro membro da equipa. O servidor de integração
é apenas uma convenção social entre os participantes da
equipa, de forma a facilitar a partilha das alterações entre
as várias pessoas.
No Git, cada conjunto de alterações efectuadas em
ficheiros ou conteúdos de ficheiros é chamado de “ commit”,
e conforme o programador implementa novas
funcionalidades nas aplicações que está a desenvolver, vai
efectuando diferentes commits que ficam guardados no seu
próprio computador sem precisar depender de um servidor.
Uma vez que cada membro da equipa possui uma cópia
integral de toda a história dos projectos, um programador
que queira partilhar os seus commits recentes com outro
colaborador, pode enviar directamente os commits para
este colaborador (push), ou ainda, pode permitir que o
outro colaborador obtenha os commits a partir de seu
próprio computador (pull), tudo sem precisar comunicar-se
com um servidor central.
O importante a destacar é que nenhum membro da equipa
está directamente dependente ou conectado ao “servidor
de integração”. Todos trabalham de forma desconectada
em seus computadores, onde efectuam diversos commits
que são gravados localmente, e só utilizam o “servidor de
integração” para partilhar seus commits recentes com o
restante da equipa, quando/se quiserem.
7
TEMA DE CAPA
G i t: C o n tro l o d e Ve rs õ e s p a ra Pe q u e n o s e G ra n d e s Pro j e c to s
Por exemplo, observe a estrutura de pastas abaixo:
Dessa forma, as funcionalidades que devem ser partilhadas
com toda a equipa, podem ser enviadas (push) para o
“servidor de integração” e os membros da equipa podem
obter (pull) essas alterações quando desejarem, assim
como funcionalidades que não ainda não estão prontas
para serem partilhadas com toda a equipa, podem ser
partilhadas apenas entre as pessoas envolvidas no
desenvolvimento dessas funcionalidades.
C:\Projectos\
------ NetPonto
------------ lib
------------ src
------------------------ NetPonto.sln
------------------------ ...
------------ doc
------ Portugal-a-Programar
------------ lib
------------ src
------------------------ Portugal-a-Programar.sln
------------------------ ...
------------ doc
Importante: Algumas ferramentas de controlo de versões
centralizado, como por exemplo o Team Foundation Server
(TFS), permitem accionar uma opção para trabalhar de
forma desconectada do servidor, para então mais tarde
(quando for possível conectar-se ao servidor central) enviar
as alterações. Isto não é a mesma coisa que que trabalhar
num sistema distribuído, pois neste caso não será possível
efectuar commits no próprio computador, enquanto efectua
diferentes alterações no código, ou seja, a ferramenta não
permite gravar diferentes conjuntos de alterações
(commits), para depois enviá-los para o servidor. Se
trabalhou em funcionalidades diferentes, não conseguirá
(facilmente)
distinguir
quais
ficheiros/conteúdos
correspondem a cada funcionalidade que trabalhou
enquanto estava desconectado, e provavelmente irá enviar
um único commit para o servidor central com todas as
alterações, e estará a usar o sistema de controlo de
versões de forma pouco eficiente.
Qualquer uma destas pastas poderia ser transformada em
um repositório Git de acordo com as necessidades do
programador, mas normalmente controlamos as versões
individuais de cada projecto, portanto faz sentido que a
pasta C:\Projectos\NetPonto\ seja um repositório Git e
pasta C:\Projectos\Portugal-a-Programar\, ser outro
repositório Git separado.
Instalação do Git no Windows
O site oficial do Git é o http://git-scm.com, onde pode
efectuar o download da versão mais recente para a
plataforma que desejar.
Para utilizar o Git no Windows, existem basicamente duas
formas: Directamente, utilizando o msysGit ou através do
Cygwin.
Repositórios Git
O msysGit é uma versão desenvolvida especialmente para
funcionar no Windows, e é a opção mais utilizada
actualmente, enquanto o Cygwin é uma colecção de
ferramentas e APIs que permite criar um ambiente com a
mesma aparência e experiência do Linux, dentro do
Windows, e então utilizar o Git através do Cygwin .
Para controlar versões dos conteúdos, o Git utiliza o
conceito de repositórios, onde cada repositório corresponde
a uma pasta que pode conter ficheiros e sub-pastas
também com ficheiros onde controla a versão de todos os
conteúdos desta pasta e sub-pastas que existirem.
Uma pasta só considerada um repositório Git, após
executarmos um comando específico (init) para que o Git
inicialize a pasta como um repositório, e normalmente
criamos um repositório Git para cada projecto que
desenvolvemos, de forma a controlar as versões dos
conteúdos de cada projecto separadamente.
Neste artigo, vou demonstrar a instalação e configuração
do msysGit, que no momento em que escrevo este texto
está na versão 1 .7.5.4.
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TEMA DE CAPA
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Após efectuar o download msysGit e executar o instalador,
recomendo efectuar a instalação mantendo as opções que
já vem seleccionadas por padrão (Next, Next, Next ...), com
excepção do passo 4, onde recomendo seleccionar
também as opções “Context menu entries”, “Git Bash Here”
e “GUI Bash Here” para adicionar duas entradas nos
menus de contexto do Windows Explorer que permitem
seleccionar uma pasta e executar as ferramentas do Git
directamente na pasta seleccionada.
Passo 4 da instalação do Git
Enquanto o Git GUI permite realizar as principais tarefas do
dia-a-dia, o Git Bash é a ferramenta que permite total
controlo dos repositórios, e é também a ferramenta que
utilizo para mostrar o funcionamento do Git neste artigo.
Configuração Inicial do Git
No Windows Explorer (após a instalação)
Após a instalação do msysGit, o próximo passo é configurar
o nome e o e-mail que será utilizado por padrão, na criação
dos repositórios e dos commits. É possível configurar estes
parâmetros de forma global ou individualmente para cada
repositório, e para isto utilizamos o comando “ g i t c on f i g ”
em uma sessão do Git Bash, a ferramenta de mencionda
acima e que após a instalação pode ser encontrada na
pasta “Git” no menu iniciar do Windows.
Ao iniciar o Git Bash, irá visualizar um ecrã parecido com a
figura abaixo:
Principais Ferramentas do Git / msysGit
As principais ferramentas do Git são o Git GUI e o Git
Bash. O Git GUI , como o nome índica, é uma interface
gráfica que permite criar e gerir repositórios Git através de
uma interface gráfica simples, e o Git Bash é uma aplicação
de linha-de-comando, que também permite criar e gerir
repositórios Git via linha-de-comando.
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TEMA DE CAPA
G i t: C o n tro l o d e Ve rs õ e s p a ra Pe q u e n o s e G ra n d e s Pro j e c to s
Controlo de Versões com o Git
Os parâmetros globais a serem definidos são o user.name
e o user.email, que correspondem ao nome e ao e-mail do
utilizador, respectivamente, e para efectuar a configuração,
basta executar os comandos abaixo, substituindo os
valores entre aspas pelo nome e e-mail do utilizador:
Criação de um Repositório Git
Depois de configurar o nome e o e-mail padrão, o próximo
passo escolher a pasta onde irá criar um repositorio Git, ou
criá-la caso ainda não exista.
$ g i t c on fi g --g l oba l u s er . n a me " S eu N ome"
$ g i t c on fi g --g l oba l u s er . ema i l " s eu @ema i l . pt"
Para este exemplo, o repositório Git estará localizado na
pasta C:\Projectos\Portugal-a-Programar\, e assumo que
esta pasta ainda não exista, portanto podem ser criadas
através do Windows Explorer se preferir, ou directamente
através do Git Bash, utilizando alguns comandos existentes
para o efeito:
- Criar a pasta C:\Projectos
$ mk d i r / c / P r oj ec tos /
Além de configurar o nome e o e-mail do utilizador, é
comum neste momento configurar também um parâmetro
global para definir o editor de textos que deve ser utilizado
pelo Git.
- Criar a pasta C:\Projectos\Portugal-a-Programar
$ mk d i r / c / P r oj ec tos / P or tu g a l -a -P r og r a ma r /
- Entrar na pasta C:\Projectos\Portugal-a-Programar
Por padrão, o Git utiliza o editor de textos Vim, uma versão
melhorada do editor Vi muito utilizado em ambientes Unix e
que exige que o utilizador conheça as suas diferentes
combinações de teclas para aceder cada uma das suas
funcionalidades, o que pode tornar a utilização do Git mais
complicada para quem não está acostumado com este
editor, portanto uma opção é definir o bloco de notas do
Windows (Notepad) como editor de texto padrão, ou outro
de sua preferência (Notepad++, Textpad, etc...).
$ c d / c / P r oj ec tos / P or tu g a l -a -P r og r a ma r /
Uma vez posicionado na pasta desejada, para criar o
repositório do Git deve utilizar o comando “git init”, que
essencialmente irá “preparar” a pasta actual para permitir o
controlo de versões dos ficheiros e sub-pastas dentro deste
repositório recém-criado.
Para configurar o editor de textos, basta executar o
comando abaixo, adaptando o caminho do executável do
editor de textos desejado:
$ g i t c on fi g --g l oba l c or e. ed i tor
" C: / Wi n d ows / n otepa d . exe"
$ gi t i ni t
10
TEMA DE CAPA
G i t: C o n tro l o d e Ve rs õ e s p a ra Pe q u e n o s e G ra n d e s Pro j e c to s
O que este comando faz, em realidade é criar a estrutura
do repositório Git em uma pasta oculta chamada “.git”
dentro da pasta onde executou o comando. Neste exemplo,
em “C:\Projectos\Portugal-a-Programar\.git”. É dentro desta
pasta estarão, entre outas coisas, todos os commits.
A pasta onde criou o repositório Git, a partir de agora passa
a ser chamada de “ working folder” (pasta de trabalho).
Com o repositório Git criado, pode adicionar novos
ficheiros, alterar ficheiros que já existiam, remover ficheiros,
criar novas pastas, e etc... Para este exemplo, pode
adicionar três ficheiros na pasta onde está o repositório Git
com o seguinte nome/conteúdo:
Staging Area e Commits
Conforme efectua alterações no repositório, deverá guardar
as versões (efectuar commits) dos conteúdos que desejar,
quando for apropriado. Idealmente cada commit representa
uma unidade lógica, como por exemplo uma nova
funcionalidade implementada numa aplicação, ou uma
correcção de um bug, ou seja, um commit é um conjunto de
alterações que foram feitas no repositório, e podem ser
alterações em ficheiros existentes, criação de novos
ficheiros, ou remoção de um ou mais ficheiros.
Primeiro.txt
Este é o primeiro ficheiro, versão 1 .0
Segundo.txt
Este é o segundo ficheiro, versão 1 .0
Terceiro.txt
Este é o terceiro ficheiro, versão 1 .0
No entanto, ao trabalhar em uma tarefa específica (por
exemplo, na implementação de uma funcionalidade X), é
normal um programador efectuar outras alterações no
código que não estaão relacionadas com a tarefa em
questão, mas que já sabe que será preciso na
implementação de uma funcionalidade Y (outra tarefa
futura), e a grande vantagem do Git é compreender que
isso é normal acontecer, e permitir definir quais são as
alterações que pertencem a uma funcionalidade X (commit
X), e quais pertencem a uma funcionalidade Y (commit Y),
e é por isso que o Git conta com um recurso chamado
“staging area”.
Neste momento, pode executar um outro comando do Git, o
“git status”, que permite verificar o estado do repositório, e
perceber quais são os ficheiros que não estão a ser
controlados (novos ficheiros), os ficheiros que foram
modificados e os que foram apagados. Este é normalmente
o comando que irá utilizar com mais frequência, para
consultar o estado do repositório conforme efectua
alterações e antes de efectuar commits.
Assim, para criar um
commit, é necessário
primeiro indicar quais
são as alterações que
devem fazer parte do
commit. Estas alterações são adicionadas nessa área
chamada “ staging area”, de forma que apenas as
alterações que correspondem a uma determinada unidade
lógica sejam armazenadas como um commit.
Neste exemplo, o comando “git status” deve mostrar que
existem três ficheiros na pasta, mas que não estão a ser
controlados pelo Git, por enquanto:
$ g i t s ta tu s
11
TEMA DE CAPA
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O comando utilizado para adicionar ficheiros (ou parte de
um ficheiro) à staging area é o comando “git add”, e depois
de adicionar todas as alterações na staging area, deve
executar o comando “git commit” para transformar todas as
alterações adicionadas na staging area em um commit.
Para efectuar o commit, deve utilizar o comando “git
commit” e pode opcionalmente utilizar o parâmetro “-m” e
informar a descrição do commit. Se não utilizar o parâmetro
“-m” o Git irá executar o editor de texto padrão configurado
para que possa informar a mensagem a descrever as
alterações contidas no commit.
O comando “git add” pode receber diferentes parâmetros, e
permite adicionar ficheiros individualmente, todos os
ficheiros alterados ou novos que encontrar, conteúdos de
ficheiros, entre outras opções.
$ g i t c ommi t -m " Ad i c i on a fu n c i on a l i d a d e X"
Para adicionar o ficheiro “Primeiro.txt” na staging area,
pode informar o nome do ficheiro individualmente no
comando “git add”:
$ g i t a d d Pri mei ro. txt
Se após efectuar este primeiro commit consultar
novamente o status do repositório, verá que apenas os
ficheiros “Segundo.txt” e “Terceiro.txt” aparecem como
ficheiros que não estão a ser controlados, e o ficheiro
“Primeiro.txt” deixa de aparecer na lista.
Para este exemplo, o ficheiro “Primeiro.txt” deve ser
alterado para demonstrar uma actualização de conteúdo no
repositório:
Neste momento, o ficheiro “Primeiro.txt” foi adicionado a
staging area, o que significa que fará parte do próximo
commit, enquanto os outros dois ficheiros continuam sem
estarem a ser controlados pelo Git. Se executar o comando
“git status” novamente pode confirmar que o ficheiro foi
efectivamente adicionado a staging area:
Pri mei ro. txt
E s te é o pri mei ro fi c h ei ro, vers ã o 1 . 1
( a l tera d o)
Ao consultar o status do repositório, verá que o ficheiro
“Primeiro.txt” está marcado como “modificado”, ou seja, o
seu conteúdo está diferente do conteúdo que está no último
commit efectuado, e os outros dois ficheiros continuam
como estavam antes.
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TEMA DE CAPA
G i t: C o n tro l o d e Ve rs õ e s p a ra Pe q u e n o s e G ra n d e s Pro j e c to s
modificados e/ou adicionados à staging area são mostrados
na cor
ao executar o comando “ g i t s ta tu s ”, assim
como ficheiros que não estão a ser controlados aparecem
na cor
. Para habilitar a utilização de cores, deve
configurar o parâmetro global “color.ui” com o valor “true”:
Para um próximo commit, e supondo que a alteração no
ficheiro “Primeiro.txt” juntamente com os ficheiros
“Segundo.txt” e “Terceiro.txt” fazem parte de uma mesma
funcionalidade Y, pode adicionar cada um dos ficheiros
manualmente a staging area, ou pode utilizar um atalho e
adicionar todos os ficheiros, novos e modificados, de uma
só vez:
verd e
verm el h o
$ g i t c on fi g --g l oba l c ol or. u i tru e
$ gi t add .
I g n orar fi ch ei ros e pas tas com o . g i ti g n ore
Ao consultar o estado do repositório, verá que todos os
ficheiros estão seleccionados para fazerem parte do
próximo commit:
Por padrão, o Git permite controlar as versões de qualquer
tipo de ficheiro que existir dentro da pasta (ou sub-pastas)
onde está o repositório, mas nem sempre queremos
controlar as versões de todos os tipos de ficheiro.
Ficheiros temporários que são criados pelo sistema
operativo ou pela ferramenta de desenvolvimento, não
devem fazer parte do repositório, ou seja, nunca devem
adicionados aos commits. No entanto, poderão existir na
working folder enquanto trabalha, mas devem ser ignorados
pelo Git quando adicionamos alterações a staging area e
efectuamos commits.
Por exemplo, o Windows costuma criar ficheiros com o
nome “Thumbs.db” em pastas que possuem imagens, onde
armazena uma espécie de cache das miniaturas das
imagens contidas na pasta. Esses ficheiros “Thumbs.db”
jamais devem ser guardados no repositório, pois podem ser
recriados pelo Windows conforme o conteúdo da pasta
muda.
Para concluir e efectuar o commit, basta utilizar o comando
“git commit” como feito anteriormente:
$ g i t c ommi t -m " Ad i c i on a fu n c i on a l i d a d e Y"
Ainda, num projecto .NET, o Visual Studio cria ficheiros do
tipo
“NomeProjecto.suo”,
“NomeProjecto.user”,
“NomeProjecto.sln.cache”, e outros tipos de ficheiros
temporários que estão relacionados com o utilizador actual
e podem ser recriados pelo Visual Studio a qualquer
momento. Estes ficheiros também não devem ser
armazenados no repositório Git, e portanto devem ser
ignorados.
E é desta forma que controlamos as versões no repositório.
Após efectuar um conjunto de alterações, deve seleccionar
quais alterações devem fazer parte de commit através do
comando “git add”, e então finalizar a operação efectuando
o commit, através do comando “git commit”.
N ota:
Além disso, é uma prática comum não guardar ficheiros
executáveis, e outros ficheiros que podem ser gerados
(compilados) a partir do código que está a ser controlado
Nas imagens acima pode reparar que os ficheiros
13
TEMA DE CAPA
G i t: C o n tro l o d e Ve rs õ e s p a ra Pe q u e n o s e G ra n d e s Pro j e c to s
pelo repositório Git, ou seja, deve-se guardar apenas o
código-fonte e as dependências necessárias para que seja
possível compilar o código-fonte. Por exemplo, num
projecto .NET, normalmente temos as pastas “bin” e “obj”
que possuem o resultado da compilação de cada projecto
do Visual Studio. Estas bastas também não devem ser
armazenadas no repositório Git, pois deve ser possível
recriá-las a qualquer momento, a partir do código-fonte do
projecto.
#
I g n ora r
as
pa s ta s
c om
fi c h ei ros
bi n á ri os
g era d os vi a c ompi l a ç ã o
[ Oo] bj /
[ Bb] i n /
Para poder ignorar determinados tipos de ficheiros ou
pastas, criamos um ficheiro chamado “.gitignore” na pasta
onde criamos o repositório. O Windows por padrão não
permite criar ficheiros que não tenham nome e apenas uma
extensão, como é o caso do “.gitignore”, por isso uma
alternativa simples é criar o ficheiro a partir do Git Bash,
executando o Bloco de Notas para criar o ficheiro:
A sintaxe é bastante intuitiva, e pode utilizar “*.extensão”
dos ficheiros que pretende ignorar, e informar o nome das
pastas com uma barra “/” no final para indicar que trata-se
de uma pasta. O Git faz diferença entre letras maiúsculas e
minúsculas, por isso pode utilizar expressões como
“[Oo]bj/” que permite indicar que tanto as pastas “obj/”
quanto “Obj/” devem ser ignoradas.
$ n otepa d . g i ti g n ore
Ao criar o ficheiro .gitgnore, os ficheiros e pastas definidos
no conteúdo deste ficheiro serão ignorados pelo Git, e
deixarão de aparecer, por exemplo, quando visualizar o
estado do repositório com o comando “git status”, no
entanto é importante adicionar o ficheiro .gitignore ao
repositório para garantir que continuará a ignorar os
ficheiros desejados nos próximos commits, e também para
que todos os membros da equipa estejam a ignorar os
mesmos tipos de ficheiros e pastas.
No conteúdo do ficheiro .gitignore, pode inserir comentários
(linhas que começam com “#”), definir os tipos de ficheiros
que pretende ignorar e as pastas que pretende ignorar por
completo, independente do conteúdo. Neste exemplo:
# I g n ora r fi c h ei ros temporá ri os d o Wi n d ows
Th u mbs . d b
# I g n ora r pa c otes d e fi c h ei ros
*. zi p
$ g i t a d d . g i ti g n ore
* . ra r
$ g i t c ommi t -m " Ad i c i on a o fi c h ei ro . g i ti g n ore
# I g n ora r fi c h ei ros temporá ri os d o Vi s u a l S tu d i o
a o repos i tori o"
*. suo
* . u s er
* . u s erprefs
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TEMA DE CAPA
G i t: C o n tro l o d e Ve rs õ e s p a ra Pe q u e n o s e G ra n d e s Pro j e c to s
Consulta do Histórico de Commits
Conforme efectuamos commits, é muito comum
necessitarmos consultar a história do projecto para, por
exemplo, perceber quando foi introduzida uma determinada
alteração. Para este efeito, o Git possui um comando
chamado “git log”, que permite visualizar os commits que
estão armazenados no repositório, incluindo informações
como a data e hora, nome e e-mail do utilizador que
efectuou cada commit, e também o identificador único de
cada
commit
(ex:
5944d4c5c92c89766ac77de221 b1 b36b803ee37b),
que
podemos utilizar quando necessitamos efectuar operações
específicas em determinados commits.
Desenvolvimento em Paralelo
$ g i t l og
Ao trabalharmos no desenvolvimento de software
profissional, é muito comum termos um ambiente de
desenvolvimento onde efectuamos testes de novas
funcionalidades que estão a ser desenvolvidas, separado
do ambiente de produção onde a aplicação está a ser
executada pelos utilizadores finais. Em realidade, é
também muito comum termos um ambiente intermédio de
“controlo de qualidade” (também conhecido como ambiente
“de qualificação”, “de qa” ou “de testes”), que geralmente
possui as mesmas características do ambiente de
produção, e possui uma versão da aplicação com
funcionalidades que ainda precisam ser testadas antes de
serem promovidas para o ambiente de produção.
O comando “git log” pode receber diferentes parâmetros
que permitem visualizar mais, ou menos informação sobre
os commits, algumas opções de formatação, entre outros
recursos.
Uma outra forma de consultar o histórico de commits é
utilizar um utilitário instalado juntamente com o msysGit
chamado “gitk”, que permite consultar os commits de forma
gráfica.
Desta forma, o ambiente de produção possui sempre a
versão mais antiga do projecto, mas também a mais estável
e que passou pelos testes de controlo de qualidade,
enquanto o ambiente de qualificação (se houver) possui
uma versão mais nova do projecto, mas que ainda
necessita ser testado antes de evoluir para o ambiente de
produção, e por fim o ambiente de desenvolvimento possui
$ g i tk
15
TEMA DE CAPA
G i t: C o n tro l o d e Ve rs õ e s p a ra Pe q u e n o s e G ra n d e s Pro j e c to s
uma versão ainda mais nova do projecto, com as
funcionalidades que estão a ser desenvolvidas e que após
testes dos developers poderão ser enviadas para o
ambiente de qualificação, para serem efectuados mais
testes.
Uma vez que temos ambientes separados, podemos utilizar
a ferramenta de controlo de versões para manter diferentes
as versões dos nossos projectos em paralelo de forma a
conseguirmos enviar uma nova versão para qualquer um
dos ambientes o mais rápido possível e idealmente a
qualquer momento.
Estes commandos efectuam a criação de dois novos
branches chamados “desenvolvimento” e “qualificacao”
respectivamente, mas que estão a apontar para o mesmo
commit do branch actual (master), que neste exemplo, é o
commit que adiciona o ficheiro .gitignore.
Para este efeito, o Git e a grande maioria de sistemas de
controlo de versões oferece um recurso chamado “branch”,
que no Git é representado por um conjunto de commits é
identificado por um nome escolhido pelo developer que
efectua criação do “branch”.
O branch “master”, neste exemplo, está a ser usado como
sendo o branch com a versão de produção, enquanto os
outros branches representam as versões dos outros
ambientes. Isto pode variar de acordo com a preferência
pessoal da equipa. Em alguns casos, a branch “master”
será utilizada como branch de desenvolvimento, por
exemplo, e são criadas outras branches para os outros
ambientes.
Ao criar um novo repositório Git, automaticamente é criada
um primeiro branch chamado “master”, que irá agregar
todos os commits que fizer neste branch. Pode identificar a
qualquer momento em qual branch encontra-se
posicionado através do nome entre parênteses após o
caminho da pasta:
Para mudar para um novo branch, deve utilizar o comando
“git checkout” e informar o nome da branch para onde
deseja ir:
$ g i t c h ec k ou t d es en vol vi m en to
Para criar um novo branch, pode utilizar o comando “git
branch”, e informar o nome do branch a ser criado:
$ g i t b r a n c h d es en vol vi m en to
$ gi t branch qual i fi cacao
A partir de agora todos os commits efectuados serão
armazenados na branch “desenvolvimento”, de forma
isolada da branch “master” criada inicialmente, e também
de forma isolada da branch “qualificacao”.
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TEMA DE CAPA
G i t: C o n tro l o d e Ve rs õ e s p a ra Pe q u e n o s e G ra n d e s Pro j e c to s
para cada nova funcionalidade que pretendem implementar
num projecto, e depois decidem funcionalidade/branch
deve ser adicionada nas branches principais de cada
ambiente.
Para este exemplo, pode criar um ficheiro chamado
“NovaFuncionalidade.txt” e efectuar o commit:
$ ec h o " Con teu d o" > > N ova F u n c i on a l i d a d e. txt
A operação de juntar os commits de uma branch com os
commits de outra branch é chamada de “merge” e para
este efeito o Git possui o comando “git merge” que permite
juntar a branch informada como parâmetro, na branch onde
está posicionado.
$ gi t add .
$ g i t c ommi t -m " Ad i c i on a o
N ova F u n c i on a l i d a d e. txt"
Por exemplo, para juntar as alterações da branch
“desenvolvimento” com a branch “master”, em primeiro
lugar é preciso ir para a branch “master” (com o comando
“git checkout”) e então executar o comando “git merge” e
informar que deve ser efectuado o merge da branch
“desenvolvimento” com a branch actual:
E neste momento, o repositório possui quatro commits
diferentes:
$ g i t c h ec kou t ma s ter
- Commit 4 | Adiciona o NovaFuncionalidade.txt
- Commit 3 | Adiciona o ficheiro .gitignore ao repositorio
- Commit 2 | Adiciona funcionalidade Y
- Commit 1 | Adiciona funcionalidade X
$ g i t merg e d es en vol vi men to
No entanto, o commit 4 está presente apenas no branch
“desenvolvimento”, enquanto a branch “master” e
“qualificacao“ continuam a apontar para o commit 3, como
pode visualizar através do utilitário gitk:
Como pode reparar na imagem acima, o Git efectuou um
“Fast-forward” que é o tipo de merge mais simples que
existe, onde apenas o apontador da branch actual move-se
para apontar para o novo commit, que neste caso é mais
novo.
Existem outros tipos de merge, e em alguns casos um
merge pode causar conflitos, por exemplo, caso as
mesmas linhas de um ficheiro tenha sido alteradas por
commits diferentes, e pode necessitar de intervenção
manual do developer, e que normalmente utiliza uma
ferramenta para auxiliar a resolução de conflitos. Este é um
assunto que merece um artigo próprio, que ficará para uma
próxima edição desta revista.
Desta forma, é possível continuar a efectuar commits neste
branch sem comprometer as versões que estão em
paralelo e correspondem aos outros ambientes, e apenas
quando for apropriado, poderá juntar os commits
efectuados em uma branch, com outra.
A utilização de branches no Git é tão simples e tão rápida,
que muitos developers adoptam uma convenção conhecida
como “branch-per-feature”, onde criam novas branches
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TEMA DE CAPA
G i t: C o n tro l o d e Ve rs õ e s p a ra Pe q u e n o s e G ra n d e s Pro j e c to s
Partilha de Alterações em Equipa
mostrados abaixo são criados no mesmo computador, em
pastas diferentes.
A partilha de commits entre os membros da equipa pode
ser feita directamente entre os repositórios dos developers
envolvidos, pode ser utilizado um repositório partilhado, ou
outras formas de acordo com o fluxo de trabalho da equipa.
Na próxima secção irá encontrar breve explicação sobre os
workflows mais comuns para controlo de versões em
sistemas distribuídos.
Os principais comandos para a utilização do Git em equipa
são o “git clone”, “git pull” e o “git push”.
Como explicado no início desta secção, a criação de
repositórios é feita através do comando “git init”. No
entanto, para a criação de repositórios partilhados que
poderão receber actualizações (push) de outros
utilizadores, é necessário indicar que trata-se de um
repositório partilhado através dos parametros “--shared” e “-bare".
$ cd . .
O comando “git clone” serve para criar uma cópia integral
de um repositório Git. Este é o comando utilizado quando
desejamos participar de um projecto, e para isso
precisamos ter uma cópia do repositório em nosso
computador. O “git clone” automaticamente guarda uma
referência para o repositório original, de forma a facilitar
obter actualizações desse repositório, bem como enviar as
actualizações feitas localmente.
$ mk d i r Repos i tor i oP a r ti l h a d o
$ c d Repos i tor i oP a r ti l h a d o
$ g i t i n i t --s h a r ed --ba r e
Já o comando “git pull” permite receber novos commits que
tenham sido adicionados num repositório de origam. É
tipicamente utilizado para receber as alterações enviadas
por outros membros da equipa para um repositório
partilhado, ou ainda para receber novos commits de um
repositório específico de um membro da equipa.
Após a execução das instruções acima, é criado um
repositório chamado “RepositorioPartilhado” que irá servir
como um repositório intermédio para dois membros da
equipa, o “Tiago” e o “Carlos”, que terão cada um os seus
próprios repositórios.
E por fim, o comando “git push”, como o nome indica, faz
exactamente o inverso do “git pull”, e serve para enviar as
alterações efectuadas localmente no repositório, para um
repositório de origem, tipicamente um repositório remoto
partilhado com os membros da equipa.
Criação de Clones de Repositórios
Para criar um clone de um repositório, como referido acima,
utilizamos o comando “git clone”, informando o nome do
repositório a ser clonado:
Criação de um Repositorio Partilhado
$ cd . .
Um repositório partilhado pode estar no mesmo
computador, ou em um computador remoto que pode estar
na mesma rede, em uma rede separada, ou ainda em um
servidor que pode aceder via Internet. A comunicação entre
repositórios pode ser feita de diferentes formas, via rede
(partilha de pastas), SSH, HTTP, HTTPS, entre outras
formas. Para efeitos de exemplo, todos os repositórios
$ g i t c l on e Repos i tor i oP a r ti l h a d o Ti a g o
$ g i t c l on e Repos i tor i oP a r ti l h a d o Ca r l os
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TEMA DE CAPA
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As instruções acima permitiram criar dois clones do
repositório “RepositorioPartilhado”, um para o “Tiago” ou
outro para o “Carlos”, criados e pastas separada, e neste
momento estão vazios (sem qualquer commit armazenado).
É importante reparar que o commit foi efectuado na branch
“master” deste repositório.
Passo 2: Enviar as alterações para o repositório
partilhado (push)
Para este exemplo, é criado um ficheiro no repositório do
“Tiago” que será então armazenado em um commit. Em
seguida este commit será enviado (push) para o repositório
partilhado “RepositorioPartilhado”, e a partir daí o “Carlos”
pode obter as actualizações (pull) do repositório
“RepositorioPartilhado” e consequentemente irá obter o
commit efectuado inicialmente no repositório do “Tiago” e
que foi partilhado no repositório “RepositorioPartilhado”.
Como referido acima, para enviar as alterações efectuadas
no repositório local para o repositório de origem, deve
utilizar o comando “git push”, e para isto deve informar o
nome da referência do repositório de origem, e o nome da
branch que deve ser considerada para o envio.
Ao efectuar um clone de um repositório, o Git
automaticamente cria uma referência para o repositório de
origem com o nome “origin”. É possível alterar este nome
se desejar, e também é possível criar outras referências
para outros repositórios remotos.
Assim, para enviar as alterações para o repositório
partilhado, basta informar “origin” como referência para o
repositório partilhado, e “master” como nome da branch,
uma vez que o commit que deve ser enviado está nesta
branch.
Passo 1 : Efectuar as alterações no repositório do Tiago
$ c d Ti a g o/
$ ec h o " Al tera c a o Ti a g o" > >
$ g i t pu s h ori g i n ma s ter
N ova F u n c i on a l i d a d e. txt
$ gi t add .
$ g i t c ommi t -m " Ad i c i on a n ova fu n c i on a l i d a d e
( Ti a g o) "
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TEMA DE CAPA
G i t: C o n tro l o d e Ve rs õ e s p a ra Pe q u e n o s e G ra n d e s Pro j e c to s
Passo 3: Receber as alterações enviadas para o
repositório partilhado no repositório do “Carlos”
Workflows Comuns para Controlo de
Versões Distribuído
Para receber as alterações existentes no repositório
partilhado, deve utilizar o comando “git pull”, e para isto
deve informar o nome da referência do repositório de
origem, e o nome da branch que deve ser considerada para
o recebimento.
Subversion-style
Este é o workflow mais simples, e normalmente utilizado
em equipas que estão a utilizar o Git pela primeira vez.
Neste workflow, utiliza-se o Git como se fosse um sistema
de controlo de versões centralizado, mas com as vantagens
de um sistema distribuído, onde pode-se efectuar commits
localmente, de forma desconectada, e enviar para o
repositório partilhado apenas quando for apropriado.
Todas as alterações são partilhadas num repositório
partilhado e não há comunicação directa entre os membros
da equipa.
Dessa forma, assim como o comando “git push” basta
informar “origin” como referência para o repositório
partilhado, e “master” como nome da branch.
$ cd . .
$ c d Ca r l os /
$ g i t pu l l or i g i n ma s ter
Descentralized but centralized
E a partir de agora, os três repositórios estão sincronizados
e possuem os mesmos commits.
Este é o workflow mais comum para pequenos e médios
projectos em equipas com alguma experiência com o Git.
Os membros da equipa acordam entre si que todas as
alterações que devem ser consideradas para as futuras
versões do projecto serão armazenadas em um repositório
partilhado principal, conhecido por “blessed repository”
(repositório “abençoado”).
Os membros da equipa podem então partilhar commits
entre eles directamente enquanto trabalham em
determinadas tarefas, e quando for apropriado, podem
enviar os commits para o blessed repository.
Assim, o fluxo de trabalho comum no dia-a-dia do Git em
equipa é algo como:
inicio
- Efectuar alterações/novos commits (git commit)
- Juntar actualizações do repositório partilhado com o
repositório local (git pull)
- Enviar as actualizaçõs do repositório local para o
repositório partilhado (git push)
loop
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TEMA DE CAPA
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(tenente) e normalmente são responsáveis por módulos
específicos do projecto.
Após a validação das alterações pelos liutenants, estas são
enviadas para outra pessoa que assume o papel de
“dictator” (ditador) e que efectua uma validação final, antes
de enviar para o blessed repository.
Integration Manager
Este é um workflow mais sofisticado e indicado para
projectos médios e grandes, onde cada membro da equipa
possui dois repositórios, um público e outro privado (que
podem estar no mesmo computador). Cada developer
trabalha em seu repositório privado, e quando apropriado
pode partilhar (push) as alterações que efectuou em seu
repositório privado no repositório público.
Existe então uma pessoa da equipa que assume o papel de
“Integration Manager” que é a pessoa responsável em obter
(pull) as alterações do repositório público de cada
developer, validar, e então enviar (push) para o blessed
repository.
Por curiosidade, este é o workflow utilizado actualmente
para controlar as versões do kernel do Linux. Existem
pessoas consideradas como sendo pessoas “de confiança”
e que são responsáveis por diferentes módulos do kernel e
validam as alterações enviadas pelas centenas de pessoas
que contribuem para o projecto, e por fim são enviadas
para o “ditador” que as valida e escolhe quais alterações
farão parte do repositório principal e que eventualmente
irão fazer parte de uma futura versão do sistema operativo.
Serviços de Alojamento de Repositórios
Git na Internet
Existem dezenas de empresas que fornecem serviços de
alojamento de repositórios Git na Internet, permitindo
desenvolver projectos (open-source ou não) com equipas
distribuídas sem precisar criar e manter uma infra-estrutura
própria.
Dictator and Lieutenants
Este é um workflow ainda mais sofisticado que o anterior e
indicado para projectos extremamente grandes e com
muitas pessoas a participar no desenvolvimento.
Cada developer possui um repositório público onde pode
partilhar as alterações que posteriormente serão validadas
por pessoas na equipa que assumem o papel de “liutenant”
O serviço mais popular e provavelmente o mais utilizado
em todo o mundo é o GitHub (http://github.com) que
oferece a possibilidade de criar repositórios públicos
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TEMA DE CAPA
G i t: C o n tro l o d e Ve rs õ e s p a ra Pe q u e n o s e G ra n d e s Pro j e c to s
gratuitos com até 300 Mb, para quem pretende desenvolver
software open-source, e oferece também a possibilidade de
criar repositórios privados para empresas que queiram ter
repositórios privados partilhados e não possui infraestrutura própria com preços que variam entre os $7 e $22
dólares americanos por mês no momento em que escrevo
este artigo. Em Abril de 201 1 , o GitHub ultrapassava os 2
milhões de repositórios.
Uma lista mais detalhada de projectos que utilizam o Git
está
disponível
no
Wiki
do
Git
em
https://git.wiki.kernel.org/index.php/GitProjects, e pode
acompanhar os projectos open-source mais populares no
GitHub em https://github.com/popular/watched.
Outros exemplos serviços que oferecem serviços
semelhantes são:
Gitorious (http://gitorious.org)
Unfuddle (http://unfuddle.com)
ProjectLocker (http://www.projectlocker.com)
RepositoryHosting (http://repositoryhosting.com)
Assembla (http://www.assembla.com )
http://git-scm.com
Links para Referência
Git Scm - Site oficial do Git
Posts sobre Git em meu blog
http://caioproiete.net/pt/tag/git/
Vídeo: Controlo de Versões Distribuído com Git
http://vimeo.com/20652754
Pro Git (e-book)
http://progit.org
Git Ready (tutorial / tips)
http://www.gitready.com
Exemplos de Grandes Projectos que
Utilizam o Git
Git Magic (e-book)
http://www-cs-students.stanford.edu/~blynn/gitmagic
Git for Beginners
O Git é amplamente utilizado em projectos open-source em
todo o mundo, em pequenos, médios e grandes projectos,
e foi originalmente desenvolvido para controlar as versões
do kernel do Linux e desde a sua primeira versão continua
a ser utilizado para tal.
http://stackoverflow.com/questions/31 591 1 /git-forbeginners-the-definitive-practical-guide
Why Git is Better than X
http://whygitisbetterthanx.com
Git Is Your Friend not a Foe
http://hades.name/blog/201 0/01 /1 7/git-your-friend-not-foe
A successful Git branching model
Alguns projectos populares que utilizam Git para controlo
de versões, além do kernel Linux, são: Ruby on Rails,
Node.js, jQuery, Modernizr, Scriptaculous, Android,
CakePHP, Sinatra, VLC, entre muitos outros, e o próprio
Git. Exacto! O controlo de versões do código-fonte do Git é
feito através do próprio Git.
http://nvie.com/posts/a-successful-git-branching-model
Use Git For What It Is Not Intended (UGFWIINI)
http://thread.gmane.org/gmane.comp.versioncontrol.git/1 1 041 1
AUTOR
Escrito por Caio Proiete
Exerce as funções de arquitecto de software e analista-programador numa multinacional sediada em
Portugal, e ministra cursos técnicos de formação na Ciclo (http://ciclo.pt). É formador certificado pela
Microsoft (MCT), Microsoft Certified Professional Developer (MCPD) nas áreas Windows, Web e
Enterprise em .NET 4.0, é Microsoft Most Valuable Professional (MVP) em ASP .NET desde 2009, e líder
da Comunidade NetPonto (http://netponto.org), onde organiza reuniões presenciais todos os meses, e
apresenta sessões de assuntos relacionados com desenvolvimento de software na plataforma Microsoft
.NET. É autor do blog http://caioproiete.net - Twitter: @CaioProiete
22
A PROGRAMAR
Lua – Linguagem de Programação (Parte 9)
I n t ro d . C l o u d C o m p u t i n g e à P l a t a fo rm a W i n d o w s A zu re
M a n a ge d E xt e n s i b i l i t y Fra m e wo rk ( M E F) e A J A X
M i c ro s o ft B i zTa l k S e rve r a o s o l h o s d o s p ro gra m a d o re s
O E d i t o r d e t e xt o VI M
A PROGRAMAR
Lu a – Li n gu a ge m d e P ro gra m a ç ã o ( P a rt e 9 )
Este artigo apresenta uma solução para o uso e
implementação do operador lógico xor em linguagem Lua.
Apresenta também instruções de uso e criação de módulos
que são as bibliotecas de funções externas que podem ser
criadas pelos próprios programadores.
-- i n i c i o d o prog ra ma TABU ADA
pri n t( " Prog ra ma Ta bu a d a " )
pri n t( " \n " )
i o. wri te( " E n tre u m n u mero ta bu a d a : " )
N = i o. rea d ( " * n u mber" )
ALGO A MAIS EM LUA
pri n t( " \n " )
A título de ilustração sobre recursos variados que podem
ser utilizados na linguagem Lua segue alguns poucos
exemplos, como: modo de limpeza do ecrã e medição do
tempo de CPU.
l oc a l TE M PO = os . c l oc k( )
for I = 1 , 1 000, 1 d o
R = N * I
i o. wri te( s tri n g . forma t( " %4d " , N ) )
i o. wri te( " X " )
Uma forma de efectuar limpeza do ecrã (tela, monitor ou
monitor de vídeo no Brasil) é executar o comando cls na
janela de prompt de comando do Microsoft Windows (modo
MS-DOS) ou o comando clear na janela de comando do
Linux/UNIX. Outra maneira é por meio de uso dos recursos
de terminal ANSI, mas este será assunto para outro
momento.
i o. wri te( s tri n g . forma t( " %4d " , I ) )
i o. wri te( " = " )
i o. wri te( s tri n g . forma t( " %5d " , R) )
i o. wri te( " \n " )
en d
l oc a l R = os . c l oc k( ) - TE M PO
Para fazer a execução do comando de limpeza de ecrã cls
ou clear deve-se fazer uso da função execute da biblioteca
os com a sintaxe os.execute("comando"), onde comando
será substituído pelo comando de limpeza de ecrã do
sistema operacional em uso.
i o. wri te( " \n Tempo = " . . R)
i o. wri te( " s eg s . \n " )
-- fi m d o prog ra ma TABU ADA
-- i n i c i o d o prog ra ma OPE R_XOR
Para fazer a métrica de tempo de execução de uso de certo
recurso em linguagem Lua usa-se a função clock da
biblioteca os a partir da sintaxe os.clock() que retorna o
valor aproximado em segundos do tempo gasto para a
execução do recurso medido.
Em seguida escreva o código de programa em um editor de
texto, gravando-o com o nome tabuada.lua e execute-o
com a linha de comando lua 5.1 tabuada.lua.
Para efectuar um teste da função os.clock() considere um
programa que apresente o resultado de uma tabuada de
um número qualquer variando de 1 até 1 000, como segue.
24
A PROGRAMAR
Lu a – Li n gu a ge m d e P ro gra m a ç ã o ( P a rt e 9 )
OPERADOR XOR
No sentido de exemplificar o uso da acção de aplicação do
conceito do operador lógico xor (ou exclusivo) em Lua
considere um programa que efectue a entrada dos nomes e
sexos de duas pessoas que pretendem formar um par para
participar de uma dança de quadrilha. Os administradores
da festa determinaram que somente serão aceitos pares de
sexos heterogéneos. Não serão aceitos casais formados
por pessoas do mesmo sexo. Para atender a condição
estabelecida o programa deve, após a entrada do sexo dos
participantes, verificar se formam par, e neste caso
apresentar uma mensagem informando esta possibilidade.
Caso não seja a condição verdadeira o programa deve
indicar a impossibilidade da composição do par de dança.
Observe que serão aceitos pares caso o sexo do 1 º
participante seja masculino e do 2º participante for feminino
ou vice-versa. Assim sendo, considere como exemplo o
seguinte código de programa:
Na linguagem de programação Lua não há a existência do
operador lógico xor como não há tal operador também na
linguagem C, a não ser quando se trabalha com operações
de mais baixo nível com a manipulação de bits por meio do
operador “^”.
A não existência do operador lógico xor não desmerece em
nada a linguagem Lua, mas parece criar em alguns
programadores certo desconforto por não conhecerem ou
não saberem como resolver a questão.
Apesar de ser uma solução muito simples e de certa
maneira fácil de ser encontrada em bons livros, sítios ou
blogs que tratam sobre o tema da programação de
computadores cabe neste espaço mostrar a solução para a
linguagem Lua, que nada mais é do que uma solução
meramente matemática.
i o. wr i te( " N om e 1 o. d a n c a r i n o: " )
O operador lógico XOR retorna o resultado verdadeiro
quando apenas, e tão-somente, uma das condições da
expressão lógica é verdadeira. No caso em que as
condições avaliadas sejam todas falsas ou verdadeiras o
resultado da expressão lógica será falso. Assim sendo,
considere a tabela verdade a seguir para o operador lógico
xor:
Condição 1
Verdadeiro
Verdadeiro
Falso
Falso
Condição 2
Verdadeiro
Falso
Verdadeiro
Falso
N 1 = i o. r ea d ( )
r ep ea t
i o. wr i te( " S exo 1 o. d a n c a r i n o: " )
S 1 = s tr i n g . u p p er ( i o. r ea d ( ) )
u n ti l ( S 1 = = " M " ) or ( S 1 = = " F " )
i o. wr i te( " N om e 2 o. d a n c a r i n o: " )
N 2 = i o. r ea d ( )
Resultado lógico
r ep ea t
Falso
Verdadeiro
Verdadeiro
Falso
i o. wr i te( " S exo 2 o. d a n c a r i n o: " )
S 2 = s tr i n g . u p p er ( i o. r ea d ( ) )
u n ti l ( S 2 = = " F " ) or ( S 2 = = " M " )
i f ( S 1 = = " M " ) a n d ( S 2 = = " F " ) or
A solução para uso da expressão lógica: (C1 ) xor (C2) em
uma linguagem de programação, onde C1 e C2 são
condições a serem avaliadas é usar a expressão lógica (C1
and (not C2)) or ((not C1 ) and C2).
( S 1 = = " M " ) a n d ( S 2 = = " F " ) or
( S 1 = = " F " ) a n d ( S 2 = = " M " ) or
( S 1 = = " F " ) a n d ( S 2 = = " M " ) th en
p r i n t( N 1 . . " d a n c a c om " . . N 2 )
el s e
No entanto, o uso desta expressão lógica na linguagem Lua
não surte o efeito esperado. Isto posto, passa-se a ter outro
problema a ser resolvido. Como então fazer o uso de tal
necessidade? Uma solução é recorrer a um método no
estilo “força bruta” .
p r i n t( N 1 . . " n a o d a n c a c om " . . N 2 )
en d
- - f i m d o p r og r a m a OP E R_ XOR
( S 1 = = " M " ) a n d ( S 2 = = " F " ) or
25
A PROGRAMAR
Lu a – Li n gu a ge m d e P ro gra m a ç ã o ( P a rt e 9 )
Em seguida escreva o código de programa em um editor de
texto, gravando-o com o nome oper_xor.lua e execute-o
com a linha de comando lua 5.1 oper_xor.lua.
• debug : funções para processo de depuração;
• io: possui as funções para as operações de entrada e
saída;
• math : possui as funções para o uso de operações
matemáticas;
• os : funções que facilitam operações com o sistema
operacional;
• package: possui funções para o tratamento de módulos;
• string : possui as funções que manipulam cadeias de
caracteres;
• table: possui as funções para a manipulação de tabelas.
Observe no programa o uso da instrução de laço
repeatiuntil na entrada dos sexos dos participantes no
sentido de evitar que ocorram entradas de sexo que não
sejam M para masculino ou F para feminino. Outro detalhe
a ser observado é o uso da função string.upper() que
formata uma entrada de texto para maiúsculo.
O trecho escrito entre a instrução ifithen faz o uso de uma
acção de força bruta para a simulação da execução do
operador lógico xor com o trecho de código seguinte.
Os módulos padrão da linguagem Lua são
automaticamente carregados quando do uso do
interpretador. Não havendo necessidade de uso da função
require().
( S 1 == " M " ) a n d ( S 2 == " F " ) or
( S 1 == " F " ) a n d ( S 2 == " M " ) or
O uso da função require() é obrigatório quando da definição
e uso de uma biblioteca externa e particular criada pelo
programador para atender as suas própria necessidades.
Para fazer uso de módulos de forma simples considere
como exemplo o seguinte código de programa:
( S 1 == " F " ) a n d ( S 2 == " M " )
-- i n i c i o d o prog ra ma M ODU L O01
A solução indicada pode não ser elegante, mas é funcional
e atende a necessidade de solução do problema, pois
quem programa um computador é um programador e não a
linguagem em si.
Grave o código do programa anterior com o nome
modulo01 .lua.
MÓDULOS
fu n c ti on s a u d a c a o( N OM E )
Na estrutura operacional de Lua chama-se módulo a
biblioteca de funções e variáveis externa contidas em uma
tabela de cunho global utilizada por meio da função
require().
pri n t( " Ol á , " . . N OM E )
en d
fu n c ti on ra i z ( BAS E , I N DI CE )
l oc a l X = BAS E ^ ( 1 / I N DI CE )
Há também a possibilidade de se trabalhar com módulos a
partir da função module(), mas este não será o foco tratado
neste artigo.
retu rn X
en d
-- fi m d o prog ra ma M ODU L O01
A linguagem Lua possui alguns módulos em sua biblioteca
padrão (biblioteca interna), sendo:
-- i n i c i o d o prog ra ma M ODU L O02
• coroutine: possui as funções de uso do recurso de co-
rotinas;
Em seguida escreva o próximo código de programa em um
editor de texto, gravando-o com o nome modulo02.lua no
26
A PROGRAMAR
Lu a – Li n gu a ge m d e P ro gra m a ç ã o ( P a rt e 9 )
mesmo local do programa modulo01 .lua e execute-o com a
linha de comando lua 5.1 modulo02.lua.
É possível encontrar na Internet bibliotecas para a
linguagem Lua disponibilizadas por outros programadores.
Caso interesse-se por este tema poderás consultar o sítio
http://www.tecgraf.puc-rio.br/~lhf/ftp/lua/ o qual encontravase no ar até Abril de 201 1 quando este artigo estava sendo
finalizado.
Ao ser o programa modulo02.lua executado será aberto o
acesso a biblioteca modulo01 por meio da execução da
linha de código require("modulo01 ").
As bibliotecas externas para uso em na linguagem Lua
poderão possuir a extensões de identificação .lua ou .so
(ou .dll no caso do sistema operacional da Microsoft).
r eq u i r e( " m od u l o01 " )
p r i n t( " S ej a b em vi n d o, vi s i ta n te" )
i o. wr i te( " I n f or m e s e n om e: " )
N = i o. r ea d ( )
CONCLUSÃO
s a u d a c a o( N )
Neste artigo foi visto os procedimentos de uso e criação de
bibliotecas externas e a simulação de uso do operador
lógico xor.
i o. wr i te( " M e d e u m a b a s e . . . . . : " )
B = i o. r ea d ( " * n u m b er " )
i o. wr i te( " M e d e u m i n d i c e . . . . : " )
I = i o. r ea d ( " * n u m b er " )
No que tange ao uso do recurso de módulos o assunto é
mais extenso do que o apresentado. O leitor poderá
aprofundar-se nesta temática com a leitura do livro
Beginning Lua Programming publicado pela editora Wiley
Publishing, Inc. dos autores Kurt Jung e Aaron Brown.
R = rai z( B, I )
i o. wr i te( " Res u l ta d o = " . . R, " \n " )
- - f i m d o p r og r a m a M ODU L O02
No próximo a intenção e abordar a temática relacionada ao
uso de co-rotinas e a integração da linguagem Lua com
outras linguagens de programação.
A partir deste momento ficam disponíveis para o programa
modulo02 as funções da biblioteca externa modulo01 , as
quais são executadas quando do uso das linhas de
instrução saudacao(N) e raiz(B,I).
AUTOR
Escrito por Augusto Manzano
Natural da Cidade de São Paulo, tem experiência em ensino e desenvolvimento de programação de
software desde 1 986. É professor da rede federal de ensino no Brasil, no Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia. É também autor, possuindo na sua carreira várias obras publicadas na área da
computação.
27
A PROGRAMAR
I n tro d u ç ã o a o C l o u d C o m p u ti n g e à Pl a ta fo rm a
Wi n d o ws Azu re
Nos últimos tempos muito se tem falado sobre o Cloud
Computing/Cloud, mas a verdade é que muita gente ainda
se questiona sobre: O que é? Para que serve? E a mais
importante de todas as questões; O que é que isto me
ajuda? Tendo estas questões em mente, e também após o
desafio lançado pelos responsáveis da revista Portugal-aProgramar, decidi escrever este artigo para clarificar estas
e outras questões.
O Cloud Computing embora se tenha vindo a falar muito
ultimamente, não é uma revolução, mas sim uma evolução
da computação, pois evoluiu naturalmente da adopção em
massa da Virtualização, e também no seguimento de outros
tipos de computação distribuída, como por exemplo o Grid
Computing.
Mas para melhor compreendermos o conceito de Cloud
Computing o melhor é olhar-mos para uma pequena
analogia, e para isso o mais simples é olhar-mos para algo
que todos conheçamos e também sejamos consumidores,
como por exemplo a energia eléctrica ou mesmo a água.
Vamos então olhar para o exemplo da água (uma vez que a
versão energia eléctrica está deveras utilizada). A realidade
é que durante muitos anos cada um de nós éramos
responsáveis por produzir a água que consumia-mos, fosse
através de ir buscar água aos rios/ fontes, ou mesmo
criarmos um nosso próprio poço para que pudéssemos ter
mais facilmente a nossa água disponível.,
Com o Cloud Computing aconteceu exactamente a mesma
coisa. Até este momento todos nós temos andado a
procurar formas de obtermos mais capacidade de
computação, não sendo fácil nem mesmo interessante em
termos de investimento. Também em termos de
disponibilidade tem sido muito complicado, pois qual de nós
ainda não passou pela experiência de identificar a
necessidade de aumento do número de servidores, e
“desesperar” pela disponibilização do mesmo, e isto
independentemente de sermos nós ou um serviço de
Hosting a gerir o Data Center. Aqui é onde esta nova forma
de computação chama mais à atenção, uma vez que
podemos ter quase no “imediato” disponível o poder de
computação que necessitamos, e acima de tudo pagando
apenas pelo que utilizamos, e não pelo simples facto de
existirem os servidores, como estávamos habituados até
aqui.
Mas a questão importante é que nenhuma das opções era
simples, e requeria acima de tudo bastante trabalho da
nossa parte, pois quer fosse por transportarmos a água ou
mesmo pela manutenção do nosso poço, muito trabalho e
dinheiro era gasto no processo. Tudo isto foi bastante
normal até um determinado momento em que surgiu uma
rede de água, que tinha a vantagem de ser simples, sem
qualquer esforço necessário da nossa parte para que tudo
funcionasse, e acima de tudo com um valor associado à
utilização que fazíamos da mesma, o que tornava os
investimentos anteriores completamente desadequados.
Como
28
curiosidade,
por
vezes
surgem
questões
A PROGRAMAR
I n tro d u ç a o a o C l o u d C o m p u ti n g e à Pl a ta fo rm a Wi n d o ws Azu re
relativamente ao porquê da palavra Cloud. Este termo
deve-se ao facto de a Internet ter sido representada ao
longo dos anos com uma nuvem, e por isso mesmo o termo
Cloud/Nuvem, ser utilizado, pois estamos a falar de um tipo
de computação acessível via Internet.
Se respondeu sim a todas as questões anteriores, então
está certamente perante uma verdadeira oferta de Cloud
Computing.
Características
Em conjunto com o Cloud Computing surgiram outras siglas
que têm sido muito badaladas como o SaaS (Software
como um Serviço), PaaS (Plataforma como um Serviço) e
IaaS (Infra-estrutura como um Serviço). Mas o que são na
realidade? Olhando de uma perspectiva de alto nível, elas
definem a responsabilidade que o cliente sobre o serviço:
Modelos de Utilização
Uma questão importante a ter em conta é o facto de ser
necessário compreendermos exactamente o que é e o que
não é Cloud Computing, pois ao longo dos anos já
assistimos por diversas vezes a situações em que utilizam
nomes novos para reciclar ofertas antigas. Por isso mesmo
existem algumas características principais para que
possamos identificar as ofertas mais rapidamente, sendo
elas:
• Elasticidade / Agilidade – É possível ou não aumentar e
diminuir a capacidade de computação rapidamente (menos
de 1 dia)?
• API – Existem ou não uma API capaz de nos permitir
interagir programaticamente com o sistema?
• Custo – Os custos são associados à utilização que
fazemos?
• Multi-Tenancy – O sistema suporta mais do que um
cliente sem quaisquer alterações?
• Fiabilidade – Existe ou não redundância e tolerância à
falha?
• Escalabilidade – É fácil ou não escalar soluções e
recursos?
• Segurança – Existem ou não acordos de nível de
serviço?
• SaaS – O cliente apenas se preocupa com a utilização da
aplicação e nada mais, pois os dados, aplicação e
respectiva infra-estrutura passam a ser responsabilidade do
fornecedor do serviço. (ex. Office 365, Google Apps,
SalesForce.com, i)
• PaaS – O cliente preocupa-se apenas com a construção
da aplicação e respectiva gestão dos dados da mesma,
pois toda a restante infra-estrutura e plataforma onde as
mesmas irão correr passam a ser responsabilidade do
fornecedor do serviço. (Ex. Windows Azure, SQL Azure,
Amazon AWS, Google App Engine, Force.com, i)
• IaaS – A responsabilidade prende-se com a gestão de
todos os elementos “virtuais” da infra-estrutura, como o
Sistema Operativo, Serviços de Suporte, etc., mas não se
preocupando com qualquer questão de gestão física dessa
mesma infra-estrutura, pois a mesma será responsabilidade
do fornecedor desse mesmo serviço. (Ex. Amazon EC2,
vCloud Express, Hyper-V Cloud, i)
Se respondeu sim a
todas
as
questões
anteriores, então está
certamente perante uma
verdadeira oferta de Cloud
Computing.
29
A PROGRAMAR
I n tro d u ç a o a o C l o u d C o m p u ti n g e à Pl a ta fo rm a Wi n d o ws Azu re
disponibilização esta é uma oferta de Cloud Pública, e
fornece-nos um modelo de utilização PaaS (Plataforma
como um serviço).
Modelos de Disponibilização
Sempre importante é também compreendermos as formas
como podemos encontrar o Cloud Computing disponível,
pois ao contrário do que se possa pensar o Cloud
Computing não tem a ver apenas com computação que se
encontra disponível publicamente (embora exista um
grande grupo que o defenda), pois na realidade existem 4
tipos de disponibilização que poderemos encontrar, sendo
eles os seguintes:
Tendo terminado o processo inicial de categorização da
oferta, passemos então a compreender melhor aquilo que é
então a Plataforma Windows Azure.
Na realidade esta plataforma assenta muito na reutilização
das competências, pois encontra-se assente nas
tecnologias que a Microsoft tem vindo a disponibilizar ao
longo dos anos para o desenvolvimento de soluções,
permitindo que o processo de desenvolvimento para a
Cloud seja mais simples, uma vez que utiliza ferramentas e
frameworks que programadores, gestores, e todos os
outros interlocutores no processo de desenvolvimento de
aplicações já se encontram familiarizados, mas não só, pois
também é possível utilizar esta oferta com frameworks e
ferramentas não Microsoft, como são os casos do Java,
PHP, Ruby, Python, entre outros.
• Pública - Cloud Computing de uma forma tradicional
(como é maioritariamente vista), onde os recursos são
provisionados dinamicamente e com enorme detalhe, mas
sempre de uma forma autogerida via Internet através de
Aplicações ou Serviços Web, um parceiro que que nos
cobra a um nível de detalhe na base do utility computing.
• Privada - Capacidade de ter todas as capacidades de
uma Cloud interna a uma organização.
• Comunitária - Poderá ser estabelecida entre
organizações que tenham requisitos semelhantes e
procurem partilhar infra-estrutura. Exemplo deste tipo de
modelo é a nuvem comunitária da Google "Gov Cloud".
• Híbrido - Este termo tem sido utilizado como significando
quer duas nuvens integradas (pública, privada, interna ou
externa), quer a combinação de instâncias virtualizadas em
conjunto com hardware real.
Dado isto, uma das questões que se levanta é: “então afinal
o que pode correr em Windows Azure?”.
A resposta não poderá ser mais simples, pois salvo raras
excepções, tudo aquilo que seja possível instalar num
sistema operativo Windows Server 2008 SP2 ou Windows
Server 2008 R2, poderá ser disponibilizado na plataforma
Windows Azure. Este é um aspecto muito importante pois
não é uma plataforma limitada à disponibilização de
soluções desenvolvidas apenas numa tecnologia
específica, mas sim num sistema global com capacidade de
disponibilizar uma grande maioria das soluções que têm
vindo a ser desenvolvidas, pois consegue abranger um
grande leque de tecnologias.
Plataforma Windows Azure
Então agora que já sabemos o que podemos colocar,
vamos olhar para a sua composição, pois a mesma é
composta 4 áreas principais:
Agora que já conhecemos melhor o que é efectivamente o
Cloud Computing, podemos iniciar uma visão mais
detalhada sobre uma das ofertas de Cloud sobre a qual
muito se tem falado, e ela é a Plataforma Windows Azure
da Microsoft. No que respeita ao modelo de
• Windows Azure - Muitas vezes denominado de Sistema
Operativo da Cloud, fornece serviços de computação,
armazenamento, e também automatização na gestão dos
mesmos. É este o responsável por correr todas as nossas
30
A PROGRAMAR
I n tro d u ç a o a o C l o u d C o m p u ti n g e à Pl a ta fo rm a Wi n d o ws Azu re
soluções disponibilizadas na plataforma, bem como tratar
dos dados associados à mesma.
• Windows Azure AppFabric – Tem como objectivo
fornecer serviços aplicacionais para consumo nas diversas
aplicações, sejam eles ao nível da Identidade e Controlo de
Acessos, até a serviços de conectividade e caching.
Disponibiliza acima de tudo um conjunto de serviços que
permitem tornar as nossas soluções mais ricas, de uma
forma simplificada.
• SQL Azure – Serviços de dados relacionais como por
exemplo uma base de dados relacional (SQLAzure), um
sistema de relatórios (SQL Azure Reporting Services) e
também um sistema de sincronização de dados (SQL
Azure DataSync), permitindo que possamos criar soluções
que tirem partido quer de uma base de dados relacional
altamente distribuída e disponível, entre outros serviços
muito importantes quando trabalhamos com dados.
• MarketPlace – Plataforma para a monetização de
aplicações e dados. Este é um dos pontos muito
interessantes da plataforma, pois não se limita apenas a
fornecer um conjunto de serviços para “criar” e “correr”
aplicações, mas também uma forma de monetizar os
mesmo, uma vez que permite ao fornecedor de serviços,
descrever a sua oferta e o valor a ser cobrado pela mesma.
Olhando então numa perspectiva funcional e de alto nível,
esta plataforma fornece-nos os seguintes serviços:
• Ao nível com Computacional , o Windows Azure
Compute, que é nada mais do que um dos principais blocos
desta oferta, pois para além de definir o que deverá “correr”
em termos de computação, permite descrever também a
forma como a mesma deverá ser efectuada, seja ao nível
da capacidade de processamento, até ao nível da memória
alocada a esse processo de computação. É também aqui
que acontece o processo que permite fornecer a
elasticidade à solução, pois através do conceito de
instância (ambiente de computação funcional de acordo
com as regras definidas na configuração do Serviço)
permite definir para cada um dos serviços disponibilizados
na plataforma, quantas instâncias deverão estar funcionais
ao mesmo tempo, detendo ainda a capacidade de analisar
a “saúde” das mesmas por forma a evitar problemas e, ao
mesmo tempo, resolver rápida e automaticamente todos os
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A PROGRAMAR
I n tro d u ç a o a o C l o u d C o m p u ti n g e à Pl a ta fo rm a Wi n d o ws Azu re
fora de uma determinada organização a recursos internos à
mesma.
o Windows Azure AppFabric ServiceBus – Permite
fornecer uma forma de criar e consumir serviços de uma
forma simples e poderosa, ficando para o criador do serviço
apenas o que diz respeito às regras de negócio que o
mesmo deverá disponibilizar, e também a forma como o
serviço deverá ser disponibilizado, ficando todo o processo
de disponibilização e manutenção do mesmo a cargo da
plataforma.
o Windows Azure AppFabric Integration – Proporciona
a simplificação do processo de criação de serviços para
integrar diferentes soluções e até transformação de dados.
o Windows Azure AppFabric Caching – Garante a
possibilidade de obter de uma forma simples e rápida um
ambiente de Caching altamente distribuído e disponível,
auxiliando dessa forma a melhoria da performance das
soluções desenvolvidas.
o CDN (Content Delivery Network) – Serviço que nos irá
permitir melhorar o acesso quer a elementos presentes no
serviço de armazenamento do Windows Azure ou até
mesmo ao nível da computação. É composto por um
conjunto de cerca de 22 nós dispersos geograficamente
que têm como responsabilidade disponibilizar os conteúdos
requeridos pelo cliente rapidamente e com tendo por base
a localização do mesmo.
problemas que possam surgir. É aqui que muita da “magia”
acontece, pois é através deste serviço que podemos ter o
sistema elástico necessitamos em tantas situações.
• No que respeita ao nível de Armazenamento, propõe
duas opções:
o Windows Azure Storage – Sistema de
Armazenamento disponibilizado como um serviço. Permitenos focar apenas nos dados armazenados e não na forma
como se encontram armazenados ou até dos processos
necessários para os tornar mais disponíveis. É composto
por 4 abstracções diferentes: Tables (Base de Dados
Hierárquica, não relacional), Queues (Filas de Trabalho que
nos irão permitir a criação de soluções assíncronas, e ao
mesmo tempo tolerantes a falhas), Blobs (Ficheiros) e
Drives (Simulação de um Disco que poderá ser utilizado
pelos serviços de computação).
o SQL Azure – Base de Dados Relacional disponibilizada
como um serviço, sendo fácil de provisionar e disponibilizar,
mas acima de tudo preparada para ser altamente
disponível e tolerante a falhas. Mantém também ao mesmo
tempo a mesma forma de utilização que já é habitual para
consumir e gerir dados de qualquer base de dados SQL
Server.
Uma nota importante ao nível do armazenamento é que a
plataforma Windows Azure efectua em qualquer dos casos
a 3 réplicas dos dados que são armazenados, garantindo
desta forma uma maior segurança e tolerância a falha dos
mesmos. Isto faz com que o grau de segurança que
obtemos ao utilizar este tipo de armazenamento é bastante
elevado, pois encontramo-nos protegidos em caso de falha
do sistema.
• Quanto à Identidade – Windows Azure AppFabric Access
Control que nos permite definir a forma como a identidade
das nossas soluções irá ser efectuada, inclusivamente
disponibilizando uma forma simples de implementar o
Single-Sign On, que à tanto tempo se vem falando. É sem
dúvida uma enorme mais-valia para as soluções uma vez
que cria uma camada de abstracção sobre a forma como o
utilizador é identificado, pois essa transformação, entre a
origem do utilizador até ao que a nossa solução necessita
de saber sobre esse mesmo utilizador, é-nos fornecida e
tratada por este serviço.
• Em termos de Conectividade, as opções são:
o Rede Virtual - Mecanismo simples e de fácil
manutenção que nos permite criar conectividade/rede
virtual entre recursos que se encontrem na Cloud com
outros que se encontrem On-Premise (internamente nas
organizações), sem que para isso seja necessário as
longas e complexas configurações de rede, habitualmente
necessárias sempre que seja necessário ligar recursos de
Também muito importante, e de acordo com o que vimos
no que respeita ao Cloud Computing, é compreender o
Acordo de Nível de Serviço (SLA) associado a esta oferta
da Microsoft, pois é através dele que garantimos o nível de
confiança na plataforma. Os SLAs existentes são os de
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A PROGRAMAR
I n tro d u ç a o a o C l o u d C o m p u ti n g e à Pl a ta fo rm a Wi n d o ws Azu re
Computação que nos garantem 99,95% de disponibilidade
ao nível de soluções Web, e 99,9% para todos os restantes
serviços de computação, sendo para isso necessário que
existam pelo menos duas instâncias activas desse mesmo
serviço. Quanto ao SQL Azure o SLA garante 99,9% de
disponibilidade da mesma forma como acontece com o
Windows Azure AppFabric e Windows Azure CDN. Estes
SLAs têm também um aspecto muito importante que se
prende com o facto de fornecerem uma compensação
monetária ao cliente em caso de incumprimento.
falar de algo que é importante apenas para alguns, mas sim
para todos, quer seja através da utilização de uma simples
aplicação como o CRM na Cloud, ou até ao
desenvolvimento de novas soluções de negócio e até
formas nichos de mercado, o Cloud Computing irá ajudarnos a atingirmos os nossos objectivos, de uma forma mais
ágil, económica e adequada às necessidades. E lembremse que como diz o ditado popular “nem tudo o que luz é
ouro”, por isso sempre que lhes apresentem uma solução
denominada de Cloud Computing, sejam capazes de vocês
próprios a avaliar, e compreender se é ou não na verdade.
Conclusão
Também importante é compreender que o Cloud
Computing não é a solução para todos os problemas, mas
sim mais uma opção para tirarmos o máximo partido dos
investimentos que fazemos.
Tendo em consideração tudo o que falamos, poderemos
considerar o Cloud Computing como a próxima geração de
computação, e mais importante é que não é algo que
apenas poderemos começar a tirar partido num futuro
próximo, mas sim JÁ, pois é algo que já está disponível e
pronto para utilizarmos de forma a melhorarmos os nossos
investimentos.
Podemos também olhar para a oferta Windows Azure da
Microsoft e considerar a mesma como uma aposta séria e
de elevada qualidade, pois não só nos permite colocar os
recursos que deverão ser processados, como também nos
fornece um enorme conjunto de serviços para melhorar as
nossas soluções, mantendo ou mesmo aumentando
disponibilidade das soluções.
não é algo que apenas
poderemos começar a tirar
partido
num
futuro
próximo, mas sim já
Espero que com este artigo vos tenha ajudado a
compreender melhor o que é afinal o Cloud Computing e a
Plataforma Windows Azure e ao mesmo tempo
desmistificar um pouco esta questão. Muito mais poderia
ser dito, mas parece-me que aqui ficou o essencial.
É também importante ter em atenção que não estamos a
AUTOR
Escrito por Nuno Godinho.
Consultor Independente com 1 0 anos de Experiência e principal responsabilidade de ajudar os clientes a
identificar, planear, gerir e desenvolver soluções e produtos de software. Especialista em Tecnologias
Microsoft. Orador em alguns dos maiores eventos de desenvolvimento da Microsoft Portugal como MSDN,
TechDays, DevDays, além de eventos internacionais como TechEd Europa, TechEd Online Worldwide,
MVP Nation e CloudViews.Org. Microsoft MVP há 4 anos, inicialmente em ASP.NET e a partir do início
deste ano em Windows Azure com blogs em http://www.pontonetpt.com/blogs/nunogodinho (Português e
Inglês) e http://www.msmvps.org/blogs/nunogodinho (Inglês), INETA Country Leader por Portugal, e parte
da equipa de gestão de por diversas comunidades Portuguesas como PontoNetPT, XAMLPT e Fundador
da AzurePT (Windows Azure em Português).
33
A PROGRAMAR
M a n a ge d E xt e n s i b i l i t y Fra m e wo rk ( M E F)
no âmbito dessa organização não teria de se preocupar em
desenvolver um sistema de logging, apenas importaria o já
existente através de MEF.Import - É um serviço que uma
Part consome. Uma Part pode importar um ou vários
serviços tanto quanto necessário. Composition - É o acto
de satisfazer as importações e exportações definidas na
aplicação, connect the dots.Contracts - Definem e
identificam o que está a ser exportado e o que é para ser
importado.A MEF disponibiliza out-of-the-box um modelo de
desenvolvimento por atributos em que o modo como se
define o que é importado, o que é exportado e os
metadados destas importações e exportações, é através
destes.
Neste artigo vou expor a framework oficial de
extensibilidade de aplicações para a plataforma .NET, que
existe desde a versão 3.5 mas que foi oficialmente lançada
com a plataforma .NET a partir da versão 4.Esta framework
vem preencher uma lacuna na plataforma para a
construção de software extensível, sem as típicas dores de
cabeça que esta problema tem trazido até agora.Embora já
existessem outras abordagens ao problema como Unity,
IoC Containers, Castle Project, a Microsoft percebeu que
nenhuma delas era leve e fácil o suficiente para o efeito, e
como tal, decidiram lançar e incorporar na plataforma a sua
própria framework.A MEF é o culminar de aprendizagem
com todos estes sistemas, ao perceber onde erravam e ao
preencher os espaços que estavam por preencher para que
todos possamos desenvolver sistemas extensível com o
mínimo esforço possível.
Este é o método de utilização que vamos falar neste artigo,
mas o core da MEF é completamente agnóstico, poderia-se
usar qualquer outro modelo.Para entrarmos realmente na
utilização de MEF e num cenário real, vamos supor que
temos uma aplicação e que esta necessita de um sistema
de cache. Este sistema tem de ser externo porque temos
de conseguir trocar de sistema de cache de um modo
transparente, ou seja, a cache é um ponto de
extensibilidade da nossa aplicação.Em primeiro lugar (não
sendo obrigatório para a utilização de MEF, mas como boa
prática em modelos desacoplados) vamos definir um
interface que é o contrato da nossa extensão:
pu bl i c i n ter fa c e I P er s i s t
{
voi d S a veToCa c h e( s tr i n g k ey, s tr i n g
pa yl oa d , L i s t< s tr i n g > d epen d en tK eys ) ;
Composable Part - É algo que tem tanto consome serviços
de outras Parts como fornece também serviços. As Parts
podem tanto vir de dentro da mesma aplicação como de um
componente externo.Export - É um serviço que uma Part
fornece. Quem importar esta Part vai obter a/as
funcionalidades inerentes. Uma Part pode exportar mais do
que um serviço se assim for necessário. Exemplo: Uma
Part poderia por exemplo exportar um sistema de logging
transversal a uma organização, e qualquer aplicação feita
s tr i n g GetF r omCa c h e( s tr i n g k ey) ;
}
A partir deste interface, podemos criar um projecto
separado da nossa aplicação e apenas referenciar uma
assembly (tipicamente temos um projecto com todos os
34
A PROGRAMAR
M a n a ge d E xt e n s i b i l i t y Fra m e wo rk ( M E F)
utilizar estes sistemas de um modo simples, e o mais
importante, totalmente desacoplado:
contratos, que tanto é referenciado pela aplicação como por
quem cria componentes importados pela aplicação, é o
contrato conhecido por ambas as partes que define os
termos das extensões).Ao fazê-lo, implementamos essa
assembly da forma que esse sistema de cache funcionar:
pu bl i c pa rti a l c l a s s App : Appl i c a ti on
{
pri va te I Pers i s t c a c h eS ys tem { g et;
pu bl i c c l a s s M emoryCa c h e : I Pers i s t
s et; }
{
pu bl i c App( )
pu bl i c voi d S a veToCa c h e( s tri n g key,
{
s tri n g pa yl oa d , L i s t< s tri n g > d epen d en tKeys )
/ / fa l ta a q u i a l g o, c omo c a rreg a mos o
{
s i s tema d e c a c h e d es ej a d o ?
/ / l óg i c a
}
c a c h eS ys tem. S a veToCa c h e( " key" ,
pu bl i c s tri n g GetF romCa c h e( s tri n g key)
" pa yl oa d " , n ew L i s t< s tri n g > ( ) ) ;
{
/ / l óg i c a
c a c h eS ys tem. GetF romCa c h e( " key" ) ;
}
}
}
}
pu bl i c c l a s s Di s kCa c h e : I Pers i s t
O que temos de alterar para que o MEF se encarregue de
carregar a assembly que contém o sistema de cache que
queremos utilizar? (qualquer um que implemente a
interface IPersist).Vamos assumir que a assembly que tem
a nossa lógica de cache se encontra na directoria da nossa
aplicação (poderia estar noutra qualquer directoria, ou até
poderíamos definir a classe dentro da nossa própria
aplicação, não existe qualquer obrigatoriedade de ser uma
assembly externa).Em primeiro lugar temos de especificar
que as classes que contêm a lógica de cache se vão
“exportar”, e isto é apenas feito decorando as classes com o
atributo:[Export(typeof(IPersist))]
{
pu bl i c voi d S a veToCa c h e( s tri n g key,
s tri n g pa yl oa d , L i s t< s tri n g > d epen d en tKeys )
{
/ / l óg i c a
}
pu bl i c s tri n g GetF romCa c h e( s tri n g key)
{
/ / l óg i c a
}
}
O que este atributo nos diz é que a classe está a
disponibilizar-se para ser importada, e o tipo com que ela
está a expor é o IPersist, e isto torna-se importante
especialmente quando estamos a exportar e importar várias
funcionalidades em simultâneo, pois facilitam a
identificação.Na nossa aplicação, vamos ter de instanciar
um catálogo, e os tipos de catálogos que existem são:AssemblyCatalog:
procura
numa
assemblyDirectoryCatalog: procura numa directoria (relativa ou
Deste modo temos duas classes que podem servir como o
nosso sistema de cache, a MemoryCache e a DiskCache,
que terão as suas lógicas próprias que para o âmbito do
artigo não são relevantes, mas mostram-nos que podemos,
ao implementar o contrato (interface) definido, criar várias
implementações diferentes para o mesmo problema, e que
com o MEF, como vou mostrar de seguida, podemos
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A PROGRAMAR
M a n a ge d E xt e n s i b i l i t y Fra m e wo rk ( M E F)
absoluta)- AggregateCatalog: agrega vários catálogosTypeCatalog: procura num tipo- DeploymentCatalog
(exclusivo Silverlight): carrega XAPs dinamicamenteCustom: podemos definir o nosso próprio catálogoNeste
caso utilizamos um DirectoryCatalog, visto que estamos a
obter as assemblies que se estão a disponibilizar para
importação na directoria da nossa aplicação. Após
instanciar o catálogo temos de instanciar um
CompositionContainer, fornecendo o nosso catalogo como
parâmetro.O CompositionContainer é responsável por
aceder ao catálogo fornecido e satisfazer os imports e
exports:
c a c h eS ys tem. S a veToCa c h e( " key" ,
" pa yl oa d " , n ew L i s t< s tri n g > ( ) ) ;
c a c h eS ys tem. GetF romCa c h e( " key" ) ;
}
}
Estas poucas linhas de código contêm um poder
extraordinário se pensarmos no que seria necessário.Para
implementar um sistema destes manualmente. Podemos
inclusive alterar o sistema de cache sem qualquer
recompilação, apenas trocando a assembly.
pu bl i c pa rti a l c l a s s App : Appl i c a ti on
{
[ I mport]
Não é necessária qualquer referência às assemblies que
implementam o sistema de cache, tudo é desacoplado. O
único ponto em comum é o contrato, que é o elo de ligação,
um interface: a aplicação não tem qualquer noção sobre o
funcionamento do sistema de cache, nem o sistema tem
qualquer necessidade de saber o que se passa na
aplicação. O nível de abstracção é quase total.Este artigo
tem como objectivo demonstrar o poder da Managed
Extensibility Framework, conceitos, casos de uso e a
facilidade com que podemos tirar partido dela.Stay tuned!
pri va te I Pers i s t c a c h eS ys tem { g et;
s et; }
pu bl i c App( )
{
va r c a ta l og = n ew
Di rec toryCa ta l og ( E n vi ron men t. Cu rren tDi rec to
ry) ;
va r c on ta i n er = n ew
Compos i ti on Con ta i n er( c a ta l og ) ;
c on ta i n er. Compos ePa rts ( th i s ) ;
AUTOR
Escrito por Ricardo Rodrigues
É técnico Nível III em Informática/Gestão pela Fundação Escola Profissional de Setúbal, tendo ingressado
após na FCT da Universidade Nova de Lisboa.
Posteriormente frequentou vários cursos da Microsoft em diversas áreas como Windows Forms,ASP.NET,
Securing .NET Applications, WCF, WWF, Web Services e COM+ tendo obtido as certificações MCP .NET
2.0, MCAD .NET 1 .1 , MCSD .NET 1 .1 , MCPD Windows, Web e Distributed Applications e MCPD Enterprise Applications Developer. Contribui activamente em comunidades como StackOverflow e também
possui um blog/twitter como temática relacionada: Blog / @ricmrodrigues
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A PROGRAMAR
M i c ro s o ft B i zTa l k S e rve r a o s o l h o s d o s
p ro gra m a d o re s
prestação de serviços do governo
• 9 das 1 0 maiores companhias de telecomunicações norte
americanas utilizam BizTalk
• 6 das 8 maiores companhias farmacêuticas norte
americanas utilizam BizTalk
• 9 das 1 0 maiores companhias espaciais e de defesa nos
EUA utilizam BizTalk
Já muito se tem falado sobre a plataforma BizTalk Server, o
que é, e as vantagens que oferece as organizações. Para
os mais distraídos, BizTalk Server é a plataforma de
excelência da Microsoft para a integração de sistemas e
processos empresariais.
Mas quais os beneficios que esta plataforma oferece aos
programadores?
Com uma robusta infra-estrutura de mensagens,
funcionalidade de resiliência (Dehydration e Rehydration),
mais de 25 adaptadores multiplataforma, motor de regras,
possibilidade de obter informações de desempenho sobre
processos críticos de negócios, debug, persistência,
tratamento e recuperação de erros, suporte a transacções.
Mercado de trabalho
Onde o produto é utilizado? Em que contextos? Quais as
oportunidades de trabalho que oferece? Remunerações?
Estas são algumas perguntas que um programador quer
saber antes de se dedicar a uma tecnologia/produto.
Torna o BizTalk Server numa ferramenta e infra-estrutura
única, ideal para ser usado principalmente para integração
de aplicações corporativas (EAI), integração de sistemas
entre parceiros de negócio (B2B) e para gestão de
processos de negócio (BPM).
Microsoft BizTalk Server 201 0 é a sétima versão do
produto, tornando-o num dos produtos mais maduros e
estáveis da Microsoft.
Ao longo dos anos o produto tornou-se uma referência de
sucesso entre os sistemas de integração, sendo
actualmente o produto mais utilizado no mundo na sua
área, como asseguram os seguintes factos:
No que diz respeito às oportunidades de trabalho, podemos
definir 3 perfis:
• Mais de 1 0 000 clientes espalhados por todo o mundo
• 81 % do “Top 1 00” da revista Fortune
• 1 2 dos 1 5 maiores retalhistas mundiais utilizam BizTalk
• 5 das 1 0 maiores cadeias de hotéis mundiais utilizam
BizTalk
• 9 das 1 0 maiores seguradoras mundiais utilizam BizTalk
• 23 dos 27 governos membros da UE utilizam BizTalk para
BizTalk Architect: conhecedor de todo o sistema de
integração, backup e planos de recuperação, segurança,
logging, o fluxo de mensagens, interface de comunicação.
Utilizando os seus conhecimentos também como um
programador, o arquitecto deverá conhecer as capacidades
e limitações das ferramentas à sua disposição (BizTalk,
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A PROGRAMAR
M i c ro s o ft B i zTa l k S e rve r a o s o l h o s d o s p ro gra m a d o re s
BAM, BRE) e desenhar os projectos fazendo as melhores
escolhas para cada situação.
com mais atenção alguns requisitos, é fácil identificar certos
desafios que se podem tornar bastante complexos:
implementação de persistência, correlação de mensagens
assíncronas, recuperação em caso de falhas nas
comunicações, mapeamentos complexos, atomicidade,
transacções de longa duração, monitorização e visibilidade
dos processos, e tudo isto se reflecte, para um
programador, em custos enormes na implementação.
BizTalk Developer:
implementa e estende as
funcionalidades base, tirando partido das diferentes
ferramentas. Aqui existem muitas áreas completamente
ortogonais e um programador poderá não dominar ao
mesmo nível todas elas: Orchestration, Adapters, Pipelines,
Mappings, Functoids, Routing, Rules, Tracking, OLAP,
entre outras.
É aqui que o BizTalk entra e o que ele faz de melhor,
porque todas estas funcionalidades estão ao dispor dos
programadores “out of the box” com o produto, libertando
assim, os mesmos, da necessidade de terem de
reimplementar vezes sem conta estas funcionalidades e
permitindo assim um foco no aspecto mais critico que é a
implementação da lógica de negócio associado aos fluxos
de integração.
BizTalk Administrator: um administrador de sistemas terá
outras preocupações, como sejam a saúde dos servidores
e a sua actividade (HAT), desbloqueando mensagens e
processos, garantindo o devido fluxo das mensagens, bem
como o fluxo de dados de telemetria necessários ao bom
diagnóstico dos processos de negócio.
Apesar do nosso mercado interno ser muito diferente do
internacional aqui estão alguns exemplos reais de
oportunidades de trabalho (fonte LinkedIn):
• “BizTalk Developers needed in”: Miami, NYC,
Jacksonville, Austin, Sacramento, Louisville, Hawaii,
Panama City, Montevideo, London, Toronto, Preston, Porto.
• “BizTalk Administrator needed in Ft. Lauderdale FL 75K 1 00K depending on experience.”
• “BizTalk Developer/Architect needed for International Law
Firm in NY. 1 1 0k-1 30k.”
• “6 Month BizTalk 2009 Consultant required for Public
Sector project in London. Rates negotiable but c£500-£550
per day.”
• “2 BizTalk Developer Needed in NYC - Healthcare, midlevel $95-1 1 0K and senior level $1 05-1 20K.”
São diversas as funcionalidades ou módulos que
poderíamos enumerar. Umas ajudam a simplificar a
interoperabilidade, outras a reduzir custos na
implementação:
BizTalk Orchestration Designer
Antes de aprender a programar é ensinado a todos os
programadores como representar todos os passos
necessários para a execução de um processo na forma de
um fluxograma, isto porque é mais legível e ilustra de forma
simplificada o progresso da execução.
O BizTalk inclui um Orchestration Designer, integrado no
Visual Studio, que possibilita aos programadores
representarem os processo de negócio de forma visual,
assim como uma representação das portas, configurações
e das ligações entre as diversas actividades (shapes),
tornando-se assim mais fácil de gerir e ler do que numa
linguagem textual generalista (exemplo C#).
Funcionalidades para os programadores
Não há nada que o BizTalk faça que com código escrito de
raiz não se consiga fazer, a questão é quanto tempo
demora a implementar uma solução sem um uso de
middleware (sistema de integração). Facilmente se
conseguirá efectuar uma integração entre dois sistemas
com o uso de tecnologias de comunicação e transporte de
dados tais como o Microsoft WCF, mas quando se analisa
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A PROGRAMAR
M i c ro s o ft B i zTa l k S e rve r a o s o l h o s d o s p ro gra m a d o re s
BizTalk Expression Editor
O BizTalk Expression Editor permite aos programadores
introduzir código .NET, com suporte a intellisense,
directamente nas orquestrações ou invocar bibliotecas
externas, o que em certos cenários se torna bastante útil,
como por exemplo: manipular valores das mensagens a
partir da Message Assignment shape, manipular variáveis
na Expression shape, construção de expressões booleanas
dentro de Loop e Decide shapes, definir tempo de pausa na
Delay shape, ou até mesmo configurar portas dinâmicas de
saída.
Usar regras, que mudam constantemente, em vez código
poderá permite aos programadores não terem de refazer
sistematicamente as suas aplicações.
Para mais informação: The Business Rules Framework
BizTalk Mapper Designer
Inclui o BizTalk Mapper Designer, integrado no Visual
Studio, que possibilita efectuar transformações de
mensagens complexas de forma visual e extremamente
simples.
Motor de regras (BRE)
O BizTalk Server inclui o Business Rules Framework onde
podem ser isolados critérios de decisão de negócio. Sendo
que os módulos principais incluem o Business Rule
Composer para construção de políticas (regras), o Rule
Engine Deployment Wizard para as instalar no Run-Time
Business Rule Engine.
A tarefa da criação e alteração das regras poderá não ser
uma tarefa do programador. Os analistas, consultores ou
responsáveis de negócio poderão cria-las e a qualquer
momento actualizar as mesmas. O programador poderá
então reutilizar as regras de negócio nas suas
orquestrações para suportar uma variedade de cenários
como por exemplo para determinar o caminho de execução
de um processo de negócio, ou um valor a aplicar numa
transacção.
Na realidade, este editor está a gerar um mapa XSLT, e em
determinadas situações poderá ser mais adequado usar
snippets XSLT directamente no mapa. Estas opções
dependem muito da experiência do programador. Em
termos de estruturação/modularidade, estes mapas podem
ainda ser enriquecidos com funções (Functoids), chamadas
externas (SQL lookups, outros mapas) ou código XSLT,
.NET/C#, COM, VBscript.
Mais que um parâmetro aplicacional, este motor permite
que o valor ou condição seja completamente dinâmico e
apenas determinado em contexto de runtime.
Transacções, Excepções e Persistência de dados
É comum nas aplicações Service-Oriented Architecture
(SOA) ou Business Process, onde os processos podem
abranger vários endpoints (sistemas), as operações não
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A PROGRAMAR
M i c ro s o ft B i zTa l k S e rve r a o s o l h o s d o s p ro gra m a d o re s
poderem ser realizados num curto período de tempo, o que
origina a que as transacções ACID não sejam as mais
adequadas para este tipo de cenários.
O programador também tem a sua disposição a
possibilidade de definir vários blocos (Handlers) para
tratamento de excepções:
Ao contrário da programação tradicional, o BizTalk Server
suporta dois tipos distintos de transacções:
• Atómicas: permite que uma transacção volte
automaticamente para o seu estado anterior em caso de a
operação não seja concluída com sucesso. Podemos
desenhar orquestrações com suporte ACID (Atomic,
Consistent, Isolated e Durable) configurando a Scope (ou
mesmo ao nível da orquestração) como atómica.
• Longa duração: Estes processos podem ficar activos por
dias, semanas ou por períodos de tempo mais longos,
podem conter várias transacções (nested transactions), e
possibilita tratar excepções para recuperação de falha.
Suporta consistência e durabilidade.
Quando lidamos com processos de negócio,
nomeadamente os de longa duração, necessitamos sempre
de falar de persistência dos dados por forma a
salvaguardamos de falhas e podermos efectuar o
reprocessamento a partir de uma determinado ponto do
processo.
A
Orquestration
engine
persiste,
automaticamente, o estado das instâncias em execução
baseado no desenho das orquestrações efectuada pelo
programador, existindo alguns eventos ou etapas em que é
despoletado a operação de persistência, chamados pontos
de persistência:
Entre várias opções, pode-se configurar o tipo de
transacção ao nível da orquestração:
• Ao nível do BizTalk Engine: quando as instancias das
orquestrações são suspensas, quando o sistema é
desligado de forma controlada, quando a engine determina
hidratar/desidratar os processos ou quando uma instância
da orquestração é concluída.
• Ao nível da Orquestração: quando o final de uma scope
transaccional é alcançado, na execução de outras
orquestrações através da Start Orchestration shape, na
Send Shape ou em breakpoints de debugging.
Assim como definir a transação ao nivel do “scope” por
forma a encapsular uma unidade de trabalho detro de um
contexto de transacção:
A persistência do estado das instâncias inclui: o progresso
actual da instância, o estado de qualquer componente .NET
que contêm informação do estado e está a ser utilizado na
orquestração assim como os valores das mensagens e
variáveis.
Para mais informação:
BizTalk Orchestration – Understanding Persistence points
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A PROGRAMAR
M i c ro s o ft B i zTa l k S e rve r a o s o l h o s d o s p ro gra m a d o re s
(EDI Batch), analisar os documentos, converter os arquivos
EDI em arquivos XML e efectuar validações EDI e/ou XSD.
• A pipeline de envio EDI permite converter arquivos XML
em documentos X1 2 ou EDIFACT, codificar as mensagens
e efectuar validações XSD e/ou EDI.
Adaptadores
Inclui mais de 25 adaptadores que simplificam a integração
directa para as top “Line of Business (LOB) Applications”
(tais como o Siebel, SAP, JD Edwards, Oracle ou Dynamics
CRM), Base de dados (Microsoft SQL Server, Oracle, DB2)
e outras tecnologias (Tibco, Java EE).
•
A
Trading
Partner
Management
Interface permite que uma organização defina as
propriedades de processamento para os parceiros
comerciais fazendo intercâmbio EDI.
WCF LOB Adapter SDK
Fornece um modelo de programação enriquecido para
desenvolvimento de adaptadores baseados em Windows
Communication Foundation. (WCF LOB Adapter SDK).
Suporte poderoso e completo para EDI/AS2
Electronic Data Interchange (EDI) é uma das formas mais
comuns de comunicação electrónica entre organizações
(Facturas, encomendas, notas de débito). Estes padrões
(EDIFACT, ASC X1 2) são projectados para leitura
electrónica, e portanto inadequados para leitura humana,
reflectindo à troca estruturada de dados de negócios entre
sistemas utilizando um formato de dados padronizado que
garante a fiabilidade dos dados através de diferentes
checksums.
Para mais informações:
• EDI Support in BizTalk Server
• EDI Support in BizTalk Server 2000, i, 2006, 2009, and
201 0
Monitorização de processos de negócio (BAM)
O Business Activity Monitoring ou BAM é um módulo que
captura dados de negócio e milestones do processo
permitindo que os analistas de negócios monitorizem e
analisem os dados em tempo real.
• As aplicação BizTalk EDI contém pipelines, orquestrações
e schemas que são úteis e indispensáveis para a
capacidade de processar transacções de EDI.
• A pipeline de entrada EDI é capaz de dividir os lotes EDI
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A PROGRAMAR
M i c ro s o ft B i zTa l k S e rve r a o s o l h o s d o s p ro gra m a d o re s
O grande benefício do BAM é que proporciona a
visibilidade sobre os processos de negócios. Este pequeno
grande efeito, poderá ser o ideal para envolver os
responsáveis de negócio na operação activa dos processos
criando um feedback loop importantíssimo para a melhoria
contínua dos projectos de automação (BPA).
Uma vez que a implementação do BAM é muitas vezes
apenas a definição do modelo e toda a implementação é
automatizada (geradores), o esforço para incluir o BAM é
muito simplificado para os programadores.
Estas ferramentas permitem libertar os programadores da
preocupação, na altura do desenvolvimento, de qual a
informação que pretendem recolher e da implementação da
monitorização, uma vez que os analistas podem
desenvolver o seu modelo com uma ferramenta
extremamente familiar (Microsoft Excel) e o administrador
poderá posteriormente ligar o modelo com os processos
utilizando a ferramenta Tracking Profile Editor.
Mais informações: Business Activity Monitoring
BizTalk WCF Service Publishing Wizard e BizTalk
WCF Service Consuming Wizard
Mesmo quando for preciso expor um processo como um
Web Service, existem wizards que nos ajudam a criar tanto
os projectos WCF, como na instalação destes no servidor
Web (IIS). O mesmo acontece no caso de querermos incluir
nos nossos processos, chamadas a outros Web Services.
Estas ferramentas permitem aos programadores
abstraírem-se de programação repetitiva, agilizando o
processo de integração.
BizTalk Flat File Schema Wizard
Uma dos padrões mais antigos para a troca de mensagens
é a utilização de arquivos texto (Flat Files) como como:
CSV ou TXT, muitos deles customizados à medida para os
sistemas. Porém com a adopção do XML como formato de
eleição na troca de mensagens, muitas vezes é necessário
transformar arquivos texto em XML e vice-versa.
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A PROGRAMAR
M i c ro s o ft B i zTa l k S e rve r a o s o l h o s d o s p ro gra m a d o re s
A ferramenta “BizTalk Flat File Schema Wizard” permite ao
programador facilmente e de forma visual efectuar
transformação de arquivos de texto posicionais:
CABEÇALHOXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
CORPOXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
CORPOXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
RODAPÉXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
A definição das regras de “parsing” fica embebida no
schema XSD, simplificando logo toda a reutilização destes
esquemas nos diferentes pontos do processo. Em qualquer
ponto o documento poderá ser novamente traduzido para
flat-file pois a definição é declarativa e simétrica.
Testes, debug e suporte ao Team Foundation
Server
As ferramentas de desenvolvimento do BizTalk usam
pastas, ficheiros e projectos do Visual Studio. Assim as
equipas podem tirar partido de todo o ambiente ALM
(Application
Lifecycle
Management)
colaborando
naturalmente com os demais programadores, gestores de
projecto e testers que fazem parte da equipa.
Claro que dentro do VS vão encontrar suporte para debug,
seja dos orchestrations, ou dos mapas (XSLT), ou
componentes de pipelines. Bem como para a realização de
Testes Unitários e muitas outras ferramentas do Visual
Studio (da Microsoft ou de outros fornecedores).
Conclusão
Ou delimitado por símbolos:
1 999990;1 ;P01 1 0;1 ;1 ;201 1 0307;
1 999990;2;P0529;2;2;201 1 0307;
1 999990;3;P0530;3;3;201 1 0307;
Conforme apresentado neste artigo, com o foco no
desenvolvimento de soluções de integração empresarial, o
BizTalk Server 201 0 simplifica a integração de aplicações,
independentemente dos seus interfaces se encontrarem
dentro (EAI), nos seus parceiros (B2B) ou alojados na
cloud.
Este tipo de middleware torna-se cada vez mais importante
quando o número de endpoints cresce cada vez mais e o
tipo de mensagens transaccionadas se torna cada vez mais
crítico num mercado cada vez mais electrónico e
automatizado.
AUTOR
Escrito por Sandro Pereira.
Actualmente Senior Software Developer na empresa DevScope. É Microsoft Most Valuable Professional
(MVP) em Microsoft BizTalk. O seu principal foco de interesse são as tecnologias e plataformas de
Integração (EAI): BizTalk e SOAP / XML / XSLT e Net, que utiliza desde 2002.
É um participante bastante activo nos fóruns da Microsoft (MSDN BizTalk Server Forums) e autor do blog
http://sandroaspbiztalkblog.wordpress.com - Twitter: @sandro_asp
43
A PROGRAMAR
O E d i to r d e te xto VI M
Introdução
O editor de texto Vim, é uma aplicação open source
disponível para os vários sistemas operativos Unix-based,
existindo também alguns “ports” para Windows, como o
caso do cygwin, bem como diversas versões gráficas. Para
quem não conhece, o Cygwin é uma espécie de “ambiente
unix” e linha de comandos para o sistema operativo da
Microsoft, no entanto não é possível através deste
“ambiente”, correr aplicações criadas nativamente para
Linux, existindo uma necessidade de as recompilar.
Utilização do Syntax-Highlight
O seu conjunto alargado de funcionalidades, como o
syntax-highlight, fazem com que este seja um editor de
texto útil para programadores, daí a razão deste artigo.
Uma das principais funcionalidades para programadores do
vim é o syntax highlight, que permite distinguir o código
mais facilmente, e consequentemente ser um excelente
auxílio ao programador, como podemos ver na imagem
seguinte:
Com este artigo, pretendo fazer um "tour" pelo Vim, mais
propriamente pela versão 7.3, não vou abordar todas as
funcionalidades do mesmo, pois se o fizesse, talvez desse
origem a um livro. O objectivo deste artigo é que no fim do
mesmo fiquem a saber os conceitos básicos para
desfrutarem do editor.
Esta funcionalidade, poderá ser usada abrindo um ficheiro
de código, com a extensão apropriada, por exemplo, um
ficheiro com o nome programa.c, irá ser aberto com o
syntax highlight para c.
Instalar o Vim
Como abrir
Em muitas distribuições de Linux e no Mac OS X, o Vim já
vem instalado, no entanto certas distribuições como o Linux
Ubuntu não o trazem instalado, e a instalação deverá ser
feita abrindo uma janela do terminal e escrevendo o
seguinte comando:
Se utilizar um “port” para Windows, poderá abri-lo como
qualquer outro programa (menu iniciar ou acedendo ao
executável do mesmo), se utiliza cygwin, Linux ou Mac OS
X, deverá executá-lo através do terminal, existindo duas
formas de o abrir:
$ s u d o a p t- g et i n s ta l l vi m
Se quisermos abrir um ficheiro já existente escrevemos o
seguinte comando no terminal:
Poderá também utilizar o Software Center desta
distribuição.
Se utiliza Windows e não desejar instalar o Linux nem que
seja recorrendo a uma máquina virtual, poderá recorrer ao
cygwin ou a uma versão gráfica deste editor como a que se
encontra no site http://www.vim.org.
$ vi m < d i r ec tor i a e n om e d o f i c h ei r o>
Se quisermos especificar um nome para um novo ficheiro
44
A PROGRAMAR
O E d i to r d e te xto VI M
escrever quando abre o vim.
Para passar do comand mode para o insert mode,
premimos, tal como já foi referido a tecla i, para fazer o
contrario (insert mode para command mode), usa-se a tecla
esc.
Last Line Mode – É um submodo do modo Command,
para aceder ao mesmo, prime-se a tecla : no modo
Command.
escrevemos o seguinte comando no terminal:
$ vi m < n om e d o f i c h ei r o> , c a s o es tej a n a m es m a
d i r ec tor i a on d e o q u er c r i a r / a b r i r .
Para abrir o editor de texto vim com um ficheiro sem nome,
podemos utilizar o seguinte comando no terminal:
O Modo Insert
$ vi m
Quando nos encontramos no modo insert, irá aparecer
essa indicação no rodapé do terminal, tal como podemos
ver na imagem seguinte:
Iremos então ver o ecrã inicial do vim:
Se nunca trabalhou com este editor de texto,
provavelmente você está neste momento a interrogar-se
“como é que eu crio um novo documento nisto?”, “como é
que eu começo a escrever?”. O motivo de não conseguir
escrever nada, é porque você não se encontra no modo
que possibilita escrever, ou seja o modo insert, mas afinal o
que são os modos do vim? Vamos ver na próxima secção.
Este modo, é bastante fácil de usar, as teclas das setas
movem o cursor, e poderá escrever livremente usando as
teclas. Para guardar o documento, é necessário recorrer
ao modo command, para isso, e tal como anteriormente
referido, prime-se a tecla esc.
Os modos do vim
O Modo Command
O vim possui 3 modos de edição, o modo Insert, o modo
Command e o Last Line Mode (modo última linha), vamos
ver quais as funções de cada um deles:
Comandos para Mover o Cursor
O cursor pode fazer movimentos simples e múltiplos neste
modo, uma das características do Vim é o facto de poder
usar teclas do teclado principal para além das do cursor.
Este sistema tem muitos fãs, uma vez que possibilita mover
o cursor sem ser necessário tirar os dedos do centro do
Insert – Permite inserir texto, sendo por isso o modo básico
do editor de texto, e possibilita escrever.
Command – Permite inserir comandos, que permitem
executar as várias funcionalidades do editor, como guardar
e formatar o texto, fazer tipos de deslocamento específicos,
etc. Para introduzir estes comandos, usamos as teclas do
teclado, por exemplo, para entrar no modo insert, usamos a
tecla i, que é a tecla que deverá premir para começar a
45
A PROGRAMAR
O E d i to r d e te xto VI M
teclado. Na tabela abaixo, podemos ver uma listagem das
teclas utilizadas para os movimentos singulares:
Se tentar gravar um ficheiro com o mesmo nome de um já
existente, poderá usar o comando :w! para fazer overwrite,
ou seja substituir o ficheiro mais antigo pelo novo
Edições Simples
Quando inserimos texto no ficheiro, este raramente está
perfeito, muitas vezes encontramos erros. É por este
motivo que o Vim, contém um conjunto de ferramentas que
nos permitem fazer algumas edições simples ao
documento.
É também possível efectuar movimentos múltiplos através
destas teclas de movimentos simples precedendo a tecla
com o número de vezes que pretendemos carregar, por
exemplo, se quisermos avançar quatro caracteres para a
direita, em vez de premirmos 4 vezes a tecla "l", podemos
escrever "4l". Existem também mais algumas formas úteis
de movimentar o cursor:
Na tabela seguinte, podemos ver alguns dos comandos
mais utilizados para editar o documento:
Gravar o documento
Para gravar o documento, é necessário também recorrer ao
modo de comando, para isso utilizam-se os seguintes
comandos:
A tecla “c” tem como função substituir texto e tem a
vantagem de podermos dizer quanto texto queremos
alterar, combinando-a com teclas de movimento. Desta
forma, eis algumas das possibilidades de utilização desta
tecla para que melhor fiquem a perceber a sua utilização:
Com estes três exemplos, em princípio deverá
compreender como funciona a tecla “c”. Vejam as teclas de
movimento anteriormente referidas e abuse desta
funcionalidade.
46
A PROGRAMAR
O E d i to r d e te xto VI M
deslocar (fazer scroll) ao ecrã:
Mover Texto
Uma vez que o Vim, guarda temporariamente num buffer o
texto eliminado, é possível restaurá-lo premindo a tecla “p”.
Por isso, o procedimento para mover texto neste editor é
apagar o que se pretende mover, e restaurar no local
desejado com a tecla “p”. No entanto tenha em atenção que
após qualquer outra edição, o texto é limpo, por isso
restaure sempre antes de qualquer outra edição.
Conclusão
Termina assim, este tour pelo vim. Agora que já conhece os
conceitos básicos deste editor e se estiverem interessado
em perceber mais poderá encontrar diversos sites que
explicam as funcionalidades avançadas deste editor.
Copiar Texto
Para mim, este é um excelente editor, o facto de não dar
uso ao rato, faz com que tenha como público-alvo os mais
puristas do teclado, no entanto, e apesar deste argumento,
isso não significa que as pessoas que “gostam” do rato,
não o possam usar, pois este editor é bastante simples de
utilizar, e a grande quantidade de comandos disponíveis,
tornam mais rápidas certas operações.
Para copiar texto no vim, usa-se a tecla “y” seguida de uma
tecla de movimento, ou da tecla “y” para copiar a linha em
que o cursor se encontra. Para colar, usa-se a tecla “p”.
Para obter mais informações, acerca de alguns exemplos
de teclas de movimento que poderá usar, consulte as
tabelas referentes aos movimentos.
Repetir ou anular o comando anterior
Se precisar de ajuda, o vim possui uma série de
documentos, bastando para aceder aos mesmos, entrar no
Command Mode, e digitar o comando :help.
Se desejar fazer várias vezes o mesmo comando, coloque
o cursor no local onde o deseja correr e prima a tecla ponto
(.). Irá aplicar novamente o comando anterior.
Caso tenha cometido um erro de edição, recorra à tecla “u”,
para anular a última acção.
Um bom sítio para começar é a cheat-sheet disponível em
http://www.tuxfiles.org/linuxhelp/vimcheat.html, onde poderá
consultar outros comandos úteis.
Deslocamentos no ecrã
Existem também algumas sequências de teclas que
podemos digitar no modo command e que permitem
AUTOR
Escrito por Fábio Domingos
Estudante de Gestão de Sistemas de Informação na Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto
Politécnico de Setúbal, tem como principal hobbie a informática, nomeadamente as áreas de
programação, bases de dados e IT Support. É moderador global do forum Portugal-a-Programar, membro
do Staff desta revista e por vezes contribui com soluções para a comunidade Experts-Exchange.
Blog pessoal - @fdomingos
47
COLUNAS
CORE DUMP - Fazer mal = Rápido?
VISUAL (NOT) BASIC - Introdução ao OpenXML SDK
CORE DUMP
Fa ze r m a l = R á p i d o ?
Em conversa recente com um programador sobre uma
determinada opção que não me parecia a melhor, este
respondeu-me que “teve de ser assim porque não havia
tempo”.
Silêncio pensativo...
Resposta inconclusiva...
A verdade é que a larga maioria das pessoas aceita esta
expressão como um dogma. “Para fazer mais rápido tenho
de fazer mal” parece uma fatalidade, qual fado de quem
ganha a vida a programar. No entanto, quando
confrontadas com o facto de que demorariam mais tempo
se fizessem bem, nenhuma, até ao dia de hoje, me
respondeu que sim, que necessitaria de mais tempo para
fazer as coisas de forma correcta.
Esta justificação, ou fatalidade, é comum no meio da
programação, sendo impossível a um profissional desta
área não se ter cruzado com ela. Todos nós, mesmo os
que não são profissionais desta área, já olharam para o seu
trabalho e o criticaram. Isso é excelente dado que indica
que sabemos fazer melhor. Então porque não o fazemos?
Só porque havia pouco tempo?
A minha teoria, obviamente não provada cientificamente, é
de que com a pressão, a maioria das pessoas entra em
Ouvi tantas vezes esta explicação, ou desculpa, que tal me
levou a parar e pensar um pouco sobre a mesma.
stress e baixa os seus próprios padrões de qualidade,
aceitando como médio um trabalho que rejeitariam em
condições normais. Em casos mais críticos, esta baixa de
Sem dúvida que os prazos têm poderes mágicos sobre os
projectos. Quando um dead-line se aproxima começa a
padrões é acompanhada por trashing mental, onde as
pessoas deixam de conseguir raciocionar de forma clara,
afectando assim o resultado final do seu trabalho.
magia: os testes passam para segundo plano, a
documentação resume-se a pouco mais do que código
fonte e o código fonte começa a ser escrito de forma
menos ortodoxa... E é precisamente neste último ponto
Sejam quais forem as razões na verdade “fazer mal” não
implica que se faça “mais rápido”. Obviamente haverá
excepções, mas mesmo sobre a pressão de um dead line
devemos ser capazes de manter a cabeça fria e ser fieis
aos nossos próprios padrões de forma a não comprometer
o resultado final do nosso trabalho. Numa área onde a
pressão de dead lines agressivos é demasiado recorrente,
não ceder e saber manter os seus padrões é um factor
valiosos que diferencia os bons profissionais.
que reside a origem da justificação de código mal feito: a tal
falta de tempo...
Seguindo um raciocínio lógico, corroborado ao longo de
anos a fio pela expressão “falta de tempo => mau código”,
qualquer um poderá acreditar que tal é verdade. Para
provar se esta expressão é verdadeira ou falsa comecei a
perguntar a todos quantos quantos usam este dogma, a
seguinte questão: “ Dizes que fizeste mal porque era
mais rápido. Isso quer dizer que se fizesses bem
demorarias mais tempo?”
No entanto, e infelizmente, continuo a ouvir esta expressão
demasiadas vezes...
AUTOR
Escrito por Fernando Martins
Faz parte da geração que se iniciou nos ZX Spectrum 48K. Tem um Mestrado em Informática e mais de
uma década de experiência profissional nas áreas de Tecnologias e Sistemas de Informação. Criou a sua
própria consultora sendo a sua especialidade a migração de dados.
50
VISUAL (NOT) BASIC
I n tro d u ç ã o a o O p e n XM L S D K
Uma grande vantagem desta estrutura é a possibilidade de
aceder a uma determinada parte do arquivo sem que seja
necessária a sua leitura total, o que leva a ganhos de
tempo no que toca a arquivos de grande dimensão.
Resumidamente, o OpenXML é um padrão aberto (ISO) de
arquivos para documentos, folhas de cálculo e
apresentações, que é baseado em XML e que pode ser
implementado por diversas aplicações em diversas
plataformas.
Uma grande vantagem
desta estrutura é a
possibilidade de aceder a
uma determinada parte do
arquivo sem que seja
necessária a sua leitura
total
A sua principal função é poder alterar e visualizar o
conteúdo dos documentos através de diversas aplicações,
desenvolvidas em diferentes plataformas, garantindo assim
a fidelidade da informação sem qualquer perda de dados.
Como é a sua estrutura
Um arquivo no formato OpenXML é um arquivo ZIP que
contem uma estrutura de pastas, arquivos XML e mais
qualquer outro objecto que esteja presente no documento.
Dai o formato ocupar substancialmente menos do que as
versões mais antigas (*.doc, *.xml, *.ppt)
Este SDK também oferece suporte a programação através
de LINQ para XML, o que torna a programação com XML
muito mais fácil do que o tradicional modelo de
programação.
Se renomearmos, por exemplo, um ficheiro *.xlsx para *.zip
podemos ver a sua estrutura e os ficheiros XML que
compõem este documento. Usando o Open XML SDK 2.0
Productivity Tool permite-nos também ver a estrutura
hierarquicamente e o seu conteúdo. Neste exemplo
podemos ver que o Book1 .xlsx tem três Worksheets
(Sheet1 , Sheet2 e Sheet3) e que os textos das worksheets
são guardados no ficheiro SharedString.xml.
O que pode ser feito com OpenXML
O OpenXML permite, como já foi referido anteriormente, a
manipulação e criação de documentos, folhas de cálculo e
apresentações, para tal existem as seguintes
subcategorias:
WordProcessingML - Manipulação de documentos de
texto (Word)
SpreadSheetML - Manipulação de folhas de cálculo (Excel)
PresentationML - Manipulação de apresentações
(PowerPoint)
Para manipular facilmente este tipo de ficheiros, existe o
Open XML SDK que é gratuito e de fácil/rápida instalação.
51
VISUAL (NOT) BASIC
I n tro d u ç ã o a o O p e n XM L SD K
Arquitectura
Stream Reading/Writing : O seu funcionamento é
semelhante ao funcionamento das classes XmlReader e
XmlWriter, mas são mais fáceis de usar
O Open XML SDK é implementado camadas, a partir de
uma camada de base que vai subindo a uma de maior nível
de funcionalidade. O diagrama abaixo mostra o esquema
do Open XML SDK.
O pen XML File Format
Shema Level Validation : Esta camada facilita a depuração
e validação de documentos Open XML
Additional Semantic Validation : Fornece informações
adicionais com base em restrições e sintaxe
System Support
.NET Framework 3.5: Simplifica a manipulação dos
ficheiros XML mais simples através de Linq to XML
Potencial Helper Functions
System.IO.Packaging : Adiciona, edita e remove os
Hight Level Functions : É um auxiliar com exemplos de
código para executar operações comuns. Estas funções
têm como função modificar o XML
ficheiros XML contidos no pacote
Open XML Schemas : Estes esquemas são a base do
Open XML SDK que actualmente é baseado no padrão
ECMA-376
Vantagens
Open XML File Format Base Level
A principal vantagem de usar o Open XML SDK é que é
totalmente suportado no servidor, ao contrário dos
aplicativos do Microsoft Office. Não necessita de ter o
Microsoft Office instalado, para criar ficheiros neste
formato, e além disso, há uma enorme vantagem de
desempenho no desenvolvimento com o Open XML quando
se trata de um grande número de documentos. Podem ser
criados milhares de documentos em segundos!
Open XML Packaging API : Este componente é construído
sobre o componente System.IO.Packaging. Em vez de
retornar partes do documento, retorna classes de tipos e
objectos.
Open XML Low-Level DOM : A grande vantagem deste
componente é que se pod e ver facilmente as propriedades
contidas numa determinada classe através do IntelliSense
52
VISUAL (NOT) BASIC
I n tro d u ç ã o a o O p e n XM L S D K
escolham a referência “DocumentFormat.OpenXML”, no
separador .NET
O Open XML SDK é um formato especializado na
manipulação e criação de pacotes de Open XML.
O SDK é totalmente compatível com a estrutura e esquema
do Open XML Formats.
A principal vantagem
de usar o Open XML SDK
é que é totalmente
suportado no servidor ...
não necessita de ter o
Microsoft Office instalado
Exemplos de utilização
Limitações
Exemplo 1
Não é um substituto para o Microsoft Office e além disso, é
necessário compreender a estrutura dos formatos para usar
o Open XML SDK.
Este exemplo mostra como efectuar uma simples
exportação do conteúdo de uma DataGridView para uma
folha de Excel, usando um Template
Não é possível converter formatos Open XML para outros
formatos, como HTML ou XPS. Não garante a validade do
documento quando se opta por manipular directamente o
XML. Não possui um layout ou funcionalidades de recalculo
Utilização
O SDK pode ser obtido através desta hiperligação:
http://bit.ly/jkaykK
Criamos um template:
Necessário: “OpenXMLSDKv2.msi” – É aqui que está a Dll
que vamos precisar
Opcional : “OpenXMLSDKTool.msi” – É uma espécie de
explorador do arquivo (Open XML SDK 2.0 Productivity
Tool), onde se pode visualizar o seu esquema (árvore) de
construção, documentação, etc.. Também dispõe de um
gerador de código, mas apenas para C#.
Agora guardamos o nosso template com o nome
Depois de instalado, terá de ser referenciado. Para isso
53
VISUAL (NOT) BASIC
I n tro d u ç ã o a o O p e n XM L SD K
“template.xlsx”
M y. Res ou rc es . Templ a te, F a l s e)
' Abre o templ a te c ri a d o
U s i n g Doc As S prea d s h eetDoc u men t =
S prea d s h eetDoc u men t. Open ( fi c h ei ro, Tru e)
' Abre o workbookPa rt
Di m Pa rte As WorkbookPa rt =
Doc . WorkbookPa rt
Di m WS h eet As Works h eetPa rt =
Pa rte. Works h eetPa rts . F i rs t( )
' Ac ed e a os d a d os n el a c on ti d os
Di m Da d os As S h eetDa ta =
WS h eet. Works h eet. GetF i rs tCh i l d ( Of
Depois de termos o template criado, vamos adicionar aos
resources da aplicação
S h eetDa ta ) ( )
' Al g u ma s va ri a vei s q u e va mos prec i s a r
' n o c i c l o q u e s e s eg u e
Di m R As Row = N oth i n g
Di m C As Cel l = N oth i n g
' Perc orre tod a s a s l i n h a s d a Gri d
Depois do template pronto vamos passar ao código.
F or E a c h L i n h a As Da ta Gri d Vi ewRow I n
Dg v. Rows
Primeiro devem-se importar os namespaces necessários
' Cri a u ma n ova l i n h a
I mports Doc u men tF orma t. Open Xml
R = N ew Row
I mports Doc u men tF orma t. Open Xml . Pa c ka g i n g
R. RowI n d ex =
I mports Doc u men tF orma t. Open Xml . S prea d s h eet
CType( L i n h a . I n d ex + 2 , U I n t32 Va l u e)
' Perc orre a s c ol u n a s d a Gri d
Código do botão exportar:
F or E a c h Col u n a As Da ta Gri d Vi ewCol u mn
I n Dg v. Col u mn s
Pri va te S u b Btn E xporta r_Cl i c k( …) H a n d l es
C = N ew Cel l
Btn E xporta r. Cl i c k
C. Cel l Referen c e =
Col u n a . N a me & L i n h a . I n d ex
' E s c reve o templ a te n u ma pa s ta temporá ri a
C. Da ta Type = Cel l Va l u es . S tri n g ( )
Di m fi c h ei ro As S tri n g =
' Ad i c i on a o va l or à c ol u n a
M y. Compu ter. F i l eS ys tem. S pec i a l Di rec tori es . Tem
C. Cel l Va l u e =
p & " \L i s ta Cl i en tes . xl s x"
N ew Cel l Va l u e( L i n h a . Cel l s
( Col u n a . I n d ex) . Va l u e. ToS tri n g ( ) )
M y. Compu ter. F i l eS ys tem. Wri teAl l Bytes ( ,
54
VISUAL (NOT) BASIC
I n tro d u ç ã o a o O p e n XM L S D K
Importação dos namespaces necessários
' Ad i c i on a a c ol u n a à l i n h a
I mports Doc u men tF orma t. Open Xml
R. Appen d Ch i l d ( C)
I mports Doc u men tF orma t. Open Xml . Pa c ka g i n g
I mports Doc u men tF orma t. Open Xml . Word proc es s i n g
N ext
' Ad i c i on a a l i n h a à fol h a
Código do botão exportar
Da d os . Appen d Ch i l d ( R)
N ext
' Cri a u m n ovo d oc u men to
' Gu a rd a o d oc u men to a c tu a l e fec h a -o
Di m fi c h ei ro As S tri n g =
Pa rte. Workbook. S a ve( )
" C: \E xporta c a oWord . d oc x"
Doc . Cl os e( )
End Usi ng
U s i n g Doc As Word proc es s i n g Doc u men t =
Word proc es s i n g Doc u men t. Crea te( fi c h ei ro,
' Depoi s d e tu d o fei to, a bre-s e a fol h a
Word proc es s i n g Doc u men tType. Doc u men t)
Proc es s . S ta rt( fi c h ei ro)
End Sub
' Cri a u ma n ova pa rte d o d oc u men to
Di m Pa rte As M a i n Doc u men tPa rt =
Doc . Ad d M a i n Doc u men tPa rt
E este é o resultado:
' Cri a u ma n ova es tru tu ra
Pa rte. Doc u men t = N ew Doc u men t
' Cri a o c orpo d o d oc u men to
Di m Corpo As Bod y =
Pa rte. Doc u men t. Appen d Ch i l d ( N ew Bod y( ) )
' Ad i c i on a u m pa ra g ra fo
Como podemos ver, esta operação foi efectuada em pouco
tempo, com simplicidade e rapidez.
Di m Pa ra g ra fo As Pa ra g ra ph =
Exemplo 2
' E s c reve u m texto
Corpo. Appen d Ch i l d ( N ew Pa ra g ra ph ( ) )
Di m Texto As Ru n =
Pa ra g ra fo. Appen d Ch i l d ( N ew Ru n ( ) )
Este exemplo mostra como criar uma folha de Word de raiz
e colocar lá algum texto
Texto. Appen d Ch i l d ( N ew Text( TxtTexto. Text) )
' F ec h a o d oc u men to
Doc . Cl os e( )
End Usi ng
' Abre o d oc u men to
Proc es s . S ta rt( fi c h ei ro)
55
VISUAL (NOT) BASIC
I n tro d u ç ã o a o O p e n XM L SD K
E este é o resultado:
' F ec h a o d oc u men to
Doc . Cl os e( )
End Usi ng
Exemplo 3
Conclusão
Este exemplo mostra como ler parágrafos de uma folha de
Word. Importação dos namespaces necessários
Neste artigo foi feita uma pequena abordagem ao
OpenXML SDK 2.0 Productivity Tool, onde foi possível ver
a sua arquitectura, o que é possível fazer e quais são as
sua vantagens e desvantagens. Resta dizer que é uma
excelente alternativa à programação directa nos objectos
do Microsoft Office.
I mports Doc u men tF orma t. Open Xml
I mports Doc u men tF orma t. Open Xml . Pa c ka g i n g
I mports Doc u men tF orma t. Open Xml . Word proc es s i n g
Lê o texto e escreve na consola
Algumas Referências
' Cri a u m n ovo d oc u men to
Welcome to the Open XML SDK 2.0 for Microsoft Office
http://bit.ly/84hC3
Di m fi c h ei ro As S tri n g =
" C: \E xporta c a oWord . d oc x"
Office 201 0 Sample: Open XML SDK 2.0 Code Snippets for
Visual Studio 201 0
http://bit.ly/azN4Pw
' Abre o d oc u men to a n teri ormen te c ri a d o
U s i n g Doc As Word proc es s i n g Doc u men t =
Word proc es s i n g Doc u men t. Open ( fi c h ei ro, F a l s e)
OpenXML Developer
http://openxmldeveloper.org
' Perc orre a c ol ec ç ã o d e pa rá g ra fos
F or E a c h Pa ra g ra fo I n
Doc . M a i n Doc u men tPa rt. Doc u men t. Bod y
Open XML Explained Ebook
http://openxmldeveloper.org/archive/2007/08/1 3/1 970.aspx
Con s ol e. Wri teL i n e( Pa ra g ra fo. I n n erText)
N ext
AUTOR
Escrito por Pedro Martins
É técnico Nível III em Informática/Gestão pela Escola Profissional Cisave
Exerce funções de programador numa multinacional sediada em Portugal onde trabalha com várias
tecnologias da Microsoft .NET. É moderador do quadro Visual Basic.NET e ASP.NET na comunidade
Portugal@Programar e também faz parte do staff da WikiTeam
56
COMUNIDADES
NetPonto - Certificações Microsoft
COMUNIDADE NETPONTO
C e rti fi c a ç õ e s M i c ro s o ft
Neste artigo pretendo abordar o que é a certificação
Microsoft e clarificar o leitor sobre o percurso a percorrer
para obter a certificação e quais os benefícios.
Decerto que os mais interessados neste tema, já se devem
ter deparado com as seguintes dúvidas:
Os principais benefícios que se destacam com a
obtenção da certificação são:
• O que é a certificação?
• Quais os benefícios?
• Como começar?
• Que exame tenho que realizar?
• Onde devo realizar os exames?
• Quanto custa?
• Como são os exames?
• Como estudar?
• Quanto tempo demora obter?
• Que títulos posso obter?
• Reconhecimento Profissional
• Produtividade
• Certificação Internacional
• Informação Privilegiada
• Eventos
• Descontos
O vasto leque de produtos e tecnologias Microsoft origina
que estejam disponíveis muitos exames, o melhor será
filtrar pela área para a qual se pretende obter certificação.
As áreas disponíveis são:
A Certificação Microsoft não é mais do que formação
profissional, que não exige que um aluno tenha curso
superior para se tornar um profissional qualificado para
desenvolver e dar suporte às tecnologias Microsoft. É o
método mais rápido e reconhecido para obter
conhecimento sobre os produtos e tecnologias Microsoft
que estão em uso ou que acabaram de ser lançados no
mercado. A certificação é atribuída de acordo com a
aprovação nos exames oficiais da Microsoft, desta forma
um aluno que obtenha aprovação em um exame, torna-se
Microsoft Certified Professional (MCP) e é emitido por parte
da Microsoft, um documento comprovativo da sua
capacidade e qualificação, garantindo desta forma a
diferenciação no mercado.
• Server technologies
• Developer tools and applications
• Microsoft Dynamics
• Windows
• Microsoft Office
• Security
• Other solutions
Escolhida a área em que o leitor se enquadra ou pretende
obter certificação, coloca-se a grande questão:
Como começar?
A Microsoft oferece uma série de certificações que
qualificam o profissional de acordo com a sua área de
tecnologia.
“Os profissionais com Certificação
destacam-se no panorama laboral das TI”
Escolher a certificação que pretende fazer;
Escolher o primeiro exame;
Microsoft
58
COMUNIDADE NETPONTO
C e rti fi c a ç õ e s M i c ro s o ft
Nota:
1 . O grau dos vários níveis aumenta de baixo para cima.
Por exemplo, um Microsoft Certified IT Professional terá
como requisito, pelo menos, a obtenção de um título de
Microsoft Certified Techonology Specialist, que por sua vez
implica a aprovação em pelo menos um exame.
Para escolhermos a certificação a realizar, o leitor deve
pensar no(s) objectivo(s) atingir. Por exemplo, caso esteja
interessado em melhorar os conhecimentos do dia-a-dia,
deve-se focar na certificação que esteja relacionada com
a(s) tecnologia(s) ou produto(s) que usa mais. Suponhamos
que no dia-a-dia desenvolve aplicações usando Silverlight,
então é aconselhado a realizar o exame 70-506 - TS:
Silverlight 4, Development e em caso de sucesso obtém o
título de Microsoft Certified Technology Specialist (MCTS):
Silverlight 4, Development.
2. O seguinte “Professional Career Chart”, permite ajudar a
orientar no percurso profissional, consulte em
http://bit.ly/mQHuBn
A certificação está hierarquizada da seguinte forma:
Mais á frente irão ser apresentadas as certificações e os
respectivos títulos.
Os exames podem ser realizado em qualquer centro de
exames Microsoft, em Portugal temos vários, como a Ciclo,
a Rumos, a Galileu, a Actual Training, etc. Todos estes
centros também são centros Prometric, podendo por isso
usar o site da Prometric para efectuar a marcação do
exame a que propõe, sendo o custo actual de cada exame
1 40€. Saliento que ao efectuar o registo através de um
centro o valor poderá ter valor de IVA acrescido.
Os níveis mais comuns entre os profissionais são: Microsoft
Technology Associate, Microsoft Certified Techonology
Specialist, Microsoft Certified IT Professional / Professional
Developer, Microsoft Office Specialist. Enquanto que
Microsoft Certified Master e Microsoft Certified Architect são
níveis muito exigentes, com um percurso longo e para o
qual é preciso requisito muito específicos e uma
experiência e conhecimentos avançados, este níveis
normalmente são obtidos no Estados Unidos e o custo
deles é muito elevado. São poucos os profissionais que
obtém estes títulos. Em Portugal temos alguns profissionais
com estes títulos, no entanto não consigo quantificar.
• Até dia 30 de Junho de 201 1 , poderá usufruir da
possibilidade de ter um desconto de 1 5-25% no valor do
exame e ainda a “second shots”, isto é, a 2ª oportunidade
para realizar o exame sem pagar mais por isso. Para mais
informações consulte o seguinte link: http://bit.ly/jSuNre
• Para o leitor que seja estudante, chamo atenção que é
59
COMUNIDADE NETPONTO
C e rti fi c a ç õ e s M i c ro s o ft
possível até ao dia 30 de Junho de 201 1 , realizar uma
certificação sem qualquer custo. Para mais informações
consulte o seguinte link: http://bit.ly/l5N43t
• Webcasts do MSDN e Comunidades
• Sessões dos Eventos da Microsoft - PDC, Mix, TechEd
À primeira vista poderá achar que existem muitos recursos,
no entanto não é necessário que tenha que ter todos em
conta. Associado ao ritmo de estudo, tipo de estudo,
disponibilidade e maturidade, assim será definido o tempo
de preparação para um exame. É preciso ter atenção
quando se marca o exame, deve-se ter em conta um
período de tempo suficiente para ficar bem preparado e ao
mesmo tempo não ficar com intervalo muito grande para
não dispersar por outras coisas.
Nota: Um exame quando é marcado tem um prazo para
poder ser alterado ou cancelado, no entanto é preciso
apresentar uma justificação válida.
A estrutura dos exames varia de tecnologia para tecnologia
ou de produto para produto, tanto em termos de tempo
disponível para realizar a prova ou o tipo e número de
questões. Para saber mais sobre o formato dos exames
visita as seguintes referências:
• Exam Formats: http://bit.ly/fsA9f5
• Microsoft Certification Exam Demo - http://bit.ly/fWoFyW
Irei de seguida apresentar os títulos que se podem obter e
os respectivos exames, de acordo com a tecnologia ou
produto em causa.
Microsoft Visual Studio and Microsoft
.NET Framework technologies
Para além da experiência ser um factor fundamental para a
realização do exame, nem sempre isso é um é um dado
adquirido. Com experiência ou não é sempre bom realizar
um estudo estruturado e para ajudar nesse estudo pode-se
ter em conta:
• Os objectivos de cada exame, pois estes apresentam
todo o conteúdo abordado no exame.
• Cursos presenciais nos centros Microsoft
• Cursos Oficiais da Microsoft On-line:
http://bit.ly/mRTUvj - através do portal Microsoft e-Learning,
pode fazer diversos cursos on-line com preços bastante
reduzidos, comparado com os cursos presenciais.
• Cursos do Programa RampUp: http://bit.ly/lk49d8 - O
RampUp é uma iniciativa da Microsoft onde pode fazer
alguns cursos on-line totalmente gratuitos. É ideal para
quem é iniciante em um produto ou tecnologia!
• Training Kits da Microsoft Press - Podem ser comprados
na Microsoft Press UK, Amazon, etc. )
• Exames Simulados - Existem várias empresas que
fornecem exames simulados, para que possa praticar antes
de fazer o exame real, como por exemplo a MeasureUp ou
Self-Test Software
• Prepare o seu Próprio Plano de Estudos - No site da
Microsoft Learning pode encontrar os “Learning Guides”
para cada exame de certificação, contendo todos os tópicos
que são abordados no exame em questão.
Percurso para obtenção do título - Microsoft Certified
Techonology Specialist (MCTS)
• .NET Framework 3.5 - Visual Studio 2008
• .NET Framework 4.0 – Visual Studio 201 0
60
COMUNIDADE NETPONTO
C e rti fi c a ç õ e s M i c ro s o ft
O guia de preparação para Microsoft VS and Microsoft
.NET Framework está disponível em http://bit.ly/9sqIA5
Microsoft SQL Server Technologies - SQL
Server 2008
Percurso para obtenção do título - Microsoft Certified
Professional Developer (MCPD)
Percurso para obtenção do título - Microsoft Certified
Techonology Specialist (MCTS)
• .NET Framework 3.5 – Visual Studio 2008
Percurso para obtenção do título - Microsoft Certified IT
Professional (MCITP)
• .NET Framework 4.0 – Visual Studio 201 0
Nota: Para obter cada um dos títulos de MCITP é requerido
um MCTS.
O guia de preparação para Microsoft SQL Server
Technologies - SQL Server 2008 está disponível em
http://bit.ly/9mEOTK
61
COMUNIDADE NETPONTO
C e rti fi c a ç õ e s M i c ro s o ft
Microsoft Office System Technologies
O guia de preparação para Microsoft Office System
Technologies está disponível em http://bit.ly/jeiqiz
Percurso para obtenção do título - Microsoft Certified
Techonology Specialist (MCTS)
Microsoft Exchange Server Technology
• SharePoint 2007
Percurso para obtenção do título - Microsoft Certified
Techonology Specialist (MCTS)
Percurso para obtenção do título - Microsoft Certified IT
Professional (MCITP)
• SharePoint 201 0
• Project Server 201 0
O guia de preparação para Microsoft Exchange Server
Technology está disponível em http://bit.ly/m1 8WvA
Microsoft Virtualization Technology
• Project Server 2007
Percurso para obtenção do título - Microsoft Certified
Techonology Specialist (MCTS)
Percurso para obtenção do título - Microsoft Certified IT
Professional (MCITP)
Percurso para obtenção do título - Microsoft
Certified IT Professional (MCITP)
• SharePoint 201 0
O guia de preparação para
Microsoft Virtualization
Technology está disponível em
http://bit.ly/m1 8WvA
62
COMUNIDADE NETPONTO
C e rti fi c a ç õ e s M i c ro s o ft
Windows 7
Percurso para obtenção do título - Microsoft Certified
Techonology Specialist (MCTS)
Percurso para obtenção do título - Microsoft Certified IT
Professional (MCITP)
Percurso para obtenção do título - Microsoft Certified IT
Professional (MCITP)
O guia de preparação para Windows Server está
disponível em http://bit.ly/hr6tZk
Em conclusão, a certificação Microsoft é uma mais-valia no
percurso profissional de um profissional de TI, dado a
possibilidade ao profissional gerir todo o processo de
certificação consoante a sua disponibilidade e objectivos.
O guia de preparação para Windows 7 está disponível
em http://bit.ly/jUjHXw
Referências:
• Certificações Microsoft: http://bit.ly/f7IN3o
• Apresentação - Nova Geração de Certificação Microsoft –
TechDays 201 0: http://bit.ly/dJQTPk
• Microsoft Certification Exams: http://bit.ly/ewmmbi
• Microsoft Certification Tutorial: http://bit.ly/hrDvYc
• Learn about becoming an MCTS: http://bit.ly/dIXbXA
• Learn about becoming an MCITP: http://bit.ly/f4AEWS
• Learn about becoming an MCPD: http://bit.ly/fuW70V
• Learn about becoming an MOS: http://bit.ly/hOfWpe
• Explore Careers: http://bit.ly/iVqHxN
• Career Portal Home: http://bit.ly/iDNDmv
• IT Manager Portal: http://bit.ly/mA0S4h
• Student Career Portal Home: http://bit.ly/iyI4fU
Windows Server
Percurso para obtenção do título - Microsoft Certified
Techonology Specialist (MCTS)
AUTOR
Escrito por Sara Silva
É licenciada em Matemática – Especialidade em Computação, pela Universidade de Coimbra,
actualmente é Software Developer no Porto.
O entusiasmo pela área resultou na obtenção dos títulos de Microsoft Certified Profissional Developer –
Windows 3.5, Microsoft Certified Tecnology Specialist – WPF 3.5, WPF 4 e Windows Forms. Faz parte de
várias comunidades, tendo uma participação activa na Comunidade NetPonto e no P@P.
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NOTICIAS
Fe l i z A n i ve rs á ri o P @ P
A comunidade Portugal-a-Programar fez 6 anos de
existência no dia 28 de Maio de 201 1 . São vários anos de
WIKI
trabalho e dedicação, de diversos colaboradores
voluntários, para que tenha sido possível criar e fazer
crescer uma comunidade de programadores na língua
Portuguesa.
Aproveitamos para divulgar alguns números do P@P:
FÓRUM
A wiki da comunidade tem tido também um crescimento
importante (média de 1 2.500 visualizações/mês ). No
primeiros meses de 201 1 foram efectuadas várias
alterações e remodelações que têm sido correspondidas
com mais visitas. Esperamos que possa crescer ainda
mais.
Mas há mais ...
20.000 membros (23 novos membros por dia)
43.000 tópicos (28 novos tópicos por dia)
390.000 mensagens (200 novas mensagens por dia)
28 edições da revista PROGRAMAR
208 artigos na revista PROGRAMAR
1 1 0 redatores já contribuíram na revista PROGRAMAR
676 artigos/snippets na Wiki
Nos últimos meses o crescimento do fórum da comunidade
tem sido muito significativo, com uma média de 1 .1 22.034
visualizações por mês , recuperando uma quebra no
primeiro semestre de 2009. São sem dúvida bons
indicadores para o futuro!
REVISTA PROGRAMAR
Estes são apenas alguns dos muitos
poderiam ser apresentados!
A revista PROGRAMAR é sem dúvida um dos projectos
mais importantes da comunidade, estando neste momento
num dos melhores períodos de sempre. Embora as
primeiras edições tenham mais downloads, por estarem
disponíveis à mais tempo, as últimas edições (a partir da
edição nº 25) têm tido os melhores resultados nos primeiros
dois meses de lançamento e com uma média de 1 4.375
downloads por edição.
números que
Numa iniciativa de divulgação do 6º aniversário, a Microsoft
apoiou-nos, oferecendo t-shirts a todos os que participaram
e divulgaram a iniciativa nos seus blogs e redes sociais.
Agradecemos desde já à Microsoft, pelo apoio, e a
todos os que contribuem diariamente para o
crescimento desta comunidade!
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